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1
(1LÉ1HCA E. SIMf TICA)
POR
JOSÉ ÜITIÇIC.A
Definições preliminares
~ Taxionomia
Fonolog,.a ., , ..• 11, ono~p,a
. \ FonoGrafia.
\ Lexiologia
.....•( .. M:o.rfolo.
CampcnomLi.gi·a.·..
Etimologia
Gramática Semântica
l Sintaxe ,......
~ de r cgênci,1
de CAncordáncfo,
de posiç::í.(,
·- 12 --
~
vclo-faringca-a
uniarticu1adas linguo-palatais - e,
bilabiais - õ., 'li,
\ surda - t
. "'11
D- tingi.lo dentais
( soantes . · 1faríngea --
bucal - 1
nasal - n
a
o soante-bucal - Ih
1::; e- línguo-palatais soante-nasal - nli
(O
3
Sll
\ D - linguo-velares surda·- k
soante-fari,1g-t:a -- uh
"' .A - lábio-<lc·ntais surda - f
so~~nte -- v
surda______:. .s
chiàntes .
soante -
Stffda -
e
rh
soante - j
C- 1ínguo-alveo1~r - i (consonantal)
D - bilabial ~ u (consonantal)
· { bilabial - b (em sob) ·
línguo~dentais - / (depois de a e e)
oclusivas · tt (final de palavra)~
linguo-alveolar -- l (depois de i, !>, u)
(1) Pela .primeira vez, nos ineu~ Estudos de Fonologia (1916) se deu
~ssa noção de sílaba, inteiramente fora <lo até hoje ensinado. Todos os -fo-
ncticistas teem partido do fonema para a sílaba e isso, a meu Ver, errada ..
mente. Por isso, ainda_ não acertaram com a noção _de s.ílah:l. O caminho
lógico, porém, é partir: da palavra para n silaba e desta para o . fonema.
(1) O professor recapitulará as noções de fisiologia _da vos.
._ 17 -
lzon, um, un, hum, hZin, h~:, u!un, co1no en1: ombro,
ontem, hon1cm, honra, um, unto, hzímbrio, húngaro,
huno, uhm!
1 O - Se, emitindo ã, formos movendo a língua
: em sentido ântero-superior, isto é, cm direção da
abóbada palatina ou palato duro, perceberemos a
passagem de ã para ê, e, prosseguindo, para in. Te-
mos, pois, em é e in, vozes produzidas pela articúlação
da língua com a abóbada palatina. ·São vozes uni-
articuladas línguo-palatais. Essas vozes podem gra-
far-se: em, en, hen, Ize; im, in, hin, hi, i, como em:
sempre (1), lento, hcndecágono, /zc.miciclo, ímpar;
inchar, hinduísmo, hino, inocente.
11 - Se, emitindo ã, forrrios levantando o véu_
palatino, chegaremos a articulá-lo com a parede da
faringe nasal, interceptando, totalmente, a passagem
do ar para as fossas nasais. A voz deixará de ter
ressonância nasal. A ressonância será então bucal.
A voz ouvida é á, na maior abertura. Se a abertura
fôr mínima, a voz o'uvida é â. O primeiro a se diz
aberto e o scgu.ndo f cchado. Assim, á e â são vozes
uniarticuladas velo-faríngeas. Na fala normal do
Brasil só existe a fechado quando átono final, como
em rosa. O â tônico só existe em Portugal: más,
_câda, pâra, etc.
12 - Se, emitindo a· uniarticulada a, formos
contraindo os lábios, perceberemos a passagem para
ó, ô, o, e, depois, para u e ú. Ê sutil a diferença
entre õ e u, mas existe na fala cúlta, padrão; com-
pare soar e suar. As vozes_ ó, ó, o, u, ú são biarticula-
das, velo-faríngeas e bilabiais.
~
0 (prim. e sccund.) ••..
\ com três acentos - trítonas
I "H u
E
h s1lah:1
na antepcnúl-
~
t proparo:cítonas
G' \ (prim., secuncL e terciário) \ 8 tima síbba i
21 - As sílabas podem constar de um só fone-
ma, de dois, três, quatro ou cinco; exs.: é, só, s·cr-vil,
a-tril, arbi-trcis.
A divisão quanto ao número de letras não tem
valor.
28 - O cnconfl'o de duas vozes na mesma sílaba
;chama-se DITONGO; o de três, TRITONGO (1).
(1) A tco.ria completa dos tincontros vocálicos acha-se nos meus Es•
tudos de Fonofo_qia. _Don aquí sõmentc noções sucintas para os alunos gi•
nasiais.
25 '-----
São os seguinteo:
<le acentuaç:ío · · • · · • ••••· •• { acento agudo-pA
acento circunfkxu -v!}
.2 1
t>)
d0 nasalizaç:i.o . •••. ••••••. .
i til-lü
rn-camoo
~,., n-canto
C: de sibi1ação . . • • • • • • • • . . • • . • cedilha-raça
.~ de cbiarncnto •.•••••.•.•.•• - h (em ch)--cac-T10
"t:I
de guturcJização 1- u (cm ou)-gncrra
de palatalização h (em Ih)- malha
h (em nh)-mauh3.
personativos
(J)
o
:,,
...,
!:
próprios
! loca ti vos
abstrativos
intitulativos
{ concretos
abstratos
....«l
(Jl
.Q
:::;
(,')
comuns
j cofotivos 1
indeterminados
determinados {
na qualidade - específicos
na auantida<lc -- numérico3
~ f aC,tttIVt:,!:'
<.!.) Ver nas 'g-ramática.S, Ot.i mclhur, no rnanuaI de Verbos do Dr. Othclo'
'Refod ~-.. lista dos verbos irregular~'?_, def.ectiv.?s, 4'.bundantcs e auxiliaresª
42 - Eis o. quadro gcnü dos Yerhos:
de ação (ative~:;
de conveniência
~ p~ssagcíro
de estado
l permanente
de mudança <lc estado
de fenôm enos natur.nis
0
de fcnôn1'enos mentais
significação . , ....•••...•........ - (volitivos)
de passividade (passivos)
de dúvi<la
de semelhança
de carência
de ocorrência
· de suficiência
de acidente
~
regulares
irregulares
fortes
conj t1f<aç'ío .•......•...•••••••....
fraco:1
anômalos
dcf cctivos
integridade .•..••.•.••.... ! ...... .J indcft>ctivos
abundantes
Manual de Análise 2
,_ 3ô
'
articular
relativo
~
1 de posiçrío
acljetiv~,
designativo
\ possessivo
demonstrativo ... de iclentidade
alusivo
indefini to
( ordinal
numeral ........ i cardinal
dual
ruultiplic;:itivo
~
de posição; êste, êsse, aquêle,. estoutro
Demonstrativos de identidade: mesmo, .próprio
alusivos: dêstc, dêsse, daquele, ta/ 3 scmcllia,ile
indefini to: tot (ver pág. 40).
E' de importância não confundir numerais com
ordinais, como teem feito todos os gramáticos. O nú-
mero é categoria diferente da ordem. Aquele se re-
fere à quantidade dos nomes; êste, à posiçc'ío- Em
verdade, aos numerais correspondem ordinais, por-
que é sempre possível distribuir as entidades em de-
terminada ordem; mas, há ordinais que não corres-
pondem a numerais, resultando disso a impossibHi-
dade de classificar tais adjetivos, como o confessam
alguns gramáticos. Realmente, não são numerais, e
sim meramente ordinais, os seguintes adjetivos: úl-
timo, penúltimo, antepenúltimo, anterior, posterior,
exterior, precedente, antecedente, conseqüente, pro-
clítico, enclítico, seguinte, médio, exfremo, etc .. Êsses
acijetivos podem até, como em anatomia, compor-se:
ánlero-supez-ior; póstero-inferior, para designar po·
sições.
