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Kazmer
David O. Kazmer
Molde de injeção
Engenheiro de design
2ª Edição
O autor:
Professor David Kazmer, Departamento de Engenharia de Plásticos, 1 University Ave., Lowell MA 01833 EUA
O uso de nomes descritivos gerais, marcas registradas, etc., nesta publicação, mesmo que os primeiros não sejam especialmente identificados,
não deve ser tomado como um sinal de que tais nomes, conforme entendidos pela Lei de Marcas Registradas e de Mercadorias, pode, portanto,
ser usado livremente por qualquer pessoa. Embora os conselhos e as informações contidas neste livro sejam considerados verdadeiros e precisos
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escrito do editor.
ISBN: 978-1-56990-570-8
Livro eletrônico ISBN: 978-1-56990-571-5
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Ao meu
pai, Andrew James
Kazmer, que me iniciou na
fabricação e me inspira até hoje.
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Prefácio à 2ª
Edição
Gostaria de agradecer aos muitos estudantes, profissionais e colegas que forneceram seu apoio
contínuo e contribuições para a 2ª edição, incluindo Carol Barry, Mark Berry, Maria Virginia Candal
Pazos, Yasuo Ishiwata, Steve Johnston, Shmuel Kenig, Adam Kramschuster, Francis Lai, Robert
Malloy, Roger Manse, Steve Orroth, Nick Schott, Steven Silvey e Robert Stack. Também gostaria
de agradecer a Cheryl Hamilton e Mark Smith pela sua paciência e cuidado neste projeto.
Muitas felicidades,
Prefácio à 1ª Edição
O projeto de moldes tem sido mais uma atividade técnica do que um processo de engenharia.
Tradicionalmente, os profissionais compartilharam práticas padrão e aprenderam truques do
comércio para desenvolver moldes sofisticados que muitas vezes excedem as expectativas dos clientes.
A palavra “engenharia” no título deste livro implica uma abordagem metódica e analítica ao projeto
de moldes. O engenheiro que entende a causalidade entre as decisões de projeto e o desempenho
do molde tem a capacidade de tomar decisões melhores e mais informadas, aplicação por
aplicação. Essa competência na tomada de decisões é um facilitador competitivo, apoiando o
desenvolvimento de projetos de moldes personalizados que superam os moldes desenvolvidos de
acordo com as práticas padrão.
O engenheiro competente também evita o custo e o tempo necessários para delegar decisões a
outras partes, que não são necessariamente mais competentes.
O livro foi escrito como um texto didático, mas é voltado para profissionais que trabalham em uma
cadeia de suprimentos totalmente integrada, incluindo designers de produtos, projetistas de moldes
e moldadores por injeção. Comparado com a maioria dos manuais, este livro fornece exemplos
práticos com análise rigorosa e discussão detalhada de conceitos vitais de engenharia de moldes.
Deve ser entendido que este livro investiga propositalmente os aspectos predominantes e
fundamentais da engenharia de moldes de injeção.
Espero que a Engenharia de Projeto de Moldes de Injeção seja acessível e útil para todos que o
lerem. Congratulo-me com o seu feedback e parceria para melhorias futuras.
Muitas felicidades,
Lowell, Massachusetts
1º de junho de 2007
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Conteúdo
Prefácio à 2ª Edição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . EM
Nomenclatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XV
1. Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
25
2.2 Requisitos de Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
26
2.2.1 Informações de Engenharia de Aplicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
27
2.2.2 Planejamento da Produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
28
2.2.3 Requisitos de Uso Final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
30
2.2.4 Projeto para Fabricação e Montagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
30
2.2.5 Propriedades dos Materiais Plásticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
31
2.3 Projeto para Moldagem por Injeção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.3.1 Espessura Uniforme da Parede . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
33
2.3.2 Projeto de nervuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
34
2.3.3 Projeto de ressalto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
34
2.3.4 Projeto de canto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.3.5 Acabamento Superficial e Texturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
2.3.6 Rascunho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
2.3.7 Rebaixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
41
2.4 Revisão do Capítulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.5 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
69
3.4 Estratégia de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
69
3.4.1 Análise do Ponto de Equilíbrio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
72
3.4.2 Estratégia de Prototipagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
76
3.5 Revisão do Capítulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3.6 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
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Conteúdo XI
4.2.3 Ajustes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
8 Ventilação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227
8.1 Objetivos do Projeto de Ventilação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227
8.1.1 Liberar ar comprimido 8.1.2 Conter . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227
plástico fundido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 228
8.1.3 Minimizar a manutenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 228
Apêndice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 495
O autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 515
Índice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 517
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Nomenclatura
Nomenclatura
A engenharia de moldes requer análise e, portanto, uma extensa nomenclatura foi desenvolvida. L, W
e H referem-se às dimensões de comprimento, largura e altura conforme mostrado. A engenharia de
moldes requer análise e, portanto, uma extensa nomenclatura foi desenvolvida.
na Figura 1.
L, W e H referem-se às dimensões de comprimento, largura e altura conforme mostrado na Figura 1.
Figura
Figura1:1Nomenclatura
Nomenclaturade
decomprimento,
comprimento,largura
largura ee altura
altura
Os nomes das variáveis foram selecionados e usados consistentemente conforme esperado (por exemplo, T para temperatura,
Os nomes das variáveis foram selecionados e usados consistentemente conforme esperado (por exemplo, T para C para
custo, P para pressão, etc.). R refere-se a constantes relacionadas à taxa (com dependência do tempo)
ÿ temperatura, C para custo,
refere-se a constantes P para pressão,
monetárias etc.). R refere-se
(com dependência a constantes
de custo). relacionadas
Para fornecer à taxa
clareza, os (com esão
subscritos
dependência de tempo) e ÿ refere-se a constantes monetárias (com dependência
abreviações na maior parte do livro. A nomenclatura para muitas das variáveis de custo). Sem
e Para
suas unidades
fornecersão as seguintes.
clareza, os subscritos variáveis não são abreviados na maior parte do livro.
A nomenclatura para muitas das variáveis e suas unidades é a seguinte.
Tabela 1: Nomenclatura
Variável Significado
a Difusividade térmica [m2 /s]
b Compressibilidade [1/MPa]
d Deflexão [m]
Tabela 1 Nomenclatura
Variável Significado
a Difusividade térmica [m2/s]
b Compressibilidade [1/MPa]
d Deflexão [m]
e Tensão [m/m]
Taxa de cisalhamento máxima permitida para um fundido de plástico sendo moldado [1/s]
gÿmax
o Viscosidade [Pas]
ÿinserir Custo por unidade de volume de materiais de inserção de núcleo e cavidade [$/m3]
R Densidade [kg/m3]
ÿrendimento
Tensão máxima admissível dada falha de rendimento [MPa]
Variável Significado
Molde/peça Custo de compra de molde amortizado pela quantidade total de produção [$]
Cprocesso/parte Custo de máquinas e mão de obra usadas para moldar uma peça [$]
f
cavidade_customização i Fator associado à customização de um conjunto de insertos macho e cavidade
acabamento _
Porcentagem da área superficial da peça moldada a ser acabada da maneira i
eu
Variável Significado
F Força [N]
EU
Momento de inércia [m4]
k, aproximadamente Viscosidade de referência e índice de lei de potência de acordo com o modelo de lei de potência [Pan , –]
P Pressão [Pa]
Variável Significado
R Raio [m]
Rmoldagem_custo Custo por hora de operação da máquina de moldagem e do operador, se necessário [$/h]
tc Tempo de resfriamento
tinsert_area Tempo necessário para usinar a área de superfície da cavidade para um conjunto de insertos macho e
cavidade [h]
tinsert_finishing Tempo necessário para terminar completamente um conjunto de insertos macho e cavidade [h]
tinsert_machining Tempo necessário para realizar toda a usinagem para um conjunto de pastilhas macho e cavidade [h]
tinsert_volume Tempo necessário para usinar o volume da cavidade para um conjunto de insertos macho e cavidade [h]
em
Velocidade linear de fusão [m/s]
Variável Significado
1 Introdução
A moldagem por injeção é um método comum para produção em massa e muitas vezes é
preferida a outros processos, dada a sua capacidade de fabricar peças complexas de forma
econômica com tolerâncias restritas. Antes que qualquer peça possa ser moldada, entretanto,
um molde de injeção adequado deve ser projetado, fabricado e comissionado.
Este livro é direcionado para auxiliar designers iniciantes e experientes de produtos e moldes.
Neste capítulo, é fornecida uma visão geral do processo de moldagem por injeção e vários tipos
de moldes para que o engenheiro de projeto de molde possa compreender a operação básica
dos moldes de injeção. A seguir, são apresentados o layout e os componentes em três dos
projetos de molde mais comuns. A metodologia sugerida para projeto de engenharia de moldes
é então apresentada, fornecendo a estrutura para o restante deste livro.
conectado e se move com as placas da máquina, de modo que as peças moldadas sejam formadas
dentro de um molde fechado, após o qual o molde é aberto para que as peças moldadas possam
ser removidas.
Figura 1.1 Representação de uma máquina de moldagem por injeção e molde, adaptada de [1]
A cavidade do molde é o “coração” do molde onde o polímero é injetado e solidificado para produzir
a(s) peça(s) moldada(s) a cada ciclo de moldagem. Embora os processos de moldagem possam
diferir substancialmente em design e operação, a maioria dos processos de moldagem por injeção
geralmente inclui estágios de plastificação, injeção, empacotamento, resfriamento e ejeção. Durante
a fase de plastificação, um parafuso dentro do cilindro gira para transportar pellets de plástico e
formar um “shot” de polímero fundido. O polímero fundido é plastificado a partir de grânulos sólidos
ou pellets através do efeito combinado da condução de calor do barril aquecido, bem como do
aquecimento viscoso interno causado pela deformação molecular à medida que o polímero é
forçado ao longo dos voos do parafuso. Posteriormente, durante a fase de enchimento, a injeção
plastificada de polímero fundido é forçada do cilindro da máquina de moldagem através do bico e
para dentro do molde. A resina fundida percorre um sistema de alimentação, através de uma ou
mais portas e através de uma ou mais cavidades do molde onde forma o(s) produto(s) moldado(s).
Depois que a cavidade do molde é preenchida com o polímero fundido, o estágio de empacotamento
fornece material adicional para a cavidade do molde à medida que o plástico fundido esfria e se
contrai. A contração volumétrica do plástico varia de acordo com as propriedades do material e os
requisitos de aplicação, mas a máquina de moldagem normalmente força 1 a 10% de adição.
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1.1 Visão Geral do Processo de Moldagem por Injeção 3
derreter na cavidade do molde durante a fase de embalagem. Após o polímero fundido parar de fluir, o
estágio de resfriamento fornece tempo adicional para a resina na cavidade solidificar e se tornar
suficientemente rígida para ejeção. Em seguida, a máquina de moldagem aciona a placa móvel e o lado
móvel do molde para fornecer acesso às cavidades do molde. O molde normalmente contém um sistema de
ejeção com corrediças e pinos móveis que são então acionados para remover a(s) peça(s) moldada(s) antes
do fechamento do molde e do início do próximo ciclo de moldagem.
Um gráfico que representa o tempo de cada estágio do processo de moldagem é mostrado na Figura 1.2
para uma peça moldada com aproximadamente 2 mm de espessura e com um tempo de ciclo de 30 s. O
tempo de enchimento é uma pequena parte do ciclo e, portanto, é frequentemente selecionado para
minimizar a pressão de injeção e as tensões moldadas. O tempo de compactação é de duração moderada
e muitas vezes é minimizado através de um estudo de estabilidade de peso de injeção para terminar com o
congelamento do polímero fundido na comporta. Em geral, o estágio de resfriamento do processo de
moldagem domina o tempo do ciclo, uma vez que a taxa de fluxo de calor do polímero fundido para o molde
resfriador é limitada pela baixa difusividade térmica do plástico fundido.
No entanto, o tempo de plastificação pode exceder o tempo de resfriamento para volumes de granalha muito
grandes com baixas taxas de plastificação. O tempo de reinicialização do molde também é muito importante
para ser minimizado, pois proporciona um valor agregado insignificante ao produto moldado.
Para minimizar o tempo e os custos do ciclo de moldagem, os moldadores se esforçam para operar
processos totalmente automáticos com abertura mínima do molde e cursos de ejeção. A operação de
processos de moldagem totalmente automáticos requer projeto, fabricação e comissionamento cuidadosos
do molde. Não apenas o molde deve operar sem problemas, mas a qualidade das peças moldadas deve
atender consistentemente às especificações.
A Figura 1.2 também mostra os possíveis tempos de ciclo para um projeto de molde mais avançado
utilizando investimento adicional em tecnologia. Os sistemas de alimentação de câmara quente, por exemplo,
permitem o uso de menos material plástico e, ao mesmo tempo, reduzem os tempos de injeção e empacotamento.
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4 1. Introdução
Existem também muitas variantes do processo de moldagem por injeção (como moldagem assistida
por gás, moldagem assistida por água, moldagem por inserção, moldagem por injeção dupla,
moldagem por co-injeção, moldagem por compressão por injeção e outras discutidas posteriormente)
que podem ser usadas para fornecer produtos significativos. diferenciação ou vantagens de custo.
Esses processos mais avançados podem aumentar muito a qualidade das peças moldadas, mas ao
mesmo tempo podem aumentar a complexidade e o risco do projeto do molde e dos processos de
moldagem, ao mesmo tempo que limitam o número de fornecedores qualificados. Como tal, o design
do produto e o design do molde devem ser conduzidos simultaneamente, abordando explicitamente a
estratégia de produção e as considerações da cadeia de abastecimento. O custo de projetos de
moldes avançados deve ser justificado por economias líquidas de custos ou por aumentos na
disposição do cliente em pagar por projetos de produtos avançados. A estimativa de custos
desempenha, portanto, um papel importante no desenvolvimento de estratégias de fabricação e
projetos de moldes apropriados.
O molde de injeção é um sistema complexo que deve atender simultaneamente a muitas demandas
impostas pelo processo de moldagem por injeção. A principal função do molde é conter o polímero
fundido dentro da cavidade do molde, de modo que a cavidade do molde possa ser completamente
preenchida para formar um componente plástico cuja forma reproduza a cavidade do molde. Uma
segunda função principal do molde é transferir eficientemente o calor do polímero fundido quente para
o refrigerante que flui através do molde, de modo que os produtos moldados por injeção possam ser
produzidos tão uniforme e rapidamente quanto possível. Uma terceira função principal do molde é
ejetar a peça do molde de maneira eficiente e consistente, sem transmitir tensão excessiva às peças
moldadas.
Essas três funções primárias – conter o fundido, transferir o calor e ejetar a(s) peça(s) moldada(s) –
também impõem requisitos secundários ao molde de injeção. A Figura 1.3 fornece uma hierarquia
parcial das funções de um molde de injeção. Por exemplo, a função de conter o fundido dentro do
molde requer que o molde:
resistir ao deslocamento sob as enormes forças que tenderão a fazer com que o molde se abra ou
desvie. O deslocamento excessivo pode afetar diretamente as dimensões do
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1.2 Funções do Molde 5
Deve ser entendido que a Figura 1.3 não fornece uma lista abrangente de todas as funções
de um molde de injeção, mas apenas algumas das funções primárias e secundárias
essenciais que devem ser consideradas durante o projeto de engenharia de moldes de
injeção. Mesmo assim, um projetista habilidoso pode reconhecer que requisitos conflitantes
são impostos ao projeto do molde por diversas funções. Por exemplo, o desejo de um
resfriamento eficiente pode ser satisfeito pelo uso de múltiplas linhas de resfriamento bem
espaçadas que se adaptam à cavidade do molde. No entanto, a necessidade de remoção
de peças pode exigir o uso de vários pinos ejetores em locais que entram em conflito com o
posicionamento desejado da linha de resfriamento. Cabe ao projetista do molde considerar
a importância relativa dos requisitos conflitantes e, em última análise, entregar um projeto
de molde que seja satisfatório.
Existem compromissos significativos e riscos potenciais associados ao projeto do molde.
Em geral, moldes menores e mais simples podem ser preferidos, pois utilizam menos
material e são mais fáceis de operar e manter. Por outro lado, é possível subprojetar moldes
de modo que eles possam deformar sob carga, desgastar-se ou falhar prematuramente, ou
exigir tempos de ciclo prolongados para operar. Porque os custos potenciais do fracasso são
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6 1. Introdução
muitas vezes superior ao custo adicional para garantir um projeto robusto, há uma tendência ao
projeto excessivo com o uso de estimativas conservadoras e fatores de segurança em caso de
dúvida. O excesso de projeto deve ser evitado, pois pode levar a moldes grandes, caros e
ineficientes.
Um molde de injeção possui muitas estruturas para realizar as funções exigidas pelo processo de
moldagem por injeção. Como existem muitos tipos diferentes de moldes, a estrutura de um molde
simples de “duas placas” é discutida primeiro. É importante que o projetista de moldes conheça os
nomes e funções dos componentes do molde, pois os capítulos posteriores assumirão esse
conhecimento.
O projeto desses componentes e de moldes mais complexos será analisado e projetado nos
capítulos subsequentes.
