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257/01 (EC)
Última atualização legislativa: 24/12/2022: Lei nº 14.489/22 - Altera o Estatuto da Cidade, para vedar o
emprego de técnicas construtivas hostis em espaços livres de uso público – Lei Padre Júlio
Lancelotti.
2) Siglas utilizadas:
MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base
legal, etc.); EC (Estatuto da Cidade)
Obs.: Controle de questões no site Qconcursos sobre Direito Urbanístico: i) Questões
realizadas [2002/2023: 1.815] ii) Questões pendentes: [34];
CAPÍTULO I
DIRETRIZES GERAIS
Art. 1o Na execução da política urbana, de que tratam os arts. 182 e 183 da Constituição Federal,
será aplicado o previsto nesta Lei. (MPES-2010)
Parágrafo único. Para todos os efeitos, esta Lei, denominada ESTATUTO DA CIDADE,
ESTABELECE normas de ordem pública e interesse social que REGULAM o uso da propriedade
urbana EM PROL do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do
equilíbrio ambiental. (TJSC-2010) (MPSC-2010) (MPES-2010) (MPMG-2010/2018)
Art. 2o A política urbana TEM POR OBJETIVO ORDENAR o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes DIRETRIZES GERAIS:
(DPESP-2009) (MPES-2010) (MPSC-2010) (PGM-Teresina/PI-2010) (TRF2-2011) (TJAC-2012) (TJCE-2012) (MPPI-2012)
(DPEMS-2012) (TJSC-2009/2013) (MPRO-2013) (MPF-2013) (Cartórios/TJPB-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (MPAM-
2015) (MPDFT-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGM-POA/RS-2016) (DPEPR-2017) (DPERO-2017) (PGM-BH/MG-
2017) (TJMG-2018) (DPEAM-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (TJRO-2019) (MPMT-2019) (MPSP-2019) (PGM-Boa
Vista/RR-2019) (PCRN-2021) (MPMG-2010/2013/2014/2018/2022) (PGERO-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
#Atenção: #STJ: #DOD: Não é possível a manutenção de quiosques e trailers instalados sobre
calçadas sem a regular aprovação estatal: Em cidades tomadas por veículos automotores, a
maior parte deles a serviço de minoria privilegiada, calçadas integram o mínimo existencial de
espaço público dos pedestres, a maioria da população. No Estado Social de Direito, o ato de se
deslocar a pé, em segurança e com conforto, qualifica-se como direito de todos, com atenção
redobrada para a acessibilidade dos mais vulneráveis, aí incluídos idosos, crianças e pessoas
com deficiência. Vale ressaltar que as calçadas são consideradas bens públicos, como bens de
uso comum do povo (art. 99, I, do CC). A ninguém é lícito ocupar espaço público (no caso, a
calçada), exceto se estritamente conforme a legislação e após regular procedimento
administrativo. Se o apossamento do espaço urbano público ocorre ilegalmente, incumbe ao
administrador, sob risco de cometimento de improbidade e infração disciplinar, fazer a
imediata demolição de eventuais construções irregulares e a desocupação de bem turbado ou
esbulhado. STJ. 2ª T. REsp 1846075-DF, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 03/03/20 (Info 671).
(PGM-Boa Vista/RR-2019-CESPE): Homero tem, desde 1998, em área urbana central de Boa Vista
– RR , um terreno, no qual pretende construir, em 2025, um hotel. Na área do imóvel, que é de
cinco hectares, há duas nascentes do Rio Branco. Considerando essa situação hipotética, julgue o
item a seguir: A pretensão de Homero de construir um hotel em imóvel de sua propriedade está
em conformidade com a diretriz do Estatuto da Cidade, que busca, em atendimento ao interesse
social, a cooperação entre o governo, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no
processo de urbanização. BL: art. 2º, caput, III, EC.
(TJSC-2013): O Estatuto da Cidade estabelece como diretriz geral a cooperação entre governos, a
iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanização, em atendimento
ao interesse social. BL: art. 2º, caput, III, EC.
IV – planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e
das atividades econômicas do Município e do território sob sua área de influência, de modo a
evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente ;
(MPSC-2010) (MPES-2010) (DPEMS-2012) (MPMG-2014) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPSP-2019) (PGERO-2022)
h) a exposição da população a riscos de desastres. (Incluído dada pela Lei nº 12.608, de 2012) (TJSC-
2013)
(TJSC-2013): O Estatuto da Cidade estabelece como diretriz geral o controle do uso do solo, de
forma a evitar a exposição da população a riscos de desastres. BL: art. 2º, caput e inciso VI, “h”
do EC.
VII – integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o
desenvolvimento socioeconômico do Município e do território sob sua área de influência ; (MPMG-
2010) (MPRO-2013) (PGM-São Paulo/SP-2014) (PGM-Salvador/BA-2015) (DPEAM-2018)
(MPMG-2022): Sobre a Lei Federal 10.257, de 10 de julho de 2001, é correto afirmar: São diretrizes
da política urbana a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de
urbanização e a gestão democrática por meio da participação da população e de associações
representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e
acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano.. BL: art. 2º, II e
IX, EC.
