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DISCURSO: SÍNDROME DESARTICULATÓRIA


Objectivos: Identificar as perturbações articulares na infância.
Conteúdo: Módulos 5 e 10
• Síndrome de disarticulação: dislalia e disartria. Conceitos gerais.
Classificações. Nomenclatura específica. Etiologia, sintomatologia, diagnóstico,
diagnóstico diferencial e prognóstico.
• Exame fonoarticulatório do paciente disártrico.

Fonema: A unidade linguística mais pequena que surge como resultado da articulação do
som, consistindo em feixes apertados de sons que constituem o acto de articulação. É a
unidade sonora mais pequena da língua.

Som Articulado: Corresponde a uma variante do fonema.

Alofones: As diferentes realizações ou variantes acústicas de um fonema.

Articulação: A posição especial adoptada pelos órgãos articulatórios na produção de um


fonema. Pronúncia dos sons da língua pela acção coordenada dos órgãos
fonoarticulatórios.

Pronúncia: As características fonéticas especiais de produção dos sons articulados em


cada língua, que as diferenciam umas das outras e podem apresentar diferentes variantes.
Dá os traços fonémicos distintivos de cada língua.

Faremos referência a duas classificações, a primeira tradicionalmente aceite e utilizada


com critérios linguísticos e a segunda baseada em aspectos biológicos, fisiológicos e
dinâmicos na produção de fonemas.

A classificação linguística baseia-se na acção de um órgão activo em contacto com


outro (activo ou passivo), que constitui o Ponto de Articulação.

Órgãos activos ou móveis: Lábios, língua, abóbada palatina, mandíbula.

Órgãos passivos ou fixos: Dentes, abóbada palatina.

NERVOS CRANIOS
⮚ V TRIGÉMEO (CONTROLO DA MASTIGAÇÃO, SENSIBILIDADE FACIAL). Mista
⮚ VII FACIAL (CONTROLO DOS MOVIMENTOS FACIAIS, sentido do gosto dos
2/3 anteriores da língua) Misto
⮚ VIII AUDITIVO (AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO). Sensitivo
⮚ IX GLOSOFARINGEAL (SENSIBILIDADE FARINGEAL E LÍNGUA, Deglutição,
sensibilidade 2/3 posterior da língua). Mista
⮚ X VAGO (CONTROLO MOTOR DO PALATO, DA FARINGE E DA LARINGE). Misto
⮚ XI ESPINAL (ROTAÇÃO DA CABEÇA E MOVIMENTO DOS OMBROS) (Acessório)
Motor
⮚ XII HIPOGLOSSO (CONTROLO DOS MOVIMENTOS DA LÍNGUA). Motor

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Modo de Articulação. A forma como cada articulação é efectuada, independentemente
do ponto do canal em que os órgãos articulatórios se aproximam ou tocam.

Critérios de classificação das consoantes: Classificação linguística


1. Ponto de articulação
2. Modo de Articulação
3. Acção do Véu do Palato
4. Acção das cordas vocais

1- De acordo com o Ponto de Articulação, as consoantes podem ser:


• Bilabiais [p], [b], m
• Labiodentales [f], v
• Interdentais [z], c (ce, ci)
• Dental [d],[t]
• Alveolar [s],[n], r
• Palatais [l], [ñ], ch, y, Ll, n (final)
• Velares [k], [g], j

2- De acordo com o Modo de Articulação:


• Oclusivas [p], [t], k, m, n, b
• Fricativas [s], [z],f, l, Ll, j, v, y
• Affricates [ch] (como um riacho)
• Lados [l]
• Vibrante [r], [rr].

3- De acordo com a Acção de Vigilância:


• Orais [t], [p], [d], etc. (Todos excepto m, n, ñ)
• Nasais [m], [n], ñ

4- De acordo com a acção das cordas vocais


• Som [b], [d], m, n, ñ, r, l, y, Ll, g (ga, go, gu)
• surdo [p], f, [t], s, ch, k, j

Oclusivas = Explosivas
Fricativas = Sibilantes

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CLASSIFICAÇÃO FONÉTICA DAS CONSOANTES

Ponto de Modo de Sonora


Fonemas Articulação Articulação ou
Surdo
P Bilabial Oclusivo Som
B Bilabial Oclusivo surdo
M Bilabial Nasal Sonora
F Labiodentária Fricativa Surdo
V Labiodentária Fricativa Sonora
Z Interdentário Fricativa Surdo

T Dentá Oclusivo Som


D ria Oclusivo surdo
Dentá
ria
Dentá
ria
S Alveolar Fricativa Surdo

L Palatar Lateral Sonora


R Palatar Vibrante Simples Sonora
RR Palatar VibranteMúltiplo Sonora
N Palatar Nasal Sonora
CH Palatar Africano Sonora
Y=LL Palatar Nasal Sonora
LÑ Palatar Lateral Sonora
Palatal Nasal Sonora
Palatal Sonora
Palatal Sonora
Palatal Sonora
Palatal Sonora
Palatal Sonora
Palatal Sonora
Palatal Sonora
Palatal Sonora
Palatal
J-GE-GI Obse Fricativa Surdo
C-QU-K rvar Oclusiva Surdo
G-GUE-GUI Obse Oclusivo Sonora
rvar
Ver

Dentro da segunda classificação temos em conta os aspectos biológicos, fisiológicos e


dinâmicos na articulação dos sons da fala, e é esta referência que utilizamos para a
exploração, diagnóstico e terapia dos sons articulados.
Esta classificação tem em conta os aspectos mecânicos, a conformação orgânica que

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existe entre eles e também a avaliação dos factores fundamentais que fazem parte do
esqueleto funcional da produção.

Abordagem LOGOFONIATRICA (Baseada em aspectos biológicos, fisiológicos e


dinâmicos).
A divisão é feita em 4 níveis de articulação:
Nível 1: Localizado entre os lábios e os dentes.
P, B (V), M, F
Sucção: É criada a base para o estabelecimento dos fonemas do 1º nível.

Nível 2: Situado entre o bordo inferior dos dentes superiores e o limite da face interna da
gengiva superior, podendo esta última zona ser alargada em 2 cm (1 - 2 cm).
T, D, N, L, S, R
Mastigação: É criada a base para o estabelecimento dos fonemas de 2º e 3º níveis.

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Nível 3: Limitado entre o terço anterior e o terço médio da abóbada palatina, está
incluído.
CH, Y (LL), Ñ
Mastigação: É criada a base para o estabelecimento dos fonemas de 2º e 3º níveis.

Nível 4: Localizado na área denominada istmo das fauces, envolvendo a base da língua,
o palato mole, os pilares anteriores e a parede da faringe.
K, G, J
Deglutição: É criada a base para o estabelecimento dos fonemas do 4º nível.

Alguns fonemas não são incluídos, como o C antes das vogais E, I e Z, uma vez que, do
ponto de vista dos fonemas, não existem de forma prática na fala hispano-americana; o W
é pronunciado como U na maioria das vezes e noutras como V; o X não é realmente um
fonema, mas a combinação de dois deles [K-S] [G-S] e o Q é um sinal de escrita que
corresponde acusticamente ao K. O V é incluído devido ao seu valor sonoro.

A produção dos diferentes fonemas em cada nível de articulação requer a influência de


quatro factores que facilitam a interacção e a repetição dos órgãos, determinando assim a
biofisiodinâmica articulatória.

FACTORES DE PRODUÇÃO FUNCIONAIS

✓ PRESSÃO MUSCULAR OU ORGÂNICA


✓ PRESSÃO AÉREA
✓ POSIÇÃO DO PALATO MOLE
✓ AUSÊNCIA OU PRESENÇA DE VIBRAÇÕES LARÍNGEAS
Estabelecimento Fisiológico dos Sons Articulados no nosso meio, de acordo com um
estudo nacional efectuado em 1994.
Nos primeiros 24 meses de idade, são adquiridas: as vogais e as consoantes p, b, m, f, t,
d, n, ch, y, ñ, k
De 24 a 29 meses alcançar Ls, g, j
De 30 a 35 meses Lc
De 36 a 41 meses s, R1 (intermédio)
Entre os 42 e os 53 meses de idade, adquirem as restantes competências de base.

Síndrome de desarticulação: inclui as diferentes condições que interferem com a articulação


dos sons da língua.
Dentro da síndrome da desarticulação encontramos a dislalia e a disartria.

Dislalias: Distúrbio do 2º nível da comunicação oral que provoca perturbações na


articulação ou pronúncia dos sons da fala, de causa não neurológica. Sem
assumir os movimentos biológicos.
Perturbação da articulação, orgânica ou funcional, de origem não neurológica,
que afecta a construção dos fonemas e as suas realizações concretas: os
diferentes sons articulados.

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Disartria: Alteração do 2º nível de comunicação oral que provoca distúrbios
articulatórios típicos de entidades neurológicas, acompanhados da
realização de movimentos biológicos (sucção, deglutição, mastigação e
respiração), afectando a motilidade do órgão.
Os atributos de voz também são afectados.

DISLALIAS
Perturbações articulatórias em que a lesão neurológica não está implicada como base
etiopatogénica, mas é sugerida uma etiologia disfuncional.

