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Pós-graduação 40 anos:
entre luzes e sombras na “meia idade”
http://dx.doi.org/10.11606/1807-55092017000nesp121 Walter Roberto CORREIA* *Escola de Educação
Física e Esporte,
Universidade de São
Paulo, São Paulo, SP,
Brasil.
Eis o momento para comemoração, ou seja, década de 1930 do século passado. As referidas elites
memorar juntos um feito pleno de historicidade, cunharam um projeto para revolucionar intelectual
esforços e, sobretudo, ousadias. A Pós-graduação da e cientificamente as concepções econômicas,
Escola de Educação Física e Esporte completa quatro políticas e culturais dos brasileiros. Esse processo foi
décadas de investimento num sistema educacional consubstanciado pelo interventor Armando Salles
marcado por precariedades e desigualdades. Quando Oliveira em 1934 com ajuda de muitos professores
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século passado (1934) e, desde sua fase embrionária, Ensino Superior. No movimento desses sucessivos
já apontava para um virtuosismo expresso nos protagonismos e pioneirismos, a Pós-graduação da
seus sucessivos pioneirismos. À época, a criação EEFE-USP alcança o nível de excelência internacional
da Escola Superior de Educação Física do Estado e, por essa condição ou “status”, emite ressonâncias
de São Paulo estava vinculada ao Departamento tanto para os programas de “stricto-sensu” como
de Educação Física do Governo do Estado de São para os modelos de graduação em Educação Física e
Paulo e representava a primeira instituição civil do Esporte. Foi a partir da perspectiva crítica e revisora
Brasil. Seus propósitos iniciais se circunscreviam nos dos conhecimentos academicamente elaborados, que
horizontes da formação de professores e técnicos a identidade da área foi submetida ao crivo da análise
de Educação Física. Outro dado digno de nota diz acadêmica e, por essa razão, foi possível instituir
respeito ao ineditismo de incorporar as mulheres processos formativos distintos entre Educação Física
no seu corpo discente. Num enfoque prático e e Esporte na década de 1990 do século passado.
técnico, as formações se destinavam a qualificação Para tanto, mediante ao otimismo e aposta do
de instrutores de ginástica e professores de Educação “Universitas Studiorum”, o anseio pela integração
Física. Esse contexto foi impulsionado pelo ideário de conhecimentos de natureza básica, aplicada e
dos Pioneiros da Educação, especialmente pelo tecnológica se mantêm firmes, balizando e nutrindo
educador Fernando de Azevêdo2 que na ambição o funcionamento dos departamentos de Pedagogia
do chamado “Escolanovismo” inseriu a Educação do Movimento do Corpo Humano, Esporte e
Física no âmbito da política educacional vigente. Biodinâmica e, atualmente, dando consistência
Visto à distância, uma primeira metade de século e sentido para as áreas de concentração, ou seja:
“grávida” de ambições, pioneirismos e realizações. Estudos Biodinâmicos da Educação Física e do
Assim sendo, a Escola Superior de Educação Física Esporte; Estudos Socioculturais e Comportamentais
do Estado de São Paulo trilhou um longo e itinerante da Educação Física e do Esporte.
caminho para ser incorporada à Universidade de São Portanto, estamos fazendo referências a uma
Paulo. A década de 1960 foi intensa nas tratativas escola de formação octogenária numa universidade
de incorporação dessa unidade universitária junto também octogenária que, juntas, viabilizaram
à USP, sendo que na década subsequente, a Escola um programa de produção de conhecimento de
de Educação Física firma seus alicerces em território excelência que atinge sua maturidade, ou seja, 40
“Uspiano” em 1976. A referida década já impunha anos! Assim sendo, o que poderíamos esperar no
uma aspiração de ampliação e inserção no cenário que diz respeito ao por vir, ao futuro? Uma vez
científico, almejando protagonismo no âmbito da perpassadas as fases embrionárias de crescimento, de
pesquisa e da produção acadêmica. desenvolvimento, de estabilização, de consolidação
Nesse contexto, em 1979 foi criado o primeiro e da maturidade excelente (CAPES/7), para onde
curso de mestrado da América Latina. Nos anos caminhar? Qual é o projeto?
