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1

PORTUGUÊS DO ZERO
PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO
CESGRANRIO

PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO


TIPOLOGIA TEXTUAL

PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO


DESCRIÇÃO X NARRAÇÃO

PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO


Prof. Adriana Figueiredo
DESCRIÇÃO Qualificação por meio de ADJETIVOS

OBSERVAÇÕES
FINAIS

NARRAÇÃO Sucessão cronológica por meio de VERBOS

Prof. Adriana Figueiredo


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO
Exercícios de fixação
Identifique a tipologia textual dos fragmentos a seguir.

a) Henriqueta era magra e pálida, tinha cerca de 8 anos, mas lhe davam apenas seis. Seus grandes
olhos enfiados numa espécie de sombra profunda tinham seu brilho quase extinto em razão de ter
chorado.
b) A porta do restaurante se abriu e Guilherme viu dois homens entrarem e sentarem-se nos bancos
do balcão. Sua aparência e sua atitude lhe causaram desagrado.
c) Machado ficou muito magoado, achando que o ministro o julgara um inútil. Queixou-se muito, em
cartas aos amigos. Foi durante esse período que escreveu uma de suas obras-primas, Dom
Casmurro.
d) Rita me fitava com aqueles olhos azuis estrábicos e esbugalhados. Foi a primeira coisa que vi,
olhos-bola-de-gude, criança feia, careca. Todos os bebês são feios.
QUESTÕES DE
CONCURSO
PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO
Questão de concurso
1. CESGRANRIO - FINEP - Assistente - Apoio administrativo
Texto II
EU
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...

Sombra de névoa tênue e esvaecida,


E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Questão de concurso
1. CESGRANRIO - FINEP - Assistente - Apoio administrativo
Texto II
EU
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber por quê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,


Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
Questão de concurso

1. CESGRANRIO - FINEP - Assistente - Apoio administrativo

A tipologia textual descritiva se evidencia no Texto II, dentre outros recursos, por meio do uso de

(A) verbos de ação;


(B) advérbios de lugar;
(C) narrador-personagem;
(D) interjeições;
(E) formas adjetivas.
Questão de concurso

2. CESGRANRIO - Petrobras - Profissional Júnior - Serviço Social

Meu Ideal seria escrever...


Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente
naquela casa cinzenta, quando lesse minha história no jornal, risse, risse tanto que chegasse a
chorar e dissesse – “Ai, meu Deus, que história mais engraçada!”. E então a contasse para a
cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela
contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha
história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça
reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois
repetisse para si própria – “Mas essa história é mesmo muito engraçada!”.
Questão de concurso

2. CESGRANRIO - Petrobras - Profissional Júnior - Serviço Social

Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a
mulher, a mulher bastante irritada com o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha
história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que
esta, apesar de sua má vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e
ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso
do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de
estarem juntos.
Questão de concurso

2. CESGRANRIO - Petrobras - Profissional Júnior - Serviço Social

Que, nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera, a minha história chegasse – e
tão fascinantemente de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu
coração com lágrimas de alegria; que o comissário do distrito, depois de ler minha história,
mandasse soltar aqueles bêbados e também aquelas pobres mulheres colhidas na calçada e lhes
dissesse – “Por favor, se comportem, que diabo! Eu não gosto de prender ninguém!”. E que assim
todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e
espontânea homenagem à minha história.
Questão de concurso

2. CESGRANRIO - Petrobras - Profissional Júnior - Serviço Social

E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse
atribuída a um persa, na Nigéria, a um australiano, em Dublin, a um japonês, em Chicago – mas que
em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que,
no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse:
“Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter
vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com
certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou
que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou por acaso até nosso
conhecimento; é divina”.
Questão de concurso

2. CESGRANRIO - Petrobras - Profissional Júnior - Serviço Social

E, quando todos me perguntassem – “Mas de onde é que você tirou essa história?” –, eu
responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a
contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: “Ontem ouvi um sujeito
contar uma história...”.
E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história
em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está
doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.

BRAGA, R. A traição das elegantes. Rio de Janeiro: Editora


Sabiá, 1967. p. 91.
Questão de concurso

2. CESGRANRIO - Petrobras - Profissional Júnior - Serviço Social

Definido como uma crônica reflexiva, o texto apresenta diversas sequências tipológicas, dentre elas
a descrição e a narração.
Apresentam-se como traços linguísticos dessas tipologias, respectivamente:

(A) advérbios de lugar e predicativo do sujeito;


(B) adjetivos e verbos de ação;
(C) marcadores temporais e adjetivos;
(D) verbos no passado e substantivos concretos;
(E) conjunções adverbiais e discurso direto.
Questão de concurso

3. CESGRANRIO - Petrobras - Todos os Cargos - Nível Médio


Texto II Amar é...
Noite de chuva
Debaixo das cobertas
As descobertas

Ricardo Silvestrin

De acordo com a tipologia textual, o Texto II é


(A) descritivo;
(B) expositivo;
(C) argumentativo;
(D) injuntivo;
(E) narrativo.
Questão de concurso

4. CESGRANRIO - Petrobras - Mecânico - Nível Superior


FAÇA UMA COISA DE CADA VEZ
Questão de concurso

4. CESGRANRIO - Petrobras - Mecânico - Nível Superior


Questão de concurso

4. CESGRANRIO - Petrobras - Mecânico - Nível Superior


Questão de concurso

4. CESGRANRIO - Petrobras - Mecânico - Nível Superior


Questão de concurso

4. CESGRANRIO - Petrobras - Mecânico - Nível Superior


Questão de concurso

4. CESGRANRIO - Petrobras - Mecânico - Nível Superior


Os extratos 1 e 2 do texto apresentam características que permitem estabelecer diferenças entre a
tipologia textual.

1) “Você começa a escrever um e-mail de trabalho, e é interrompido pelo toque do celular. Atende
à ligação e, quando desliga, vê avisos de mensagens na telinha. Abre uma delas e, antes mesmo
de responder, algum colega chama você para terminar aquela conversa que começaram de
manhã...” (L. 1-6)

2) “Como empreendia seus próprios projetos e trabalhava de casa, o empresário não sabia mais o
que era horário de expediente, final de semana ou feriados. Mas reagiu a essa falta de limites e
criou espaço para folgas e diversão.” (L. 42-47)
Questão de concurso

4. CESGRANRIO - Petrobras - Mecânico - Nível Superior


Considerando tais características, constata-se que o extrato

(A) 1 é argumentação, e o 2, narração;


(B) 1 é narração, e o 2, argumentação;
(C) 1 é narração, e o 2, descrição;
(D) 1 é descrição, e o 2, argumentação;
(E) 1 é descrição, e o 2, narração.
Questão de concurso

5. CESGRANRIO - LIQUIGÁS - Motorista de Caminhão I


Quem me conhece sabe da paixão quase imoderada que alimento pelo rio velho. Ah, rio São
Francisco, como é que eu posso falar? O mais fácil de explicar é dizer que ele é meu parente: para
nós daqui, parentela é coisa muito forte – e o que a gente ama assim tanto, há de ser pai ou irmão
ou pelo menos tio ou primo. Ou avô, ou padrinho. Rio velho meu padrinho, quanto tempo que estes
tristes olhos não te viam, e cada vez mais belo e importante, carregando tanta água, tanto peixe,
carregando sabe Deus o quê!
Questão de concurso

5. CESGRANRIO - LIQUIGÁS - Motorista de Caminhão I


Até 1943 a gente nunca tinha visto o rio cara a cara. (Só de avião, mas lá do alto parece
mapa, mentira, cinema.) E aí chegamos em Belo Horizonte demandando a Pirapora e, pela primeira
vez, ouvimos falar do rio nas conversas de um amigo cuja amizade foi um momento rápido da nossa
vida: em poucos dias o conhecemos e em poucos dias também o perdemos, que ele de repente deu
adeus e partiu (...) – Sim, o Comandante Otávio Machado foi que nos iniciou no culto do Velho
Chico, como dizia ele. Contou-nos casos e lendas, nos deu uns mapinhas clandestinos que ele
manuseava como se fossem cartas de amor, nos deu até retratos – pois ele chegava ao ponto de
usar retratos no bolso.
Questão de concurso