A PERTURBAÇÃO DA ARTICULAÇÃO NA ARTICULAÇÃO DOS SONS DA LÍNGUA ESTÁ


INCLUÍDA NA SÍNDROME DA DESARTICULAÇÃO.

◼ DIFICULDADE EM ARTICULAR OS SONS DA FALA, TENDO EM CONTA A


IDADE DA CRIANÇA.
◼ AUSÊNCIA DE PERTURBAÇÕES NEUROLÓGICAS
◼ FONEMAS MAIS AFECTADOS: S, R, L, J, G, DITONGOS.
◼ INTERDENTALISMO SEGUNDO NÍVEL ARTICULATÓRIO
Em todos os casos de desordem articulatória, a nomenclatura é tradicionalmente
determinada pelo uso do nome grego do fonema afectado, ao qual se junta o sufixo ismo
com as variações gramaticais correspondentes. Quando o fonema não está incluído no
alfabeto grego, utiliza-se o nome simples: Dyslalia de ...... nome do fonema em inglês.

I.- De acordo com o nível articulatório afectado: (De acordo com o


fonema alterado) 1º Nível: [f] Fialismo
p], [b-v], [m] Dislalia de [p], [b-v], [m] ....
2º nível: [l] Lambdacismo simples, complexo ou completo
[s] Sigmatismo
[d-t] Deltacismo
[Rotacismo
[Dislalia de ...
3º Nível: [ch], [y-ll], [ñ] Dislalia de... 4º
Nível: [k] Kappacismo
[Ghanmacism
[j] Yotacismo
Nos casos de [l] e [r], podemos dizer que a denominação varia consoante a posição do
fonema:
L: simples L: lua, mau lambdacismo simples
complexo L: prato, blusa complexo lambdacismo
Se houver dificuldade nas duas posições lambdacismo total
R: Quanto ao [r] dizemos que varia de acordo com a posição e o incremento das
vibrações da língua: r1 posição intermédia (Maria).
r2 posição final (mar)
r3 posição inicial (rã)
r4 posição dupla (para
cima) r5 complexo (frio)

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Estas perturbações podem ser classificadas de forma quantitativa e qualitativa:

II - Quantitativa, de acordo com o número de fonemas


afectados: Simples: Tomada de um som articulado (1).
Múltiplo: 2 a 3 sons articulados. Generalizado: 4 e mais
sons articulados alterados.

• R1 + R5 --- considerados como 1 fonema (geralmente afectados em conjunto)


• R2 + R3 + ---------R4 Considerado como 1 fonema apenas (normalmente afectado em
conjunto).
• Se todos os ---------------------DRs múltiplos forem afectados
• Se todos os R + um outro ------------------------fonema estiverem afectadosDislexia múltipla
• Apenas R2Especificar a situação sociocultural
• R5Dislalia funcional simples
• Se Ls for tomado, é geralmente tomado como Lc.

III.- Qualitativa depende da característica da alteração:


Omissão: omite o fonema.
Ep. Ressonância magnética e perda de audição: Maria - maia, casa - asa, globo - gobo

Distorção: distorce o fonema. Quando um fonema é desfigurado num dos seus


elementos constituintes, ou seja, quando há uma alteração específica na sua estrutura
real.
Ep. Maria - maguia o mamia
Sigmatismo interdental

Substituição: substituição de um fonema por outro, que não tem necessariamente de ser
do mesmo nível.
Retardo Mental
Retardo Mastigatório
Ep: House - rate

Adição: adição de um som. Quando se acrescentam elementos articulatórios


supérfluos a um fonema ou se acrescenta outro som ao som sobreposto à estrutura
do próprio fonema articulatório. Ep. Maria - mapria
Alternância de sons quando o mesmo som é articulado correctamente em alguns
momentos e noutros aparece alterado, sendo característica de algumas patologias.
RM
Perda de audição

DISLALIAS
CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA: Orgânica e Funcional.
Orgânico: Lesão anatómica de um dos órgãos articulatórios. Congénita ou adquirida.
Funcional: Pode dever-se a uma variedade de causas, sem danos anatómicos nos órgãos
envolvidos na produção dos sons articulatórios.
Causada pela incoordenação funcional dos órgãos envolvidos na produção de sons
articulados.

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DISLALIAS ORGÂNICAS
• Malformações
• Traumático
• Miopatias
• Alterações estruturais dento-maxilo-faciais 1.-
LIPS:
• Fenda labial (lábio leporino)
• Paralisia facial ¿
• Tumores
• Angiomas
• Ressecção completa

2.- DEFORMAÇÕES DENTO-FACIAIS:


Malformações dentárias: falta de dentes
Diastema (mais frequente na raça negra)
▪ Maloclusões dentárias: mordida aberta (Adachia: mordida aberta anterior)
Mordedura cruzada ou invertida
Protrusão dentária

3.- ANOMALIAS DOS MAXILARES Dismorfia maxilofacial:


Prognatismo
Retrognatismo
▪ Sequelas de ressecção maxilar ou mandibular
MAXILAR SUPERIOR:
• Fenda palatina
• Palato ogival
• Fenda palatina
submucosa MAXILAR
INFERIOR
• Macrognatismo
• Micrognatismo
• Retrognatismo
• Não atingido

4.- DEFORMAÇÕES LINGUAIS:


▪ ANQUILOGLOSSIA SUBLINGUAL OU FRÉNULO SUBLINGUAL CURTO
▪ Amputação devido a um acidente --- Glossectomia subtotal ou total
▪ Paralisia da língua
▪ Macroglossia
▪ Agenesia Lingual (Aglossia)
▪ Língua bifurcada
5.- ALTERAÇÕES DO PALATO MOLE
• Paralisia velar
• Paresia velar

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• Véu curto: Se inferior a 20 mm. Nos adultos mede 28 mm. Os fonemas do quarto
nível são afectados, mas também alguns fonemas que necessitam de uma pressão
de ar intra-oral ideal. I nível: P, B, M
II Nível: T, D, N
III nível: Ch
(A descrever posteriormente)

DISLALIAS FUNCIONAIS
Nas dislalias funcionais existem vários factores etiológicos que interferem com a correcta
articulação dos sons:

◼ Dislalias fisiológicas (por idade)


◼ Devido a uma deficiência auditiva ou audiogénese
◼ Défice de atenção
◼ Pseudo-disseminações socioculturais ou pseudo-culturais
◼ Funcional
◼ Imitativos
◼ Retardo mental
◼ Psicogénios
◼ Outras causas:
• Atraso na utilização da mastigação.
• Pouca estimulação verbal
• Privação afectiva emocional
• Bilinguismo ou polilinguismo
• Sobreprotecção
• Gemelaridade
• Falta de motivação
• Perturbações DPM

DISLALIA FISIOLÓGICA
◼ DIFICULDADE TRANSITÓRIA NA ARTICULAÇÃO DE FONEMAS
RESULTANTE DE IMATURIDADE FISIOLÓGICA NO DESENVOLVIMENTO
DA
LINGUAGEM INFANTIL.
Estão relacionados com o estádio maturacional da criança, como o nome indica,
respondem a dificuldades transitórias resultantes da imaturidade da criança, o quadro de
aquisição dos fonemas no nosso ambiente deve ser tido em conta.
Dificuldade em articular os sons da fala, tendo em conta a idade da criança. Ausência de
perturbações neurológicas.
Os fonemas são adquiridos de acordo com a idade. Este período é denominado "conversa de
bebé" e caracteriza-se por:
▪ Omissão da terminação da palavra (se for bissilábica ou trissilábica)
▪ Tende a repetir as sílabas mais fáceis.
▪ Substituição das consoantes que requerem um movimento fonoarticulatório mais
complexo e que ainda não estão no lugar (R, L, S) por uma
consoante.
mais fácil: labial (P, B, M) ou dentário (T, D, N)
▪ O som sibilante, ou seja, falar com o S, é frequente. A sibilância é normal até aos 3
- 3 ½ anos, se se mantiver após este período torna-se patológica. Interdentalismo

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Evolução do fonema S
1. O início é substituído por T
2. Depois há o seseo
3. Após 3 - 3 ½ é bem pronunciado

DISLALIAS DEVIDAS A DÉFICE AUDITIVO (AUDIOGÉNICAS)


◼ Dificuldade articulatória secundária a uma perturbação da discriminação auditiva,
que altera o controlo necessário para a produção adequada dos diferentes
fonemas.
Na dependência de:
• Gravidade do défice auditivo (quantidade de perda)
• Topografia
• Lateralidade
• Momento da vida em que ocorre:
▪ Pré-locucionário: Até aos 3 anos de idade (mais afectado)
▪ Periloquente: 3 - 5 anos
▪ Pós-linguístico: Mais de 5 anos (a articulação é melhor, pois têm
memória auditiva e restos auditivos).