Só há um adjetivo dual: ambos, que podia ser
reforçado cm ambos os dois, ambos de dois, ambos e
dois, ambos a dois, ambos dois, a dois ambos.
Os multiplicativos são: duplo, triplo, quádru-
plo, etc., .como: elevei o número à qiiádrupla potên-
cia; empreguei o duplo metro, etc. Em geral, êsses
multiplicativos se usam como substantivos.
Os adjetivos universais exprimem a totalidade
do nome e podem fazê-lo positiva ou negaii!Jamente;
ex. : todo, nenhum. Algum, posposto ao nome, tem
força negativa: homem algn-m =nenhum.
Entre os quantitativos temos de incluir: que e
quanto, em frases como: que horas são? não sei que
cadeiras tenho (quantas); preciso ver com que votoi
conto (quantos).
Tal funciona como indefinito distributivo refor-
çando um e equivalente a certo, em frases como:
.~onheci UM tal João.
- 39 =
Corresponde ainda a tão grande, não em senti-
'do comparativo, em fnv,es como: ó susto foi tal, que
êlc morreu. Nesse caso é verdadeiro adjetivo descri-
tivo, reforçado pelo advérbio de intensidade tanto em
correlação com qnc da frase seguinte. (1)
Em correlação com qual, tal exerce uma função
muito impor.lante na linguagem, a furn,:ão de sinzili.:;
tu de, inteiramente descurada pelos gramáticos. Tô~
das as frases expressivas de mna semelhança c1itrc'
nomes são inanalísúveis pelos sistemas usuais.
Em lógica, a relação de similitude tem capital
ímporlància e foge aos processos do silogismo, não
comportando sequer a determinação <los têrmos ló-
gicos.
Assim, na frase: A casa é tal, qnal V. rn'a des-.
creveu, poderemos chamar a tal e a qual pronon1es
correlativos, mas isso não indica o característico es•
sencial da correlação que é a similitncle. (2).
Além disso, tal, aí, é verdadeiramente adjetivo,
corresvondente a perfeitamente· igual. Ora, a pala-,
vni ig11ai, como scmcllianlc, parecido, idêntico, aná-
logo, mcsm0, etc. logicamente, não é descritiva; in-
dica sômente a cossemcthança, a parecença, a coexis~
· tôncia dos mes-mos característicos em nomes dife-
rentes. Em rigor, como se faz em lógica, deVE,ría-
mos constituir uma classe à parte, a· que podería-
mos chamar assimilativos. Seus antônimos (desi-
u,rnl., outro, difere11te, etc.) são dissimilativos.
(1) Equiv;iie a t!io rHim em fraf::r's como: está em estado tai ... que:- .. el
(eru tão ntim estado que . .. )
(J) Si,vo-me do tênno adotMo por Stuart MUI.
- 40 ~
(1) Note que essa .mesma trasc poc.lc lt:r sentido divcr.sn em que ln:' fi.
gure como relativo indicando a seleção, "--tuivalcnte assim a: bem ·sd de
gnat espécie é o homem; coruo também na frase; que tal é o homem?
.vro é êste livro. No primeiro exemplo há substitui-
ção, no segundo dispensa de repetição do substan-
tivo.
Alguns gramáticos não admitem que êste, meu,
algum, quatro, por exemplo, isto é, os adjetivos de-
terminativos e indefinitos sejam considerados pro-
nomes quando desacompanhados do substantivo e
dizem que permanecem adjetivos. Não teem razão.
Provém o engano de desconhecerem a função supres-
siva do pronome. Também, quando suprimimos o
substantivo regido do artigo, o adjetivo descritivo
passa a substantivo; ex.; Os homens justos (aclj.)
são estimados - Os justos (suhst.) são estimados.
E' um fenômeno de transmissão de sentido. Supri-
mido o substantivo, a idéia por êle expressa se trans-
fere naturalmente ao adjetivo, como a expressa pelo
adjetivo, suprimido êsle, se transfere ao prono~
me (l).
Outros gramáticos consideram os adjetivos pos-
sessivos e demonstrativos sempre pronon1cs e lhes
chamam pronomes-adjetivos ou pronomes-adjuntos
( Saí d Ali). Não posso expor aqui as razões por que
não 11auo a tal conceito.
45 - Os pronomes substitutivos ou supletivos
representam as pessoas. gramatieais, entidades inde-
fin.idas, ou cousas que se designam ou a que se .·az
referência. S~o, assim, pronomes pe-ssoais, indefini-
ios, demonstrativos e l'Clativos.
Nota. Parecerá estranha a inclusão de demons-
trativos e relativos entre os supletivos e a de indefi-
nitos entre os supressivos. Essa classificação, en-
tretanto, resulta do sério exame feito em conjunto
(1) .Maximiuo Macic~ me parece o único autor que viu Ue,n ês:se tato.,.
- 42 _,
1 supressivos .....
i
indefinitos
possessivos
numerais
ordinais
~
1.• pessoa - me, nos
(/) ~ ,B 2. 11 pessoa - te, vos
~ Í de
<!)
E ·:5- )
<l) 3 .a p.cssoa • ·
com quem se fala -. ~ocê, V. E.x., o
quem se. fala - se, o, a os, as
senlto1
o 1
t:: '.g indiretos - me, mim, te, ti, se' si, Uic, thcs, a êlc, a
o
t.. ela, a êles, a elas, a você, etc.
Q.
adverbiais - comigo, ctmtigo, consigo, conosco, convosco
(Lzzs. V, 69)
(1) Sôbrt! isso. ver o que <ligo n~ Rev, de Fil. F'ort.~ vol. 24,.
felizes; encon l rú-lo-ei acaso um dia; partire-
mos provàvelmente amanhã; vê-lo-emos por-
ventura em casa (1) ; estarão lá eventualmen-
te todos êles.
2.º de tcnEQUÊNCIA: diàriamente, cotidianamcntc,
semanalmente, mensalmente, etc.' nunca,
jamais, sempre (2), às vêzes, raramente, uma
vez, etc., sllcessivamente, constantemente,
perpetuamente, permanentemente, eterna-
mente, uma vez por tôdas, etc.; ex.: estudo
diàriamente; nunca o vi; vejo-o sempre; en-
contro-o às vêzes; viaja constantemente; ja-
mms soube disso ; estú permanentemente em
casa, ek.
3. 0 de JNTEN,ÇÃO: acínte, acintcmentc, adrede, in-
tencio11almcntc, propositadamente (3), pre,
meditadamente, ( ele intuito, de plano, etc.),
acaso, casualmente, fortuitamente; ex.: ca-
minhou acinlc para prendê-lo; ia adrede pa-
ra matá-lo; fez isso intencionalmente; saiu
propositadamente; cometeu o crime preme-
ditadamente; feriu casualmente (ausência de
intenção) · (4).
(1) Prova real de que nem ·sequer são preposições temps no seguinte. O
professor Saíd Ali, <lcpois de firm;i.r o princípio de que as prcposi-~ões se
regem pronomes µessoais, exigem as formas. oblíquas tônicas (mim: ti' .si
etc.), adverte: «Contrariando esta regra, t\mpregamos, todavia, c.xccl~,;al-:.,~
e fora, afora) com o pronome pessoal em forma reta: Todos chamaram exceto
cu ou sali,o eu». Ora, fà.cilmcnte se mostra que não só essas senão quais-
9uer ~utra~ p~rticulas tais. _Exemplo: atéJ sendo preposição'. exige mim:
ele ve10 ate 11nm; sendo part1cula 1nclu~iva exig~ ª": todos foram, até ei,.
'de, adrede, acinte, intencionalmente, acaso, etc.; e'
alguns omitem classes inteiras.