5. CESGRANRIO - LIQUIGÁS - Motorista de Caminhão I


Saí de Belo Horizonte – conheci o rio numa madrugada que jamais esquecerei. Desde
então...
Aliás, minto. O caso não começou diretamente em 1943. Foi muito tempo antes, muito mais
tempo: quando eu tinha exatamente seis anos de idade e, junto com a minha família, ia de muda
para o Rio. O navio passava entre Sergipe e Alagoas, e o piloto do navio, meu amigo inseparável (por
nome Nestor de Noronha; onde andará esse moço que, se for vivo, moço mais não será? Ainda
andará de farda branca e terá o retrato da noiva na corrente do relógio?), me chamou para a
amurada e me mostrou uma correnteza amarela cortando as águas verdes do mar: “Ande, menina,
venha conhecer o rio São Francisco!”
Questão de concurso

5. CESGRANRIO - LIQUIGÁS - Motorista de Caminhão I


Fiquei olhando, olhando. Já estava longe, e eu ainda olhava. Que rio seria aquele, assim
medonho de poderoso para romper as águas do oceano, o oceano Atlântico? Ah, começou de longe.
Quando o Comandante Machado nos iniciou no culto, na verdade só estava mesmo soprando brasas
velhas.
Bem, agora vocês entendem a razão por que, agora, quando saímos do sertão de Canudos e
alcançamos o São Francisco na Barra do Tarrachil, só o que não fiz foi chorar. Mas faltou pouco. Uma
espécie de sentimento de culpa, porque vivo tão longe dele, porque só o visito de ano em ano, e
assim mesmo as mais das vezes passando por cima, dando adeus de longe, voando a uma légua de
altura. Perdendo todos os dias aquela beleza pungente e tão imutável porque intransferível. Uma
espécie de beleza sem cura, que não encontra feiúra de paisagem em redor, feiúra de estrada,
casebre e pobreza que a estraguem.
QUEIROZ, Rachel de. Coleção O DIA Livros – vol. 6. (Adaptado).
Questão de concurso

5. CESGRANRIO - LIQUIGÁS - Motorista de Caminhão I


Afirma-se que o texto é

(A) uma descrição, apenas;


(B) uma narração, apenas;
(C) uma narração com algumas partes argumentativas;
(D) uma narração com partes descritivas;
(E) inteiramente dialogado.
DISSERTAÇÃO
ARGUMENTATIVA E
EXPOSITIVA

PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO


A corrupção pode ser definida, em um sentido
social, como uma crença compartilhada,
expandida e tolerada de que o uso da função
EXPOSITIVO
pública é feito para o benefício de si mesmo,
da própria família e de amigos.
Mas não é uma novidade moderna.
TEXTO
DISSERTATIVO
O amor nada mais é do que o resultado de uma
complexa cadeia de reações químicas do
cérebro, e existe com o intuito único de
ARGUMENTATIVO
propagar a nossa espécie. Em outras palavras,
amamos porque somos o resultado de um
processo evolutivo bem-sucedido.

Prof. Adriana Figueiredo


EXPOSITIVA Discute um assunto expondo-se o que se sabe

TIPOLOGIA DISSERTAÇÃO

Discute um assunto defendendo um ponto de


ARGUMENTATIVA
vista

Prof. Adriana Figueiredo


SUBSTANTIVO O problema da sociedade é isso.

ADJETIVO O problema da educação é grave.

MODALIZADORES TEXTUAIS

Os governantes devem se atentar a


VERBO
isso.

Certamente as autoridades são


ADVÉRBIO
responsáveis.

Prof. Adriana Figueiredo


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO
Exercícios de fixação

Identifique a tipologia textual dos fragmentos a seguir.

a) Quando membros do público denunciam crimes cibernéticos, um investigador de crimes


cibernéticos participa da investigação. Isso pode incluir qualquer coisa, desde testar a rede
de um banco para determinar como e quando ocorreu um vazamento de dados até avaliar
um computador individual que pode ter sido usado em um crime.

b) A crise de criminalidade do Brasil é produto da impunidade. A impunidade, por sua vez,


tem sua raiz na incapacidade do sistema de Justiça Criminal de impedir os crimes e
identificar, prender e manter os criminosos depois que o crime foi cometido.
Exercícios de fixação

Identifique a tipologia textual dos fragmentos a seguir.

c) Há muito mais coisas acontecendo todo o tempo dentro de nós do que estamos dispostos
a expressar, e a civilização seria impossível se pudéssemos todos ler a mente uns dos outros.

d) A América Latina e o Caribe estão enfrentando “uma das maiores e mais complexas
crises” de migração infantil do mundo, com quantidades recordes de crianças cruzando seus
principais pontos de trânsito, alertou o Unicef.
QUESTÕES DE
CONCURSO
PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO
Questão de concurso
6. (ADAPTADA) Técnico em TI
Texto IV
AUMENTAM TEMORES DE GENOCÍDIO DA ETNIA ROHINGYA EM MIANMAR

Solly Boussidan
Os rohingyas são considerados pela ONU uma das minorias étnicas mais perseguidas do
planeta. Agora, entidades internacionais e agentes humanitários advertem que a minoria
muçulmana vive uma ameaça real de genocídio no Sudeste Asiático.
Para Andrea Gittleman, do Centro de Prevenção de Genocídio no Museu Memorial do
Holocausto nos EUA, a perseguição sistemática é similar à que antecedeu os genocídios em Ruanda
e Srebrenica (Bósnia-Herzegóvina).
"Comparamos elementos que costumam anteceder casos de genocídio, atrocidades ou
limpeza étnica. Esses sinais iniciais estão amplamente presentes em Mianmar", diz. "Nesse estágio,
um pequeno incidente pode desencadear violência em massa."
Questão de concurso
6. (ADAPTADA) Técnico em TI

Originários do noroeste de Mianmar, os rohingyas são considerados imigrantes ilegais em


seu próprio país.
Lei aprovada pelo Parlamento em 1982 reconheceu 135 etnias nativas da Birmânia, nome
pelo qual o país era conhecido, mas retirou a cidadania de 2 milhões de rohingyas por considerá-los
etnia implantada durante a colonização britânica, que trouxe milhares de trabalhadores
muçulmanos de Bangladesh.
Mas historiadores apontam como origem dos rohingyas uma região que superava fronteiras
modernas e incluía áreas de ambos os países.
Questão de concurso
6. (ADAPTADA) Técnico em TI

Excluídos
Por serem apátridas, os rohingyas são proibidos de votar e frequentar escolas públicas. Não
podem trabalhar e necessitam de permissões custosas, normalmente obtidas por suborno, para se
locomover, receber atendimento médico, casar ou ter filhos.
No norte do Estado de Rakhine, onde se concentram, a lei os proíbe de ter mais que dois
filhos e os obriga a realizar trabalhos forçados. Desde 2009, a situação piorou, com gangues budistas
inflamadas pela retórica de monges nacionalistas atacando os muçulmanos e incendiando suas casas
e lojas.
Em 2012, na onda de violência em Rakhine, centenas de rohingyas foram mortos a
machadadas ou queimados e enterrados em valas comuns.
Questão de concurso
6. (ADAPTADA) Técnico em TI

Em Sittwe, a capital do Estado, praticamente todas as casas de rohingyas foram incendiadas.


Moradores citam a participação de forças de segurança e de autoridades.
Mesquitas foram destruídas ou convertidas em templos budistas, e os poucos rohingyas que
sobraram foram confinados aos guetos.
A poucos quilômetros do centro, campos de refugiados abrigam 120 mil deslocados internos – nos 58
campos de Rakhine mantidos pelo Acnur, agência da ONU para refugiados, são mais de 140 mil.
Proibidos de sair, vivem sem acesso a tratamento médico básico, alimentação e água em volume
adequado. "The New York Times“ classificou os locais de "campos de concentração do século 21".

Folha de S. Paulo – 24/05/2015 acessado em 24/05 http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/05/1633029- aumentam


temores-de-genocidio-da-etnia-rohingya-emmianmar.shtml
Questão de concurso
6. (ADAPTADA) Técnico em TI

Em Sittwe, a capital do Estado, praticamente todas as casas de rohingyas foram incendiadas.


