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c o m a B e l l y
Eii, futuro roxinho!
Passo 4: Desenvolvimento
Esse é o ponto central da sua redação. É justamente aqui que a maioria dos alunos
perde pontos justamente por não se planejarem da forma correta. Mas, após analisar
muuuitas redações nota 1000 e estudar a forma como os alunos processam os
pensamentos, cheguei ao modelo perfeito para otimizar seu raciocínio… então
muita atenção: Em seu desenvolvimento (tanto no desenvolvimento 1 quanto no
desenvolvimento 2) você deve responder a 4 perguntas:
O “o que” deve ser respondido em uma frase curta; o “por que” e o “como” pedem
desenvolvimento de ideias, e costumam conter seu repertório socio cultural, e o
“e daí” abre duas possibilidades: ou você pode afirmar um impacto grave daquele
argumento, ou apenas fazer um breve resumo de seu parágrafo, em uma frase curta.
Para testar como esse argumento responde às 4 perguntas, vamos usar o tema
“O Culto à padronização corporal no Brasil”
Porque: Essa cultura está enraizada na nação desde os primórdios, pois, tendo
em vista o processo de formação nacional, por meio da miscigenação, a diferença
estética entre os povos formou uma mentalidade de comparação que persiste até os
dias atuais, o que é visto, com frequência, em comportamentos de autodrepeciação
comuns nas redes sociais.
Como: Assim, para atingir um corpo padrão (magro e com traços finos), muitas
pessoas arriscam a saúde, com procedimentos estéticos cirúrgicos severos ou com
dietas e atividades arriscadas.
Fazer um link com o repertório Banalidade do Mal, da filósofa Hannah Arendt, a qual afirma
que, quando um comportamento maléfico passa a ser repetido de forma natural, a população
desconsidera seus riscos. É o que ocorre nesse caso, pois normalizou-se a busca desenfreada por
uma estética que desconsidera individualidades, banalizando-se os procedimentos invasivos.
Ao usar a “cultura” como argumento lógico para preencher o “oque”, fica muito mais
simples pensar nas demais perguntas, pois elas se articulam de forma natural, à
medida que se pensa sobre o tema, ou seja, você não precisa decorar um modelo,
apenas conhecer um argumento lógico! Ahhhh, um detalhe muito importante,
o repertório que te apresentei sempre é uma combinação infalível com esse
argumento. Bom demais, né?
Agora, o que você precisa fazer no seu projeto, é preencher essas 4 perguntas para
o seu D1 e para o seu D2, simples assim!
Passo 5: pROPOSTA
Na proposta de intervenção, você deve resolver o problema elaborado ao longo do
texto. Para isso, vai responder 5 critérios, cada um com uma marca específica:
Agente - quem vai agir para solucionar o problema (DICA - Use o Governo Federal
ou algum Ministério)
Ação - escreva a medida a ser tomada, usando verbos (deverá; fará; irá)
Meio - escreva como essa ação será executada, usando termos que explicitem isso
(por meio de; por intermédio de)
Detalhamento 2 - é sempre bom fazer mais de um detalhamento, para ter uma boa
garantia, por isso, recomendo dar um exemplo do meio, usando a expressão “por
exemplo” como marcador
Finalidade - escreva com qual objetivo essa ação será realizada, qual seu intuito
final. Marque com termos como “com o objetivo de”; “com o intuito de”; “a fim de”;
“com a finalidade de”.
Passo 6: ESCRITA
Deixa eu te falar uma coisa…eu sei que após o primeiro projeto você pode, ainda,
se sentir inseguro para escrever, direto, na folha oficial. Mas a questão é que fazer
o projeto é o primeiro passo para organizar seus pensamentos e aprender a
escrever. Muitos alunos decoram modelos de texto, e isso faz com que não tenham
o conhecimento básico sobre redação: isso te torna incapaz de saber modificar seu
texto às necessidades do tema.
Muitos alunos estudam por temas e não conhecem estruturas argumentativas: isso
te torna refém do tema. O que eu te proponho é a liberdade do projeto de texto…
assimile a estrutura de uma boa redação, veja o projeto (esquematizado em tópicos)
que literalmente desenha sua redação para você e se torne cada dia mais confiante
na sua escrita.
Preparado para usar a técnica que vai te levar aos 900+, fazendo da redação uma
das partes mais fáceis da sua prova?
Redação do projeto de texto com análise:
De acordo com a Constituição Federal de 1988, todos os cidadãos devem ter seus direitos
básicos assegurados, como o direito à dignidade. Porém, o aumento dos casos de pirataria
no Brasil evidencia que, infelizmente, há uma falha na aplicação das leis. Nesse sentido, cabe
avaliar os aspectos culturais da nação e os impactos morais e econômicos dessa prática ilegal.
