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Proposta de alteração
Programa Educativo
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Programa Educativo
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> Progresso Pessoal
Programa Educativo
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A Estrutura do Progresso Pessoal (Sistema de Progresso)
A passagem das crianças e dos jovens por uma Secção é distribuída em duas gran-
des fases – a integração, denominada Início de pista e a vivência – Caminhos a seguir.
Durante a integração, as crianças e os jovens realizam a sua adesão e, a equipa de ani-
mação traça o perfil do elemento, de forma a o conhecer e orientar; durante a vivência,
evoluem nas etapas de progresso.
Todas as crianças e jovens são diferentes em diversos aspetos (idade, contextos
familiares e escolares, níveis de desenvolvimento, aptidões e dificuldades), pelo que
poderão estar em estádios de desenvolvimento pessoal diferentes, não obstante a si-
militude de idades.
Assim, logo ao chegar a uma Secção, a equipa de animação, principalmente através
da observação nas atividades ou com recurso a dinâmicas e jogos específicos, deverá
traçar o perfil da criança ou jovem, aferindo o respetivo grau de maturidade e orientan-
do-o ao longo da sua vivência, ajudando-o a posicionar-se, após concretizada a ade-
são, em termos de etapa de progresso. É importante ter em mente que este processo
de aferição é contínuo e a equipa de animação não deve provocar de forma forçada
a criança ou jovem com dinâmicas e jogos (muito menos, com entrevistas formais)
em excesso, tendo à sua disposição toda a vivência na Secção. É preferível apontar a
criança ou jovem num determinado percurso, assumindo pressupostos e tomando a
intuição da equipa de animação como boa, sendo sempre possível ajustando o percur-
so (não a etapa indicada à criança ou jovem) ao longo da fase da vivência.
Este procedimento é crucial para a posterior escolha dos trilhos (objetivos, no caso
do Clã), uma vez que esta escolha deve ter em consideração as necessidades de de-
senvolvimento da criança ou jovem. O aspirante ou noviço deverá ser incentivado a
escolher, anualmente, um trilho por área de desenvolvimento pessoal (dois a três obje-
tivos por área de desenvolvimento pessoal, no caso do Clã) onde as suas necessidades
de desenvolvimento sejam mais prementes e a reconhecer as oportunidades educati-
vas necessárias para concretizar o trilho (objetivos, no caso do Clã).
Assim, no reconhecimento do progresso pessoal, o posicionamento do aspirante ou
noviço, após a fase da adesão será:
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– Local de Acampamento.
Assim, o Caminheiro deve articular a escolha dos seus objetivos educativos com a
elaboração do seu Projeto Pessoal de Vida e este deve incluir oportunidades educati-
vas que concretizem esses objetivos. Os objetivos educativos serão assim trabalhados
pelos próprios Caminheiros.
O Projeto Pessoal de Vida conterá uma parte aberta, em que o Caminheiro expressa
as suas escolhas. Essa parte é partilhada com a tribo e com a sua Equipa de Animação.
Será, também, com base nessa partilha que a Carta de Clã – Projeto Comunitário de
Vida – deve ser construída. A Equipa de Animação terá assim acesso às escolhas que o
Caminheiro fez para o poder apoiar e acompanhar no seu progresso.
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O Projeto Pessoal de Vida conterá igualmente uma parte fechada, partilhável ou não,
em que o Caminheiro expressa objetivos mais pessoais e íntimos.
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Em resumo, podemos observar, nos esquemas seguintes, o posicionamento nas
etapas de progresso de cada Secção, após a fase de integração (Inicio de pista).
competências e atitudes, com base nas três vertentes do saber – o saber-saber, o sa-
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ber-fazer e o saber-ser.
Pretende-se que a dinâmica de progresso vá de encontro aos objetivos definidos
para os trilhos, no quadro das áreas de desenvolvimento pessoal. Assim, progredir
significará atingir objetivos, através das oportunidades educativas propostas, ao invés
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de aumentar o nível de proficiência em conhecimentos, competências e atitudes já
anteriormente obtidos.
Existindo seis áreas de desenvolvimento pessoal, cada uma com três trilhos educa-
tivos e, nestes um ou mais objetivos educativos, cada criança ou jovem é chamado a
construir a sua etapa de progresso anual, selecionando um trilho de cada uma das di-
ferentes áreas de desenvolvimento pessoal (dois ou três objetivos por área de desen-
volvimento pessoal, no caso do Clã).Dado que poderão ter sido identificados trilhos
(objetivos, no caso dos Caminheiros) já atingidos, esta escolha poderá recair sobre um
número inferior a 6 trilhos (ou 12-18 objetivos, no caso dos Caminheiros).
Por exemplo, se na altura da escolha/negociação o elemento já tiver validado 1 trilho da
área do físico e 1 trilho da área do afetivo, só terá que escolher os restantes 4 trilhos para
completar a sua etapa; da mesma forma que, se um Caminheiro/Companheiro validar na
escolha/negociação 2 objetivos da área social e 2 objetivos da área intelectual, só terá que
escolher 2/3 objetivos das 4 áreas restantes para completar a sua etapa de progresso.
A escolha compete inteiramente à criança ou jovem, o qual contará com o apoio e
colaboração do seu Guia e Equipa de Animação na seleção dos trilhos educativos (ob-
jetivos, no caso do Clã) que irão constituir as suas etapas e na observação da evolução
dos conhecimentos, competências e atitudes que são quotidianamente vividos no seio
da Unidade e que contribuem para validar os trilhos ou objetivos educativos (no caso
do Clã) como atingidos.
O progresso concretiza-se quer através das oportunidades educativas que a vivên-
Programa Educativo
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As oportunidades educativas – sejam atividades que se vivam, cargos ou funções
que se exerçam, responsabilidade que se assumam, etc. – contribuem, assim, para o
alcance dos objetivos educativos de forma indireta e progressiva. De salientar que não
existe uma relação direta entre a realização de uma oportunidade educativa e o cum-
primento de um trilho ou objetivo educativo (no caso do Clã) – é mediante a avaliação
do desenvolvimento da criança ou jovem (e não da realização ou não da oportunidade
educativa) que o cumprimento dos mesmos é aferido.
Muitos conhecimentos, competências e atitudes podem ser adquiridos, tal como
referido, pelas crianças e jovens na sua vivência escolar, catequéticas, modalidades
desportivas que pratiquem ou associações que pertençam. Cumpre à Equipa de Ani-
mação verificar esses conhecimentos, competências e atitudes, sem que se exija a sua
aquisição em atividade escutista.
Um tipo específico de oportunidades educativas, acessível ao elemento mal inicie
a fase da vivência, são as propostas temáticas de especialização e evidenciação de
competências particulares – Especialidades - que, para cada Secção, são definidas
e facultadas às crianças e jovens, e cujo cumprimento e aplicação na vida quotidiana
potenciam o crescimento em determinadas áreas de desenvolvimento e trilhos.
A avaliação dos conhecimentos, competências e atitudes adquiridos e a validação
dos trilhos ou objetivos educativos (no caso do clã) concluídos devem ser feitas de
forma contínua, ao longo da vivência escutista da criança ou do jovem. Nesta vertente
reforça-se o papel e a importância dos pares, ou seja, o papel da subunidade e do
Conselho de Guias no acompanhamento e na avaliação do progresso pessoal dos
seus elementos, de uma forma muito simples e orientada.
A subunidade e o Conselho de Guias serão o espaço privilegiado para a tomada de
decisões relacionadas com o progresso dos elementos. As escolhas de percurso, ava-
liação e reconhecimento dos trilhos ou objetivos educativos (no caso do Clã) alcança-
dos serão realizados na subunidade, o que implica o acompanhamento da Equipa de
Animação, ajudando na formação de opiniões e na tomada de decisões em conjunto,
principalmente no que se refere às secções mais jovens. O reconhecimento das etapas
de progresso terá lugar no Conselho de Guias.
O reconhecimento das etapas de progresso concluídas deve ser feito na fase da ce-
lebração das atividades típicas, devendo envolver o elemento, o seu bando, patrulha,
Programa Educativo
Quando uma criança ou jovem terminar a sua última etapa, ou seja, completar todos
os trilhos ou objetivos educativos (no caso do Clã) definidos para a respetiva Secção,
irá receber uma anilha de mérito específica para uso no uniforme, de forma a ser re-
conhecido que completou a totalidade do percurso educativo que lhe foi proposto
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– Local de Acampamento. No caso da atribuição desta anilha, a mesma deve ser en-
tregue em momento solene, envolvendo, sempre que possível e aplicável, a família e
a comunidade.
O facto da criança ou jovem ter completado todos os trilhos propostos para a sec-
ção, não significa que o seu Progresso Pessoal na mesma estagnou, podendo o ele-
mento empenhar-se no Sistema de Especialidades, bem como noutros projetos que
sejam propostos para a sua idade.
Atingindo a criança ou jovem a idade prevista como limite para a secção (10, 14 e 17
anos) o mesmo deverá realizar a sua passagem – Voltar ao início de pista; desta forma,
o elemento, inicia de novo a pista proposta para a secção seguinte, numa nova fase de
crescimento e amadurecimento pessoal. Neste momento, a Equipa de Animação con-
vém ter presente que nem sempre a idade física corresponde à idade psicológica e que
os desajustamentos que daí advêm podem justificar uma deficiente integração.
No momento da passagem de secção é aconselhável que haja uma conversa en-
tre o Chefe de Unidade anterior e o seguinte no sentido de identificar algumas áreas
em que o noviço tenha mais dificuldades, de forma a ajudar a Equipa de Animação a
orientar o percurso desse elemento na secção seguinte.
Quando um Caminheiro/Companheiro termina o seu progresso pessoal, cumprindo
a totalidade dos objetivos educativos finais, ou quando o Caminheiro/Companheiro
sentir que o seu percurso na IV secção está terminado, poderá receber a Partida – Fim
de Pista- sinal de que o seu processo educativo terminou e está, assim, preparado para
a vida. A Partida de um Caminheiro/Companheiro é autoproposta quando este se sen-
te preparado, tendo, no entanto, que ser aprovada em Conselho de Clã/Comunidade.
O Caminheiro/Companheiro que se encontre no último ano de vivência no Clã/Co-
munidade, deverá ser incentivado a refletir no compromisso com uma causa pessoal -
o Projeto de Desafio, como complemento ao Progresso Pessoal do mesmo e tendo em
vista a missão do Escutismo - formar indivíduos que se sintam realizados plenamente e
desempenhem um papel construtivo na sociedade.
O projeto de Desafio realizado pelo Caminheiro/Companheiro deverá ser obrigato-
riamente idealizado, preparado, apresentado e partilhado no Clã/Comunidade, sendo
este um espaço particularmente propício para o seu enriquecimento. Dando relevân-
cia ao projeto em si, cabe ao elemento escolher o tempo da sua realização - ou no
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último ano de vivência no Clã/Comunidade, ou após a sua saída - dando ênfase, desta
forma, ao momento de reflexão, escolha e elaboração. Se o elemento escolher realizar
o projeto após a saída do Clã/Comunidade, o mesmo deverá ser convidado a partilhar
a sua experiência com o Clã/Comunidade, como cidadão ativo que o CNE ajudou a
formar.
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Desenvolvimento Físico
Dimensão da personalidade: o corpo
Trilhos Educativos:
• Desempenho [rentabilizar e desenvolver as suas capacidades, destreza física; conhecer os
seus limites]
• Auto-conhecimento [conhecimento e aceitação do seu corpo e do seu processo de maturação]
• Bem-estar físico [manutenção e promoção: exercício; higiene; nutrição; evitar comporta-
mentos de risco]
Trilho: Desempenho
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Trilho: Auto-conhecimento
F2. Conheço os F2. Reconheço que F2. Aceito como sou F2. Conheço e aceito
principais órgãos do o meu corpo está a e respeito as diferen- o meu corpo, assim
meu corpo, sei onde mudar e respeito as ças físicas entre as como as mudanças
estão localizados e diferenças no tempo pessoas do seu amadureci-
para que servem. de desenvolvimento mento
entre mim e os outros F3. Reconheço e
F3. Conheço as prin- respeito as diferen- F3. Conheço as cara-
cipais diferenças do F3. Sei que há dife- ças entre homens e terísticas fisiológicas
corpo das meninas renças de tempo no mulheres e as neces- do corpo masculino
e dos meninos. crescimento das ra- sidades de cada um. e feminino e a sua
parigas e dos rapazes Agindo sempre em relação com o com-
e respeito a evolução conformidade portamento e neces-
própria de cada um. sidades individuais.
