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Asherah ou Astarot era a deusa da fertilidade, sexualidade e, para alguns povos, da guerra. Foi
reverenciado pelos fenícios, especialmente os cananeus. Os egípcios também adoravam essa
divindade e, embora a maneira de representá-la fosse diferente da dos fenícios, eles
mantinham as mesmas crenças.
Asera era conhecida por uma grande diversidade de nomes, de acordo com diferentes
civilizações que prestavam homenagem à deusa e pediam que ela não faltasse comida.
Ela era considerada a deusa mãe, acreditando que ela era a mãe dos deuses, além de ter 70
filhos com ele, um deus que era associado como seu marido. Outras lendas dizem, no entanto,
que a deusa era um casal com Baal.
Além disso, por serem a deusa da guerra, os soldados costumavam entregar suas armaduras
nos templos de Aserá em gratidão pelas batalhas vencidas.
Etimologia
Asherah foi reverenciado em várias civilizações antigas onde o politeísmo era comum. De
acordo com o local, recebeu nomes diferentes. Por exemplo, os cananeus chamavam de
Astoret, enquanto na Mesopotâmia, especificamente os acadianos, chamavam de Ashratum
ou Ashratu.
O equivalente ao nome do Astoret em grego é Astarte. Por sua vez, os hititas usaram vários
nomes para designar a deusa, entre eles: Aserdu, Asherdu ou Asertu.
A divindade dos habitantes de Ugarit recebeu os nomes de Athirat ou Asera e, de acordo com
as escrituras hebraicas, era conhecida como Ashtarot, Astoret ou Astartes.
No entanto, apesar dos vários nomes sob os quais ela era conhecida, ela era a mesma deusa
considerada mãe. Segundo certos escritos, foi associado em algumas culturas à Deusa Astarte.
Às vezes, Asera era chamada Elath, cujo significado é “a Deusa”. Ele também foi associado a
“Ela que anda no mar” ou era conhecida como santidade (Qudshu).
Origem
Sobre a origem da deusa, existem várias concepções de acordo com a civilização em questão.
Por exemplo, para os cananeus, Astoret era a mesma deusa Inanna, irmã gêmea de Utu, o
deus do sol dos sumérios. Por sua vez, seu pai era Nanna, conhecido como Deus da Lua.
Segundo a civilização egípcia, ela era filha de Deus Rá conhecido como o Deus do Sol no Egito,
enquanto outros alegavam que seu pai era o Deus dos artesãos, cujo nome era Ptah.
Apesar das diferenças entre os nomes dados à deusa Asera, houve um ponto em que a maioria
das religiões que praticavam as diferentes civilizações convergiu porque estava associada à
grande mãe.
Atributos
Existem muitos atributos conferidos à divindade, que variam de uma cultura para outra, bem
como a maneira pela qual ela é representada.
Um dos atributos da deusa era o leão. Está associado a esse animal, visto que em várias
representações pictóricas encontradas na época apareceu a divindade, desprovida de roupas,
de pé sobre um leão.
Por outro lado, no Antigo Testamento, a representação de Asera em que se fazia referência ao
fato de que os pagãos o adoravam era baseada em um objeto de madeira.
Na cultura egípcia, os atributos da deusa Asera estavam relacionados aos cavalos, porque,
segundo a mitologia, esse era seu animal favorito.
Em algumas representações, a deusa é exposta com um disco lunar na mão, uma estrela
dentro de um círculo para se referir a Vênus ou mesmo com um golfinho.
Pode parecer completamente nu, cobrindo algumas partes do corpo, como os órgãos genitais
ou os seios. Você também pode ver esculturas nas quais a deusa é mostrada com a cabeça
coberta de maneira semelhante aos egípcios.
A concepção da deusa, de acordo com o elemento que ela representa, é semelhante à maioria
das civilizações da época, apesar da diversidade de nomes com os quais ela foi designada.
No entanto, existem diferenças em relação ao casal sentimental da deusa Asera que, para os
habitantes de Ugarit, recebeu o nome de El, com quem ela teria 70 filhos.