XIV – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda
mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e
edificação, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais ; (PGM-
Teresina/PI-2010) (PGM-São Paulo/SP-2014)
XVII - estímulo à utilização, nos parcelamentos do solo e nas edificações urbanas, de sistemas
operacionais, padrões construtivos e aportes tecnológicos que objetivem a redução de impactos
ambientais e a economia de recursos naturais. (Incluído pela Lei nº 12.836, de 2013)
XVIII - tratamento prioritário às obras e edificações de infraestrutura de energia,
telecomunicações, abastecimento de água e saneamento . (Incluído pela Lei nº 13.116, de 2015) (DPERO-
2017)
II – legislar sobre normas para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios em relação à política urbana, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do
bem-estar em âmbito nacional; (PGM-POA/RS-2016)
III - PROMOVER, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, programas de construção de moradias e melhoria das condições habitacionais, de
saneamento básico, das calçadas, dos passeios públicos, do mobiliário urbano e dos demais
espaços de uso público; (Vide Lei nº 13.146, de 2015) (TJCE-2012/2014) (MPMT-2014) (PGM-POA/RS-2016)
(MPRS-2017) (MPPR-2021) (MPCSC-2022)
CAPÍTULO II
Seção I
Art. 4o Para os fins desta Lei, SERÃO UTILIZADOS, ENTRE OUTROS INSTRUMENTOS:
[obs.: rol exemplificativo] (PGM-BH/MG-2017) (MPSC-2023)
(TJMG-2014): Com relação ao Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01), analise a afirmativa seguinte:
Ainda que adstrito ao princípio da legalidade, o IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e
Territorial Urbana) pode ser utilizado como instrumento de política urbanística, visando à
promoção do adequado aproveitamento do imóvel urbano não edificado, subutilizado ou não
utilizado. BL: art. 4º, IV, “a” do EC.
q) regularização fundiária;
t) demarcação urbanística para fins de regularização fundiária; (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009)
#Atenção: #MPSP-2022: O controle social pode e deve ser realizado sobre toda atuação
administrativa, por meio de diversos instrumentos jurídicos. Entretanto, o EC prevê a garantia de
participação dos cidadãos, em geral, quando da realização de instrumentos urbanísticos que
envolvam recursos públicos. (art. 4º, §3º, EC).
Seção II
Art. 5o LEI MUNICIPAL ESPECÍFICA para área incluída no plano diretor PODERÁ
DETERMINAR o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não
edificado, subutilizado ou não utilizado, DEVENDO FIXAR as CONDIÇÕES e os PRAZOS para
implementação da referida obrigação. (DPEPI-2009) (PGEAL-2009) (MPCE-2011) (MPSP-2011) (MPMT-2012)
(MPES-2013) (TRF2-2013) (PGDF-2013) (DPEMG-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TJSP-2015) (MPDFT-2015)
(DPEMA-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (DPEBA-2010/2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPRS-2016/2017) (MPMG-2017)
(MPMS-2018) (Cartórios/TJMG-2018) (TJAC-2019) (MPPI-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (TJPR-2017/2021)
(Cartórios/TJSC-2021) (PCRN-2021) (MPSC-2023)
(MPSC-2023-CESPE): De acordo com o Estatuto da Cidade, julgue o item que se segue: Nas áreas
urbanas delimitadas no plano diretor, lei específica poderá aplicar o parcelamento, a edificação ou
a utilização, de forma compulsória, do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado,
devendo a referida lei fixar condições e prazos para a implementação de tal obrigação. BL: art. 5º,
EC.
(PCRN-2021-FGV): O Município de Tombadinho, que possui 49 mil habitantes, edita lei específica
que estabelece que, em delimitadas áreas, o proprietário do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, deve promover o seu adequado aproveitamento, sob pena de
parcelamento ou edificação compulsória. O instrumento de política urbana concretizado pela
referida lei é o: plano diretor. BL: art. 5º, EC c/c art. 182, §§1º e 4º, CF.1
(MPRS-2016): Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá determinar o
parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para implementação da
referida obrigação. BL: art. 5º, EC.
II – (VETADO)
1
Art. 182. (...) §1º. O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais
de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana. (...)
§4º. É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor,
exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não
utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I - parcelamento ou
edificação compulsórios; II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no
tempo; III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
§ 2o O proprietário SERÁ NOTIFICADO pelo Poder Executivo municipal para o
cumprimento da obrigação, DEVENDO a notificação SER AVERBADA no CARTÓRIO DE
REGISTRO DE IMÓVEIS. (DPEPI-2009) (TJPA-2012) (TJSC-2013) (PGDF-2013) (PGM-Cuiabá/MT-2014)
(Cartórios/TJMG-2018) (MPGO-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (Cartórios/TJSC-2021) (PGEAL-2021)
§ 3o A NOTIFICAÇÃO FAR-SE-Á:
II – por edital quando frustrada, por três vezes, a tentativa de notificação na forma prevista
pelo inciso I. (DPEPI-2009) (Cartórios/TJSC-2021)
I - um ano, a partir da notificação, para que seja protocolado o projeto no órgão municipal
competente; (DPEPI-2009) (MPGO-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (Cartórios/TJSC-2021)
#Atenção: #Dica:
1 ano: protocolo (inciso I)
2 anos: execução/início (inciso)
Art. 6o A TRANSMISSÃO DO IMÓVEL, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior à data
da notificação, TRANSFERE as obrigações de PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO ou
UTILIZAÇÃO previstas no art. 5o desta Lei, sem interrupção de quaisquer prazos . (DPEPI-2009)
(TRF2-2011) (MPGO-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (PGEAL-2021)
Seção III
§ 1o O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei específica a que se refere o
caput do art. 5o desta Lei e NÃO EXCEDERÁ a duas vezes o valor referente ao ano anterior,
RESPEITADA a ALÍQUOTA MÁXIMA de quinze por cento. (DPEMG-2014) (DPEMA-2009/2015) (PGM-
Boa Vista/RR-2019) (MPRS-2021) (PGEAL-2021) (MPRJ-2022)
§ 2o Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em cinco anos, o
Município MANTERÁ a cobrança pela ALÍQUOTA MÁXIMA, até que SE CUMPRA a referida
obrigação, GARANTIDA a prerrogativa prevista no art. 8o. (PGM-Boa Vista/RR-2019) (PGEAL-2021)
Seção IV
§ 3o Os títulos de que trata este artigo NÃO TERÃO PODER LIBERATÓRIO para pagamento
de tributos. (PGM-São Paulo/SP-2014) (PGEAL-2021) (MPRJ-2022)
Seção V
(TJRJ-2016-VUNESP): Rony, há 6 anos ininterruptos e sem oposição, possui como sua uma
pequena casa de 90 m², em área urbana, onde reside com sua família. Não é proprietário de outro
imóvel, urbano ou rural. Anteriormente à sua posse, a casa era ocupada por um amigo seu que se
mudou para outro Estado, mas Rony não sabe a que título seu amigo ocupava o imóvel. Dois anos
após a ocupação por Rony, foi averbada na matrícula do imóvel uma certidão de distribuição de
uma ação de execução em face do formal proprietário do bem. Rony não recebeu notícia da
averbação realizada. Diante dessas circunstâncias, é correto afirmar que se operou a prescrição
aquisitiva em favor de Rony, pela denominada usucapião especial urbana residencial
individual. BL: art. 1240, §1º, CC e art. 9º, §1º do Estatuto da Cidade.