1980, foram envidados esforços para que muitos Uma pessoa física ou jurídica quando alcança a
docentes obtivessem formações no exterior para maturidade traz consigo luzes e sombras do caminho
dar a ancoragem ao projeto de desenvolvimento percorrido. No caso de uma instituição que lidera
acadêmico. Aqui, nesse intercurso temporal e e protagoniza processos de inovação e vanguarda,
histórico, emergem protagonistas que avançam costuma ter para si claros os seus elementos de
na constituição de suas linhas de pesquisa e na ancoragem, bem como os marcadores de horizonte
materialização dos seus laboratórios e, sobremaneira, que a mobiliza numa dada direção. Um programa
pavimentam um percurso que deixou para trás de Pós- graduação de 40 anos numa universidade
o paradigma técnico/profissional e, dessa forma, de 80, pode ser considerado uma “personalidade”
interpôs sua identidade acadêmica de excelência na de meia-idade. Personalidades de meia-idade, sejam
pesquisa e na produção do conhecimento. Ao final físicas ou jurídicas, não dispensam nas suas jornadas
do referido período, a EEFE-USP cria o primeiro esforços adaptativos para construírem um lugar na
programa de doutorado em 1989. dinâmica da vida social. O ideal é manter sua eficácia
Nesse empreendimento institucional, foi possível sistêmica. Investir na construção da sua existência
formar mais 600 mestres e doutores e, por essa e ampliar seus tempos e espaços para o firmamento
razão, tem se tornado ícone no cenário nacional de uma identidade social presume, invariavelmente,
no provimento de interlocutores acadêmicos que aceitação das normas e convenções de um macro
atuam tanto na docência como na pesquisa no sistema, caso contrário, sem misericórdia, perecerá.
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Fazendo uma analogia a partir de uma tradição alçar uma aceitação social, sendo que esses conteúdos
do campo psíquico e humanístico, ou seja, das ficam fora da esfera da consciência. Os conteúdos
contribuições da Psicologia Analítica de Carl rejeitados pela ordem moral e social são concebidos
G. Jung 3 e, assumidamente, certo dos riscos como a “sombra”. Esses conteúdos não são apagados
que uma analogia pode oferecer em termos de definitivamente da esfera psíquica. Segundo
impropriedades, a questão da maturidade de uma Monteiro6 quando as adaptações não são mais
pessoa está vinculada a ampliação da consciência estáveis e eficazes, esses conteúdos imagéticos emergem
de si mesma, seja das “luzes” e, principalmente, das sob a forma de sintomas diversos e, recorrentemente,
suas “sombras”. No caso de pessoas físicas em geral, são traduzidos como crise. A crise da meia idade.
segundo os preceitos teóricos da referida tradição Nesses processos, a possiblidade de renovação de si na
psicológica, a tônica da primeira metade da vida busca de uma atualização psíquica e espiritual (sentido
recai sobre adaptações biológicas e sociais, tendo da existência) promove uma mudança no padrão de
como ideal a busca pela socialização por parte dos pensamento, ou seja, uma “metanóia”.
indivíduos. Na segunda metade da vida, mobilizados Em síntese, vamos substituindo o falso “self ”
pela força do inconsciente, a tônica se reverte para adaptativo pelo “self” verdadeiro atualizado pela busca
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das suas “luzes”, já explicitadas nos parágrafos iniciais relações humanas e sociais, podendo ocasionar
do presente texto, mas, principalmente, das suas ressonâncias na subjetividade característica do ser
sombras. Sobre essas últimas, lançamos a hipótese humano, atribuindo uma natureza inanimada e
de que alguns sintomas do “mal estar acadêmico” coisificada da inteligibilidade e criatividade dos
podem ficcionalmente estarem atrelados à sombra seus protagonistas. Protagonistas presumidamente
do programa de Pós-graduação na construção da talentosos e treinados no manuseio das técnicas
sua exitosa identidade social. e metodologias de pesquisa e gerenciamento de
A Pós-graduação se converteu no primal grupos produtivos. Eis, portanto, uma questão para
empreendimento institucional e, por essa razão, a orientação de recursos humanos de excelência. A
conjecturamos que se tornou no grande divisor e presença de uma massa virtuosamente competente
legitimador de “status” social entre os docentes. representativa de um corpo de talentos implica
Alguns indícios significantes nos inclinam a sinalizar um perspicaz processo de liderança institucional.
a amplitude desse valor acadêmico como critério Liderança que se depara com a diversidade de
de uma divisão social do trabalho docente e, por interlocutores com formações muitos particulares.