Uma vista isométrica de um molde de duas placas é mostrada na Figura 1.4. A partir desta visão,
observa-se que um molde é construído a partir de uma série de placas aparafusadas entre si com
parafusos de cabeça cilíndrica. Essas placas geralmente incluem a placa de fixação superior, a
placa retentora da inserção da cavidade ou placa “A”, a placa retentora da inserção central ou
placa “B”, uma placa de suporte e uma placa de fixação traseira ou alojamento do ejetor. Alguns
componentes do molde são referidos com vários nomes. Por exemplo, a placa “A” é algumas
vezes chamada de placa retentora de insertos de cavidade, uma vez que esta placa retém os
insertos de cavidade. Como outro exemplo, o alojamento do ejetor também é às vezes chamado
de placa de fixação traseira, uma vez que se fixa à placa móvel localizada na parte traseira da
máquina de moldagem. Em alguns projetos de molde, o alojamento do ejetor é substituído por uma
placa de fixação traseira separável de espessura uniforme e dois “trilhos” ejetores paralelos que
substituem as paredes laterais do alojamento ejetor integral em forma de “U”. Este projeto
alternativo de placa de fixação traseira requer mais componentes e etapas de fabricação de
moldes, mas pode proporcionar economia de custos de material, bem como flexibilidade de projeto de molde.
O molde representado na Figura 1.4 é denominado “molde de duas placas”, pois utiliza apenas
duas placas para conter o polímero fundido. Os projetos de moldes podem variar significativamente
ao executar as mesmas funções. Por exemplo, alguns projetos de molde integram a placa “B” e a
placa de suporte em uma placa extraespessa, enquanto outros projetos de molde podem integrar
a placa “A” e a placa de fixação superior. Como mencionado anteriormente, alguns projetos de
molde podem dividir o alojamento do ejetor, que possui um perfil em forma de “U” para alojar o
mecanismo de ejeção e as ranhuras de fixação, em uma placa de fixação traseira e uma placa de fixação alta.
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1.3 Estruturas de Molde 7
trilhos (também conhecidos como risers). O uso de um invólucro ejetor integrado, como mostrado
na Fig. 1.4, proporciona um projeto de molde compacto, enquanto o uso de uma placa de fixação
traseira separada e trilhos proporciona maior flexibilidade de projeto.
Para segurar o molde na máquina de moldagem por injeção, braçadeiras são inseridas em ranhuras
adjacentes às placas de fixação superior e traseira e posteriormente aparafusadas às placas
estacionárias e móveis da máquina de moldagem. Um anel de localização, geralmente encontrado
no centro do molde, se ajusta perfeitamente a uma abertura na placa estacionária da máquina de
moldagem para alinhar a entrada do molde com o bico da máquina de moldagem.
A abertura na placa estacionária da máquina de moldagem pode ser vista na Fig. 1.1 ao redor do
bico da máquina de moldagem. A utilização do anel de localização é necessária por pelo menos
duas razões. Primeiro, a entrada do fundido no molde na bucha de entrada do molde deve coincidir
com a saída do fundido do bocal da máquina de moldagem. Em segundo lugar, a(s) barra(s) de
extração do ejetor acionada(s) por trás da placa móvel da máquina de moldagem devem coincidir
com o sistema ejetor do molde.
Os fornecedores de máquinas de moldagem e moldes desenvolveram especificações de anéis de
localização padrão para facilitar a compatibilidade molde-máquina, sendo o diâmetro do anel de
localização mais comum de 100 mm (4 pol.).
Quando a placa móvel da máquina de moldagem é acionada, todas as placas fixadas nas placas de
fixação traseiras serão acionadas de forma semelhante e farão com que o molde se separe no plano
de partição. Quando o molde é fechado, pinos-guia e buchas são usados para
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8 1. Introdução
localize de perto as placas “A” e “B” em lados separados do plano de partição, o que é crucial
para a função primária do molde de conter o fundido. O projeto ou construção inadequada
dos componentes do molde pode causar desalinhamento das placas “A” e “B”, má qualidade
das peças moldadas e desgaste acelerado do molde de injeção.
Outra vista isométrica do molde é mostrada na Fig. 1.5, orientado horizontalmente para
operação com uma máquina de moldagem por injeção horizontal. Nesta representação, o
plástico fundido foi injetado e resfriado no molde, de modo que as peças moldadas estão
agora prontas para ejeção. Para realizar a ejeção, o molde é aberto pelo menos na altura
das molduras. Em seguida, a placa ejetora e os pinos associados são movidos para frente
para empurrar as molduras para fora do núcleo. A partir desta vista, muitos dos componentes
do molde são observados, incluindo o “B” ou placa retentora da inserção do núcleo, duas
inserções do núcleo diferentes, sistema de alimentação, pinos ejetores e pinos-guia e buchas.
A Figura 1.5 indica que a moldagem plástica consiste em duas peças moldadas diferentes (como
um copo e uma tampa) fixadas a um sistema de alimentação. Este molde é chamado de molde
familiar de duas placas, câmara fria ou molde familiar de duas cavidades. O termo “molde familiar”
refere-se a um molde no qual múltiplos componentes de formatos e/ou tamanhos variados são
produzidos ao mesmo tempo, mais comumente para serem usados em uma montagem de produto.
O termo “duas cavidades” refere-se ao fato de o molde possuir duas cavidades para produzir duas
moldagens em cada ciclo de moldagem. Esses moldes multicavidades são usados para produzir
grandes quantidades de produtos moldados de forma rápida e econômica. Moldes com oito ou
mais cavidades são comuns. O número de cavidades do molde é uma decisão crítica de projeto
que impacta a tecnologia, o custo, o tamanho e a complexidade do molde; um método de estimativa
de custos é fornecido no Capítulo 3 para fornecer orientação de projeto.
A Figura 1.6 mostra a vista superior do molde, juntamente com a vista que resultaria se o molde
fosse cortado fisicamente ao longo da linha de seção AA e visto na direção das setas. Vários
padrões de hachura foram aplicados a diferentes componentes para facilitar a identificação dos
componentes. É muito importante entender cada um desses componentes do molde e como eles
interagem entre si e com o molde.
processo.
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10 1. Introdução
portões. O fluxo de fusão continua até que todas as cavidades do molde estejam completamente
preenchidas. Os Capítulos 5, 6 e 7 fornecem diretrizes de análise e projeto para fluxo na cavidade
do molde, sistema de alimentação e portas. À medida que o polímero fundido preenche a cavidade,
o ar deslocado deve ser expelido do molde. Algumas diretrizes de análise e projeto são fornecidas
no Capítulo 8.
Depois que o polímero fundido flui para o final da cavidade, material adicional é embalado na
cavidade a alta pressão para compensar o encolhimento volumétrico do plástico à medida que ele
esfria. A estimativa da contração e as diretrizes para o projeto seguro do aço são descritas no
Capítulo 9. Normalmente, a pressão, a temperatura e o tempo de moldagem por injeção são
ajustados para atingir as dimensões desejadas da peça. A duração da fase de empacotamento é
normalmente controlada pelo tamanho e congelamento da porta entre o corredor e a cavidade.
Durante as etapas de empacotamento e resfriamento, o calor do polímero fundido quente é
transferido para o refrigerante que circula nas linhas de resfriamento. As propriedades de
transferência de calor dos componentes do molde, juntamente com o tamanho e a localização das
linhas de resfriamento, determinam a taxa de transferência de calor e o tempo de resfriamento
necessário para solidificar o plástico. Ao mesmo tempo, os componentes do molde devem ser
projetados para resistir à deflexão e ao estresse quando submetidos a altas pressões de fusão. Os
Capítulos 10 e 11 descrevem a análise e o projeto dos sistemas estruturais e de resfriamento do
molde.
Após a abertura do molde, a placa ejetora é empurrada para frente pela máquina de moldagem.
Os pinos ejetores são empurrados para frente e empurram as molduras para fora do núcleo. As
peças moldadas podem então cair do molde ou ser recolhidas por um operador ou robô. Em
seguida, a placa ejetora é retraída e o molde se fecha para receber o fundido durante o próximo
ciclo de moldagem. O projeto do sistema ejetor é analisado no Capítulo 12.
Um molde simples de duas placas foi usado para apresentar os componentes e funções básicas
de um molde de injeção. Cerca de metade de todos os moldes segue de perto esse design, uma
vez que o molde é simples de projetar e econômico de produzir. No entanto, o molde de duas
placas tem muitas limitações, incluindo:
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12 1. Introdução
forças adicionais impostas ao molde pelo fluxo do fundido através (e sendo pressurizado dentro) do
sistema de alimentação;
Por estas razões, as aplicações de moldagem que exigem grandes quantidades de produção muitas vezes
não utilizam projetos de moldes de duas placas, mas, em vez disso, utilizam projetos de moldes que são
mais complexos, mas que proporcionam uma produção de peças moldadas de menor custo. Esses projetos
incluem moldes de três placas, moldes de câmara quente, moldes empilhados e outros. Os moldes de três
placas e os moldes de câmara quente são os próximos tipos mais comuns de moldes de injeção e, portanto,
são apresentados a seguir.
O molde de três placas tem esse nome porque fornece uma terceira placa que flutua entre as cavidades do
molde e a placa de fixação superior. A Figura 1.7 mostra uma seção de um molde de três placas que está
totalmente aberto com as molduras ainda nas inserções do macho. Conforme mostrado na Figura 1.7, a
adição da terceira placa fornece um segundo plano de partição entre o conjunto da placa “A” e a placa de
fixação superior para fornecer um sistema de alimentação que atravessa paralelo ao plano de partição.
Durante a moldagem, o plástico fundido flui para fora do bocal da máquina de moldagem, desce pela bucha
do canal de entrada, através dos canais primários, desce pelos canais de entrada, através dos canais e
entra nas cavidades do molde. O sistema de alimentação então congela no lugar com as molduras.
Quando o molde é aberto, a câmara fria moldada permanecerá na placa extratora devido à inclusão de
extratores de canal que se projetam para dentro da canal primária. À medida que o molde continua a abrir,
o parafuso de remoção conectado ao conjunto da placa “B” puxará o conjunto da placa “A” para longe da
placa de fixação superior. Outro conjunto de parafusos de remoção puxará a placa de remoção da placa de
fixação superior, retirando a câmara fria moldada dos extratores do canal de entrada. A placa ejetora pode
ser projetada e acionada como um molde tradicional de duas placas para forçar as molduras para fora do
núcleo.
O molde de três placas elimina duas limitações significativas dos moldes de duas placas.
Primeiro, o molde de três placas permite que os canais primários e secundários sejam localizados em um
plano acima das cavidades do molde, de modo que o plástico fundido nas cavidades possa ser canalizado
em qualquer local. Essa flexibilidade de canais é vital para melhorar o custo e a qualidade das moldagens,
especialmente para moldes com elevado número de cavidades.
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1.4 Outros tipos comuns de moldes 13
No entanto, existem pelo menos três problemas potenciais significativos com moldes de três
placas. Primeiro e mais importante, a câmara fria é moldada e ejetada em cada ciclo de
moldagem. Se a câmara fria for grande em comparação com as peças moldadas, então a
moldagem da câmara fria pode aumentar o consumo de material e o tempo de ciclo, aumentando
assim o custo total da peça moldada. Em segundo lugar, o molde de três placas requer placas e
componentes adicionais para a formação e ejeção da câmara fria, o que aumenta o custo do
molde. Terceiro, é necessário um grande curso de abertura do molde para ejetar a câmara fria.
A grande altura de abertura do molde (do topo da placa de fixação superior até a parte traseira
da fixação traseira) pode ser problemática e exigir uma máquina de moldagem com maior “luz
do dia” entre as placas fixas e móveis da máquina do que seria necessário de outra forma para
um molde de duas placas ou de câmara quente.
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14 1. Introdução
Os moldes de câmara quente oferecem os benefícios dos moldes de três placas sem suas
desvantagens, mas dão origem a outros problemas. O termo “câmara quente” é usado porque o
sistema de alimentação normalmente é aquecido e, portanto, permanece em uma estátua fundida
durante todo o ciclo de moldagem. Como resultado, a câmara quente não consome nenhum
material ou tempo de ciclo associado ao transporte da massa fundida da máquina de moldagem
para as cavidades do molde.
Uma seção de um molde multigated de cavidade única é mostrada na Figura 1.8. Este molde
contém uma única cavidade, projetada para produzir a caixa frontal ou “moldura” de um laptop ou
tablet. O sistema de câmara quente inclui uma bucha de canal quente, um coletor quente e dois
bicos de câmara quente, bem como aquecedores, cabeamento e outros componentes relacionados
ao aquecimento. O sistema de câmara quente é cuidadosamente projetado para minimizar a
transferência de calor entre o sistema de câmara quente e o molde circundante através do uso de
espaços de ar e área de contato mínima. Assim como no projeto de molde de três placas, os canais
primário e secundário são direcionados no coletor acima das cavidades do molde para obter
flexibilidade nos locais de passagem. Como o polímero fundido permanece fundido, as câmaras
quentes podem ser projetadas para fornecer furos de fluxo maiores e excelente transmissão de
pressão da máquina de moldagem para as cavidades do molde. Como tal, o sistema de câmara
quente pode facilitar a moldagem de peças mais finas com tempos de ciclo mais rápidos do que os
moldes de duas ou três placas, ao mesmo tempo que evita o desperdício associado às câmaras
frias.
Existem muitos designs diferentes de canais quentes e canais que podem fornecer vantagens que
incluem flexibilidade de canais, melhor transmissão de pressão, redução do consumo de material
e aumento da produtividade da moldagem. No entanto, também existem pelo menos duas
desvantagens significativas. Primeiro, os sistemas de câmara quente exigem investimento adicional
para o fornecimento e controle da temperatura da câmara quente. O investimento adicional pode
representar uma parcela significativa do custo total do molde, e nem todos os moldadores possuem
equipamento auxiliar ou experiência para operar e manter moldes de câmara quente. A segunda
desvantagem dos sistemas de câmara quente são os tempos de troca prolongados associados à
purga do polímero fundido contido. Em aplicações de produção de curto prazo com requisitos
estéticos, o número de ciclos necessários para iniciar ou mudar as resinas ou mesmo a cor pode
ser inaceitável.
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1.4 Outros tipos comuns de moldes 15
1.4.3 Comparação
A Tabela 1.1 compara os diferentes tipos de moldes em relação a diversas medidas de desempenho.
Em geral, os moldes de câmara quente são excelentes no que diz respeito ao desempenho do ciclo
de moldagem, mas pobres no que diz respeito ao investimento inicial, arranque e manutenção
contínua. Em comparação, os moldes de duas placas têm custos mais baixos, mas proporcionam
produtividade limitada no ciclo de moldagem. A avaliação dos moldes de três placas na Tabela 1.1
merece uma discussão mais aprofundada. Especificamente, os moldes de três placas não fornecem o mesmo
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16 1. Introdução
Dado que existe uma interação substancial entre o projeto do produto, o projeto do molde e o
processo de moldagem por injeção, um processo iterativo de desenvolvimento de molde é
frequentemente usado como mostrado na Figura 1.9. Na medida do possível, o projeto do produto
deve seguir as diretrizes de projeto padrão para moldagem por injeção, conforme descrito no Capítulo 2.
Para reduzir o tempo de desenvolvimento do produto, o projeto do produto e o projeto do molde são
frequentemente realizados simultaneamente. Na verdade, um projetista de produto pode receber
uma estimativa de custo razoável para um projeto preliminar de peça, considerando apenas as
dimensões gerais, a espessura, o material e a quantidade de produção da peça. Dadas essas
informações, o projetista do molde desenvolve um projeto preliminar do molde e fornece uma
cotação preliminar, conforme discutido no Capítulo 3. Essa cotação preliminar exige que o moldador
e o fabricante do molde não apenas desenvolvam um projeto de molde bruto, mas também estimem
variáveis de processamento importantes, como o tonelagem de fixação necessária, taxa horária da
máquina e tempos de ciclo.
Assim que a cotação for aceita, o projeto detalhado de engenharia do molde pode começar para
valer, conforme indicado pelas etapas listadas no lado direito da Figura 1.9. Primeiro, o projetista
do molde definirá o projeto do molde especificando o tipo de molde, o número e a posição das
cavidades do molde e o tamanho e a espessura do molde. Posteriormente, é projetado cada um
dos subsistemas necessários do molde, o que às vezes requer o redesenho de subsistemas
previamente projetados. Por exemplo, a colocação do(s) ejetor(es) pode exigir um redesenho do
sistema de resfriamento, enquanto o projeto do sistema de alimentação pode afetar o layout das
cavidades e outros componentes do molde.
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1.5 O Processo de Desenvolvimento de Moldes 17
Múltiplas iterações de projeto normalmente são conduzidas até que um compromisso razoável
seja alcançado entre tamanho, custo, complexidade e função.
Depois que o molde é projetado, usinado, polido e montado, são realizados testes de moldagem
para verificar a funcionalidade básica do molde. Se não houver deficiências significativas, as
peças moldadas são amostradas e sua qualidade avaliada em relação às especificações.
