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JERUALÉM OU BABILÔNIA:

APOCALIPSE 21: 1-
Uma análise sobre Comunidade Espiritual.

Nossa visão sobre Igreja é uma concepção contaminada por uma noção de igreja Institucional. Olharemos para exte
texto com uma perspectiva Profética com relação a vida da Igreja.

1. A IGREJA AQUI É DESCRITA COMO UMA CIDADE ONDE DEUS HABITA COM OS HOMENS: (1:3)

 Então do ponto de vista Profético, a Igreja é o meio pelo qual Deus se revela as nações

“Mas vòs sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” I Pedro 2:9

 De maneira que a Igreja não é uma comunidade dentro de uma comunidade, mas é uma comunidade para as
comunidades.
 Os fundamentos desta cidade são amor, graça e comunhão. De maneira tal que pelo amor manifestado em
Jesus Cristo, somos alcançados pela graça de Deus para vivermos em comunhão juntamente com Ele diante
dos homens. De maneira que o interesse Deus primário de Deus não é nos levar para um céu, mas habitar
em meio a sua Igreja e ser conhecido pelos homens através dela.

2. ESTA REVELAÇÃO DA NOVA JERUSALÉM, TRAZ EM SI O CARÁTER DA VONTADE DE DEUS PARA A SUA IGREJA:

 Esta visão carrega em seu modelo o caráter que Deus deseja para seu povo, é uma visão da glória eterna,
mas que aponta para o padrão de vida da Igreja contemporânea.

3. DUAS COISAS ESTÃO AUSENTES NESTE MODELO, O MAR E O SANTUÁRIO: (V 1, 22)

 Foi notado a ausência de dois elementos nesta visão: MAR – DIVISÃO, FRONTEIRAS. E TEMPLO: RUTUAL,
LITURGIA.
 Mas havia ‘Rio’, que saia do trono de Deus. (22:1) (Ez 47) um rio cuja quanto mais distante do trono de
Deus maior sua profundidade, quanto mais liberto eu for da Divindade de Deus mais eu mergulho na
profundidade da paternidade de Deus, pois o propósito de Deus diante da humanidade não é ser
reconhecido como Deus mas ser conhecido como Pai (Mc 14:6).
 Pois o filho adulto é aquele que que se liberta da dependência do poder da divindade e se aprofunda no
conhecimento da plenitude da paternidade Divina.

O homem inspirado pelo anti-Cristo (II Ts 2:7-8) constrói uma outra cidade para substituir a cidade edificada por
Deus.
Lemos sobre esta cidade nos capítulos 17 e 18- Babilônia.

A cidade que os Homens edificaram soba influencia de satanás, pela influencia do espírito de anti Cristo, que já tem
força operante na terra.

 Babilônia foi a 1ª cidade edificada pelos homens, veio de Babel, uma cidade fundada por um homem que foi
chamado de o 1º homem poderoso diante de Deus (Ninrrode) – (Gn 10.09 e 11).
 Usando dos beneficio de seu poder propõe construir uma cidade projetada para o céu, enquanto Deus quer
edificar em nós uma cidade que desce do céu, o homem na sua força quer construir uma cidade na terra que
projetada para alcançar o céu.
 Isto nos coloca uma questão: Estamos encarnando o compromisso de descer uma cidade que desce do céu,
ou estamos tentando usar de nosso poder construir uma cidade na terra que cutuque Deus no céu?
 Babilônia é um esforço de competência humana para cutucar Deus no céu: característica de babilônia
‘Templo’ – diferentemente de Jerusalém, que ao invés de Templo, tem Praça, (22:2)

A Igreja, o Povo de Deus, não tem que subir a cidade dos homens mas descer a cidade de Deus.