E' indispensável, pois, e urgente, completar o
quadro da taxionomia, criando outras categorias gra-
maticais.
Com efeito, até hoje os gran1áticos se teem pre~
ocupado exclusivamente com as palavras que expri-
mem idéias, ou palavras ideativas, pouco atendendo
à numerosa classe das palavras que exprimem emo-
çâo ou palavras emotivas e, ainda 1nenos, üs palavras
que exprimem meros acidente.~ do discurso, como as
interrogações, afirmações, confirmações, realces, cora
reções, ressalvas, exclusões, designações, etc. Tais
palavras não exprimem nenhuma idéia propriamen-
te, mas indicam certos mo,•imentos ou operações
subjetivas e indispensáveis it compreensão do pensa·
1nento ou às suas can1biantes.
Na impossibilidade de reconhecerem idéia nas
interjeições, suprimiram-nas da taxionomia, conside-
rando-as simples gritos da alma, sem refletirem que_
há expressões intcrjectivas e frases interjcdivas com ·
pensamento analisúvel, como: raios te parlam!
Logo, para procedermos eientifica1ncnte, de
acôrdo com os fatos reais da linguagem, devemos dis~
tinguir três classes de palavras: ideativas, emotivas
e denotativas.
As ideativas compreendem as nominaliuas, pro-
nominativas, modificativas e conectivas, conforme
vimos. Acresccntaren10s a essas as palavras sintéti-
cas. As emotivas dividiremos em inter jectivas e in-
t,ensivas, segundo revelam a emoção pura, ou apenas
um pouco de emoção em z·ef ôrço a uma idéia, a ên-
1ase, numa palavra. As denotativas subdividiremos
em: aditivas, afirmativas, aualiativas, comparativas,
concessivas, corretivas, designativas, distributivas, es-
cusativas, exclusivas, explctivas, explicativas, gradati-
vas, inclusivas, preventivas, seletivas.
Ei~ o guadro dessa classificação:
nomínativas .... ! verbo
substantivo
( "~""'" ...... .
/ vicários
sintéticas
interjectivas
1 emotivas • e • ••••
intensivas
palavras
aditivas
j afirmativas
avalia tivas
comparativas
concessivas
.... { positivas
n<;gativag
corretivas
\ denotativas designativas
distributivas
escusa.tivas
1 exclusivas
çxplctivas
explicativas
g radativas
\ ~~1::~;f!,sas
c::r-ktiv~,;
(1) Em frases como: João e Pedro foram passear; dois e dois são qua,
tr~,. etc., não k't conjunçao. A palavra e, nesses cas0s, é simpks partín,I-1
adit:va, _co~o também . ma_is. e com. A diferença essencial entre preposição e
conJuHçao e que a pnm(;Ira mostra relação entre idéias ·C a ser,:unda mostra
'Teiaçüo entre pcnsamcHta.s.
- f>O -
coordenativas ....... ~
~
advcrsativ:1s
alternativas
conclusivas
explicativas
causais '·
concessivas
conjunções concomitantes
condicionais
suJjordinativas . . . . . . conformalivas
finais
freqúentativas
integrantes
temporais
correlativas
(1) O profcss~r Saíd Ali insiste, com raz:io, cm seu livro Difficulda~
àcs da lín511w fiortugucsa, no valo,r, ora ooordcnativo, ora subordinativo, de
-porqw'J, corrcspondc!lte, no primei1;0 caso, a car, for e denn e, no_ segundo, a
parcc qH,: bccause weil. Eis um exemplo tirado dos Diálogos de Heitor
Pinto e c:U que · os' dois parques aparecem clàra.mcnte: «E' verdade, disse o
teólogo, mns deviam-se queixar de si, quando se disso quisessem queixar:
porque cu vejo-os chorar porqu,e perdem o tempo -e calar a culp:1 porque o
perdem». A primeira oração de porque é coordenada e a segunda snbonli- 1•
nada. O frrcciro porqac é o relativo e equivale a f1or que, lsto é, pela qual.'.
Nas orações .de pormte cOordenativo, o prono~nc objeto, como no exemplo,
·gupra, pode ser enclítico. 11:sse porqi,c coordenatiyo é meramentç explicativo.
bem que, etc. ; exs. : embora não me· creias . di r-
te-ei tudo; conquanto estivessem fotigadíssimos,
os soldados avam;,avam; ainda que fôssemos de-
pressa não· o alcançaríamos; pôsto que a ilha
esti vcssc deserta, a princesa quís descmharcar;
se bem que o Hdmirasse, não o aplaudiu. In-
clue1n-se nessas as concessivas intcnsiuas (Saíd
Ali, Gram. sec., pg. 191): por mais que, JJOI'
mui/o qnc, por pouco que, e1n frases con10: por
mais que faça, não consigo ouvir; por muito que
me esforce, pouco oh lenho; por pouco que estu-
de, aprende muito. Se é nominal o predicado,·
ocorre freqúcnfomcnle sua anlecipaçüo ao que_;
por muito bons que sejam, não os tolero; em vez
de: por muito qnc sejam [}()ns. A antecipaç:t0
se dá pelo hábito ele, na gradacão, vir muito,
pouco sempre juntos ao adjetivo'. Ainda sucede
o mesmo com os . adjuntos adverbiais gradati-
vos: por muito depressa que corram, não che-
garão a tempo; em vez de: por muito que corram
depressa. Nesses casos pode suprimir-se o ín-
dice intensivo se fôr mais ou muito: por bons que
sejain, JJOI' depressa que corram, ou ainda, su-
primindo-se por: bons que sejam, depressa que
corram. A concessão intensiva designa-se, então,
pela posição do adjetivo ou do :idvérbio anlc-
cipados (ver adiante o capitulo da antecipação).·
(C?ncomUantes - subordinam frases em qac se men-
' ·" (/iJ·iih'\Ími ação realizada ou para re-alizar-se ao
111esmo te1npo que a principal. São: 2 quanto,
ao passo que, à proporção qlle, etc.; exs.: cm-
quanto rc111úvamos, vían10s crescer a tempesta-
de; ao passo que ó exército avançava, mais in-
tenso era o troar da artilheria; o vento ia sere-
narido à proporçâo que a lüa ia subindo.
- '14 -
vogal epilética
consoante epitética
temà
terminaçzio
(1) Mantenho para morfema, a extensão que lhe deu Brugmann (Abrégé,
pág·. 301): <<Um nome que, sem possível engano 1 convêm a todos os c_;isos ·exn
qu~, até hoje, se falava cm sufixo e que se pode aplicar também a todos os
afixos, aos ínfixos e também aos determinativos c;le raíses é o de morfetmz:~~.
1íorferrla, assim, era o elemento mó,·fico sccmidári"o da palavra. Sucede,
porém, que modernos_ linqUistas · estendem a morfema até os fenômenos·
sintáticos de posição _e até a significação, própria de palavras como e os
pron·omcs pessoais! Introduziu-se, assim, nova confusão, pois não temos, a
vingar o novo·. conceito de morfct1Ja, uma paL:wra para designar exclusi-
Va.!r.'entc os elementos mórficos scnw(~(Íí·ios, apcns9.2, à raiz ou ao radicaL
(2) Evidentemente, a palavra inf1.r:o n:io tem aquí a mesma acccpção de_
infixo cm fonética indo-européia, onde só um c..."{iste: o n· de raíscs nasaliw•
za<las, como exatamente iu.ngere.
lunar, lusrre, as morfoses luc e lu representam a raiz
indo-européia leuk ou louk que exprime a idéia de
brilho. Essa raiz, nas línguas do grupo indo-euro-
peu, alterou-se, ou ampliou-se com a juxtaposição ele
mor[ emas, e assim deu ruc, luc, lu, lug, lum, lun,
licht, light, etc. A determinação das raízes é quase
sempre dificílima dadas as suas profundas transfor-
mações resultantes das alt~rações vocálicas .,e conso-
nantais. Quem poderia ver semelhança entre zo de
azoto e vi de viver? Pois ambos derivam da raiz indo-
européia gwye.
