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vídeo – arte rupestre – critica de arte.

Conceito de estética ao longo dos tempos -

Teoria - Uma teoria darwiniana da beleza

"We find beauty in something done well

Dennis Dutton foi um filósofo e professor de filosofia norte-americano. Ele é mais conhecido
por fundar o site "Arts & Letters Daily" em 1998, que se tornou uma fonte popular de artigos,
ensaios e resenhas sobre uma variedade de tópicos nas áreas de humanidades e ciências
sociais. Dutton também escreveu extensivamente sobre estética, evolução da arte e teoria da
evolução. A sua obra mais conhecida é o livro "The Art Instinct: Beauty, Pleasure, and Human
Evolution" (O Instinto da Arte: Beleza, Prazer e Evolução Humana), no qual ele explora a relação
entre a estética e a evolução biológica. Dutton faleceu em 2010.

"O Instinto da Arte: Beleza, Prazer e Evolução Humana" explora como a arte e o gosto estético
estão enraizados em nossa evolução biológica. Dennis Dutton argumenta que certas preferências
estéticas, como apreciar paisagens naturais, ritmo e padrões simétricos, têm suas raízes em
características evolutivas que nos ajudaram a sobreviver e prosperar como espécie. Ele sugere
que mesmo formas de arte contemporâneas podem ser entendidas à luz desses princípios. Por
exemplo, a apreciação por habilidades técnicas em pinturas ou a admiração por histórias que
desafiam nossas expectativas podem ser vistas como extensões de preferências evolutivas.
Dutton também discute como diferentes culturas manifestam suas próprias expressões artísticas,
mas ainda dentro de um contexto evolutivo comum.
Um exemplo que Dennis Dutton explora em "O Instinto da Arte" é a preferência universal por
paisagens naturais. Ele argumenta que os seres humanos têm uma inclinação inata para
apreciar paisagens com características como prados verdes, árvores frondosas, corpos de água e
horizontes amplos. Essa preferência pode ser seguida até os nossos ancestrais que habitavam
savanas durante a maior parte de nossa evolução. Paisagens desse tipo eram mais propícias para
encontrar comida, detetar predadores e se orientar no ambiente.

Dutton sugere que essa preferência é tão enraizada que é refletida em muitas formas de arte ao
longo da história, desde pinturas rupestres até paisagens renascentistas e fotografia
contemporânea. Além disso, ele discute como até mesmo em ambientes urbanos modernos,
onde a paisagem é dominada por construções humanas, as pessoas ainda buscam elementos
naturais, como parques, jardins e vistas panorâmicas, para satisfazer esse instinto biológico. Este
é apenas um dos muitos exemplos fascinantes que Dutton explora em seu livro

1. Beleza na natureza:

• Ao longo da evolução, os seres humanos desenvolveram uma preferência por


paisagens naturais, como campos verdes e corpos de água, devido à sua utilidade
na procura por comida, deteção de predadores e orientação no ambiente. Essa
inclinação é evidenciada em diversas formas de arte, desde pinturas rupestres até
paisagens renascentistas e fotografia contemporânea.
Outro exemplo que Dennis Dutton explora no livro "O Instinto da Arte" é a preferência por padrões
simétricos e harmoniosos. Ele argumenta que os seres humanos têm uma tendência inata para
apreciar padrões simétricos, que podem ser encontrados em várias formas de arte, desde a
arquitetura antiga até a arte contemporânea.

Um exemplo específico que ele pode mencionar é a simetria na arquitetura grega antiga, onde os
edifícios frequentemente apresentavam proporções harmónicas e simétricas, como os famosos
templos dóricos. Essa simetria era vista como uma expressão de ordem e beleza, refletindo os
princípios estéticos que os gregos consideravam ideais.
Dutton também pode discutir como artistas modernos, tal como o pintor Piet Mondrian, exploram
a simetria e a harmonia nas suas obras, mesmo em formas abstratas. Ele sugere que a
preferência por padrões simétricos pode ser uma manifestação de processos cognitivos básicos
que nos ajudam a reconhecer ordem e coerência no mundo ao nosso redor.

2. Simetria e harmonia:

• A preferência por padrões simétricos e equilibrados pode ser uma extensão de


processos cognitivos básicos que nos ajudam a reconhecer ordem e coerência no
mundo ao nosso redor. Essa tendência pode ser observada em obras de arte e
arquitetura ao longo da história, como os templos gregos antigos e pinturas
abstratas modernas.