Duas referencias a partir de agora: Nova Jerusalém v Babilônia:

 Jerusalém é construída por um Propósito, Babilônia é construída por uma necessidade: neste sentido
perguntamos, qual é a plataforma da Igreja, um ambiente para resolver as necessidades das pessoas ou um
ambiente para cumprir o propósito e Deus?
 A igreja é um ambiente para resolver seus problemas e atender suas expectativas ou nitrir suas convicções
para cumprir o Propósito de Deus em sua vida?
 A igreja é uma experiencia de poder ou uma consciência da vontade de Deus?
 Um lugar de resolutividade ou lugar de redenção?
 Você precisa de uma Igreja bem resolvida que te atenda ou você é uma pessoa bem resolvida que pode atuar
em qualquer tipo de ambiente?
 A igreja é um ambiente para produzir pessoas bem resolvidas ou é um lugar bem resolvida para gente mal
resolvida?

Jerusalém: um lugar onde se reúne pessoas bem resolvidas que atendem a cumprir um propósito.

Babilônia: um lugar bem resolvido que reúne gente mal resolvido.

Por isso a cidade de Deus é habitada por filhos e Babilônia é habitada por escravos.

Um escravo vai a igreja para ter seu problema resolvido, pois ele vive por demanda, enquanto um filho bem
resolvido vem a Igreja para encontrar sua responsabilidade, é por isso que o filho não vem a Igreja para resolver
seus problemas, mas para se responsabilizar pelos problemas que chegaram até ele, pois ele pensa como filho e
não como escravo. Ele pensa em responsabilidade e não em direito.

A igreja não é o direito do escravo, mas é o ambiente onde os filhos se responsabilizam. O filho pensa em virtude
e o escravo pensa em salário.

4. ENQUANTO JERUSALÉM SE REÚNE PARA MULTIPLICAR, BABILÔNIA SE REUNE PARA SER ABENÇOADA .

 Igreja é o lugar onde os abençoados se encontram para multiplicar e Babilônia é o lugar onde os
malditos/escravos se reúnem para ser tentar ser abençoados.
 Em Babilônia as pessoas tentam encontrar ser abençoadas enquanto em Jerusalém as pessoas tentam
encontrar formas de abençoar.

5. QUAL É O LUGAR CENTRAL DA CIDADE DE DEUS?

 Praça é o lugar de troca, onde riqueza e pobreza se encontram.


 Seu caráter não é comercial e sim escambo – forma original de fazer troca intencional.
 Não é exercitado o comércio nesta praça e sim a livre troca.
 O produto de um representa a sua riqueza enquanto a falta deste produto em outro representa a sua
pobreza, de maneira que 1kg de prata era valioso para quem tinha uma abundancia de algodão. Assim
faziam a troca, pois a prata era importante para um ter a matéria de suas ferramentas e o algodão era
valioso para quem tinha a necessidade de fazer seu tecido. De maneira que não era uma questão de
preço e sim de valor.
 Então a praça é um ligar onde os valores são compartilhados, de maneira que riqueza e pobreza nesta
perspectiva é uma questão de valor.

6. BABILÔNIA É UM LUGAR DE COMERCIO:


 Ap 17 – babilônia é a mãe de toda a prostituição comercial “Caiu a grande Babilônia na prostituição de
seu comercio”
 Por isso que ao invés de uma praça, Babilônia tem templo, e o que Jesus encontrou no templo dos
homens segundo Mateus 21:12. Pois é no comercio que as necessidades são exploradas e não
contempladas.
 E a partir de uma necessidade, em Babilônia, se vê uma oportunidade de exploração para vender para
aquela pessoa o recurso que ela necessita. Então não é um lugar onde riquezas e pobrezas são
compartilhadas, mas são exploradas.
 Eu exploro a pobreza do outro precificando a minha riqueza.

7. OS FILHOS DE DEUS SÃO TODOS IGUAIS DIANTE DO PAI, POR ISSO SÃO DOTADOS DE RIQUEZAS E DE
POBREZAS
 Todo filho de Deus, cidadão da Nova Jerusalém tem em sua vida riqueza e pobreza, pois sua riqueza é
para abençoar a pobreza de outro e sua pobreza é oportunidade de ser abençoado por outro irmão.
 Por isso que na vida do filho de Deus pobreza não é maldição, mas o elemento que promove o encontro
na certeza de que ele vai encontrar a riqueza na vida do irmão que vai atender o chamado deste
encontro.
 Relação retentiva e não resolutiva - A RESOLUTIVIDADE é o espírito do comercio, e a REDENÇÃO é o
espírito da Família.
 Ninguém colheu muito e nem colheu pouco, Deus assim o fez para revelar a sua glória.