Moradores citam a participação de forças de segurança e de autoridades.
Mesquitas foram destruídas ou convertidas em templos budistas, e os poucos rohingyas que
sobraram foram confinados aos guetos.
A poucos quilômetros do centro, campos de refugiados abrigam 120 mil deslocados internos – nos 58
campos de Rakhine mantidos pelo Acnur, agência da ONU para refugiados, são mais de 140 mil.
Proibidos de sair, vivem sem acesso a tratamento médico básico, alimentação e água em volume
adequado. "The New York Times“ classificou os locais de "campos de concentração do século 21".

Folha de S. Paulo – 24/05/2015 acessado em 24/05 http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/05/1633029- aumentam


temores-de-genocidio-da-etnia-rohingya-emmianmar.shtml
Questão de concurso
6. (ADAPTADA) Técnico em TI

O fragmento “Em 2012, na onda de violência em Rakhine, centenas de rohingyas foram mortos a
machadadas ou queimados e enterrados em valas comuns" caracteriza-se como

(A) subjetivo;
(B) injuntivo;
(C) informativo;
(D) argumentativo;
(E) explicativo.
Questão de concurso
7. (ADAPTADA) 2023 - Técnico Universitário Superior – Químico

Texto I
Um ano humano
Na minha rede de relações, o desejo mais comum para 2023 foi este: “Que seja leve”. No
dia 1º de janeiro, o clima já era outro. Sopraram ventos de esperança e os desejos já estavam mais
conectados a uma espécie de convicção de que este ano será mesmo diferente. Oxalá!
2022 foi pesado. Anunciou-se uma “volta”, sem saber exatamente para o que se voltava.
Retomamos dinâmicas de trabalho e convívio social, ignorando que passamos por dois anos de
isolamento, por centenas de milhares de perdas e lidando com a angústia diante de um governo
antidemocrático e desumano.
Questão de concurso
7. (ADAPTADA) 2023 - Técnico Universitário Superior – Químico

Texto I
A esperança depositada em 2023 não é vã. Temos uma radical transformação no comando do país,
que deve reverberar para as vidas de cada um de nós. Mas o suave, o brando e o leve não virão se não
sairmos do automático. Precisamos nos empenhar em tarefas de humanização. Precisamos — urgentemente
— desacelerar.
Desacelerar não é ser mais devagar. É recobrar nossos sentidos, nos reconhecer como pessoas. É se
perguntar quando a velocidade faz sentido e quando não faz, mas estamos correndo apenas porque estamos
no automático.
Precisamos entender que a cultura da velocidade a que estamos submetidos é também a cultura do
desenvolvimento desenfreado, do consumo exacerbado, do multitarefa, do avanço tecnológico irresponsável,
do excesso (des)informativo e de uma relação insustentável com a natureza e com o planeta.
Questão de concurso
7. (ADAPTADA) 2023 - Técnico Universitário Superior – Químico

Texto I
Todos estes motores estão conectados e nos conduzem a um suposto progresso em um
movimento frenético de paralisia (ou frenesi em suspensão), como sugere o alemão Hartmut Rosa.
Estamos em um permanente movimento sem sentido. E isso nos dá uma sensação de esgotamento
coletivo e individual.
O sociólogo e crítico literário Antonio Candido afirma que a luta pela justiça social começa
por uma reivindicação do tempo. Por isso o desacelerar não é uma opção individual, mas uma saída
coletiva.
Questão de concurso
7. (ADAPTADA) 2023 - Técnico Universitário Superior – Químico

Texto I
A sociedade do cansaço (assim nomeada por Byung-Chul Han) e o regime 24/7 produzem
ambientes desumanos e pessoas encapsuladas sem condições de sair do automatismo. Precisamos
desacelerar e encontrar o que resgate sentido de pertença, convivências e comunidades. Isso é
politizar a agenda do cuidado e da desaceleração, questionando a concepção eurocêntrica de bem-
estar e conectando-a à alternativa sistêmica do bem viver.
Existem caminhos sistêmicos para assumir nosso acordo com o suave, o leve e o brando que
desejamos nas mensagens de fim de ano. Eles passam por um pacto com o decrescimento, a
boniteza, a amorosidade e as comunidades que encontra ressonância em um projeto de país em
reconstrução.
Michelle Prazeres
(Adaptado da Folha de São Paulo, 06 de janeiro de 2023)
Questão de concurso
7. (ADAPTADA) 2023 - Técnico Universitário Superior – Químico

O texto discute expectativas para o ano de 2023. Essa discussão é construída em um modo de
organização textual que se caracteriza como:

(A) prescritivo;
(B) expositivo;
(C) descritivo;
(D) narrativo.
Questão de concurso
8. CESGRANRIO - FINEP - Assistente - Apoio administrativo

Texto I
Narrar-se
Questão de concurso
8. CESGRANRIO - FINEP - Assistente - Apoio administrativo

Texto I
Questão de concurso
8. CESGRANRIO - FINEP - Assistente - Apoio administrativo

No Texto I, na sequência “Analisar-se é aprender a narrar a si mesmo. Parece fácil, mas muitas pessoas não
conseguem falar de si, não sabem dizer o que sentem. Para mim não é tão difícil, já que escrever ajuda muito
no exercício de expor-se.” (L. 29-33), verifica-se a predominância da tipologia textual

(A) descritivo;
(B) expositiva;
(C) narrativa;
(D) injuntiva;
(E) argumentativa.
Questão de concurso
9. CESGRANRIO - 2021 - Caixa - Técnico Bancário Novo

Relacionamento com o dinheiro


Desde cedo, começamos a lidar com uma série de situações ligadas ao dinheiro. Para tirar
melhor proveito do seu dinheiro, é muito importante saber como utilizá-lo da forma mais favorável
a você. O aprendizado e a aplicação de conhecimentos práticos de educação financeira podem
contribuir para melhorar a gestão de nossas finanças pessoais, tornando nossas vidas mais
tranquilas e equilibradas sob o ponto de vista financeiro.
Se pararmos para pensar, estamos sujeitos a um mundo financeiro muito mais complexo
que o das gerações anteriores. No entanto, o nível de educação financeira da população não
acompanhou esse aumento de complexidade. A ausência de educação financeira, aliada à facilidade
de acesso ao crédito, tem levado muitas pessoas ao endividamento excessivo, privando-as de parte
de sua renda em função do pagamento de prestações mensais que reduzem suas capacidades de
consumir produtos que lhes trariam satisfação.
Questão de concurso
9. CESGRANRIO - 2021 - Caixa - Técnico Bancário Novo

Infelizmente, não faz parte do cotidiano da maioria das pessoas buscar informações que as
auxiliem na gestão de suas finanças. Para agravar essa situação, não há uma cultura coletiva, ou
seja, uma preocupação da sociedade organizada em torno do tema. Nas escolas, pouco ou nada é
falado sobre o assunto. As empresas, não compreendendo a importância de ter seus funcionários
alfabetizados financeiramente, também não investem nessa área. Similar problema é encontrado
nas famílias, nas quais não há o hábito de reunir os membros para discutir e elaborar um orçamento
familiar. Igualmente entre os amigos, assuntos ligados à gestão financeira pessoal muitas vezes são
considerados invasão de privacidade e pouco se conversa em torno do tema. Enfim, embora todos
lidem diariamente com dinheiro, poucos se dedicam a gerir melhor seus recursos
Questão de concurso
9. CESGRANRIO - 2021 - Caixa - Técnico Bancário Novo

A educação financeira pode trazer diversos benefícios, entre os quais, possibilitar o


equilíbrio das finanças pessoais, preparar para o enfrentamento de imprevistos financeiros e para a
aposentadoria, qualificar para o bom uso do sistema financeiro, reduzir a possibilidade de o
indivíduo cair em fraudes, preparar o caminho para a realização de sonhos, enfim, tornar a vida
melhor.

