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PORTUGUÊS DO ZERO
PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO
CESGRANRIO
OBSERVAÇÕES
FINAIS
a) Henriqueta era magra e pálida, tinha cerca de 8 anos, mas lhe davam apenas seis. Seus grandes
olhos enfiados numa espécie de sombra profunda tinham seu brilho quase extinto em razão de ter
chorado.
b) A porta do restaurante se abriu e Guilherme viu dois homens entrarem e sentarem-se nos bancos
do balcão. Sua aparência e sua atitude lhe causaram desagrado.
c) Machado ficou muito magoado, achando que o ministro o julgara um inútil. Queixou-se muito, em
cartas aos amigos. Foi durante esse período que escreveu uma de suas obras-primas, Dom
Casmurro.
d) Rita me fitava com aqueles olhos azuis estrábicos e esbugalhados. Foi a primeira coisa que vi,
olhos-bola-de-gude, criança feia, careca. Todos os bebês são feios.
QUESTÕES DE
CONCURSO
PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO
Questão de concurso
1. CESGRANRIO - FINEP - Assistente - Apoio administrativo
Texto II
EU
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
A tipologia textual descritiva se evidencia no Texto II, dentre outros recursos, por meio do uso de
Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a
mulher, a mulher bastante irritada com o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha
história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que
esta, apesar de sua má vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e
ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso
do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de
estarem juntos.
Questão de concurso
Que, nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera, a minha história chegasse – e
tão fascinantemente de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu
coração com lágrimas de alegria; que o comissário do distrito, depois de ler minha história,
mandasse soltar aqueles bêbados e também aquelas pobres mulheres colhidas na calçada e lhes
dissesse – “Por favor, se comportem, que diabo! Eu não gosto de prender ninguém!”. E que assim
todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e
espontânea homenagem à minha história.
Questão de concurso
E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse
atribuída a um persa, na Nigéria, a um australiano, em Dublin, a um japonês, em Chicago – mas que
em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que,
no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse:
“Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter
vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com
certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou
que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou por acaso até nosso
conhecimento; é divina”.
Questão de concurso
E, quando todos me perguntassem – “Mas de onde é que você tirou essa história?” –, eu
responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a
contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: “Ontem ouvi um sujeito
contar uma história...”.
E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história
em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está
doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.
Definido como uma crônica reflexiva, o texto apresenta diversas sequências tipológicas, dentre elas
a descrição e a narração.
Apresentam-se como traços linguísticos dessas tipologias, respectivamente:
Ricardo Silvestrin
1) “Você começa a escrever um e-mail de trabalho, e é interrompido pelo toque do celular. Atende
à ligação e, quando desliga, vê avisos de mensagens na telinha. Abre uma delas e, antes mesmo
de responder, algum colega chama você para terminar aquela conversa que começaram de
manhã...” (L. 1-6)
2) “Como empreendia seus próprios projetos e trabalhava de casa, o empresário não sabia mais o
que era horário de expediente, final de semana ou feriados. Mas reagiu a essa falta de limites e
criou espaço para folgas e diversão.” (L. 42-47)
Questão de concurso
TIPOLOGIA DISSERTAÇÃO
MODALIZADORES TEXTUAIS
c) Há muito mais coisas acontecendo todo o tempo dentro de nós do que estamos dispostos
a expressar, e a civilização seria impossível se pudéssemos todos ler a mente uns dos outros.
d) A América Latina e o Caribe estão enfrentando “uma das maiores e mais complexas
crises” de migração infantil do mundo, com quantidades recordes de crianças cruzando seus
principais pontos de trânsito, alertou o Unicef.
QUESTÕES DE
CONCURSO
PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO
Questão de concurso
6. (ADAPTADA) Técnico em TI
Texto IV
AUMENTAM TEMORES DE GENOCÍDIO DA ETNIA ROHINGYA EM MIANMAR
Solly Boussidan
Os rohingyas são considerados pela ONU uma das minorias étnicas mais perseguidas do
planeta. Agora, entidades internacionais e agentes humanitários advertem que a minoria
muçulmana vive uma ameaça real de genocídio no Sudeste Asiático.
Para Andrea Gittleman, do Centro de Prevenção de Genocídio no Museu Memorial do
Holocausto nos EUA, a perseguição sistemática é similar à que antecedeu os genocídios em Ruanda
e Srebrenica (Bósnia-Herzegóvina).
"Comparamos elementos que costumam anteceder casos de genocídio, atrocidades ou
limpeza étnica. Esses sinais iniciais estão amplamente presentes em Mianmar", diz. "Nesse estágio,
um pequeno incidente pode desencadear violência em massa."