CONTEXTO
TESE
ANTECIPAÇÃO DE ARGUMENTOS
De início, é fato que o alto custo dos produtos originais, dadas as altas taxas de impostos,
gera o fomento à pirataria. Nesse sentido, sabe-se que a postura de alta cobrança de impostos
sobre produtos advém de um fator cultural, visto que, desde o período colonial, o Estado é
conhecido por buscar o lucro em arrecadações como “o quinto”, em que se determinava a
entrega de um quinto do ouro por parte de seu dono, e não por garantir o giro do capital por
meio de estratégias dinâmicas, como fomento ao comércio. Assim, tendo em vista que o Brasil
é um país com densa desigualdade social, nem todos os cidadãos têm acesso aos produtos de
alto valor agregado, como eletrônicos, e cedem a recursos ilegais, como os produtos piratas,
os quais, sem cobrança de impostos, mas também sem certificação de qualidade, chegam a
custar metade do preço original, sendo acessíveis às classes mais baixas. Portanto, ao visar à
alta arrecadação de impostos, o governo acaba diminuindo tal obtenção.
O QUE
POR QUE
COMO
E DAÍ
REPERTÓRIO
Além disso, consequentemente, o alto consumo de produtos piratas piora a efetividade dos
serviços públicos nacionais. Sob essa ótica, à medida que a população percebe um bom
custo benefício nos utensílios pirateados - visto que o abismo de qualidade é menor do que
o abismo de precificação - ela adota, culturalmente, a pirataria, banalizando-a por a ter como
hábito. Essa ideia é ilustrada pela teoria da banalidade do mal, de Hannah Arendt, segundo a
qual, quando uma atitude maléfica é banalizada - tal qual o consumo de bens piratas - tem-se
a tradicionalização de crimes. Assim, além da cristalização de uma falha moral, ocorre a perda
de acesso governamental aos impostos pretendidos, o que cria um déficit no planejamento
orçamentário. Essa lacuna, então, piora os serviços públicos, como os de educação e saúde, os
quais não têm verba para suprir a demanda, por exemplo de materiais, realidade que infringe
o status de cidadãos dos brasileiros.
O QUE
POR QUE
COMO
E DAÍ
REPERTÓRIO
Portanto, cabe ao Ministério da Educação - órgão responsável pela melhoria do ensino
nacional - incluir a abordagem do tema “combate à pirataria” no ensino básico. Isso será feito
por meio de palestras no horário da aula, com a participação de, por exemplo, sociólogos
e economistas. Tal medida tem o intuito de conscientizar os jovens para que eles cobrem
mudanças na postura governamental e popular, minorando o descaso à Constituição.
AGENTE
AÇÃO
MEIO
DETALHAMENTO
FINALIDADE
De acordo com a Constituição Federal de 1988, todos os cidadãos devem ter seus direitos
básicos assegurados, como o direito à dignidade. Porém, o aumento dos casos de pirataria
no Brasil evidencia que, infelizmente, há uma falha na aplicação das leis. Nesse sentido, cabe
avaliar os aspectos culturais da nação e os impactos morais e econômicos dessa prática ilegal.
De início, é fato que o alto custo dos produtos originais, dadas as altas taxas de impostos,
gera o fomento à pirataria. Nesse sentido, sabe-se que a postura de alta cobrança de impostos
sobre produtos advém de um fator cultural, visto que, desde o período colonial, o Estado é
conhecido por buscar o lucro em arrecadações como “o quinto”, em que se determinava a
entrega de um quinto do ouro por parte de seu dono, e não por garantir o giro do capital por
meio de estratégias dinâmicas, como fomento ao comércio. Assim, tendo em vista que o Brasil
é um país com densa desigualdade social, nem todos os cidadãos têm acesso aos produtos de
alto valor agregado, como eletrônicos, e cedem a recursos ilegais, como os produtos piratas,
os quais, sem cobrança de impostos, mas também sem certificação de qualidade, chegam a
custar metade do preço original, sendo acessíveis às classes mais baixas. Portanto, ao visar à
alta arrecadação de impostos, o governo acaba diminuindo tal obtenção.
Além disso, consequentemente, o alto consumo de produtos piratas piora a efetividade dos
serviços públicos nacionais. Sob essa ótica, à medida que a população percebe um bom
custo benefício nos utensílios pirateados - visto que o abismo de qualidade é menor do que
o abismo de precificação - ela adota, culturalmente, a pirataria, banalizando-a por a ter como
hábito. Essa ideia é ilustrada pela teoria da banalidade do mal, de Hannah Arendt, segundo a
qual, quando uma atitude maléfica é banalizada - tal qual o consumo de bens piratas - tem-
se a
tradicionalização de crimes. Assim, além da cristalização de uma falha moral, ocorre a perda
de acesso governamental aos impostos pretendidos, o que cria um déficit no planejamento
orçamentário. Essa lacuna, então, piora os serviços públicos, como os de educação e saúde, os
quais não têm verba para suprir a demanda, por exemplo de materiais, realidade que infringe
o status de cidadãos dos brasileiros.
@xequematredação
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