8. O SIMBOLO PRINCIPAL DA PRACA: A MESA – QUAL O SIMBOLODO PRINCIPAL DO TEMPLO : A TORRE

 O perigo de tocar a pedagogia da mesa pela Liturgia da torre: Quem foi que colocou Jesus no alto da
Torre para que ele pudesse resolver seu Problema? O Diabo (Mt 4.5)
 É Coisa de Babilônia trocar uma cultura relacional de Mesa para se colocar em uma posição protetiva de
Torre. Pois é no templo que pensamos em fazer um tipo de liturgia que vai cutucar a Deus e faze-los nos
proteger.
 Estamos trocando a Segurança da Relação pela Proteção da Devoção, abandonando a relação da mesa
pela liturgia da torre, pois neste pensamento Deus não é tido como pai, ele é Divindade, e toda
divindade busca em si uma devoção e não uma relação. Então ao invés de trazermos a mesa para a
liturgia, estamos levando liturgia para a mesa.

 Só quem busca segurança reparte e quem busca proteção come. Assim chegamos a mesa para comer
buscando proteção ao invés de sentar na mesa pelo privilégio de repartir para mostrar a segurança que
temos no pai.

 A segurança é a convicção de quem reparte, por isso ele senta na mesa e se preocupa em repartir ao
contrário de quem já senta na mesa com tato medo de ficar sem que senta para comer pois tem medo
de não ter sua necessidade resolvida.

 Então estamos sentando na mesa para agradecer o que, a comida ou a partilha? Qual oração estamos
ensinando os nossos filhos fazerem ao sentar na mesa, pelo que vai comer ou pela segurança que
encontramos em Deus de cumprir o propósito de compartilhar? Nossos filhos estão tendo uma noção de
que em nossos encontros? De Nova Jerusalém ou de Babilônia?

 Quem agradece a comida antes de comer? O cão. Filhos não agradecem a comida, filhos agradecem ao
pai pelo privilégio de repartir.

9. SE O LUGAR PRINCIPAL DA CIDADE DE DEUS É A PRAÇA E O ELEMENTO PRINCIPAL DA PRAÇA É A MESA, O


PRINCIPAL OBJETIVO DA CIDADE DE DEUS É PRODUZIR UMA MEMÓRIA:

 O lugar principal da cidade é um memorial (praça) enquanto a cidade dos homens se preocupa em
produzir uma lembrança. Gn 11.4 – vamos construir uma cidade para sermos lembrados. Qual o fóco, a
vaidade do orgulho
 Quem não tem memória, não sabe lidar com suas lembranças, pois as mesmas são alimento para a suas
mazelas, revoltas, traumas e por assim em diante.
 A diferença entre o homem da criatura é a Memória, condição espiritual que me arremete para a
natureza eterna segundo um propósito.
 Memoria é a certeza de uma identidade espiritual que existe convicção de principio e fim, de alfa e
ômega (v 6) “eu sou o alfa e o ômega” o princípio e o fim.
 Então como estou vivendo na perspectiva da Nova Jerusalém, eu tenho convicção de identidade (origem)
e tenho convicção de meu Propósito (destino). Eu sei quem sou em Cristo e para onde vou.
 Diferente de quem vive babilônia, vive sem identidade pois não tem memória, vive prisioneiro das
lembranças sem perspectiva de futuro.
 A primeira crise que o diabo tentou criar em Jesus, foi uma crise de identidade, através de suas
lembranças e aguçando suas necessidades. ‘lembra que você está com fome, então se você for de fato
filho de Deus, usa do teu poder para resolver seu problema’.
 Como Jesus lidou com isso? Pela memória da palavra de Deus, pela memória da vontade de Deus.

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