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Caderno de Educação


Financeira – Gestão de Finanças Pessoais. Brasília: BCB,
2013. p. 12. Adaptado.
Questão de concurso
9. CESGRANRIO - 2021 - Caixa - Técnico Bancário Novo

Considerando-se a organização composicional do texto lido, compreende-se que ele se classifica


como
(A) argumentativo, pois defende a ideia de que é importante saber lidar com o dinheiro.
(B) narrativo, pois relata o episódio de uma conversa sobre gestão financeira entre amigos.
(C) descritivo, pois reproduz uma cena de elaboração de orçamento no cotidiano de uma família.
(D)expositivo, pois apresenta informações objetivas sobre conceitos da área de educação financeira.
(E) injuntivo, pois instrui acerca da elaboração de orçamentos para uma vida financeira mais
saudável.
Questão de concurso
10. CESGRANRIO - SECAD-TO - Médico cardiologista
Texto I

A sua vez
Questão de concurso
10. CESGRANRIO - SECAD-TO - Médico cardiologista
Texto I

Boa parte das brincadeiras infantis são um ensaio para a vida adulta. Criança brinca de ser
mãe, pai, cozinheiro, motorista, polícia, ladrão (e isso, você sabe, não implica nenhum tipo de
propensão ao crime). E, ah, quando não há ninguém por perto, brinca de médico também. É uma
forma de viver todas as vidas possíveis antes de fazer uma escolha ou descoberta. Talvez seja por
isso que a gente pare de brincar aos poucos – como se tudo isso perdesse o sentido quando viramos
adultos de verdade. E tudo agora é para valer. Mas será que parar de brincar é, de fato, uma decisão
madura?
Questão de concurso
10. CESGRANRIO - SECAD-TO - Médico cardiologista
Texto I

Atividades de recreação e lazer estimulam o imaginário e a criatividade, facilitam a


socialização e nos ajudam a combater o estresse. Mas, se tudo isso for o objetivo, perde a graça,
deixa de ser brincadeira. Vira mais uma atividade produtiva a cumprir na agenda. Você só brinca de
verdade (ainda que de mentirinha) pelo prazer de brincar. E só. Como escreveu Rubem Alves, quem
brinca não quer chegar a lugar nenhum – já chegou.

QUINTANILHA, Leandro
Disponível em: http://www.vidasimples.abril.com.br/edicoes/073/pe
_no_chao/conteudo_399675.shtml
Questão de concurso
10. CESGRANRIO - SECAD-TO - Médico cardiologista
Quanto à tipologia, o Texto I classifica-se como

(A) injuntivo;
(B) narrativo;
(C) descritivo;
(D) expositivo;
(E) argumentativo.
MISCELÂNEA

PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO


Questão de concurso
11. CESGRANRIO - BNDES - Técnico de Arquivo
Texto I
Questão de concurso
11. CESGRANRIO - BNDES - Técnico de Arquivo
Texto I
Questão de concurso
11. CESGRANRIO - BNDES - Técnico de Arquivo
Texto I
Questão de concurso
11. CESGRANRIO - BNDES - Técnico de Arquivo
Texto I

Em qual sequência é caracterizada uma descrição?

(A) “Leves, classudos, num tom esportivamente escuro, cada lente com uma sombra que subia de baixo para
cima,” (L. 1-3)
(B) “ ‘Pois é, mas eu estava com a vista cada vez mais cansada, até que fui ao oculista...’ ” (L. 5-7)
(C) “Mês depois, encontrei uma amiga cujo pai é oftalmologista.” (L. 11-12)
(D) “ela me contou que um curioso cliente do pai havia pedido um modelo de óculos sem grau.” (L. 12-14)
(E) “É, era ele mesmo – o editor.” (L. 14)
Questão de concurso
12. CESGRANRIO - FINEP - Técnico - Suporte Técnico
Texto I
Questão de concurso
12. CESGRANRIO - FINEP - Técnico - Suporte Técnico
Texto I
Questão de concurso
12. CESGRANRIO - FINEP - Técnico - Suporte Técnico
Texto I
Questão de concurso
12. CESGRANRIO - FINEP - Técnico - Suporte Técnico

Observe os trechos abaixo.


I – “Foi naquele ano que fiz uma das muitas mudanças em minha vida, indo morar em Florianópolis (SC)” (L. 8-9)

II – “A impermanência é uma das marcas de nosso tempo.” (L. 23-24)

III – “Tudo muda rápido, e quem aceita essa realidade e consegue exercitar sua capacidade de adaptação já sai com vantagens.”
(L. 24-26)

Quanto ao tipo de texto, esses trechos são, respectivamente:

(A) argumentação – descrição – argumentação


(B) narração – narração – argumentação
(C) narração – descrição – argumentação
(D) descrição – argumentação – descrição
(E) descrição – descrição – narração
Questão de concurso

13. CESGRANRIO - BR Distribuidora - Profissional Júnior - Formação Administração


Um circo e um antipalhaço
Em 1954, numa cidadezinha universitária dos Estados Unidos, vi “o maior circo do
mundo”, que continua a ser o sucessor do velho Barnum & Bailey, velho conhecido dos meus
primeiros dias de estudante no Estados Unidos. Vi então, com olhos de adolescente ainda um
tanto menino, maravilhas que só para os meninos têm plenitude de encanto. Em 1954, revendo “o
maior circo do mundo”, confesso que, diante de certas façanhas de acrobatas e domadores, senti-
me outra vez menino.
Questão de concurso

13. CESGRANRIO - BR Distribuidora - Profissional Júnior - Formação Administração


O monstro – porque é um circo-monstro, que viaja em três vastos trens – chegou de manhã
a Charlottesville e partiu à noite. Ao som das últimas palmas dos espectadores juntou-se o ruído
metálico do desmonte da tenda capaz de abrigar milhares de pessoas, acomodadas em cadeiras em
forma de x, quase iguais às dos teatros e que, como por mágica, foram se fechando e formando
grupos exatos, tantas cadeiras em cada grupo logo transportadas para outros vagões de um dos
trens. E com as cadeiras, foram sendo transportadas para outros vagões jaulas com tigres; e
também girafas e elefantes que ainda há pouco pareciam enraizados ao solo como se estivessem
num jardim zoológico. A verdade é que quem demorasse uns minutos mais a sair veria esta mágica
também de circo: a do próprio circo gigante desaparecer sob seus olhos, sob a forma de pacotes
prontos a seguirem de trem para a próxima cidade.
Questão de concurso

13. CESGRANRIO - BR Distribuidora - Profissional Júnior - Formação Administração


O gênio de organização dos anglo-americanos é qualquer coisa de assombrar um latino.
Arma e desarma um circo gigante como se armasse ou desarmasse um brinquedo de criança. E o
que o faz com os circos, faz com os edifícios, as pontes, as usinas, as fábricas: uma vez planejadas,
erguem-se em pouco tempo do solo e tomam como por mágica relevos monumentais.
Talvez a maior originalidade do circo esteja no seu palhaço principal. Circo norte-americano?
Pensa-se logo num palhaço para fazer rir meninos de dez anos e meninões de quarenta com suas
piruetas e suas infantilidades.
O desse circo – hoje o mais célebre dos palhaços de circo – é uma espécie de antipalhaço.
Não ri nem sequer sorri. Não faz uma pirueta. Não dá um salto. Não escorrega uma única vez. Não
cai esparramado no chão como os clowns convencionais. Não tem um ás de copas nos fundos de
suas vestes de palhaço.
Questão de concurso

13. CESGRANRIO - BR Distribuidora - Profissional Júnior - Formação Administração


O que faz quase do princípio ao fim das funções do circo é olhar para a multidão com uns
olhos, uma expressão, uns modos tão tristes que ninguém lhe esquece a tristeza do clown diferente
de todos os outros clowns. Trata-se na verdade de uma audaciosa recriação da figura de palhaço de
circo. E o curioso é que, impressionando os adultos, impressiona também os meninos que talvez
continuem os melhores juízes de circos de cavalinhos.
Audaciosa e triunfante essa recriação. Pois não há quem saia do supercirco, juntando às
suas impressões das maravilhas de acrobacia, de trabalhos de domadores de feras, de equilibristas,
de bailarinas, de cantores, de cômicos, a impressão inesperada da tristeza desse antipalhaço que
quase se limita a olhar para a multidão com os olhos mais magoados deste mundo.