Em contraste, os acadianos alegaram que ela era casada com Anu, reconhecida como o Deus
do céu para os mesopotâmios. Por sua vez, os fenícios passaram a associá-lo em um nível
sentimental a Baal.
A “Deusa Mãe”, como era conhecida, era representada de várias maneiras e cultos, de acordo
com cada uma das civilizações que a veneravam.
Nome de uma deusa cananita, mas esse termo nem sempre se distingue dos instrumentos
usados em sua adoração. Referências às “colunas de Aserá” indicam alguns destacáveis
objetos de madeira usados no culto à deusa. Ao que parece, essas colunas eram levantadas ao
lado dos altares e, quando os israelitas obedeceram à ordem do Senhor, tais peças foram
derrubadas e a madeira usada como lenha para queimar seus próprios sacrifícios (Ex 34.13; Dt
7.5; 16.21; Jz 6.25)3.
Essa deusa é mencionada em vários documentos extrabíblicos. Nos textos ugaríticos ela era a
deusa do mar, intimamente ligada a Baal. Os dois foram invocados juntos no confronto entre
Elias e os falsos profetas, no monte Carmelo. Naquele desafio, o homem de Deus clamou e
caiu fogo do céu, o qual queimou o sacrifício ao Senhor. A chama ardente caiu em resposta às
orações de Elias, e não às dos falsos profetas (1Rs 18.19).
O povo de Israel desviava-se frequentemente do Senhor para adorar os deuses cananeus. Tal
“adultério”, como os profetas chamavam, era punido com grandes juízos de Deus. A extensão
com que tal adoração a Baal e Aserá penetrou na vida e na adoração dos israelitas pode ser
vista em muitos textos das Escrituras; mas a passagem de 2 Reis 21.3,7 merece uma nota
particular, pois mostra o perverso rei Manassés estabelecendo uma coluna de Aserá dentro do
próprio Templo. Como resultado dessa grande blasfêmia, o Senhor prometeu destruir
Jerusalém e permitir que os inimigos de Judá conquistassem a terra.
Talvez, mais do que qualquer outro culto, a influência de longo prazo do culto de Aserá tornou-
se um símbolo da assimilação israelita de outras culturas e religiões. As advertências feitas em
Êxodo 34.13 (“os seus altares derrubareis, e as suas colunas quebrareis, e os seus pos-tes-
ídolos cortareis”) e repetidas muitas vezes em Deuteronômio (cf. 7.5; 12.3; etc.) foram
ignoradas.
O ponto central do problema com a adoração de Aserá e Baal era que Israel recusava-se a
encarar com seriedade a necessidade de ser uma nação “santa” e dedicada somente ao Senhor
e ao seu serviço. A facilidade de assimilar as culturas ao redor e suas várias manifestações
religiosas sempre foi e será a questão que mais preocupa os homens e mulheres de Deus.
DEUSA ASERÁ
Aserá é uma Deusa cananéia muito antiga, uma inscrição suméria datando de 1750 a.C. se
refere a ela como a esposa de Anu, que pode ser identificado como El, o deus pai do panteão
cananeu, cujo papel é muito similar ao deus sumério An.
Aserá era chamada "A Senhora do Mar", o que a relaciona com a Nammu suméria e com a Ísis
egípcia, "nascida da umidade".
É possível que Aserá se convertesse na esposa de Yahvé aos olhos dos hebreus quando o deus
assimilou a iconografia de deus pai que havia pertencido a El.
Seu outro título era "Mãe dos Deuses", como a Deusa Ninhursag suméria, e entre seus setenta
filhos figuram Baal e Mot, e sua filha Anat.
Entre outros títulos se destacam ainda:"rainha do céu" (Jeremias 7:18; 44:17,19); senhora dos
céus, da terra e do mundo subterrâneo; o grande princípio fêmea universal.
Dizia-se que em suas mãos estavam a vida, a morte e a renovação de toda a natureza. Como
imagem da árvore da vida, se alçava nos templos e bosques de Canaã, e era venerada como
"Doadora de Vida".