sua vez, a distribuição de poderes nas diferentes As pluralidades das subjetividades se impõem e, por
instâncias da própria unidade universitária. Estar essa razão, constituem-se em desafios no seu manejo
inserido na Pós-graduação enseja a ideia de estar e convivência. Tomando de empréstimo algumas
comprometido com a instituição e, por essa razão, noções de Baumann7 na modernidade o encontro
lhe permite ter a voz relativamente considerada das diversidades nas grandes cidades promovem
nas decisões institucionais, inclusive, nos fóruns sentimentos concomitantes e ambivalentes. No
informais decisórios. encontro entre os diferentes emergem sentimentos
O credenciamento da Pós-graduação confere aos contraditórios entre desejos de integração e de
sujeitos o crédito no pleito para as possiblidades diferenciação, inserção e separação, desencadeando
de estágios de pós-doutorado, disponibilidade que se poderia denominar “miso-filia” e “miso-
de verbas, jornadas parciais ou integrais nos fobia”. Retornando ao contexto da Pós-graduação,
regimes de trabalho e, sobretudo, no progresso da ratificando o risco das analogias mencionadas, a
carreira. A força do “publique ou pereça” é cânone convivência de talentos em processo de produção
consagrado e, a partir desse, cria-se um sistema não competitiva não se configura como uma realidade
declarado, mas não menos operante, de autorizações acabada em plena “simbiose acadêmica”.
e deliberações desiguais em instâncias, como Um programa de Pós-graduação contém
por exemplo, a divisão de cargos comissionados, movimentos agregadores entre seus interlocutores
coordenações, distribuição de responsabilidade de (“Filias”) em torno de projetos e temáticas
disciplinas dentre outras. A noção de produção que viabilizem as expertises produtivas. Aqui a
está atrelada a produção científica a despeito do pluralidade das subjetividades e das competências é
espectro mais amplo de demandas institucionais, veementemente estimulada. No entanto, por mais
sejam elas radicadas no ensino, na extensão e no que as individualidades competentes e competitivas
administrativo. A reificação desse entendimento entre si criem seus pactos de trabalho, a virtude
é expressa em frases ou comentários ordinários do de um lembra a carência do outro. A escolha por
tipo: “(...) que bom que você aceitou essa tarefa ou um objeto ou aventura metodológica de parceiro
comissão, mas não se esqueça, o que importa mesmo investigativo, não reafirma o pressuposto saber do
é a sua produção; Não há produção de conhecimento outro. Num contexto de pressupostos ou presunçosos
fora da Pós-Graduação; Sem laboratório, sem grupo de “notáveis”, a luz ao lado projeta, inevitavelmente,
pesquisa e sem verba não se produz conhecimento; Só certa nebulosidade ou sombra. Eis o pequeno germe
é bom professor se for bom pesquisador; Conhecimento da “fobia” no seio da diversidade acadêmica.
válido é conhecimento passível de experimentação, Uma jornada madura de quarenta anos e de
quantificação e veiculado internacionalmente etc...” excelência reconhecida remete, inexoravelmente, um
desafio, ou seja, que propósitos ou horizontes serão
A utilização da noção do reificar é posta almejados para dar significado aos protagonistas em
propositadamente, tendo em vista que o sistema produção competitiva por notoriedade acadêmica?
acadêmico vigente segue a lógica capitalista Para onde iremos? Quem define o sentido da jornada
que, amiúde, tende a gerar sobreposição ou doravante? Especulando uma imagem do métieu
supervalorização da produção, em detrimento das acadêmico, subir o “sarrafo” ou utilizar outras
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término de determinados cursos de formação e a presente e, desse ponto, lançar luzes para a vanguarda
proposição da mudança de enfoque formativo e de do porvir. As pessoas e as instituições que não temem
nomenclatura dos cursos de graduação. assimilar conscientemente as ambivalências de suas
É preciso lembrar que foram investidos recursos luzes e sombras logram, surpreendentemente, um
suntuosos na contratação de docentes, da montagem encontro profícuo entre individuação e totalidade. As
de laboratórios, no envio de docentes ao exterior que resistem prover um olhar para sua interioridade
para pós-doutoramento em nome de um projeto e, repetida e obedientemente, se satisfazem com a
dimensionado a partir dos significantes Educação aprovação de uma avaliação externa simplesmente,
Física e Esporte. Sucumbir aos apelos corporativos e sem misericórdia, não serão poupadas da crise de
às conveniências contingenciais de grupos pontuais propósito ao atingirem a sua meia longevidade.
acirrarão, certamente, os narcisismos já presentes A busca por sua renovação se torna imperiosa
e, inevitavelmente, comprometerá o próprio para a atualização de significados entre seus pares.
programa. Ainda sobre esse enfoque especulativo, A inconsciência desses dinamismos é prenha de
é perceptível que as agendas ou proposições sintomas. Sintomas esses apontados por Daolio8
da esfera da Pós-graduação nas semanas de como nefastos para um não tempo e um não lugar
planejamento institucional incidam limitadamente dos sentidos e modos de produção acadêmica.