#Atenção: Possuindo por seis anos ininterruptos e sem oposição (não recebeu notícia da
averbação), como sua, uma pequena casa de 90 m², em área urbana, onde reside com sua família,
não sendo proprietário de outro imóvel urbano ou rural, opera-se a prescrição aquisitiva em favor
do possuidor, Rony, denominada usucapião especial urbana residencial individual.
§ 2o O direito de que trata este artigo NÃO SERÁ RECONHECIDO ao mesmo possuidor
mais de uma vez. (MPAM-2007) (DPEES-2016) (MPRS-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJMT-2018) (MPSP-2015/2022)
Art. 10. Os NÚCLEOS URBANOS INFORMAIS existentes SEM oposição HÁ mais de cinco
anos e CUJA área total dividida pelo número de possuidores SEJA INFERIOR a duzentos e
cinquenta metros quadrados por possuidor SÃO SUSCETÍVEIS de serem USUCAPIDOS
COLETIVAMENTE, DESDE QUE os possuidores NÃO SEJAM proprietários de outro imóvel
urbano ou rural. (Redação dada pela lei nº 13.465, de 2017) (DPU-2017) (TJMT-2018) (MPBA-2018) (MPMS-2018)
(TJAC-2019) (MPPR-2019) (Cartórios/TJRS-2019) (DPEGO-2021) (DPESC-2021) (DPESE-2022)
§ 1o O possuidor PODE, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo,
ACRESCENTAR sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas SEJAM CONTÍNUAS.
(DPESP-2006) (Cartórios/TJRS-2019) (Cartórios/TJRS-2019) (DPESE-2022)
(DPEES-2009-CESPE): No que tange à usucapião especial urbana, é correto afirmar que, via de
regra, o condomínio instituído por força da ação de usucapião especial coletiva é indivisível, não
sendo passível de extinção. BL: art. 10, §§ 2º e 4º do EC.
§ 5o As deliberações relativas à administração do condomínio especial serão tomadas por
maioria de votos dos condôminos presentes, obrigando também os demais, discordantes ou
ausentes. (DPESP-2013)
Art. 12. SÃO PARTES LEGÍTIMAS para a propositura da ação de usucapião especial urbana :
(DPESP-2006) (PGM-Teresina/PI-2010) (MPSP-2006/2012) (PGM-São Paulo/SP-2014) (MPMS-2015)
(PGM-Curitiba/PR-2015) (PGM-POA/RS-2016) (MPPI-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (DPERJ-2021) (MPMG-2022)
(DPESE-2022)
(MPMG-2022): Sobre a Lei Federal 10.257, de 10 de julho de 2001, é correto afirmar: São partes
legítimas para a propositura da ação de usucapião especial urbana: o possuidor, isoladamente ou
em litisconsórcio originário ou superveniente; os possuidores, em estado de composse; como
substituto processual, a associação de moradores da comunidade, regularmente constituída, com
personalidade jurídica, desde que explicitamente autorizada pelos representados. BL: art. 12,
caput, EC.
(MPBA-2018): Com base na Lei 10.257/01, que “Regulamenta os artigos nos 182 e 183 da Constituição
Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências”, analise a alternativa
correta: Na pendência da ação de usucapião especial urbana, ficarão sobrestadas quaisquer outras
ações, petitórias ou possessórias, que venham a ser propostas relativamente ao imóvel
usucapiendo, sendo obrigatória a intervenção do Ministério Público. BL: art. 11 c/c art. 12, §1º, EC.
#Atenção: No EC, o MP não propõe a ação, apenas intervém. A participação do Ministério Público
será obrigatória, nas ações de usucapião especial urbana, em função do interesse público
evidenciado pela natureza da lide, sendo a necessidade de proteção aos hipossuficientes
presumida. (Fonte: Referência Bibliográfica: FRANCISCO, R.V; GOLDFINGER, F.I. Direito
Urbanístico, Coleção Sinopses para Concursos, v.44. Salvador: Ed. Juspodivm, 2021, p: 83.).
#Atenção: #STJ: #DOD: O art. 12, § 2º do Estatuto da Cidade estabelece uma presunção relativa
de que o autor da ação de usucapião especial urbana é hipossuficiente: O Estatuto da Cidade, ao
tratar sobre a ação de usucapião especial urbana, prevê que "o autor terá os benefícios da justiça
e da assistência judiciária gratuita, inclusive perante o cartório de registro de imóveis." Isso
significa que o autor da ação de usucapião especial urbana gozará sempre da gratuidade da
justiça? Há uma presunção absoluta de que este autor não tem recursos suficientes para pagar
as custas? NÃO. O art. 12, § 2º, do Estatuto da Cidade estabelece uma presunção relativa de que
o autor da ação de usucapião especial urbana é hipossuficiente. Isso significa que essa
presunção pode ser ilidida (refutada) a partir da comprovação inequívoca de que o autor não é
considerado "necessitado". STJ. 3ª T. REsp 1517822-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, j.