Muitas de suas imagens, chamadas "asherim", eram esculpidas em madeira e colocadas junto
ao altar nos templos, ou em um bosque próximo ou sobre altares dispostos no alto de colinas
ou em "lugares elevados", consagrados à Deusa, como em Creta.
Fossem árvores ou efígies, as "asherim" eram as que provocavam a fúria dos profetas e as
orgias da destruição à mão de certos reis que, de vez em quando, instigados pelos profetas,
ordenavam sua eliminação imediata.
A palavra "Aserá" na Bíblia pode referir-se tanto a própria Deusa como sua imagem de madeira
esculpida, embora nenhuma dessas imagens sobreviveu.
No entanto, muitas figuras de argila, pequenas e nuas, foram encontradas no interior das
casas; e o corpo e as pernas, têm uma coluna cilíndrica que terminam em uma base plana.
É possível que as mulheres usassem estas diminutas imagens para pedir a Aserá sua ajuda no
parto ou para que lhes concedesse fertilidade.
Aserá foi a Deusa de Tiro e da Sidônia em épocas longínquas, ao menos desde 1200 a.C, e foi
provavelmente uma esposa sidônia de Salomão quem a introduziu na corte do rei hebreu.
Mais tarde, o rei Acab de Israel (873-852 a. C.) se casou com Jezabel, filha de um rei da Sidônia,
e o culto a Aserá foi estabelecido de novo na corte, junto com seu filho Baal.
O culto à Aserá no reino do norte, Israel, persistiu até 721 a.C., mas permaneceu em Betel, pois
lemos em Josias, que o rei de Judá (629-609 a.C), destruiu os altares que haviam sido erigidos
por Jeroboão 300 anos antes e como "queimou as Aserás". Queimou o altar, rompeu as
pedras, as reduziu à pó, e queimou o cipó sagrado).
Existem muitas referências veladas dos profetas às práticas nos templos cananeus, e também a
interpretação de sonhos.
O profeta Elias assinala que "a profecia extática israelita têm suas raízes profundas na religião
cananéia", as sacerdotisas e sacerdotes cananeus eram iniciados nas artes xamânicas.
As sacerdotisas e sacerdotes de Aserá e Baal eram chamados profetas, porém a prática de sua
vocação vinha sendo cada vez mais amenizada.
Finalmente foi suprimida pelos profetas hebreus como intérpretes da palavra divina.
Aserá era o pão da vida original. As mulheres hebréias e canaanitas amassavam o pães com
sua figura e eram benditos e comidos ritualmente.
Esse pão é o precursor da hóstia da comunhão. Eram encontrados ídolos seus debaixo de cada
árvore e era esculpida em árvores vivas ou se erigiam como postes ou pilares ao lado dos
altares ao longo dos caminhos.
Os antigos rituais sexuais (que atualmente são erroneamente considerados como simples
cultos à prostituição) associados à adoração de Aserá, asseguravam a continuação dos padrões
de descendência matrilinear, com sua sociedade afastada dos valores do dominador.
A referência Judaico-Cristã dessa lei dos Levitas, passou ao Império Romano, e é a fonte da
atual desigualdade sexual.
ASERÁ E LILITH
Porém, anteriormente, aparece como "Lillake" em uma tablita suméria de 2000 a.C.,
encontrada em Ur que contêm o conto de Gilgamesh e da Árvore Huluppu, um salgueiro
sagrado.
Ali ela é um ser demoníaco que vive no tronco da árvore do salgueiro arrancado pela Deusa
Inanna e lançado aos bancos do rio Eufrates.
Lilith se sentou originalmente em seu trono, uma árvore de salgueiro de três galhos com uma
serpente dragão em suas raízes e Anzu ou pássaro Zu ou Ku (o deus sumério das tormentas)
nos galhos.
Essa árvore estava consagrada a Deusa e foi plantada por Inanna no rio Eufrates.
A representavam como uma bela mulher nua com peitos proeminentes, situada entre dois
leões, flanqueados por duas corujas, usando um turbante de serpente e com asas.
Em suas mãos tem o símbolo do poder. Liltih se relaciona em várias ocasiões com a árvore do
conhecimento.