F4. Sei o que devo F4. Equilibro a minhaF4. Rego-me por um F4. Tenho um estilo
e não devo comer atividade física com estilo de vida saudá- de vida saudável e
e que tenho que o repouso e uma ali- vel, preocupando-me equilibrado - alimen-
descansar. mentação saudável. com a minha apresen- tação, atividade física
tação, alimentação e repouso.
F5. Cuido do meu F5. Tenho hábitos de e repouso, evitando
corpo e do meu higiene que me aju- comportamentos e F5. Cuido e valorizo o
aspeto. dam a manter a saúde substâncias de risco. meu corpo de acordo
e contribuem para com os padrões de
F6. Sei que há melhorar a aparência saúde, revelando
comportamentos e do meu corpo aprumo.
produtos que me
podem fazer mal. F6. Sei quais são os F6. Conheço e evito
Programa Educativo
comportamentos e os comportamentos
as substâncias que de risco - consumo de
prejudicam a saúde e substâncias desvian-
evito-os tes, ações perigosas,
ausência de repouso,
entre outros.
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Desenvolvimento Afectivo
Dimensão da personalidade: os sentimentos e as emoções
Trilhos Educativos:
• Relacionamento e sensibilidade [auto-expressão; intereducação; valorização dos laços fa-
miliares; opção de vida; sentido do belo e do estético]
• Equilíbrio emocional [saber lidar com as emoções “controlar/exprimir”; manter um estado
interior de liberdade; maturidade]
• Auto-estima [conhecer-se; aceitar-se; valorizar-se]
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Trilho: Equilíbrio emocional
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Desenvolvimento do Carácter
Dimensão da personalidade: a atitude
Trilhos Educativos:
• Autonomia [tornar-se independente; capacidade de optar; construir o seu quadro de refe-
rências]
• Responsabilidade [ser consequente; perseverança e empenho; levar a bom termo um pro-
jecto assumido]
• Coerência [viver de acordo com o seu sistema de valores; defender as suas ideias]
Trilho: Autonomia
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Trilho: Responsabilidade
Trilho: Coerência
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Desenvolvimento Espiritual
Dimensão da personalidade: o sentido de Deus
Trilhos Educativos:
• Descoberta [disponibilidade interior; interiorização progressiva; busca do transcendente no
específico cristão]
• Aprofundamento [dar testemunho pelos actos do dia-a-dia; viver em comunidade; estar
aberto ao diálogo inter-religioso]
• Serviço [integração e participação activa na Igreja; participar na construção de um mundo
novo; evangelização]
Trilho: Descoberta
I Secção II Secção III Secção OEF´s
E1. Conheço as E1. Conheço e com- E1. Conheço e com- C1. Defino o meu
primeiras histórias preendo a história preendo a vida dos quadro de valores de
da Bíblia. dos Patriarcas e do principais profetas e a forma consciente.
Êxodo, a partir da sua relação com Deus.
E2. Sei como Jesus Aliança com Deus. C2. Tomo decisões e
nasceu e que ELe E2. Conheço a forma sou claro quanto às
quer ser o meu E2. Conheço e com- como Jesus se deu minhas escolhas.
melhor amigo. preendo o significado progressivamente a
das parábolas e mila- conhecer aos Apósto- C3. Sou responsável
E3. Sei que a Igreja gres de Jesus Cristo los e a vivência deles pelo meu desen-
é uma família a que em comunidade. volvimento e defino
eu pertenço. E3. Reconheço que objetivos a atingir.
faço parte da Igreja E3. Reconheço que
e que nela tenho um na igreja todos os
papel a desempenhar membros são diferen-
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Trilho: Aprofundamento
I Secção II Secção III Secção OEF´s
E4. Sei que a oração E4. Sei que me rela- E4. Aprofundo os E4. Dialogo com
diária é a maneira ciono com Deus sem- hábitos de oração Deus, na minha ora-
de eu falar com pre que participo nas diários e participo nas ção pessoal e comu-
Jesus. orações comunitárias celebrações comuni- nitária, como membro
ou faço as minhas tárias. ativo da Igreja.
E5. Imito Jesus, orações pessoais
porque sei que Ele E5. Conheço o ponto E5. Aprofundo aquilo
é um exemplo a E5. Participo ativa- de vista da Igreja que a Igreja propõe
seguir. mente na vida da sobre os temas princi- para o nosso tempo e
comunidade paro- pais e que os mesmos integro os valores do
E6. Sei identificar quial, também pela estão fundamentados Evangelho na minha
diferentes religiões. catequese, e celebro na Bíblia. vida.
os sacramentos que a
Igreja me propõe. E6. Aprofundo a mi- E6. Conheço as
nha identidade católi- principais religiões,
E6. Identifico as ca no contacto com as distinguindo e respei-
principais diferenças outras religiões. tando as diferenças, e
e semelhanças entre valorizo a identidade
as religiões. da Igreja Católica.
Trilho: Serviço
I Secção II Secção III Secção OEF´s
E7. Respeito a Cria- E7. Cuido e protejo a E7. Protejo a Natureza E7. Sou testemunha
ção de Deus (pes- Natureza, que reco- e a vida humana como de que a vida huma-
soas e Natureza) nheço como obra de obra de Deus, defen- na e toda a Criação é
Deus e algo muito dendo a última como obra de Deus, com-
E8. Falo de Jesus importante para a valor absoluto. prometendo-me a
aos meus amigos e vida das pessoas cuidá-la em todas as
explico-lhes porque suas dimensões.
é que Ele é impor- E8. Assumo a minha E8. Ponho-me ao
tante para mim. fé, falo dela aos meus serviço dos outros, E8. Ponho os meus
amigos e familiares marcando positiva- dons ao serviço da
e convido outros a mente, como cristão, sociedade, como
participar também todos os grupos onde cristão, contribuindo
me insiro. para o bem comum
nas várias dimensões
da minha vida (pes-
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Desenvolvimento Intelectual
Dimensão da personalidade: a inteligência
Trilhos Educativos:
• Descoberta [disponibilidade interior; interiorização progressiva; busca do transcendente no
específico cristão]
• Aprofundamento [dar testemunho pelos actos do dia-a-dia; viver em comunidade; estar
aberto ao diálogo inter-religioso]
• Serviço [integração e participação activa na Igreja; participar na construção de um mundo
novo; evangelização]
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Trilho: Resolução de problemas
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Desenvolvimento Social
Dimensão da personalidade: a integração social
Trilhos Educativos:
• Exercer activamente cidadania [direitos e deveres; tolerância social; intervenção social]
• Solidariedade e tolerância [serviço; interajuda; tolerância]
• Interacção e cooperação [assertividade; espírito de equipa; assumir o seu papel nos grupos
de pertença]
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Trilho: Solidariedade e Tolerância
I Secção II Secção III Secção OEF´s
S5. Procuro ser útil S5. Sou útil na resolu- S4.Identifico situações S4. Sinto-me parte da
aos outros no meu ção dos problemas e em que posso ser útil Sociedade e, por isso,
dia-a-dia necessidades que me (sozinho ou em equi- desempenho ativa-
rodeiam pa), na resolução ou mente o meu papel
S6. Sou capaz de minimização de um numa perspetiva de
escutar e dar impor- S6. Sei manter um problema social serviço.
tância às opiniões diálogo, apresentar
dos outros, aguar- argumentos e ouvir S5.Sei expor as mi- S5. Consigo comu-
dando a minha vez os dos outros. nhas ideias, mantendo nicar demonstrando
de falar. um diálogo de respei- tolerância e respeito
to para com as ideias perante diferentes
dos outros pontos de vista.
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Início de Pista
Adesão à secção
e adesão ao Na secç
movimento
Compromisso
Promessa
Caminhos a
nã
o
Tem 9
ou 17 a
1.ª etapa
Negociação
Escolha
Valida
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22
Volta ao Início de Pista
ção seguinte
Se já tem idade e/ou
maturidade para
a secção seguinte
Sinais de Pista
Período de descoberta
da secção seguinte,
antes da passagem.
sim
9, 13
3 trilhos
por área
Anilha de Mérito
anos?
2 trilhos
por área
Reconhecimento
3.ª etapa
1trilho
por área
2.ª etapa
ação
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Início de Pista
Adesão à secção
e adesão ao
movimento
Compromisso
Promessa
Caminhos a
Si
m
Até 21
1.ª etapa
Negociação
Escolha
Valida
Programa Educativo
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24
Fim de Pista
Se o Caminheiro/
Companheiro
terminar o seu progresso
pessoal e/ou se o Clã/
Comunidade o achar
mercedor
Todos os objetivos
completos
Anilha de Mérito
anos?
mais de 4
objetivos Reconhecimento
por area
3.ª etapa entre 2 a 4
objetivos
por area
2.ª etapa
ação
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Manual do Dirigente
Proposta provisória
manualdodirigente
Introdução
“De nada serve estar parado. Não há alternativa: é o progresso ou a inércia. Avancemos - e com
um sorriso no rosto.”
Baden-Powell
A Política Mundial do Programa de Jovens recomenda que devem ser realizadas revisões regulares internas (em cada
3-5 anos) para permitir ajustes periódicos ao programa. (ver World Scout Youth Programme Policy, pág. 15). Desta for-
ma, a Junta Central sentiu a necessidade de revisitar a mecânica do Sistema de Progresso da Associação, propondo
seguinte revisão. Esta revisão tem na sua génese:
• A avaliação intercalar da implementação do Programa Educativo realizada em 2014/2015 através do Jogo Visão
360 e de um inquérito a candidatos a dirigentes e dirigentes;
• Os comités pedagógicos realizados em 2017 e 2018 cujo tema abordado foi, essencialmente, a aplicação do Sis-
tema de Progresso;
• O comité pedagógico de fev. 18 onde, com a colaboração e aprovação de todos os presentes, se traçaram, na sua
maioria, as linhas gerais apresentadas nesta proposta;
• O feedback de alguns dirigentes que trabalham nos Agrupamentos sobre a sua dificuldade de aplicação.
• O vazio existente quanto à concretização das CCA´s (conhecimentos, competências e atitudes) o que leva à não
perceção da própria progressão por parte dos elementos;
• A carga burocrática subjacente ao Sistema de Progresso, deixando de ser algo natural no Jogo Escutista;
• A falta de ferramentas de aplicação do Sistema de Progresso nas secções, o que dificultou a sua implementação.
• Adequar e tornar exequível a aplicação do Sistema de Progresso*, mais do que alterar o vigente;
• usar uma linguagem mais simples e esquemática, percetível tanto a escuteiros como aos elementos das equipas
de animação;
• dar ênfase à relação de complementaridade entre o Progresso Pessoal e as restantes 7 maravilhas do método es-
cutista;
• fornecer ferramentas de trabalho para que as equipas de animação possam implementar o Sistema de Progresso
de forma efetiva e com eficácia nos Agrupamentos.
• clarificar alguns passos da mecânica já existentes, de modo a unificar a aplicação do Sistema de Progresso, respeit-
ando a especificidade de cada realidade local.
Nota: o documento apresentado foi elaborado pela Junta Central e contou com a contribuição dos Responsáveis Ped-
agógicos das Regiões.
* Quando se refere ao Sistema de Progresso, não é mais do que a estrutura do Progresso Pessoal (maravilha do método escutista),
ferramenta principal de suporte e aferição da progressão pessoal dos lobitos/escuteiros.
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manualdodirigente
Compromisso
Reconhecimento
Anilha
de Merito
Início de Pista
Sinais de Pista realizaçao da sua
Aproximação entre a adesão à secção
secção e o elemento Escolha
Eq. de Animação Escolher/negociar os
trilhos/objectivos educativos
traçar o prefil
nos quais quer progredir
do elemento
Dirigente Validação
Auxilido dos trilhos/objec- Validação de trilhos/
tivos educativos a escolher /objectivos educativos
tendo em conta as neces- Dirigente
alcançados
sidades identificadas no A sua participação:
perfil traçado
Como? I - Ajuda direta
1. Validação do trilho/ II - Despertar Consciência
objectivo na reunião de III e IV - Conselho de Guias
subunidade
2. Validação da etapa no
Conselho de Guias
(As especificidades da vivência da IV secção serão apresentadas no final de cada fase para melhor simplificação e
compreensão do texto.)
3
manualdodirigente
O Progresso Pessoal tem por objetivo essencial ajudar cada criança/jovem a envolver-se de forma consciente e ativa
no seu próprio desenvolvimento.