21/2/17 (Info 599).
#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 148: #MPMS-2018: #MPSC-2023: #CESPE: Tese 10: O art.
12, §2º, da Lei n. 10.257/2001, que assegura aos autores da ação de usucapião especial urbana os
benefícios da assistência judiciária gratuita, incluindo as despesas de registro imobiliário, deve ser
interpretado em harmonia com o Código de Processo Civil.
Art. 13. A usucapião especial de imóvel urbano PODERÁ SER INVOCADA como MATÉRIA
DE DEFESA, valendo a sentença que a reconhecer como título para registro no cartório de registro
de imóveis. (PGM-Teresina/PI-2010) (TRF5-2011) (MPMT-2012) (MPPR-2012) (Cartórios/TJSP-2014) (DPEMG-2019)
Art. 14. Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, o rito processual a ser
observado é o sumário. (DPESP-2006) (PGM-Teresina/PI-2010) (MPMT-2012) (Cartórios/TJPB-2014) (MPSP-
2006/2012/2015) (DPEAL-2017)
#Atenção: #Novo CPC X redação literal da legislação especial: Mesmo com as disposições
trazidas pelo CPC/15, há a possibilidade de a banca de concurso cobrar a literalidade do
dispositivo legal. Vejamos o teor do art. 1.046, §1º e art. 1.049, § único, ambos do NCPC:
Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos
pendentes, ficando revogada a Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973.
§ 1º As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 , relativas ao procedimento sumário e
aos procedimentos especiais que forem revogadas aplicar-se-ão às ações propostas e não sentenciadas
até o início da vigência deste Código.
Art. 1.049. Sempre que a lei remeter a procedimento previsto na lei processual sem especificá-lo,
será observado o procedimento comum previsto neste Código.
Parágrafo único. Na hipótese de a lei remeter ao procedimento sumário, será observado o
procedimento comum previsto neste Código, com as modificações previstas na própria lei especial, se
houver.
Seção VI
Seção VII
Do direito de superfície
JDC nº 568: Art. 1.369 CC e art. 21 Estatuto da Cidade. O direito de superfície abrange o direito de
utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato,
admitindo-se o direito de sobrelevação, atendida a legislação urbanística. (PGEPI-2014) (PGETO-2018)
#Atenção: É inegável que o direito de superfície não é exclusivo dos entes particulares. Consoante
dispõe EC, o direito de superfície é expressamente admitido como promoção da política urbana
(art. 22, c.c art. 4º, V, “l” do EC). Em redação semelhante ao art. 22 do EC, vejamos o teor do art.
1.373 do CC/02: “Art. 1.373. Em caso de alienação do imóvel ou do direito de superfície, o superficiário ou
o proprietário tem direito de preferência, em igualdade de condições.”
(MPSC-2016): Nos termos da Lei 10.257/01, o direito de superfície abrange o direito de utilizar o
solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo,
atendida a legislação urbanística. De acordo com a referida lei, extingue-se o direito de superfície
pelo advento do termo e pelo descumprimento das obrigações assumidas pelo superficiário. BL:
art. 21, §1º c/c art. 23 do EC.
Art. 24. Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o pleno domínio do terreno,
bem como das acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel, independentemente de indenização,
se as partes não houverem estipulado o contrário no respectivo contrato.
Seção VIII
Do direito de preempção
Art. 25. O DIREITO DE PREEMPÇÃO CONFERE ao Poder Público municipal
PREFERÊNCIA PARA AQUISIÇÃO DE IMÓVEL URBANO objeto de alienação onerosa entre
particulares. (MPRO-2008) (PGEAL-2009) (MPSC-2010) (MPMT-2012) (MPRR-2012) (PGEGO-2013) (DPEMG-2014)
(MPSP-2011/2015) (TJSP-2015) (MPAM-2015) (PGM-POA/RS-2016) (MPMG-2010/2017) (PGESE-2017) (MPBA-2018)
(Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (MPRS-2021) (PCRN-2021) (TJAP-2022) (MPPE-2022) (PCRO-2022)
(PGM-Florianópolis/SC-2022)
Art. 26. O DIREITO DE PREEMPÇÃO SERÁ EXERCIDO SEMPRE que o Poder Público
necessitar de áreas para:
(MPRS-2016): O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de
áreas para constituição de reserva fundiária, entre outras hipóteses. BL: art. 26, I do EC.
IX – (VETADO)
§ 2o O Município fará publicar, em órgão oficial e em pelo menos um jornal local ou regional de
grande circulação, edital de aviso da notificação recebida nos termos do caput e da intenção de
aquisição do imóvel nas condições da proposta apresentada.
2
Art. 4º. (...) § 2º. Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde,
lazer e similares.
§ 6o Ocorrida a hipótese prevista no § 5 o o Município PODERÁ ADQUIRIR o imóvel pelo
valor da base de cálculo do IPTU ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for
inferior àquele. (PGESE-2017) (MPAP-2021) (PGEAL-2021) (TJAP-2022)
(TJAP-2022-FGV): O Município Beta, após revisão de seu plano diretor com a oitiva da sociedade
civil, por meio de diversas audiências públicas, concluiu que necessitava de áreas para a execução
de programas e projetos habitacionais de interesse social. Dessa forma, foi editada lei municipal,
baseada no citado plano diretor, delimitando as áreas em que incidirá direito de preempção, com
prazo de vigência de quatro anos. O direito de preempção conferiu ao poder público municipal
preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares,
naquela área especificada. Por entender que a citada lei municipal é inconstitucional por violar seu
direito de propriedade, João alienou a Maria seu imóvel urbano incluído na área prevista na lei,
sem oportunizar ao município o direito de preferência. O Município Beta ajuizou ação pleiteando
a invalidação do negócio jurídico celebrado entre João e Maria, requerendo que lhe sejam
assegurados os direitos previstos no Estatuto da Cidade. No caso em tela, o magistrado deve
observar que a Lei 10.257/01 dispõe que a alienação do imóvel de João a Maria é: nula de pleno
direito, e o Município poderá adquirir o imóvel pelo seu valor venal previsto na base de cálculo
do IPTU ou pelo valor da transação, se este for inferior àquele, pois o direito de preempção é uma
espécie de limitação administrativa. BL: art. 25, caput e §1º3 c/c art. 27, caput e §§3º, 5º e 6º, EC.