Outro exemplo explorado é a apreciação por narrativas complexas e imprevisíveis. Ele argumenta
que os seres humanos têm uma tendência inata para se envolverem com histórias que
apresentam reviravoltas inesperadas, personagens complexos e conflitos emocionais.

Um exemplo que ele poderia discutir é o interesse duradouro nas obras de William Shakespeare,
conhecido por suas tramas complexas e personagens multifacetados. Obras como "Hamlet" e
"Macbeth" continuam a cativar audiências séculos após sua criação devido à sua riqueza
emocional e à profundidade psicológica dos seus personagens.
Dutton explora como essa preferência por narrativas complexas manifesta-se noutras formas de
arte, como filmes, séries de televisão e romances contemporâneos. Ele sugere que essa
preferência pode estar ligada à nossa necessidade de compreender as complexidades da
condição humana e de explorar diferentes perspetivas e experiências através da arte.
Um exemplo que ele pode abordar é o género literário do suspense ou thriller. Nessas histórias,
os leitores são frequentemente mantidos na ponta de suas cadeiras enquanto acompanham
reviravoltas imprevistas, revelações chocantes e personagens ambíguos. Essa apreciação pelo
suspense pode ser atribuída à nossa natureza curiosa e ao desejo de resolver mistérios e
descobrir a verdade. Ele sugere que essa preferência por histórias complexas e emocionantes
pode ser vista como uma extensão de nossa capacidade cognitiva para entender e interpretar o
mundo ao nosso redor.

3. Narrativas envolventes:

• A preferência por histórias complexas e imprevisíveis pode ser atribuída à nossa


necessidade evolutiva de aprender com experiências simuladas. Narrativas que
desafiam nossas expectativas e apresentam conflitos emocionais foram úteis para
desenvolver habilidades sociais e estratégicas necessárias para a sobrevivência e
o sucesso em grupo ao longo da história humana. Esses temas são explorados em
diversas formas de arte, incluindo literatura, cinema e música.

Exemplo prático evolutiva- persistência visual (reteniana)

vídeo - Uma teoria darwiniana da beleza

Essa frase de Dennis Dutton, "We find beauty in something done well" ("Nós encontramos beleza
em algo bem feito"), guarda uma ideia fundamental que ele explora em "O Instinto da Arte". Dutton
sugere que uma parte significativa da apreciação estética e da perceção de beleza está
relacionada à excelência técnica e à habilidade demonstrada numa obra de arte ou numa
realização humana.

Por exemplo, ele pode argumentar que admiramos uma pintura não apenas pelo seu tema ou
conceito, mas também pela perfeição técnica do artista ao criar a obra. Da mesma forma,
podemos encontrar beleza numa peça musical não apenas pela sua melodia, mas também pela
execução habilidosa dos músicos.
Essa ideia sugere que a apreciação estética não é apenas subjetiva, mas também pode ser
influenciada por critérios objetivos de qualidade e habilidade. Dutton pode destacar que a
excelência técnica muitas vezes aumenta nossa admiração por uma obra de arte e pode
contribuir para nossa percepção de sua beleza e significado.

A teoria proposta por Dennis Dutton, filósofo e professor de filosofia norte-americano, lança luz
sobre a relação entre a arte, a estética e a evolução humana. Dutton, conhecido por fundar o site
"Arts & Letters Daily" em 1998, é mais notável por sua obra "The Art Instinct: Beauty, Pleasure,
and Human Evolution" (O Instinto da Arte: Beleza, Prazer e Evolução Humana). Nesta obra, ele
explora como as preferências estéticas estão profundamente enraizadas em nossa história
evolutiva, influenciando nossa apreciação pela natureza, padrões simétricos e narrativas
complexas.

Conclusão:
A teoria de Dennis Dutton oferece uma perspectiva fascinante sobre como nossas preferências
estéticas são moldadas por nossa evolução biológica. Ao entender as origens dessas preferências,
podemos apreciar melhor a arte em suas diversas formas e compreender sua importância em nossas
vidas como seres humanos. Outros pensadores, como Steven Pinker e Richard Dawkins,
compartilham ideias semelhantes, destacando a interseção entre ciência, evolução e cultura na
compreensão da natureza humana e da apreciação estética.

Dutton, Dennis. The Art Instinct: Beauty, Pleasure, and Human Evolution . Nova York: Oxford
University Press, 2009.

Arts & Letters Daily. "Homepage." Acessado em [data de acesso], https://www.aldaily.com/ .

Pinturas rupestres. Disponível em museus e sítios arqueológicos que as exibem.