Entre outros títulos, Asera era conhecida como "A Deusa da Árvore da Vida", "A Divina Dama
do Éden" e "A Senhora da Serpente".
Aserá era representada, as vezes, como uma mulher que carregava uma ou mais serpentes nas
mãos.
Era a serpente de Aserá quem aconselhou Eva para desobedecer a ordem de deus de não
comer da árvore sagrada.
Segundo a Biblia, os antigos adoradores de Aserá incluíam ao rei sábio Salomão e outros reis
bíblicos, assim como suas esposas e filhas de Jerusalém.
Os profetas do antigo testamento, as vezes, os criticavam por oferecerem incenso à Rainha dos
Céus.
Como sabemos, esses rituais sempre eram realizados em frente à uma árvore que
representava a Deusa.
Era a árvore do bem e do mal, a árvore do conhecimento, a árvore da vida, enfim, a árvore
Huluppu.
Esse ritual realizado em torno da árvore, chegou aos nossos dias e hoje nós a conhecemos
como a Árvore de Natal.
CONECTANDO-SE COM ASERÁ
A Deusa Aserá está diretamente associada com a árvore de Natal e as festas natalinas. Os
melhores dias para estabelecermos conexão com Ela são: 10 e 15/02, 17/03 e 25/12. o Dia
consagrado é o sábado.
Seus símbolos são: o leão, os lírios, o salgueiro, um triângulo, uma coluna ou uma cruz.
Ela é a Grande Mãe, associada à fertilidade e ao sexo, regente do Céu e do planeta Vênus.
Conecte-se com essa Deusa poderosa, olhando para Vênus (a estrela matutina ou vespertina),
faça seus pedidos, medite e, em seguida, olhe para um espelho ou para a superfície de um lago
até perceber alguma imagem ou receber alguma mensagem ou intuição.
Asera é a Deusa que traz bênçãos especiais para a família e ajuda as pessoas à atingir seus
objetivos e sonhos
Quem é Quetzalcoatl
Quetzalcoatl era um deus mezoamericano pré colombiano de tamanha imporância que quase
nenhum aspecto da vida cotidiana estava livre de sua influência. Ainda que tenha sido também
uma figura histórica, suas decisões, ações e ensinamentos o elevaram para além da
humanidade e o tornaram o mito que temos hoje. Representa, assim, a capacidade do ser
humano em alcançar seu pleno potencial e divindade.
Apesar de não ser o mais poderoso dos deuses dentro do panteão mesoamericano, ou um dos
mais antigos, ele é, não obstante, parte integrante do sistema. Isso foi parcialmente alcançado
por sua capacidade de integrar-se com segurança aos atributos de seus irmãos deuses, a tal
ponto que é virtualmente impossível dizer se Quetzalcoatl era o verdadeiro originador ou vice-
versa. Portanto, estabelecer uma única personalidade definitiva para um deus é
extremamente difícil.
Deve-se também ter em mente que, apesar de Quetzalcoatl ser um nome asteca, as culturas
que os precederam tiveram seu nome para ele também, e aplicaram seus próprios atributos
únicos a ele.
Quetzalcoatl foi uma divindade importante tanto na arte quanto religião da maior parte da
Mesoamérica por quase 2.000 anos, desde a era pré-clássica até a conquista espanhola. As
civilizações que adoravam a Serpente Emplumada incluíam os mixtecas, toltecas, astecas, que
a adotavam do povo de Teotihuacan e dos maias.
Há vários estágios do culto a Quetzalcoatl: olmeca, tolteca, pipil, divindade maia (como
Kukulcán) e depois no grupo de deuses astecas. A cultura tolteca tomou a figura deste deus da
tradição religiosa de Teotihuacan onde há uma pirâmide dedicada à serpente emplumada que
data do segundo século da era cristã. No entanto, tem uma raiz histórica mais antiga. Estudos
recentes mostram que esse personagem está relacionado com a mitologia olmeca e sua visão
da serpente emplumada. A arte e a iconografia dos olmecas demonstram claramente a
importância da divindade da Serpente Emplumada nas cronologias mesoamericanas, bem
como na arte olmeca. Nas cavernas de Juxtlahuaca há uma representação de uma serpente
emplumada estilo olmeca. Mesmo em lugares distantes como a Lagoa de Asososca, em
Manágua, na Nicarágua, é possível encontrar pinturas rupestres representativas da Serpente
Emplumada, até Tula, no atual estado de Hidalgo, no México.