FREYRE, Gilberto. In: Pessoas, Coisas & Animais. São Paulo: Círculo do Livro. Edição Especial para
MPM Propaganda, 1979. p. 221-222. (Publicado originalmente em O Cruzeiro, Rio de Janeiro, seção
Pessoas, coisas e animais, em 8 jul. 1956). Adaptado.
Questão de concurso

13. CESGRANRIO - BR Distribuidora - Profissional Júnior - Formação Administração

Os trechos de “Em 1954 [...] encanto” e “O gênio de organização [...] monumentais.” caracterizam-
se, quanto ao tipo de texto predominante, por serem, respectivamente:

(A) descrição e narração


(B) narração e argumentação
(C) narração e descrição
(D) argumentação e descrição
(E) argumentação e narração
Questão de concurso

14. CESGRANRIO - BR Distribuidora - Profissional Júnior - Engenharia Elétrica


EM TORNO DO ESPAÇO PÚBLICO NO BRASIL

Estou no aeroporto de Salvador, na velha Bahia. São 8h25m de uma ensolarada manhã de
sábado e eu aguardo o avião que vai me levar ao Rio de Janeiro e, de lá, para minha casa em Niterói.
Viajo relativamente leve: uma pasta com um livro e um computador no qual escrevo essas
notas, mais um arquivo com o texto da conferência que proferi para um grupo de empresários
americanos que excursionam aprendendo – como eles sempre fazem e nós, na nossa solene
arrogância, abominamos – sobre o Brasil. Passei rapidamente pela segurança feita de funcionários
locais que riam e trocavam piadas entre si e logo cheguei a um amplo saguão com aquelas poltronas
de metal que acomodam o cidadão transformado em passageiro.
Questão de concurso

14. CESGRANRIO - BR Distribuidora - Profissional Júnior - Engenharia Elétrica

Busco um lugar, porque o relativamente leve começa a pesar nos meus ombros e logo
observo algo notável: todos os assentos estão ocupados por pessoas e por suas malas ou pacotes.
Eu me explico: o sujeito senta num lugar e usa as outras cadeiras para colocar suas malas,
pacotes, sacolas e embrulhos. Assim, cada indivíduo ocupa três cadeiras, em vez de uma,
simultaneamente. Eu olho em volta e vejo que não há onde sentar! Meus companheiros de jornada
e de saguão simplesmente não me veem e, acomodados como velhos nobres ou bispos baianos da
boa era escravocrata, exprimem no rosto uma atitude indiferente bem apropriada com a posse
abusiva daquilo que é definido como uma poltrona individual.
Questão de concurso

14. CESGRANRIO - BR Distribuidora - Profissional Júnior - Engenharia Elétrica

Não vejo em ninguém o menor mal-estar ou conflito entre estar só, mas ocupar três lugares,
ou perceber que o espaço onde estamos, sendo de todos, teria que ser usado com maior
consciência relativamente aos outros como iguais e não como inferiores que ficam sem onde sentar
porque “eu cheguei primeiro e tenho o direito a mais cadeiras!”.
Trata-se, penso imediatamente, de uma ocupação “pessoal” e hierárquica do espaço, e não
um estilo individual e cidadão de usá-lo. De tal sorte que o saguão desenhado para todos é
apropriado por alguns como a sala de visitas de suas próprias casas, tudo acontecendo sem a menor
consciência de que numa democracia até o espaço e o tempo devem ser usados democraticamente.
Questão de concurso

14. CESGRANRIO - BR Distribuidora - Profissional Júnior - Engenharia Elétrica

Bem na minha frente, num conjunto de assentos para três pessoas, duas moças dormem
serenamente, ocupando o assento central com suas pernas e malas. Ao seu lado e, sem dúvida,
imitando-as, uma jovem senhora com ares de dona Carlota Joaquina está sentada na cadeira central
e ocupa a cadeira do seu lado direito com uma sacola de grife na qual guarda suas compras. Num
outro conjunto de assentos mais distantes, nos outros portões de embarque, observo o mesmo
padrão. Ninguém se lembra de ocupar apenas um lugar. Todos estão sentados em dois ou três
assentos de uma só vez! Pouco se lixam para uma senhora que chega com um bebê no colo,
acompanhada de sua velha mãe.
Questão de concurso

14. CESGRANRIO - BR Distribuidora - Profissional Júnior - Engenharia Elétrica

Digo para mim mesmo: eis um fato do cotidiano brasileiro que pipoca de formas diferentes
em vários domínios de nossa vida social. Pois não é assim que entramos nos restaurantes quando
estamos em grupo e logo passamos a ser “donos” de tudo? E não é do mesmo modo que ocupamos
praças, praias e passagens? (...)
Temos uma verdadeira alergia à impessoalidade que obriga a enxergar o outro. Pois levar a
sério o impessoal significa suspender nossos interesses pessoais, dando atenção aos outros como
iguais, como deveria ocorrer neste amplo salão no qual metade dos assentos não está ocupada por
pessoas, mas por pertences de passageiros sentados a seu lado.
Questão de concurso

14. CESGRANRIO - BR Distribuidora - Profissional Júnior - Engenharia Elétrica

Finalmente observo que quem não tem onde sentar sente-se constrangido em solicitar a
vaga ocupada pela mala ou embrulho de quem chegou primeiro. Trata-se de um modo
hierarquizado de construir o espaço público e, pelo visto, não vamos nos livrar dele tão cedo. Afinal,
os incomodados que se mudem!

DA MATTA, Roberto. O Globo, 24. mar. 2010. (Excerto).


Questão de concurso

14. CESGRANRIO - BR Distribuidora - Profissional Júnior - Engenharia Elétrica

Quanto à estrutura do texto, o autor


(A) inicia com uma narração e a permeia, em proporções quase iguais, com trechos argumentativos.
(B) alterna narração, descrição e dissertação, dando mais ênfase à primeira.
(C) opta pela narração, do início ao fim, terminando por expor seu argumento principal no último
parágrafo.
(D) apresenta uma teoria no início e a justifica com argumentos e descrições subjetivas.
(E) usa a narração quase na totalidade do texto, com alguma argumentação e algum diálogo, como
no trecho iniciado por “Digo...”
CEBRASPE

PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO


PALAVRA “QUE”

PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO


CLASSE GRAMATICAL

PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO


O caminho que fizeram é perigoso.
A PALAVRA PRONOME
“QUE” RELATIVO
Queriam saber o que tinha acontecido.

Prof. Adriana Figueiredo


PRONOME
Que felicidade!
INDEFINIDO

A PALAVRA
“QUE”

ADVÉRBIO DE Que simpático é Guilherme!


INTENSIDADADE

Prof. Adriana Figueiredo


Quase que ele caiu.

A PALAVRA PARTÍCULA
“QUE” EXPLETIVA

É hoje que nos divertimos muito

Prof. Adriana Figueiredo


A PALAVRA CONJUNÇÃO
Ele diz que é valente.
“QUE” INTEGRANTE

Prof. Adriana Figueiredo


CONJUNÇÃO
A dor era tanta que o ferido desmaiou.
CONSECUTIVA

A PALAVRA
“QUE”

CONJUNÇÃO
Esta jovem é mais inteligente que o colega.
COMPARATIVA

Prof. Adriana Figueiredo


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO
Exercícios de fixação

Identifique a classe gramatical das palavras sublinhadas abaixo:

a) Acho que o celular se juntará ao cigarro como um divisor da Humanidade.

b) Calçadões para pedestres e reservas para áreas verdes formam uma combinação que
avança sobre os espaços dos carros.

c) O preconceito é doença que turva nosso olhar e entorta nossa alma.


Exercícios de fixação

Identifique a classe gramatical das palavras sublinhadas abaixo:

d) É no hipocampo que a memória e as emoções são processadas

e) O autor fala menos sobre livros do que sobre oportunidades perdidas.

f) O local atinge uma temperatura tão alta que faz os pássaros caírem do céu.
Exercícios de fixação

Identifique a classe gramatical das palavras sublinhadas abaixo:

g) Um novo trabalho mostra que o distanciamento dessas plataformas também pode


diminuir.

h) O que temos visto nos últimos tempos é uma avalanche de conteúdos fraudulentos.

i) No fim das contas, nós é que acabaremos discriminados.


Exercícios de fixação

Identifique a classe gramatical das palavras sublinhadas abaixo:

j) Que diferença de preço!

k) Que cidade linda é São Paulo!