Questão de concurso
6. (ADAPTADA) Técnico em TI
Excluídos
Por serem apátridas, os rohingyas são proibidos de votar e frequentar escolas públicas. Não
podem trabalhar e necessitam de permissões custosas, normalmente obtidas por suborno, para se
locomover, receber atendimento médico, casar ou ter filhos.
No norte do Estado de Rakhine, onde se concentram, a lei os proíbe de ter mais que dois
filhos e os obriga a realizar trabalhos forçados. Desde 2009, a situação piorou, com gangues budistas
inflamadas pela retórica de monges nacionalistas atacando os muçulmanos e incendiando suas casas
e lojas.
Em 2012, na onda de violência em Rakhine, centenas de rohingyas foram mortos a
machadadas ou queimados e enterrados em valas comuns.
Questão de concurso
6. (ADAPTADA) Técnico em TI
O fragmento “Em 2012, na onda de violência em Rakhine, centenas de rohingyas foram mortos a
machadadas ou queimados e enterrados em valas comuns" caracteriza-se como
(A) subjetivo;
(B) injuntivo;
(C) informativo;
(D) argumentativo;
(E) explicativo.
Questão de concurso
7. (ADAPTADA) 2023 - Técnico Universitário Superior – Químico
Texto I
Um ano humano
Na minha rede de relações, o desejo mais comum para 2023 foi este: “Que seja leve”. No
dia 1º de janeiro, o clima já era outro. Sopraram ventos de esperança e os desejos já estavam mais
conectados a uma espécie de convicção de que este ano será mesmo diferente. Oxalá!
2022 foi pesado. Anunciou-se uma “volta”, sem saber exatamente para o que se voltava.
Retomamos dinâmicas de trabalho e convívio social, ignorando que passamos por dois anos de
isolamento, por centenas de milhares de perdas e lidando com a angústia diante de um governo
antidemocrático e desumano.
Questão de concurso
7. (ADAPTADA) 2023 - Técnico Universitário Superior – Químico
Texto I
A esperança depositada em 2023 não é vã. Temos uma radical transformação no comando do país,
que deve reverberar para as vidas de cada um de nós. Mas o suave, o brando e o leve não virão se não
sairmos do automático. Precisamos nos empenhar em tarefas de humanização. Precisamos — urgentemente
— desacelerar.
Desacelerar não é ser mais devagar. É recobrar nossos sentidos, nos reconhecer como pessoas. É se
perguntar quando a velocidade faz sentido e quando não faz, mas estamos correndo apenas porque estamos
no automático.
Precisamos entender que a cultura da velocidade a que estamos submetidos é também a cultura do
desenvolvimento desenfreado, do consumo exacerbado, do multitarefa, do avanço tecnológico irresponsável,
do excesso (des)informativo e de uma relação insustentável com a natureza e com o planeta.
Questão de concurso
7. (ADAPTADA) 2023 - Técnico Universitário Superior – Químico
Texto I
Todos estes motores estão conectados e nos conduzem a um suposto progresso em um
movimento frenético de paralisia (ou frenesi em suspensão), como sugere o alemão Hartmut Rosa.
Estamos em um permanente movimento sem sentido. E isso nos dá uma sensação de esgotamento
coletivo e individual.
O sociólogo e crítico literário Antonio Candido afirma que a luta pela justiça social começa
por uma reivindicação do tempo. Por isso o desacelerar não é uma opção individual, mas uma saída
coletiva.
Questão de concurso
7. (ADAPTADA) 2023 - Técnico Universitário Superior – Químico
Texto I
A sociedade do cansaço (assim nomeada por Byung-Chul Han) e o regime 24/7 produzem
ambientes desumanos e pessoas encapsuladas sem condições de sair do automatismo. Precisamos
desacelerar e encontrar o que resgate sentido de pertença, convivências e comunidades. Isso é
politizar a agenda do cuidado e da desaceleração, questionando a concepção eurocêntrica de bem-
estar e conectando-a à alternativa sistêmica do bem viver.
Existem caminhos sistêmicos para assumir nosso acordo com o suave, o leve e o brando que
desejamos nas mensagens de fim de ano. Eles passam por um pacto com o decrescimento, a
boniteza, a amorosidade e as comunidades que encontra ressonância em um projeto de país em
reconstrução.
Michelle Prazeres
(Adaptado da Folha de São Paulo, 06 de janeiro de 2023)
Questão de concurso
7. (ADAPTADA) 2023 - Técnico Universitário Superior – Químico
O texto discute expectativas para o ano de 2023. Essa discussão é construída em um modo de
organização textual que se caracteriza como:
(A) prescritivo;
(B) expositivo;
(C) descritivo;
(D) narrativo.