Seção IX
Art. 28. O plano diretor PODERÁ FIXAR áreas nas quais o DIREITO DE CONSTRUIR
PODERÁ SER EXERCIDO acima do coeficiente de aproveitamento básico adotado, mediante
CONTRAPARTIDA A SER PRESTADA pelo beneficiário. (PGEAL-2009) (MPMG-2010) (MPMT-2012)
(MPES-2013) (MPSC-2013) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (MPAM-2015) (MPDFT-2015) (PGM-POA/RS-2016) (MPBA-2018)
(PGM-Curitiba/PR-2019) (MPPE-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
(MPBA-2018): Com base na Lei 10.257/01, que “Regulamenta os artigos nos 182 e 183 da Constituição
Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências”, analise a alternativa
correta: O plano diretor poderá fixar áreas nas quais o direito de construir poderá ser exercido
acima do coeficiente de aproveitamento básico adotado, mediante contrapartida a ser prestada
pelo beneficiário. BL: art. 28, caput, EC.
§ 1o Para os efeitos desta Lei, coeficiente de aproveitamento é a relação entre a área edificável
e a área do terreno. (MPMT-2012) (MPAM-2015) (PGM-POA/RS-2016)
Art. 29. O plano diretor poderá fixar áreas nas quais poderá ser permitida alteração de uso do
solo, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário . (PGESC-2014) (MPDFT-2015) (PGM-
Goiânia/GO-2015) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-Curitiba/PR-2019)
Art. 30. Lei municipal específica estabelecerá as condições a serem observadas para a outorga
onerosa do direito de construir e de alteração de uso, determinando : (MPMT-2012) (MPDFT-2015)
(PGM-Curitiba/PR-2019)
Art. 31. Os recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do direito de construir e de
alteração de uso serão aplicados com as finalidades previstas nos incisos I a IX do art. 26 desta Lei .
(MPMT-2012) (MPES-2013) (MPDFT-2015) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016)
Seção X
Art. 32. Lei municipal específica, BASEADA no plano diretor, PODERÁ DELIMITAR área
para aplicação de OPERAÇÕES CONSORCIADAS. (PGM-Teresina/PI-2010) (PGM-Curitiba/PR-2015)
(PGM-Goiânia/GO-2015) (MPPR-2016) (MPRJ-2022) (DPECE-2022)
(MPRS-2016): Poderão ser previstas nas operações urbanas consorciadas, entre outras medidas, a
modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, bem
como alterações das normas edilícias, considerado o impacto ambiental delas decorrente. BL: art.
32, §2º, I do EC.
III - a concessão de incentivos a operações urbanas que utilizam tecnologias visando a redução
de impactos ambientais, e que comprovem a utilização, nas construções e uso de edificações urbanas,
de tecnologias que reduzam os impactos ambientais e economizem recursos naturais, especificadas
as modalidades de design e de obras a serem contempladas. (Incluído pela Lei nº 12.836, de 2013)
III – programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela
operação;
IV – finalidades da operação;
VIII - natureza dos incentivos a serem concedidos aos proprietários, usuários permanentes e
investidores privados, uma vez atendido o disposto no inciso III do § 2 o do art. 32 desta Lei.(Incluído
pela Lei nº 12.836, de 2013)
§ 1o Os recursos obtidos pelo Poder Público municipal na forma do inciso VI deste artigo
SERÃO APLICADOS exclusivamente na própria operação urbana consorciada. (MPSP-2011)
§ 2o A partir da aprovação da lei específica de que trata o caput, são nulas as licenças e
autorizações a cargo do Poder Público municipal expedidas em desacordo com o plano de operação
urbana consorciada.
Art. 34. A lei específica que aprovar a operação urbana consorciada poderá prever a emissão
pelo Município de quantidade determinada de certificados de potencial adicional de construção,
que serão alienados em leilão ou utilizados diretamente no pagamento das obras necessárias à
própria operação. (MPRJ-2022)
(MPRJ-2022): Um Município pretende realizar uma operação urbana consorciada com o objetivo
de revitalizar o bairro central da cidade, extremamente deteriorado. Acerca dessa hipótese, pode-
se corretamente afirmar: a lei específica poderá prever a emissão pelo Município de quantidade
determinada de certificados de potencial adicional de construção que serão alienados em leilão ou
utilizados diretamente no pagamento das obras necessárias à própria operação. BL: art. 34, caput,
EC.
Parágrafo único. As disposições dos arts. 32 a 34 desta Lei aplicam-se às operações urbanas
consorciadas interfederativas previstas no caput deste artigo, no que couber. (Incluído pela Lei nº 13.089,
de 2015)
Seção XI
Art. 35. Lei municipal, baseada no plano diretor, PODERÁ AUTORIZAR o proprietário de
imóvel urbano, privado ou público, a exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura
pública, o direito de construir previsto no plano diretor ou em legislação urbanística dele
decorrente, quando o referido imóvel for considerado necessário para fins de: (Cartórios/TJRS-2013)
(PGM-Goiânia/GO-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGM-POA/RS-2016) (MPRS-2021)
§ 1o A mesma faculdade poderá ser concedida ao proprietário que doar ao Poder Público seu
imóvel, ou parte dele, para os fins previstos nos incisos I a III do caput.
Seção XII
(MPRR-2017-CESPE): Com relação ao EIV, previsto na Lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade), julgue
o item a seguir: O EIV inclui a análise do uso e da ocupação do solo, bem como da geração de
tráfego e da demanda por transporte público. BL: art. 37, III e V, EC.