Essas raízes modificadas chamam-se radicais.
Ao radical lllc, cm português, podem juntar-se
alguns morfemas, palavras-prefixos e palavras-sufi-
xos, como em elncidar, elucidação. No verbo elucidar
há uma parte que se não altera ou se não dispensa
na conjugação; é elucid, onde vemos o radical luc,
o prefixo e, o morfema pospositivo d formador de
adjetivos, ligado a luc pela vogal i. Essa morfose
composta elucid chama-se tema verbal. Esse mesmo
tema pode formar substantivos ou adjetivos, ou am-
pliar-se para formar novo tema. O tema se altera
nos verbos irregulares e até nos substa;itivos: funil,
firní-s; perdiz, perdigão. A morfose que se segue
imediatamente ao tema chama-se terminaçüo. Em
elucidar a terminação é ar; em elncidaçüo é ação; em
lucidez é ez; em lúcido, luzerna, lua, não há termi-
nação, porque as vogais finais são meras dc~inências.
Chamam-se cognatas as palavras de mesma
raiz; ex. : gênero, nascer, cunhaclo, nada, genro,
pr.ogenitor, gerar, génese, cognato, epígono, etc. tô-
das da raiz gene.
Afixos são as morfoses significativas que se pren-,
dem à raiz. Compreendem os prefixos, antepostos, e.
,p~ sufixos, pospostos.
-:,, 73 --
Palauras-prefi:i:os são paL1vras antepostas, inalte-
radamente 011 não, aos r:1dicais; ex.: BENE{ício, EN·
TREler, CONTRA.por (1).
Palavrns-s11fixos são palavrns pospostas, inal te-
radamente ou não, aos radicais, ex.: suaueM~,NTE, sa-
eriFÍCIO, lanÍGERO.
Pode haver palavra composta exclusivamente de
uma palavra prefixo e outra sufixo: benefício. ma-
lévolo.
Pode haver, ao contrário do que se ensina ge-
.ralmente, palavra sem raiz; ex. : como de cómedo,
cujo raiz ed des:ipareceu, de modo que a idéia de
comer passou à preposição com, prefixo. Outro
exemplo é recíproco, com dois prefixos e dois mor-
feinas adjetivais (1·e-c-i-pro-co).
Pode haver ainda palavra com mais de um ra-
dical; ex.: madresilva, papcwento, sacrilégio e ,tôdas
as compostas por juxtaposição ou aglutinação.
Vogàl prostética é a morfose insignificativa pre-
posta às palavras iniciadas por consoantes e certos
grupos consonanlais. Em português há duas vogais
prostéticas a e e; ex.: Aiambores, Esplendor.
Vogal c11fônica ou epcniética é a intercalada no
radical ou entre um 1:adical e um afixo para facili-
tar a pronúncia; .exs.: ·garupa (de kmppa), fulô
por flor.
Consoantes cu{ ônicas são as intercaladas nos
radicais para facilitar on embelezar a pronúncia:
registno, cafeTeira, chaLeira. Em amorzinho, (2), por
(1) Cada palavra pr~fixo, como aliás todo JH'c-fixo ou sufixo, tent. sua
Yai::. Bcne, por exemplo, só funciona ern português como palavra-prefixo,
mas· tem a mesma raiz que bom.
(2) Supõe Gonçalves_ Viann<~ que o sufixo é ::inlio análoga ao espanhol
cico. Opõe-se-lhe Otoniel 1Iota (O meu idioma), que ~ustenta ser tal e
rmera consoaul<; eufônica ••
- 74 ~
(1) O radical ul prendc~se a uma raiz el, ir, a mesma que aparece em
êxul e e.rifar.
(2) Não confundir com o prefixo grego anti que indica oposição.
82 ·-
animais de tiro; ente em enteado (antigo an-
teado), de antenatum, nascido de casamen-
to anterior.
AQUÉM - palavra-prefixo vernácula - sentido de
posição ci lerior, ao de cú de certo limite;
corresponde a eis: exs. : aquém-mar, situado
para cá do mar; aquém-túmulo, que se dá
antes do túmulo, da morte.
BENE - bem, palavra-prefixo latina: benefício, ação
de fazer bem; bem dizer, dizer pem. Aparece
com a forma vernácula ben em: bento, con-
tração de bendito; bênção, por benção (de
bcnedictioncm), alo de abençoar, desejar
bem, boa sorte .
BIS - duas vêzes, idéia de repetição; ex.: biscoito,
cozido duas vezes; bisneto, duas vezes neto.
Aparece com a forma d.ssigmática bi: bifor-
me, de duas formas; biênio, espaço de dois
anos. Aproxima-se dessa forma o prefixo
bin, de bini, de dois em dois, que aparece
cm binóculo, e .como radical cm binário.
combinar, etc.
CENTUM - palavra-prefixo latina, .:;em; exs. : cen-
tú mviros, membros de uma assembléia de
cem homens na antiga Roma; centumviralo,
dignidade do centúmviro. tsse prefixo tom~
as seguintes formas:
centu - centuplicar, tornai: cem vêzes n1aior; cêntu-
plo, cem vêzes mais.
centi - centtm·etro, centésima parte do metro; centí-
pede, que tem cem pés; centígrado, dividido
em cem graus (termômetro); cenlímano, de
cem mãos.
83 -
+
1ejar com oi.:tros; comício (cum ire}, ação
de ir com outros tratar de algum negócio em
pniça pública; comensal, que se reune à mes-
ma mesa que outro; comum, que paga o
mesmo tributo (munus), que é igual para
todos; comprimir, apertar com intensidade.
Êsse prefixo toma as seguintes formas:
co11 -- antes de radicais iniciados por c, d, f, g, j,
q, s, t: concorrer, correr com outros, ein opo-
sição a outros; co1Hlensar reunir em massa
densa; confundir, fundir juntamente, mis-
turar; congregar, reunir na rnesma grei, no
mesmo rebanho; conjugar, reduzir ao mes-
mo jugo, submeter às mesmas flexões ver-
bais, etc.
cor - antes de radicais iniciados por r: corroborar
(de robur, fôrça), juntar suàs fôrças às de
outrem, auxiliar; corrosivo (de rodere, roer),
que rói muito, intensamente.
~o antes de radicais iniciados por vozes, h, ou
outros novamente formados: cooperar, fazer
um trabalho com alguém, auxiliar; coerente,
que está preso a alguma cousa, cujas partes
se unem, cujas ações demonstram unidade
de princípio; . cohonestar, coherdeiro, co-
proprietário, que é proprietário juntamente
com óutro. Reduz-se a cu em cunhado (de
co+gnatum) .
A forma latina cum permanece em português
nas palavras: cumprir (de cllmplerc), en··
cher hem, antigamente compril·; cúmplice (<lo
latim eclesiástico cornplex) o que está en-
voltc1 com outro nas dobras de um processo.
Pela grafia antiga havia a forma col: colla-
borar, co[lidir, etcº
85~-
CONTRA - idéia de oposição; exs. : contradizer, dizer
o contrário de alguém; contraveneno, remé-
dio dado para anular a ação de um veneno.
Dêsse sentido fundamental decorre a idéia
de ação conjunta, semelhante, simétrica;
contrarregra, pessoa encarregada de dirigir
uma representação teatral; contraforte, mu-
ralha que reforça outra; contrapêso,. pêso adi-
cionado para restabelecer o eqU:ilíbdo (1) .