Há outra versão histórica, segundo a qual é possível que este deus tenha raízes Chichimecas.
Suas influências culturais abrangiam grande parte da Mesoamérica, incluindo as culturas maia
e mixteca. Os maias retomaram a Quetzalcóatl como Kukulkán ou Gucumatz, ainda que como
se disse dantes é mais conhecida a versão da cultura tolteca. Os astecas incorporaram essa
divindade ao chegarem ao Vale do México.
Os mexicas relacionaram Quetzalcoatl ao planeta Vênus, que pode ser visto como uma estrela
ao lado do vulcão Popocatépetl durante oito meses por ano, e desaparece por mais três
meses. A profecia que indica esta estrela e os dois solstícios diz que Quetzalcoatl vem à Terra
duas vezes por ano para trazer fertilidade e colheita, e isto acontecerá até a segunda vinda de
Quetzalcoatl em carne e osso. Uma das representações dessa divindade era a de um homem
barbado, de modo que, durante a conquista da Nova Espanha (Mesoamérica), algumas
pessoas identificaram Hernán Cortés com Quetzalcóatl. Esta afirmação nasce das primeiras
Cartas de Relacionamento que Cortés preparou para serem entregues ao rei espanhol Carlos
V. Considera-se que estas cartas foram uma estratégia legal, já que as conquistas de terra só
poderiam ser aprovadas pelo rei de acordo com as leis espanholas (As Sete Partes). Cortés não
tinha essa permissão e, portanto, tinha mandado de prisão. Mais tarde, ele defendeu sua
posição, dizendo que os mexicas se renderam confundindo-o com o dono das terras e Cortés
deu essa posse ao rei, alegando inocência. Durante o período colonial, a ilegalidade da
conquista foi esquecida e o mito de que os espanhóis foram confundidos por Quetzalcoatl foi
fortalecido, em parte pela aculturação oficial dos mexicas para reafirmar a hierarquia colonial.
Nos últimos tempos as religiões de origem neotolítica falam em suas tradições urbanas e
lendas do renascimento desse personagem, uma idéia que aparece no chamado Codex de
Quetzalcoatl.
O Personagem Histórico
Ce Acatl: "1 Bengala", começo do décimo terceiro e último dia do quarto mês Huei Tozoztli
(Perfuração do Grande Pássaro) dedicado ao auto-sacrifício.
Topi: "Nosso"
Piltzin: "Jovem Nobre / Príncipe", o nome pelo qual o governante foi reconhecido.
Sua denominação como Quetzalcoatl é devido ao culto a que pertencia. Alguns autores
acreditam que Tollan é hoje a cidade de Tula, localizada no estado de Hidalgo, no México. A
lenda diz que ele caiu nas tentações que os deuses apresentaram ao último rei de Tula e que
eles estão associados com estados não religiosos e guerreiros (precedentes ao estado de
Mexica ). Teotihuacán, a cidade dos deuses, antecede essas cidades.
A antropóloga Carmen Cook de Leonhardt promoveu nos anos 80 a afirmação de que a cidade
de María Magdalena Amatlán, ou Amatlán de Quetzalcóatl (um dos bairros de Tepoztlán ),
tinha sido o berço do príncipe Ce Ácatl Quetzalcóatl. O presidente mexicano José López Portillo
aceitou a proposta e de alguma forma "oficializou" a crença de que o Quetzalcoatl histórico
havia nascido lá. O romancista e pesquisador mexicano Fernando Zamora (apoiado pelo
Instituto de Pesquisas Estéticas da UNAM ) discute o fato na tese: "Quetzalcoatl nasceu em
Amatlán: Identidade e Nação em um Povo Mesoamericano", publicado pela Universidad
Iberoamericana.