Normalmente, o molde e o processo de moldagem são sólidos, mas devem ser ajustados para
melhorar a qualidade do produto e reduzir o custo do produto. No entanto, às vezes os moldes
incluem “falhas fatais” que não são facilmente corrigíveis e podem exigir o desmantelamento do
molde e uma reformulação completa. Algumas diretrizes para comissionamento de moldes e
inspeção do primeiro artigo são fornecidas no Capítulo 13.
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18 1. Introdução
Os projetos descritos neste capítulo foram projetados a partir de projetos auxiliados por computador
Arquivos (CAD) de bases de molde da DME Company. Uma “base de molde” é essencialmente um
molde em branco ou modelo que inclui todas as placas, pinos, buchas e outros componentes que
podem ser adquiridos como um sistema totalmente montado e modificados para uma aplicação de
moldagem específica. A Figura 1.10 é fornecida como base de molde prototípica.
Este projeto específico [2] foi feito em 1944 por Ivar Quarnstrom, o fundador da Detroit Mold
Engineering (DME Company). É notável como o projeto da Figura 1.10 é semelhante ao da Figura
1.6 e a outros projetos comumente observados hoje.
Há muitos benefícios para projetos de moldes que dependem do uso de bases de molde padrão.
Esses incluem:
Em primeiro lugar, o projeto da base do molde, incluindo seus diversos ajustes e tolerâncias
detalhados, exigiria extensa análise e cuidado na fabricação. Em outras palavras, a maioria dos
projetistas e fabricantes de moldes teria dificuldade em projetar uma base de molde tão boa a
um custo tão baixo quanto um produto padrão que pudesse ser adquirido na prateleira com
riscos e prazos de entrega mínimos.
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1.6 Padrões de Molde 19
Terceiro, o uso de uma base de molde padrão permite uma comunicação mais rápida do projeto do
molde com outros profissionais da indústria. Por exemplo, considere o uso de uma base de molde
com uma bucha de entrada em comparação com um projeto personalizado que rosqueia o bico da
máquina de moldagem diretamente na cavidade do molde. O uso da bucha de entrada pode
aumentar a contagem de componentes, mas permite a pronta substituição e a interface padrão com
uma variedade de máquinas de moldagem. Por outro lado, o bocal com rosca direta elimina
completamente o canal de entrada e, portanto, proporciona melhor produtividade de moldagem, mas
requer mais habilidade no projeto e na operação. Certamente há a oportunidade para projetistas de
moldes, fabricantes de moldes e moldadores superarem o desempenho das bases de moldes
usando projetos de moldes personalizados do zero. Esses mestres desenvolveram experiência e
conhecimento significativos em suas aplicações de moldagem que motivam e apoiam seus projetos
personalizados.
Por todas estas razões, os projetistas e fabricantes de moldes nos países desenvolvidos, onde a mão-
de-obra é relativamente cara em comparação com os materiais e componentes do molde, normalmente
utilizam bases de molde padrão. Existem muitos fornecedores de bases de moldes que competem
com diferentes estratégias, incluindo tecnologia de materiais, qualidade, prazo de entrega, custo,
tamanho, amplitude da linha de produtos, sistemas de unidades, distribuição regional e outros.
Projetistas de produtos, projetistas de moldes, fabricantes de moldes e moldadores devem verificar
qual sistema de fornecedores será usado em uma determinada aplicação.
Deve-se notar que os custos dos moldes totalmente realizados variam muito, e não apenas em função
do design e da qualidade. O autor conduziu pesquisas sobre cotação de moldes e, portanto, está
ciente de casos em que moldes totalmente projetados, usinados e acabados foram adquiridos por
menos do que o custo apenas da base do molde nos Estados Unidos. Essas ocorrências são
frequentemente o resultado de projetos, materiais e práticas de mão de obra de qualidade inferior que
exigem retrabalho extensivo e ainda apresentam desempenho em níveis marginalmente aceitáveis.
Com a maior globalização da indústria, as taxas de mão-de-obra e os custos dos materiais continuarão
a equilibrar-se, de modo que os projetistas de produtos e moldes podem esperar competir melhor na
inovação e eficiência dos seus projetos [3].
A adesão aos padrões e às boas práticas de engenharia são vitais para a competitividade a longo
prazo. A Sociedade da Indústria de Plásticos (SPI) forneceu especificações para moldes Classe 101,
102 e 103 destinados à produção de mais de 1.000.000 ciclos, 500.000 ciclos e 250.000 ciclos,
respectivamente. Algumas das especificações são quantificadas. Por exemplo, os moldes Classe 101
e 102 são obrigados a ter um Brinell
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20 1. Introdução
Número de dureza (BHN) de 280, enquanto os moldes Classe 103 exigem apenas um BHN de 165.
Outras especificações não são especificadas quantitativamente. Por exemplo, os moldes Classe 101
devem ter canais adequados para controle de temperatura. Enquanto isso, outras especificações
(como balanceamento do fluxo de fusão e eficiência energética) são completamente omitidas.
As metodologias de projeto de engenharia e análise apresentadas ao longo deste livro ajudarão os
projetistas de produtos e moldes a obter os melhores moldes e produtos moldados possíveis.
Os tipos mais comuns de moldes de injeção (molde de duas placas, três placas, câmara quente,
cavidade única, multicavidade e multigated),
Os principais componentes de um molde de injeção,
No próximo capítulo, os requisitos típicos de uma peça moldada são descritos juntamente com
diretrizes de projeto para moldagem por injeção. Em seguida, é apresentado o projeto do layout do
molde e o projeto detalhado dos diversos sistemas de um molde.
1.8 Referências
[1] Catanzaro, J. C. e RM Sparer, Clamp force control, Patente dos EUA No. 5.149.471, 22 de setembro (1992)
[2] Quarnstrom, I. T., Mold Base, Patente US No. 2.419.089, depositada em 09/06/44 (1947)
[3] Kazmer, DO, Terceirização de manufatura, onshoring e equilíbrio global, Business Horizons
(2014) 57(4): pp.
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2.1.3 Desenvolvimento
Embora o projeto e a fabricação de moldes sejam o foco da indústria de plásticos, todas essas
atividades são abrangidas pela única atividade intitulada “Fabricação de ferramentas” na Figura
2.1. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento de negócios e o planejamento da produção vitais
estão sendo realizados. Especificamente, o desenvolvimento empresarial é necessário para
definir completamente a cadeia de abastecimento e estabelecer encomendas iniciais para apoiar
o lançamento do produto. O planejamento da produção é necessário para definir linhas de
montagem, definir requisitos de mão de obra e desenvolver a infraestrutura de fabricação.
Quando o ferramental do molde é concluído, as peças “alfa” são produzidas, testadas e montadas.
Esta “inspeção do primeiro artigo” inclui uma bateria de testes para verificar os níveis de
desempenho, conformidade regulatória e satisfação do usuário. Se os componentes individuais
ou o produto alfa montado não forem satisfatórios, então o fabricante
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24 2 Projeto de peças de plástico
desempenho inadequado em relação à rigidez, impacto, térmico, cor, ajustes de montagem ou outros
atributos. Esses problemas geralmente se devem a propriedades incertas dos materiais, preferências
não identificadas do cliente que exigem alterações nas especificações do projeto ou erros na análise ou
simulação do desempenho do produto.
Os projetistas de moldes trabalharão com projetistas de produtos e moldadores por injeção para otimizar
a qualidade do produto moldado. Ao mesmo tempo, a equipe de operações desenvolve planos detalhados
que regem o controle de qualidade e o treinamento dos trabalhadores.
Uma revisão gerencial é frequentemente usada para verificar se os projetos de produtos desenvolvidos e
os planos de produção são satisfatórios. Antes da venda comercial, uma produção piloto pode ser
implementada em cada local de fabricação para produzir uma quantidade moderada de produtos para
verificar a qualidade e definir processos operacionais padrão [8]. Esses produtos “beta” fabricados são
frequentemente fornecidos ao departamento de marketing, à força de vendas e aos principais clientes
para garantir a aceitabilidade do produto. Tal como antes, o design e o fabrico do produto podem ser
revistos para resolver quaisquer problemas remanescentes. Quando todas as partes interessadas
(marketing, vendas, produção, fornecedores críticos e clientes críticos) estão satisfeitas, os processos de
produção piloto são acelerados para construir um inventário inicial do produto (referido como
“preenchimento dos canais”), após o qual o produto é liberado para venda.
A cotação de moldes, o projeto de moldes e a fabricação de moldes apoiam esse processo mais amplo
de desenvolvimento de produtos. Solicitações de orçamentos de moldes e/ou peças geralmente são feitas
no final da fase de projeto conceitual ou próximo ao início do projeto detalhado
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2.2 Requisitos de Projeto 25
estágio. É um tanto incomum que o moldador ou o fabricante do molde receba projetos totalmente
detalhados neste momento, uma vez que 1) grande parte do projeto do molde poderia ter sido
executado simultaneamente com um projeto de produto menos desenvolvido, e 2) o processo de
engenharia do molde pode sugerir mudanças significativas no projeto relacionadas à capacidade de
fabricação ou desempenho da peça.
O processo de desenvolvimento de molde (introduzido pela primeira vez na Figura 1.9) geralmente
começa com um projeto preliminar que carece de detalhes e resultaria em um produto insatisfatório
se usado diretamente. As informações críticas do projeto da peça necessárias para iniciar o projeto
conceitual do molde incluem o tamanho da peça, a espessura da parede e a quantidade de produção
esperada. Com apenas essas informações, o projetista de moldes pode começar a desenvolver
layouts iniciais de moldes, estimativas de custos e melhorias no projeto do produto [9]. Para acelerar
o processo de desenvolvimento do produto, o projeto do molde pode ser realizado simultaneamente
com a aquisição e personalização dos componentes do molde.
Para o bem ou para o mal, a fabricação e o comissionamento do molde ocorrem perto do final do
processo de desenvolvimento do produto. Por esta razão, pode haver uma pressão significativa
sobre os fornecedores de moldes e moldadores para fornecerem moldagens de alta qualidade o mais
rápido possível. Esta tarefa pode ser extremamente desafiadora, dados os possíveis erros cometidos
anteriormente no processo de design do produto. Como tal, os projetistas de moldes podem ser
obrigados a redesenhar e alterar partes do molde e trabalhar em estreita colaboração com os
moldadores para qualificar o molde para produção.
Existem muitos requisitos de uma peça moldada por injeção que precisam ser considerados durante
o projeto do molde. A Figura 2.2 fornece uma planilha para documentar os requisitos das peças
moldadas que posteriormente orientarão a seleção do material e o projeto do molde.
A documentação de projeto discutida nesta seção é amplamente motivada por dois motivos. Primeiro,
a documentação detalhada e disponível melhorará o projeto e reduzirá o custo da engenharia do
molde. Em segundo lugar, a ISO e outras agências reguladoras muitas vezes exigem documentação
formal e aprovação do desenvolvimento de produtos.
Assim, o projetista de produtos plásticos e o projetista de moldes não devem considerar essas
planilhas como páginas estáticas, mas sim como documentos vivos que estão vinculados às decisões
de projeto e aos processos de tomada de decisão, com encaminhamento de e para os colegas de
trabalho relacionados para obter informações e aprovação.
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26 2 Projeto de peças de plástico
Cliente: Moldador:
Contato técnico: Contato técnico:
pessoas. Alternativamente, o projetista do molde pode entrar em contato com o gerente interno
de projetos ou aplicações responsável pelo suporte ao cliente, de modo a evitar contato
contínuo com o cliente sobre o que pode ser considerado como questões potencialmente
triviais. O projetista do molde também deve conhecer o contato técnico e o gerente de projeto
do moldador para verificar as preferências de moldagem, as especificações da máquina e a
coordenação do projeto.
Conforme indicado próximo ao canto superior direito da Figura 2.2, há vários marcos críticos
que devem ser rastreados, incluindo as datas de início do projeto, cavidades usinadas, inspeção
de moldes, testes de moldagem, inspeção/aprovação do primeiro artigo e produção em volume.
Essas datas são frequentemente negociadas, pois estão relacionadas à viabilidade técnica, ao
sucesso de mercado e também às condições de pagamento.
Os dados de planejamento de produção solicitados no canto superior esquerdo da Fig. 2.2 são
muito importantes no que diz respeito à seleção do layout do molde e da tecnologia do molde.
Em particular, a vida útil da aplicação e a quantidade total de produção estão relacionadas com
a determinação do tipo de ferramenta (Classe 101, etc.) e com ela a especificação dos materiais
e tratamentos do molde, bem como o projeto detalhado do molde. As quantidades máximas de
produção mensal indicadas dependem do tempo de produção disponível, do número de
cavidades do molde e do tempo de ciclo estimado. Esta capacidade de produção pode então
ser comparada com a quantidade de produção alvo para determinar o número de moldes a
serem feitos, ou de outra forma para orientar o projeto do molde em relação ao número de
cavidades e aos requisitos de tempo de ciclo.
Deve-se notar que o tempo de ciclo e outros dados de projeto de molde na Fig. 2.2 podem não
estar disponíveis no início do processo de projeto de molde. Na verdade, esses dados são
resultados intermediários do processo de projeto do molde. Entretanto, alguns clientes
fornecerão esses detalhes como especificações que o projetista do molde deve satisfazer. Se
esses itens não forem especificados pelo cliente, o projetista do molde deverá realizar uma
análise preliminar e projetar com análises de custos para fornecer ao cliente uma proposta de
projeto de molde razoavelmente eficiente.
A estimativa do custo das peças é crucial em muitas aplicações de projeto de peças plásticas.
Os projetistas de produtos, projetistas de moldes e moldadores estão todos conscientes das
compensações entre o custo do molde, do material e do processamento. Sua documentação
próxima à parte superior central da Figura 2.2 ajudará o projetista do molde a compreender a
intenção do projetista da peça em relação ao custo e orientará o projeto do molde para uma
solução apropriada. Possíveis variações entre os custos alvo e reais devem ser discutidas nas
revisões do projeto, bem como no final do projeto para melhorias contínuas.
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28 2 Projeto de peças de plástico
Uma peça moldada típica pode ter literalmente dezenas, senão centenas, de especificações.
Alguns requisitos comuns de peças de uso final são fornecidos à esquerda do centro da Figura
2.2. Alguns desses requisitos determinam a geometria, a seleção de materiais e outros detalhes
do projeto sobre os quais o engenheiro de projeto de molde pode parecer ter pouco controle.
Mesmo assim, o projetista do molde deve estar ciente desses requisitos, pois eles podem
influenciar a seleção dos materiais do molde, o acabamento e os tratamentos superficiais, o
projeto do molde e a avaliação do desempenho do molde acabado.
Geralmente, os fabricantes são obrigados a usar padrões de projeto para garantir que o produto
que está sendo projetado e fabricado terá o desempenho esperado após a venda comercial. Em
muitos segmentos da indústria de plásticos, como os dispositivos médicos, as agências
reguladoras desenvolveram padrões abrangentes que regem o projeto, a fabricação e os testes
de produtos plásticos. Uma discussão detalhada sobre conformidade regulatória está além do
escopo deste livro. No entanto, o projetista do molde deve estar ciente de quaisquer questões de
conformidade regulatória que possam afetar a engenharia do molde. Algumas agências
reguladoras comuns e seus programas de conformidade são apresentados no centro da Figura
2.2. Estes incluem o American National Standards Institute (ANSI, http://www.ansi.org/), ASTM
International (http://www.astm.org/), a US Food and Drug Administration (FDA, http://
www.fda.gov/), a Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC, www.iec.ch/), o Índice de
Especificações e Padrões do Departamento de Defesa dos EUA (MIL-SPEC, http://stinet.dtic.
mil/), a International Standards Organization (ISO, http://www.iso. org/), o Underwriters
Laboratories (UL, http://www.ul.com/) e muitos outros.
O engenheiro de projeto de molde geralmente não precisa conhecer todos os detalhes dessas
especificações, uma vez que elas geralmente se referem ao uso do produto moldado e não
especificamente ao molde de injeção. No entanto, o projetista do molde deve perguntar sobre
quaisquer regulamentos que possam afetar o projeto do molde. Idealmente, o cliente deve
fornecer uma cópia de tais regulamentos e destacar os requisitos específicos relacionados ao
design do produto moldado.
O furo com diâmetro de 18 mm é especificado com dimensões limites, de forma que o diâmetro do
furo deve estar entre 17,90 mm e 18,00 mm. As duas casas decimais de precisão não refletem
qualquer precisão adicional na tolerância, mas sim a faixa absoluta de dimensões aceitáveis para o
diâmetro do furo. Por fim, o diâmetro do eixo é especificado com tolerância unilateral, o que significa
que o diâmetro do eixo deve estar entre 18 e 18,10 mm. O projetista do produto e do molde
entenderia, a partir dessas especificações de tolerância, que o eixo deve se encaixar nominalmente
no furo com um ajuste de interferência, de modo que não haja folga diametral entre os dois.
textura da superfície, o que pode adicionar custos significativos ao molde de injeção. Além disso, o
engenheiro de projeto de molde deve estar ciente das superfícies estéticas críticas nas quais
defeitos estéticos (como linhas de malha, manchas de entrada, pia, marcas de testemunhas, etc.)
devem ser evitados.