O Sistema de Progresso é a principal ferramenta de suporte à progressão pessoal e tem três características principais:
Procura-se que cada criança/jovem, através do Sistema de Progresso, atinja os objetivos educativos da Secção em que
se insere adquirindo, assim, conhecimentos, competências e atitudes. Estes objetivos educativos, como veremos mais
à frente, são atingidos através das oportunidades educativas proporcionadas tanto pela vivência no Escutismo como
na sua vida quotidiana. Desta forma, o Sistema de Progresso guia a criança ou jovem, no seu percurso de desenvolvi-
mento, sem o forçar a escolher caminhos pré-determinados, revelando ser um excelente auxílio para cada individuo na
tentativa de alcançar todo o potencial encerrado dentro de si, levando-o a ser e fazer melhor.
O Sistema de Progresso é orientado por objetivos educativos de secção e apresenta as seguintes componentes, que
representam as suas principais vantagens:
• no reforço da consciência pessoal do elemento no que diz respeito ao seu progresso e à sua preparação para o
Compromisso;
• na relação educativa entre elemento e equipa de animação, onde surge a possibilidade de negociação sobre o
caminho a percorrer e as metas a atingir;
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manualdodirigente
Início de
Compromisso
Pista
Sinais de
Traçar perfil Adesão
Pista
Eq. de animação Noviço/aspirante
Como e quando?
Deverá ter início no último trimestre do último ano na secção. O elemento que passa continua a pertencer e a viver
em pleno as dinâmicas da secção anterior. Estes momentos deverão ser combinados entre as Equipas de Animação
das duas secções intervenientes de forma a não perturbar o envolvimento do elemento na sua secção.
Os Guias/Timoneiros/Mestres/Arrais (doravante apenas designados por Guias) da secção seguinte deverão con-
vidar os elementos que vão passar de secção para participarem numa atividade, conhecerem as sub-unidades, os
Guias, a Equipa de Animação, o espaço de reunião e o tipo de atividades que o esperam no ano seguinte, bem
como participar numa pequena atividade. Tudo isto deverá acontecer de forma informal e sem pressões. A ideia é
ir observando, sem participação ativa, em termos de tarefas ou responsabilidades.
Sugere-se que haja um momento anterior a este, no qual os Guias convidam os elementos que vão passar para
estarem presentes num Conselho de Guias/Timoneiros/Mestres/Arrais (doravante designado apenas por Conselho
de Guias) onde se apresenta o modo de funcionamento da Secção.
b) Início de Pista
Nesta fase realiza-se a integração do elemento na secção, após a sua passagem. É nesta altura que, as crianças/
jovens realizam a sua adesão e a Equipa de Animação traça o perfil do elemento, de forma a conhecê-lo e orientar.
No caso das crianças/jovens que entram para o movimento com a idade limite de cada secção (9, 13 ou 17 anos),
aconselha-se a que estas situações sejam analisadas com o devido cuidado, de modo a perceber se o elemento
poderá integrar a secção seguinte. Neste momento, deve ser tida em conta a opinião dos encarregados de edu-
cação, o grupo de amigos, a maturidade, a escolaridade, entre outros agentes e/ou fatores que possam ajudar na
tomada de decisão.
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manualdodirigente
Durante o momento de integração, as crianças/jovens (noviço ou aspirante) realizam a sua adesão, ou seja, tomam
consciência individual do compromisso que vão realizar e dos conhecimentos que o vão acompanhar na sua vivên-
cia na secção. Pretende-se que o noviço/aspirante reflita sobre o compromisso que irá assumir e aprofunde a de-
cisão de aderir ou não à secção.
Como?
A quem se destina?
Esta adesão está dividida em adesão ao movimento e adesão à secção. A adesão ao movimento deverá ser realiza-
da, apenas pelos aspirantes da III e da IV secção, uma vez que pressupõem conhecimentos adquiridos nas secções
anteriores. A adesão à secção destina-se aos aspirantes e noviços de todas as secções.
Nota: considera-se que, no caso específico dos noviços da II secção, os conhecimentos e conceitos a adquirir sobre
o Escutismo são substancialmente diferentes dos adquiridos no Lobitismo. Numa lógica em que a adesão ao mov-
imento é constituída por conhecimentos adquiridos na secção anterior, não fará sentido os noviços da II secção a
realizarem.
Qual a duração?
• A duração da adesão deverá ser adaptada ao noviço/aspirante. Cada elemento levará o tempo necessário para
tomar a sua decisão. O tempo de duração deverá variar consoante a secção, prevendo que:
Apresentamos o quadro resumo dos conhecimentos a adquirir no período de integração. Neste período deverá ser
reforçada a identidade católica do CNE e a opção fundamental por este projeto de vida cristã.
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manualdodirigente
Apresentamos o quadro resumo dos conhecimentos a adquirir no período de integração. Neste período deverá ser
reforçada a identidade católica do CNE e a opção fundamental por este projeto de vida cristã.
• Conheces o Lobitismo? • Sabes quando e como surgiu • Como se organizam os Pionei- • Como se organizam os Camin-
• Conheces a história da Selva? o Escutismo e o CNE? ros/Marinheiros? heiros/Companheiros?
• Sabes a Lei, as Máximas e a • Sabes como se organiza o • Quais são os cargos existentes • Quais os símbolos e qual a
divisa do Lobito? CNE? (inclui a organização do na Equipa/Equipagem? Mística dos Caminheiros?
• Conheces a saudação e sabes Agrupamento) • Quais os símbolos e qual • Conheces a vida de S.Paulo? E
o que ela significa? • Conheces a vida de a Mística dos Pioneiros/ do patrono de tribo/companha?
• Já sabes trabalhar em bando? Baden-Powell? Marinheiros? • Já sabes trabalhar e viver em
• Já participaste numa Caçada? • Conheces a Lei, os Princípios e • Conheces o Patrono dos tribo/companha e em Clã?
• Sabes o que é a boa-ação? Já a Promessa? Pioneiros e o da tua Equipa/ • Já conheces os objetivos educa-
realizaste alguma? • Já sabes rezar a Oração do Equipagem? tivos que te são propostos?
• Conheces o uniforme da Escuta? • Já sabes trabalhar e viver em • Conheces o livro “A Caminho do
secção e os distintivos de • Conheces o uniforme e os Equipa/Equipagem? Triunfo”?
função dos dirigentes do distintivos de função dos di- • Já participaste num Empreen- • Sabes o que é o PPV? Já fizeste
Agrupamento?
Adesão à secção
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manualdodirigente
Quem acompanha?
O Conselho de Guias deverá estar atento à evolução dos aspirantes e noviços, de forma a tomar uma decisão con-
sciente. Sugere-se, como boa prática, que em todos os Conselhos de Guias haja um ponto na ordem de trabalhos
sobre este tópico de forma a acompanhar a evolução e a procurar colmatar dificuldades de integração existentes.
Como validar?
O noviço/aspirante deverá ter a iniciativa de comunicar a sua vontade de realizar o Compromisso. No entanto, de-
verá ser incentivado constantemente pelos seus pares a fazê-lo. A decisão deverá ser validada por:
O objetivo é que a Equipa de Animação conheça o aspirante/noviço e o seu estádio de desenvolvimento, que
promova o desenvolvimento pessoal harmonioso do lobito/escuteiro e que o enquadre na etapa de progresso
correspondente aquando da escolha do percurso do lobito/escuteiro. Esta escolha deverá ter em conta o perfil
traçado por forma a colmatar as necessidades de desenvolvimento mais prementes e a reconhecer as oportuni-
dades educativas necessárias para concretizar o trilho
Quando e como?
A Equipa de Animação deverá traçar o perfil do lobito/escuteiro durante o tempo que dura a adesão do mesmo.
Deverá ser realizado tendo por base uma observação inicial, promovendo atividades variadas que permitam saber
concretamente quais são as características do elemento. Esta observação terá por base os trilhos/objetivos dos
Caminhos a Seguir e as respetivas palavras chave.
De modo a facilitar este trabalho será fornecida uma ferramenta que a Equipa de Animação poderá usar, que fará
a correspondência entre a observação e o consequente perfil do lobito/explorador. A ferramenta será brevemente
explicada em anexo.
Quem?
A Equipa de Animação deverá ser responsável por traçar o perfil dos elementos e deverá ser auxiliada pelo respe-
tivo Guia. Poderá também recorrer aos encarregados de educação, catequistas, … para completar informação que
seja relevante.
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manualdodirigente
Aspirantes/Noviços da IV secção
O aspirante/noviço durante a adesão é convidado a elaborar o seu PPV - Projeto Pessoal de Vida.
O Projeto Pessoal de Vida é uma ferramenta pedagógica que auxilia o Caminheiro na gestão do seu autodesen-
volvimento pessoal, a qual o convida a refletir e fazer uma análise cuidada de tudo aquilo que constitui a sua vida (a
família, os amigos, a escola, o emprego, a relação com Deus, o namoro, a relação consigo próprio e com os outros),
a traçar de objetivos para cada um (pequenas metas, projetos a longo prazo e grandes sonhos) e a assumir expres-
samente um compromisso pessoal com o caminho traçado.
O PPV é constituído por duas partes: a parte aberta e a parte fechada. O Caminheiro/Companheiro deverá ser in-
centivado a rever o seu PPV periodicamente.
A parte aberta do PPV deve conter os objetivos a que o Caminheiro/Companheiro escolheu para atingir a etapa do
sistema de progresso, assim como as oportunidades educativas para os alcançar e respetivas datas em que prevê
atingi-los. Esta parte é partilhada com a Tribo e com a Equipa de Animação e deve estar exposta no Albergue. Desta
forma a Equipa de Animação e todo o Clã/Comunidade pode e deve incentivar a ajudar os seus elementos.
Na parte fechada, devem constar os objetivos pessoais e íntimos do Caminheiro/Companheiro, projetos, sonhos,
assim como os passos para os concretizar e as datas em que espera realizá-los. Aconselha-se a que o Caminheiro/
Companheiro partilhe o PPV (parte fechada) com alguém mais velho e mais experiente, que o possa ajudar e orien-
tar, preferivelmente alguém da Equipa de Animação.
c) Compromisso
Uma vez que a criança ou jovem está no centro da ação pedagógica, deverá ser ela/ele a reconhecer que quer fazer
a sua Promessa.
Um Escuteiro faz a sua Promessa apenas uma vez. Sempre que muda de secção e renova o seu compromisso faz
a sua investidura (com exceção da passagem da I para a II secção, pois a Promessa de Lobito e de Escuteiro são
diferentes na sua formulação). Promessa e Investidura são genericamente o Compromisso.
A promessa deve ser valorizada enquanto momento marcante do processo de adesão. Deve ser individualizada,
isto é, considerada individuo a individuo, o que não quer dizer que seja feita individualmente. Para que o elemento
não fique mais de 2 meses à espera desde o momento em que se propõe a fazer a Promessa e a mesma é validada
no Conselho de Guias e Unidade, sugere-se que, em todos os Agrupamentos, haja pelo menos 2 momentos de
Promessa/Investidura (considerados no planeamento do ano escutista) podendo, assim, os jovens assumir o seu
compromisso em conjunto.
De modo a valorizar o momento do Compromisso deverá ser feito um momento prévio de reflexão sobre o mesmo,
distinto da Vigília de Oração, em que as crianças/jovens são confrontadas com as implicações do compromisso que
vão realizar e desta forma, levará a uma decisão mais consciente e livre.
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As etapas de progresso - sendo três em cada secção - têm diferentes nomenclaturas, consoante a Mística de cada
secção (ver tabela abaixo). A insígnia de progresso é entregue ao elemento no início de cada etapa, reforçando a vert-
ente do compromisso pessoal em crescer, evoluir e progredir nos conhecimentos, competências e atitudes.
I secção Lobo Valente Lobo Cortês Lobo Amigo pág. 264 a 266
No caso do CNE, pretende-se que a dinâmica de progresso vá de encontro aos objetivos educativos definidos para os
trilhos e estes às áreas de desenvolvimento. Progredir significará, implicitamente, atingir objetivos através de oportuni-
dades educativas, oferecidas na vivência escutista, no seio da família ou da comunidade.
• Existem 6 áreas de desenvolvimento: FACEIS (Físico, Afetivo, Caráter, Espiritual, Intelectual, Social)
Com exceção da IV secção, todas as outras secções terão nos trilhos a base do Progresso Pessoal. A IV terá como base
do Progresso Pessoal os Objetivos Educativos Finais (OEF´S).
Cada etapa de progresso passa pela fase da escolha/negociação, validação e reconhecimento, cujas caraterísticas
veremos de seguida.
a) Escolha/Negociação
Cada uma das 3 etapas será variável em termos de composição. Cada elemento constrói a sua etapa de progresso,
selecionando 1 trilho de cada uma das diferentes áreas de desenvolvimento (alguns poderão ser validados na altu-
ra da negociação, como se verá de seguida).