Cook baseou sua reivindicação em três estelas, nas quais ela foi representada respectivamente
como uma serpente emplumada e como o planeta Vênus. De acordo com Cook, nessas estelas
e baseado no modo como Vênus se move através do céu, ela descobriu que o pai do deus da
serpente era o rei tolteca Mixcoatl (representado na Via Láctea) e que o nome de sua mãe era
Chimalma. Duas das colinas que cercam o local foram nomeadas desde os tempos pré-
hispânicos, o que levou Carmen Cook à convicção de que Amatlán era o local de nascimento de
Quetzalcóatl, fato que, embora não tenha recebido aceitação da comunidade científica, é
geralmente aceito como verdadeiro pelo povo do estado de Morelos, e particularmente pelo
povo de Amatlán.
Iconografia
O registro arqueológico mostra que após a queda de Teotihuacan, que marcou o início do
período epi-clássico na cronologia mesoamericana, por volta de 600 dC, o culto da serpente
emplumada se espalhou para os novos centros religiosos e políticos no centro do México,
centros como Xochicalco, Cacaxtla e Cholula. A iconografia da serpente emplumada é
proeminente em todos esses locais. Cholula é conhecido por ter permanecido como o mais
importante centro de culto a Quetzalcoatl, a versão asteca/nahua da divindade serpente
emplumada, no período pós-clássico.
Ele era o vento, o guia e varredor de estradas dos deuses da chuva, dos senhores da água,
daqueles que traziam chuva. E quando o vento subiu, quando o pó retumbou, e estalou e
houve um grande estrondo, tornou-se escuro e o vento soprou em muitas direções, e trovejou;
então foi dito: "[Quetzalcoatl] está irado."
Quetzalcoatl também estava ligado ao governo e ao ofício sacerdotal; além disso, entre os
toltecas foi usado como título e emblema militar.
Embora normalmente não seja emplumada, a iconografia clássica da serpente maia parece
relacionada à crença em uma divindade da serpente relacionada ao céu, a Vênus, ao criador, à
guerra e à fertilidade. No exemplo de Yaxchilan, a Serpente Visionista tem a face humana do
jovem deus do milho, sugerindo ainda uma conexão com a fertilidade e a renovação da
vegetação; o deus Maia Young Maize também estava ligado a Vênus.
Mitologia
A maioria das crenças mesoamericanas incluía ciclos de sóis. Muitas vezes nosso tempo atual
era considerado o quinto sol, os quatro anteriores foram destruídos por enchente, fogo e
similares. Quetzalcoatl foi para Mictlan, o submundo, e criou a humanidade do quinto mundo
a partir dos ossos das raças anteriores (com a ajuda de Cihuacoatl), usando seu próprio
sangue, de uma ferida que infligiu em seus lóbulos da orelha, panturrilhas, língua e pênis para
imbuir os ossos com nova vida. Isto também parece sugerie que ele era filho de Xochiquetzal e
Mixcoatl.
No Codex Chimalpopoca, é dito que Quetzalcoatl foi coagido por Tezcatlipoca a se embebedar
em pulque, relacionando-se sexualmente com sua irmã, Quetzalpetlatl, uma sacerdotisa
celibatária, e negligenciando seus deveres religiosos. Na manhã seguinte, Quetzalcoatl,
sentindo vergonha e arrependimento, mandou seus servos construírem um baú de pedra,
adorná-lo em turquesa e, em seguida, deitá-lo no baú e incendiá-lo. Suas cinzas subiram para o
céu e então seu coração se seguiu, tornando-se a estrela da manhã (Vênus).
Simbolismo
Para a cultura asteca e outras civilizações mesoamericanas, o deus era também o irmão de
Tezcatlipoca. Para os toltecas, eles eram rivais. Seja como for, ambos foram considerados
como o Ser Supremo. A combinação Quetzal-Coatl contém os seguintes significados, todos
relacionados com as funções de Quetzalcoatl na teologia tolteca: "cobra com penas", "duplo
precioso", "ave das idades", "gema dos ciclos", "umbigo ou belo centro","serpente aquática
fecundadora", "barba de serpente", "o precioso conselheiro", "dualidade divina", "feminino e
masculino ", "pecado e perfeição", "movimento e quietude". Quetzalcoatl também foi
importante para a civilização de Teotihuacan.