Leonardo da Vinci. Pinturas renascentistas. Disponível em livros de arte e museus.
Fotografia contemporânea. Disponível em galerias de arte contemporânea e livros de fotografia
moderna.
Templos gregos antigos. Disponível em livros de história da arte e sítios arqueológicos.
Pinturas abstratas modernas. Disponível em galerias de arte contemporânea e livros de arte.

Dawkins, Richard. O Gene Egoísta . Lisboa: Gradiva, 1999.

Pinker, Steven. The Blank Slate: The Modern Denial of Human Nature . Nova York: Penguin
Books, 2002.

Pinker, Steven. "Homepage." Acessado em [data de acesso], https://stevenpinker.com/ .

Dawkins, Richard. Página oficial. Acessado em [data de acesso], https://richarddawkins.net/ .

Beleza na natureza:

• Pintura: "Water Lilies" de Claude Monet, que retrata a serenidade e beleza dos
jardins de água.
• Cinema: O filme "A Origem" de Christopher Nolan, que apresenta cenas
deslumbrantes de paisagens naturais em seus sonhos compartilhados.
• Música: A suite "The Planets" de Gustav Holst, que evoca imagens da vastidão do
espaço e dos planetas no seu movimento "Júpiter, o Portador da Alegria".
2. Simetria e harmonia:

• Arquitetura: O Parthenon em Atenas, Grécia, conhecido por suas proporções


simétricas e harmoniosas.
• Pintura: "A Última Ceia" de Leonardo da Vinci, que apresenta uma composição
equilibrada e simétrica.
• Música: A Sonata ao Luar de Beethoven, famosa por sua estrutura simétrica e
harmoniosa.
3. Narrativas envolventes:

• Literatura: "Dom Quixote" de Miguel de Cervantes, uma história clássica repleta


de personagens complexos e reviravoltas inesperadas.
• Cinema: O filme "Clube de Combate " de David Fincher, que surpreende o
espetador com sua narrativa não linear e reviravoltas inesperadas.
• Música: "Bohemian Rhapsody" do Queen, uma canção que conta uma história épica
com múltiplos estágios e mudanças de ritmo.

"Bohemian Rhapsody" é uma das músicas mais icónicas da banda britânica Queen, escrita pelo
vocalista Freddie Mercury. A música foi lançada em 1975 como parte do álbum "A Night at the
Opera". A história por trás da música é bastante complexa e aberta à interpretação, mas há
algumas teorias sobre o significado da sua letra.
A canção começa com um jovem a confessar um homicídio à sua mãe e expressar arrependimento
por ter desperdiçado a sua vida. Ele está angustiado e preocupado com o que o futuro reserva após
o seu ato violento. A partir daí, a música mergulha numa série de secções distintas, incluindo um
segmento de opera, uma balada introspetiva e um final explosivo de rock.
A interpretação da letra é frequentemente debatida, mas há quem sugira que a música pode refletir
as próprias experiências pessoais de Freddie Mercury, as suas lutas internas e o seu sentido de
identidade. Outros veem a letra como uma representação da luta entre o bem e o mal, ou até mesmo
uma alegoria para questões sociais e políticas da época.
Independentemente da interpretação, "Bohemian Rhapsody" esta é elogiada pela sua composição
complexa, misturando elementos de rock, ópera e balada, e pela sua capacidade de evocar uma
ampla gama de emoções nos ouvintes. A música continua a ser uma das mais populares e amadas
dos Queen, e o seu significado pode ser interpretado de várias maneiras diferentes, o que contribui
para o seu apelo duradouro.

Sutcliffe, Phil. Queen: The Ultimate Illustrated History of the Crown Kings of Rock . Editora:
Voyageur Press, 2009.

1. Blake, Mark. Freddie Mercury: A Kind of Magic . Editora: Omnibus Press, 2010.
2. Queen. Queen: The Complete Illustrated Lyrics . Editora: Hal Leonard, 2000.

Artigos acadêmicos:

1. Baker, Paul. "The Semiotics of 'Bohemian Rhapsody'." Popular Music and Society , vol. 39,
no. 1, 2016, pp. 22-37.
2. Loza, Susana. "Freddie Mercury and the Performance of Racial Passing."
Ethnomusicology , vol. 64, no. 2, 2020, pp. 321-340.
3. Noble, Sarah-Louise. "Opera in Rock Music: A Case Study of 'Bohemian Rhapsody'."
Rock Music Studies , vol. 3, no. 2, 2016, pp. 145-162.