Como?
No momento da Escolha/Negociação, o elemento deverá, através do texto explicativo do trilho, perceber os obje-
tivos que se pretendem alcançar com o mesmo (também espelhados nas palavras chave). Posteriormente o proce-
dimento será diferente consoante as secções.
Na III e na IV secção, o elemento escolhe os trilhos (objetivos no caso da IV secção) onde quer progredir e identifica
as oportunidades educativas a realizar para futura validação.
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Apesar do elemento ter liberdade de escolha, o papel da Equipa de Animação e do Guia são muito importantes no
auxílio dos trilhos/objetivos educativos a escolher, tendo em conta as necessidades de desenvolvimento da crian-
ça/jovem. Daí se falar também em Negociação.
A Equipa de Animação deve motivar para a escolha do que faz o elemento crescer em detrimento do que é facil-
mente atingível, aconselhando e orientando o seu progresso pessoal, consoante o perfil traçado anteriormente.
Aquando a primeira Escolha/Negociação, após o Compromisso, a Equipa de Animação deverá validar os trilhos
que o elemento demonstre já ter atingido, desde que devidamente fundamentados. Desta forma, incentiva-se a
criança/jovem a comprometer-se com o seu Progresso Pessoal.
Em qualquer etapa devem ser validados os trilhos/objetivos que o elemento demonstrar já ter alcançado, informan-
do a respetiva subunidade, e o mesmo só terá que escolher os trilhos/objetivos que faltarem para a construção de
uma etapa.
Por exemplo, se na altura da escolha/negociação o elemento já tiver validado 1 trilho da área do físico e 1 trilho da
área do afetivo, só terá que escolher os restantes 4 trilhos para completar a sua etapa; da mesma forma que, se um
Caminheiro/Companheiro validar na escolha/negociação 2 objetivos da área social e 2 objetivos da área intelec-
tual, só terá que escolher 2/3 objetivos das 4 áreas restantes para completar a sua etapa de progresso.
Em todas as secções as oportunidades educativas devem ser tidas em conta na hora do Enriquecimento dos Pro-
jetos no Conselho de Guias. Não se quer, com isto, dizer que as atividades devem ser preparadas de acordo com
as oportunidades escolhidas pelos elementos, mas o Conselho de Guias deverá ter em consideração os trilhos/
objetivos escolhidos pelos elementos e identificar/enriquecer os projetos propostos com as mesmas.
Por exemplo: No caso da I e II secção, como os elementos apenas escolhem os trilhos educativos, o Conselho de
Guias deverá identificar oportunidades educativas onde os elementos possam progredir. No caso da II e III no
momento de preparação e enriquecimento do projeto poder-se-á ter em conta as oportunidades educativas esco-
lhidas pelos elementos.
Não esquecer: Primeiro prepara-se e escolhe-se o projeto e depois identificam-se as oportunidades educativas e
enriquece-se com as que podem estar em falta.
O baú de oportunidades educativas não é mais do que um conjunto aberto de oportunidades educativas propostas
para ajudar na validação de cada trilho. Varia de secção para secção uma vez que as necessidades e exigência são
diferentes e, desta forma, também a complexidade das oportunidades educativas difere.
Este leque de oportunidades educativas inclui as vivências escutistas, pessoais, escolares, familiares, desportivas,
catequéticas do elemento, entre outras. De forma a potenciar as especialidades, estas também serão incluídas
neste baú.
Este baú é um baú “sem fundo” pois nele serão incluídas todas as oportunidades educativas que os elementos e as
Equipas de Animação identificarem.
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Após o elemento ter consciência dos conhecimentos, competências e atitudes que se pretendem alcançar com
os trilhos/objetivos escolhidos, é convidado a refletir sobre eles e a pensar em quais precisa de evoluir e, conse-
quentemente, a identificar as oportunidades necessárias para o efeito. Desta forma, não há um número definido de
oportunidades educativas necessárias para a validação de cada trilho/objetivo, sendo que parece razoável que o
elemento escolha pelo menos 2 oportunidades para a validação de 1 trilho e pelo menos 1 oportunidade educativa
para validação de um objetivo educativo (no caso da IV secção).
Não existe uma relação direta entre a realização das oportunidades educativas e o alcançar de um trilho/objetivo
educativo. Mediante a observação contínua da criança/jovem - e não da realização ou não da oportunidade educa-
tiva - poderá ser necessário escolher novas oportunidades educativas e insistir na aquisição de novos conhecimen-
tos, competências e atitudes.
Da mesma forma, o elemento poderá trocar a oportunidade educativa escolhida, ou demonstrar que já realizou
outras de modo a alcançar o trilho/objetivo.
Neste ponto devemos salientar que o que se pretende que o elemento alcance é o trilho/objetivo educativo e que
as oportunidades educativas são apenas um meio para o validar.
b) Validação
A validação dos trilhos/objetivos educativos implica a observação contínua do progresso do elemento durante um
período de tempo, uma vez que não se pode controlar o progresso com um exame ou uma prova. A Equipa de
Animação terá como suporte uma ferramenta de observação contínua, para melhor tomar decisões no momento
da validação de trilhos/objetivos educativos.
Quando?
Sempre que o elemento sentir que os seus trilhos/objetivos educativos foram alcançados, quer seja por iniciativa
própria quer seja por chamada de atenção da Equipa de Animação, pode o mesmo propôr a sua validação.
O que validar?
O que deve ser avaliado no momento da validação são os trilhos/objetivos educativos propostos pelo elemento
no momento da escolha e não as oportunidades educativas em si. O elemento pode ter alcançado os objetivos do
trilho/objetivo através de outras oportunidades educativas.
Da mesma forma, mais uma vez se alerta para o facto de que, o cumprimento da oportunidade educativa não é
condição per si de que o elemento alcançou o trilho/objetivo educativo a que se propôs.
Como?
O processo de validação dos trilhos/objetivos educativos seguirá o mesmo caminho nas 4 secções :
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Tendo em conta a relação educativa na promoção da autonomia do elemento, o papel da Equipa de Animação vai
diminuindo à medida que avançamos na secção.
No caso dos lobitos, pretende-se que a Equipa de Animação ajude e oriente de modo mais direto e efetivo o lobito
nas suas escolhas e também que seja mais interventivo no processo de validação, conversando com o lobito sobre
as oportunidades educativas já realizadas e os trilhos educativos já alcançados, despoletando o processo em si.
Será também necessário que esteja presente na reunião de bando para orientar os lobitos na decisão.
Já na II secção a Equipa de Animação deverá despertar a consciência do elemento para os trilhos educativos al-
cançados, se o mesmo não tiver iniciativa para o fazer, participando depois no Conselho de Guias dando suporte e
orientando os Guias na validação da etapa, ajudando a formular opiniões e tomar decisões em conjunto.
Em todas as secções o processo de validação termina com a declaração de opinião da Equipa de Animação, res-
peitando sempre que possível a decisão do Conselho de Guias, e fundamentando sempre de forma construtiva
quando a decisão for contrária.
Não. Pressupõe-se que à medida que os trilhos/objetivos educativos sejam validados na subunidade, os mesmos
vão sendo comunicados no Conselho de Guias seguinte. Não se pretende que haja um momento de validação dos
trilhos/objetivos dos elementos, diminuindo assim a carga burocrática do Conselho. Porém, se algum Guia identifi-
car que o elemento poderá ainda fazer melhorias para alcançar o trilho/objetivo poderá fazer essa observação, de
modo a que a mesma seja comunicada ao elemento e a validação da etapa no final seja mais consensual.
Considerações finais: O Progresso Pessoal está centrado na aquisição de conhecimentos, competências e atitudes,
dando primazia às atitudes. Desta forma, o facto de haver uma validação dos trilhos/objetivos em subunidade que
pode estar desfasada no tempo da validação da etapa, leva a que a criança ou jovem persevere na sua atitude,
tomando-a ainda mais como “sua” e não apenas momentaneamente para a validação do trilho/objetivo.
c) Reconhecimento
Todo o progresso pessoal carece de um reconhecimento visível para ser valorizado. Esse reconhecimento é es-
sencial para que o elemento sinta que cresceu. O reconhecimento das etapas concluídas deve ser feito na fase da
celebração das atividades típicas e deve envolver todos os intervenientes no processo.
O reconhecimento pode ser feito através das seguintes ferramentas: painel de progresso, cartão de pista, vara, ou
outros.
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Quando a criança/jovem terminar a sua última etapa de progresso, ou seja, completar todos os trilhos ou objetivos
educativos (no caso da IV secção) definidos para a respetiva secção, chegou ao local de Acampamento.
Neste momento o elemento irá receber uma anilha de mérito específica para uso no uniforme. Esta anilha será uma
anilha em construção no percurso pelas secções, podendo o elemento usá-la durante o tempo que pretender.
Para este momento, que se pretende solene, pela importância que tem para o elemento e para os seus pares, devem
ser convidados, quando possível e aplicável, os familiares e a comunidade. O mesmo tem um cerimonial próprio que
deverá acompanhar a atribuição da mesma anilha.
Estando no local de Acampamento, a criança/jovem não fica estagnado no seu Progresso Pessoal. O mesmo pode
empenhar-se no Sistema de Especialidades, bem como em outros projetos que sejam propostos para a sua idade.
Atingindo a criança/jovem a idade prevista como limite para a secção, estipulada no Regulamento Geral, o mesmo
deverá realizar a sua passagem – Voltar ao início de pista; desta forma, o elemento, inicia de novo a pista proposta para
a secção seguinte, numa nova fase de crescimento e amadurecimento pessoal.
Todavia, no seu crescimento a criança/jovem atinge sucessivamente períodos de maturidade diferentes, passando por
isso por algumas ruturas a diversos níveis: dos centros de interesse, da imaginação, das formas de pensar e de agir.
Todas estas situações são importantes e convém ter presente que nem sempre a idade física corresponde à idade psi-
cológica e que os desajustamentos que daí advêm podem justificar uma integração deficiente.
Desta forma, um elemento não deverá passar para a secção seguinte apenas porque atingiu a idade de passar: será
necessário que estejam reunidas as condições para que essa passagem corresponda, de facto, às exigências do pe-
ríodo de maturidade diferente. Por esse motivo deverá por isso haver bom senso e alguma flexibilidade na idade de
passagem.
NOTA: No momento da passagem de secção é aconselhável que haja uma conversa entre o Chefe de Unidade anterior
e o seguinte no sentido de identificar algumas áreas em que o noviço tenha mais dificuldades, de forma a ajudar a
Equipa de Animação a orientar o percurso desse elemento na secção seguintes
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Adesão à secção
e adesão ao Na secção seguinte
Se já tem idade e/ou
movimento
maturidade para
a secção seguinte
Compromisso
Promessa
Sinais de Pista
Período de descoberta
da secção seguinte,
Caminhos a seguir antes da passagem.
nã
sim
o
3 trilhos
por área
Tem 9, 13 Anilha de Mérito
ou 17 anos?
1.ª etapa
Negociação
Escolha 2 trilhos
por área
Reconhecimento
3.ª etapa
1 trilho
por área
2.ª etapa
Validação
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manualdodirigente
Adesão à secção
e adesão ao Se o Caminheiro/
movimento Companheiro
terminar o seu pro-
gresso pessoal e/ou
se o Clã/Comunidade
Compromisso o achar mercedor
Promessa
Caminhos a seguir
Si
m
Todos os objetivos
completos
Anilha de Mérito
Até 21 anos?
1.ª etapa
mais de 4 Reconhecimento
Negociação objetivos
Escolha por area
3.ª etapa entre 2 a 4
objetivos
por area
2.ª etapa
Validação
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V. Caminhos a evitar
Enquanto a criança/jovem percorre o seu caminho, encontra sempre caminhos a evitar que à partida indicam a existên-
cia de perigo ou desvio de percurso. Também no Sistema de Progresso existem esses caminhos a evitar, de forma a
que o Progresso Pessoal seja natural na secção, integrado no Jogo Escutista, facilmente reconhecido e atrativo para a
criança/jovem.
• Elaborar os projetos da secção tendo só por base os trilhos/objetivos educativos escolhidos pelos elementos
(deve-se sim, reconhecer nos projetos escolhidos as oportunidades de crescimento);
• Ser demasiado exigente só porque o elemento está na última etapa do progresso (a exigência deve ser gradual,
conforme a idade do elemento);
• Dar primazia ao Progresso Pessoal, descurando as restantes maravilhas do método (o Progresso Pessoal faz sentido
na medida em que está interligado às restantes 8 maravilhas);
• ...