Parágrafo único. DAR-SE-Á PUBLICIDADE aos documentos integrantes do EIV, que ficarão
disponíveis para consulta, no órgão competente do Poder Público municipal, por qualquer
interessado. (DPESP-2013) (PGDF-2013) (MPSC-2014) (PGETO-2018) (MPMT-2019)
(MPPI-2019-CESPE): A política urbana tem como objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e da propriedade urbana. Considerando-se as disposições legais sobre
esse assunto, é correto afirmar que a elaboração do estudo prévio de impacto de vizinhança não
substitui a necessidade de elaboração e aprovação de estudo prévio de impacto ambiental. BL: art.
38, EC.
#Atenção: #Dica do Qconcursos (Lúcio Weber): “O Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) previsto
no art. 4º, VI e arts. 36 a 38 do Estatuto, embora semelhante ao EIA/RIMA, com ele não se confunde. É
mais usado em empreendimentos típicos do contexto urbano, sem grandes impactos no ambiente natural. O
EIV não substitui o EIA, quando exigido; EIV é o mEEEEEnos e o EIA é o mAAAAis. Mas o EIA, mais
abrangente, pode tornar o EIV dispensável.”
CAPÍTULO III
DO PLANO DIRETOR
Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social QUANDO ATENDE às exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das
necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das
atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas no art. 2 o desta Lei. (TJMS-2008) (TJSC-2009)
(MPES-2010) (MPSP-2011) (TRF1-2011) (TJPR-2012) (TJCE-2012) (MPMT-2012) (TRF3-2013) (TJDFT-2007/2014) (TRF2-
2011/2014) (MPPE-2014) (MPRS-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (MPPR-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPRR-2012/2017) (PGM-
BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (MPMS-2013/2018) (DPEMA-2009/2015/2018) (MPMG-2010/2011/2017/2018)
(PGM-João Pessoa/PB-2018) (TJAC-2019) (TJRO-2019) (DPEGO-2021) (PCRN-2021) (TCEAM-2021) (Cartórios/TJSP-
2014/2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022) (DPERO-2023)
Art. 40. O PLANO DIRETOR, APROVADO por lei municipal, É o instrumento básico da
política de desenvolvimento e expansão urbana. (TJPI-2007) (MPRN-2009) (PGEAL-2009) (MPES-2010)
(TRF5-2011) (TJBA-2012) (TJPA-2012) (MPAL-2012) (MPRR-2012) (DPERO-2012) (Cartórios/TJRJ-2012) (TRF2-
2011/2013) (DPESP-2013) (PGDF-2013) (MPMA-2014) (MPPE-2014) (DPECE-2014) (MPSP-2010/2015) (TRF1-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (MPSC-2012/2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-BH/MG-2017)
(MPMS-2013//2015/2018) (DPEMA-2015/2018) (MPBA-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPMT-2019)
(Cartórios/TJPR-2019) (MPCE-2020) (PCRN-2021) (MPMG-2010/2011/2012/2013/2014/2017/2021/2022) (DPEPA-2022)
(MPMG-2022): Sobre a Lei Federal 10.257, de 10 de julho de 2001, é correto afirmar: O plano
diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e
expansão urbana e parte integrante do planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as
diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele
contidas. BL: art. 40, caput e §1º, EC.
(MPBA-2018): Com base na Lei 10.257/01, que “Regulamenta os artigos nos 182 e 183 da Constituição
Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências”, analise a alternativa
correta: O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana, sendo parte integrante do processo de planejamento
municipal. O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual deverão
incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas. BL: art. 40, caput e §1º, EC.
(MPMG-2021): Em matéria de política urbana, é correto afirmar que: O Plano Diretor, aprovado
por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana, e
deverá englobar o território do Município como um todo. BL: art. 40, caput e §2º, EC.
§ 3o A lei que INSTITUIR o PLANO DIRETOR DEVERÁ SER REVISTA, pelo menos, a cada
dez anos. (MPRN-2009) (TJBA-2012) (TJPA-2012) (Cartórios/TJRJ-2012) (PGDF-2013) (PGEGO-2013) (MPAC-2014)
(PGM-Recife/PE-2014) (MPMS-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGM-POA/RS-2016)
§ 5o (VETADO)
I – com mais de vinte mil habitantes ; (TJPI-2007) (MPRN-2009) (MPES-2010) (MPSP-2010) (PGM-
Teresina/PI-2010) (TRF5-2011) (TJBA-2012) (TJPA-2012) (MPRR-2012) (MPSC-2012) (TRF2-2011/2013) (PGDF-2013)
(PGEGO-2013) (MPMG-2010/2011/2012/2013/2014) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (PGEBA-2014) (PGESC-2014) (PGM-
Recife/PE-2014) (MPAM-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGEAM-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-
2016) (MPMG-2013/2017) (PGM-BH/MG-2017) (DPEMA-2015/2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPMT-2012/2019)
(MPCE-2020) (PCRN-2021)
(TJBA-2012-CESPE): O plano diretor é obrigatório para cidades com mais de 20 mil habitantes e
para aquelas que integrem áreas de especial interesse turístico, entre outras situações definidas em
lei. BL: art. 41, I e IV do EC.
(DPESP-2013-FCC): De acordo com o Estatuto da Cidade: O plano diretor, aprovado por lei
municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana, sendo
obrigatório para cidades inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com
significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional. BL: art. 40, caput, c/c art. 41, V,
EC.
(MPBA-2018): Com base na Lei 10.257/01, que “Regulamenta os artigos nos 182 e 183 da Constituição
Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências”, analise a alternativa
correta: O plano diretor é obrigatório para cidades inseridas na área de influência de
empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou
nacional. Nesse caso, os recursos financeiros para a elaboração do plano diretor estarão inseridos
entre as medidas de compensação adotadas. BL: art. 41, caput, V c/c §1º, EC.