QUESTÕES DE
CONCURSO
PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO
Questão de concurso

15. CESPE / CEBRASPE - 2023 - MPE-SC - Promotor de Justiça Substituto


Texto 2A1-I

O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes


da aplicação da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma
ampliação do uso de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência
de robôs com sistemas computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a
decidir autonomamente, superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes
desafios ético-jurídicos do uso massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da
responsabilidade civil advinda de danos decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas
delituais tradicionais são baseados na culpa e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se
encontra desafiada pela realidade de sistemas de inteligência artificial.
Questão de concurso
15. CESPE / CEBRASPE - 2023 - MPE-SC - Promotor de Justiça Substituto

Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma


diversa da programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano
e aqueles que derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma
autônoma. O comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado
profundo, sem receber qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem
seria o responsável pelo dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado
automático que culminou com escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes
situações em que se pode vislumbrar a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas
em que não foram realizadas atualizações de software ou, até mesmo, de quebra de deveres
objetivos de cuidado, como falhas que permitem que hackers interfiram no sistema. Entretanto,
excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura necessário para a responsabilização com
base na culpa.
B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência artificial e responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca
da atribuição de personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos Fundamentais & Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações).
Questão de concurso

15. CESPE / CEBRASPE - 2023 - MPE-SC - Promotor de Justiça Substituto

No segundo parágrafo, o vocábulo “que”, em “que culminou com escolhas” (antepenúltimo período) e “que
hackers interfiram no sistema” (penúltimo período), pertence à mesma classe gramatical.

Certo
Errado
Questão de concurso

16. CESPE / CEBRASPE - 2022 - MPC-SC - Técnico em Atividades Administrativas


Texto CB2A1-I

A astrônoma Jocelyn Bell Burnell disse sobre Ron Drever: “Ele realmente curtia ser tão
engenhoso”. Ela tinha ido da Irlanda do Norte para Glasgow para estudar física e Drever foi
arbitrariamente designado para ser seu supervisor. Ele contava ao grupo de seus poucos
orientandos as ideias mais interessantes que surgiam em sua mente, inclusive as que levaram ao
experimento de Hughes-Drever (embora ela não tivesse se dado conta de que ele o realizara no
quintal da propriedade rural de sua família), mas nenhuma que os ajudasse a passar nos exames.
Após a frustração inicial, ao ver que ele não ia ajudá-la em seu dever de casa de física de estado
sólido, ela acabou admirando seu profundo entendimento de física fundamental e seu notável
talento como pesquisador.
Questão de concurso

16. CESPE / CEBRASPE - 2022 - MPC-SC - Técnico em Atividades Administrativas

Drever, por sua vez, seria influenciado pelas iminentes e vitais descobertas de sua ex-aluna
de graduação. A respeito de Bell Burnell, disse: “Ela também era obviamente melhor do que a
maioria deles… então cheguei a conhecê-la muito bem”. Drever escreveu uma carta de
recomendação para apoiar o pedido de emprego dela à principal instalação de radioastronomia na
Inglaterra, em meados da década de 60, Jodrell Bank. Mas, ele continua, “não a admitiram, e a
história conta que foi porque era mulher. Mas isso não é oficial, você sabe. Ela ficou muito
desapontada”. Drever acrescenta, esperando que se reconheça a obviedade daquele absurdo: “Sua
segunda opção era ir para Cambridge. Vê como são as coisas?”. Ele considerou isso uma reviravolta
muito feliz. “Então ela foi para Cambridge e descobriu pulsares. Vê como são as coisas?”, ele diz,
rindo.
Janna Levin. A música do universo: ondas gravitacionais e a maior descoberta científica dos últimos cem anos.
São Paulo, Cia. das Letras, 2016, p. 103-104 (com adaptações).
Questão de concurso

16. CESPE / CEBRASPE - 2022 - MPC-SC - Técnico em Atividades Administrativas

No primeiro parágrafo, nos segmentos “que surgiam” (terceiro período) e “que ele não ia” (quarto período), o
vocábulo “que” desempenha a mesma função.

Certo
Errado
Questão de concurso

17. CESPE - FUB - Conhecimentos Básicos


Texto CB1A1BBB
Questão de concurso

17. CESPE - FUB - Conhecimentos Básicos


Texto CB1A1BBB
Questão de concurso

17. CESPE - FUB - Conhecimentos Básicos

Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto CB1A1BBB, julgue o item subsequente.

A palavra “que” (L.12) introduz no texto uma ideia de consequência.

Certo
Errado
Questão de concurso
18. CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-DF - Agente de Polícia da Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal
Texto CBIA2-I

Nossos ancestrais dedicaram muito tempo e esforço a tentar descobrir as regras que governam o
mundo natural. Mas a ciência moderna difere de todas as tradições de conhecimento anteriores em três
aspectos cruciais: a disposição para admitir ignorância, o lugar central da observação e da matemática e a
aquisição de novas capacidades.
A Revolução Científica não foi uma revolução do conhecimento. Foi, acima de tudo, uma revolução
da ignorância. A grande descoberta que deu início à Revolução Científica foi a de que os humanos não têm as
respostas para suas perguntas mais importantes. Tradições de conhecimento pré-modernas como o
islamismo, o cristianismo, o budismo e o confucionismo afirmavam que tudo que é importante saber a
respeito do mundo já era conhecido. As antigas tradições de conhecimento só admitiam dois tipos de
ignorância. Em primeiro lugar, um indivíduo podia ignorar algo importante. Para obter o conhecimento
necessário, tudo que ele precisava fazer era perguntar a alguém mais sábio. Não havia necessidade de
descobrir algo que qualquer pessoa já não soubesse. Em segundo lugar, uma tradição inteira podia ignorar
coisas sem importância. Por definição, o que quer que os grandes deuses ou os sábios do passado não tenham
se dado ao trabalho de nos contar não era importante.
Questão de concurso

18. CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-DF - Agente de Polícia da Carreira de Polícia Civil do Distrito
Federal

A ciência de nossos dias é uma tradição de conhecimento peculiar, visto que admite
abertamente a ignorância coletiva a respeito da maioria das questões importantes. Darwin nunca
afirmou ser “o último dos biólogos” e ter decifrado o enigma da vida de uma vez por todas. Depois
de séculos de pesquisas científicas, os biólogos admitem que ainda não têm uma boa explicação
para como o cérebro gera consciência, por exemplo. Os físicos admitem que não sabem o que
causou o Big Bang, que não sabem como conciliar a mecânica quântica com a Teoria Geral da
Relatividade.
Questão de concurso

18. CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-DF - Agente de Polícia da Carreira de Polícia Civil do Distrito
Federal
A disposição para admitir ignorância tornou a ciência moderna mais dinâmica, versátil e
indagadora do que todas as tradições de conhecimento anteriores. Isso expandiu enormemente
nossa capacidade de entender como o mundo funciona e nossa habilidade de inventar novas
tecnologias, mas nos coloca diante de um problema sério que a maioria dos nossos ancestrais não
precisou enfrentar. Nosso pressuposto atual de que não sabemos tudo e de que até mesmo o
conhecimento que temos é provisório se estende aos mitos partilhados que possibilitam que
milhões de estranhos cooperem de maneira eficaz. Se as evidências mostrarem que muitos desses
mitos são duvidosos, como manter a sociedade unida? Como fazer com que as comunidades, os
países e o sistema internacional funcionem?
Questão de concurso

18. CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-DF - Agente de Polícia da Carreira de Polícia Civil do Distrito
Federal

Uma das coisas que tornaram possível que as ordens sociais modernas se mantivessem
coesas é a disseminação de uma crença quase religiosa na tecnologia e nos métodos da pesquisa
científica, que, em certa medida, substituiu a crença em verdades absolutas.

Yuval Noah Harari. Sapiens: uma breve história da humanidade. 26.º ed. Porto Alegre, RS: L&PM, 2017,p. 261-
263 (com adaptações).
Questão de concurso

18. CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-DF - Agente de Polícia da Carreira de Polícia Civil do Distrito
Federal

No que se refere aos aspectos linguísticos do texto CBIA2-I, julgue o item subsequente.

No trecho “A ciência de nossos dias é uma tradição de conhecimento peculiar, visto que admite
abertamente a ignorância coletiva” (terceiro parágrafo), o vocábulo “que” classifica-se como
pronome e retoma “A ciência de nossos dias”.