Existe uma correlação entre as perdas auditivas na zona de frequência e as perturbações


articulatórias.
▪ Dislalia por substituição devido à falta de controlo e consistência dos sons articulados.
▪ Até ao período do balbucio, praticamente não há diferença entre a criança que ouve
e a que não ouve, pois trata-se de um fenómeno que responde a estímulos
internos.
de satisfação.
▪ Na ausência ou insuficiência de excitações auditivas, não pode progredir para a
fase motora acústica associativa.
Criança normal na fase de balbucio Meningoencefalite que provoca perda de
audição ou surdez: A actividade vocal desaparece gradualmente até desaparecer
completamente e a criança fica muda.
Isto demonstra o impacto dos estímulos acústicos na formação progressiva dos
componentes do desenvolvimento da linguagem.

Dependendo da gravidade do défice auditivo, podem ser observadas as seguintes situações


Nível I - Linguagem: atraso no desenvolvimento da linguagem secundária.
II Nível - Fala: Da dislalia simples à dislalia generalizada
Se existe, fala:
Articulação geral: superficialidade articulatória,
Pronúncia desajeitada, indistinta e indiferente,
Ininteligível,
Na gíria,
A articulação das vogais está menos comprometida do que a das
consoantes.
Consoantes silábicas mais comprometidas As
vogais mais afectadas são as agudas (e, i)

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Articulação isolada: Substituição
Omissões
de
alternância
Os fonemas mais afectados são os do nível IV e os fonemas
surdos (P, F, T, S, Ch, K, J).
III Nível - Voz
Tom: tonopatia funcional. Diplofonia (voz bitonal)
Timbre: Disfonia auditiva funcional. Intensidade gutural:
Megafonia: Perda auditiva neurossensorial.
Hipofonia: Perda de audição por
condução Ressonância: Hiperrinofonia funcional
Entonação: Monotonia

DISLALIA POR DÉFICE DE ATENÇÃO


▪ Dislalia generalizada, alternância predominante
▪ Articulação isolada: Pode ser normal, uma vez que a dislalia se deve a um défice de
atenção.
DISLALIAS SOCIOCULTURAIS
Motivado pela imitação de formas habituais de produção no meio em que a pessoa se
desenvolve, sem alterações dos órgãos envolvidos neste processo.
Por exemplo, falar de habaneros (R) e santiagueros (S) Omitem ou distorcem, não por não
saberem, mas por hábito.
• Podem reflectir-se na escrita

DISLALIAS FUNCIONAIS PROPRIAMENTE DITAS


Alterações na produção dos diferentes sons articulados como resultado da incoordenação
funcional dos diferentes órgãos ou estruturas envolvidas no jogo e repetição deste
processo, após o período fisiológico de aquisição.

▪ Distúrbios articulatórios em cuja base etiopatogénica não se identifica um factor


específico, com integridade anatómica dos órgãos da AF.
▪ Alguns autores sugerem que ocorre devido a um desvio do padrão motor
cinestésico, não tendo sido encontrada outra causa.

DISLALIA IMITATIVA
▪ São quase exclusivos da primeira infância
▪ Deve-se às características psíquicas da criança de imitar padrões de
comportamento sócio-familiar e educativo que representam modelos significativos
para a criança (pais, professores, educadores, etc.),
irmãos, professores, amigos)
▪ Inclui personalidades da rádio, personalidades da televisão (programas de comédia)
▪ É possível estabelecer uma TM
DISLALIA DEVIDO A ATRASO MENTAL
▪ Há um atraso de linguagem quantitativo-qualitativo. Este é o sinal mais
precoce da RM
▪ Características: 1.- Alternância na produção do mesmo fonema.
mesma frase, articulam correctamente um fonema, noutra articulam

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Omitem-no, substituem-no ou distorcem-no. A base
de tudo isto reside no seu défice de atenção.
Os fonemas do 1º nível são afectados em alterações
orgânicas graves como a oligofrenia profunda.
3.- Afectação de fonemas que não são habitualmente
detectados na dislalia da criança sem RM.
Ep. J dislalia (yotacismo) - Que é um som articulado de
fácil biofisiodinâmica.
4 - Dislalia generalizada de tipo infantilóide. Por vezes com
avanço do 2º nível articulatório.
Aprendem primeiro T, D, N em vez de P, B, M
Ep. Sigmatismo interdental (interdentalismo)

Mecanismo de produção: Abaixamento activo


do maxilar inferior e protrusão da língua.
5.- Dislalia de adição: Adição de elementos
dislálicos SuperficialEp . Vibração bilabial
À articulação de um R normal, acrescentam uma
vibração bilabial.
6.- Quebra lógica na complexidade estrutural fonémica.
Ex: Rotacismo que afecta R1 (Intermédio) e não R4
Resumo: Alternância (Duplo), este último com maior dificuldade estrutural.
Dislalia J
Dislalia Infantiloide Generalizada: avanço do 2º nível articulatório
Sigmatismo interdental
Dislalia Adição (vibração bilabial)
Rotacismo R1

DISLALIA PSICOGÉNICA
Estes incluem:
1.- Dislalia psicogénica (infantilismo articulatório)
Há um prolongamento anormal do período fisiológico de imaturidade articulatória para
obter certos privilégios orgânico-sociais (ganho secundário).

2 - Dislalia reaccionária psíquica infantil Regressão


Define-se como um regresso a estádios ontogenéticos inferiores de articulação com base em
diferentes processos psíquicos.
Ep. Para o nascimento de um irmão, ele fá-lo para chamar a atenção.
▪ Caracterizado por um atraso linguístico
▪ Reaparecem formas verbo-vocálicas de épocas anteriores.
▪ Existe dislalia de substituição devido à falta de controlo e consistência dos
sons articulados.
Acompanhada de enurese

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DISLALIA DEVIDO A ATRASO MASTIGATÓRIO
Mastigação --- Está criada a base para o estabelecimento dos fonemas do 2º e 3º nível. É
a função mastigatória que é necessariamente chamada a desempenhar o mesmo papel
mediador no aparecimento dos outros sons articulados, os mais numerosos dos quais são:
T, D, N, L, S, R. É esta função que vai, eventualmente, fornecer novas e mais ricas
fórmulas motoras que aumentam e generalizam a proprioceptividade intrabucal
necessária, não só para reforçar os contornos articulatórios iniciais, mas também para
estabelecer as bases neurodinâmicas corticais dos restantes sons articulatórios. Com
base no exposto, a introdução atempada da mastigação na dieta infantil desempenha um
papel mediador essencial no estabelecimento normal da fala.

OUTRAS DISLALIAS
dislalia por paresia e paralisia velar funcional
▪ Paralisia funcional do véu (o véu não atinge a parede posterior da faringe).
Ep. Adenoidectomia --- Quando operado, o véu permanece durante algum tempo como se
tivesse a massa.
tumor, porque se habituou a ele. É necessário colocar Tto.
Adenóides: A voz não é nasal porque não há passagem de ar através da
adenoidite. Se houver nasalidade numa criança com adenoidite, NÃO
OPERAR.

A nasalidade é verificada com um espelho ou com o teste de Gutzman

DISLALIASES ORGÂNICAS
Qualquer alteração orgânica traz consigo uma limitação funcional, que pode ser corrigida uma vez
resolvida.
organicidade.

BRENILHO SUBLINGUAL CURTO (Anquiloglossia)


Quando a ponta da língua não bate no bordo do lábio inferior, produz-se uma alteração
articulatória para os fonemas (/l/, /r/).

⮚ Frénulo compens adoFrénulo não compensado

A língua ultrapassa o bordo inferior Isto é sempre cirúrgico.


do lábio, embora o entalhe permaneça. A ordemcronológica de cada
fonemadeve ser tida em conta . Não
esperar até que a criança tenha 4
anos de idade para operar. Dislalia
R, L
O frénulo curto é a causa das mais variadas dislalias, sendo também atribuído como
causa da MT

MACROGLOSSIA
Aumento do volume da língua, resultando no desvio dos incisivos superiores e inferiores em
direcção à zona vestibular e diastemas.
Consequência de uma deficiência endócrina.
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É sempre necessário avaliar se a língua não obstrui as vias respiratórias e, se o fizer, deve ser
efectuada uma intervenção cirúrgica.

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Na síndrome de Down existe macroglossia (aparente), o que acontece é que a cavidade
oral é mais pequena.

PATOLOGIAS ODONTO-MAXILARES
✓ DIASTEMAS
✓ MORDIDA ABERTA
✓ DENTES EM FALTA
✓ MÁ OCLUSÃO DENTÁRIA
✓ DISMORFISMO MAXILAR CONGÉNITO GRAVE (PROGNATISMO GRAVE)
✓ SEQUELAS DE RESSECÇÕES MAXILARES OU MANDIBULARES
As alterações dento-maxilares são maioritariamente compensadas por movimentos activos
da língua, especialmente no caso dos chamados diastemas, embora devamos ter em
conta as más oclusões resultantes de maus hábitos, como a sucção do polegar ou do
biberão, que podem provocar alterações funcionais na deglutição atípica e,
secundariamente, perturbações na produção de fonemas, especialmente os
correspondentes ao segundo nível articulatório (T, D, N, L, S, R).

Mordida aberta: uma malformação ortodôntica comum na prática médica,


frequentemente indemnizável.

Falta de dentes: Impacta os incisivos superiores (sobre os quais a ponta da língua se


projecta em certos fonemas) Nível II
Outros tipos de falta de dentes não causam quaisquer alterações, uma vez que a
mobilidade e a flexibilidade da língua permitem muitas vezes compensar os defeitos
dentários.