§ 2o No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, deverá ser elaborado um
plano de transporte urbano integrado, compatível com o plano diretor ou nele inserido .
(Cartórios/TJRJ-2012) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGEAM-2016) (TJMG-2022)
§ 3o As cidades de que trata o caput deste artigo devem elaborar plano de rotas acessíveis,
compatível com o plano diretor no qual está inserido, que disponha sobre os passeios públicos a
serem implantados ou reformados pelo poder público, com vistas a garantir acessibilidade da pessoa
com deficiência ou com mobilidade reduzida a todas as rotas e vias existentes, inclusive as que
concentrem os focos geradores de maior circulação de pedestres, como os órgãos públicos e os locais
de prestação de serviços públicos e privados de saúde, educação, assistência social, esporte, cultura,
correios e telégrafos, bancos, entre outros, sempre que possível de maneira integrada com os
sistemas de transporte coletivo de passageiros. (Vide Lei nº 13.146, de 2015)
I – a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o parcelamento, edificação ou
utilização compulsórios, considerando a existência de infraestrutura e de demanda para utilização,
na forma do art. 5o desta Lei; (PGM-POA/RS-2016) (MPMG-2021)
Art. 42-A. Além do conteúdo previsto no art. 42, o plano diretor dos Municípios incluídos
no cadastro nacional de municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande
impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos deverá conter :
(Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012) (PGEBA-2014)
§ 2o O conteúdo do plano diretor deverá ser compatível com as disposições insertas nos
planos de recursos hídricos, formulados consoante a Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997. (Incluído
pela Lei nº 12.608, de 2012) (TJAC-2012)
§ 3o Os Municípios adequarão o plano diretor às disposições deste artigo, por ocasião de sua
revisão, observados os prazos legais. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
§ 4o Os Municípios enquadrados no inciso VI do art. 41 desta Lei e que não tenham plano
diretor aprovado terão o prazo de 5 (cinco) anos para o seu encaminhamento para aprovação pela
Câmara Municipal. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
I - demarcação do novo perímetro urbano; (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012) (TJMG-2022)
II - delimitação dos trechos com restrições à urbanização e dos trechos sujeitos a controle
especial em função de ameaça de desastres naturais; (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
III - definição de diretrizes específicas e de áreas que serão utilizadas para infraestrutura,
sistema viário, equipamentos e instalações públicas, urbanas e sociais; (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
V - a previsão de áreas para habitação de interesse social por meio da demarcação de zonas
especiais de interesse social e de outros instrumentos de política urbana, quando o uso
habitacional for permitido; (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012) (MPAM-2015)
VII - definição de mecanismos para garantir a justa distribuição dos ônus e benefícios
decorrentes do processo de urbanização do território de expansão urbana e a recuperação para a
coletividade da valorização imobiliária resultante da ação do poder público. (MPMG-2019)
(MPMG-2017): Assinale a alternativa correta: O município que, por força de lei, possua Plano
Diretor poderá ampliar seu perímetro urbano, desde que elabore projeto específico que
contemple, dentre outras situações, a inclusão de diretrizes e instrumentos específicos para
proteção ambiental e do patrimônio histórico e cultural. BL: art. 42-B, inc. VI c/c § 1º, do EC.
#Atenção: Perceba que a referida alternativa em nenhum momento diz que o Plano Diretor é
obrigatório para a ampliação do perímetro urbano. A questão apenas afirma que o município que
possuir Plano Diretor poderá ampliar seu perímetro urbano, desde que elabore projeto específico
etc... (o que está plenamente correto). No mais, é preciso tomar cuidado com a terminologia
correta: Salvo melhor juízo, parece que, em nenhum momento, o EC exige lei específica para a
ampliação do perímetro urbano, mas, sim, lei municipal com base em projeto específico,
conforme o art. 42-B, §1º da Lei 10.257/01.
CAPÍTULO IV
Art. 43. Para garantir a gestão democrática da cidade, DEVERÃO SER UTILIZADOS, entre
outros, os SEGUINTES INSTRUMENTOS: (DPEMS-2012) (MPPR-2013) (MPSC-2014) (PGM-Curitiba/PR-
2015) (DPEPR-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
I – órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal ; (MPPR-2013)
(MPSC-2014) (PGM-Curitiba/PR-2015) (DPEPR-2017)
III – conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e
municipal; (MPPR-2013) (MPSC-2014) (PGM-Curitiba/PR-2015) (DPEPR-2017)
V – (VETADO)
Art. 44. No âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa de que trata a alínea f do
inciso III do art. 4o desta Lei incluirá a realização de debates, audiências e consultas públicas sobre
as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual, como
condição obrigatória para sua aprovação pela Câmara Municipal. (TCU-2008) (AGU-2010) (MPAC-2014)
(TRF5-2017)
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 46. O poder público municipal poderá facultar ao proprietário da área atingida pela
obrigação de que trata o caput do art. 5o desta Lei, ou objeto de regularização fundiária urbana para
fins de regularização fundiária, o estabelecimento de consórcio imobiliário como forma de
viabilização financeira do aproveitamento do imóvel. (Redação dada pela lei nº 13.465, de 2017)
Art. 47. Os tributos sobre imóveis urbanos, assim como as tarifas relativas a serviços públicos
urbanos, serão diferenciados em função do interesse social.