sobre os parâmetros quantitativos das pontuações A negligência desses aspectos, invariavelmente,
para a “elevação do sarrafo”. O pressuposto conduz ao comportamento neurótico, ou seja, um
empobrecimento simbólico de cunho utilitarista descompasso entre o desejo e as regras do entorno
e imediatista não é prerrogativa da Pós-graduação, social. Metaforicamente, as razões e as imagens do
tampouco, sua indelével culpa. amanhecer não serão as mesmas do entardecer. O
Uma pessoa jurídica como a Pós-graduação não “modus operandi” que alicerçou a caminhada na
prescindirá da tarefa de pensar a sua natureza e direção da avaliação/conceito 7 não está imune à
especificidade se quiser manter suas estruturas de entropia. Os protagonistas desse empreendimento
excelência e produtividade. De forma análoga com acadêmico que, por ora, nos toma, sinalizam fadiga
uma pessoa física, o programa de “meia idade” na manutenção das horarias acadêmico-sociais. Aliás,
não deverá ficar mais atrelado restritamente aos fadigas e incertezas são comuns numa travessia,
parâmetros externos, especialmente, se quiser criar especialmente, quando se ousa desafiar o óbvio, o
uma dinâmica de estímulo e valorização dos recursos dado e o estabelecido.
humanos talentosos que comporta. Isso também diz Enfim, uma personalidade madura, após alguns
respeito à possiblidade de vislumbrar horizontes de anos de “estrada” não ignora as marcas da jornada
investimentos ousados em determinados territórios que, por experiência elaborada e, não apenas
de investigação. acumulada, conjuga de forma consciente os valores
Toda maturidade poderia ser investida no fomento que o circundam com a busca corajosa e audaz da
de uma nova tecitura de projetos a partir de um sua singularidade. Para tanto, sabermos quem somos
campo melhor delimitado/caracterizado acadêmico e qual é nossa identidade é imprescindível. Essa
e profissionalmente. Desse modo, a expectativa seria questão é de fundamental importância para balizar
compor novas sinergias para que viabilizássemos as relações e produções acadêmicas. A questão da
as linhas de pesquisa de uma forma mais coerente base epistemológica é uma demanda que vem sendo
epistemologicamente, não ficando aos sabores das negligenciada e evitada compulsivamente, por
preferências individuais ou das inciativas flutuantes longa data, “indesejada” por alguns, como podemos
e contingenciais. Nesse sentido, reivindica-se o evidenciar em Morford9, Bressan10 e Tani11.
esforço na direção de uma liderança que favoreça um Com certa clareza sobre a identidade acadêmica
adequado e sapiente manejo da diversidade humana poderemos tomar a vida investigativa e produtiva
e acadêmica, a partir de um projeto de cruzamentos com as “próprias mãos”. Nossa excelência, dentre
interdisciplinares de curto, médio e longo prazo. outras coisas, poderia ser evidenciada na perspectiva
Assim, dar uma resposta ao traço provinciano às da nossa capacidade de autoanálise, não apenas
tão reticentes oposições narciso-competitivas entre no âmbito das delimitações expressas nas nossas
os interlocutores comportamentais, socioculturais e perguntas norteadoras de investigação e métodos,
biodinâmicos. Essa fantasia presume a emergência especialmente, na maneira de produzi-las e vivenciá-
de gestores que possam mover seus olhares desde a las. Para concluir, uma impertinência: o quê temos
retaguarda histórica que, legitimamente, nos trouxe ao como expectativa para além do “sétimo céu”?
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Sim, temos o quê comemorar! Vamos memorar possibilidade de invenção de um movimento mais
juntos a obra feita por muitas mãos e, doravante, a do que promissor, ou seja, o movimento do futuro!
Referências
1. Romanelli OO. História da educação no Brasil. Petrópolis: Vozes; 1988.
2. Azevedo F. Da educação física. São Paulo: Melhoramentos; 1973.
3. Jung CG. Desenvolvimento da personalidade. Petrópolis: Vozes; 2011.
4. Hollis J. A passagem do meio; da miséria ao significado da meia idade. São Paulo: Paulus; 2008.
5. Stein M. No meio da vida. São Paulo: Paulus; 2007.
6. Monteiro DMR. Metanóia e meia- idade. São Paulo: Paulus; 2008.
7. Bauman Z. Sobre educação e juventude. Rio de Janeiro: Zahar; 2013.
8. Daolio J. A produção acadêmica em educação física: a CAPES como um não-lugar. Rev Pensar Prát. 2015;18:5.
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