Dismorfismo maxilar: por vezes acompanhado de perturbações da articulação. Pode


ser compensado com movimentos da língua para o efeito.

FISSURA DE LÁBIOS
Malformação do 1º arco branquial
Devido à falta de fusão do processo nasomedial com a maxila (35 - 40 dias).
É a falha de penetração do tecido conjuntivo através do epitélio labial, muito raro no lábio
inferior.
◼ UNILATERAL: Corresponde a apenas um lado do lábio (direito ou esquerdo).
• Completo: Quando se estende até às narinas.
• Incompleta: Quando não atinge as narinas (pavimento das narinas).

◼ BILATERAL: Corresponde aos 2 lados do lábio.


• Completo
• Incompleto
• Combinado: Quando está completo de um lado e incompleto do outro.
◼ ASSOCIADA À FENDA PALATINA

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Quadro clínico
▪ Os fonemas do 1º nível articulatório (P, B, M, F) são seleccionados.
▪ Após a cirurgia, se os lábios puderem ser ocluídos, os fonemas a este
nível não são afectados.

PALATO LIMPO
Conceito: Condição congénita em que as duas metades do palato não se encontram na
linha média. Dependendo da sua extensão, provoca grande distorção articulatória,
alteração acentuada da ressonância nasal e grandes repercussões psicológicas.

Entre as causas orgânicas, a fenda palatina associada ou não à fenda labial é uma das
alterações do maciço facial que mais frequentemente provoca alterações na articulação
dos sons. A fenda palatina associada à fenda labial é a forma mais frequente no nosso
meio, de acordo com os estudos publicados.
Cabanas considera a fenda palatina como o principal e mais importante defeito congénito
capaz de produzir hiperrinolalia.
Existem 400 síndromes com fenda palatina.
ANOMALIA DO PRIMEIRO ARCO BRANQUIAL QUE OCORRE DURANTE A
SÉTIMA SEMANA DE VIDA INTRA-UTERINA
É A NÃO UNIÃO DOS PROCESSOS PALATINOS HORIZONTAIS, NA LINHA MÉDIA
E COM O VÔMER, DANDO ORIGEM A FORMAS UNILATERAIS OU BILATERAIS
MAIS OU MENOS COMPLEXAS.

CLASSIFICAÇÃO DA FENDA PALATINA


◼ COMPLETO: Palato duro e mole
• Unilateral: Uma das apófises está presa ao comer.
• Bilateral
◼ INCOMPLETO: Apenas o palato mole é afectado.
◼ SUBMUCOSA
◼ COMPLICADO: FENDA LÁBIO-ALVEOLO-PALATINA
EPIDEMIOLOGIA
• 1954 A OMS declara-a um problema de saúde.
• É a 9ª malformação mais frequente.
• Ocupa o primeiro lugar entre as malformações da cabeça e do pescoço.
• Mais frequente nos brancos, especialmente nos orientais.
• A fenda completa lábio-alveolar-palatina é mais frequente no sexo masculino.
• A fenda labial unilateral é mais comum no lado esquerdo do que no direito.
• A fenda labial é mais frequente nos brancos do que nos negros.
• Fenda palatina: Incidência: 0,45 por 1000 nados-vivos.
PERTURBAÇÕES FUNCIONAIS
◼ Alimentação e nutrição
◼ Respiração

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◼ Audiológico
◼ Ortodontia
◼ Comunicação: Os três níveis de CO
◼ Psicológico
São particularmente susceptíveis a doenças do ouvido médio, com perda de audição de
tipo condutor.
QUADRO CLÍNICO
◼ DISLALIA ORGÂNICA GENERALIZADA
◼ AUMENTO DA RESSONÂNCIA NASAL PARA TODOS OS FONEMAS
(HIPERRINOLALIA)
◼ INCOMPETÊNCIA A OBSERVAR
Do ponto de vista articulatório, existe uma ingestão generalizada de fonemas,
principalmente /p/, /s/, /t/, /k/, o que constitui uma dislalia orgânica generalizada; esta é
acompanhada por um aumento da ressonância nasal para todos os sons,
caracterizando a fala destes doentes, a que chamamos Hiperrinolalia. Esta dificuldade
após a reparação anatómica é devida a uma incompetência velofaríngea funcional.
PERTURBAÇÕES DA COMUNICAÇÃO ORAL
I Nível - Linguagem: atraso no desenvolvimento da linguagem
II Nível - Discurso: Articulação e fluência
Articulação Gral: Superficialidade. Elementos dislálicos por omissão, substituição e
distorção.
Articulação isolada: Elementos dislásticos por omissão, substituição e distorção.
Fonemas mais afectados: P, F, T, S, S, Ch, K, J
I Nível: F e P ---Para uma pressão de ar intra-oral inadequada.
II Nível: T, D, L --- Sem fulcro, palato mal constituído
- Pressão de ar intra-oral inadequada S -
Direcção nasal do ar expiratório
R - fonema mais difícil. direcção nasal do ar expirado.
Palato inadequado (fulcro)
III Nível: CH --- Direcção nasal do ar expiratório
IV Nível: K --- Falta de fecho do istmo das
fauces Alteração da mobilidade
do velum
J-Pode ou não ser afectado J

Fluência: a MT pode ocorrer devido ao esforço muscular excessivo e ao aumento da


concentração nos pormenores do discurso.
III Nível - Voz
Tom, Timbre, ---------------------IntensidadeMascarado por nasalidade
Timbre: Disfonia por excesso de esforço muscular e hiperfunção ressonante. Discordância
fonorresonante

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Ressonância: Hiperrinofonia
Tempo de fonação: Diminuído devido à fuga de ar nasal.
Fenda palatina completa e fenda labial:
▪ Os 4 níveis de articulação são
▪ A fala pode tornar-se incompreensível.
▪ Hiperrinolalia
▪ Na terapia da fala, é necessária uma construção completa ou verdadeira dos
fonemas.

Fissura completa ou total:


▪ Fala difícil de compreender devido a fonemas ausentes ou gravemente afectados
do 1º ao 4º nível e hiperrinofonia.

Fenda incompleta:
palato mole:
▪ A sintomatologia é pior do que quando ocorre no palato duro.
▪ Apresenta-se sob a forma de uma fenda do palato mole.
▪ A dificuldade fono-articulatória é menor, embora exista sempre hiperrinolalia e
tónus articulatório.
▪ Os fonemas do 4º nível (K, G, J) são afectados, assim como outros fonemas que
requerem uma certa pressão de ar intra-oral para a sua produção: 1º nível
(P, B, M), 2º nível (T, D, N), 3º nível (CH)

DIAGNÓSTICO
É feito o diagnóstico de fenda labial e palatina:
• Ultrassonografia durante a gravidez.
• Imediatamente após o nascimento, através da observação clínica da face e
da cavidade oral.
É necessária uma iluminação adequada e a utilização de instrumentos como um espelho
bucal ou um abaixador de língua para assegurar que as fissuras palatinas isoladas não
passam despercebidas.

TRATAMENTO
REQUER UMA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR:
• Pediatra
• Cirurgião maxilofacial ou cirurgião plástico (cirurgião e chefe de equipa)
• Geneticista: orienta a família se quer ter outro filho e indica o estudo genético.
• Ortodontista
• Protético
• Terapeuta da fala: avalia a alimentação, dá orientações sobre
alimentação (em conjunto com o neonatologista pediátrico e os
pais).
- indica a consulta pós-operatória, presta apoio psicológico.
- impede o otorrinolaringologista de realizar a amigdalectomia e a
adenoidectomia, porque são um factor de compensação
mecânica para melhorar a ressonância da criança.
- Esta operação provoca uma paresia funcional do

18
véu que aumenta o quadro de ressonância
• Otorrinolaringologia: Tratamento de complicações - Otite, adenoidite,
cuidados a ter para evitar que a otite conduza a uma perda de
audição condutiva
• Pedopsiquiatra e/ou psicólogo: Dá apoio emocional e esclarece os pais sobre
a patologia.
• Estomatologista geral
• Assistente social

FASES DO TRATAMENTO

Fase 1 Desde o nascimento até ao fim do primeiro mês

Fase 2 Desde o final do primeiro mês até ao final do


primeiro ano
Fase 3 Desde o final do primeiro ano até aos 5 ou 6 anos
de idade
Fase 4 Dos 5 ou 6 anos aos 15 anos de idade
Fase 5 A partir dos 15 anos (é o limite de tratamento dos
centros pediátricos).
O tratamento é de longa duração, desde o nascimento até à idade adulta, e varia em
função da idade com que se dirige aos nossos serviços e da fissura que apresenta.

