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CURSO DE GRADUAÇÃO EM JORNALISMO – VERSÃO CURRICULAR 2016/1

PLANO DE ENSINO
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO JORNALISMO
OFERTANTE DEP.
CÓDIGO: COM347 PERÍODO: GRUPO: G9
COMUNICAÇÃO SOCIAL
Carga Horária
Carga Horária Total: 60 Carga Horária Prática: 00 Créditos: 04 Classificação: OP
Teórica: 60
EMENTA:
Surgimento, desenvolvimento e forma atual do jornalismo no Brasil e no mundo. O surgimento do jornalismo de
notícias.
Docente: Phellipy Jácome
Período Letivo: 2024/1º
Estagiária Docente: Bárbara Maria Lima Matias

OBJETIVO(S):

 Desenvolver um olhar histórico para práticas e processos jornalísticos;


 Discutir, de maneira transversal, o impacto das tecnologias para o jornalismo;
 Refletir sobre alterações no campo profissional jornalístico;
 Compreender, de maneira situada, a origem do ideal de objetividade e suas implicações para o
jornalismo latino-americano;
 Desnaturalizar teorias e idealizações normativas do jornalismo a partir do corpo-território;
 Analisar, historicamente, o desenvolvimento de mídias informativas “alternativas”;
 Inquerir os jornalismos e seus papeis para consolidação/enfraquecimento dos debates democráticos em
perspectiva histórica;
 Construir repertório.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

Unidade I – A história oficial x Histórias estratificadas: diferentes concepções do tempo


 O “modelo ‘americano’ de jornalismo” e suas consequências para o jornalismo latino-americano
 A constituição do “ismo”
 Por uma história intempestiva dos processos jornalísticos
 As historicidades dos processos comunicacionais

Unidade II – Jornais como espaço de experiência e horizonte de expectativa


 Ferramentas historiográficas para a apreensão dos fenômenos jornalísticos
 Exploração: moderno x arcaico? O aparecimento dos jornais em Belo Horizonte
 Os jornais e os processos libertários na América Latina
 Os jornais e os processos ditatoriais na América Latina

Unidade III– Jornais para além do seu próprio “ismo”


 Mídias e suas relações históricas com o racismo
 Mídias e suas relações históricas com o machismo
METODOLOGIA DE ENSINO:

Aulas expositivas;
Estudos de casos – análise;
Exploração de acervos e hemerotecas;
Atividades individuais e em grupo;
Inventário de conceitos;

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

Participação na sala de aula; envolvimento com as atividades propostas; qualidade das reportagens; apuração
das informações; pontualidade na entrega dos trabalhos; assiduidade nas aulas; compromisso com o trabalho
coletivo.

DISTRIBUIÇÃO DE PONTUAÇÃO:

Exercício avaliativo I (individual) – Exemplos críticos: 10 pontos (1 ponto por semana)


Exercício avaliativo II (Obituários para a seção “abuso de esquecimentos”): 15 pontos
Exercício avaliativo III (Reconstrução de notícias para a seção “abuso de esquecimentos”) 25 pontos
Exercício avaliativo IV – Avaliação: 20
Exercício avaliativo V – Inventário de conceitos: 30 pontos
DATA TEMA LEITURAS
Aula1 – Apresentação do Programa da Disciplina Moodle
04/03 Atividade avaliativa: apresentação de mapa conceitos
– Discussão sobre “conceitos de jornalismo” em para o inventário
perspectiva histórica: memória e esquecimento

– Proposição do inventário de conceitos

Aula2 – Jornalismo e Modernidade TRAQUINA, Nelson. Teorias do jornalismo: volume


18/03 I: Porque as notícias são como são. Florianópolis:
Insular, 2005a pp.19-74

BERGER, Christa. (Org.). MAROCCO, Beatriz


(Org). A Era Glacial do Jornalismo: Teorias Sociais
da Imprensa. Porto Alegre: Sulina, 2006.
Aula3 – Modelo “americano” de jornalismo SCHUDSON, M. Descobrindo a notícia. Uma
25/03 história social dos jornais nos Estados Unidos.
– Jornalismo como “invenção americana”: a Petrópolis (RJ): Editora Vozes, 2010. pp 143-226
constituição do “ismo”
CHALABY, Jean K. “O Jornalismo como invenção
– Paradigma da objetividade anglo-americana Comparação entre o
desenvolvimento do jornalismo francês e anglo-
americano (1830-1920). Revista Media & Jornalismo,
2003. pp.29-50
Aula4 – Modelo “americano” e suas influências no BIROLI, F.. Técnicas de poder, disciplinas do olhar:
1°/04 jornalismo brasileiro aspectos da construção do "jornalismo moderno" no
Brasil. História (São Paulo), v. 26, p. 6, 2007.

