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Joana Rodrigues
2023/2024
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Índice
Saúde - evolução do conceito .............................................. 2
Determinantes de saúde ...................................................... 2
Determinantes sociais de saúde (DSS) ................................. 2
Sistema nacional de saúde ................................................... 3
Plano nacional de saúde ...................................................... 5
Promoção de saúde ............................................................. 6
Ser adulto ............................................................................. 6
Transição .............................................................................. 7
Indicadores de saúde ........................................................... 7
Vacinação ............................................................................. 8
Epidemiologia ...................................................................... 9
Infeções ligadas aos cuidados de saúde ............................. 10
Doenças não transmissíveis ............................................... 11
Saúde no trabalho .............................................................. 11
Envelhecimento ................................................................. 14
Sexualidade ........................................................................ 15
Lesões por úlcera ............................................................... 17
As doenças ......................................................................... 21
Rede nacional de cuidados paliativos ................................ 22
Morte ................................................................................. 23
Avaliação da pessoa idosa.................................................. 25
Violência............................................................................. 27
1
Saúde - evolução do conceito Determinantes de saúde
• Vida adulta produtiva (25-64 anos); Esses rankings podem ajudar a formular políticas,
• Envelhecimento ativo (65 e mais anos); profissionais de saúde pública e pesquisadores a
• Morrer com dignidade identificar áreas prioritárias de intervenção para
melhorar a saúde da população.
2
Modelo de Dahgren e Whitehead – Modelo das Enquadramento para os fatores
camadas socioeconómicos da saúde
Os determinantes sociais da saúde são abordados em O modelo centra-se no problema da pessoa, de forma
camadas: a facilitar a descoberta do mesmo e a sua resolução.
1. O indivíduo = camada central – tem idade, gênero Turrell identifica três níveis de determinantes:
e fatores genéticos – é influenciado por outras
• Nível micro - sistemas de tratamento, gestão da
camadas, sendo a mais pesada o seu estilo de
doença e investigação clínica;
vida;
2. Em seguida, fatores como: as redes sociais, os • Nível intermédio – estilos de vida e os programas
amigos e a família são fundamentais para que o individuais de prevenção e modificação dos
indivíduo tenha saúde – representa o comportamentos de risco;
comportamento e os estilos de vida das pessoas; • Nível macro – políticas de saúde, fatores
3. De seguida, encontra-se a influência da sociedade associados à globalização e fatores sociais, físicos,
e da comunidade; económicos e ambientais
4. No próximo nível, encontramos fatores Fatores ambientais – como poluição da água e do ar, o
relacionados a condições de vida e de trabalho, aquecimento global, a depleção do ozono, as
disponibilidade de alimentos e acesso a ambientes condições de trabalho e das habitações, a qualidade
e serviços essenciais; dos transportes, a segurança alimentar...
5. A última camada expressa os macrodeterminantes
relacionados com as condições econômicas, Fatores socioeconómicos – a educação, rendimento,
sociais e ambientais prevalecentes na sociedade grau de inclusão social, situação de emprego,
como um todo; ocupação, habitação, mecanismos de coping...
3
Evolução do sistema nacional de saúde Estrutura Orgânica do ACES
Séc. XIX e XX, até à criação do SNS – A assistência ACES = Agrupamentos de Centros de Saúde
médica competia às famílias, a instituições privadas e
• Ajudar a comunidade;
aos serviços médico-sociais da Previdência;
• Aumentar a acessibilidade aos serviços de saúde
1971 (reforma de Gonçalves Ferreira) – O da população
estabelecimento dos Centros de Saúde constitui já um
esboço do SNS; Centros de saúde – encontram-se dentro dos
cuidados de saúde primários, e deve ser por aí que os
1979 (Lei no 56/79, de 15 de Setembro) – utentes entram no sistema de saúde. Tem como
Estabelecimento do SNS – o acesso ao SNS deve ser missão promover a saúde (algo generalista)
garantido a todos os cidadãos independentemente da
sua condição social ou económica; ECLCCI = Equipa Coordenadora Local de Cuidados
Continuados Integrados
1981 – Aprovação da carreira de enfermagem