Idealmente, o engenheiro de projeto de moldes deve estar envolvido no projeto do produto desde o
estágio inicial do projeto conceitual. Esse envolvimento muitas vezes proporciona designs de peças
plásticas significativamente melhorados, que são mais funcionais e eficientes. Infelizmente, os
projetistas de moldes geralmente recebem projetos de produtos “acabados” que são realmente
abaixo do padrão em relação ao projeto para moldagem por injeção e montagem. Em vez de
assumir que o projeto do produto está acabado e imutável, o projetista do molde deve verificar se a
peça foi projetada especificamente para moldagem por injeção.
Algumas das diretrizes mais comuns com relação ao projeto para fabricação são fornecidas na
parte inferior esquerda da Figura 2.2 [11, 12]; essas diretrizes podem melhorar significativamente a
função e reduzir o custo do produto moldado e, portanto, serão discutidas na Seção 2.3.
No que diz respeito às diretrizes de projeto para montagem [13, 14], o projetista do molde deve
inspecionar o(s) projeto(s) das peças que foram fornecidos e verificar se o projeto para montagem
é razoável. Existem dois objetivos para esta tarefa. Primeiro, pode ser possível melhorar o projeto
geral do produto consolidando múltiplos componentes, facilitando a montagem de cima para baixo,
etc. Em segundo lugar, o projetista do molde pode reduzir o número de alterações tardias no projeto
que podem custar dinheiro e tempo, verificando se tais considerações de projeto foram executadas.
Alguns projetistas de moldes podem estar cientes dos problemas de projeto do produto, mas optam
por implementar moldes diretamente para os projetos de peças fornecidos. Por exemplo, um
projetista de molde pode entender que o custo do molde poderia ser reduzido alterando ligeiramente
um ângulo em uma superfície para eliminar um corte inferior, mas permanecer em silêncio para
justificar a necessidade de uma extração do núcleo e de um molde com preço mais alto. Embora
tal estratégia possa resultar em trabalho adicional e lucro para o projetista de moldes no curto prazo,
é uma estratégia perdedora no longo prazo. Em vez disso, os projetistas de moldes mais bem-
sucedidos procuram agregar valor aos seus clientes, fornecendo serviços que melhorem a qualidade
e reduzam o custo dos produtos de seus clientes.
O material plástico geralmente não é especificado pelo moldador ou projetista do molde, mas sim
pelo cliente, fabricante do equipamento original (OEM) ou fabricante do projeto original (ODM). No
entanto, o projetista do molde precisa conhecer alguns aspectos específicos
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2.3 Projeto para Moldagem por Injeção 31
propriedades do plástico, identificadas na parte inferior central da Fig. 2.2, que regerão a função do molde.
Dados de amostra para alguns tipos genéricos de plástico são fornecidos no Apêndice A. Outras fontes
para coletar essas informações incluem fornecedores de resina e fornecedores de bancos de dados (como
http://www.ulprospector.
com/, http://www.matweb.com e http://www.campusplastics.com/).
Os materiais utilizados na construção do molde são geralmente especificados pelo projetista do molde. O
moldador muitas vezes terá uma contribuição substancial para os materiais do molde, dada a sua
experiência anterior com a moldagem da resina plástica alvo. A seleção dos materiais do molde será
discutida no Capítulo 4; dados de amostra para alguns metais comumente usados são fornecidos no
Apêndice B. O projetista do molde deve documentar as propriedades do material do molde listadas no
canto inferior direito da Fig. 2.2 com informações do fornecedor do material do molde, uma vez que estas
serão usadas posteriormente em análise do projeto do molde.
Uma revisão detalhada do projeto da peça plástica deve ser realizada antes do projeto e fabricação do
molde de injeção. A revisão do projeto deve considerar os fundamentos do projeto de peças plásticas,
bem como outras preocupações relacionadas especificamente ao projeto de moldes. Algumas das
considerações mais básicas do projeto de peças serão discutidas a seguir.
Peças com espessuras de parede variadas devem ser evitadas por motivos relacionados ao custo e à
qualidade. A questão fundamental é que secções de parede espessas e finas irão arrefecer a taxas
diferentes: secções mais espessas levarão mais tempo a arrefecer do que secções mais finas. Quando
ejetadas, as peças com espessuras de parede variadas exibirão temperaturas mais altas perto das seções
espessas e temperaturas mais baixas perto das seções finas.
Estas diferenças de temperatura e o encolhimento diferencial associado podem resultar numa distorção
geométrica significativa da peça, dado o elevado coeficiente de expansão térmica dos plásticos.
Geralmente, diferenças extremas nas espessuras de parede devem ser evitadas, se possível, uma vez
que vazios internos podem ser formados internamente à peça devido ao encolhimento excessivo nas
seções espessas, mesmo com tempos de empacotamento e resfriamento prolongados. (Existem exceções,
é claro, como moldagem por inserção e moldagem a gás/
moldagem assistida por água que possui seções de parede espessas propositadamente projetadas,
algumas das quais são discutidas posteriormente nas Seções 13.3 e 13.4.)
A Figura 2.4 mostra vários designs de peças com diferentes espessuras. O pior projeto da peça, mostrado
no canto superior esquerdo, tem o fundido contido em uma seção fina e depois fluindo para uma seção
espessa com uma transição acentuada na espessura. Este desenho pode levar a
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32 2 Projeto de peças de plástico
moldagens com mau acabamento superficial devido ao fluxo não uniforme do fundido, bem como má
replicação superficial e controle dimensional na seção espessa relacionada à solidificação prematura do
plástico moldado na seção fina. A qualidade do produto moldado seria muito melhorada, conforme
mostrado na parte superior central. Apenas entrando na seção mais espessa, o produto moldado teria
estética e estabilidade dimensional muito melhores, uma vez que a seção mais espessa permitiria o
empacotamento da seção mais fina antes de sua própria solidificação. O projeto seria melhorado ainda
mais com a transição gradual da seção espessa para a seção fina. Mesmo assim, qualquer projeto de
produto com variações significativas na espessura da parede apresentará tempos de resfriamento
prolongados e diferentes taxas de encolhimento nas seções grossas e finas.
Uma abordagem padrão é aumentar a espessura nominal da peça moldada de modo a eliminar a
necessidade de seções espessas em áreas locais, como mostrado no centro à esquerda na
Figura 2.4. A decisão de aumentar a espessura da parede eliminará muitos problemas relacionados à
qualidade da peça, mas pode levar ao consumo excessivo de material e a tempos de resfriamento
prolongados. Por estas razões, o melhor projeto pode ser usar uma espessura de parede mais fina
juntamente com nervuras verticais nas áreas que requerem maior rigidez e resistência, como mostrado
no centro à direita na Fig. 2.4. A altura e/ou densidade das nervuras pode ser alterada para alterar a
rigidez relativa em toda a peça [15].
O processo de moldagem por injeção é único em comparação com outros processos de moldagem na
sua capacidade de fornecer economicamente estruturas muito complexas. Os projetos das duas partes
inferiores na Figura 2.4 mostram estratégias alternativas que são cada vez mais comuns. No canto
inferior esquerdo há uma seção de parede mais fina com uma matriz de costelas finas e curtas. No canto
inferior direito está a mesma seção de parede mais espessa que foi rebaixada em ambos os lados para reduzir
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2.3 Projeto para Moldagem por Injeção 33
a espessura efetiva da parede. Ambas as estratégias são úteis para reduzir a espessura da parede
e ao mesmo tempo aumentar a quantidade de material longe do eixo neutro da peça na flexão,
contribuindo assim para um aumento significativo na rigidez sem aumentar o consumo de material.
Além disso, ambas as estratégias proporcionam um aumento significativo na área superficial, o que
resultará em melhor resfriamento do molde e produtividade da moldagem.
Considere o desenho da peça nervurada mostrado no centro da Fig. 2.5 em relação a uma peça
com uma espessura uniforme maior mostrada à esquerda. Neste projeto de peça nervurada, a
espessura da base da nervura é 70% da espessura da parede da peça, H, e a altura da nervura é
quatro vezes a espessura da parede da peça. As duas nervuras são espaçadas dez vezes a
espessura da parede da peça. A análise deste dimensionamento indica que este dimensionamento
possui uma rigidez equivalente à peça que é 30% mais espessa mas não possui nervuras. Contudo,
a peça 30% mais espessa consumirá aproximadamente 15% mais material e terá um tempo de
ciclo 70% mais longo do que a peça mais fina com nervuras. Como tal, a adição de nervuras pode
proporcionar vantagens económicas e de desempenho significativas.
As saliências são normalmente usadas para fixar vários componentes junto com o uso de parafusos
auto-roscantes. Alguns projetos diferentes de ressaltos são fornecidos na Figura 2.6. O design mais
à esquerda fornece uma saliência próxima a um canto com duas nervuras e um reforço colocado a
120°. O desenho central mostra uma saliência em uma nervura com dois reforços a 90°. O projeto
mais à direita mostra uma saliência independente com nervuras reforçadas que proporcionam uma
superfície de montagem elevada. Todos esses projetos de ressalto utilizam uma espessura de
ressalto, nervura e reforço de 70% vezes a espessura nominal da parede. Semelhante às diretrizes
para projeto de nervuras, a espessura da parede e o ângulo de saída das cantoneiras podem ser
modificados em função da altura e do material a ser moldado.
As saliências projetadas devem ser capazes de suportar o torque aplicado durante a inserção dos
parafusos auto-roscantes, bem como as potenciais forças de tração e extração aplicadas durante o
uso final. Ao mesmo tempo, porém, os ressaltos não devem ser projetados com seções
excessivamente espessas que possam exigir tempos de ciclo prolongados ou causar problemas
estéticos. Nos projetos da Fig. 2.6, nenhum calado foi utilizado nas saliências e cantoneiras.
Estas características de projeto são vitais para a integridade estrutural da peça, mas são pequenas
em relação ao tamanho da peça inteira. Como tal, utilizar menos tiragem nestas características
pode ajudar a aumentar a rigidez e a resistência da moldagem sem aumentar significativamente as
forças de ejecção. Ainda assim, a ejeção de ressaltos pode ser um problema na moldagem por
injeção, portanto mangas de estiramento e ejetoras podem ser usadas para auxiliar na ejeção de
ressaltos altos que exigirão grandes forças de ejeção.
Em relação à fabricação de moldes, cantos vivos podem ser muito difíceis de produzir, exigindo o
uso de usinagem por descarga elétrica ou o uso de múltiplos passes de corte com ferramentas de
tamanho decrescente.
Algumas diretrizes comuns para filetagem e chanframento de cantos são fornecidas na Figura 2.7.
Conforme mostrado, o raio do filete em um canto externo deve ser 150% da espessura da parede.
Para manter a mesma espessura ao redor do canto, o filete no canto interno é definido como 50%
da espessura da parede. Na maioria dos sistemas modernos
sistemas CAD baseados em ids, esses filetes podem ser facilmente obtidos filetando as bordas
externas antes do descascamento da peça. Estas recomendações de filé são apenas diretrizes. Na
verdade, filetes ainda maiores podem ser usados para estimular um resfriamento mais uniforme do
molde. Em todos os casos, o projetista do molde deve sugerir um raio de filete que corresponda à
geometria da ferramenta prontamente disponível, de modo que as ferramentas personalizadas não
precisem ser feitas sob medida.
Os chanfros são frequentemente usados para quebrar cantos vivos com uma única superfície chanfrada
conectando as superfícies externas, geralmente em um ângulo de 45 graus. Como mostrado na Fig.
2.8, um chanfro raso de menos da metade da espessura da parede é frequentemente utilizado em
cantos externos para fornecer alívio adequado, evitando possíveis problemas negativos relacionados
ao fluxo de fusão e à resistência da peça. Semelhante aos filetes, chanfros maiores (como o mostrado
à direita na Fig. 2.8) podem ser aplicados antes do descascamento para proporcionar maior rigidez da
peça e transferência de calor perto dos cantos.
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36 2 Projeto de peças de plástico
O acabamento superficial e a textura são comumente especificados pelo projetista da peça, mas têm
um impacto significativo no projeto e no custo do molde. A maioria das empresas de fabricação de
moldes é capaz de fornecer acabamentos superficiais de alta qualidade, embora o polimento possa
ser terceirizado para empresas e países de baixo custo devido ao seu alto conteúdo de mão de obra.
A texturização de superfícies requer um nível mais alto de habilidade e tecnologia, com um subconjunto
relativamente pequeno de empresas fornecendo uma porção significativa de superfícies de texturização
de moldes.
O custo das peças moldadas pode aumentar drasticamente com níveis mais elevados de acabamento
superficial. A razão é que a aplicação de um determinado acabamento superficial exige que o fabricante
do molde aplique sucessivamente todos os métodos de acabamento superficial de nível inferior. Por
exemplo, para obter um acabamento SPI C3, o molde seria primeiro tratado com jateamento grosso e
fino, seguido de polimento com pedra #320. Por esta razão, maior
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2.3 Projeto para Moldagem por Injeção 37
níveis de acabamento superficial custam significativamente mais do que níveis inferiores. Além disso,
moldes com altos níveis de acabamento podem produzir moldagens em que os defeitos são altamente
visíveis, aumentando assim o custo do processo de moldagem por injeção e os requisitos de
manutenção do molde.
Como alternativa aos acabamentos de superfície lisa, muitos designs de produtos especificam um
acabamento texturizado. Uma razão comum é que texturas podem ser usadas para conferir a
aparência de madeira, couro ou outros materiais, conforme mostrado na Tabela 2.2. Como resultado,
as texturas podem aumentar o valor percebido da moldagem plástica pelo usuário final [17]. Outra
razão é que as superfícies texturizadas proporcionam uma profundidade irregular que pode ser usada
para esconder defeitos como linhas de malha, manchas ou outras falhas. Além disso, texturas podem
ser usadas para melhorar a função do produto, por exemplo, fornecendo uma superfície fácil de
segurar ou escondendo arranhões durante o uso final.
A texturização aumenta significativamente o custo do molde. Para aplicar uma textura, as superfícies
do molde devem primeiro ser acabadas normalmente de acordo com SPI classe B para texturas
rasas (nas quais a profundidade da textura é da ordem de alguns mícrons) ou classe C para texturas
ásperas. Caso contrário, o mau acabamento superficial subjacente poderá ser visível após a textura
aplicada. Após o acabamento superficial, a textura é imbuída nas superfícies do molde por meio de
processos de ataque químico ou usinagem a laser. Como é necessário equipamento de processamento
dedicado, o processo de desenvolvimento do molde deve fornecer tempo e dinheiro adequados para
a texturização do molde. 2.3 Projeto para Moldagem por Injeção
2.3
33
33
2.3 Projeto
Projeto para
para Moldagem
Moldagem por
por Injeção
Injeção 33
Tabela
Tabela 2.22.13:
Tabela Exemplos
Exemplos
2.13: dede
Exemplos textura
Textura
de textura
Tabela 2.13: Exemplos de textura
Textura Imagem Profundidade da textura Acabamento SPI necessário
Textura
Textura
Textura Imagem Profundidade da texturada
Profundidade textura Acabamento SPI necessário SPI
Acabamento necessário
Textura Imagem
Imagem Profundidade
Profundidade da de
textura Acabamento SPI
Acabamento SPI necessário
necessário
Areia textura 50 µm
B
Areia
Areia
Areia B
Areia 50 µm B
50 µm B
B
50
50 µm
µm
Couro 125 µm C
Couro 125 µm C
Couro
Couro 125 µm C
C
Couro 125
125 µm
µm C
Rede 150 µm C
Rede 150 µm C
Rede 150 µm C
C
Rede
Rede 150 µm
150 µm C
2.3.6
2.3.6 Rascunho
Rascunho
2.3.6 Rascunho
Calado refere-se ao ângulo de inclinação colocado entre as superfícies verticais das molduras plásticas
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38 2 Projeto de peças de plástico
2.3.6 Rascunho
Calado refere-se ao ângulo de inclinação colocado entre as superfícies verticais das molduras
plásticas e a direção de abertura do molde. A tiragem é normalmente aplicada para facilitar a ejeção
das peças moldadas do molde. Os projetistas de produtos frequentemente evitam a aplicação de
calados significativos, pois alteram a forma estética do desenho e reduzem o volume interno da
moldagem. Mesmo assim, o estiramento é comumente aplicado a moldes de plástico para evitar
problemas de ejeção e projetos de moldes extremamente complexos.
2.3.7 Rebaixos
Para fornecer algumas dicas sobre por que esses recursos são comumente evitados,
considere três estratégias de projeto de molde diferentes, mas comuns, para moldar uma
viga de encaixe, como mostrado na Fig. 2.10 com o molde fechado antes da ejeção e na
Fig. 2.11 com o lado móvel retraído e os ejetores estendido para frente. Como o feixe de
encaixe é mais estreito no pescoço do que na ponta, há um corte inferior no molde que o
projetista do molde deve estar ciente e fazer o projeto de forma que a peça possa ser ejetada
após a abertura do molde. Observe que os designs fornecidos não pretendem sugerir o uso
de todas as três estratégias em um único molde, mas apenas fornecer uma base para
discussão.