RIBEIRO, A. P. G.. Memória de Jornalista: um estudo


sobre o conceito de objetividade nos relatos dos
homens da imprensa dos anos 1950. In: XI Encontro
Anual da Associação Nacional dos Programas de
Pós-Graduação em Comunicação (COMPÓS), 2002
Aula5 – O paradigma do atraso em perspectiva histórica: MARTINS, B. G.. A positividade do atraso: o papel da
08/04 modernidade periférica voz na história da imprensa brasileira. In: 9o Encontro
Nacional de História da Mídia, 2013, Ouro Preto.
Anais do 9o Encontro Nacional de História da
Mídia, 2013.

RAMOS, Julio.; Desencontros da modernidade na


América Latina: literatura e política no século 19.
Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
Aula6 – O paradigma do atraso revisto: espaço de RICOEUR, P. “Por uma hermenêutica da
15/04 experiência e horizonte de expectativa consciência histórica”. In: RICOEUR, P. Tempo e
Narrativa, 1997.
– Jornalismo latino-americano em perspectiva
histórica
Aula7 Avaliação
22/04
Aula8 – Para além do ismo: por uma história intempestiva MANNA, Nuno. Jornalismo e o espírito
29/04 dos jornais intempestivo: fantasmas da mediação jornalística da
história, na história. Belo Horizonte: PPGCom
UFMG, 2016

MATIAS, Bárbara. "Mas tão brilho que vai ser esse


sol, esses cacos, esse encontro": a proposta narrativa
do “jornalismo de beirada” pelo coletivo Nós,
Mulheres da Periferia. Belo horizonte: PPGCom,
UFMG, 2023
Aula9 – Moderno x arcaico? A imprensa em Belo Horizonte ANTUNES, E. Um jornal no meio do caminho: os
06/05 arquitetos da imprensa na Belo Horizonte dos anos 20
– Relação jornalismo x espaço público e 30. Dissertação. Departamento de Sociologia da
UFMG, 1995

ANDRADE, Samuel. Uma dança macabra: vestígios


e figurações da morte na formação da imprensa de
Belo Horizonte. Dissertação. PPGCom UFMG, 2016.
Aula10 – Jornalismo e Democracia em Perspectiva Histórica SANGLARD, F. Verdades possíveis: o jornalismo
13/05 brasileiro e as narrativas sobre a ditadura durante
o funcionamento da Comissão Nacional da
Verdade, 2017.

MACEDO, C. "Tudo sobre a Ditadura Militar" e,


sobretudo, a ditadura militar: memória e
esquecimento no jornal Folha de S. Paulo, 2018.

Aula11 – Jornalismo e Democracia em Perspectiva Histórica Seminário sobre o livro-reportagem: Operação


20/05 Massacre, de Rodolfo Walsh

Aula12 – Mídias e suas relações históricas com questões PINTO, Ana Flávia Magalhães Pinto. Imprensa
03/06 raciais Negra no Brasil do Século XIX.

MORAES, Fabiana; VEIGA DA SILVA, Márcia.


Onde está Ruanda no mapa? Decolonialidade,
subjetividade e o racismo epistêmico no
jornalismo, 2020.

SODRÉ, Muniz. Claros e escuros: identidade, povo


e mídia no Brasil. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

Aula13 – Mídias e suas relações históricas com questões de DUARTE, Constância Lima. Imprensa feminina e
10/06 gênero e sexualidade feminista no Brasil: século XIX: dicionário
ilustrado. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2016.

SOUTO, Bárbara. “Senhoras do seu destino”:


Francisca Senhorinha da Motta Diniz e Josephina
Alvares de Azevedo: projetos de emancipação
feminista na imprensa brasileira (1873-1894), USP,
2013.