• Não usar de bom senso em todo o processo, tendo em conta a realidade e o elemento que nos é confiado;
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manualdodirigente
3. Sistema de Especialidades
O intuito pedagógico das especialidades é que cada criança/jovem possa - pesquisando, aprendendo, experi-
mentando, vivenciando - desenvolver e aprofundar conhecimentos, competências e atitudes que, por se enquad-
rarem no campo dos seus interesses, ou de busca ou aprofundamento destes, se possam constituir como elemen-
tos relevantes na estruturação de um percurso vocacional seja em termos de possível vida profissional, seja em
termos de interesses pessoais de diversa índole.
O Sistema de Especialidades pode, e deve, ser usado como um complemento ao progresso pessoal. Uma espe-
cialidade é uma oportunidade educativa tão importante como o desempenho de um cargo ou a participação numa
atividade escutista, entre outros. Por este motivo as especialidades, sempre que possível, serão incluídas nos baús
de oportunidades educativas. (existirá uma listagem de correspondência entre as especialidades e os trilhos edu-
cativos).
Tal como já foi referido, sendo as especialidades uma oportunidade educativa, a realização de uma especialidade
por si só não chega para validar um trilho, mas poderá ser suficiente para validar um objetivo educativo.
As especialidades constituem oportunidades de desenvolvimento pessoal, sendo - sempre que possível e aplicável
- transversais a todas as secções e o mais variadas possível, de modo a ir ao encontro da diversidade e extensão
dos interesses pessoais de cada criança/jovem. Podem começar a ser trabalhadas assim que o elemento concluir a
etapa de adesão e faça o seu Compromisso. O objetivo é que cada criança/jovem desenvolva as suas capacidades
e se torne, realmente, habilitado em determinada temática, pelo que a obtenção de uma especialidade, e ainda
mais a sua continuidade ao longo das secções deve ser encarada numa perspetiva de aprofundamento e não ap-
enas aquisição de alguns conceitos.
b) Áreas
As especialidades estão agrupadas em áreas, que também são transversais a todas as secções. Uma criança/jovem,
ao longo do seu percurso escutista, poderá, assim, explorar a área com a qual mais se identifica; ou, então explorar
especialidades em áreas diferentes, podendo ir apurando a sua identificação pessoal ao longo desse mesmo per-
curso. Compete à Equipa de Animação orientar a criança/jovem nas suas escolhas. A Equipa de Animação poderá
mesmo estruturar/incluir atividades que permitam o cumprimento de alguma prova mais específica (ex. incluir jog-
os aquáticos numa atividade para permitir a obtenção da insígnia de nadador; um jogo noturno para a especiali-
dade de astrónomo, etc.)
De modo a que o discernimento vocacional seja natural, o elemento pode realizar especialidades de qualquer uma
das áreas sem limitações.
O número de áreas será diminuído e cada especialidade pertencerá a uma única área.
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Para se alcançar uma especialidade é necessário cumprir os seis requisitos para ela estipulados, os quais se dividem
em dois grupos: requisitos base e requisitos avançados.
A verificação das especialidades, ou seja, a aferição do cumprimento dos requisitos pode ser feita internamente,
isto é, pela Equipa de Animação e/ou outros elementos do agrupamento que tenham conhecimentos na área; ou,
externamente, por pessoas ou entidades especializadas. A qualificação é da competência do Conselho de Guias e
é exarada em Ordem de Serviço de Agrupamento e registada obrigatoriamente no SIIE.
Os elementos da III e IV secção, caso se sintam competentes e no âmbito dos seus próprios objetivos educativos,
podem ser encorajados a acompanhar elementos da sua secção ou mais novos na realização duma especialidade
agindo como instrutores.
b) Transição de Secção
Ao transitar de secção, a criança/jovem, deverá negociar com a Equipa de Animação, até ao momento do compro-
misso, as especialidades em que quer progredir e definir o tempo no qual as quer renovar. Apenas as que quer
renovar poderão ser mantidas no uniforme.
Para prosseguir com uma especialidade basta que, após o Compromisso, o elemento cumpra com os requisitos
avançados da mesma, ficando no caso dispensados de cumprir os requisitos de base.
NOTA: O Sistema de Especialidade ainda está a ser revisto, devendo ser brevemente lançado para a Associação.
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manualdodirigente
4. Projeto de Desafio
O Caminheiro/Companheiro que se encontre no último ano de vivência no Clã, deverá ser incentivado a refletir no
compromisso com uma causa pessoal - o Projeto de Desafio, como complemento ao Progresso Pessoal do mesmo e
tendo em vista a missão do Escutismo - formar indivíduos que se sintam realizados plenamente e desempenhem um
papel construtivo na sociedade.
O projeto de Desafio realizado pelo Caminheiro/Companheiro deverá ser obrigatoriamente idealizado, preparado,
apresentado e partilhado no Clã/Comunidade, sendo este um espaço particularmente propício para o seu enriquec-
imento. Dando relevância ao projeto em si, cabe ao elemento escolher o tempo da sua realização - ou no último ano
de vivência no Clã/Comunidade, ou após a sua saída - dando ênfase, desta forma, ao momento de reflexão, escolha e
elaboração. Se o elemento escolher realizar o projeto após a saída do Clã/Comunidade, o mesmo deverá ser convida-
do a partilhar a sua experiência com o Clã/Comunidade, como cidadão ativo que o CNE ajudou a formar.
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manualdodirigente
O final do percurso pessoal de um Caminheiro/Companheiro deverá ser assinalado pela Cerimónia da Partida, se o
Clã/Comunidade o acha merecedor. Este momento que deve constituir o grande objetivo para o qual se prepara ao
longo de toda a sua passagem pela IV secção.
Quando um Caminheiro/Companheiro termina o seu progresso pessoal, cumprindo a totalidade dos objetivos educa-
tivos finais, ou quando o Caminheiro/Companheiro sentir que o seu percurso no Clã está terminado, poderá receber a
Partida, sinal de que o seu processo educativo terminou e está, assim, preparado para a vida.
A Partida de um Caminheiro/Companheiro dá-se depois da sua auto-proposta (quando ele se sente apto e preparado)
e tem que ser aprovada em Conselho de Clã/Comunidade. Ao aprovar a Partida, o Clã/Comunidade está a assumir que
envia o jovem para a sociedade e para o mundo porque reconhece nele valores, conhecimentos e aptidões dignos de
um verdadeiro Caminheiro/Companheiro, activo na sociedade e capaz de contribuir para um mundo melhor e mais
justo.
Tal como a Promessa, a partida não se “dá”. O Caminheiro/Companheiro tem que a merecer. Tem que ser o tal exemplo
de Homem que a sociedade precisa.
Se ao longo de todo o seu percurso na IV secção, o Caminheiro/Companheiro não se envolveu no seu progresso
pessoal, se não contribuiu para a vida da Tribo e do Clã/Comunidade, se não participou e não cresceu, então, o Clã/
Comunidade não lhe deve dar a Partida, pois não será este o exemplo de cidadão descomprometido e pouco envolvi-
do que quer enviar para a sociedade. O facto de atingir 22 anos, não dá “direito” á Partida, apenas diz que é hora e sair
do Clã/Comunidade.
É preciso marcar a diferença entre sair do Clã/Comunidade (porque desistiu, porque atingiu a idade, etc…) e Partir
do Clã/Comunidade, ou seja, ser enviado para a sociedade pelos seus pares, porque o consideram exemplo a seguir.
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ANEXO A
Tabelas de objetivos educativos
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Desenvolvimento Físico
Dimensão da personalidade: o corpo
Trilho: Desempenho
I Secção II Secção III Secção OEF´s
F1. Participo em atividades F1. Reconheço a importância F1. Tenho preocupação com o F1. Faço exercício regular-
físicas que me ajudam a ser da atividade física no meu meu desempenho físico. Prati- mente para desenvolver a
mais ágil e habilidoso. desenvolvimento e pratico co atividades que contribuem agilidade, flexibilidade e
desporto regularmente. para o meu desenvolvimento destreza - adequado à minha
equilibrado. idade, capacidades e limita-
ções físicas
Trilho: Auto-conhecimento
I Secção II Secção III Secção OEF´s
F2. Conheçes os principais F2. Reconheces que o teu F2. Aceitas-te como és e F2. Conheces e aceito o teu
órgãos do teu corpo, sabes corpo está a mudar e respeito respeitas as diferenças físicas corpo, assim como as mudan-
onde estão localizados e as diferenças no tempo de entre as pessoas ças do teu amadurecimento
para que servem. desenvolvimento entre ti e os
outros F3. Reconheces e respeitas F3. Conheces as características
F3. Conheçes as principais as diferenças entre homens e fisiológicas do corpo masculi-
diferenças do corpo das F3. Sabes que há diferenças mulheres e as necessidades no e feminino e a sua relação
meninas e dos meninos. de tempo no crescimento de cada um. Agindo sempre com o comportamento e
das raparigas e dos rapazes e em conformidade necessidades individuais.
respeitas a evolução própria
de cada um.
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Desenvolvimento Afectivo
Dimensão da personalidade: os sentimentos e as emoções
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Desenvolvimento do Carácter
Dimensão da personalidade: a atitude
Trilho: Autonomia
I Secção II Secção III Secção OEF´s
C1. Sei a Lei e as Máximas C1. Conheces e compreendes C1.És capaz de fazer opções, C1. Defines o teu quadro de
da Alcateia e percebo o que a Lei do Escuta e os Princípios de acordo com as tuas referên- valores de forma consciente.
querem dizer cia de valores fundamentais,
C2. Defendes a tua opinião aceitando as suas implicações. C2. Tomas decisões e és claro
C2. Tenho em conta a opi- nas questões que te dizem quanto às tuas escolhas.
nião dos mais velhos quan- respeito sem desrespeitar as C2.Estabeleces para ti, com
do tomo decisões ideias dos outros regularidade, metas a atingir C3. És responsável pelo teu
em várias áreas da tua vida. desenvolvimento e defines
C3. Participo em atividades C3. És capaz de idealizar, objetivos a atingir.
que me ajudam a aprender escolher e executar atividades
coisas novas. e projetos
Trilho: Responsabilidade
I Secção II Secção III Secção OEF´s
C4. Cumpres as tarefas que C4. És responsável e empe- C3.Reconheces a importân- C4. Estabeleces prioridades e
te são dadas, porque sabes nhado nos cargos e tarefas cia das tarefas que te foram honras os teus compromissos
que isso é importante para que te são confiados atribuidas, estabeleces prio- de forma motivada e respon-
todos. ridades e respeita-las, corres- sável.
C5. Não desistes, mesmo C5. Não desanimas perante as pondendo à confiança em ti
quando as tarefas são dificuldades e procuras apren- depositada. C5. És perseverante nos
difíceis. der com elas momentos de dificuldade e
C4.Enfrentas as dificuldades procuras ultrapassá-los com
C6. Reconheces que as tuas C6. Reconheces que as tuas sem desistir de encontrar solu- otimismo.
ações têm consequências ações/decisões têm influência ções ou alternativas
nos grupos de que faço parte. C6. Assumes a responsabilida-
C5.Aceitas as consequências de pelos teus atos.
das tuas ações para ti e para o
grupo a que pertences
Trilho: Coerência
I Secção II Secção III Secção OEF´s
C7. Defendes o que te pa- C7. Consegues apresentar as C6.Partilhas e defendes aquilo C7. És consistente e convicto
rece certo de forma alegre tuas ideias de uma forma que em que acreditas de forma na defesa das tuas ideias e
e calma todos percebem e és capaz de serena e fundamentada valores.
reconhecer que as ideias dos
C8. Mostras, pelas tuas outros podem ser melhores C7. Ajes cada dia de acordo C8. És coerente com os teus
ações, que conheçes a Lei e que as tuas com as tuas convicções de valores e procuras ser exem-
as Máximas da Alcateia. referências, tendo consciência plo.