O projeto à esquerda é o mais simples dos três, no qual uma abertura ou janela na base da
viga de encaixe permite que uma saliência do lado estacionário extraia a cavidade da área
abaixo do corte inferior. Esta é uma técnica confiável, mas deixa um buraco na peça que
altera sua função e estética.
O projeto à direita também é muito comum, que utiliza um pino ejetor com uma superfície
perfilada ou contornada em sua lateral adjacente ao feixe de encaixe. Este perfil contornado
no pino ejetor fornece uma cavidade em miniatura para permitir a moldagem da cabeça do
pino. Quando o molde é aberto e os ejetores estendidos, o pino e a peça se moverão juntos
até que a peça saia completamente da cavidade do molde e possa ultrapassar a altura do
corte inferior. Ao usar ejetores com contorno, um pino-guia ou algum outro recurso de projeto
deve ser usado para manter a orientação adequada da superfície com contorno em relação
à cavidade do molde. Caso contrário, as superfícies da cavidade não se alinhariam e
ocorreriam peças defeituosas.
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40 2 Projeto de peças de plástico
Figura 2.10 Três projetos de molde para produção de uma viga de encaixe, com molde fechado
Figura 2.11 Três projetos de molde para produção de uma viga elástica, com molde aberto
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2.4 Revisão do Capítulo 41
Pode parecer que tais complexidades no projeto de moldes ditariam a necessidade de evitar feixes de
encaixe, mas na prática, tais projetos geralmente não são problemáticos para projetistas de moldes
experientes. Mais desafiador do que esses recursos de corte inferior é a saliência horizontal da Fig. 2.9, que
é orientada internamente à peça e projetada com uma rosca interna moldada. Juntos, esses recursos de
projeto exigiriam um projeto de molde complicado com atuação cronometrada de vários núcleos antes da
ejeção do produto. Alternativamente, um “núcleo perdido” poderia ser usado no qual o núcleo do molde que
forma as características internas da peça é derretido após a peça ser moldada, conforme descrito na Seção
13.4.3.
Sempre que possível, estes tipos de características de design de produto devem ser evitados, uma vez que
mecanismos de molde complexos devem ser projetados e usinados para formar e ejetar a peça moldada.
Esses componentes adicionais do molde podem dificultar o uso do molde e até danificá-lo se usados
incorretamente. Por estas razões, o engenheiro de projeto de molde deve identificar características
problemáticas, alertar o cliente e trabalhar com o engenheiro de projeto de produto para remover os cortes
inferiores. No entanto, tais rebaixos não devem ser projetados fora do produto se a função fornecida pela(s)
característica(s) com o rebaixo for vital para o produto ou se a remoção do rebaixo exigir operações
adicionais de pós-moldagem ou o redesenho de uma única peça em vários pedaços [18].
As etapas básicas do processo de desenvolvimento de peças moldadas, incluindo o papel das revisões
gerenciais,
No próximo capítulo, o custo do molde e o custo da peça serão analisados com relação às decisões
críticas do projeto do molde. Os resultados desta análise serão utilizados para projetar o layout do molde.
Nos capítulos posteriores, são realizados o projeto e a análise de vários subsistemas de molde.
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42 2 Projeto de peças de plástico
2.5 Referências
[1] Krishnan, V., S. D. Eppinger e D. E. Whitney, Uma estrutura baseada em modelo para sobrepor produtos
atividades de desenvolvimento, Gerenciar. Ciência. (1997) 43(4): pp.
[2] Cooper, R. G., Sistemas Stage-gate: uma nova ferramenta para gerenciar novos produtos, Business Horizons (1990)
33(3): pp.
[3] Wilson, E., Maximizando o impacto dos designers no sucesso do mercado através da definição do produto, Des. Gerenciar.
J. (Série Antiga) (1993) 4(4): pp. 62–68
[4] Tabrizi, B. e R. Walleigh, Definindo produtos da próxima geração: uma visão interna, Harvard Business
Revisão (1996) 75(6): pp.
[5] Herrmann, J. W., et al., Novas direções em design para fabricação, em ASME 2004 International Design Engineering
Technical Conferences e Computers and Information in Engineering Conference,
Sociedade Americana de Engenheiros Mecânicos (2004)
[6] Boothroyd, G., Design de produto para fabricação e montagem, Comput. Auxiliou Des. (1994) 26(7):
págs. 505–520
[7] Rosato, D. V., D. V. Rosato e MG Rosato, Manual de moldagem por injeção, Springer Science & Business
mídia (2000)
[8] Haller, M., A. Peikert e J. Thoma, Gerenciamento do tempo de ciclo durante o aumento da produção, Robótica
e Manufatura Integrada por Computador (2003) 19(1): pp.
[9] Fagade, A. e DO Kazmer, estimativa antecipada de custos para peças moldadas por injeção, J. Moldagem por injeção
Tecnologia. (2000) 4(3): pp.
[10] Suri, R., D. Frey e K. Otto, Principais características de inspeção, J. Mech. Des. (2001) 123: pág. 479
[11] Malloy, RA, Projeto de peças plásticas para moldagem por injeção, Hanser, Munique (1994)
[12] Chen, Y. M. e J. J. Liu, Projeto econômico para moldagem por injeção, Robótica e Integrado por Computador
Fabricação (1999) 15(1): pp.
[13] Boothroyd, G., P. Dewhurst e W. Knight, Design de produto para fabricação e montagem, Marcel
Dekker, Nova York (1994)
[14] Boothroyd, G., Tornando-o Simples: Design para Montagem, Mech. Eng. (1988) pp.
[15] Kazmer, DO, Otimização de Espessura de Parede em Design de Produto Moldado, em SPE ANTEC (2003)
[16] Shi, L. e M. Gupta, previsão aproximada da profundidade da marca de afundamento em peças plásticas reforçadas com nervuras por
equações empíricas. J. Tecnologia de Moldagem por Injeção. (1999) 3(1): pp.
[17] Kwahk, J. e S. H. Han, Uma metodologia para avaliar a usabilidade de produtos eletrônicos de consumo audiovisual
produtos. Apl. Ergonômico (2002) 33(5): pp.
[18] Roser, C., D. Kazmer e J. Rinderle, Um método de mudança de projeto econômico, J. Mech. Dez. (2003)
125(2): pp.
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O processo de cotação de peças plásticas pode ser difícil tanto para o cliente quanto para o fornecedor
do molde. Considere a visão do cliente do molde. O especialista em compras da equipe de
desenvolvimento de produtos envia solicitações de cotações (RFQs) para diversos fabricantes de
moldes. Depois de dias ou semanas de espera, os orçamentos voltam e o cliente descobre que o tempo
de desenvolvimento e o custo do molde podem variar por um fator de três ou mais. Nesse caso, os
potenciais compradores de moldes devem perguntar sobre os detalhes das cotações fornecidas e
verificar se os custos podem ser reduzidos através do redesenho do produto. Para reduzir a incerteza
relacionada a preços e capacidade, muitos clientes em potencial mantêm uma lista de fornecedores
qualificados que oferecem prazos de entrega, qualidade e preços satisfatórios em vários projetos.
Parcerias de longo prazo baseadas na confiança podem proporcionar uma aplicação rápida e
desenvolvimento de moldes, evitando completamente o processo de cotação e faturando com base no
custo de mão de obra mais custo de materiais (referido como “custo mais”).
Agora considere a visão do fornecedor do molde. O projetista do molde pode precisar investir um tempo
significativo no desenvolvimento de uma cotação que possa ter uma chance relativamente pequena de
ser aceita. Às vezes, o projetista do molde pode ter que redesenhar o produto e realizar análises
extensas para fornecer o orçamento. Embora a cotação possa parecer alta para o cliente em potencial,
o projeto pode corresponder a um molde feito de materiais e mão de obra de maior qualidade, que pode
proporcionar uma taxa de produção mais alta e uma vida útil mais longa do que algum outro molde de
custo mais baixo. Este molde mais caro pode recuperar rapidamente os custos adicionais durante a
produção.
De vez em quando, os fabricantes de moldes e moldadores ajustam suas cotações com base se
desejam ou não o negócio. Se o fornecedor estiver extremamente ocupado ou ocioso, o número
estimado de horas e/ou taxa horária poderá ser ajustado para desencorajar ou incentivar o cliente
potencial a aceitar a cotação. Tais ajustes devem ser evitados, uma vez que o orçamento fornecido não
representa os verdadeiros custos do fornecedor, o que se tornaria a base para futuros compromissos
entre o fornecedor do molde e o cliente. Assim, o desenvolvimento de uma parceria de longo prazo e
mutuamente benéfica começará com cotações de projetos justificáveis.
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44 3 Estimativa de Custo do Molde
Depois que o molde é adquirido, os moldes são normalmente enviados para o moldador
especificado ou para as instalações do cliente, onde as peças são moldadas e os custos marginais
são incorridos por peça. Os desembolsos de caixa para um projeto típico são apresentados
mensalmente na Figura 3.1. Os custos de material e processamento no mês 3 estão relacionados
aos testes de moldagem pelos quais o projeto do molde é validado e melhorado; um lote de
peças de pré-produção é amostrado neste momento para fins de marketing e testes.
Posteriormente, custos mensais de processamento e materiais são incorridos durante a produção.
Os custos de manutenção podem aparecer intermitentemente ao longo da produção para manter
a qualidade do molde e das peças moldadas.
Tem havido uma tendência na indústria para grandes moldadores verticalmente integrados com
cadeias de fornecimento fortemente integradas que podem fornecer peças moldadas e até mesmo
montagens completas de produtos. Como tal, a estrutura da cotação pode variar substancialmente
com a estrutura do projeto e os requisitos do negócio. Com um fornecedor integrado verticalmente,
normalmente há uma taxa inicial para os custos associados ao desenvolvimento do molde,
seguida de uma taxa para cada peça moldada. Para proteger o fornecedor, normalmente são
desenvolvidos contratos que especificam quantidades mínimas de produção com descontos e/ou
taxas relacionadas a alterações no cronograma de produção.
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3.2 Visão Geral de Custos para Peças Moldadas 45
Alguns potenciais clientes de moldes podem optar propositadamente por desintegrar as suas cadeias de
abastecimento, a fim de minimizar o “vazamento” de propriedade intelectual. Neste modelo, eles podem ter
uma empresa realizando análise ou simulação de um componente no projeto, uma segunda empresa
desenvolvendo um molde para o mesmo componente, uma terceira empresa desenvolvendo outros projetos
e moldes para outros componentes no projeto, ainda outras empresas. empresas para moldar diferentes
componentes e, em seguida, realizar a montagem internamente. Uma cadeia de abastecimento tão
desintegrada pode levantar questões significativas no que diz respeito à programação e qualificação do
produto.
Como a estrutura e a magnitude das cotações variam substancialmente de acordo com a estratégia da
cadeia de fornecimento e o(s) fornecedor(es), um potencial comprador de peças plásticas deve solicitar
cotações de vários fornecedores e selecionar a cotação do fornecedor que fornece a combinação mais
preferível de capacidade de design, qualidade da peça moldada e condições de pagamento/entrega.
3. o custo de processamento.
A Figura 3.2 apresenta uma análise destes factores de custos primários e dos seus componentes
subjacentes. É importante notar que estes custos não incluem custos indiretos, tais como instalações,
despesas administrativas, benefícios adicionais ou lucros. Contudo, esses custos indiretos podem ser
contabilizados através do ajustamento das taxas horárias ou da aplicação de taxas de custos indiretos.
Para análise, o custo total da peça de um produto moldado, Cpart, pode ser estimado como
CC C ++
molde/material da peça/processo da peça/peça
C= (3.1)
parte
colheita
Parte H 10mm
Apart_superfície 45.700mm2
Hwall 1,5 mm
O custo do molde para uma determinada aplicação é estimado na Seção 3.3. Dada a estimativa ou
cotação do custo do molde, Ctotal_mold , o custo do molde por peça pode ser avaliado como
Cmolde_total
Molde/peça C
= ' f manutenção (3.2)
ntotal
onde ntotal é a quantidade total de produção de peças a serem moldadas e fmanutenção é um fator
associado à manutenção do molde. A maioria dos moldadores realiza vários níveis de manutenção,
incluindo:
Exemplo:
= US$ 75.900
Molde/peça C 2 $ 0,152/parte
×=
1.000.000 de peças
ÿ
CV de
material/peça
=× × k ×
(3.3)
parte sucata de polímero de polímero
onde Vpart é o volume da peça moldada, ÿpolímero é a densidade do polímero moldado à temperatura
ambiente, kpolímero é o custo do polímero moldado por unidade de peso e fscrap é a proporção total de
material consumido, incluindo inicialização, defeitos e sucata. associado ao sistema de alimentação.
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3.2 Visão Geral de Custos para Peças Moldadas 49
A Tabela 3.3 fornece estimativas do consumo total de materiais para vários tipos de sistemas de alimentação.
Uma câmara fria é simples e de baixo custo, mas resulta em plástico moldado que deve ser descartado ou
reciclado. Utilizar o plástico reciclado como material reciclado reduz o desperdício, mas incorre em alguns
custos relacionados ao trabalho e à energia da reciclagem.
Conforme descrito posteriormente, as câmaras quentes têm o potencial de reduzir significativamente os custos
de material, mas consomem material significativo durante a inicialização e, portanto, são menos eficazes em
tiragens curtas.
Exemplo:
3
æèö 0,01m ç ç ç
3 $
Cmaterial/peça = 27,5 centímetros ×
÷
÷
×
quilograma 1044 × 2,80
×=
1,02 $ 0,082/parte
3
cm ÷÷ø
eu kg
O custo do material plástico por peça é bastante baixo, pois a peça tem espessura muito baixa (1,5
mm) e baixo peso (28,7 g).
ÿ
O custo de processamento por peça é função do número de cavidades do molde, do tempo de ciclo, tciclo, e
ciclo t
R moldagem
Cprocesso/parte = ´ (3.4)
n cavidades 3600 sh
O tempo de ciclo é afetado principalmente pela espessura da peça, hwall, e, em menor grau, pelo tamanho da
peça e pelo tipo de sistema de alimentação. Embora o tempo de ciclo seja estimado com mais precisão
durante o projeto do sistema de refrigeração, uma estimativa razoável é fornecida por
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50 3 Estimativa de Custo do Molde
é você
ê 4=t hf
éciclo ( é parede
ù mm ë û
)2 ' eficiência_ciclo (3.5)
êê
2mm _ você
máquina )
(3.6)
Rmoldagem
(43,3
=+×0,095
× Ff braçadeira
Os dados da taxa horária também dependem da região geográfica, dos custos da máquina e do
moldador e de outros fatores. Para levar em conta essas variações, o fator de capacidade da
máquina, fmachine, é estimado de acordo com a Tabela 3.5. Em geral, máquinas de moldagem
com capacidades avançadas e maior tonelagem de fixação custam mais para comprar e operar
e, portanto, têm um preço mais alto. Máquinas com capacidade especializada (como unidades
de injeção múltiplas ou pressões/velocidades de injeção muito altas) são mais caras para
comprar e, portanto, também exigem um preço mais alto por hora de operação. O custo de todos
os auxiliares deve ser adicionado ao coeficiente de máquina apropriado. Embora a tecnologia
avançada possa aumentar a taxa horária do processo de moldagem, ela deverá proporcionar
uma economia líquida, melhorando a qualidade e reduzindo os custos de processamento e
materiais. As variações devidas à localização geográfica podem ser contabilizadas através da
escala do fator máquina pelos dados da taxa de mão-de-obra fornecidos no Apêndice D em
relação aos dados de custos dos EUA.
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3.2 Visão Geral de Custos para Peças Moldadas 51
Máquina hidráulica antiga (adquirida antes de 1985) sem operador ou lucro 0,8
Máquina hidráulica padrão ou máquina elétrica mais antiga (antes de 1998) operador ou lucro 1,0
A tonelagem de fixação necessária para a moldagem será analisada durante o projeto do sistema
de enchimento. Contudo, a tonelagem de fixação pode ser estimada de forma conservadora
assumindo uma pressão média de fusão de 80 MPa (11.600 psi) aplicada à área projetada,
Aprojetada, das cavidades do molde. Se a área projetada for desconhecida, ela pode ser estimada
como o produto do comprimento e largura da peça. A força de fixação em toneladas métricas, t =
9.800 N, é então
A
projetado ele
÷
ÿÿÿÿÿÿÿÿÿ ÷
isso não
6 2 ù÷
=× ×80 10 Paë e éù
æ ç ç ç n LW ×
÷
9800N
UE
Exemplo:
A análise pressupõe que um sistema de câmara quente seja usado com um robô de remoção
para automatizar totalmente o processo de moldagem. O fator de eficiência do ciclo
correspondente é 1,5. O tempo de ciclo é então estimado como
éù=êú4êú é
t ciclo 2
(1,5mm 1,5e)213,5s
é
é
×=
UE
milímetros
é ù mTon
6 2
F =× é 75 10 Pae1(0,24 m 0,16 mm ë
×× ×
ê û
) ×
ëûéù
= 294 mTon
braçadeira êë ûû
9800N
UE
Deve-se notar que a verdadeira tonelagem de fixação necessária é provavelmente inferior a 294 toneladas
métricas, uma vez que a moldura do laptop possui uma grande janela. A análise, porém, é conservadora.