Art. 48. Nos casos de programas e projetos habitacionais de interesse social, desenvolvidos
por órgãos ou entidades da Administração Pública com atuação específica nessa área, os contratos
de concessão de direito real de uso de imóveis públicos: (TJCE-2012) (MPRR-2012) (PGESC-2014)
I – TERÃO, para todos os fins de direito, caráter de escritura pública, não se aplicando o
disposto no inciso II do art. 134 do Código Civil; (TJCE-2012) (MPRR-2012) (PGESC-2014)
Art. 49. Os Estados e Municípios terão o prazo de noventa dias, a partir da entrada em vigor
desta Lei, para fixar prazos, por lei, para a expedição de diretrizes de empreendimentos urbanísticos,
aprovação de projetos de parcelamento e de edificação, realização de vistorias e expedição de termo
de verificação e conclusão de obras.
Parágrafo único. Não sendo cumprida a determinação do caput, fica estabelecido o prazo de
sessenta dias para a realização de cada um dos referidos atos administrativos, que valerá até que os
Estados e Municípios disponham em lei de forma diversa.
Art. 50. Os Municípios que estejam enquadrados na obrigação prevista nos incisos I e II do
caput do art. 41 desta Lei e que não tenham plano diretor aprovado na data de entrada em vigor
desta Lei deverão aprová-lo até 30 de junho de 2008. (Redação dada pela Lei nº 11.673, 2008)
Art. 51. Para os efeitos desta Lei, aplicam-se ao Distrito Federal e ao Governador do Distrito
Federal as disposições relativas, respectivamente, a Município e a Prefeito.
Art. 52. SEM PREJUÍZO da punição de outros agentes públicos envolvidos e da aplicação de
outras sanções cabíveis, o Prefeito INCORRE em IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, nos
termos da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, quando: (TJSC-2010) (PGM-Teresina/PI-2010) (MPPR-2013)
(PGM-BH/MG-2017) (TJMG-2014/2018) (TJMT-2018) (MPSC-2013/2016/2019) (MPAP-2021)
(PGM-BH/MG-2017-CESPE): O Estatuto da Cidade tipifica novas condutas que poderão
caracterizar improbidade administrativa na execução da política urbana. BL: art. 52, EC.
I – (VETADO)
(TJMG-2014): Com relação ao Estatuto da Cidade, analise a afirmativa seguinte: O Prefeito incorre
em improbidade administrativa quando deixar de promover, no prazo de cinco anos, o adequado
aproveitamento do imóvel incorporado ao patrimônio público por meio da desapropriação
fundada no descumprimento, pelo proprietário, da obrigação de parcelamento, edificação ou
utilização do imóvel. BL: art. 52, II do EC.
III – UTILIZAR áreas obtidas por meio do DIREITO DE PREEMPÇÃO em desacordo com o
disposto no art. 26 desta Lei; (MPSC-2013) (MPAP-2021)
Art. 26. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de áreas para:
I – regularização fundiária;
II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III – constituição de reserva fundiária;
IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental;
VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico;
IX – (VETADO)
Parágrafo único. A lei municipal prevista no § 1o do art. 25 desta Lei deverá enquadrar cada área
em que incidirá o direito de preempção em uma ou mais das finalidades enumeradas por este artigo.
(MPSC-2013): Tendo o Poder Público Municipal, por meio do direito de preempção, adquirido
um imóvel para o exclusivo fim de criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes, incorre em
ato de improbidade administrativa o Prefeito que utilizá-lo com o objetivo de regularização
fundiária. BL: art. 52, III c/c art. 26, I e VI, do EC.
#Atenção: Uma vez adquirido o imóvel por força do direito de preferência, o Município tem a
obrigação legal de dar-lhe exatamente a destinação que justificou a aquisição, conforme previsto
em lei municipal. A utilização de áreas obtidas por meio do direito de preempção em desacordo
com a finalidade preestabelecida legalmente implica em responsabilização do Prefeito Municipal
por ato de improbidade administrativa conforme prevê expressamente o art. 52, III do EC.
(TJSC-2010): O Prefeito que impeça a realização do Plano Diretor viola os princípios da legalidade
e da publicidade, praticando manifesto ato de improbidade administrativa, conforme Lei n.
8.429/1992. BL: art. 52, VI e VII do EC.
VIII – adquirir imóvel objeto de direito de preempção, nos termos dos arts. 25 a 27 desta Lei,
pelo valor da proposta apresentada, se este for, comprovadamente, superior ao de mercado.
Art. 53. O art. 1o da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, passa a vigorar acrescido de novo inciso
III, renumerando o atual inciso III e os subseqüentes: (Revogado pela Medida Provisória nº
2.180-35, de 24.8.2001)
"Art. 1o .......................................................
...................................................................
.........................................................." (NR)
Art. 54. O art. 4o da Lei nº 7.347, de 1985, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 4o Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins desta Lei, objetivando, inclusive, evitar o dano
ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem urbanística ou aos bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO)." (NR)
Art. 55. O art. 167, inciso I, item 28, da Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, alterado pela
Lei n 6.216, de 30 de junho de 1975, passa a vigorar com a seguinte redação:
o
I - ..............................................................
..................................................................
........................................................." (NR)
Art. 56. O art. 167, inciso I, da Lei no 6.015, de 1973, passa a vigorar acrescido dos seguintes itens
37, 38 e 39:
I – ..............................................................
37) dos termos administrativos ou das sentenças declaratórias da concessão de uso especial para fins
de moradia, independente da regularidade do parcelamento do solo ou da edificação;
38) (VETADO)
II – ..............................................................
Art. 57-A. A operadora ferroviária, inclusive metroferroviária, poderá constituir o direito real
de laje de que trata a Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e o de superfície de que
trata esta Lei, sobre ou sob a faixa de domínio de sua via férrea, observado o plano diretor e o
respectivo contrato de outorga com o poder concedente. (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021)
Parágrafo único. A constituição do direito real de laje ou de superfície a que se refere o caput
deste artigo é condicionada à existência prévia de licenciamento urbanístico municipal, que
estabelecerá os ônus urbanísticos a serem observados e o direito de construir incorporado a cada
unidade imobiliária. (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021)
Art. 58. Esta Lei entra em vigor após decorridos noventa dias de sua publicação.