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SOBRE AS BASES DO

DIREITO
ADMINISTRATIVO
SOCIAL E UMA
NOÇÃO DE
DESENVOLVIMENTO
Terceiro Seminário Temático

Discentes: Maéve Diehl, Maria Raquel Marques, Marina Marques


Sá Souza e Michelle de Medeiros Fidélis

Docente: José Sérgio da Silva Cristóvam

Marcos Teóricos em Teorias do Estado e da Constituição


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Roteiro
TEXTO 1

BARACHO, José Alfredo de Oliveira. O princípio de


subsidiariedade: conceito e revolução. Revista de
Direito Administrativo, Rio de Janeiro, n. 200, p. 21-
54, abr./jun. 1995. Disponível em:
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/arti
cle/view/46525/46567. Acesso em: 20 mar. 2022.

O que é princípio?

O que é princípio da subsidiariedade?

O princípio da subsidiariedade aponta duas formas de


compreensão: secundária e supletiva.

O princípio da subsidiariedade não procede de outro


princípio ou comanda outros princípios. Ele é suficiente
a si próprio, circunstância que explica parcialmente sua
exterioridade em relação ao direito.

Função do princípio da subsidiariedade: regulação do


sistema jurídico -> justifica e explica o sistema
(coexistência de fins inferiores e superiores, através de
suas coexistências). Resultado: garantia contra a
arbitrariedade.

Conceito: segundo German J. Bidart Campos, o


princípio da subsidiariedade trata-se de princípio de
justiça, de liberdade, de pluralismo e de distribuição de
competências, através do qual o Estado não deve
assumir, por si, as atividades que a iniciativa privada e
grupos podem desenvolver por eles próprios, devendo
auxiliá-los, estimulá-los e promovê-los. O Estado apenas
deve supri-las ou substituí-las quando são impotentes e
ineficientes para realizar suas tarefas.
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TEXTO 2

BALBÍN, Carlos Francisco. Un derecho


administrativo para la inclusión social. A&C -
Revista de Direito Administrativo &
Constitucional, Belo Horizonte, ano 14, n. 58, p.
33-59, out./dez. 2014. Disponível em:
http://www.revistaaec.com/index.php/revistaae
c/article/view/73/334. Acesso em: 20 mar. 2022.

1 - Breve curso histórico do Direito Administrativo.


A razão para sua criação e seu desenvolvimento no
direito comparado
2 - O paradigma do Direito Administrativo Moderno
3 - O debate atual sobre Lei Única ou Dupla Lei no
âmbito de nossa lei
4 - As doutrinas do Duplo Direito ou Direito Único a
partir do paradigma clássico do Direito
Administrativo
5 - O novo paradigma do Direito Administrativo
6 - O fortalecimento da ideia de Dupla Lei a partir
do novo paradigma. O impacto do novo paradigma
na construção do Direito Administrativo.
30
TEXTO 3

HACHEM, Daniel Wunder. A noção


constitucional de desenvolvimento para além
do viés econômico: reflexos sobre algumas
tendências do Direito Público brasileiro. A&C -
Revista de Direito Administrativo &
Constitucional, Belo Horizonte, ano 13, p. 113-
168, jul./set. 2013. Disponível em:
http://www.revistaaec.com.index.php/revistaa
ec/article/viewFile/126/289. Acesso em: 20
mar. 2022.

Afirmações gerais do texto

1) Concepção que o Estado tem como função


assegurar somente condições mínimas de
existência digna

2) Estado numa posição subsidiária e não


protagonista na implementação de políticas para
atenuar desigualdades sociais e efetivar direitos
sociais

3) Poder Público numa posição subsidiária


quanto à realização de atividades de bem-estar,
relegando-se à iniciativa privada a incumbência
de desenvolver atividades de cunho social

4) O tema do desenvolvimento e dos direitos


fundamentais econômicos e sociais deve,
portanto, integrar a agenda do Direito
Administrativo social

5) Reivindicação individual, pela via judicial, das


prestações estatais necessárias à satisfação de
tais direitos - ao lado do Direito Constitucional da
efetividade se situa um Direito Administrativo
individualista – Implica em privilégios
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Contrapontos:

- Mínimo existencial não é atendido pelo Estado dando ensejo


as demandas judiciais individuais

CONSTITUCIONAL. APELAÇÃO. MINISTÉRIO PÚBLICO. AÇÃO


CIVIL PÚBLICA. ESCOLA. CONSTRUÇÃO DE MADEIRA.
INSTALAÇÕES FÍSICAS DETERIORADAS. RISCO À INTEGRIDADE
FÍSICA DOS ALUNOS E FUNCIONÁRIOS. CONSTRUÇÃO DE
NOVA ESCOLA E CONTRATAÇÃO DE VIGIA. POLÍTICAS
PÚBLICAS. ESTADO. DEVER DE PRESTAÇÃO. OMISSÃO.
INTERVENÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO. POSSIBILIDADE.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
761.127 AMAPÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ABRIGOS


PARA MORADORES DE RUA. REEXAME DE FATOS E PROVAS.
SÚMULA 279 DO STF. OFENSA AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO
DOS PODERES. INEXISTÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL
DESPROVIDO. “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO CIVIL
PÚBLICA. ABRIGOS PARA MORADORES DE RUA. REEXAME DE
FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DO STF. OFENSA AO
PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. INEXISTÊNCIA.
AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. Incabível o recurso
extraordinário quando as alegações de Incabível o recurso
extraordinário quando as alegações violação a dispositivos
constitucionais exigem o reexame de fatos e provas (Súmula
279/STF). Esta Corte já firmou entendimento no sentido de que
não ofende o princípio da separação de poderes a
determinação, pelo Poder Judiciário, em situações
excepcionais, de realização de políticas públicas indispensáveis
para a garantia de relevantes direitos constitucionais.
Precedentes. Agravo regimental desprovido”. (RE 634.643-AgR,
Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma)

- Teoria da Reserva do Possível - recurso apresentado pelo


Estado como forma de se eximir do cumprimento de suas
obrigações no campo dos direitos sociais
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Sugestões de leitura

CANOTILHO, J. J Gomes. A nova modernidade ultrapassa o Estado e


a Constituição. Disponível em:
https://www.publico.pt/2016/04/25/politica/entrevista/a-nova-
modernidade-ultrapassa-o-estado-e-a-constituicao-1729821.
Acessado em 31.03.2022.

CRISTÓVAM, José Sérgio da Silva. Prefácio. In: SEVEGNANI, Ana


Luisa. O direito fundamental à saúde sob a ótica do princípio da
subsidiariedade no Brasil. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2019, p. 1-8.

DUARTE, Francisco Carlos; NACLE, Isabella Cristina Costa.


Subsidiariedade: a evolução do princípio constitucional limitador da
interferência estatal. Revista Seqüencia, Florianópolis, n. 68, p. 91-
107, jun. 2014. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/seq/a/FGNxJqjkXvP6FZCz9t4GsZh/?
lang=pt&format=pdf. Acesso em: 22 mar. 2022.

LOUREIRO, João Carlos. Adeus ao Estado Social: A segurança social


entre o crocodilo da economia e a medusa da ideologia dos “direitos
adquiridos”. Coimbra: Coimbra Editora, 2010.

SANDEL, Michael J. Justiça - o que é fazer a coisa certa / Michael J.


Sandel; tradução de Heloisa Maria e Maria Alice Máximo. - 29ª edição
- Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2020. p. 175-206.

SANTOS, José Augusto Lourenço dos; MATOS, Sumaia Tavares


Alvarenga. O princípio da subsidiariedade e sua aplicabilidade nos
estados unitário e federal e na União Européia. Revista Eletrônica de
Ciências Jurídicas, v. 1, p. 01-23, 2011. Disponível em:
http://fadipa.educacao.ws/ojs-2.3.3-
3/index.php/cjuridicas/article/viewFile/2/3. Acesso em: 22 mar. 2022.

SEVEGNANI, Joacir; BODNAR, Zenildo. O princípio da


subsidiariedade como delimitador das políticas públicas no Brasil. In:
STRAPAZZON, Carlos Luiz; RECH, Adir Ubaldo; PRUX, Oscar Ivan
(Org.). Direitos Sociais e políticas públicas III. 1. ed. Florianópolis –
SC: CONPEDI, 2014, p. 320-344. Disponível em:
http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=81145517f4fafde4.
Acesso em: 22 mar. 2022.

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