ZILLER, Joana; BARRETOS, Dayane. O medo do


outro em produções sobre assassinatos de travestis
e transexuais, 2019.

Aula14 – Mídias e suas relações históricas com questões de FERREIRA, Carlos. Imprensa Homossexual: surge
17/06 gênero e sexualidade o Lampião da Esquina. In: Revista Altejor, USP,
2010
Aula15 SEMINÁRIO FINAL Apresentação (oral e escrita) dos resultados do
24/06 Inventário de Conceitos

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ANDRADE, Samuel. Uma dança macabra: vestígios e figurações da morte na formação da imprensa de Belo Horizonte.
Dissertação. PPGCom UFMG, 2016.
ANTUNES, E. Um jornal no meio do caminho: os arquitetos da imprensa na Belo Horizonte dos anos 20 e 30. Dissertação.
Departamento de Sociologia da UFMG, 1995
BARBOSA, M. C.. História Cultural da Imprensa - Brasil (1900-2000). 1. ed. Rio de Janeiro: MAUADX, 2007.
BARBOSA, M. C.. História Cultural da Imprensa Brasil 1800-1900. 1. ed. Rio de Janeiro: MAUADX, 2010.
CHALABY, Jean K. Journalism as an Anglo-American Invention: A Comparison of the Development of French and Anglo-
American Journalism, 1830s-1920s. European Journal of Communication, vol. 11 (3), p. 303-326. 1986.
FERRARETTO, L. A. Rádio: O veículo, a história e a técnica. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzatto, 2001.
KAPLAN, R. “The Origins of Objectivity in American Journalism,” In: The Routledge Companion to News and Journalism, ed.
Stuart Allan. New York: Routledge, 2010.
KOSELLECK, Reinhart. Estratos do tempo: estudos sobre história. Rio de Janeiro : Contraponto : Ed. PUC-Rio, 2014.
LATOUR, Bruno. Jamais Fomos Modernos: ensaio sobre antropologia assimétrica. Editora 34. 1994
LIPPMANN, W. ‘Two Revolutions in the American Press’. Yale Review. Pp. 433–41. 1931
MACEDO, C.S. "Tudo sobre a Ditadura Militar" e sobretudo a ditadura militar: memória e esquecimento no jornal Folha de
S. Paulo. Dissertação /PPGom UFMG, 2018.
MANNA, Nuno. Jornalismo e o espírito intempestivo: fantasmas da mediação jornalística da história, na história. Belo
Horizonte: PPGCom UFMG, 2016
MARTINS, B. G.. A positividade do atraso: o papel da voz na história da imprensa brasileira. In: 9o Encontro Nacional de
HIstória da Mídia, 2013, Ouro Preto. Anais do 9o Encontro Nacional de HIstória da Mídia, 2013.
NERONE, J. ‘The Mythology of the Penny Press.’ Critical Studies in Mass Communication 4:4 1987
NERONE, J. The journalism tradition. In: Eadie WF (ed.) 21st Century Communication: A Reference Handbook. Beverly Hills,
CA: Sage, pp. 31–38. 2009
NERONE, J. “The Historical Roots of the Normative Model of Journalism,” Journalism 14:4. 2013: pp. 446-58
NERONE, J; BARNHURST, K. The Form of the News: A History. New York: Guilford Press, 200
ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1988.
RIBEIRO, A. P. G. . Imprensa e história no Rio de Janeiro dos anos 50. Rio de Janeiro: E-papers, 2006.
SACRAMENTO, Igor ; RIBEIRO, A. P. Goulart ; ROXO, M. A.. . Os comunistas na imprensa carioca moderna: cooptação ou
infiltração?. In: Eduardo Granja Coutinho e Márcio Souza Gonçalves. (Org.). Letra Impressa: comunicação, cultura e
sociedade. Porto Alegre: Sulina, 2009, pp. 153-174
SCHUDSON, M. Descobrindo a notícia. Uma história social do jornais nos Estados Unidos. Petrópolis (RJ): Editora Vozes,
2010.
SCHWARCZ, Lilia Moritz; STARLING, Heloisa Maria Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
SILVA, Carlos Eduardo Lins da. O adiantado da hora: a influência americana sobre o jornalismo brasileiro. São Paulo:
Summus, 1991.
SODRÉ, Nélson Werneck. História da imprensa no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1966
SOUSA, Jorge Pedro. Uma história breve do jornalismo no Ocidente. Porto: Universidade Fernando Pessoa, 2008.
SOUZA, Pompeu de. “A Chegada do Lead no Brasil”. In: Revista da Comunicação. Ano 4, n.7, 1988.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