Êsse prefixo tem a forma contro nas pala-
vras controverter, controvérsia; esta· forma
é latina (cf. intra e intro). É radical no
verbo encontral', no substantivo encontro,
cm contrário e derivados, etc.
DE - sentido fundamental de movimento de cima
para baixo; exs.: declive, inclinado (olhan-
do-se de cima para baixo); decrescer, movi-
mento contrário ao de crescer, vir de cima
para baix.o, em altura; débil, que perdeu a
habilidade, que decaiu em fôrças. Dêsse sen-
tido fundamental decorrem as accepções de
colocar, estabelecer, subordinar, suprimir, e
as de pressão, intensidade, esfôrço, parti-
cularização: depor, arremessar de cima abai-
xo, declarar o seu testemunho, deixar cair,
largar alguma cousa sôbre outra; definir,
firmar, estabelecer os limites; depender, es-
tar pendurado, preso ror baix.o de alguma
cousa, preso a alguém. subordinado; decapi-
b) Pl'efixos gregos
~idóptero,.
AH}oç, lithos, pedra; ex.: litografia, monólito, aeró-
lito, litargírio.
Ah:oa, litra, libra de doze onças; ex.: centilitro, hecto-
litro.
Aóyoç, lógos, discurso, razão, tratado; ex.: diúlogo,
apólogo, catálogo, decálogo, prólogo, logógrifo,
elogio, relógio, biologia.
Aúcriç, lysis, dissolução; ex.: análise, electrólise.
TufoÇóç, mazós, niama, seio; ex.: mastoide, masto-
donte, Amazonas ( ?)
.l\fozoóç, makrós, longo, grande; ex.: macrocosn10,
macrocéfalo, macróbio.
Mo.via, mania, loucura; ex.: bibliômano, monomania,
cleptomania.
Mavn:ía, mantéia, advinhação, profecia; ex.: necro-
mancia, cartomante, quiromancia.
Máoi:uç, µáQ,UQoç, mártys, mártyros, testemunha; ex.:
martírio, martirológio.
Méyo.ç, (f) µ,syáÃri, mégas, megále, grande; ex.: me-
galomania, megatério, trismegisto, almagesto.
MO,aç, (:rÍ.) µO.av, melas, mélan, preto, ex.: calome-
lanos, melancolia, M elanésia.
Mél.oç, mélos, canto, música; ex.: melodia, melo-
drama, melopéia, melómano .
.l\féQoç, méros, parte; ex.: metâmero, tetrâmero, pen-
tâmero, merotomia.
l\Ifoc,ç, mésos, que está no meio; ex.: mesodenrie,
mesentério, M esopotârnia.
Mé.Qov, métron, medida; ex.: diâmetro; metrologia,
metrônomo, barômetro.
Mtxgóç, mic1·ós, pequeno; ex.: micróbio, micrômetro,
microscópio.
Mlµoç, mimos, que imita; ex.: mimodrama, mímica,
mimetismo, pantomima-.
- l2'8 -
i\!v{iµYJ, mnéme, memoria; ex.: amnesia, anistia (por
amnistia) mnemônica .
.M:óvoç, mónos, um só; ex.: monarca, monótono, mo-
noteisrno, monômio, (contração de mononô-
mio).
11.IoQ<PlJ, morphé, forma; ex.: morfologia, amorfo, me-
tamorfose.
Muç, rruóç, rriys, myós, músculo; ex.: miologia, mio-
cárdio, miotomia.
Mú0w, myria, (plural neutro de µuo[oç,myríos, nume-
roso), dez mil; ex.: miriâmetro, miriápodes,
miríade.
Mü{}oç, mytlws, f(lbula; ex.: mitologia, mítico.
N aiiç, nêms, navio; ex.: aeronauta, . argonauta, náii-
seas.
N EY.Q<Íç, ne.crós, morto; ex.: necrotério, necrópole; ne-
cro111ancia.
Nfoç, néos, novo; ex.: neologismo, neófito, neografia.
Ni;üoov, m 1 uron, .nervo; ex.: neurônio, aponevrose,
neurologia, neuróptero.
Nijooç, nêsos, ilha; ex.: Polinésia; quersoneso, .Mi-
cronésia.
Nó1wç, nómos, divisão, lei; ex.: autônomo, astrono-
mia, binômio, de•uteronômio.
•Oõóc;, hodós, caminho; ex.: período, êxodo, método,
eléctrodo ( ou electródio), episódio.
'Oõoúç, õõóv:roç, odús, odóntos, dente; ex.: odonialgia,
odontologia, mastodonte.
Ofao;, ôikos, éasa; ex.: economia, diocese, ecumeno,
ecumênico, ecologia, dioico, paróquia. . .
'Ox:n.ó, octô, oito, ex.: octàedro, octógono, ocfópodes .
. ~Ovoµa, ou õvuµa, óny1na, nome ex.: anôniino, . sinô-
nimo, heteronímia, onomatopéia, pseuclgnimo,
patrgními_co, antonomásia ..
'01;úç, oxys, agudo, penetrante, ácido; oxigênio, pa.;
roxismo, peróxido.
ºOQó.ro, Iwráo, vejo; ÕQaµa, hórama, visão; ex.: pano-
rmna, cosmorama, éforo.
'OQMç, ortlzós, i·ecto, justo; ex.: ortodoxo, orlo·
grafia, ortóptero, ortótropo.
"Ogv1.ç, lí0v,'froc; órnis, órnithos, pússaro; ex.: ornitolo·
gia, epiornis, ornitorinco.
"Ogoç, óros, montanha; ex.: orografia, oréadc, orégão,
'Ocrtfov, ostéon, osso; ex.-: oste.ologfa, osteina, · peri-
osto, exostose.
"Ocp1.ç, óphis, serpente, ex.: ofídio, oficleide, ofite.
'Ocp'fraí.µóç, ophtlwlmós, ôlho, vista; ex.: .. oftalmia,
oftalmoscópio, cxof talmo.
lió.'froç, pátlws, modo de sentir, afcçfí,o; ex.: s·impatia,
patologia, patético, alopatia. .
IIai:c;, nmõóç, pâis, paidós, criança ex.: pedagôgo, pe-
dante, pedologia. ·
Ilmõda, paidéia, · educação; ex.: enciclopédia (1 ),
ortopedia, · Ciro pedia.
IIui..móç, palaiós, antigo; ex.: paleografia, paZe.on-
tologia, palcotério .
II&:ç, :mv, pás, pân, todos; ex.: diapasão (que vai por
todas as. notas, oitava), panacéia, pâncreas,
Pancrácio, panorama, pantomina.
Ilêi:Qa, pêira, tentativa, experiência; ex.: pirata (que
tenta a sorte), empírico.
lIÉv-tE, pénte, cinco; ~x.: pentacórdio,. pentágono,'
pentâmero, pcntâm.etro, pcntadelfo·. ·
IIÉ,Jnç, pépsis, cozimento, ex.: pepsina, dispepsia,
apepsia .
. UÉ,ai..ov, pétalon, pétalo; . ex.: apétalo, gamopétalo,
· dialipétalo, rnonopétalo, petaloide. · ·
(1) A pronúncia correta seria e!lciclopedia •.
- 130
(1) Alguns pensam que asco, esco, isco, 1tsco proveem todos do mesmo
1
---- 7ueno.
M,urnal de Análise
+ nu)_,.__
G
._ lfi4 -
(1) Ceroto (em latim ce1·at1tm) vem, como vários termos de medicina e
Í<lrmácia, elo grego; assim, i<.11QCtl-rÓv kerotón, de XTjQÚç, cera, passou p3.ra
o latim .mcdiavel cerot1'1n (ver Ducange) usadíssimo.A idéa de semelhan-
ça daria fàcilmente a de diminutivo, generalizando-se. Teríamos em ro-ro·,
a origem de ôto.