Certo
Errado
Questão de concurso

19. (ADAPTADA) CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil


Texto CG1A1-I

Um problema no estudo da violência é sua relação com a racionalidade. Os atos violentos


mais graves, praticados com requintes de crueldade, são vistos pela mídia e pela opinião pública
como atos irracionais. Ora, se a violência é irracional, não é por ser obra de um ser desprovido de
razão, mas por ser, paradoxalmente, o produto de uma razão perigosamente racional. É o que
ocorre quando certos mecanismos racionais, como a simplificação, que reduz tudo a um único
princípio explicativo, e a polarização, que vê a realidade como feita unicamente de elementos
antagônicos e irreconciliáveis, deixam o indivíduo sem alternativas. Esses mecanismos traduzem a
racionalidade de uma razão incapaz de lidar com os antagonismos, as diferenças e a diversidade.
Questão de concurso
19. (ADAPTADA) CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil

Portanto, o problema que levanta a violência é muito menos o da irracionalidade do que o de uma
racionalidade repleta de “razões” para não se deter diante de limites estabelecidos pela própria razão
humana. É a razão que, amplificando os conflitos, reduzindo as alternativas ao impasse e superdimensionando
os defeitos dos outros, cria os cenários em que florescem as ideologias legitimadoras da violência. Em outras
palavras, o problema da violência está intimamente ligado ao problema das relações sociais, em que a
existência do outro aparece como ameaça real ou imaginária. O que mais espanta na violência, quando ela é
razão de espanto, é a sua dramaturgia, a exposição da crueldade ao estado puro. É, pois, o caráter
aparentemente absurdo dessa dramaturgia que confere à violência o status de irracionalidade. No entanto, as
razões dessa irracionalidade raramente são explicitadas e, frequentemente, deixam de existir quando o
recipiente de atos violentos é o “inimigo”.

Angel Pino. Violência, educação e sociedade: um olhar sobre o Brasil contemporâneo. In: Educ. Soc., Campinas,
v. 28, n. 100, p. 763-785, out./2007 (com adaptações).
Questão de concurso

19. (ADAPTADA) CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil

No trecho “O que mais espanta na violência, quando ela é razão de espanto, é a sua dramaturgia, a
exposição da crueldade ao estado puro”, o termo “que” introduz oração adverbial comparativa.

Certo
Errado
Questão de concurso

20. CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RO - Datiloscopista Policial


Texto CG1A1-III

Criminalística - ramo da ciência penal que estuda, investiga, descobre, comprova a existência de
criminosos, usando em seus trabalhos subsídios de antropologia, psicologia, medicina legal,
psiquiatria, dactiloscopia, detector de mentiras etc. Entre suas atribuições, estão o levantamento do
local do crime, a colheita de provas e as perícias. Também denominada jurisprudência criminal ou
polícia científica.
Questão de concurso

20. CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RO - Datiloscopista Policial

Criminologia - estuda o crime como fenômeno social, as suas causas e os meios de evitá-lo; classifica
as figuras delituosas, trata, em particular, do criminoso, investiga causas, fatores individuais,
influências determinantes de sua ação perniciosa, e indica medidas para reprimir-lhe as tendências
criminógenas. Funda-se nos princípios dominantes da biologia, endocrinologia, psicologia e
sociologia criminais, assim como na medicina legal e na psiquiatria.

Deocleciano Torrieri Guimarães. Dicionário técnico jurídico. São Paulo: Riddel, 2011, p. 249-250 (com
adaptações).
Questão de concurso

20. CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RO - Datiloscopista Policial

No texto CG1A1-III, o trecho “ramo da ciência penal que estuda, investiga, descobre, comprova a
existência de criminosos” contém oração subordinada introduzida pela conjunção integrante “que”.

Certo
Errado
Questão de concurso

21. CESPE - Polícia Federal - Papiloscopista Policial Federal

Texto 14A15AAA
A natureza jamais vai deixar de nos surpreender. As teorias científicas de hoje, das quais
somos justamente orgulhosos, serão consideradas brincadeira de criança por futuras gerações de
cientistas. Nossos modelos de hoje certamente serão pobres aproximações para os modelos do
futuro. No entanto, o trabalho dos cientistas do futuro seria impossível sem o nosso, assim como o
nosso teria sido impossível sem o trabalho de Kepler, Galileu ou Newton. Teorias científicas jamais
serão a verdade final: elas irão sempre evoluir e mudar, tornando-se progressivamente mais
corretas e eficientes, sem chegar nunca a um estado final de perfeição. Novos fenômenos
estranhos, inesperados e imprevisíveis irão sempre desafiar nossa imaginação. Assim como nossos
antepassados, estaremos sempre buscando compreender o novo. E, a cada passo dessa busca sem
fim, compreenderemos um pouco mais sobre nós mesmos e sobre o mundo a nossa volta.
Questão de concurso

21. CESPE - Polícia Federal - Papiloscopista Policial Federal

Em graus diferentes, todos fazemos parte dessa aventura, todos podemos compartilhar o
êxtase que surge a cada nova descoberta; se não por intermédio de nossas próprias atividades de
pesquisa, ao menos ao estudarmos as ideias daqueles que expandiram e expandem as fronteiras do
conhecimento com sua criatividade e coragem intelectual. Nesse sentido, você, eu, Heráclito,
Copérnico e Einstein somos todos parceiros da mesma dança, todos dançamos com o Universo. É a
persistência do mistério que nos inspira a criar.

Marcelo Gleiser. A dança do universo: dos mitos de criação ao Big-Bang.


São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 384-5 (com adaptações)
Questão de concurso

21. CESPE - Polícia Federal - Papiloscopista Policial Federal

Feito o devido ajuste de inicial maiúscula, a locução “É ... que”, por ser puramente de realce nesse
caso, poderia ser suprimida do trecho “É a persistência do mistério que nos inspira a criar”, sem
comprometer a clareza nem a correção gramatical do texto.

Certo
Errado
Questão de concurso

22. CESPE - Instituto Rio Branco - Diplomata

Texto IX

O gosto da maravilha e do mistério, quase inseparável da literatura de viagens na era dos


grandes descobrimentos marítimos, ocupa espaço singularmente reduzido nos escritos
quinhentistas dos portugueses sobre o Novo Mundo. Ou porque a longa prática das navegações do
Mar Oceano e o assíduo trato das terras e gentes estranhas já tivessem amortecido neles a
sensibilidade para o exótico, ou porque o fascínio do Oriente ainda absorvesse em demasia os seus
cuidados sem deixar margem a maiores surpresas, a verdade é que não os inquietam, aqui, os
extraordinários portentos, nem a esperança deles. (...)
Questão de concurso

22. CESPE - Instituto Rio Branco - Diplomata

(...) E o próprio sonho de riquezas fabulosas, que no resto do hemisfério há de guiar tantas vezes os
passos do conquistador europeu, é em seu caso constantemente cerceado por uma noção mais
nítida, porventura, das limitações humanas e terrenas. (...) Não está um pouco nesse caso o realismo
comumente desencantado, voltado sobretudo para o particular e o concreto, que vemos
predominar entre nossos velhos cronistas portugueses? Desde Gandavo e, melhor, desde Pero Vaz
de Caminha até, pelo menos, Frei Vicente do Salvador, é uma curiosidade relativamente temperada,
sujeita, em geral, à inspiração prosaicamente utilitária, o que dita as descrições e reflexões de tais
autores. (...) Muito mais do que as especulações ou os desvairados sonhos, é a experiência imediata
o que tende a reger a noção do mundo desses escritores e marinheiros.
Questão de concurso

22. CESPE - Instituto Rio Branco - Diplomata

A respeito dos aspectos linguísticos do texto IX, julgue (C ou E) o item que se segue.

No texto, “é que” caracteriza-se como expressão expletiva, empregada para realçar o conteúdo
“não os inquietam, aqui, os extraordinários portentos, nem a esperança deles”.

Certo
Errado
Questão de concurso

23. (ADAPTADA) 2023 - Prefeitura de Surubim - PE - Professor I

Nas sentenças “Disse QUE viria”, “Trouxe o livro QUE pedi” e “QUE carro!”, o vocábulo QUE exerce
função, respectivamente, de conjunção integrante, pronome relativo e pronome adjetivo indefinido.

Certo
Errado
Questão de concurso

24. (ADAPTADA) Prefeitura de Aquiraz - CE - Administrador Hospitalar

Em “Que tortura deve ter sofrido!”, o “que” é pronome indefinido.

Certo
Errado
FUNÇÃO SINTÁTICA NA
ORAÇÃO ADJETIVA

PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO


SUJEITO Os candidatos que se prepararam foram
aprovados.

FUNÇÕES OBJETO DIRETO O caminho que fizeram é perigoso.