CASTRO, M.C et el. Folhas do tempo: imprensa e cotidiano em Belo Horizonte: 1895-1926. Belo Horizonte,
UFMG/Associação Mineira de Imprensa/PBH, 1997
FERRARA, Miriam Nicolau. A imprensa negra paulista (1915-1963), São Paulo: FFLCH, 1986.
FERREIRA, Maria Nazareth. A imprensa operária no Brasil. Petrópolis, 1978.
GROTH, Otto. Tarefas da pesquisa da Ciência da Cultura. In. MAROCCO, Beatriz e BERGER, Christa. A era glacial do
jornalismo. Porto Alegre: sulina, 2006, p. 182-306.
MEDITSCH, E. B. V.. As diretrizes críticas e a crítica das Diretrizes: o “conflito das faculdades” na área acadêmica de
Comunicação. Questões transversais: revista de epistemologias da comunicação, v. 3, p. 22-26, 2015.
MELLADO, Claudia: “Elementos compartidos por el periodismo en Latinoamérica: Revisión de cinco décadas y propuesta de
un modelo de análisis”, en Revista Comunicar, 33(17), pp.193-201. 2009
MELO, Jose Marques de. Jornalismo brasileiro. Porto Alegre: Sulina, 2003.
MOLINA, Matías. História dos Jornais no Brasil: Da Era Colonial à Regência (1500-1840). Rio de Janeiro: Cia das Letras,
2015.
MORAES, Fernando. Chatô, rei do Brasil. São Paulo: Cia. Das Letras, 1995.

PEUCER, Tobias. De relationibus novellis. In Estudos em Jornalismo e Mídia, Vol. I, n. 2, 2º semestre de 2004, p. 14-29.
RIZZINI, Carlos. O jornalismo antes da tipografia. São Paulo: Cia. Ed. Nacional, 1968.
ROMANCINI ; LAGO, Cláudia . História do Jornalismo no Brasil. 1. ed. Florianópolis: Insular, 2007.
SPONHOLZ, L.. Quando objetividade não é objectivity. Os princípios do jornalismo brasileiro e suas conseqüências. Anuário
Internacional de Comunicação Lusófona, v. 5, p. 10, 2008
TOTA, Antonio Pedro. O Imperialismo sedutor: a americanização do Brasil na época da Segunda Guerra. São Paulo:
Companhia das Letras, 2000.
VEIGA DA SILVA, M.; M., Fabiana. Onde está Ruanda no mapa? Decolonialidade, subjetividade e o racismo epistêmico do
jornalismo. In: ENCONTRO ANUAL DA COMPÓS, 19., 2020, Campo Grande. Anais [...]. Campo Grande: Compós, 2020. p.
1-21.
VIZEU, A.. Gilberto Freyre e os manuais de redação. Comunicação & Sociedade, v. 50, p. 163-177, 2008.
VIZEU, A.; SANTANA, Adriana. O lugar de referência e o rigor do método no Jornalismo: algumas considerações. In Texto
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WAINER, Samuel. Minha razão de viver: memorias de um reporter. 11 ed. Rio de Janeiro: Record, 1988
ZELIZER, Barbie (org.). Explorations in communication and history. New York: Routledge, 2008
ZILLER J., BARRETOS D. O medo do outro em produções sobre assassinatos de travestis e transexuais. In: Sobre jornalismo
[online], Vol 8, n°2 – 2019.

Sobre o mapa afetivo:

Exemplos de como realizar um mapeamento afetivo pela Énois Conteúdo: https://caixadiversidade.enoisconteudo.com.br/como-


fazer-um-mapa-afetivo-para-encontrar-pautas-no-territorio/

https://caixadiversidade.enoisconteudo.com.br/como-utilizar-o-mapa-afetivo-para-construir-pautas-sobre-a-justica-climatica/

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