C8. As tuas atitudes diárias que és exemplo para os outros
estão de acordo com a Lei do
Escuta e os Princípios
25
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Desenvolvimento Espiritual
Dimensão da personalidade: o sentido de Deus
Trilho: Descoberta
I Secção II Secção III Secção OEF´s
E1. Conheces as primeiras E1. Conheces e compreendes E1. Conheces e compreendes E1. Conheces a História da
histórias da Bíblia. a história dos Patriarcas e do a vida dos principais profetas e Salvação (o modo como Deus
Êxodo, a partir da Aliança com a sua relação com Deus. se deu a conhecer à humani-
E2. Sabes como Jesus nas- Deus. dade) como proposta de vida
ceu e que ELe quer ser o teu E2. Conheces a forma como feliz.
melhor amigo. E2. Conheces e compreendes Jesus se deu progressivamen-
o significado das parábolas e te a conhecer aos Apóstolos E2. Conheces a novidade que
E3. Sabes que a Igreja é uma milagres de Jesus Cristo e a vivência deles em comuni- Jesus Cristo veio propor, bem
família a que pertences. dade. como a Sua mensagem, e
E3. Reconheces que fazes procuras vivê-la.
parte da Igreja e que nela tens E3. Reconheces que na igreja
um papel a desempenhar todos os membros são diferen- E3. Percebes que a Igreja é
tes e que, unidos nas diferen- caminho para chegar a Deus e
ças, tornamos a comunidade viver em relação com Ele.
mais rica.
Trilho: Aprofundamento
I Secção II Secção III Secção OEF´s
E4. Sabes que a oração diá- E4. Sabes que te relacionas E4. Aprofundas os hábitos de E4. Dialogas com Deus, na tua
ria é a maneira de tu falares com Deus sempre que parti- oração diários e participas nas oração pessoal e comunitária,
com Jesus. cipas nas orações comunitá- celebrações comunitárias. como membro ativo da Igreja.
rias ou fazes as tuas orações
E5. Imitas Jesus, porque pessoais E5. Conheces o ponto de vista E5. Aprofundas aquilo que
sabes que Ele é um exemplo da Igreja sobre os temas prin- a Igreja propõe para o nosso
a seguir. E5. Participas ativamente na cipais e que os mesmos estão tempo e integras os valores do
vida da comunidade paro- fundamentados na Bíblia. Evangelho na tua vida.
E6. Sabes identificar diferen- quial, também pela catequese,
tes religiões. e celebras os sacramentos que E6. Aprofundas a tua identida- E6. Conheces as principais
a Igreja te propõe. de católica no contacto com as religiões, distinguindo e
outras religiões. respeitando as diferenças,
E6. Identificas as principais di- e valorizas a identidade da
ferenças e semelhanças entre Igreja Católica.
as religiões.
Trilho: Serviço
I Secção II Secção III Secção OEF´s
E7. Respeitas a Criação de E7. Cuidas e proteges a Na- E7. Proteges a Natureza e a E7. És testemunha de que a
Deus (pessoas e Natureza) tureza, que reconheces como vida humana como obra de vida humana e toda a Criação
obra de Deus e algo muito Deus, defendendo a última é obra de Deus e comprome-
E8. Falas de Jesus aos teus importante para a vida das como valor absoluto. tes-te a cuidá-la em todas as
amigos e explicas-lhes por- pessoas suas dimensões.
que é que Ele é importante E8. Pões-te ao serviço dos ou-
para ti. E8. Assumes a tua fé, falas dela tros, marcando positivamente, E8. Pões os teus dons ao servi-
aos teus amigos e familiares como cristão, todos os grupos ço da sociedade, como cris-
e convidas outros a participar onde te inseres. tão, contribuindo para o bem
também comum nas várias dimensões
da tua vida (pessoal, social,
económica, cultural e política)
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Desenvolvimento Intelectual
Dimensão da personalidade: a inteligência
27
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Desenvolvimento Social
Dimensão da personalidade: a integração social
28
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ANEXO B
Secções
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Desenvolvimento Físico
Dimensão da personalidade: o corpo I SECÇÃO
30
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Desenvolvimento Afectivo
Dimensão da personalidade: os sentimentos e as emoções I SECÇÃO
O lobito deverá ser amigo de todos os outros lobitos, demonstrando ter uma atitude de
partilha para com todos.
Deverá saber respeitar os outros, em especial os mais velhos, seguindo sempre as regras da alcateia.
O lobito deverá saber explicar aos pata-tenras os nós básicos( nó direito; nó de correr), bem
como as leis e as máximas.
O lobito deve saber as diferenças entre meninas e meninos e respeitar a diferença.
O lobito terá de saber quais as suas qualidades e defeitos, trabalhando para melhorar.
O lobito deverá estabelecer metas de melhoria para com ele e com os outros.
O lobito deverá ser capaz de ultrapassar os seus medos com a ajuda da alcateia.
31
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Desenvolvimento do Carácter
Dimensão da personalidade: a atitude I SECÇÃO
32
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Desenvolvimento Espiritual
Dimensão da personalidade: o sentido de Deus I SECÇÃO
33
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Desenvolvimento Intelectual
Dimensão da personalidade: a inteligência I SECÇÃO
O lobito deverá ser capaz de identificar problemas e ser capaz de apresentar soluções, de
forma lógica e inteligente como Bàguirà, usando o que aprendeu para ser mais útil
O lobito deverá ser aventureiro e imaginativo, deverá ser incentivado a dar largas à sua imagi-
nação e ser capaz a apresentar à Alcateia
34
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Desenvolvimento Social
Dimensão da personalidade: a integração social I SECÇÃO
O lobito deverá ser respeitador e bem-educado, que com alegria e boa-disposição participa
nas atividades propostas, sabendo assumir as suas perdas e aprendendo com elas.
O lobito deverá ter gosto em ajudar o próximo no seu dia-a-dia, saber ver e ouvir e aguardar a
sua vez para falar.
O lobito deverá ter vontade de trabalhar com outros e ser amigo de todos, quando assume
posição de chefia de acordo com as Leis e Máxima da Selva
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Desenvolvimento Físico
Dimensão da personalidade: o corpo II SECÇÃO
Trilho: Desempenho
Explicação do Trilho Palavra-chave
Neste trilho pretende-se que reconheças a importância da atividade física para o teu desenvol- Saúde
vimento e pratiques desporto regularmente. Por isso, deves procurar desenvolver e melhorar Atividade Física
as tuas capacidades físicas para que te possas tornar mais ativo e saudável.
Trilho: Auto-conhecimento
Explicação do Trilho Palavra-chave
Neste trilho deves aprender a conhecer e aceitar as várias fases de crescimento do teu corpo. Conhecer
Deves também demonstrar comportamentos de respeito para com os diferentes ritmos de Aceitar
crescimento dos outros. Respeitar
Desenvolvimento Afectivo
Dimensão da personalidade: os sentimentos e as emoções
Trilho: Auto-estima
Explicação do Trilho Palavra-chave
Neste trilho és chamado a assumir as tuas qualidades e defeitos. Para melhorar, deves reco- Superar dificuldades
nhecer os teus erros e procurar corrigi-los, ultrapassar as tuas dificuldades e valorizares as tuas Corrigir erros
qualidades. Autoconsciência
Melhorar (Ser melhor)
36
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Desenvolvimento do Carácter
Dimensão da personalidade: a atitude II SECÇÃO
Trilho: Autonomia
Explicação do Trilho Palavra-chave
Para completares este trilho deves procurar ser mais autónomo, desenvolvendo a tua capaci- Autonomia
dade de tomar e executar decisões, sem desrespeitar as opiniões dos outros. Tomar decisões
Trilho: Responsabilidade
Explicação do Trilho Palavra-chave
Para completares este trilho deves assumir as tuas responsabilidades. Deves executar as tare- Empenho
fas que te são confiadas com empenho, não desistir perante as dificuldades, e reconhecer que Persistência
os teus actos têm influência nos grupos a que pertences.
Trilho: Coerência
Explicação do Trilho Palavra-chave
Para completares este trilho, deves defender as ideias que te parecem acertadas com convic- Defender ideias
ção, de forma que as tuas atitudes demonstrem que cumpres diariamente a Lei do Escuta e os Convicção
Princípios.
Desenvolvimento Espiritual
Dimensão da personalidade: o sentido de Deus
Trilho: Descoberta
Explicação do Trilho Palavra-chave
Com este trilho pretende-se que descubras a importância do teu papel na Igreja, conhecendo Conhecimento
melhor os seus Heróis, parábolas e milagres. Descoberta
Trilho: Aprofundamento
Explicação do Trilho Palavra-chave
Com este trilho pretende-se que no dia-a-dia aprofundes a tua relação com Deus através da Encontro
Relação
oração pessoal e comunitária. Deves agir como te pede Jesus e participar nas actividades da Participação
tua paróquia. Não te esqueças que existem outras religiões no mundo que deves respeitar. Oração
Aprofundamento
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Desenvolvimento Intelectual
Dimensão da personalidade: a inteligência II SECÇÃO
Resolver problemas
Desenvolvimento Social
Dimensão da personalidade: a integração social
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Desenvolvimento Físico
Dimensão da personalidade: o corpo III SECÇÃO
Nuvem Respeito
Capacidade Atividade Física
Destreza Nutrição
Testo Limites
Desenvolvimento Afectivo
Dimensão da personalidade: os sentimentos e as emoções
Maturidade
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Desenvolvimento do Carácter
Dimensão da personalidade: a atitude III SECÇÃO
Desenvolvimento Espiritual
Dimensão da personalidade: o sentido de Deus
do/no outro
Procuro Respostas Participo
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Desenvolvimento Intelectual
Dimensão da personalidade: a inteligência III SECÇÃO
Nuvem
Iniciativa Uso de recursos Criar ideias
Desenvolvimento Social
Dimensão da personalidade: a integração social
Deveres Interajuda
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Desenvolvimento Físico
Dimensão da personalidade: o corpo IV SECÇÃO
Trilho Palavras- Explicação
Chave É o quê?!? Será que...?!? E como, por exemplo?!?
• Integrar a atividade física regular • Pratica ou promove a prática • Prática de exercício físico regular;
no seu dia-a-dia, de acordo com desportiva no seu quotidiano? • Praticar um desporto com
aquilo que gosta e pode fazer. • O que pretende atingir com a regularidade, apresentando-o
• Ter referências a nível desportivo prática desportiva? ao clã, evidenciando as suas
que o “”orientem”” - que o façam • Se não pratica, porquê? E o que capacidades;
sonhar - para atingir aquilo que faz para compensar essa ausên- • Participar em Hikes, Raids ou ativi-
cia de prática desportiva?
Desempenho
• Nesta idade, regra geral, o corpo • Qual o sentimento em frente ao • Criar espaços de diálogo no
Relação com o Corpo
• O jovem está numa fase da vida • Qual o ritmo diário? • Respeitar as horas de descanso;
em que por norma, tem energia • Como faz a gestão do tempo • Respeitar os horários das refei-
para “”dar e vender””. Está cons- entre todas as atividades que ções;
tantemente a superar limites. Por tem? • Diminuir o consumo de “fast-
vezes esse excesso de capacidade, • Quais os cuidados que tem com -food”;
combina com alguma incapacida- a alimentação? • Elaborar uma ementa equilibra-
de de gestão do esforço e algum • Qual a opinião sobre a “fast- da para um acampamento de
-food”?
Equilíbrio
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• É muito importante conhecer • Quais os cuidados que tem com • Demonstrar uma aparência limpa
as recomendações da OMS o corpo? e cuidada em todas as ativida-
para poder entender o que se • Que hábitos de higiene? Qual o des;
pretende com este objetivo. sentimento em frente ao espe- • Organizar um debate sobre a
Há certos padrões que são os lho? obesidade e sedentarismo.
recomendados para se ter uma • Como se vê no futuro? Qual é o
vida saudável. Claro que cada ideal de beleza?
jovem pode ter esta ou aquela • Qual o índice de massa corporal?
particularidade, mas isso não • O que pensa sobre tatuagens,
Higiene
• Bulimia, um problema?
ser necessário ajuda especiali- • Qual a importância dos media no
zada. ideal atual de beleza?
• Também existe toda uma di-
mensão estética. É preciso
conhecer quais as vantagens e
desvantagens de certas práticas
para depois se tomar a decisão
em consciência.
• “A experimentação faz parte do • Qual o conhecimento que tem • Organizar um debate a respeito
processo de aprendizagem. Há das substâncias que provocam de estupefacientes e álcool;
quem apreenda com essas ex- dependências? • Convidar um toxicodependente
periências e há quem nunca as • Como encara a experimentação a dar testemunho;
entenda. É importante o jovem de produtos desconhecidos? • Organizar um debate sobre o
saber quais os prós e contras de • O que é um comportamento de tabagismo;
algumas dessas experiências. risco? • Organizar uma atividade respei-
• A vivência continuada de expe- • Malefícios do álcool e do taba- tando as regras de segurança;
riências, sem qualquer tipo de co? E benefícios há? • Promover uma visita a um centro
aprendizagem, pode demons- • O que é a segurança nas ativi- de recuperação de acidentados;
Comportamentos de Risco
43
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Desenvolvimento Afectivo
Dimensão da personalidade: os sentimentos e as emoções IV SECÇÃO
Trilho Palavras- Explicação
Chave É o quê?!? Será que...?!? E como, por exemplo?!?