(Decreto-lei no 305/81, de 12 de novembro); UCSP = Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados
1983 – Criação do Ministério da Saúde (Decreto-lei no • Pelo menos uma ou uma USF (Unidades de Saúde
344-A/83, de 25 de julho); Familiar) em cada centro de saúde componente
de um ACES;
1984 – Criação da Direção-Geral dos Cuidados de • Estrutura idêntica à prevista para USF e presta
Saúde Primários (Decreto-lei no 74-C/84, de 2 de cuidados personalizados, garantindo a
março) e fim aos serviços médico-sociais da acessibilidade, a continuidade e a globalidade dos
Previdência; mesmos;
1989 – Revisão Constitucional – abre-se caminho à • A equipa da UCSP é composta por médicos,
privatização das empresas públicas e o SNS passa de enfermeiros e administrativos não integrados em
gratuito para tendencialmente gratuito; USF;
• O coordenador da UCSP é designado de entre
1990 – Aprovação da Lei de Bases da Saúde (Lei no médicos especialistas de medicina geral e familiar
48/90, de 24 de agosto) – Pela 1ª vez, a proteção da habilitados com o grau de consultor com pelo
saúde é perspetivada não só como um direito, mas menos cinco anos de experiência efetiva na
também como uma responsabilidade conjunta dos especialidade
cidadãos, da sociedade e do estado, em liberdade de
procura e de prestação de cuidados; URAP = Unidade de Recursos Assistenciais
Personalizados
1989 – Revisão Constitucional – abre-se caminho à
privatização das empresas públicas e o SNS passa de • Dão apoio a outras unidades que os centros de
gratuito para tendencialmente gratuito; saúde não possuem;
• Presta serviços de consultoria e assistenciais às
1990 – Aprovação da Lei de Bases da Saúde (Lei no unidades funcionais e organiza ligações funcionais
48/90, de 24 de agosto) – Pela 1ª vez, a proteção da aos serviços hospitalares;
saúde é perspetivada não só como um direito, mas • A equipa da URAP é composta por médicos de
também como uma responsabilidade conjunta dos várias especialidades, que não de medicina geral e
cidadãos, da sociedade e do estado, em liberdade de familiar e de saúde pública, bem como assistentes
procura e de prestação de cuidados; sociais, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas,
2011 – Prescrição eletrónica (Portaria no 198/2011, de dentistas e outros profissionais não afetos
18 de maio) totalmente a outras unidades funcionais;
• O coordenador da URAP é designado de entre
profissionais de saúde com pelo menos cinco anos
de experiência na respetiva área profissional
4
USF = Unidade de Saúde Familiar • O ACES participa, através da UCC, na Rede
Nacional de Cuidados Continuados Integrados,
• Enfermeiro + médico + administrativo ->
integrando a equipa coordenadora local — à UCC
Organizada por um deles;
compete constituir a ECCI (prevista no Decreto-Lei
• Presta os cuidados ao nível da comunidade;
n.o 101/2006, de 6 de Junho)
• Estão em funcionamento no horário: 8h- 20h; em
• O coordenador da UCC é designado de entre
épocas de gripe, ficam abertos até às 22h ou 24h;
enfermeiros com pelo menos a categoria de
• Nascem em 2006/2007; enfermeiro especialista e com experiência efetiva
• Pelo menos uma ou uma UCSP em cada centro de na respetiva área profissional;
saúde componente de um ACES; • O que diferencia as UCC das USF? As UCC atuam
nas escolas, juntas de freguesia, entre outros. O
seu âmbito não é o indivíduo em si, mas grupos;
USP = Unidade de Saúde Pública • UCC só abre se tiver uma ECCI
• Funciona como observatório de saúde da área
geodemográfica do ACES em que se integra e
• Compete-lhe: Plano nacional de saúde
- Elaborar informação e planos em domínios da (Foi feita uma revisão e extensão a 2020)
saúde pública;
- Proceder à vigilância epidemiológica; Inclui as medidas mais relevantes para a obtenção de
- Gerir programas de intervenção no âmbito da ganhos em saúde para as pessoas residentes em
prevenção, promoção e proteção da saúde da Portugal.
população em geral ou de grupos específicos;
• 1 novo de 4 em 4 anos;
- Colaborar, de acordo com a legislação respetiva,
• Grandes desígnios propostos para 2020:
no exercício das funções de autoridade de saúde
- Redução da mortalidade prematura – abaixo dos
• Trazer ao centro de saúde quais os problemas
70 anos;
maioritários presentes na comunidade, de forma
- Melhoria da esperança de vida saudável (aos 65
as USF terem consciência dos problemas e
anos);
alargarem a sua área de atuação;
- Diminuição dos fatores de risco relacionados
• A equipa da USP é composta por médicos,
com as doenças não transmissíveis,
enfermeiros de saúde pública ou de saúde
nomeadamente, a obesidade infantil e o consumo
comunitária e técnicos de saúde ambiental.
e exposição ao tabaco (proibiram as pessoas de
• O coordenador da USP é designado de entre fumar dentro de estabelecimentos fechados por
médicos da especialidade de saúde pública exemplo)
habilitados com o grau de consultor e com
experiência efetiva na especialidade.