Lendas Associadas
Vários relatos escritos estabelecem as seguintes crenças sobre Quetzalcoatl que prevaleceram
na Mesoamérica durante o século XVI:
Realizou milagres.
Pregou a paz.
Culto
A Profecia
O Códice Bórgia, um dos poucos documentos sobreviventes da cultura asteca, contém uma
profecia que possui considerável conexão com nossos objetivos, a chamada Profecia de Paz de
Quetzalcoatl:
Mantém vivo o meu ideal, dos dias futuros em que todos estarão livres, quando cada pessoa,
cada espírito, viverá na harmonia sagrada. A paz soará acima da nação da tartaruga. A águia
conduzirá o mundo à salvação.
Talvez o deus mais importante da mitologia da antiga Mesoamérica e certamente um dos mais
complexos e difíceis de entender é Quetzalcoatl.
O deus Quetzalcóatl
O nome asteca “Quetzalcoatl” significa “serpente com pena de quetzal”, em referência à bela
plumagem azul e verde da ave quetzal. Nos dialetos maias ele é conhecido como Kukulcán.
Existe evidência arqueológica do culto a Quetzalcóatl desde pelo menos o primeiro século, em
Teotihuacán, o grande centro urbano e o complexo de templos cujas famosas pirâmides estão
perto da moderna Cidade do México.
No entanto, devemos considerar que as fontes escritas existentes mais importantes sobre as
lendas de Quetzalcóatl são decorrentes das traduções para o espanhol e as descrições da
história, religião, literatura e lendas astecas do século XVI (depois da conquista).
Não se sabe até quando é possível rastrear muitos dos elementos das lendas de Quetzalcóatl,
e é difícil saber com precisão que foram entendidas e registradas pelos espanhóis.
A partir de então, ascendeu ao céu, onde se tornou a estrela de Vênus da tarde e da manhã
(em asteca, Tlahuizcalpantecuhtli).
Embora os astecas associaram a lendária cidade de Tollan com as ruínas do século XI, a cidade
tolteca de Tollan, onde o culto ao deus Quetzalcoatl foi especialmente importante, qualquer
que seja a sua relação precisa com a história secular, a cidade de Tollan de Quetzalcóatl é vista
como a principal cidade mítica.
Dizem que Quetzalcóatl tinha uma visão cósmica do deus Ometeotl (Deus da criação) e que
governou sob a sua autoridade. Em seu governo, Tollan foi o centro da ordem cerimonial, da
retidão, da abundância e a riqueza, da harmonia social e o brilho artística.
O sacrifício humano foi proibido por Quetzalcóatl, que governou com a misericórdia e a justiça.
Como o perfeito rei sacerdote, Topiltzin Quetzalcoatl se tornou em um modelo a ser seguido
pelos líderes mesoamericanos posteriores, legitimando a ordem social, religiosa e política dos
reis e sacerdotes, que afirmam governar depois dele e sob sua autoridade. De fato, os mesmos
sumos sacerdotes astecas eram chamados de “Quetzalcoatl”.
No entanto, essa perfeita ordem foi destruída pela intervenção do malvado Tezcatlipoca
(“Espelho fumegante”), que, pelo poder de um espelho mágico de obsidiana, enganou a
Quetzalcóatl para que traísse seus votos sacerdotais.
Foi então que Tezcatlipoca usurpou sua autoridade, exigiu sacrifícios humanos e a época de
ouro acabou. Curiosamente, a história tem dois finais diferentes.
Na segunda, entra no mar, prometendo retornar algum dia, para derrubar Tezcatlipoca e
restaurar seu reino perfeito sobre a terra.
A conquista do México foi, em parte, impulsionada pela crença perfeita dos astecas, que
Quetzalcóatl algum dia voltaria como prometeu.