(2) Cori:1parc com gafanhão. E' possível gafanlrns, gafa.s grandes; como
gadanhas. Lembro a localidade Gafanha.
,TÉRIO - sufixo grego térion, de ter, mais ion; designa
instrumento e lugar onde se faz alguma cou-
sa: batistério, lugar onde se mergulha (bapti-
zo, eu mergulho; o batismo primitivo e ainda
hoje o dos batistas se faz por mergulho); ce-
mitério, lug2r de dm-mir (koimô, faço dor-
mir); saltério (de psállo, toco, tanjo cordas),
instrumento de cordas. Outros: acrotério, as-
cetério, eremitério e nas palavras moderna-
mente criadas: falanstério, necrotério. Em úl-
fona análise é o sufixo de cautél'io (que serve
para queimar); critério, meio de julgar; di-
tério, meio de mostrar, palavra vivaz; misté-
rio, cerimônia de iniciação. Em presbitério,
formado sôbre presbítero ( com penúltimo e
breve; comparativo de presbys), há apenas si-
nonímia no sufixo por homofonia. Êsse su-
fixo tem a forma teiro em mosteiro (monas-
terizzm) e ter no nome próprio Almostcr. Não
existe em despazztirio e mesentério.
:nco, A - do latim ticu, formador de adjetivos e subs-
tantivqs de relação; exs. : rústico, próprio de
campo; cântico, que se canta, feito para can-
tar (canere). É o sufixo de aquático,. errático,
fanático, lunático, viático. Reduz-se a go em
trigo (triticu). Não confundir com o sufixo
ico aplicado a radicais, geralmente gregos, ter-
minados em t, como: sistemático, socrático,
etc. Penso que certos analógicos vernáculos,
como asnático, esquipático, freiráticu, são fei-
tos sôhre êstes últimos, gregos, e neles o sufi-
xo é somente ico.
\TIMO - do latim timo, talvez o mesmo timo formador
de superlativo, de que tI·atamos nas dcsinên~
cias; entra· nas palavras: legítimo, o. que está
conforme à lei e marítimo, que se refere ao
mar. Com a forma dimo aparece cm líclimo
(legítimo) . ·
TINO - do latim ti.no, referência quanto ao tempo; nas
palavras: crústino, do dia seguinte, e prístino,
do tempo antigo, primitivo.
TINO - do latim fino, formador de adjetivos de rela-
ção; em libertino, que tem vida e costumes li-
vres. Em matutino o sufixo é ino (e em ves-
pertino feito por analogia) .
Tivo, A - do latim tivll, antigo sufixo do particípio
do futuro passivo; exs.: cativo, que há de ser
preso, que está preso; nativo, que deve nascer
ou nasceu; plumitivo, que vive da pena; pri-
mitivo, que vem dos primeiros tempos. O sen-
tido de futuro passivo desapareceu tornando~
se mero sufixo de relação ou capacidade.
TOR - veja dor.
TOHIO, A - do lati-1n torio, composto de tor, sufixo de
agente e io; forma sufixos de lugar, resultado
de ação e instrumento, correspondente ao ver-
náculo douro que dele se deriva. Em adjeti-
vos, mantén1 a idéia de agente. Entra em no-
mes herdados diretamente do latim; exs.: la-
boratório, lugar onde se trabalha; refcitó1·io,
lugar onde se tomam refeições; vitória; resul-
tado do vencimento; proibitório, capaz de proi-
bir, proibitivo; notório, que se conhece (for-
mado sôbre noscere e não sôbre nota). Ver
douro. Com a forma sorio, cm algumas, pala-
vras, como: compulsória, persuasória, promis-
sória, accessória, etc. (correspondentes a su-
pinos em snm).
&rRINA - do latim trina, idéia do lugar ou rcsultad..9
de ação; exs.: latrina (por lavalrina), lugar
- 18!l
Da função subjetiva
2 - EXEMPLO: Viveremos.
Nessa frase, o sujeito da declaração está oculto
e indicado pela desinência mos de primeira pessoa
'do plural. O sujeito real é nós, PRONoim PESSOAL, que
- 200 _;
poderia vir claro. Quando o sujeito não vê1,.u claro ,no1
período, diz-se elíptico.
3 - EXEMPLO: Troveja.
Nessa frase, o sujeito não está oculto; é dcsco-~
Rlwcido, pois o verbo troveja designa um fenômeno ·
natural sem causa imediata. Diz-se, nesse caso, que
o sujeito é INDEFINIDO. Nas seguintes frases, também.'
o sujeito é indefinido. llá homens' na casa; hauiq
gente no jardim; batem à porta; com_e-se bem aqui;
faz hoje sete, mws que . .. etc.
4 - EXEMPLO: O l'ÍO corre.
Nessa frase, o sujeito é expresso pelo sunsTAN 4
D~ ·função predicativa
Da função adjetiva
(1) O professor só deve tratar dêste caso depois de ter dado os ad.,
juntos adverbiais.
- 213....:....
11 EXEMPLO: Processaremos'. os por'\ que "fo-
n10s enganados.
Nesse exemplo, por que é o complemento de
causa efidente do verbo eng.anar.
REGRA - Os pronomes demornstrativos·{ o, a, os,
ns e o pronome relativo qwe regidos de preposição
ou são objetos indiretos, ou pertencem a uma, expres-
são adverbial, ou a um complemento de causa efi-
ciente.
112 - EXEMPLO: Mandei-lhe uma · fruta cujo,
nome ignoro.
Nesse _exemplo, º' substantivo -fruta está:, modifi-
cado pela oração adjetiva cujo noane ignoro.· Cujo é·
um ADJETIVO RELATrno. 'Note que cujo não,pode, ja--
mais, ser pronome ! Tal cmprêgo é arcaico,. Signifi--
ca do qual, da qual, dos quais, das quais e, é crasso'
êrro empregá-lo em lugar de o qual, a qual, os quais,.
as quais. É sempre adjunto adjetivo do substantivo,
seu conseqüente.
13 - EXEMPLOS: Ali vai_ alguém de cujo irmão
trago uma carta.
Este é o.fotógrafo em,cuja ofi-
cina estivemos orntem.
Visitei o negociante para cuja
fazenda seguirei breve.
Desses exemplos ,_se vê que os adjetivos cujo, a,
os, as podem ser regidos de preposição, conservando
porém sempre seu v:alor de ào qual, da. qual, dos
quais, das quais. Assim,/de cujo irmão equivale a do
irmão do qual; em cujaéoficina equivale a na oficina
do qual; para cuja,fazenida,equivale a para a fazenda
do qual. Continua, pois, a} ser adjunto adjetivo d~
substantivo consequente.
- 214 ,-
Da função adverbiai
(I) Ensina o prof. Carlos Gócs que o adjunto adverbial pode ser ex·
pressa por subStantivo regido de prcposiç_ão e exemplifica: caminhar com
pressa, proceder com firmeza~ midar de vagar. A meu ver, há noção falsa· aí
ou exposição .viciosa. Dá-se, nesses casos, ao substantivo, uma função que
êlc nunca exerce, qual a de modificar um verbo. O substantivo ,Pressa, por,...,
si, nada exprime de circu,istânda.. A força circunstancial está mais na pre-1
posição, tanto, que basta substituÍ·la para alterar o sentido (sem pressa),'
A função adverbial não está, portan,:to, nesses :asos, nem no substantivo. nem.
na prep~!iição __ ~!?~l~_c_n~~, ~as no_~!_~~o, n~·- e__J?._/)ressão i1~.~cira.