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Promoção de saúde As capacidades intelectuais e cognitivas dos adultos
É o processo que visa aumentar a capacidade dos variam muito pouco, sendo o que varia:
indivíduos e das comunidades para controlarem a sua • O tempo de reação;
saúde, no sentido de a melhorar. • A memória;
• Carta de Ottawa para a promoção da saúde – 1a • A resolução de problemas;
conferência internacional sobre a promoção da • A aprendizagem.
saúde, 1986;
6
• Difusão;
- Não exploram, nem investem, não procuram
saber;
- Estes são altamente influenciáveis, não havendo
segurança a nível da saúde;
• Moratória;
- Não exploram, mas há investimento;
- São influenciados pelas pessoas significativas
para eles;
- Seguem as opiniões alheias e depois culpam os
outros se algo corre mal;
- Também são influenciáveis, não havendo
segurança a nível de saúde
• Outorgada;
- Não tomam decisões, só exploram;
- Estes indivíduos não inspiram segurança a nível
de saúde
Transição
Segundo Meleis, a transição é:
Medidas de morbilidade
• Incidência: Representa a frequência com que • Taxa de mortalidade geral: Mede o risco de morte
surgem novos casos de uma determinada doença, por todas as causas numa população de um dado
num intervalo de tempo. local e período;
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Outros tipos de indicadores Vacinação em circunstâncias especiais
• Indicadores relacionados à nutrição, crescimento Não é gratuita e não está incluída no plano. A
e desenvolvimento (proporção de nascidos vivos vacinação deve ser personalizada, de acordo com:
com baixo peso e proporção e adultos com
• a idade, a história/situação
obesidade)
• clínica e vacinal do indivíduo
• Indicadores demográficos (a distribuição da
• os países de destino
população segundo sexo e idade)
• o tipo de viagem
• Indicadores socioeconómicos (escolaridade,
renda, condições de moradia) • a duração da viagem/estadia,
• Indicadores relacionados à saúde ambiental • os requisitos legais de cada país em termos de
(qualidade do solo, da água e do ar) vacinação
• Indicadores relacionados aos serviços de saúde • o período de tempo disponível antes da partida
(número de profissionais de saúde por mil
habitantes e o número de atendimentos em
especialidades básicas por mil habitantes) Vacinação contra a gripe sazonal
• É gratuita;
• Grupos alvo prioritários:
Vacinação - Pessoas com idade ≥ 65 anos
- Doentes crónicos e imunodeprimidos, a partir
dos 6 meses de idade;
Vacinas - Grávidas;
Primovacinação = primeira vacinação (depois da - Profissionais de saúde e outros prestadores de
vacina deve-se ficar cerca de 30 minutos no centro de cuidados (ex.: lares de idosos);
saúde para o caso de fazer uma reação alérgica) • É diferente em cada ano, pois o vírus muda
constantemente.
Vacinas vivas = tomam-se todas no mesmo dia ou • Esta vacina é comparticipada (37%) e deve ser
passado 4 semanas (gripe, anti-sarampo, papeira, administrada no princípio do Outono
rubéola); Produzem febre e cansaço;
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Epidemiologia História natural da doença
Epidemiologia das doenças transmissíveis- deve-se
As inter-relações do agente, da pessoa suscetível e do
estudar a cadeia epidemiológica.
meio ambiente que afetam o processo global e o seu
• Infeção: resultado de uma completa interação desenvolvimento, desde as 1as forças que estimulam
entre os elementos desta cadeia; o processo patológico no meio ambiente.
• Transmissibilidade: capacidade básica de um
• Resposta do homem ao estímulo e alterações que
agente infecioso propagar-se causando doença,
conduzem à invalidez, recuperação ou morte;
através dos passos da cadeia epidemiológica;
• Evolução da doença no indivíduo através do
tempo, na ausência de intervenção
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Uma pandemia acontece quando uma epidemia se • Pode depender do ser superior, sem, no entanto,
espalha por diversas regiões do planeta. o prejudicar, beneficiar ou invadir, designando-se
comensal;
• Quando causa doença infeciosa, designa-se
Infeções ligadas aos cuidados de saúde patogénico.