Existem muitos motivos pelos quais as peças moldadas são rejeitadas. Alguns defeitos comuns
incluem disparo curto, flash, contaminação, correspondência de cores inadequada, estrias na
superfície devido a espalhamento ou blush, empenamento e outros problemas dimensionais,
marcas de queimadura, pouco brilho e outros. Como os clientes exigem altos níveis de qualidade
nas peças moldadas que compram, os moldadores muitas vezes inspecionam internamente e
removem quaisquer peças defeituosas moldadas antes do envio ao cliente.
O custo desses defeitos pode ser incorporado ao custo da peça estimando o rendimento. Os
rendimentos típicos variam de 50 a 60% no início, para uma aplicação difícil com muitos requisitos
de qualidade, até virtualmente 100%, para um produto comercial totalmente maduro. A Tabela 3.6
fornece estimativas de rendimento de acordo com o número de ciclos de moldagem e requisitos
de qualidade.
Número total de ciclos de moldagem Baixos requisitos de qualidade Requisitos de alta qualidade
Exemplo:
f colheita
= 0,98
Substituindo os resultados anteriores na Eq. 3.1, o custo total da peça é estimado como
Muitos métodos de estimativa de custos foram desenvolvidos para peças plásticas moldadas
com vários graus de causalidade e precisão [3–14]. O seguinte método de estimativa de custos
foi desenvolvido para incluir os principais efeitos do projeto da peça e do processo de moldagem,
ao mesmo tempo que é relativamente simples de usar. Para usar o método desenvolvido, o
profissional pode consultar os dados de custos fornecidos nos Apêndices A, B e D ou fornecer
mais dados específicos da aplicação, conforme disponíveis.
C
total_molde
CCCmolde_base
=++ cavidades costumização (3.8)
Exemplo:
Estime o custo total de um molde de câmara quente de cavidade única para produzir
a moldura do laptop. Este exemplo corresponde ao projeto do molde mostrado na Fig. 1.8.
Cmolde_total
CC C =+ +cavidades molde_base costumização
Cmolde_total =++ »
$ 28.100 $ 5.250 $ 42.500 $ 75.900
ÿ
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54 3 Estimativa de Custo do Molde
Uma base de molde é um modelo ou molde em branco pronto para ser personalizado. Referindo-se ao
projeto do molde na Fig. 1.8, a base do molde inclui a maior parte do molde, com exceção da inserção do
núcleo, inserção da cavidade, câmara quente e componentes relacionados, como pinos ejetores, pilares de
suporte e plugues de resfriamento.
aço por unidade de massa. A análise estatística de custos das bases de molde foi conduzida e descobriu-se
que o custo poderia ser modelado de perto como
C
molde_base
= +× $ 910 Molde M molde_material
k (3.9)
onde Mmold é a massa da base do molde em kg, e kmold_material corresponde ao custo do material do
molde por quilograma. Os dados de custo para alguns materiais comumente usados são fornecidos na
Tabela 3.7. Os coeficientes para a Eq. 3.9 foram derivados por regressão estatística dos custos reais da
base do molde para diversas bases de molde diferentes (de tamanho pequeno a grande) e quatro materiais
de base de molde padrão [15]. O modelo fornecido tem um coeficiente de determinação, R2, de 0,922 em 24
cotações de base de molde diferentes e fornece estimativas de custo razoáveis da base de molde.
Dadas as diversas dimensões do molde, a massa da base do molde foi estimada estatisticamente a partir
da regressão de oito bases de molde de tamanhos diferentes como
kg kg
PV = ´´1330
M mofo + ´´2´ mPVH (3,10)
mofo mofo 17.200 3
mofo mofo mofo
metros
Embora as dimensões do molde sejam finalizadas durante o processo de projeto do layout do molde, elas
podem ser inicialmente estimadas como
LL n
mofo
=´ ´
cavidade cavidades_comprimento
1,33
Guerra =´ ´Mundial n
cavidade do molde cavities_width
1,33 (3.11)
onde a função teto(·) arredonda qualquer número não inteiro para o próximo inteiro.
Esta estimativa tenderá a fazer com que o molde tenha tamanho e custo maiores do que
realmente seriam realizados, mas fornecerá pelo menos uma estimativa razoável.
Exemplo:
kg
M mofo = quilograma 1330 × 0,35 m × 0,23 m + 17.200 × 0,35 m × 0,23 m × 0,30 m
2 3
metros eu
M mofo = 538kg
Se um aço DME#3 (AISI P20) for usado para a construção da base do molde, o custo
do molde será de US$ 8,08 por kg. O custo da base do molde é então estimado como
$
C = $910 + 538kg × 8,08kg = US$ 5.250
molde_base
ÿ
O custo das inserções de núcleo e cavidade é normalmente o maior fator do custo total do
molde. As razões para o seu custo são que precisam conter todos os detalhes geométricos
da peça moldada, são feitos de materiais muito duros e têm acabamento com alto grau de
precisão e qualidade.
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56 3 Estimativa de Custo do Molde
O custo total de todas as inserções de cavidade e macho é determinado pelo custo de cada conjunto
de inserções, Ccavity , multiplicado pelo número de conjuntos de cavidades, ncavities , e um fator de
desconto, fcavity_discount , que diminui o custo por cavidade com o número de cavidades
que são feitos conforme indicado na Tabela 3.10.
´(cavidades
C Cn f=´cavidade ) (3.13)
cavidade_desconto
cavidades
Exemplo:
Estime o custo total de todos os conjuntos de insertos de núcleo e cavidade para a moldura do laptop.
Como há apenas uma cavidade e nenhum desconto de cavidade, o custo de todos os conjuntos de
pastilhas é:
Ccavidades
= ( 28.100
) × ×= $1 1 $ 28.100
ÿ
O custo de cada conjunto de cavidades é estimado como a soma dos custos dos materiais,
Ccavity_material , dos custos de usinagem da pastilha, Ccavity_machining , e dos custos de
acabamento da pastilha, Ccavity_finishing .
CC C C =+ cavidade_usinagem
cavidade
+ cavidade_material cavidade_acabamento
(3.14)
Exemplo:
A análise subsequente mostrará que o custo dos materiais é de US$ 440, o custo da usinagem da
cavidade é de US$ 25.800 e o custo do acabamento da cavidade é de US$ 1.700. Como tal, o custo
total para um conjunto de núcleo e cavidade é
Ccavidade
=+ + $1.900
440 $$25.800
28.100$ »
ÿ
O custo dos materiais de inserção da cavidade é o termo mais simples e menos significativo para
avaliar como o produto do volume do conjunto de cavidades, Vcavity_material , a densidade do
material de inserção, ÿcavity_material , e o custo do material de inserção por quilograma,
kcavity_material .
C V =×× r k (3.15)
cavidade_material material_cavidade material_cavidade material_cavidade
Vcavidade
LWH =××cavidade
cavidade_material
cavidade (3.16)
LH =+ × ê ou é ù L max 0.1 L
parte da cavidade parte parte você
0.1 W W
=+ WH é max
× ê ë parte da ou û
(3.17)
cavidade parte papel ûû
= é max 0.057or 2 H û
Cavidade H papel _ ûû
Deve-se notar que para que a fórmula funcione com os dados fornecidos nos apêndices, todas as
dimensões devem ser declaradas em metros ou convertidas com os dados para outro conjunto consistente
de unidades. Conforme sugerido anteriormente, a análise deve ser conduzida usando dados específicos
da aplicação para as propriedades do material, geometria da peça, geometria do molde ou processos de
fabricação, quando tais dados estiverem disponíveis.
Exemplo:
Estime o custo dos materiais de inserção do núcleo e da cavidade para a moldura do laptop.
Primeiro, são estimadas as dimensões dos insertos do núcleo e da cavidade. A partir das
dimensões fornecidas na Tabela 3.1, as dimensões preliminares dos insertos são
H máx.
= ´= 0,057 ou 2 0,01 m 0,057 m
cavidade é
é e
V = 0,264 m 0,176
' m 0,057 m 2,65 10 m ´ =´ - 3 3
cavidade_material
Para calcular o custo dos materiais de inserção do núcleo e da cavidade, o tipo de material
deve ser conhecido. Por se tratar de uma peça de tolerância restrita e alta quantidade de
produção, o aço ferramenta D2 é selecionado por sua resistência ao desgaste e à abrasão.
Este material tem uma densidade de 7.670 kg/m3 e um custo de 21,4 $/kg, o que leva a um
custo para os materiais de inserção do núcleo e da cavidade de
kg ' =
3 C 2,65 10 m 7670 =´ ´ material_cavidade
3 -
US$ US$ 440
eu3 21,4kg
ÿ
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58 3 Estimativa de Custo do Molde
os processos de usinagem,
o custo do trabalho, e
A abordagem usada aqui é estimar o custo de usinagem de cavidade multiplicando o tempo de usinagem,
C tR = usinagem_cavidade ×
(3.18)
usinagem_cavidade taxa_usinagem
A taxa de mão de obra de usinagem, Rmachining_rate, varia substancialmente com o custo de vida no
local onde o molde é fabricado. Um fabricante de moldes numa área de alto custo de vida (como a
Alemanha) tenderá a ter um custo de mão-de-obra mais elevado do que um fabricante de moldes numa
área de baixo custo de vida (como a China). Além disso, a taxa de mão de obra também variará de
acordo com o conjunto de ferramentas, capacidade e utilização da planta do fabricante do molde. Por
exemplo, um fabricante de moldes que utiliza uma fresadora de cinco eixos controlada numericamente
tenderá a ter mais capacidade e cobrar mais do que um fabricante de moldes que utiliza fresadoras de
três eixos operadas manualmente. Alguns dados aproximados de custo e eficiência para usinagem e
taxas de mão de obra são fornecidos no Apêndice D, embora dados específicos da aplicação com a
taxa negociada do maquinista devam ser usados se esses dados estiverem disponíveis.
×
f
pés tt ( cavidade_usinagem
= cavidade_área
cavidade_volume +× ) usinagem de cavidade_complexidade (3.19)
f eficiência_de_usinagem
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3.3 Estimativa de Custo do Molde 59
A taxa de remoção de material é função dos processos utilizados, do acabamento e das tolerâncias
exigidas, bem como das propriedades dos materiais do núcleo do molde e da inserção da cavidade.
Para simplificar a análise, um fator de complexidade geométrica será posteriormente utilizado para
capturar o efeito de diferentes processos de usinagem e tolerâncias necessárias para produzir os
detalhes necessários da cavidade. Como tal, o tempo de usinagem volumétrica captura apenas o
tempo necessário para a remoção do material, como segue.
EM
cavidade_material
t volume_cavidade = (3.20)
Usinagem R
onde Rmachining é a taxa volumétrica de usinagem do material do molde medida em metros cúbicos
por hora. Os dados de usinagem para diferentes materiais são fornecidos no Apêndice B, embora as
taxas de remoção de material específicas da aplicação possam ser substituídas se a profundidade de
corte, a velocidade e as taxas de avanço forem conhecidas [22].
O tempo de usinagem da área da cavidade, tcavity_area , estima o tempo necessário para usinar todas
as superfícies da cavidade e é avaliado de forma semelhante como segue.
Asuperfície_parte
t cavidade_área = (3.21)
R
área_material
onde Apart_surface é a área total da superfície da peça medida em metros quadrados e Rmaterial_area
é a taxa de remoção de material do molde por área medida em metros quadrados por hora. Os
modernos sistemas de projeto 3D auxiliados por computador podem fornecer uma medida exata da
área de superfície e do volume da peça.
Geração de tarefas de usinagem e programas NC, incluindo eletrodos para usinagem por descarga
elétrica;
Execução de tarefas de usinagem, incluindo múltiplos setups de máquinas, usinagem por descarga
elétrica, fresamento, etc.;
Pesquisas anteriores [5, 23] descobriram que a complexidade das cavidades está relacionada
ao número total de dimensões e/ou características especificadas no projeto da peça a ser
moldada. Infelizmente, estas antigas abordagens de estimativa de custos são demoradas
e dependem da opinião subjetiva sobre o que constitui uma dimensão ou característica.
Como tal, esta análise de custos utiliza um factor de complexidade que se baseia na relação
entre o volume esperado da peça (a área de superfície, Apart_surface , vezes a espessura
da parede, hwall) em comparação com o volume real da peça, Vpart .
Ah ×
parede_parte_superfície
f cavidade_complexidade = (3.22)
EM
papel
Este fator de complexidade aumenta com a adição de recursos, uma vez que cada recurso
adicionado (como uma nervura, ressalto ou janela) aumenta a área de superfície da peça
sem causar um aumento significativo no volume real da peça. Para demonstrar diferentes
níveis de complexidade, a Tabela 3.8 fornece os fatores de complexidade calculados para
projetos de peças de complexidade variável.
1.02
1,9
2,5
3.1
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3.3 Estimativa de Custo do Molde 61
Girando 0,5
Perfuração 0,5
Fresagem 1
Esmerilhamento 2
Música eletrônica 2
Exemplo:
Usando os dados de aplicação da Tabela 3.1 e as taxas de remoção para o aço ferramenta
D2 do Apêndice B, os tempos de usinagem são estimados como
- 33
2,65 10m×
t = = 3,78 horas
volume_cavidade - 43
7h00 10h
×
2
0,0457m
t
= = 2h69
cavidade_área 2
0,0170 megah
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62 3 Estimativa de Custo do Molde
2
' milímetros
45700 milímetros 1,5
f cavidade_complexidade = 3
= 2,5
27.500 milímetros
Como a moldura do laptop contém muitas nervuras estreitas que serão produzidas
principalmente com EDM, um fator de usinagem de 4 é usado. Também é assumido um fator
de eficiência de 25%. O tempo estimado de usinagem é
2,5 4
×
t
cavidade_usinagem
= (3,78 horas+×= ) horas
2,69 horas 258
0,25
Os dados estatísticos de custos no Apêndice D indicam que o salário médio por hora de
um fabricante de ferramentas e matrizes nos Estados Unidos é de US$ 23,94 por hora. Este
salário por hora é o salário direto do funcionário e não inclui os benefícios adicionais do
funcionário (como benefícios médicos, férias, etc.), o custo do equipamento e das
instalações (como terreno, construção, maquinaria, etc.) , o custo de suprimentos (como
ferramentas/fluidos de corte, eletricidade, água, etc.) e outras despesas gerais (incluindo
salário de gerenciamento, lucro, etc.). Como tal, os fabricantes de moldes cobrarão
significativamente mais do que os salários diretos dos seus funcionários. Supondo uma
taxa horária cobrada para os maquinistas de 100 $/h, os custos estimados de usinagem
de cavidade são
Cusinagem
=×= de cavidade horas 100 $ $ 25.800 258
h
ÿ
O fator de desconto de cavidades decorre do fato de existirem custos fixos associados ao projeto e
ferramental do primeiro conjunto de cavidades. A produtividade da fabricação melhorará à medida
que conjuntos adicionais forem usinados. Assim, um conjunto de fatores de desconto é fornecido na
Tabela 3.10 em função do número de conjuntos de cavidades a serem feitos. Para cada duplicação
do número de conjuntos de cavidades, o custo é reduzido em 15%. No entanto, após 16 cavidades,
é difícil melhorar ainda mais a produtividade da produção. Esta tabela é baseada em pesquisas
genéricas de fatores humanos [24], portanto o fator de desconto pode ser substituído por dados
específicos da aplicação, se disponíveis.
1 1
2 0,85
4 0,72
8 0,61
16 ou mais 0,52
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3.3 Estimativa de Custo do Molde 63
Exemplo:
necessário para terminar a área superficial da cavidade, tcavity_finishing , e a taxa de mão de obra de
acabamento, Rfinishing_rate .
C tR = acabamento_cavidade ×
(3.23)
taxa_acabamento cavidade_acabamento
eu
A
= ah
superfície_parte
t (3.24)
cavidade_acabamento eu
R
eu
cavidade_acabamento
Como a taxa de acabamento depende do acabamento superficial e da textura a ser aplicada, o uso do
somatório do índice i na Eq. (3.24) indica que o tempo necessário para terminar cada porção do molde
com vários acabamentos deve ser somado. Algumas taxas de acabamento representativas são fornecidas
na Tabela 3.11, que foram adaptadas de Rosato [25] para levar em conta os vários níveis de acabamento.
As taxas aproximadas de mão de obra para acabamento são fornecidas no Apêndice D. Como o
acabamento pode ser bastante trabalhoso, o acabamento de pastilhas macho e cavidade às vezes é
terceirizado.
