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ATIVIDADE 4

Dermatoses ocupacionais são alterações da pele ou mucosas causadas ou agravadas


por atividades, contato, exposição oriundas do trabalho.

Os agentes mais comuns são os químicos como cloro, desinfetantes, cimentos, luvas de
plástico, cobalto, chumbo, porém, também podem ser causadas por agentes físicos
(vibração, frio, umidade, calor..) e biológicos (fungos, bactérias).

Importante lembrar que algumas pessoas podem ter predisposição à doenças


dermatológicas e o trabalho se torna um acentuador ou agravante, podendo ajudar a
“acordar” ou piorar a patologia.

As dermatoses mais conhecidas e comuns na prática ocupacional são as dermatites,


principalmente por causa alérgica ou química.

O processo inflamatório da Dermatite de contato irritativa se inicia quando o agente


(álcalis, ácidos e solventes), em contato com a pele, provoca a lesão da camada córnea,
com aumento da permeabilidade e entrada de produtos que lesam os
queratinócitos, produzindo citocinas inflamatórias que estimulam outras células. Na
Dermatite de contato Alérgica, a reação inflamatória é do tipo imunológico IV
(imunidade celular) As lesões eczematosas podem ter evolução aguda (eritema,
edema, vesículas, bolhas e exsudação), subaguda (exsudação e crostas) e crônica
(xerose, descamação, queratose, infiltração, liquenificação e fissuras).

A história da exposição ocupacional, deve concordar com o início do quadro e o início


da exposição, bem como a localização da lesões em áreas de contato com os agentes
suspeitos, lembrando que em alguns casos pode haver lesões a distância.

Normalmente, as lesões melhoram com o afastamento da exposição e pioram com o


retorno das atividades.

Para o diagnóstico é importante anamnese, exame físico e pode ser necessário testes
de contato ou intradérmico e algumas vezes biópsia. Além disso, em outras patologias
como em infecções o exame micológico e bacteriológicos, como as culturas direcionam
o diagnostico e tratamento.

Para a prevenção é necessário, como já estudado anteriormente, uma dedicada


avaliação das atividades, exposições e riscos ao que os trabalhadores estão expostos.
Sendo esses identificados, avaliar e implementar ações e cuidados que diminuam ou
extingue esses riscos, como enclausuramento do processo, torneiras para lavagem do
corpo, barreiras protetoras, ventilação adequada, máquinas que ajudam no processo.
Além disso, o uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs) são fundamentais. O
uso de luvas, máscaras adequadas, vestimenta, botas entre outros diminuem o contato
e a chance de exposição.
Entretanto sabemos que há pessoas que apresentam exatamente a patologia devido ao
material do EPI. Logo, devemos sempre ficar atentos a isso também. Por exemplo
vemos pessoas que há sensibilidade a materiais presentes nas botas ou luvas, podendo
apresentar lesões nas pernas ou pés e nas mãos.

Sendo minimizado a exposição, utilização do EPI de acordo com a individualidade da


pessoa, caso a mesma apresenta dermatose ocupacional a identificação do agente e
afastamento das atividades que tenham contato com ele é fundamental para o
tratamento e saúde do colaborador.

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