São infeções adquiridas pelos doentes em
consequência dos cuidados e procedimentos de saúde
prestados. Elo 2: Reservatório
(a história da saúde ocupacional fica na outra sebenta) • Todos os anos + de 400º trabalhadores eurpeus
morrem em AT;
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• + de 3 milhões são vítimas de um AT grave, Medidas de prevenção e proteção
resultando numa ausência do trabalho superior a
3 dias. • Limitar/ eliminar o risco
• Envolver o risco
Existem 2 tipos de acidentes de trabalho: • Afastar o homem
• Acidente sem afastamento: fica tudo bem e a • Proteger o homem
pessoa continua a trabalhar. • Equipamento de proteção coletiva:
• Acidente com afastamento: - Medidas gerais a serem tomadas numa empresa
- incapacidade temporária para proteger trabalhadores da exposição a um
- incapacidade parcial e permanente: condição na agente insalubre e/ou perigoso;
- Não só equipamentos, mas métodos e
qual a pessoa enfrenta uma redução parcial em
sua capacidade de realizar determinadas tecnologias
atividades, mas essa limitação não abrange todas - exemplos: sistemas de ventilação, barreiras de
proteção, sistemas de emergências (alarmes de
as áreas da vida ou todas as tarefas.
- incapacidade total ou permanente: isso implica emergência)
uma limitação completa ou abrangente na • Equipamento de proteção individual (EPI):
capacidade de uma pessoa para realizar tarefas ou - Todo o equipamento, bem como qualquer
funções básicas. Essa incapacidade pode afetar complemento ou acessório destinado a ser
todas as áreas da vida da pessoa. utilizado pelo trabalhador para proteger a sua
saúde e prevenir os riscos profissionais.
- exemplos: capacete de segurança, óculos de
segurança, abafador de ruído,
Doença profissional
Doenças diretamente resultantes do trabalho,
constantes da lista oficial de doenças profissionais. Serviços prestados por um programa de
São exemplo: segurança e saúde no trabalho
• Pneumoconioses: Condições pulmonares • Vigilância de saúde;
causadas pela inalação de poeira no local de • Monotorização/vigilância do local de trabalho;
trabalho. • Exames médicos:
• Dermatoses ocupacionais: Doenças de pele - Pré-contratação;
causadas por exposição a substâncias químicas no - Periódicos;
ambiente de trabalho. - Transferência;
• Stress ocupacional: Resultante de condições - Regresso ao trabalho;
extremas de trabalho, pressão constante ou - Reforma/conclusão
ambientes de trabalho hostis. • Promoção de saúde;
• Rastreios;
• Análise e design de tarefas relacionadas com o
Doenças relacionadas com o trabalho trabalho;
• Auditorias de segurança e prevenção de
Doenças adquiridas por causa do trabalho, mas que
acidentes;
não constam da lista oficial de doenças profissionais.
São exemplo: • Preparação para emergências;
• Aconselhamento pré-reforma.
• Problemas gastrointestinais: Estresse crônico no
trabalho pode contribuir para distúrbios
gastrointestinais como úlceras, síndrome do
intestino irritável, entre outros.
• Problemas de sono: Horários irregulares, estresse
e pressão no trabalho podem contribuir para
distúrbios do sono.
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Equipa de saúde ocupacional Alguns fatores que induzem aos riscos psicossociais
são:
• Interna;
• Externa; • Envelhecimento ativo;
• Comum; • A carga de trabalho;
• Trabalhadores independentes ou empresas • Conciliação da vida familiar com a profissional;
pequenas NÃO têm de ser seguidos por uma • Exigências emocionais;
equipa de saúde ocupacional • Relações interpessoais;
- São seguidos pelos ACES. • Desenvolvimento profissional.
• Saúde ocupacional
• Empregadores Síndrome geral de adaptação- Selye, 1936
• Trabalhadores
Descreve os sintomas do stress em 3 fases:
A promoção da saúde é responsabilidade de todos.
1º. Fase de alerta – o indivíduo entra em contacto
com o agente causador do stress e o seu corpo
perde o equilíbrio. Apresenta os seguintes
Risco psicossocial
sintomas:
Quando ocorre um desequilíbrio entre as interações - Mãos/pés frios;
entre: - Boca seca;
- Dor de estômago;
• Por um lado, o trabalho, o seu ambiente, a - Aumento da sudorese;
satisfação no trabalho e as condições da sua - Insónia;
organização; - Taquicardia.