Exemplo:
Suponha que a moldura do laptop deva ter acabamento SPI B3 em todas as superfícies, que
juntas têm uma área superficial de 0,0457 m2, exceto para uma superfície melhorada com
acabamento SPI A1 a ser aplicada na superfície frontal da moldura, que tem uma superfície
aproximada área de 0,01 m2. O tempo estimado de término é
2 2
0,0357 m 0,01 m 38 horas
tacabamento_cavidade
=+ = 2 2
0,002 m /h 0,0005 m /h
Na equação anterior, a área da superfície frontal da moldura é subtraída da área total da moldura
para evitar o cálculo duplo do tempo para terminar a superfície frontal. Se a taxa de mão de obra
para acabamento for 50 $/h, então o custo do acabamento da cavidade é
Ccavidade_acabamento
=´= 38h50 US$ 1.900
h
ÿ
Corte de bolsões e furos para parafusos nas placas do molde para receber as inserções do
núcleo e da cavidade. Este custo é proporcional ao número de cavidades do molde e às
dimensões do molde.
Fresar um sistema de câmara fria nas placas do molde ou adquirir um sistema de câmara
quente e modificar o molde de acordo. Esse custo está relacionado ao tipo de sistema de
alimentação, ao número de portas e às dimensões do molde.
Perfurar, rosquear e conectar as linhas de resfriamento no molde. Este custo está relacionado
ao número e layout das linhas de resfriamento, que está relacionado ao número de cavidades
e sua geometria.
Perfuração e alargamento de furos nas inserções do núcleo e placas de suporte para aceitar
pinos ejetores e fornecimento de rebaixos apropriados na placa retentora do ejetor.
Esse custo está relacionado ao número de pinos ejetores, que está relacionado ao número de
cavidades e sua geometria.
Furos de fresagem na placa ejetora e na placa retentora do ejetor para fornecer pilares de
suporte, se necessário. Este custo está relacionado ao número de cavidades e à sua
geometria.
Projetar e usinar outros componentes necessários do molde, como placas de decapagem,
corrediças, puxadores de núcleo, etc. Esses custos estão relacionados à geometria específica
da peça e aos requisitos de aplicação.
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3.3 Estimativa de Custo do Molde 65
Uma análise detalhada de custos de todas as customizações é muito demorada para ser
apresentada, dada a necessária discussão das suposições e equações. No entanto, uma análise
das personalizações acima indica que os custos estão geralmente relacionados com o tamanho da
base do molde, o custo das inserções e as tecnologias específicas necessárias.
Assim, um modelo razoavelmente simples é
Ccostumização
Cf = cavidades
× para
eu
cavidade_customizing
eu
eu
(3.25)
+ C para
f molde_customizing
×
molde_base
eu
Os sistemas ejetores são discutidos no Capítulo 11. Os fatores de custo para vários projetos de
sistemas de ejeção são fornecidos na Tabela 3.14. Pode-se presumir que a maioria dos moldes usa
uma mistura de pinos ejetores redondos, lâminas e luvas, embora os requisitos de ejeção variem
significativamente dependendo da geometria da peça e dos requisitos da aplicação.
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66 3 Estimativa de Custo do Molde
f cavidade_customizing f molde_customizing
Sistema de câmara fria de duas placas 0,05 0,1
O projeto estrutural dos moldes é detalhado no Capítulo 12. Os fatores de custo para vários
projetos de sistemas estruturais são fornecidos na Tabela 3.15. Pode-se presumir que a
maioria dos moldes com altos volumes de produção usa pilares de suporte e intertravamentos
de planos de partição. Neste método de estimativa de custos, a vedação da cavidade pelo
inserto macho e inserto da cavidade é considerada como parte do sistema estrutural. O custo
do molde aumentará com a complexidade da superfície de partição, cujo projeto será discutido
na Seção 4.1.
Existem muitas outras personalizações que podem ser realizadas no molde. Alguns destes
factores são fornecidos na Tabela 3.16 e são aplicados conforme necessário. Para a maioria
dos moldes, nenhuma dessas personalizações é necessária.
Exemplo:
O molde utilizará uma câmara quente com portas térmicas, portanto os fatores de
customização apropriados são:
sistema de alimentação
f cavidade_customizing = 0,4
sistema de alimentação
f molde_customizing = 2,0
O molde usará um sistema de resfriamento com linhas de resfriamento tortuosas, anéis de vedação
e plugues, portanto, os fatores de personalização apropriados são:
sistema de refrigeração
f cavidade_customizing = 0,15
sistema de refrigeração
f molde_customizing = 0,4
O molde usará um sistema ejetor com uma combinação de pinos ejetores redondos, lâminas e
mangas, portanto os fatores de personalização apropriados são:
sistema_de ejeção
f cavidade_customizing = 0,2
sistema_de ejeção
f molde_customizing = 0,2
sistema_estrutural
f cavidade_customizing =+=
0,1 0,2 0,3
sistema_estrutural
f molde_customizing =+=
0,2 0,0 0,2
Diversos
f cavidade_customizing =+=
0,05 0,05 0,1
Diversos
f molde_customizing =+=
0,1 0,1 0,2
Cmolde_total
CC C =+ +cavidades molde_base costumização
Cmolde_total =++ »
$ 28.100 $ 5.250 $ 42.500 $ 75.900
A estimativa parece razoável para um molde produzido nos Estados Unidos.
Por outro lado, este resultado pode superestimar o custo do molde se for fabricado na Ásia,
especialmente se não incluir um sistema de câmara quente.
ÿ
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3.4 Estratégia de Fabricação 69
Este capítulo apresentou uma visão geral do processo de cotação de moldes, incluindo uma
metodologia detalhada de custo de molde e estimativa de custo de peças. A metodologia foi
desenvolvida para utilizar informações mínimas e ainda fornecer a análise causal relacionando
decisões críticas de projeto de molde ao custo do molde e ao custo da peça. Recomenda-se que
múltiplas estimativas de custos sejam desenvolvidas para diferentes projetos de moldes até que
uma especificação de molde eficaz seja estabelecida.
A minimização do custo total das peças moldadas não é uma tarefa simples, uma vez que os
moldes de injeção e os processos de moldagem são projetados de maneira ideal para diferentes
quantidades de produção alvo. Normalmente, há uma compensação entre o investimento inicial
no molde e as economias potenciais posteriores relacionadas ao processamento e aos custos de
material por peça. Considere projetos alternativos de molde e estratégias de moldagem para
produzir a peça do painel mostrada na Fig. 3.4 com (1) um molde de câmara fria de uma cavidade
ou (2) um molde de câmara quente de duas cavidades. Os métodos descritos foram aplicados
para estimar o molde, o material e o custo de processamento para esses projetos de molde
alternativos, com os resultados resumidos na Tabela 3.17.
Tabela 3.17 Dados de custo de peças para dois moldes de moldura diferentes
É útil considerar os custos totais, Ctotal, incorridos para produzir uma determinada quantidade
que é calculada como
Cfixo total
C nCmarginal
= +× total (3.26)
onde Cfixo é o custo total do molde e sua manutenção, ntotal é a quantidade total de produção
ao longo da vida útil do molde e Cmarginal é o custo marginal total da resina, máquina, mão
de obra e energia por peça. base. Para um determinado projeto de molde, o custo marginal
por peça permanecerá razoavelmente constante ao longo da vida da aplicação (embora possa
haver reduções de custos relacionadas à eliminação de defeitos, reduções nos tempos de
ciclo, etc., bem como aumentos de custos devido ao preço do material ou custos de envio).
Para fornecer o melhor projeto e cotação de molde possível, vários projetos de molde devem
ser desenvolvidos para diferentes quantidades de produção alvo, e os custos totais de
produção devem ser estimados e comparados por meio de análise de equilíbrio.
Exemplo:
A Equação 3.26 é utilizada para calcular os custos com a câmara fria e quente
corredor como:
Igualar esses dois custos e resolver o volume de produção fornece a quantidade de equilíbrio.
total
feminino—
=
corredor_frio corredor quente
C
marginal
- Cmarginal
A análise assume que o custo marginal por peça moldada consiste principalmente nos
custos de processamento e de material. Então, os custos marginais para as câmaras frias e
quentes são de US$ 0,55 e US$ 0,16, respectivamente. Substituir esses valores fornece
empatar –
= $ 131.700 $ 58.600 = $ 73.100 = 125.000 peças
total _ –
$ 0,965/parte $ 0,382/parte $ 0,583/parte
Os custos para os projetos de moldes de câmara fria e quente são fornecidos na Figura 3.5.
Embora a função de custo da Eq. 3.26 é linear, uma escala log-log foi usada na figura para
fornecer melhor resolução do custo em uma ampla gama de volumes de produção. Neste
exemplo, o custo total de produção para o modelo de cavidade única
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3.4 Estratégia de Fabricação 71
O molde de câmara fria e o molde de câmara quente de duas cavidades são plotados como
uma função da quantidade de produção “realizada”, Q. Para este exemplo, o molde de câmara
fria de uma cavidade tem um custo total menor até a quantidade de produção de 125.000.
-tidade, após o que o molde de câmara quente de duas cavidades proporciona um custo total mais baixo.
Muitos moldadores e clientes exigem um retorno rápido do investimento e, portanto, examinarão a curva de
custo total para aceitar o uso de um sistema de câmara quente com maior cavitação somente se um período
de retorno desejável curto puder ser alcançado. Às vezes, porém, as decisões de projeto de moldes não
são baseadas apenas na economia, mas sim em outras preocupações, tais como:
A necessidade de um molde que permita mudanças rápidas de cor, para as quais um sistema de
alimentação de câmara quente pode não ser desejável. A questão da mudança de cor em câmaras
quentes será revisitada na Seção 6.4.8.
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72 3 Estimativa de Custo do Molde
4. Produtos fabricados diretamente por impressão 3D por meio de modelagem de deposição fundida,
sinterização a laser ou estereolitografia [19].
Para cada estratégia, o custo inicial, o custo marginal e o tempo total de produção estimado podem
ser uma função de diferentes volumes de produção alvo como uma atualização do trabalho anterior
[20].
Novamente, a forma padrão para o custo total de produção, C, é aplicada para cada uma das
estratégias alternativas de fabricação de acordo com a Eq. (3.26). O tempo total de produção pode
ser calculado de forma semelhante como
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3.4 Estratégia de Fabricação 73
ttmarginal
nt = +× total inicial total (3.27)
onde tinitial é o prazo inicial para adquirir a primeira peça e tmarginal é o tempo de produção de
cada peça adicional. O custo médio da peça também pode ser estimado
como
C Cn = parte
total total (3.28)
Por estas razões, é importante desenvolver estimativas razoáveis de custo e tempo para cada
estratégia de produção. A Tabela 3.17 fornece algumas estimativas de custos firmes para
estratégias alternativas de produção de engastes moldados. As duas primeiras fileiras
correspondem aos moldes de câmara quente de duas cavidades e de câmara fria de uma
cavidade que foram analisados anteriormente. Uma alternativa é a utilização de inserts impressos
produzidos pelo processo polyjet com resina curada por ultravioleta. Este tipo de inserto de molde
tem uma vida útil da ordem de 100 ciclos de moldagem, portanto os insertos de molde devem ser
reproduzidos continuamente para atingir grandes quantidades de produção, o que leva a um custo
de produção marginal relativamente alto de US$ 33 e a um tempo de produção marginal de 1 h.
Alternativamente, as molduras podem ser produzidas diretamente por modelagem por deposição
fundida ou sinterização seletiva a laser com um custo marginal de US$ 60 e um tempo de
produção marginal de 4 horas.
Tabela 3.17 Dados de custo de peças para dois moldes de moldura diferentes
Tipo de molde Custo inicial Custo marginal Hora inicial Tempo marginal
Câmara quente de duas US$ 131.700 $ 0,382 84 dias 9s
cavidades
Os custos médios de produção de peças para as quatro estratégias alternativas são plotados na
Fig. 3.6, calculados de acordo com as Eqs. 3,26 e 3,28 para os coeficientes do modelo da Tabela
3.17; uma escala log-log é aplicada, visto que o volume de produção e os custos totais de
produção abrangem uma grande variedade. Observa-se que os custos médios das peças variam
significativamente em função do volume total de produção, e que cada uma das quatro estratégias
proporciona o menor custo médio das peças em algum volume de produção.
A impressão 3D direta tem os custos de produção mais baixos até volumes de produção de 100
peças, após o que a moldagem com as inserções impressas é a alternativa mais baixa até 1000
peças. A razão para a mudança para encartes impressos em uma quantidade de produção de
100 é que o custo dos encartes impressos é significativo e só pode ser totalmente amortizado
com esse volume de produção. O custo total de produção usando as inserções impressas é
quase linear com o aumento das quantidades de produção à medida que inserções adicionais
são feitas e consumidas repetidamente. Acima de um volume de produção de 1.000 unidades,
entretanto, o custo recorrente das inserções impressas é tão significativo que o molde de câmara
fria de uma cavidade é preferido. O molde de câmara quente de duas cavidades torna-se
preferido para volumes de produção de 125.000 peças. É notável como o investimento em
ferramentas personalizadas pode reduzir o custo de US$ 60/peça para menos de US$ 0,40 em
altos volumes de produção.
com impressão paralela, a moldagem com inserções impressas pode proporcionar um tempo de produção
menor, até cerca de 500 peças. Em volumes de produção mais elevados, o alumínio ou ferramentas
simples de cavidade única proporcionarão a entrega mais rápida para volumes de produção de até 200.000
cavidades. Para volumes de produção mais elevados, no entanto, as ferramentas de molde de produção
com as suas duas cavidades proporcionarão um tempo total de produção menor em tempos de produção
muito elevados.
Atualmente existe um interesse generalizado na impressão 3D, com investimentos significativos feitos por
amadores, fabricantes, empresas de capital de risco e governo. A análise descrita pode ser aplicada a
estratégias alternativas de fabricação com coeficientes de custo atualizados com base no tempo e na
aplicação. Os resultados sugerem que, pelo menos por enquanto, a produção na maioria das aplicações
comerciais continuará a ser realizada por moldagem por injeção convencional, especialmente quando se
consideram questões de qualidade associadas à impressão 3D. Especificamente, a largura da linha na
impressão 3D é da ordem de 100–200 µm. A deposição e soldagem de filamentos sucessivos resulta em
um fator inerente de rugosidade superficial, Ra, da ordem de 20% do diâmetro do filamento. Acabamentos
superficiais da ordem de 40 µm são estética e funcionalmente ruins [22]. Embora o acabamento superficial
possa ser melhorado por lixamento e outros processos, o custo e a consistência são questões significativas
para grandes volumes de produção. A tendência para diâmetros de filamento menores para proporcionar
melhor precisão e acabamento superficial impõe o efeito adverso de velocidades de impressão mais lentas,
uma vez que são necessárias mais passagens de filamento para depositar o mesmo volume de peça.
Ainda assim, os projetistas de produtos plásticos e de moldes não devem ignorar a impressão 3D por pelo
menos três razões.
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76 3 Estimativa de Custo do Molde
Este capítulo apresentou uma visão geral do processo de cotação de moldes, seguida por uma
metodologia detalhada de estimativa de custos de moldes e de peças. A metodologia foi desenvolvida
para utilizar informações mínimas e ainda fornecer análise causal relacionando decisões críticas de
projeto de molde ao custo do molde e ao custo da peça. Recomenda-se que múltiplas estimativas de
custos sejam desenvolvidas para diferentes projetos de moldes até que uma especificação de molde
eficaz seja estabelecida.
No próximo capítulo, as especificações resultantes das análises de custos serão utilizadas para
projetar o layout do molde. Posteriormente, é realizado o projeto e análise dos sistemas
subjacentes nos moldes de injeção.
3.6 Referências
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T. Kaplan, (Ed.), Harvard Business School Press Cambridge, Massachusetts (1990)
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Mecânica Univ. de Massachusetts, Amherst (1987)
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complexidade do molde, Int. J. Adv. Fabrico. Tecnologia. (1997) 13(8): pp.
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[8] Fagade, A. e DO Kazmer, Economic Design Of Injection Molded Parts Using DFM Guidelines - A Review Of Two Methods For Tooling
Cost Estimation, na Conferência Técnica Anual da Society of Plastics Engineers, Atlanta, GA (1998)
[9] Archer, D., estimativa antecipada de custos de componentes moldados por injeção, em Manufactur. Engenheiro., Univ. de
Rhode Island, Providência (1988) p. 175
[10] Beiter, K. A., J. M. Cardinal e K. Ishi, Design for Injection Molding: Balanceamento de requisitos mecânicos, custos de fabricação e
seleção de materiais, na ASME Design Automation Conference
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[11] Butler, M. J., Custos de molde e como estimar com precisão, Plast. Polym., abril (1973) pp.