SINTÁTICAS
DA PALAVRA
“QUE” OBJETO INDIRETO Invento novas dificuldades a que dedico
horas.

COMPLEMENTO A morte é a única coisa de que tenho


NOMINAL medo.

Prof. Adriana Figueiredo


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO
Exercícios de fixação

Verifique, nas frases a seguir, qual a função sintática do pronome relativo QUE.

a) Nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas e esguias.

b) A lógica do consumo se faz imperiosa nos modos de relação que estabelecemos.

c) O "detox digital" traz benefícios que já foram amplamente descritos pelos cientistas.

d) Chegou a pegar o punhal que o índio lhe dera.


Exercícios de fixação

Verifique, nas frases a seguir, qual a função sintática do pronome relativo QUE.

e) Ficou animada quando a banda tocou a música de que mais gosta.

f) Chegou o medicamento de que o menino tem necessidade.

g) A peça a que assistimos foi ótima!

h) O poema, de que fez a leitura, era de Cecília Meireles.


QUESTÕES DE
CONCURSO
PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO
Questão de concurso

25. CESPE / CEBRASPE - 2022 - PGE-RJ - Técnico Processual


Texto CG2A1-I

Apesar da existência de uma legislação própria para o tema, o volume de crimes


cibernéticos no Brasil vem crescendo, sobretudo em tempos de pandemia, com o consequente
desenvolvimento de uma maior dependência dos sistemas conectados. Em 2020, foram registradas
156.692 denúncias, um número bastante superior ao apresentado no ano de 2019, quando 75.428
casos foram contabilizados.
Delitos relacionados à pornografia infantil caracterizam 98.244 denúncias, sendo este o
crime mais cometido. Infrações relacionadas a racismo e discriminação estão no segundo lugar dos
casos registrados, de acordo com a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, uma
parceria da ONG Safernet e com o Ministério Público Federal.
Questão de concurso

25. CESPE / CEBRASPE - 2022 - PGE-RJ - Técnico Processual


Os crimes cibernéticos de natureza financeira — como invasão de computadores, roubo de
senhas e dados bancários, além de golpes gerais de extorsão — também aumentaram, e grande
parte das ações tiram proveito da pandemia. Em 2020, houve registros do aumento em 41.000% de
sites com termos relacionados a “coronavírus” e a “covid” em seu domínio.
Golpes recentes praticados no Brasil utilizam fundos de garantia e informações sobre
calendário de vacinação para chamar a atenção das vítimas: em junho de 2021, criminosos usaram o
FGTS para roubar dinheiro pela Internet; em maio de 2021, hackers usaram a procura pela vacina
contra o coronavírus para interceptar dados bancários.
Crimes cibernéticos podem assumir várias formas, mas há dois tipos mais praticados: crimes
que visam o ataque a computadores — seja para obter dados, seja para extorquir as vítimas, seja
para causar prejuízos a terceiros — e crimes que usam computadores para realizar outras atividades
ilegais — nesses casos, dispositivos e redes servem como ferramentas para o criminoso.
Internet: <www.techtudo.com.br> (com adaptações).
Questão de concurso

25. CESPE / CEBRASPE - 2022 - PGE-RJ - Técnico Processual

Acerca das estruturas linguísticas do texto CG2A1-I, julgue o item a seguir.

No trecho “crimes que visam o ataque a computadores” (último parágrafo do texto), o termo “que”
remete semanticamente ao nome “crimes”, que o antecede, e funciona como sujeito da oração
“que visam o ataque a computadores”.

Certo
Errado
Questão de concurso

26. CESPE / CEBRASPE - 2022 - IBAMA - Técnico Ambiental


Texto CB1A1-I

A pandemia transformou a rotina de diversas pessoas ao redor do mundo, principalmente


em relação à sustentabilidade.
Dentro de casa, aumentou a percepção quanto à importância de modelos de consumo mais
conscientes e responsáveis, como a escolha de produtos mais duráveis e menos geradores de
resíduos. No entanto, a transformação mais significativa, que deveria vir das empresas, ainda é
relativamente tímida.
Questão de concurso

26. CESPE / CEBRASPE - 2022 - IBAMA - Técnico Ambiental

De acordo com Mariana Schuchovski, professora de Sustentabilidade do ISAE Escola de


Negócios, a disseminação do vírus é resultado do atual modelo de desenvolvimento, que fomenta o
uso irracional de recursos naturais e a destruição de hábitats, como florestas e outras áreas, o que
faz que animais, forçados a mudar seus hábitos de vida, contraiam e transmitam doenças que não
existiriam em situações normais. “Situações de desequilíbrio ambiental, causadas principalmente
por desmatamento e mudanças de clima, aumentam ainda mais a probabilidade de que zoonoses,
ou seja, doenças de origem animal, nos atinjam e alcancem o patamar de epidemias e pandemias”,
explica a professora.
Questão de concurso

26. CESPE / CEBRASPE - 2022 - IBAMA - Técnico Ambiental

A especialista aponta que todos nós, indivíduos, sociedade e empresas, precisamos


entender os impactos desta pandemia no meio ambiente e na sustentabilidade bem como refletir
sobre eles e, principalmente, sobre a sua relação inversa: o impacto da (in)sustentabilidade dos
nossos modelos de produção e consumo como causador desta pandemia. “Toda escolha que
fazemos pode ser para apoiar ou não a sustentabilidade”, diz Mariana. Por outro lado, para que
possamos fazer melhores escolhas e praticar o verdadeiro consumo consciente, é necessário que,
em primeiro lugar, as empresas realizem a produção consciente, assumindo sua verdadeira
responsabilidade pelos impactos que causam.

Internet: <www.ecodebate.com.br> (com adaptações).


Questão de concurso

26. CESPE / CEBRASPE - 2022 - IBAMA - Técnico Ambiental

O pronome “que”, em “que causam” (último período do texto), exerce a função de sujeito da oração
em que ocorre e retoma o termo “as empresas”.

Certo
Errado
Questão de concurso

27. CESPE - Polícia Federal - Agente de Polícia Federal


Texto 12A1AAA

(...) E, se o delegado e toda a sua corte têm cometido tantos enganos, isso se deve (...) a
uma apreciação inexata, ou melhor, a uma não apreciação da inteligência daqueles com quem se
metem. Consideram engenhosas apenas as suas próprias ideias e, ao procurar alguma coisa que se
ache escondida, não pensam senão nos meios que eles próprios teriam empregado para escondê-la.
Estão certos apenas num ponto: naquele em que sua engenhosidade representa fielmente a da
massa; mas, quando a astúcia do malfeitor é diferente da deles, o malfeitor, naturalmente, os
engana. (...)

Edgar Allan Poe. A carta roubada. In: Histórias extraordinárias. Victor


Civita, 1981. Tradução de Brenno Silveira e outros.
Questão de concurso

27. CESPE - Polícia Federal - Agente de Polícia Federal

No trecho “ao procurar alguma coisa que se ache escondida”, o pronome “que” exerce a função de
complemento da forma verbal “ache”.

Certo
Errado
Questão de concurso
28. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Conhecimentos Gerais

No dia 4 de maio de 2015, a Lei Complementar Federal n.º 101/2000, conhecida como Lei de
Responsabilidade Fiscal ou simplesmente LRF, completou quinze anos. Embora devamos comemorar a
consolidação de uma nova cultura de responsabilidade fiscal por grande parte dos nossos gestores, o
momento também é propício para reflexões sobre o futuro desse diploma.
Para a surpresa de muitas pessoas, acostumadas a ver em nosso país tantas leis que não saem do
papel, a LRF, logo nos primeiros anos, atinge boa parte de seus objetivos, notadamente em relação à
observância dos limites da despesa com pessoal, o que permitiu uma descompressão da receita líquida e
propiciou maior capacidade de investimento público. O regulamento marca avanços também no controle de
gastos em fins de gestão e em relação ao novo papel que as leis de diretrizes orçamentárias passaram a
desempenhar.
Valdecir Pascoal. Os 15 anos da Lei de Responsabilidade
Fiscal. In: O Estado de S.Paulo, 5/maio/2015. Internet:
<http://politica.estadao.com.br> (com adaptações)
Questão de concurso

28. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Conhecimentos Gerais

Os pronomes relativos “que” destacados, embora retomem elementos distintos do texto,


desempenham a mesma função sintática nos períodos em que ocorrem.

Certo
Errado

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