• Por outro lado, a capacidade do trabalhador, as
suas necessidades, a sua cultura e a situação
pessoal fora do trabalho.
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2º. Fase da resistência – o corpo tenta volta ao Intervenções a realizar:
equilíbrio, podendo o organismo adaptar-se ao
problema, eliminando-o. Apresenta os seguintes
sintomas:
- Problemas de memória;
- Sensação de desgaste físico constante;
- Mudança de apetite;
- hipertensão arterial (HTA)
- Obsessão o agente causador do stress.
3º. Fase da exaustão – pode haver diversos
comprometimentos físicos em forma de doença.
Sintomas:
-Diarreia frequente;
- Dificuldades sexuais;
- Insónias/pesadelos;
Envelhecimento
- Tiques nervosos;
Processo sequencial, individual, acumulativo,
- Taquicardia;
irreversível, universal, não patológico, de deterioração
- Irritabilidade/perda do sentido de humor
de um organismo maduro.
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• Social: Teoria do desenvolvimento psicossocial de Erik
- Mudança nos papéis; Erikson
- Mudanças nas posições sociais;
Estádio 8: Integridade/Desespero
- Perdas de relações próximas.
• Polo positivo – o indivíduo procura estruturar o
seu tempo e utilizar as experiências vividas para
Pessoa idosa viver bem os seus últimos anos de vida.
(integridade)
Homem/mulher com mais de 65 anos, desligados de
• Polo negativo – a pessoa entra em desespero face
atividades profissionais formais, que mantêm as suas
ao fim de vida. Surge o sentimento de que o
capacidades. Subtipos:
tempo acabou, que nada mais pode fazer pela
• Idosos muito dependentes – com idades acima sociedade, pela família... (desepero)
dos 85 anos e com dependência, que resulta ou
do envelhecimento natural ou de doença;
• Idosos dependentes – cuja dependência resulta, Sexualidade
sobretudo, de doença crónica, que obriga a É um aspeto fulcral da vida do ser humano que
tratamentos médicos constantes; compreende o sexo, identidade, género, orientação
• Idosos independentes – são os que mantêm as sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução. A
suas capacidades, mas estão inativos. vivência e expressão da sexualidade é subjetiva e
traduz-se em pensamentos, fantasias, desejos,
crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas e
Teorias biológicas do envelhecimento relacionamentos.
Teoria imunitária: O sistema imunitário tem • Está presente em todas as fases da vida: antes do
dificuldade em distinguir as células saudáveis do nascimento, enquanto bebés, em criança, na
organismo das substâncias estranhas adolescência, na juventude, na vida adulta, na
velhice;
Teoria genética: O envelhecimento é programado
• UCSP + USF = unidades às quais as pessoas mais
biologicamente, faz parte de um contínuo, durante o
recorrem com questões de sexualidade; deviam
desenvolvimento orgânico, seguindo sempre a
promover mais iniciativas
embriogénese, a puberdade e a maturação
• UCC - Uma vez que abordam a população, deviam
Teoria do erro da síntese proteica: Alterações na ter mais impacto do que têm;
molécula de ADN fornecem informações genéticas
erradas, conduzindo à formação de proteínas
incompetentes; Sexualidade na velhice
Teoria do desgaste: As diferentes partes do corpo
humano deterioram-se com o uso.
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1. Dimensão biológica
Na mulher:
• Menopausa;
- Aumento do peso (mulher mais relaxada -> come
mais e exercita menos);
- Osteoporose (pela diminuição do estrogénio);
- Sintomas existem, mas também dependem de
outros fatores externos
• Diminuição progressiva dos níveis de estrogénio;
• Involução progressiva da genitália, com Disfunção sexual:
estreitamento e escurecimento vaginal;
Qualquer alteração na resposta sexual das pessoas,
• Aumento da fragilidade das paredes vaginais;
em uma ou mais etapas desta resposta, cujas fases
• Diminuição da lubrificação vaginal
são: desejo, orgasmo e resolução.