• Saber orientar as emoções afetivas • Na sua vida pessoal, o jovem • Relações Amorosas - na sua vida
e amorosas para a construção de consegue construir relações pessoal, orientar as emoções
relações sólidas e maduras com afetivas maduras, evitando os amorosas para a construção de
todos quantos o rodeiam. contactos pontuais e emocional- relações maduras, evitando os
• Seguir um conjunto de princípios mente inconsistentes? contactos pontuais e emocional-
e valores que lhe permitam ir de • É capaz de interagir com os seus mente inconsistentes;
encontro às opções de vida por familiares fortalecendo os laços • Atividades Mistas -Participar
ele pretendidas. que os unem? em atividades mistas (ambos os
• Valoriza as relações familiares e sexos, com grupos de jovens da
Afetos
famílias;
• Estar atento às realidades fami-
liares e afetivas dos elementos,
na definição da Carta de Clã;
• Valorizar as relações familiares e
afetivas na realização do PPV.
• Inserido num mundo cada vez • Revela espírito crítico relativa- • Participar em peças de teatro,
mais global e pluridisciplinar, ao mente a atividades que desen- jogo de mímica, grupos de
jovem é pedida a capacidade de volveu? animação de rua, etc.;
respeito e de coexistência com as • Fala sobre os seus gostos e • Promover a participação em
mais variadas sensibilidades esté- sobre o que não aprecia de oficinas de artes, dinamizadas
Respeito
ticas e artísticas. Sempre apoiado forma serena e sem ferir susceti- por especialistas na área;
A2 com um forte sentido critico que bilidades? • Realizar um hike cultural;
lhe permita a formulação de uma • É capaz de participar ativamente • Promover novas formas de apre-
opinião construtiva. na avaliação da caminhada, ou- sentação de caminhada;
vindo atentamente os outros e • Animar um fogo de conselho;
formulando as suas opiniões de • Preparar, realizar e avaliar uma
uma forma critica e construtiva? exposição fotográfica ou outra,
para a comunidade.
são essencial da sua identidade, • Tem noção de que há um es- • Integrar Tribos mistas.
integrada num projeto de vida paço de intimidade que está
pessoal e que contribua para a reservado para cada pessoa
A3 sua formação integral enquanto e que esse espaço deve ser
cidadão responsável, reconhecen- respeitado?
do a importância de expressar um
envolvimento afetivo e amoroso.
• Compreender a importância da
relação sexual e amorosa na cons-
tituição da família.
• Não estando sozinho no mundo, • É capaz de preservar na equipa • Realizar uma autoavaliação em
nem sendo uma ilha isolada num o espírito de fraternidade que Clã;
turbilhão de pessoas, ao jovem deve nortear o relacionamento • No exercício do seu cargo na
Equilíbrio Emocional
é pedido que interaja com todos dos escuteiros? Tribo ser mediador em situações
com quem se cruza no seu per- • Fazer esforços concretos para de conflito;
curso. melhorar o seu relacionamento • Trabalho em Tribo;
• Mais importante do que interagir, e a simpatia entre todos? • Fazer esforços concretos para
Emoções
será faze-lo sem invadir a sensi- • Demonstra capacidade de edia- melhorar o seu relacionamento
A4 bilidade de quem o rodeia, não ção em caso de conflito? com um elemento do Clã com o
ferindo os seus sentimentos, nem • Esconde os seus sentimentos? qual não se relacione habitual-
criando situações de evidente • Manifesta os seus sentimentos? mente;
desconforto. Fala sobre eles? • Auxiliar os noviços na elabora-
• Para isso deverá ser capaz de • Procura ajuda quando não se ção do seu projeto pessoal de
compreender as suas próprias sente bem ou está triste? vida;
emoções e, no final expressá-las • Participar ativamente na elabo-
de uma forma coerente e conve- ração da carta de clã.
niente.
• Saber reconhecer no jovem os tra- • É capaz de aceitar a sua perso- • Elaboração da parte aberta do
ços gerais da sua personalidade, nalidade e as suas capacidades, PPV e partilhá-la com o restante
Personalidade
44
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45
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Desenvolvimento do Carácter
Dimensão da personalidade: a atitude IV SECÇÃO
Trilho Palavras- Explicação
Chave É o quê?!? Será que...?!? E como, por exemplo?!?
• Ao longo das suas vidas os jovens • Compreende valores éticos e • Renovar o PPV com regulari-
são expostos a diversas realidades morais? dade consolidando os novos
e valores, filtrando-os e absorven- • É capaz de indicar os principais valores;
do aqueles com os quais se iden- valores por que se rege, dando • Realizar uma reflexão sobre
tificam. O grau de consciência e o exemplos práticos da sua aplica- valores como Bondade, Vera-
nível de opção voluntária com que ção no dia-a-dia? cidade, Coragem, Gentileza,
esse processo ocorre aumenta • Analisa e avalia a sua ação Respeito, Honestidade, Serie-
de forma gradual, culminando no no âmbito do seu quadro de dade, Prudência, Sensibilidade,
Confiança
• Uma das características da vida • Reflete antes de tomar uma • Participar no Conselho de Agru-
adulta é a capacidade de livre ar- decisão? pamento e Regional/Núcleo;
bítrio, e a responsabilização plena • Pondera no impacto que as suas • Apresentar propostas em Con-
pelas opções tomadas. opções têm no longo prazo? selho de Agrupamento e Regio-
• Através deste objetivo preten- • Procura o seu próprio caminho nal/Núcleo;
de-se que o jovem demonstre de vida ou segue o que outros • Escrever um artigo de opinião
ser capaz, a partir da avaliação lhe dizem ser mais adequado? para um jornal ou publicação
da realidade que o rodeia e com • Quando confrontado com escutista;
Decisão
base no seu código de valores um problema identifica várias • Participar no Cenáculo Regio-
C2 éticos e morais, de ponderar entre opções e optando por uma nal/Núcleo;
um conjunto de escolhas possíveis assume-a como sua? • Participar em orgãos de decisão
e, optando por uma delas, que • Toma decisões pensando no exteriores ao movimento (as-
seja consequente com a mesma, que de facto é melhor para si? E sociações juvenis/académicas,
assumindo a responsabilidade para os outros? assembleias de freguesia/muni-
pelas suas consequências. • Deixa-se influenciar pelas op- cipais, ...).
• Por outro lado, pretende-se que o ções dos outros ou pela pressão
jovem identifique as suas opções dos seus pares?
e que se identifique claramente • Assume as suas opções mesmo
com as mesmas, assumindo-as em ambientes adversos?
com clareza e não as escondendo.
• O mundo moderno exige de cada • É capaz de identificar as suas • Atualizar o PPV regularmente;
indivíduo uma constante atualiza- necessidades de melhoria e • Realizar a autoavaliação regular
ção e desenvolvimento dos seus formação? no Clã;
conhecimentos e competências. • Preocupa-se com o seu desen- • Frequentar espaços de aprendi-
• • Por outro lado, é cada vez mais volvimento pessoal e procura zagem ou desenvolvimento de
necessária a existência de cida- colmatar as suas falhas? novos conhecimentos;
dãos ativos, o que requer de cada • Encara a aquisição de conheci- • Definir o plano de formação;
Aperfeiçoamento
• O mundo moderno coloca diver- • Procura oportunidades de for- • Realizar uma experiência de
sas solicitações ao jovem adulto, mação e crescimento pessoal? voluntariado fora do CNE (“”De-
sendo essencial uma gestão • É proativo e dinâmico? safio””);
criteriosa do tempo e do esforço • Empenha-se na realização das • Participar nas atividades de ser-
tarefas que assume a seu cargo?
Compromisso
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manualdodirigente
vida, assumindo plenamente os dizer não quando não dispõe de (secretaria, material, etc.);
projetos em que se envolva, parti- recursos físicos ou temporais para • Organizar ações de serviço junto
cipando ativamente e cumprindo realizar o que lhe propõem? da Paróquia;
totalmente as responsabilidades • Consegue gerir de forma equi- • Participar em organizações juve-
que toma a seu cargo. librada a sua disponibilidade nis ou académicas.
• Por outro lado, pretende-se que temporal, física e mental?
o jovem dê mostras de proati- • Honra os compromissos?
vidade e dinamismo, sendo um
cidadão ativo na comunidade
onde se insere.
• A vida adulta está pejada de es- • Recusa-se a continuar perante as • Desempenhar as funções de
colhos e dificuldades, sendo que dificuldades? guia de tribo, demonstrando
Responsabilidade
• A par da capacidade de escolha • Reflete antes de tomar opções, • Ser pontual e assíduo;
do seu próprio rumo e ação a considerando as suas consequên- • Elaborar o PPV;
idade adulta implica a responsa- cias? • Participar ativamente na elabora-
bilização integral de cada indiví- • Assume as consequências dos ção da Carta de Clã;
duo pelas opções que toma. seus atos, não fugindo às suas • Preparar uma Caminhada.”
Responsabilidade
• Um dos principais elementos • Mantém as ideias e valores em • Participar ativamente nos Conse-
definidores de um Ser Humano que acredita mesmo quando lhos de Clã;
são as ideias e valores que de- confrontado por terceiros? • Participar ativamente na vida de
fende. Enquanto jovem adulto • As ideias e valores que defende agrupamento, nomeadamente
o jovem é confrontado no seu são coerentes entre si? nos Conselhos de Agrupamento;
dia-a-dia com uma multiplicida- • É capaz de exprimir e defender • Participar ativamente na vida
de de realidades e opções de as suas ideias de forma serena e da região, nomeadamente nos
vida radicadas em diferentes convicta? Conselhos Regionais;
sistemas éticos e morais. • Respeita as opiniões dos outros? • Participar num Cenáculo Regio-
Consistência
• A coerência é um dos predica- • Age de acordo com a Promessa • Criar uma dinâmica semanal, na
dos essenciais à vida adulta. Sem e a Lei? qual o jovem é convidado a par-
esta o percurso pessoal de cada • Age de acordo com os ensina- tilhar os momentos em que ao
um perde o seu sentido, tornan- mentos da Igreja? longo da semana não cumpriu
do-se num amontoado de atos • Cumpre os seus compromissos? com o estabelecido nos artigos
desconexos sem ligação entre si. • As suas palavras e ideias têm cor- da lei;
Coerência
• Com este objetivo pretende-se respondência nas suas ações? • No final de cada dia de acampa-
que o jovem aplique em todos • As suas ações são exemplo de mento, realizar um momento de
C8 os momentos da sua vida o Serviço? reflexão em que cada jovem é
código de valores que professa, • Fala abertamente sobre as suas convidado a partilhar um mo-
testemunhando pelo exemplo. ações e motivações? mento bom e um momento mau
• É exemplo para os mais novos? da sua conduta diária;
• É exemplo para os restantes • Participar em uma atividade das
jovens? secções mais novas demonstran-
• É exemplo para a sociedade? do espirito de serviço.”
É um cidadão ativo?”
47
manualdodirigente
Desenvolvimento Espiritual
Dimensão da personalidade: o sentido de Deus IV SECÇÃO
Trilho Palavras- Explicação
Chave É o quê?!? Será que...?!? E como, por exemplo?!?