[12] Fagade, A. e D. Kazmer, Projeto econômico de peças moldadas por injeção usando diretrizes DFM – Uma revisão
de dois métodos para estimativa de custos de ferramentais, em ANTEC, SPE, Atlanta, GA (1998)
[13] Fagade, A. e D. Kazmer, Efeitos da complexidade no custo de ferramentas e no tempo de colocação no mercado de peças moldadas
por injeção de plástico, em ANTEC, SPE, Nova York (1999)
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(1988)
[15] Catálogo de preços básicos de molde padrão americano DME, Madison Heights, MI, 30 de março (2015)
[16] Costumes e práticas da indústria de fabricação de moldes, Sociedade da Indústria de Plásticos (1996)
[17] Zhong, Z., M. Leong e X. Liu, As taxas de desgaste e desempenho de três materiais de inserção de molde,
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78 3 Estimativa de Custo do Molde
[18] Martinho, P., et al., Moldes híbridos: o uso de técnicas combinadas para a fabricação rápida de moldes de injeção,
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[19] Choi, J., et al., Desenvolvimento de um sistema móvel de modelagem de deposição fundida com fabricação aprimorada
Turing Flexibilidade, J. Mater. Processo. Tecnologia. (2010)
[20]Karania, R. e D. Kazmer, Estratégias de fabricação de plásticos de baixo volume, J. Mech. Des. (2007) 129:
pág. 1225
[21] Fagade, A. e DO Kazmer, estimativa inicial de custos para peças moldadas por injeção, J. Inject. Mofo. Tecnologia.
(2000) 4(3): pp.
[22]Ahn, D., et al., Representação da rugosidade da superfície na modelagem de deposição fundida. J. Mater. Processo.
Tecnologia. (2009) 209(15): pp.
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Durante a fase de layout do molde, o projetista do molde confirma o tipo de molde e determina as
dimensões e os materiais das inserções da cavidade, das inserções do núcleo e da base do molde.
As bases do molde estão disponíveis apenas em tamanhos discretos, portanto a iteração entre o
dimensionamento das pastilhas e a seleção da base do molde é normal. O objetivo da etapa de
projeto do layout do molde é desenvolver as dimensões físicas dos insertos e do molde para iniciar
a aquisição desses materiais. A seleção do material do molde também é uma decisão importante,
uma vez que as propriedades do material determinam em grande parte o tempo e o custo da
fabricação do molde, bem como o desempenho estrutural e térmico do molde.
O projeto do layout do molde pressupõe que o número de cavidades do molde e o tipo de molde
foram determinados. Para desenvolver o layout do molde, primeiro são determinadas a direção de
abertura do molde e a localização do plano de partição. Em seguida, são escolhidos o comprimento,
a largura e a altura das inserções do núcleo e da cavidade. Depois, uma base de molde é
selecionada e os insertos são colocados em um layout o mais simples e compacto possível. É
importante desenvolver um bom projeto de layout do molde, pois a análise posterior e o projeto
detalhado pressupõem o projeto do layout, e alterações subsequentes nas dimensões da cavidade
e do molde podem rapidamente se tornar difíceis e caras.
O exame de qualquer um dos projetos de molde anteriores (por exemplo, Figs. 1.4 a 1.8) indica
que a direção de abertura do molde é normal ao plano de partição. Na verdade, o molde
geralmente abre em uma direção normal ao plano de separação, uma vez que a placa móvel da
máquina de moldagem é guiada por tirantes ou trilhos para abrir em uma direção normal à placa.
Consequentemente, as buchas guia e/ou os intertravamentos do molde estão quase sempre
localizados no plano de partição para guiar a abertura do molde em uma direção normal ao
plano de partição.
Pode parecer que não há nada a ser determinado sobre a direção de abertura do molde, uma
vez que o molde abre normal ao plano de partição. Contudo, é necessário determinar a direção
de abertura do molde em relação à cavidade do molde e a direção de ejeção da peça. Existem
dois fatores que governam a direção de abertura do molde.
Primeiro, a cavidade do molde deve ser posicionada de modo que não exerça tensão indevida
no molde de injeção. A cavidade do molde é normalmente colocada com sua maior área
paralela ao plano de partição. Este arranjo permite que as placas do molde, já mantidas em
compressão sob a tonelagem de fixação, resistam à força exercida pelo plástico nas
superfícies da cavidade do molde.
Segundo, a cavidade do molde deve ser posicionada de modo que a peça moldada possa ser
ejetada do molde. Uma peça moldada típica tem o formato de uma caixa aberta de cinco lados
com paredes laterais, nervuras, saliências e outras características normais à sua maior área.
Nesse caso, então o requisito de ejeção da peça novamente permite que a direção de
abertura do molde seja normal à maior área projetada da peça.
Considere o copo e a tampa mostrados na Figura 4.1. Uma seção das inserções do núcleo e da
cavidade usadas para moldar essas peças foi mostrada anteriormente na Fig. 1.6. Existem
apenas duas direções potenciais de abertura do molde em relação à peça. Uma direção de
abertura do molde está na direção axial do copo, enquanto a segunda direção está na direção
radial do copo.
Uma seção de um bloco de cavidade com direção axial de abertura do molde é mostrada na Fig.
4.2. As duas linhas horizontais em negrito indicam a localização do plano de partição onde as
duas metades da pastilha são divididas para formar a pastilha de cavidade (superior) e a pastilha
central (inferior).
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4.1 Projeto do plano de partição 81
Considere a seguir o mesmo bloco de cavidade, mas com uma direção de abertura de molde
radial para uma porção da inserção de cavidade, conforme mostrado na Fig. 4.3. Para este
design, quatro linhas em negrito separam as laterais da parte superior e inferior. Como o núcleo
metálico está localizado dentro da peça moldada, não há outra maneira de remover o núcleo
senão na direção axial da peça. A inserção da cavidade, entretanto, pode ser separada em três
peças que se movem ao longo de dois eixos diferentes para remover a peça moldada.
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82 4 Projeto de layout de molde
Destes dois projetos, a direção de abertura axial do molde mostrada na Fig. 4.2 é o projeto mais
simples e geralmente preferido. No entanto, o segundo dimensionamento é por vezes utilizado na
prática, uma vez que permite um dimensionamento de peça mais complexo, bem como mais
opções na localização da linha de partição. Por exemplo, o segundo desenho pode ser necessário
se uma alça for adicionada ao copo ou se for necessário mover a linha de separação para um
local distante da borda superior. Este segundo projeto é conhecido como “molde de cavidade
dividida” e é discutido com mais detalhes na Seção 13.9.1.
Como outro exemplo, considere a moldura do laptop mostrada na Figura 3.5. Existem novamente
duas direções potenciais de abertura do molde. A primeira direção de abertura está na direção de
visualização da tela, conforme indicado pela vista em corte mostrada na Fig. 4.4. Neste caso, a
seção do molde é dividida por duas linhas horizontais em uma inserção de cavidade formando a
superfície externa do bisel e uma inserção central que forma a superfície interna e as nervuras
da moldura. Quando as inserções do núcleo e da cavidade são separadas conforme indicado
pelas setas, a moldura moldada pode ser facilmente removida.
Alternativamente, o bloco de cavidade para a moldura do comprimido pode ser dividido conforme
indicado pelas três linhas verticais mostradas na Fig. 4.5. Neste caso, a inserção da cavidade
anterior é dividida em duas partes, resultando novamente em um projeto de molde de cavidade
dividida. As duas metades do antigo inserto de cavidade devem agora ser removidas em direções
oblíquas para remover a peça moldada; a direção de abertura do molde é inclinada para permitir
que as superfícies do molde se separem da peça moldada sem atrito superficial excessivo ou
cisalhamento das características da peça moldada. Este movimento requer vários
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4.1 Projeto do plano de partição 83
O termo “linha de separação” refere-se ao local onde a inserção da cavidade, a inserção do núcleo
e a moldagem plástica se encontram. Como o núcleo e a inserção da cavidade se encontram neste
local, qualquer deflexão significativa da inserção da cavidade em relação à inserção do núcleo
resultará em uma lacuna na qual o plástico fluirá e formará uma fina película de plástico conhecida
como “flash”. Imperfeições nas inserções do núcleo e da cavidade neste local, por exemplo devido
ao desgaste ou manuseio inadequado, também criarão lacunas nas quais o plástico fluirá. Mesmo
com moldes novos e bem elaborados, a localização da linha de partição geralmente resulta em uma
“linha testemunha” muito leve ao longo de seu comprimento.
Por esse motivo, a linha de partição deve estar localizada ao longo da borda inferior da peça ou de
alguma outra borda não visual e não funcional. Considere o copo anterior mostrado na Fig. 4.1.
Colocar a linha divisória muito próxima da borda, conforme indicado pela linha tracejada no desenho
esquerdo da Fig. 4.6, resultaria em uma linha testemunha e em possíveis rebarbas que poderiam
inutilizar o copo moldado. Uma melhor localização para a linha divisória é na parte inferior do aro,
conforme indicado na Fig. 4.2, correspondendo à linha divisória mostrada no desenho à direita da
Fig. 4.6.
Para o painel do laptop, a linha divisória estará localizada ao redor da borda inferior da peça,
conforme mostrado na Figura 4.7. Observa-se que, diferentemente da xícara, a linha divisória do
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84 4 Projeto de layout de molde
a moldura não está em um único plano. Em vez disso, a linha divisória segue o perfil dos
elementos nas paredes laterais. Esta linha de partição não plana é necessária para encaixar
a inserção do núcleo, que escava a cavidade do molde para formar os furos necessários para
os vários conectores. Como será visto na próxima seção, esta forma complexa de linha de
partição causará um plano de partição mais complexo.
Uma vez identificada a linha de partição, o plano de partição é projetado para fora da peça,
de modo a separar a inserção do núcleo da inserção da cavidade. O plano de divisão
preferido para o copo é mostrado na Fig. 4.8. A inserção da cavidade formará as superfícies
externa e superior da peça, enquanto a inserção do núcleo formará o aro e as superfícies internas.
Para a moldura do laptop, a linha divisória da Figura 4.7 pode ser irradiada para fora para formar a
superfície divisória mostrada na Figura 4.9. Pode-se observar que todas as características fora do
plano ao longo da linha de partição tornam-se agora superfícies complexas no plano de partição.
Estas superfícies apresentam dois problemas significativos durante a operação do molde. Primeiro,
qualquer desalinhamento entre as características afiadas nas inserções do núcleo e da cavidade
causará desgaste entre as superfícies deslizantes, se não um impacto direto entre a borda principal
do núcleo e a superfície da cavidade correspondente. Em segundo lugar, a tonelagem de fixação
exercida nas inserções do núcleo e da cavidade pode fazer com que as superfícies travem juntas
com força extrema, causando tensão excessiva e potencial deformação do molde durante a operação do molde.
Para evitar tensão excessiva, as características de intertravamento no plano de partição devem estar
inclinadas pelo menos cinco graus em relação à direção de abertura do molde. A superfície de
partição agora é normalmente criada por meio de projeto tridimensional auxiliado por computador
(“CAD 3D”) usando superfícies elevadas. Cada superfície elevada combina um recurso curvo ao
longo da linha de partição com uma linha de largura correspondente no plano de partição. O resultado
é uma superfície com o perfil necessário na linha de partição e a inclinação necessária até o plano
de partição. As superfícies elevadas são então unidas ao plano de divisão para fornecer uma
superfície de divisão, como mostrado para o bisel na Fig. 4.10. Essas superfícies podem ser usinadas
diretamente usando usinagem controlada numericamente por computador (CNC) ou por meio de
usinagem por descarga elétrica de mergulho (EDM) usando um ou mais eletrodos que foram usinados
em CNC.
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86 4 Projeto de layout de molde
4.1.4 Desligamentos
Os fechamentos são áreas de contato entre a inserção do núcleo e a inserção da cavidade que
separam porções da cavidade formada entre as inserções do núcleo e da cavidade. Será
necessário definir um fechamento para cada janela ou abertura da peça moldada. Por outro lado,
se uma peça não tiver janelas, como o copo, então nenhum fechamento será definido. A borda de
cada fechamento também é definida por uma linha divisória, que deve estar localizada em uma
área não visual, onde uma linha testemunha ou um leve lampejo não reduza o valor da peça
moldada.
Por exemplo, a moldura do laptop tem uma grande abertura acima do plano divisório da tela. É
necessário um fechamento em toda a área da abertura. Conforme indicado na Fig. 4.11, existem
essencialmente duas localizações possíveis para a linha divisória do fecho, correspondendo ao
topo e ao fundo da prateleira que suporta o expositor.
Qualquer local (ou mesmo qualquer local intermediário) provavelmente seria aceitável, uma vez
que toda a prateleira fica oculta. Se a linha divisória for colocada no topo da prateleira conforme
indicado à direita da Fig. 4.11, então resultará uma superfície de fechamento conforme mostrado
na Fig. 4.12.
Com a definição do plano de partição e todos os fechamentos necessários, o inserto macho e o inserto
cavitário foram completamente separados. Para criar as inserções de cavidade e macho, o comprimento,
a largura e a altura das inserções devem ser definidos.
São descritas diretrizes de dimensionamento de cavidade e inserto macho que foram desenvolvidas para
que o comprimento e a largura da cavidade e insertos macho sejam grandes o suficiente para:
Todos esses requisitos sugerem que as inserções do núcleo e da cavidade sejam tão grandes quanto
possível. Para peças moldadas menores, aumentar o dimensionamento das inserções do núcleo e da
cavidade pode ter pouco custo adicional. No entanto, o custo de insertos maiores com núcleo e cavidade
pode se tornar excessivo com o aumento do número de cavidades ou do tamanho da peça moldada.
A dimensão da altura é frequentemente determinada por dois requisitos. Primeiro, a inserção do núcleo
e da cavidade deve ter altura suficiente acima e abaixo da peça moldada para passar com segurança
por uma linha de resfriamento. Os diâmetros da linha de resfriamento normalmente variam de 4,76 mm
(3/16”) para moldes menores a 15,88 mm (5/8”) para moldes grandes. Geralmente, pastilhas grandes
com linhas de resfriamento maiores proporcionarão um resfriamento mais rápido e uniforme, como será
analisado no Capítulo 9. Embora o projeto da linha de resfriamento seja discutido posteriormente, o valor mínimo
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88 4 Projeto de layout de molde
Em segundo lugar, o núcleo e a inserção da cavidade devem ter uma altura que corresponda à
altura da cavidade disponível e das placas retentoras da inserção do núcleo (as placas “A” e “B”).
Essas placas estão normalmente disponíveis em incrementos de ½" para bases de molde projetadas
em unidades inglesas e em incrementos de 10 mm em unidades métricas. Como tal, as alturas das
pastilhas devem ser selecionadas em tamanho tal que as faces da cavidade e das pastilhas do
macho fiquem niveladas ou ligeiramente elevado em relação às placas “A” e “B” no plano de partição.
Deve-se notar que a altura da inserção do núcleo, conforme indicado na Fig. 4.13, não é a sua altura
total, mas sim a dimensão da altura desde a superfície traseira até o plano de partição. Para
aquisição de materiais e estimativa de custos, a altura total da inserção do macho também deve
incluir a altura do macho acima do plano de partição, além de algum estoque de segurança para
permitir a usinagem e o acabamento.
As dimensões de comprimento e largura são determinadas de forma semelhante por dois requisitos.
Primeiro, se for necessária uma linha de resfriamento ao redor do exterior da cavidade do molde,
então as inserções deverão ser dimensionadas o suficiente para acomodar tal linha de resfriamento.
Quanto à altura permitida, são típicas as tolerâncias de comprimento e largura de três diâmetros de
linha de resfriamento por lado. Em segundo lugar, as dimensões de largura e comprimento das
inserções devem proporcionar paredes laterais, também conhecidas como “bochecha”, que sejam
espessas o suficiente para suportar a carga lateral da pressão de fusão exercida nas paredes
laterais da cavidade do molde. Este requisito se tornará dominante (o que significa que excederá o
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4.2 Criação de Cavidade e Inserção de Núcleo 89
tolerância para as linhas de resfriamento) para peças profundas que necessitam de paredes laterais
altas. Embora o projeto estrutural seja discutido em detalhes na Seção 12.2.4, uma diretriz segura
é que a espessura da parede lateral nas dimensões de comprimento e largura deve ser igual à
profundidade da cavidade do molde.
A Figura 4.14 demonstra uma tolerância que deve ser adicionada ao comprimento e largura da
cavidade do molde para derivar o comprimento e a largura do núcleo e das inserções da cavidade.
Pode-se observar que para a moldura do laptop, o requisito de instalação de uma linha de
resfriamento excederá o requisito estrutural. Para o copo moldado, entretanto, o comprimento e a
largura da inserção são determinados pelos requisitos estruturais.
4.2.3 Ajustes
As inserções de macho e cavidade agora podem ser criadas com as dimensões prescritas.
Contudo, por vezes é desejável ajustar as dimensões da inserção da cavidade para proporcionar
um desenho de molde mais eficiente. Em geral, as dimensões de comprimento e largura das
pastilhas são mais críticas do que a dimensão de altura, uma vez que estas dimensões irão
A Figura 4.15 mostra as inserções do núcleo e da cavidade para o copo. Como a peça moldada é
redonda, o desenho do núcleo e da inserção da cavidade também pode ser redondo. Este formato
proporciona uma vantagem no que diz respeito à facilidade de fabricação, uma vez que tanto as
inserções do núcleo quanto da cavidade podem ser torneadas em um torno. Embora as tolerâncias
nas dimensões axiais e radiais sejam suficientes para ajustar as linhas de resfriamento, a tolerância
na dimensão radial para a inserção da cavidade pode não ser suficiente para suportar as pressões
exercidas na parede lateral pelo fundido. As paredes laterais da inserção da cavidade tenderão a desviar