TRATAMENTO DA FISSURA PALATINA (pp. Márcia)


• CIRÚRGICO
• FONIATRIA
• PROTÉSICO
• ORTODONTIA
• PSICOLÓGICO
• AUDIOLÓGICO
• PEDIÁTRICO

CIRÚRGICO: (pp. Márcia)


• Lábio por volta dos 3 meses (3 a 6 meses)
• PALADAR DE 12 A 18 MESES
• FARINGOPLASTIA
• IMPLANTE DE TEFLON NA PAREDE POSTERIOR DA FARINGE

O lábio é operado aos 3 a 6 meses juntamente com o palato mole O


palato duro é operado aos 12 - 18 meses

RAZÕES PARA A OPERAÇÃO DOS LÁBIOS NESTA IDADE: (pp. Márcia)


• MAIOR RESISTÊNCIA À OPERAÇÃO
• DÁ À CRIANÇA TEMPO PARA ESTUDAR
• NECESSIDADE DE TRATAMENTO ORTODÔNTICO PRÉ-OPERATÓRIO (BILATERAL)
• AS TÉCNICAS UTILIZADAS NECESSITAM DE REFERÊNCIAS ANATÓMICAS
MAIS CLARAMENTE DEFINIDAS

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COMPLICAÇÕES NA OPERAÇÃO DE PSICOSE PALATINA: (pp. Márcia)
• CIRÚRGICO: FIBROSE VELAR, VELUM CURTO, ABERTURAS VELARES
• PERTURBAÇÕES DA FALA E DA LINGUAGEM (ATRASO NA FALA, DISFONIA, GAGUEZ)
• PSICOLÓGICOS (TIMIDEZ, NEUROSE)
• MALNUTRIÇÃO
• AUDIOLÓGICA (PERDA AUDITIVA CONDUTIVA DEVIDO A OTITE MÉDIA CRÓNICA)
• ORTODONTIA (MÁS OCLUSÕES DENTÁRIAS)

TRATAMENTO PROTÉSICO (pp. Márcia)


• CONTRA-INDICAÇÃO PARA CIRURGIA
• ERROS CIRÚRGICOS
• DENTES EM FALTA

TRATAMENTO ORTODONTICO: (pp. Marcia)


• PODEM SER INTRA-ORAIS E EXTRA-ORAIS.

OBJECTIVOS: (pp. Márcia)


• ALIMENTOS
• EXPANSORES DE MAXILAS
• ALINHAMENTO DA MAXILA
• GUIAR A ERUPÇÃO DENTÁRIA
• CORRECÇÃO DE MÁS OCLUSÕES DENTÁRIAS

TRATAMENTO AUDIOLÓGICO: (pp. Márcia)


• OTITE MÉDIA RECORRENTE
• ADENOIDITE CRÓNICA
• EVITAR A ADENOTONSILECTOMIA
• SURDEZ CONDUTIVA

TRATAMENTO LOGOFÓNICO ( pp. Marcia)


• ORIENTAÇÕES FAMILIARES
• TERAPIA FUNCIONAL UM MÊS APÓS A CIRURGIA DO PALATO

TTO
• De dentro para fora: criar situações essenciaisnos padrões
cinestésico-motores da fisiologia da fala do paciente.
• Com apoio sinestésico : audição, visão, tacto
• Funcionalismo de tratamento (K)
Caracterizado por:
• não é rígida nem dogmática, dependendo da idade do paciente e da etapa ou fase em
que ele chega à consulta.
• nem todos os casos começam com a técnica inicial, depende de :
- o doente é virgem de tratamento
- fonemas tomados
- funções intactas

OBJECTIVOS DO TRATAMENTO (pp. Marcia)


• CONTROLAR A DIRECÇÃO DA BOCA DO AR EXPIRATÓRIO
• MOBILIZAÇÃO DO PALATO MOLE

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• CRIAR PRESSÃO DE AR INTRA-ORAL
• ESTABELECIMENTO DE FONEMAS
• TERAPIA ARTICULATÓRIA
• PROFILAXIA DA GAGUEZ
• ELIMINAÇÃO DA HIPERRINOFONIA
Objectivos
Criar os padrões motores Sempre com sons com a estrutura nominal do fonema, a fim
cinestésicos do movimento da de corrigir o melhor possível a mecânica articulatória.
FA através de situações
experimentais para a pessoa
com FA.
apoio sinestésico: ouvir, ver,
tocar
Obtenção de resultados Mobilidade e resistência do véu
adequados Fecho palatino faríngeo (funcionalismo K e P)
Pressão de ar intra-oral (funcionalismo P)
Direcção do ar expiratório pela boca (S-funcionalismo)
Eliminar o esforço excessivo Em crianças: Técnica inicial TM
dos músculos Adultos: Técnicas de expiração
compensatórios: movimento
do rosto e dos lábios
indicado desde o início

Alguns autores consideram que a terapia da fala deve ser iniciada antes do tratamento cirúrgico
(pré-operatório), de modo a estabelecer o vocabulário.
Outros: a iniciar no pós-operatório, quando a base anatómica para o desenvolvimento dos
fonemas já está fechada.
Aqui é feito desde o nascimento:
Na primeira semana, é explicado aos pais que:
• O vocabulário precisa de ser estimulado
• Ficará com perturbações da fala e terá de ir a consultas para a j u d a r a corrigir as
perturbações da fala e da voz.
• Que o tratamento se prolongará durante anos e que o prognóstico será favorável a longo
prazo.

O tratamento de terapia da fala começa antes da operação e tem como objectivo:


- Melhorar as capacidades motoras articulatórias labiais e linguais.
- Elaboração de um plano geral de estimulação cognitiva que abranja diferentes
domínios como: motor, social, validação, cognitivo e linguagem.
- Trabalha-se igualmente para reforçar a utilização dos órgãos articulatórios, exercitando a
sucção, a mastigação, a mobilidade da língua nas 4 direcções, etc.
- Estimular e alargar o vocabulário activo e passivo da
criança. Primeiras consultas
1.- Estimulação inicial do paciente com fenda palatina

Dosagem: 5 min. 10 ou 12 vezes por dia
- direcção do ar intrabucal e criar o fonema

21
• Funcionalismo P
Chupar as bochechas e, depois de manter o ar na boca durante um momento,
expulsá-lo bruscamente, fazendo um som P alto e explosivo, para reforçar o
movimento do véu, a pressão do ar intra-oral, a direcção e a saída do ar e para
criar o fonema
Dosagem: 5 min. 10 ou 12 vezes por dia

• Funcionalismo K: Abrir bem a boca, fazer uma contracção forte da garganta sob a
forma de um estalido e emitir sons:
AK, EK, IK, OK, UK
Dosagem: 5 min. 10 a 12 vezes por
dia Para reforçar o véu e criar
fonemas

2. Extensão do funcionalismo K: Abrir bem a boca, fazer uma contracção forte com a
garganta em forma de clique, terminando com uma vogal acentuada.
AKKKÁ, EKKKÉ, IKKKÍ, OKKKÓ, UKKKÚ
Dose: 5 min. 10 ou 12 vezes por dia

3. K-K: Abrir bem a boca, fazer uma contracção forte com a garganta em forma de clique,
separando um pouco a última sílaba e acentuando-a fortemente.
AKKKA-KÁ, EKKKE-KÉ, IKKKI-KÍ, OKKKO-KÓ, UKKKU-KÚ
Dose: 5 min. 10 ou 12 vezes por dia

4. K-P: Abrir bem a boca, fazer um estalido alto com a garganta (contracção) terminando
com o fonema P com uma vogal acentuada.
AK-PÁ, EK-PÉ, IK-PÍ, OK-PÓ, UK-PÚ
Dosagem: 5 min. 10 ou 12 vezes por dia

5. Sincinesia físico-vocal: De pé, com os punhos cerrados e os braços estendidos à frente


do corpo, levar os punhos ao nível do peito, com uma inspiração nasal lenta e suave; à
medida que os punhos cerrados são levados ao peito, os lábios devem estar prontos para
pronunciar o P, com os cotovelos ligeiramente mais altos do que os ombros. Após um
momento de preparação, deitar os punhos para baixo com toda a força, pronunciando um
P curto e enérgico. Dose: 10 sessões de 10 P. Total: 100 P por dia. Dosagem. 10 sessões
de 10 P (100 P por dia)

6. S-T: Com os dentes juntos e os lábios numa posição de sorriso forçado, emitir um som
alto e curto terminando num t frustrado (que não é dado).
ssst
Dosagem: 5 min. 10 ou 12 vezes por dia
7. a) Desnasalização a partir de J (primeiro passo): Com a boca aberta, emitir uma
respiração ofegante, longa e larga, seguida de uma vogal prolongada.
jjjjjjjjjjjjjjjaaaaaaaaaaaaaa , jjjjjjjjjjjjjjjjjjeeeeeeeeeeeeeeeeeeee,
jjjjjjjjjjjjjjjjjjiiiiiiiiiiiiiii, jjjjjjjjjjjjjoooooooooooooo jjjjjjjjjjjjuuuuuuuuuuuuuuuuuu
Dosagem: 5 min. 10 ou 12 vezes por dia

22
b) Desnasalização a partir de J (segundo passo): Com a boca aberta, emitir uma
respiração ofegante, longa e ampla, interrompendo-a brevemente e continuando com uma
vogal prolongada.

Dosagem: 5 min. 10 ou 12 vezes por dia

8.a) Desnasalização do S (primeiro passo): Com os dentes juntos e os lábios numa


posição de sorriso forçado, faça assobios finos, suaves e longos, seguidos de uma vogal
longa.