- 221
!Jo realce
Dos complementos
João de Barros: «Alegre parece ·a guerra <lc fo_.;:;a; mas, quem a experimenta,
'êstc cünhcce bem os trabalhos de uma e os bens da outra» 'Nesse cxc01plo
êste é um refôrço de quem a cxJ,c,-imentaJ p,~ra insistir na determinação, e)
Há ·um rcfôrço interessante com . os pronomes nada e ~t(,do, . verdadeiros pro·
nomes sintéticos: exs. :<<Ameaças, súplicas, promessas, nada o demovia do
seu propósitm>; «O orgulho, a cólera, a vergonha, tudo o impedia a tal des---
forçm>. d) Há frases inteiras de refôrço, como neste passo de Camões:
Aqui feita do barbara Gentio
A supersticiosa adoraçlo,
Direitos vão, sem outro algum desvio,
Para onde estava o Rei do povo vão.
lnclue-sc entre os reforços o pleonasmo.
Epiphánio Dias (Gram. · f1ort. pag. 140) d[t como realce ou explctivo as
expressões é que e era onde nas fileiras: <<Os g-randes capitães é que fazem
os grandes exércitos.)); «era nas f ilciras 011-de as puas fazjam maicir estrago».
1-f::i.s, embora de difícil análise·, essas e~prcssões não são suprimíveis;·.' a ·su-
presrio alteraria. o f?entido. Esclarecerei o assunto_: em um trabalho· C:SpCcial
sôbre Antecipação e cru outro sôbre a expressão é qHe. ·
224 -
Ca antecipação
Da expressão ms QUE
Da construção passiva
Da aposição
vam os dois cansativos (de cousa e de pessoa) por meio <la preposição a
i(sternitur vcntis; míttitur a J,atre). Essa mudança de estado é realmente in ..
dicada pelo pronome: zanguei-me == fiquei zangado; acalmamo-nos ==
fi ..
camos c::ilmos: calou-se == ficou calado# etc.
~ 241 -
Do período
5 - EXEMPLO:
~
substantivü ou pa]av1·a substantiva
subjetiva expressão substantiva
oração substantiva, ·
predicativa
substantivo
adjetivo
.rligado ao sujeite
por verf'; de estado
pronome ou de afirmação .
oração substantiva
objetiva 1 (o mesmo que para a subjetiva)·
gicas '
~ . oração
adjetivo ou palavra adjetiva
adjetiva expressão adjetiva
adjetiva
advérbio ou palavra adverbiada
\ especiais
adverbial
) oração
expressão adverbiaI
adverbial
ititerjcição
interjctiva expressão interjetiva
1 oraçao iritcrjetiva
Da jux.taposição
coordenadas f, ?.ssindética
sinéh':tica
principal
~
_substanttva desenvolvida
Orações subordinadas adjetiva
adverbial \
rc
d .d
j~1 a
Í gerúndio
infinito
. comparativa
correlatas { aditiva ) . ( particípio passado
CO!lSCCutiva
justapostas
Í inte,calada
1. aposta
~ latente f;t:~ial
ÜJETOS
Função objetiva exercida:
--------------
a) a mão a) por um .substantivo c0mum.
; (direto) b) por pronome pessoal objetivo in-
b) lhe
(indireto) direto. '
(1) Tudo isso êscrevcu-se há uns bons vinte anos. Folgo d~ con~
signa1· aqui a progressiva adcs:-io dos professores b:Íasileiros a tais conceitos.
Nosso processo de análise é francamente superior aos cstranr,-ciros. Oxalá
po~s.:"lmos, unificando a nomenclatura, torná-lo imponente escola, sobretudo;
independente.
(2) Para completo estudo, sairão brevemente os meus ]1od~los. de
análise.. ., , ·
256
~
Pr.tEDICADO
eram bonztas
! Fu_nç~o pr_edicativa ex~r~ida por um
adJebvo ligado ao suJelio por um
verbo de estado permanente.
------------------------ !
AD.JUNTO ADVERBIAL Função adverbial exerci-
da por uma expressão
aos vinte e cinco anos adverbial de tempo.
~i
não fôsse
cômodo
Função predicafrva exercida por um
adjetivo pronominado (neutro) ligado
ao sujeito por um verbo de afirmação.
SUJEITO
-~~ subentendido por 7.eugp.1::L
Su.rnno
Função subjetiva exercida por um
A narracão subs. modificado por dois adjuntos
que fize{·a adjetivos.
o Lidador
convertera em certeza
j da po~· um verbo de ação,
de pred. inc. seguido de
as desconfianças etc. objeto direto e adjunto
predicativ<J.
ÜB.TETO D.IHETO
~--- - ~
1
Função. ~hjetiva _exercida p~r um
substantzvo mod1f. por dozs ad-,
as desconfwnças juntos e seguido de um comoleQ
q11e o trovador etc. , mento terminativo, .
Manual ele Análise.
2ü0
PREDICADO
..--- - ~ --
q n e concebera
--- ---- Função pred. exercid:-: por mn
verbo de predicação incompleta
seguido de obj. dír.
ÓBJETO
~ -
, - DIHETO ____ '
Funcão objetiva exercida por um
que pro1{ome relativo.
l
-----------
---., Função predicativa exercida por
o haver conhe- um verbo seguido de objeto di-
ciào na côrte reto e modif. por dois odjuntos
apesar ele seu adverbiais.
disfarce
-~
o ~
.ÓBJETO DIRETO
Função obj . exerc. por um pro-
nome objetivo direto.
Funcão adverb. exer~
--~=os
a) na côrte
~j cida. por expressões
adverbiais: uma de lu1
;b) apesar ele seu disfarce gar, outra de con-{
cessão.
V - Não é só isso, interrompeu o cavaleiro, ê ne-
cessário que ainda hoje vás ao soveml que se estende
junto ao uan do Avicela.
(Alex. Herc,, O bobo, 1866, p. 136).
~
SUJEITO
~-~-- oculto por elipse
º que tens
de fazer i
Função pred. exerc. por um pro-
PREDICADO nome dcmonstraliuo ligado ao
~ suj. por um verbo de afirmacão e
não é só isso precedido de um:i partic1da de
exclusão.
263 -
SUJEITO
!
~
Função subj.,exercida por uma
que ainda hoje oração substantiva.
vús, etc.
~
PREDICADO Função pred. exercida por um ad-
~
jetivo ligado ao sujeito por um ver-
é necessário bo de afirma(;ão.
PREDICADO '
~ -hoje - -vás
- · !1, Função predici:tiiva exerc. por
ainda um verbo de pred. comp. modif.
ao sovcral ( por dois adjuntos adverbiais.
que, etc.
SUJEITO
~
· as últimas Função subj . exercid.a . por subs-
1palavrns dele tantivo modif. por quatro ad-
proferidas juntos adjetivos.
etc.
SU.JEITO ~
subentendido por zezzgma.
~~(
PREDICADO Função pred. exercida por um
~ . verbo na voz passiva modif. por
proferidas com·
gravidar1e adjunto adverbial.
---
ADJUNTO ADVE11BIAL
-- ~~------
com gravidade
~ Função adv. exercida por
uma exp. adv. de modo.
,.Sr JEITO
·.:.---
eu
- Subentendido por zeugma.
~!~ 1
sou um csfl'anho
diante da se-
palavra substantivada modif.
por um adj. adjetivo e ligada ao
sujeito por um verbo de afirma·
nhora ção modif. por um adjunto ad-
verbial.
--~
um
~
ADJUNTO ADJE
. TIV'O ~ Funcão adj . exerc. por um
àdj . " indefinido.
- --------
Su.JEITO
vida. etc.
Função suhj . · exerc. por um
substantivo modif. pol' dois
adjuntos adjetivos.
-ÜBJETO DinETO
a s 1nonstruosas
ruínas dêsse tem-
Funcão objet. dir. exercida
por {i:m substantivo modif. por
três adjuntos adjetivos.
plo, etc.