2. Dimensão psicológica
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Promoção da saúde sexual Estados de lesão por pressão
• Oferta de preservativos e gel lubrificante nas USF Estádio 1: pele intacta com vermelhidão não
e nos espaços de convivência de idosos; branqueável de uma área localizada, usualmente
• Aumento da oferta de testes sorológicos para as sobre uma proeminência óssea;
hepatites B e C, sífilis e HIV, contribuindo para o
Estádio 2: perda parcial da espessura da pele,
diagnóstico precoce;
envolvendo epiderme, derme ou ambas. É superficial
• Estímulo à colheita de papanicolau (coleta células
e apresenta-se como uma abrasão, bolha ou cratera
cervicais para detetar alterações pré-cancerígenas
rasa;
ou cancerígenas no colo do útero), em mulheres
idosas; Estádio 3: perda da espessura total de tecido. A
• Realização de oficinas sobre sexualidade, gordura subcutânea pode estar visível, mas não há
incluindo sexo seguro com linguagem e exposição exposição de ossos, tendões ou músculos;
adequadas às necessidades da população alvo.
Estádio 4: perda da espessura total do tecido com
exposição de fáscia ossos, tendões ou músculos;
Fatores de risco
Extrínsecos (ambiente):
• Pressão;
• Cisalhamento;
• Fricção;
• Imobilização;
• Humidade
Intrínsecos (pessoa)
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Cuidados diários 1. Imobilidade
• Perda da capacidade de realizar movimentos
• Observar a pele em busca de áreas com eritema e autónomos empregados no desempenho de
outras alterações da coloração; atividades de vida diária (AVD), devido à
• Hidratar a pele com cremes sem fragrâncias; diminuição das funções motoras;
• Não massajar regiões de proeminência eritema, • Compromete a independência do indivíduo e, por
coloração arroxeada ou com bolhas; fim, leva ao estado de incapacidade/fragilidade;
• Evitar o excesso de humidade e aplicar creme
protetor de pele nas áreas sob fraldas descartáveis Fatores:
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2. Instabilidade postural Prevenção:
Mobilidade = das principais funções corporais; O seu • Medidas para reduzir riscos ambientais;
comprometimento = afeta diretamente a • Medidas de terapia física, orientadas e prescritas
independência do indivíduo e traz consequências por profissionais visando a conservação e
gravíssimas. aumento da força muscular, a redução da dor, o
aumento da mobilidade articular e correção das
A instabilidade postural, por exemplo, leva o idoso à
deformidades articular e dos vícios de postura
queda, o que representa um dos maiores temores em
corporal;
geriatria.
• Treino da marcha reforço dos músculos e o uso
Quedas: adequado de instrumentos de auxílio (bengalas,
andadores, muletas);
• 30% dos indivíduos com mais de 65 anos caem
pelo menos 1 vez por ano;
• Metade cai de forma recorrente;
3. Incontinência urinaria
• Maior prevalência para mulheres na mesma faixa
etária; Qualquer perda de urina involuntária;
• Idosos de 75-84 anos com dependência para as
Tipos:
AVD têm risco 14 vezes maior para queda;
• Esforço –durante exercício físico, tosse ou espirro.
• Urgência – perda urinária acompanhada por um
Fatores de risco: forte desejo de urinar;
• Mista – quando as anteriores ocorrem
• Intrínsecos:
simultaneamente;
- Idade;
• Paradoxal – quando o volume de urina ultrapassa
- História de quedas recorrentes;
a capacidade vesical máxima;
- Doenças crónicas - osteoartrose, Parkinson,
• Total – quando a perda é contínua
sequelas de AVC,
- Uso de muitos medicamentos – antidepressivos,
ansiolíticos;
- Hipotensão ortostática; Fatores de risco
- Deficiência visual • Idade avançada;
• Extrínsecos: • Paridade;
- Superfície escorregadias; • Parto vaginal;
- Tapetes; • Queda dos níveis de estrogénio (enfraquecimento
- Iluminação deficiente; dos músculos do assoalho pélvico e perda de
- Calçado e bengalas inadequados suporte para a bexiga, uretra e órgãos
circundantes) na menopausa;
• Ser do sexo feminino;
Consequências: • Tratamento do cancro da próstata;
• Fraturas; • Incapacidades físicas e mentais;
• Aumento da dependência; • Algumas doenças podem agravar a IU – AVC,
• Medo de novas quedas; Parkinson, diabetes mellitus, insuficiência
• Restrição de atividades; cardíaca;
• Institucionalização; • Medicação e cirurgias, capazes de provocar a
• Aumento da morbilidade e altos índices de diminuição do tónus muscular pélvico ou gerar
mortalidade danos nervosos
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Consequências: • Demência;
- Síndrome caracterizada pela deterioração
• Económicas – medicação, fraldas;
considerável da cognição, resultando em
• Físicas – irritação da pele e úlceras;
problemas comportamentais e em prejuízo nas
• Psicossociais – isolamento, depressão, vergonha, AVD;
diminuição da autoestima, problemas conjugais, - Prevalência: 1% aos 60 anos e duplica a cada 5
familiares anos, atingindo 30-50% dos indivíduos por volta
dos 85 anos;
- Muitas pessoas com demência têm anomalias
4. Incapacidade cognitiva cerebrais associadas a mais que uma causa de
Designa o comprometimento das funções encefálicas demência:
superiores capaz da prejudicar a funcionalidade da
pessoa.