Dosagem: 5 min. 10 ou 12 vezes por dia

b) Desnasalização do S (segundo passo): Com os dentes juntos e os lábios numa posição


de sorriso forçado, fazer assobios longos, suaves e finos, interromper brevemente e
continuar com uma vogal longa.
sssssssssssssssssssssssssssssssssss aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa,
sssssssssssssssssssssssssssss eeeeeeeeeeee, sssssssssssssssssssss
iiiiiiiiiiiiii sssssssssssssssssssssss oooooooooo, sssssssssssssssssssssss
uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
Dosagem: 5 min. 10 ou 12 vezes por dia

c) Desnasalização a partir de S (terceira etapa): Realizar vocalizações prolongadas.


Aaaaaaaaaaaaaaaaaaa, eeeeeeeeeeee, iiiiiiiiiiiiii, oooooooooo, uuuuuuuuuuuuuuuu
Dosagem: 5 min. 10 ou 12 vezes por dia

• Automatize palavras, frases e sentenças.


stick, mapa,
Cadeira, mesa, bússola

PRÓXIMAS CONSULTAS
Criar restos de fonemas tomados (não esperar que os anteriores se formem
exactamente, quando melhoram).
Funcionalismo "T":
Este é o primeiro a ser tratado, que fornece o D necessário para o R Este
exercício consiste em três fases:
• Primeira etapa: exteriorizar bem a língua, segurá-la firmemente entre os lábios e
nessa posição, sem a deixar recuar, pronunciar sílabas de T mais vogal acentuada.
Tá o chá tí tó tu

• Segunda fase: exteriorizar apenas a ponta da língua, segurá-la firmemente entre os


dentes e, nessa posição, dar a sílaba do T com a vogal mais acentuada.
tá o chá tí tó tu

• Terceira fase: Com os dentes fechados, colocar a parte de trás da ponta da língua
firmemente atrás dos incisivos superiores e nesta posição emitir a vogal mais
acentuada, a sílaba T, de forma explosiva.
tá o chá tí tó tu

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A duração de cada exercício depende da capacidade do doente para o efectuar.
Uma vez dominada a terceira fase, se necessário, passamos aos exercícios
tradicionais, começando pelo funcionalismo, geralmente não necessário, e passando à
automatização.
- Automatizar
- Combinar com outros fonemas criados: Tin , mata
EXERCÍCIOS D
• Primeiro passo: exteriorizar a língua pressionando-a com os lábios com alguma
pressão sem a deixar recuar e dizer: Dá dédí dódú
• Segundo passo: Exteriorizar a língua, prendendo-a com os dentes com uma certa
pressão e sem a deixar mover-se para trás dizer: Dá dédí dódú
• Terceiro passo: Inclinando a língua firmemente atrás dos dentes superiores, dizer:
Dá dédí dó dú

2- Funcionalismo "D": Colocar a língua atrás dos incisivos superiores e emitir um som "D"
longo e sustentado, vibrando a laringe:
dddddddddddddddddd

3-Funcionalismo "D" + vogal: Colocar a língua atrás dos incisivos superiores e emitir um
som longo e sustentado de "D", vibrando a laringe e terminando numa vogal acentuada:

4-Automatizar D: dedo e dedal

EXERCÍCIOS "L
Arco funcional da língua: "Brincar" com a língua, trazendo-a para cima, dobrando a
ponta para trás, empurrando-a para a frente e para fora, tocando nos incisivos superiores
antes de sair, emitindo qualquer som.
É geralmente realizada com a vogal a, devido às características da posição dos órgãos
para esta vogal e aos movimentos que damos à língua, é a que permite a melhor
continuidade e velocidade da língua.
Com o arco lingual funcional estamos a dar mobilidade à língua para os níveis de
articulação e a preparar especificamente as condições para o estabelecimento do fonema
L.
Funcionalismo "L": Colocar e apoiar suavemente a ponta da língua na gengiva atrás
dos incisivos superiores e, sem tocar nos incisivos superiores, emitir um som neutro
sustentado.
lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll

Funcionalismo "L" + vogal: Colocar e apoiar suavemente a ponta da língua na gengiva


atrás dos incisivos superiores e emitir um som neutro sustentado, terminando numa vogal
acentuada.

Lambdacismo complexo: Colocar os órgãos articulatórios (lábios, língua, dentes) em


posição para emitir o fonema correspondente (P, B, F, T, K, G,) sem o emitir, saindo
rapidamente dessa posição e caindo na sílaba de "L" + vogal, acentuando esta última:
p-lá p-le p-lí p-lí p-ló p-lú

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Sequências de sílabas com "L": Fazer sequências muito rápidas de sílabas com as
consoantes P, B, F, G, K e "L" + vogal, com ênfase nesta última:

Palapalapalapalapalapalapalá, Pelepelepelepelepelepelepelepel,
Pilipilipilipilipilipilipilipilí, Polopolopolopolopolopolopolopolopoló
Pulupulupulupulupulú

Automatizar L: lápis, mau

EXERCÍCIOS COM "F":


Funcionalismo "F": Com a boca aberta, levantar o lábio superior com os dedos
indicadores e, ao mesmo tempo, empurrar o lábio inferior contra os dentes superiores com
os polegares. Nesta posição, assobiar de forma fina, suave e prolongada.

Funcionalismo "F" + vogal: Com a boca aberta, levantar o lábio superior com os dedos
indicadores e, ao mesmo tempo, empurrar o lábio inferior contra os dentes superiores com
os polegares. Nesta posição, fazer assobios finos, suaves e prolongados, terminando em
vogais acentuadas:
Fffá fffé ffí ffí fffó fffú

Fisioterapia extensiva: Com a boca aberta, colocar os órgãos fonoarticulatórios de forma


correcta para emitir o som de "F" com assobios suaves, finos e longos, primeiro
terminando com uma vogal acentuada, depois começando com uma vogal e finalmente o
"F" assobiando entre vogais, acentuando a última.

Fffa afff afff afffá Fffa efff efffé Fffi ifff ifff ifffí Fffo offf offf offfó Fffu ufff ufffú

Automatizar F: fila, café, reforço

EXERCÍCIOS COM "CH":


Funcionalismo "CH": Projetar os lábios em forma de focinho e, nessa posição, emitir
baforadas em forma de jato:
Funcionalismo "CH" + vogal: projecção dos lábios em forma de focinho e, nessa
posição, emissão de sopros em forma de jacto que terminam numa vogal acentuada.
T-CH: Pronunciar um "T" forte e depois dizer muito rapidamente:
t-chá t-ché t-chí t-cho t-choo
Automatizar: muito chinês

GAMMACISMO
Funcionalismo G: Abrir bem a boca e emitir um som longo, suave e gargarejante ao
nível da garganta (istmo dos maxilares).
ggggggggggggggggggggggggggggg
Estender o G-funcionalismo ou G-funcionalismo mais vogal: Abrir bem a boca e
emitir um som longo e suave ao nível da garganta que se assemelhe a um som de
garganta acompanhado de uma vogal acentuada.
ggggggá ggggggé ggggggí ggggggó ggggggú

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Série funcional G simples (Série funcional G + vogal): Realizar o funcionalismo acompanhado
de uma vogal numa série de três, acentuando a última vogal.
gggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggg
gggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggg
gggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggg
ggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggú

Gamaterapia extensiva: Primeiro damos funcionalismo acompanhado de vogal


acentuada, depois vogal seguida de funcionalismo e terminamos com funcionalismo entre
vogais.
ggggggggggá ggggggggggggé ggggggggggí ggggggggggó
ggggggggg
gú agggggggggggggg egggggggggggggggggggg iggggggggggggggggg
ogggggggggggg
ugggggggg
gggg agggggggggggggá egggggggggggggé iggggggggggggí ogggggggggó
ugggggggg
gggggú

Automatizar G.