• Pretende-se que o jovem reco- • em uma atitude positiva perante • Organização de um ciclo de cine-
nheça a existência de Deus e se a vida, mesmo quando confron- ma sobre a história da salvação
aperceba da importância que Este tado com momentos de dificul- (incluir «Os dez mandamentos»,
tem na sua vida. dade, alicerçada pela vivência um filme sobre Jesus, outros…);
• Deve conhecer e compreender o espiritual? • Promover uma reflexão sobre
exemplo de Cristo, que se en- • É capaz de pôr em prática na os textos base do projeto de
tregou pelos Homens e pela sua sua vida a proposta das Bem-a- felicidade proposto por Jesus
salvação. venturanças adaptando-as aos (Bem-aventuranças…);
• Deve ainda reconhecer que dias de hoje? • Reflexão sobre a vida de Cristo e
Deus quer que sejamos felizes e • Dá a Deus um papel central no a história da salvação - Exteriori-
que nos indica o caminho para a seu Projeto Pessoal de Vida? zar ou apresentar os resultados;
felicidade por via das escrituras, • Dá espaço na sua vida para uma • Hikes - Hikes espirituais;
retrospeção pessoal e “”avalia-
Confiança
• Pretende-se que o jovem reco- • Envolve-se na vida em Igreja, • Colaboração com os movimen-
nheça que a Fé não é algo que se assumindo um papel ativo numa tos da Igreja na paróquia (confe-
deva construir individualmente, das diversas vias de vivência rências, grupo de jovens, etc);
uma vez que também ninguém da Fé e da evangelização (co- • Participar ativamente na Paró-
consegue viver apenas para si nhecendo e colaborando com quia, nomeadamente sendo
Espírito Santo
• Pretende-se que o jovem desenvol- • Executa uma auto-reflexão • Participar ativamente e semanal-
va uma atitude de diálogo sincero periódica ou frequente sobre mente na eucaristia;
com Deus, encontrando a sua forma a forma e quantidade de vezes • Preparar momentos de oração
pessoal de oração e que participe em que efetivamente se dirige a de uma atividade;
na Eucaristia não apenas de forma Deus e O toma como modelo a • Promover momentos de oração
passiva, mas como agente dinamiza- seguir nas diferentes situações em família;
dor da mesma. com que a sua vida diária o • Frequentar a catequese;
• Fomentar hábitos de oração pessoal. confronta? (O que faria Cristo • Formação espiritual nas áreas
Oração
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• Pretende-se que o jovem saiba, • Assume uma atitude de diálogo • Integrar a Pastoral Universitária;
Aprofundamento
em todas as dimensões da sua com o próximo, gerindo de forma • Apoio a atividades comunitárias;
vida, dar testemunho dos atos positiva situações de conflito, • Visitar um centro de serviço de
Perseverança
• Pretende-se que o jovem saiba • Promove ou participa em espaços • Pesquisar a respeito de outras
perceber o enquadramento do de vivência ecuménica ou inter-re- religiões;
Cristianismo/Catolicismo no ligiosa? • Conhecer e partilhar característi-
contexto das grandes religiões • Consegue viver de modo assumi- cas de outras religiões (intercâm-
Identidade
• Pretende-se que o jovem reco- • Demonstra uma atitude constante • Construir um presépio vivo;
nheça que a presença de Deus de preocupação com o ambiente • Participação e dinamização de
na sua vida o engrandece e que (põe em prática hábitos de reci- atividades manutenção ou limpe-
a Sua ausência resulta num ser clagem, utilização de meios de za de florestas ou praias;
humano incompleto e inaca- transporte amigos do ambiente, • Participação em atividades de
bado; da mesma forma deve …)? proteção civil, proteção contra os
demonstrar uma atitude de res- • Vive o dever do Cristão de pro- incêndios florestais, etc.;
peito pela natureza assumindo teger a Terra onde vive e á qual • Explicação sobre o tempo litúrgi-
a como criação de Deus e como pertence? co do momento, em formatura;
tal algo a respeitar. • É testemunho da fé com a sua • Explicação das leituras que vão
• Vive a lei “”O escuta protege as própria vida?” ouvir na Eucaristia e, se possível,
Unidade
• Pretende-se que o jovem reco- • Participa de forma ativa e interes- • Participar num Corpo de Missão;
nheça que ser Cristão repre- sada nos processos de decisão • Organização de momentos de
senta uma atitude de busca e política a nível local e nacional recolha de sangue e de medula,
construção de justiça social, de (fazendo uso esclarecido do campanha de despistagem de
participação ativa e responsável direito de voto, participando em hipertensão;
assembleias ou parlamentos de
Missão
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manualdodirigente
Desenvolvimento Intelectual
Dimensão da personalidade: a inteligência IV SECÇÃO
Trilho Palavras- Explicação
Chave É o quê?!? Será que...?!? E como, por exemplo?!?
• Para promover o seu crescimento, o • Gosta de aprender coisas • Participar em atividades interna-
jovem demonstra uma atitude proac- novas? cionais como forma de interagir
tiva na busca de novos saberes. • Demonstra vontade em abraçar com novas culturas;
• Ojovem não se preocupa com novos projetos (dentro e fora • Elaborar e rever o PPV regular-
aquisição de novos conhecimentos doescutismo)? mente;
apenas quando surge a necessidade • Na idealização das Caminhadas • Participar ativamente nos Con-
Aprendizagem
de os adquirir à luz de uma nova sugere novas ideias? selhos Regionais/Núcleo, nos
experiência. • Participa regularmente em ses- Conselhos deAgrupamento e nos
• O jovem reconhece que novas sões de formação, conferências, Conselhos de Clã;
I1 vivências são um meio para adquirir workshops? • Desempenhar com dedicação a
mais conhecimento, bem como para • Procura sair da sua zona de con- sua função ou cargo na Tribo e
crescer. forto através de novas vivências? promover a autoavaliação;
• Investir na sua formação pessoal,
profissional e escutista, através
Procura do Conhecimento
da participação em sessões de
formação;
• Participar no Cenáculo Regional/
Núcleo.
• O jovem identifica os meios que tem • Usa diversos meios de pesquisa • Preparar uma exposição sobre
ao seu dispor para procurar informa- quando se encontra a preparar a história do Agrupamento, do
ção e sabe como usá-los. um projeto (livros, internet, CNE ou sobre a WOSM;
• O jovem está apto a selecionar a jornais, etc.)? • Participar no planeamento da
informação pertinente face às neces- • Aquando a elaboração de um Caminhada, pesquisando infor-
Filtrar
• O jovem identifica as suas aptidões • Identifica as suas necessidades • Elaborar e rever o PPV regular-
e necessidades e é com base nestas no seu projeto pessoal de vida? mente;
últimas que estabelece as formas e • Escolhe e determina os meios • Elaborar um plano individual de
os meios adequados para colmatar para responder a essas neces- formação.”
sidades?
Rumo
as suas lacunas.
I3 • Atento às suas lacunas, o jovem ela- • É capaz de assumir perante a
bora o seu projeto pessoal de vida Tribo a sua falta de conhecimen-
estabelecendo objetivos formativos to sobre determinado tema?
a curto ou médio prazo, definindo os • Escolhe as atividades em que
meios para atingi-los.” participa tendo em conta neces-
sidades identificadas?
• O jovem não receia novos desafios. • Demonstra coragem de abraçar • Preparar e realizar uma atividade
• O jovem utiliza as vivências que teve novos projetos? fora da “”área de conforto””;
e o que já conhece para vivenciar • Desenvencilha-se quando sur- • Promover a realização de ativida-
Adaptação
novos desafios e superar os obstácu- ge um problema com que não des pela Tribo em áreas diferen-
Resolução de Problemas
• O jovem identifica o problema e • Nas avaliações da Caminhada, • Participar ativamente nos Con-
o jovem identifica os aspetos selhos de Guias, Conselhos de
EstratégiaIgreja
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manualdodirigente
Criatividade e Expressão
• O jovem tem capacidade para • É capaz de explicar o que está a • Animação de fogos de conselho;
partilhar os seus pensamentos e pensar, imaginar e sentir? • Participação activa nos momen-
emoções, escolhendo a melhor • Usa instrumentos diversos para tos de avaliação;
forma para os transmitir aos comunicar com os outros tendo • Apresentar um imaginário de
seus ouvintes. em conta as suas características uma atividade ao Clã;
Expressividade
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manualdodirigente
Desenvolvimento Social
Dimensão da personalidade: a integração social IV SECÇÃO
Trilho Palavras- Explicação
Chave É o quê?!? Será que...?!? E como, por exemplo?!?
• O jovem conhece as regras básicas • O jovem exerce o seu direito de • Participar na Associação de
de convivência e educação. voto nos diversos Conselhos em Estudantes;
• Consciente da sua cidadania portu- que participa? • Assistir a sessões da Assembleia
guesa e europeia, o jovem identifica • O jovem encontra-se devidamen- Municipal;
te recenseado e exerce o seu
Cidadania
• Nos diversos espaços em que • Revela uma atitude construtiva? • Assistir às reuniões públicas dos
intervém, o jovem tem conheci- • Participa ativamente e com vonta- órgãos de administração local.”
mento sobre os temas abordados e de nas atividades dos grupos em • Participar em Hikes Culturais;
demonstra uma atitude empreende- que se insere (catequese, música, • Realizar um recenseamento
Participação
• Pretende-se que o jovem expresse • É capaz de dar a sua opinião de • Participar ativamente nas reuniões
a sua opinião nos diversos espaços forma serena? de Tribo demonstrando respeito
em que tem assento, exercendo os • Respeita a opinião alheia ainda pelas opiniões contrárias;
Democracia
seus direitos de forma individual. que seja contrária à sua? • Saber trabalhar em equipa, não
Contudo deve ser capaz de respeitar • Dá oportunidade aos outros de funcionando como fator poten-
as opiniões ou decisões contrárias se manifestarem quando está a ciador de conflitos;
à sua e, uma vez a decisão tomada coordenar um projeto de Tribo? • Participar na escolha e enriqueci-
S3 pela maioria, deve acolhê-la como • Quando o coletivo adota uma mento da Caminhada, respeitan-
sua, ainda que não corresponda à ideia diferente da sua, o jovem do opiniões diversas;
sua escolha inicial. acata, respeita e empenha-se no • Participar ativamente nos Conse-
desenvolvimento da mesma? lhos de Agrupamento, Regionais/
Núcleo.”
alguns dos problemas identificados. des da sua Tribo? • Praticar um desporto coletivo;
• O jovem adota uma postura ativa na • Evita adotar uma postura indivi- • Organizar atividades corporativas
construção de uma sociedade me- dualista quando tem de desen- (ex: Bombeiros, Proteção Civil,
S4 volver uma tarefa, ou no exercício
Solidariedade e Tolerância
• O jovem expressa a sua opinião, • É capaz de liderar (no cargo que • Exercer o cargo de guia de tribo
de forma a não ferir os sentimentos desempenha) quando é necessário? ou sub-guia correctamente;
alheios, não sendo ofensivo nem • Sabe delegar tarefas, evitando • Desempenhar com competência
agressivo mesmo que a opinião do uma postura individualista? as funções ou cargo na Tribo;
outro seja diversa da sua. • Consegue liderar (no cargo que • Ser ativo na tomada de decisões
desempenha) sem agressividade? difíceis a propósito de assuntos
• Quando expressa a sua opinião, • Consegue liderar (no cargo que
o jovem promove um espaço de desempenha) com entusiasmo e problemáticos;
Tolerância
diálogo, no qual ele assume tanto a motivando os seus pares? • Assumir a coordenação de depar-
S5 posição de ouvinte como de orador. • Aceita sugestões? tamentos ao nível de Agrupa-
• O jovem desenvolve a empatia, para • Revela espírito democrático, mento;
entender e comunicar melhor com ouvindo os outros e respeitando a • Participar na Equipa Projeto do
os outros.” maioria? Cenáculo Regional/Núcleo;
• Quer que os outros façam sem- • Participar ativamente no Cenácu-
pre e só o que ele quer? lo Regional/Núcleo.”
• Está atento às necessidades de
quem está à sua responsabilidade?
• Os seus irmãos jovens reconhe-
cem-no como líder?”
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manualdodirigente
• O jovem respeita os outros ele- dualista quando tem de desen- tivas (ex: Bombeiros, Proteção
S6 mentos pertencentes ao grupo, volver uma tarefa, ou no exercí- Civil, comunidade).
encontrando-se disponível para cio da sua profissão?
ajudá-los ou para pedir auxilio • Procura ajudar a Tribo a ser cada
sempre que necessário. vez melhor?
• Auxilia elementos da Tribo quan-
Interação e Cooperação
do necessário?
• É dedicado ao cargo que desem-
penha, procurando fazer mais e
melhor?
• O jovem conhece as suas neces- • É capaz de liderar (no cargo que • Exercer o cargo de guia de tribo
sidades e identifica as necessi- desempenha) quando é neces- ou sub-guia correctamente;
dades dos diversos grupos em sário? • Desempenhar com competência
que se insere. • Sabe delegar tarefas, evitando as funções ou cargo na Tribo;
• Atento a essas necessidades, o uma postura individualista? • Ser ativo na tomada de decisões
jovem assume, quando necessá- • Consegue liderar (no cargo que difíceis a propósito de assuntos
rio, a liderança ou coordenação desempenha) sem agressivida- problemáticos;
desses grupos de forma equili- de? • Assumir a coordenação de de-
brada.” • Consegue liderar (no cargo que partamentos ao nível de Agrupa-
Liderança
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manualdodirigente
ANEXO C
Ferramentas
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manualdodirigente
A ferramenta de início de pista deverá permitir que a Equipa de Animação trace o perfil do elemento por
observação, a partir das palavras-chave definidas para cada trilho, observando os comportamentos do ele-
mento nas atividades semanais, nos acampamentos, através das conversas informais com os encarregados
de educação ou outros.
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