Sites confiáveis:

1. AllMusic. "Bohemian Rhapsody - Queen." consultado em [16-2-2024],


https://www.allmusic.com/ .
2. Rolling Stone. "Bohemian Rhapsody: The Inside Story of Freddie Mercury and Queen."
consultado em [16-2-2024], https://www.rollingstone.com/ .
3. Pitchfork. "Bohemian Rhapsody: Queen." consultado em [16-2-2024],
https://pitchfork.com/ .
. Vídeo Animação .
Brinquedos óticos
Como vemos animação por causa de evolução : Persiatência retiniana
Em 1824, Peter Mark Roget iniciou os estudos sobre a persistência na visão diante de
objetos em movimento. A persistência na retina, dependendo do objeto, causa uma sensação
ilusória, dado porque o olho humano capta de 10 a 12 imagens por segundo, retendo pelo
menos uma imagem por até um décimo de segundo, com isso, se a imagem subsequente for
substituída neste curto espaço de tempo, cria-se a ilusão de continuidade.
Persistência da Imagem: Quando uma imagem é apresentada ao cérebro, as células
fotossensíveis na retina respondem à luz e enviam sinais elétricos ao cérebro. Mesmo após a
imagem ter desaparecido, os sinais persistem por um curto período de tempo.

1. Iconic Memory: A persistência visual é suportada pela iconic memory, uma forma de
memória sensorial de curto prazo que retém informações visuais por um período muito
breve, geralmente menos de um segundo. Durante esse curto intervalo, a imagem ainda é
"vista" pelo cérebro, mesmo que não esteja mais presente no campo de visão.

2. Movimento Aparente: A persistência visual é fundamental para a perceção do movimento,


pois permite que o cérebro integre informações visuais ao longo do tempo. Por exemplo,
quando uma série de imagens em rápida sucessão é apresentada, a persistência visual faz
com que elas pareçam se fundir em um movimento contínuo.

3. Aplicações Práticas: A persistência visual é explorada em diversas áreas, como animação,


cinema, design gráfico e publicidade. Por exemplo, os animadores podem usar técnicas
específicas para criar a ilusão de movimento suave, aproveitando a persistência visual do
espectador.

4. Duração e Influência: A duração da persistência visual pode variar de pessoa para pessoa e
depende de fatores como a intensidade e a duração da exposição à imagem. Além disso,
fatores contextuais, como a luminosidade do ambiente, também podem influenciar a
persistência visual.

Bach, M. (1996). The Freiburg Visual Acuity Test–automatic measurement of visual


acuity. Optometry and Vision Science, 73(1), 49-53.

• Este artigo descreve um teste de acuidade visual que inclui avaliação da persistência
visual, fornecendo uma visão prática do fenômeno e sua medição.
2. Gardner, J. S., & Soto-Faraco, S. (2014). The Multisensory perception of rhythm. In
E. B. Goldstein (Ed.), Sensation and perception (pp. 432-457). Cengage Learning.

• Este capítulo discute a persistência visual em relação à percepção rítmica e


multisensorial, destacando como a persistência visual contribui para a integração de
informações sensoriais ao longo do tempo.
3. Collewijn, H., & Tamminga, E. P. (1984). Human smooth and saccadic eye movements
during voluntary pursuit of different target motions on different backgrounds. The
Journal of Physiology, 351(1), 217-250.

• Este estudo examina os movimentos oculares durante a perseguição visual e como a


persistência visual influencia a capacidade do sistema visual de acompanhar objetos
em movimento.
4. Arnold, D. H., Durant, S., & Johnston, A. (2007). Latency differences in the visual
processing of deliberate and reactive saccades. Experimental Brain Research, 179(3),
427-438.

• Este estudo investiga as diferenças na latência dos movimentos oculares em relação


à persistência visual, fornecendo insights sobre como o cérebro processa
informações visuais em movimento
Dawkins, R. (1976). O Gene Egoísta. Oxford University Press.
• Richard Dawkins explora a teoria da evolução e como os genes egoístas moldam o
comportamento e as características dos organismos.
2. Palmer, S. E. (1999). Vision science: Photons to phenomenology. MIT Press.

• Este livro aborda uma ampla gama de tópicos em ciência da visão, incluindo a
persistência visual e seus mecanismos subjacentes.
3. Tooby, J., & Cosmides, L. (1992). The psychological foundations of culture. In J. Barkow,
L. Cosmides, & J. Tooby (Eds.), The adapted mind: Evolutionary psychology and the
generation of culture (pp. 19-136). Oxford University Press.

• Este capítulo discute os fundamentos da psicologia evolucionista, incluindo a


evolução da percepção visual e suas implicações para a cultura humana

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