EXERCÍCIOS "R
Vibração bilabial: relaxando a língua, as bochechas e os lábios, fazer vibrar a língua
juntamente com a vibração dos lábios de forma sustentada e ruidosa, imitando o som de
um motor:
~~~~~~ Brrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr

Bilabial + vibração vocal: Vibrar cuidadosamente os lábios de forma longa e sustentada,


imitando o som de um motor.

Brrrá brrré brrré brrrí brrró brrró brrrú

Vibração bilabial em série: Vibrar os lábios ruidosamente de forma longa e sustentada,


imitando o som de um motor numa série de três:

Brrr brrr brrr brrr brrr

Vibração da língua: Com a ponta da língua atrás dos dentes superiores, fazê-la vibrar
como um motor

Vibração bilabial + vogal seriada: Vibrar os lábios ruidosamente de forma longa e


sustentada imitando o som de um motor, terminando numa vogal numa série de três,
acentuando a última vogal:

Brrrá Brrré Brrríbrrrí barrí Brrró

brrró brrró brrró brrró brrró Brrrú brrrú brrrú brrrú brrrú

"L-r": Abrir a boca, levar a língua para cima e para trás, fazendo os seguintes sons: larrr
26
lerrr lerrr lirrr lorrr lurrr lurrr.

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L - r + vogal: Abrir a boca, levar a língua para cima e para trás, fazendo os seguintes
sons
Larrrrrrrrrrrr-á lerrrrrrrrrrrrrr-é lirrrrrrrrrrrrrrrrrr-ílorrrrrrrrrrrrrrrrrrr-
ólurrrrrrrrrrrrrrr- ú

r - directo: Aqui tenta-se dar um ere entre vogais, acentuando a última vogal, deve ser
feito de forma extremamente rápida para que a primeira vogal seja pouco audível.
Para o dizer de forma rápida e clara: ará vou-me
embora irí oró urú Este exercício
é o que cria o R1
r-R: Para realizar este exercício é necessário ter R1 e é com este exercício
que se consegue R3ará - RRá eré- RRé irí- RRí oró- RRó urú-
RRú
Acentue no final e aumente gradualmente a velocidade para um único som.

ar - ar - ar: São emitidas três sílabas formadas por vogal e r final, sendo a última
acentuada. ar-ar-ar-ár er-er-ér ir-ir-ír-ír or-or-ór ur-ur-úr
É o exercício que alcança como tal o R2

R-R: Deve ter o R2 e com ele o R4 é alcançado.


ar - RRáer - RRéir- RRior -RRó ur-RRú

r-r-R: Falar de forma rápida e clara:


arar-Rar-RRÁ erer-Rer-Rer-RRÉ irir-Rir-RRÍor-Ror-RRÓ urur-Rur-RRÚ

t d'd'd'd'd série: Bater rapidamente no céu da boca com a ponta da língua, dirigindo-a para trás
Dizer tdddddddddd

10. Série Terereré: Bater rapidamente no céu da boca com a ponta da língua em
direcção contrária Dizer terereréeré

11.Td'd'd'd'd'd'd'-RR: Semelhante ao exercício exercício:


TerererereRRÁ TerererereRRÉ TerererereRRÍ TerererereRRÓ TerererereRRÚ

Rotacismo complexo: Colocar os órgãos articulatórios em posição de emitir o fonema


correspondente (P, B, F, G, K, T) e, sem o emitir, sair rapidamente dessa posição e cair
sobre a sílaba do "r" mais vogal, acentuando esta última:
p-rá p-ré p-rí p-ró p-rú
b-rá b-ré b-rí b-ró b-rú
f-rá f-ré f-rí f-ró f-rú
g-rá g-ré g-rí g-ró g-rú
k-rá k-ré k-rí k-ró k-rú
t-rá t-ré t-rí t-ró t-rú

Automatizar: Farinha, mar, rita, cão, braço

Consultas subsequentes:
• Técnica inicial da MT desde o início e cuidados com a voz
• Sussurro intenso e extenso: Repetir frases curtas e simples de forma sussurrada
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como um segredo, com boa articulação, abrindo bem a boca. Fazer isto também na
leitura ou na conversação.

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• Exercícios funcionais
Sigmoterapia longa e
alargada
• Vogais, palavras, frases, sentenças, conversas (para o controlo
aéreo)
• Sobrearticulação - leitura fraseológica
-frase com articulação forte: Para reforçar o véu
e o tónus muscular
FACTORES COMPENSATÓRIOS BIOLÓGICOS NA HIPERRHIPERRHINOFONIA (pp. Marcia)
ESTATÍSTICAS:
• CORNETES
• ADENÓIDES
• AMIGOS
• DESVIOS DINÂMICOS DO
SEPTO:
• ESTADO DA AUDIÇÃO
• NÍVEL DE INTELIGÊNCIA
• DESLOCAÇÃO MEDIAL DAS PAREDES LATERAIS DA FARINGE
FUNÇÕES BÁSICAS DO PALATO MOLE
◼ DEGLUTIÇÃO: REFLEXO
◼ FONAÇÃO : VOLUNTÁRIA (determinante na articulação dos fonemas)
VÉU PALATINA
◼ A EMISSÃO CORRECTA DOS SONS ORAIS E NASAIS DEPENDE DA SUA
MOBILIDADE E COMPRIMENTO.
A fenda labiopalatina tem impacto nas funções vitais, bem como no desenvolvimento
psicológico e social do indivíduo, porque "vê-se", "ouve-se" e "sente-se". A intervenção
precoce e atempada nestes doentes garante a habilitação mais fisiológica das suas
funções e, consequentemente, a melhor integração social.

A operação para a fenda do lábio e do palato mole é actualmente realizada aos 3 meses
de idade, sendo o palato duro realizado mais tarde.

DISLALIASES DO VÉU CURTO OU PARALISIAS DO VÉU (Insuficiência


Velo-faríngeo)
▪ Comprimento do véu do adulto 28 mm
▪ Diz-se que a teia é curta quando tem menos de 20 mm.
▪ As consoantes não nasais são as que mais sofrem com o distúrbio porque se
tornam nasais.
▪ Se tivermos em conta a topografia reduzida da perturbação orgânica,
tenderíamos a considerar que apenas os fonemas do 4º nível seriam afectados,
sem
No entanto, devido à necessidade de uma pressão de ar intra-oral adequada,
outros fonemas que não se encontrem a este nível serão afectados em maior ou
menor grau.
1º nível (P, B, M)
2º nível (T, D, N)
3º nível (CH)

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DISSLALIA VOWEL
▪ São raros na prática clínica da patologia da fala.
▪ Não foram encontrados em adultos, o que sugere que são típicos da primeira
infância e desaparecem espontaneamente.
▪ A base do seu tom funcional é o ponto de partida do triângulo de Hellwag, que
pertence ao domínio da fonética.
▪ As dislalias das vogais vistas acima referem-se apenas a E e O, geralmente
substituídos por A.

DISLALIA DE DITONGO
Não é frequente
Observado em tarting e MRI, em crianças superprotegidas com articulação infantilóide.

DISLALIA E TM
Podem ou não coincidir, mas a relação é que durante o tratamento a MT pode aparecer,
razão pela qual em todos os tratamentos é indicada a Técnica Inicial da MT (TMI).

PATOLOGIAS QUE LEVAM À DISLALIA


2. Retardo mental
3. -----------------TartaleoDislalia R, S
4. TM ou espasmofemia
5. Perda de audição

Previsão:
Isto varia consoante as diferentes causas de dislalia.
As rotações terão um prognóstico mais incerto do que qualquer outra forma isolada de
dislalia.
Depende de:
1- Idade: Nos adultos, o prognóstico é pior porque há um maior enraizamento
dos padrões auditivos, motores e cinestésicos.
2- Etiologia: varia consoante as diferentes causas: as dislalias funcionais têm um
melhor prognóstico do que as dislalias orgânicas.
3- Número de fonemas obtidos: quanto maior for o número de fonemas, mais trabalhoso e
mais longo será o tratamento. Generalizada, pior prognóstico.
4-Tipo de fonemas afectados: Os fonemas rotacionais têm um prognóstico mais
incerto do que qualquer outro tipo isolado de dislalia, uma vez que o tratamento é
mais difícil e demorado.
5-Patologias associadas: Se existirem, terão um pior prognóstico (RM, Síndromes
Neurológicas, Perda de Audição, Disfonia e MT).
6- Inteligência infantil
7- Cooperação com o tratamento (interesse pessoal do pt)
8- Apoio à família
31
9- Trabalho do terapeuta (relação com o paciente e a sua capacidade)
10- Ocorrência de complicações durante o tratamento: 1º TM devido a atenção excessiva
aos detalhes da fala, disfonia inicial ou durante o tratamento, 2º TM devido a atenção
excessiva aos detalhes da fala, 3º TM devido a atenção excessiva aos detalhes da fala,
3º disfonia durante o tratamento, 3º disfonia durante o tratamento.
11- Sobre os cuidados na primeira infância
A dislalia tem um melhor prognóstico do que a disartria.
TRATAMENTO
I.- Profiláctico
II.- Segundo a causa: audiológica
Cirúrgico Por exemplo, Maxilofacial: Anquiloglossia
sublingual Ortodontia
Protético
III.- Terapia da fala e da língua