Cognição:
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• Iatrofarmacogenia: intervenção • Causas da insuficiência familiar:
- Sempre que possível usar medidas não
farmacológicas; - A redução da taxa de fertilidade;
- Iniciar o tratamento com doses menores e - O aumento da participação da mulher no
aumentar progressivamente; mercado de trabalho;
- Usar o estritamente necessário; - A valorização do individualismo;
- Escolher o esquema terapêutico mais simples - Os conflitos intergeracionais
possível.
As doenças
6. Comunicação
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Cancro • Sintomas:
- Dor prolongada no peito, muitas vezes em
A palavra é utilizada genericamente para identificar
repouso, que se estende na direção das costas, do
um vasto conjunto de doenças que são os tumores
queixo ou do braço esquerdo;
malignos.
- Arritmia;
• Tumores malignos = são muito diversos, havendo - Ansiedade, sudação, falta de força, vómitos
causas, formas de evolução e tratamentos
diferentes para cada tipo. Há, porém, uma
característica comum a todos eles = a divisão e o Doença cerebrovascular – incluindo o AVC isquémico
crescimento descontrolado das células;
• AVC = desenvolvimento rápido de sintomas/sinais
clínicos de um distúrbio focal (ocasionalmente
global) das funções cerebrais, com duração
Sintomas que acompanham a maioria dos cancros:
superior a 24 horas ou que conduzam à morte,
• Nódulo ou dureza anormal no corpo; sem outra causa aparente para além da vascular.
• Dor persistente no tempo, que não desaparece • AVC isquémico = fluxo interrompido
com analgésicos; • AIT (acidente vascular transitório) – tipo de
• Sinal ou verruga que se modifica; obstrução passageira, que não apresenta lesão
• Perda anormal de sangue ou outros líquidos; neurológica definitiva, nem sequelas; os sintomas
• Perda de peso não justificada – a perda de peso são passageiros;
sem dieta e sem aumentar a atividade física deve • AVC hemorrágico = rompimento de um vaso
ser valorizada; sanguíneo; representa; os seus sintomas incluem
dor de cabeça muito forte, que surge de repente e
pode vir acompanhada de perda de força e
Rastreios: sonolência.
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Para que sejam verdadeiros cuidados holísticos, Público-alvo:
devem ser evidentes:
• Crianças e adultos com malformações congénitas
• Comunicação adequada – absolutamente vital, ou outras situações que dependam de
facilita as más notícias, negação, conluio, terapêuticas de suporte de vida e/ou apoio de
perguntas difíceis, reações emocionais; longa duração para as AVD;
• Coordenação; • Pessoas com qualquer doença aguda grave e
• Controlo sintomático – escada analgésica; o alívio ameaçadora de vida, cujo tratamento diminui a
total da dor implica a atenção para todos os qualidade de vida (ex.: traumatismo grave,
aspetos da dor (física, zanga, depressão, leucemia);
ansiedade); • Pessoas com doença crónica progressiva (ex.:
• Continuidade; neoplasia, insuficiência renal ou hepática) e
• Formação contínua; independentemente do tratamento com
• Apoio aos cuidadores; intencionalidade curativa em curso/instituída;
• Cuidados especiais na fase de agonia; • Pessoas com doença ameaçadora da vida, que
• Suporte e apoio emocional; escolheram não fazer tratamento orientado para
• Espiritual e religioso; a doença;
• Apoio no luto; Fases:
Morte
Perda irreversível da função cerebral, acompanhada
dos sinais mais tradicionais;
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Avaliação da pessoa idosa Avaliação mental: cognitiva e afetiva
Objetivo = Conhecer com mais precisão o estado da
MEEM – Mini Exame do Estado Mental
pessoa idosa e os seus problemas, possibilitando uma
resposta mais completa e adequada dos profissionais • Avaliação simples e rápida;
de saúde e, consequentemente, uma melhor • Consiste em dizer o nome de três objetos à
qualidade de vida para a pessoa idosa; pessoa idosa, solicitar que ela os repita
imediatamente e três minutos depois;
O quê = As dimensões física, mental, social e a
• A incapacidade de relembrar os nomes indica a
funcionalidade com o objetivo de estabelecer e
necessidade de realização do teste completo
coordenar planos de cuidados, serviços e
intervenções, que respondam aos problemas da
(Pontuação total = 30 pontos.