Função adjetiva exerci-
da por:
Ar JUNTO ADJETiv'OS
a) e e) adjetivos arti-
a) o culares ·
'b) que outrora vida di- b) oracão adjetiva
lundia d) adj~tivo descritivo
e) as e) expressão adjetiva
d) monstruosas ' onde entra um substan-
e) dêssc templo sagrado tivo (templo) modif.
onde etc. por uma oração adj e~
tiva.
---------
PREDICADO
· OBJETO DIRETO
~~~
iFunção
. obj. dir. exerc. por um .sub$_.,..
ViÇfr.; {<J.I].lWCl_o
'2G9
/ _____
ÜBJETO.,_,__.--
DIHETO Função obj . dir. cxerc. por um
substantivo mod.. por dois ad~
ª sacrosanta
juntos adjetivos.
essência
------~--
AD.JUNTOS ADJETIVOS
Q) mil
Função adjetiva exercida por~
a) adjetiuo indefinito
b) adje tiv9 articular
b) a
e) sacroscmta e) adjetivo descritivo
entreleriam
1 ? snbentendido por zeugma.
U'UO - Estou certo de que não deves ao tesouro
real uma única mealha e de que nas arcas do haver
não existe senão o que tu dizes; mas, de certo, não
queres que um rei de Portugal caminhe por seu reino ·
como romeiro mendigo .
(Alex. Herculano - Lendas e nar., I, 145).
!
eu pessoal oculto por elipse.
COMPLEMENTOS TERMINATIVOS
-- de
a)
~---==-=------
que não deves ao tesou-
Exercido por~·
ro real uma mealha a) ~ duas ora-
b) de que nas arcas do haver ções subs-·
não existe senão o que tu b) ( tanliuas
dizes
---~DICADO · (
Função pred. exercida por um
não deves ao ' veI"bo de predicação dupla, se- .
tesouro real uma j
guido de dois objetos .
. única mealha (
~
SUJEITO
nada senão
1,0 que tu dizes
l
'Análise da segunda oração substantY'th/~
'
Funcão subj . exercida por um
prnn,ome indefinido, subtendido,
rnguido de uma expressão exce-
ptiva (senão o=aquilo) onde há
um pronome demonstrativo mo-
dif. por. uma oração adjetiva (1).
PREDICADO Função pred . exerc . por um ver~
existe nas
1arcas do haver
ADJUNTO ADVERBIAL
! bo de predic. completa modif.
por üm adjunto adverbial.
( Função ,adverbial exerc. por
~~--=----- )
1nas arcas do haver ( uma expressão adverbial.
(1) Poder-se-ia entender uma oração latente: senão fc-r o que, etc .. j
\S~ria ,.u_r~__ çorup}i_ç<!L. ~_egi Q_rovçito ..
- 273 -
ÜB,JETO DIRETO
------
romeiro mendigo
SUJEITO Função subj . exerc. por subs-
tantivo mod. por adj. adjetivoJ
PREDICADO
--------c-------
j Função pred. exerc. por verbo de
cmninlzaria ~red. com~l. oculto por zeugma.
'-- 274 -
~
SUJEITO palavra sint-ética ( quantOS=TO-
\qllanios presen- DOS AQUELES QUE) equivalente a
·cearam ... e qaan- um pronome den10nstrativo res
tos ouviram etc. ( forçado (por todos) modif. por
dois adjuntos.
Função predicativa exercida por
PREDICADO
ificaram tomados
j dos
uma expressão adjetiva (toma-
de espanto=ESPANTADOS) li-
de espanto gada ao sujeito por um verbo de
mudança ·de estado (ficaram) .
AD.JUNTOS AD.TETIVOS {
Função adjetiva exer-
i;;)··(I~;~1~
. tas maravilhas cida por duas orações
adjetivas.
,_b) que as ouviram referir
Análise da prin:wira oração adjetiva:
~
OBJETO DIRETO
por um subst. comum modif .
tantas marnvilhas por um adj. adjetivo.
ADJUNTO ADJETIVO
.---- - ~ - " - - - - - , s ~ - - - - - -
Função adjetiva exerc. po rt
t antas um adjetivo indefinito.
PREDICADO
Função preclic. exerc. por um
verbo ele predic .. incompl. segui-
clamavam etc. do de um objeto direto elí plico.
ÜBJETO DIRETO
oculto por elipsee seguido ele um
período apositivo (composto por
estas palavras subordinação).
~~
vos (
Função _subj . exerc. por um pronome
pessoal subjetivo oculto por elipse.
PREDICADO
ll
Função pred. exerc. por um
julgais que êste verbo de preclic. incompleta se-
menino etc. guido de um objeto direto.
~
!
Análise da oração geral:
mui galante
1 Função predicativa exercida po1•
um adjetivo ''no grau superlativo.'
Função adv. exer-
cida por:
a) expr. adv. on-
de entra um subs-
AD.JUNTOS ADVERBIAIS tantivo (dia) mo-
a) ao terceiro dia, etc. dif. por uma ora·
b~ para demonstração do gôs- ção adjetiva;
to etc. b)expr. adv. onde
entra um substan-,
tivo seguido de
um complemento
objetivo.
AD.JUNTO ADVERBIAL )
Função adv. exercida por1
para os Castelha:Íios oração adverbial de fim.
se virem etc.
PREDICADO
l
ADJUNTOS ADJETS.
Funçi'io adjetiva exercida por:
a) os a) acl}etiuo articular.
.b) que foi buscar b) omçcío adjetiva.
ao 111ar
ADJUNTO ADVERBIAL Funci'io adverb. exerc. por
uma' expr. adverbial ele con~
com que comitfmcia.
Análise da tel'ceira oraçâo adjetiva desenvolvida.
~r~~-
~ - subentendido por zeugma.
êle
PREDICADO
I Função predic. exerc. por uma ex-
. ~
foi .buscar
ao mar
ÜB.JETO DIRETO
l pressão verbal de precl. incompl. se-
guida de obj. dir. e modif. por um
adjunto a<lverb.
Função obj . exerc., por um pron,
que relativo.
AD.JUNTO ADVERBIAL ~ Função adv. exerc. por uma
ao mar ( expl'. adverbial de lugar,
i
Função predic. cxerc. por um subs-1
-
PREDICADO
é o pecado
tantivo ligado ao suj. por um verbo
de afirmação.
ADJUNTO ADJETIVO
Função adjetiva exerc. porí
que mais que tudo por uma oração adjetiva.
custa
Análise da oração adjetiva.
~~-
que
j, Função subj . excrc. por um pronome
relativo.
l
PREDICADO Função predic. exei-c. por um ver-
bo de pred. compl. moclif. por um
custa mais advérbio de intensidade (mais) se~-
que tudo guido de uma oração correlata.
Análise da oração correlata (latente) : que tudoi
.custa.
-- )PREDICADO
-~abernnos con10
nos sai, etc.
Função predic. exerc. por
verbo de predic. incornpl. se-
guido de um objeto direto e
modif. por um adjunto adverb.
l
Função adverbial exer-
·quando vier a hora de o cida por uma oração
pagarmos adverbial de tempçi.
l
Análise da oração adverbia;;
Função subj . exerc. por um
SUJEITO
í~...,,...____--- substantivo modif. por adjunto
a hora adjetivo e seguido de um com.;
de o pagarmos plcmento circunstancial de fim.
PREll!CADO ~ Função prcclic. cxcrc. por um
v·------~ I
de predic. compl,
uiez,.
283 -
Su.rnrTo - indefinito.
!
que etc. j eto. direto . ·
PREDICADO ~
subentendido por zeugma._
~ (
APÊNDICES
DIZ A MESTRA.
do objeto
1 (lireto
/
transado
d1·.·.· ·.·..r•.·.··e. to
..····.i···1···.·1
.atual .
futuro
...
iNDICE