Prevenção da terapia da fala (profilaxia da dislalia)
▪ Dicas para a família: Falar correctamente com o seu
filho
Aumentar o vocabulário
▪ Realizar investigação
▪ Palestras educativas para pais e educadores
▪ Intervenção precoce
▪ Cuidados pré-natais
Conselhos de família
1.- As dislalias funcionais evitam-se cuidando melhor do modo de pronunciar da pessoa,
do ambiente familiar e social que se relaciona frequentemente com a criança, ou seja,
conseguir um ambiente verbal adequado. Falar correctamente com a criança
2.- Não chamar a atenção para a dificuldade de evitar um PPM.
• Não rectificar, não corrigir, não repreender, não exigir, não chamar a atenção
para a forma como se fala.
3 - Evitar a sobreprotecção.
4.- Não chupar no biberão, na tetina ou no polegar.
5.- Orientação de uma ablactação adequada.
6.- Não forçar a lateralização
7.- Gestão adequada dos pais

32
Investigação
1.- Detecção precoce de todas estas perturbações. Por exemplo:
défice auditivo 2.- Avaliação correcta da linguagem nos CSP
Palestras educativas para pais e educadores.
• Aumentar o nível de conhecimento de todos os profissionais de saúde sobre
o assunto.
Intervenção precoce
Diagnóstico e tratamento precoce das causas orgânicas (afecções ORL e estomatológicas).
Cuidados pré-natais
Aconselhamento genético
2.- Diminuir ou eliminar os factores de risco
Tratamento da dislalia
Ter em conta a biofisiodinâmica articulatória de cada som a tratar: 1º - Terapia
funcional com movimentos biológicos ou qualidades articulares.
semelhante ao fonema a tratar e baseando-se principalmente em analisadores
cinestésicos, visuais e auditivos.
2º- Uma vez adquirido definitivamente o fonema, este som deve ser prolongado em
contextos fonémicos e linguísticos cada vez mais complicados para o automatizar e
generalizar.
Orientações específicas de:
• Estimulação sensorial-perceptiva geral
• Construção de vocabulário.
• Gestão adequada desta perturbação na primeira infância para prevenir o
desenvolvimento da gaguez.
Considerações de carácter geral
1- Não utilizar exercícios pré-articulatórios, uma vez que a maioria das dislalias são funcionais.
2- Não utilizar outros instrumentos para além do K-funcionalismo.
3- Não tratar Dislalia fisiológica
4-Utilizar apoio visual, táctil, mecânico e auditivo-cinestésico.
5-Tratamento em função da biofisiodinâmica articular e dos níveis articulares
6- Não tratar mais de 3 fonemas em conjunto
7- Não tratar fonemas do mesmo nível, excepto se tiverem uma biofisiodinâmica muito diferente.

33
8 - Se os fonemas afectados estiverem todos ao mesmo nível, estes factores devem
ser tidos em conta na escolha dos fonemas a começar:
• se é audível ou surdo (1º o audível)
• o que é adquirido mais cedo é o primeiro a ser tratado
• 9 - Não passar para outro fonema do mesmo nível enquanto o
anterior não tiver sido automatizado 10 - Técnica inicial de TM (até aos 6
ou 7 anos)
Dicas para a família
Estimular o alongamento
das vogais do vocabulário
11 - Se a LT fisiológica + Dislalia, o foco é mais na fala, a TL pode ser tratada com muito
cuidado, de forma simples, avaliando a sua evolução e tendo o cuidado de não a complicar
com uma MT.
12- Disfonia + Dislalia --- 1º tratamento da disfonia
13- Se disfonia + dislalia + TM, DF-TM e DL são tratados.
14- Se aparecer uma MT durante o tratamento de uma DL, interromper o tratamento da DL e
tratar a MT.
15- Encaminhar a dor lombar orgânica para o especialista adequado para uma correcção
precoce da doença.
Específico
• Não utilizar a vibração bilabial no MR, substituir por t'd'd'd'd', consoante a idade,
pois pode criar DL por adição.
• Não tratar R se não tiver T, D, L
• Não tratar S se não tiver F
• Se há sigmatismo e fitismo, eu trato primeiro do fitismo.
• Para tratar R5 deve ter R1, F, T, B, P, G, K, pois estes fonemas são os que se
combinam com ele nesta posição.
• Não tratar R4 se não tiver R2
• Para tratar Lc deve ter Ls, F, T, B, G, K, P
TÉCNICA DE DISLALIA INICIAL
1. SIGMOTERAPIA INICIAL
2. FUNCIONALISMO J
3. ARCO LINGUAL FUNCIONAL
4. VIBRAÇÃO BILABIAL

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SIGMOTERAPIA INICIAL
◼ COM OS DENTES JUNTOS E OS LÁBIOS NUM SORRISO FORÇADO,
DÁ UM ASSOBIO LONGO, FINO E SUAVE.
SSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

FUNCIONALISMO J
◼ COM A BOCA ABERTA, EXALAR UM LONGO E AMPLO SUSPIRO
JJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJ

ARCO LINGUAL FUNCIONAL


◼ BRINCAR COM A LÍNGUA, FAZENDO-A SUBIR, AVANÇAR E SAIR,
TOCANDO OS INCISIVOS SUPERIORES ANTES DE SAIR, EMITINDO UM
QUALQUER SOM.

VIBRAÇÃO BILABIAL
◼ VIBRAR OS LÁBIOS RUIDOSAMENTE DURANTE UM PERÍODO DE
TEMPO LONGO E PROLONGADO, IMITANDO O SOM DE UM MOTOR
BRRRRRRRRRRRRRRRR

Impacto das perturbações da articulação na criança: Complicações


Psicológico (baixa auto-estima)
-Disfonias
-TM
-Impacto pedagógico: Dificuldades de aprendizagem da leitura e da escrita.
-Impacto social
-Muitas profissões são limitadas
Nota: No autismo, a articulação é a última coisa a ser abordada, a pragmática e o vocabulário são
abordados em primeiro lugar.

PP Prof. Norma DESLIGAÇÕES ORGÂNICAS


TERAPIA GERAL:
◼ CORRECÇÃO ANATÓMICA
◼ TERAPIA FUNCIONAL
TERAPIA FUNCIONAL
DISTÚRBIOS ARTICULATÓRIOS. OBJECTIVOS
◼ UTILIZAÇÃO DE ARTICULAÇÕES OU QUALIDADES ARTICULATÓRIAS
SEMELHANTES ÀS DO FONEMA AFECTADO.
◼ MOVIMENTOS BIOLÓGICOS, INCLUINDO AS BASES DO FUNCIONALISMO.
PROCEDIMENTO GERAL
◼ ALCANÇAR O ESQUELETO FUNCIONAL DO FONEMA AFECTADO.
◼ COMBINÁ-LO COM VOGAIS DE FORMA SIMPLES E EM SÉRIE.
◼ AUTOMATIZAÇÃO EM PALAVRAS

35
AVALIAÇÃO DA ARTICULAÇÃO:
NÍVEL RECEPTIVO:
• DISCRIMINAÇÃO AUDITIVA DE SONS (IGUAIS E DIFERENTES)
• DISCRIMINAÇÃO AUDITIVA DE PALAVRAS SEM SENTIDO
(IGUAL-DIFERENTE)
• DISCRIMINAÇÃO AUDITIVA DE PALAVRAS (IGUAIS E DIFERENTES)
• RECONHECIMENTO AUDITIVO DE PALAVRAS (IDENTIFICAÇÃO DE IMAGENS)
• DECISÃO LEXICAL (CORRECTA OU INCORRECTA)
NÍVEL EXPRESSIVO:
• MOTRICIDADE ORAL (IMITAÇÃO DE GESTOS)
• REPETIÇÃO DE SÍLABAS
• REPETIÇÃO DE PALAVRAS SEM SENTIDO
• REPETIÇÃO DE PALAVRAS E FRASES
• DENOMINAÇÃO (IMAGENS)

GRANDE AMOSTRA DE LINGUAGEM ESPONTÂNEA (100-200 ENUNCIADOS)


GRAVIDADE DA PERTURBAÇÃO:
• % DE CONSOANTES CORRECTAS
• O NÚMERO TOTAL DE CONSOANTES CORRECTAS É DIVIDIDO PELO
NÚMERO TOTAL DE CONSOANTES NA AMOSTRA X 100

GRAVIDADE DA DOENÇA:
• MAIS DE 85%: DESENVOLVIMENTO NORMAL
• 65 - 85%: PERTURBAÇÃO MÉDIA A MODERADA
• 50 - 65%: PERTURBAÇÃO MODERADA A GRAVE
• -50%: PERTURBAÇÃO GRAVE

CONSIDERAÇÕES SOBRE A AVALIAÇÃO:


• AVALIAR OS FONEMAS EM POSIÇÃO INICIAL, MÉDIA E FINAL
• COMPARAR A AVALIAÇÃO DOS FONEMAS NA REPETIÇÃO E NA FALA
ESPONTÂNEA
• ESPECIFICAR AS CARACTERÍSTICAS DA PERTURBAÇÃO: ARTICULAÇÃO
ISOLADA E GERAL: DISTORÇÃO, SUBSTITUIÇÃO, OMISSÃO, OMISSÃO,
ADIÇÃO, ALTERNÂNCIA

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Aspectos Dislalia Disartria
Origem Sem base neurológica Base neurológica
Aquisição de Alternado ou fixo Fixo R e S
fonemas
Poderá haver mais,
consoante a doença.
Tomada para Não existe Se houver
telemóvel.
Excepto palatal figurativa
biológico
Número de 1 , 2, 3 , fonemas 1 ou 2 fonemas
fonemas ou mais de 3 Depende do tiro
Frequência Mais comum em crianças Mais comum em adultos
Perturbações do Não (apenas se for figurativo) Sim - hiperrinofonia
ressonância
Alterações do véu Não há passagem de Há passagem de alimentos
alimentos
líquidos para a nasofaringe
( só para rachar )
Consequências Não Hemiplegia
Previsão Mais favorável Menos favorável , depende
de vários factores
Perturbação da AF Nã Si
o m
Trast de los Não (apenas figurativo) Si
m
atributos de voz
Consumo geral das As TL em geral podem falar Si
m
articulações mal mas, isoladamente,
falam bem.
MR- Perturbação de défice
de atenção

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