pessoa idosa, às suas necessidades e incapacidades;
As notas de corte sugeridas são: analfabetos = 19;
Deve incluir: 1 a 3 anos de escolaridade = 23; 4 a 7 anos de
escolaridade = 24; > 7 anos de escolaridade = 28)
• Avaliação clínica: exame clínico e exames
complementares de diagnóstico;
• A combinação do MEEM com o Questionário de
• Avaliação física: capacidade física, marcha e
Pfeiffer indicam uma maior especificidade para a
equilíbrio e estado nutricional;
medida de declínio cognitivo mais grave.
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Avaliação da mobilidade O que fazer quando o rastreio da pessoa idosa é
positivo?
• Função dos MMSS (membros superiores);
• Função dos MMII (membros inferiores);
• Avaliação de equilíbrio e marcha – através do
protocolo de Mary Tinneti, 1986 – quanto menor
a pontuação maior o problema (< 19 indica um
risco de queda 5 vezes maior)
Avaliação funcional
Para o cuidador:
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Violência Violência Sexual
Uso intencional de força física/emocional/social ou
• Sinais de possível violência sexual:
poder, ou como ameaça contra si próprio, outra
- Nódoas negras nos seios ou genitais;
pessoa, um grupo ou uma comunidade, que resulte ou
- Doenças venéreas ou infeções genitais
tem grande probabilidade de resultar em ferimentos,
inesperadas;
mortes, danos psicológicos, desenvolvimento
- Hemorragia genital ou anal sem explicação;
prejudicado ou privação.
- Roupa interior rasgada, manchada ou com
NOTA: Unidade responsável por conhecer os seus sangue
indivíduos e as suas famílias: USF. Caso não haja essa
UCP
Negligência e Abandono
Violência Financeira/Económica
Violência Psicológica/Verbal
Qualquer prática que visa a apropriação ilícita do
• Sinais de possível violência psicológica/verbal:
património de uma pessoa idosa.
- A pessoa idosa encontra-se emocionalmente
perturbada; • Práticas de violência financeira/económica:
- Aparenta isolamento; - Forçar a pessoa a assinar um documento, sem
- Insónias; lhe explicar para que fim se destina;
- Medo das outras pessoas; - Forçar a pessoa idosa a celebrar um contrato ou
- Depressão não habitual; a alterar o seu testamento;
- Manifesta uma recusa inexplicável em participar - Forçar a pessoa idosa a fazer uma procuração ou
nas atividades normais; ultrapassar os poderes de mandato;
- Depreciação e/ou ameaças por parte dos - Tomar decisões sobre o património de uma
membros da família pessoa sem a sua autorização;
- Mudanças suspeitas de beneficiários de
testamentos, seguros ou de bens;
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Recomendações
• Aos profissionais:
- Avaliar periodicamente o nível de dependência
da pessoa nas suas AVD (quanto maior a
dependência, maior será o risco da ocorrência de
violência);
- Incentivar que os idosos participem em
atividades sociais e lazer;
- Detetar situações e fatores de risco e a efetiva
intervenção;
- Criar uma relação de confiança e recetividade –
profissional e idoso para propiciar um diálogo
aberto face às possíveis situações de violência;
- Orientar os familiares sobre o processo do
envelhecimento
• Às pessoas idosas:
- Ter amigos que o possam visitar;
- Participar em atividades físicas, sociais e da
comunidade (ex: centros de convivência,
voluntariado...)
- Ter o controlo do seu cartão bancário, não
fornecendo o código a estranhos ou a pessoas que
não dão a sua confiança;
- Ter alguém a quem recorrer quando se sentir
maltratado
• À família e sociedade:
- Sensibilizar e consciencializar a família e a
sociedade quanto a violência praticada contra a
pessoa idosa através de campanhas educativas,
média e materiais educativos;
- Educar a sociedade sobre o processo de
envelhecimento
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