Questão de concurso
8. CESGRANRIO - FINEP - Assistente - Apoio administrativo
Texto I
Narrar-se
Questão de concurso
8. CESGRANRIO - FINEP - Assistente - Apoio administrativo
Texto I
Questão de concurso
8. CESGRANRIO - FINEP - Assistente - Apoio administrativo
No Texto I, na sequência “Analisar-se é aprender a narrar a si mesmo. Parece fácil, mas muitas pessoas não
conseguem falar de si, não sabem dizer o que sentem. Para mim não é tão difícil, já que escrever ajuda muito
no exercício de expor-se.” (L. 29-33), verifica-se a predominância da tipologia textual
(A) descritivo;
(B) expositiva;
(C) narrativa;
(D) injuntiva;
(E) argumentativa.
Questão de concurso
9. CESGRANRIO - 2021 - Caixa - Técnico Bancário Novo
Infelizmente, não faz parte do cotidiano da maioria das pessoas buscar informações que as
auxiliem na gestão de suas finanças. Para agravar essa situação, não há uma cultura coletiva, ou
seja, uma preocupação da sociedade organizada em torno do tema. Nas escolas, pouco ou nada é
falado sobre o assunto. As empresas, não compreendendo a importância de ter seus funcionários
alfabetizados financeiramente, também não investem nessa área. Similar problema é encontrado
nas famílias, nas quais não há o hábito de reunir os membros para discutir e elaborar um orçamento
familiar. Igualmente entre os amigos, assuntos ligados à gestão financeira pessoal muitas vezes são
considerados invasão de privacidade e pouco se conversa em torno do tema. Enfim, embora todos
lidem diariamente com dinheiro, poucos se dedicam a gerir melhor seus recursos
Questão de concurso
9. CESGRANRIO - 2021 - Caixa - Técnico Bancário Novo
A sua vez
Questão de concurso
10. CESGRANRIO - SECAD-TO - Médico cardiologista
Texto I
Boa parte das brincadeiras infantis são um ensaio para a vida adulta. Criança brinca de ser
mãe, pai, cozinheiro, motorista, polícia, ladrão (e isso, você sabe, não implica nenhum tipo de
propensão ao crime). E, ah, quando não há ninguém por perto, brinca de médico também. É uma
forma de viver todas as vidas possíveis antes de fazer uma escolha ou descoberta. Talvez seja por
isso que a gente pare de brincar aos poucos – como se tudo isso perdesse o sentido quando viramos
adultos de verdade. E tudo agora é para valer. Mas será que parar de brincar é, de fato, uma decisão
madura?
Questão de concurso
10. CESGRANRIO - SECAD-TO - Médico cardiologista
Texto I
QUINTANILHA, Leandro
Disponível em: http://www.vidasimples.abril.com.br/edicoes/073/pe
_no_chao/conteudo_399675.shtml
Questão de concurso
10. CESGRANRIO - SECAD-TO - Médico cardiologista
Quanto à tipologia, o Texto I classifica-se como
(A) injuntivo;
(B) narrativo;
(C) descritivo;
(D) expositivo;
(E) argumentativo.
MISCELÂNEA
(A) “Leves, classudos, num tom esportivamente escuro, cada lente com uma sombra que subia de baixo para
cima,” (L. 1-3)
(B) “ ‘Pois é, mas eu estava com a vista cada vez mais cansada, até que fui ao oculista...’ ” (L. 5-7)
(C) “Mês depois, encontrei uma amiga cujo pai é oftalmologista.” (L. 11-12)
(D) “ela me contou que um curioso cliente do pai havia pedido um modelo de óculos sem grau.” (L. 12-14)
(E) “É, era ele mesmo – o editor.” (L. 14)
Questão de concurso
12. CESGRANRIO - FINEP - Técnico - Suporte Técnico
Texto I
Questão de concurso
12. CESGRANRIO - FINEP - Técnico - Suporte Técnico
Texto I
Questão de concurso
12. CESGRANRIO - FINEP - Técnico - Suporte Técnico
Texto I
Questão de concurso
12. CESGRANRIO - FINEP - Técnico - Suporte Técnico
III – “Tudo muda rápido, e quem aceita essa realidade e consegue exercitar sua capacidade de adaptação já sai com vantagens.”
(L. 24-26)
FREYRE, Gilberto. In: Pessoas, Coisas & Animais. São Paulo: Círculo do Livro. Edição Especial para
MPM Propaganda, 1979. p. 221-222. (Publicado originalmente em O Cruzeiro, Rio de Janeiro, seção
Pessoas, coisas e animais, em 8 jul. 1956). Adaptado.
Questão de concurso
Os trechos de “Em 1954 [...] encanto” e “O gênio de organização [...] monumentais.” caracterizam-
se, quanto ao tipo de texto predominante, por serem, respectivamente:
Estou no aeroporto de Salvador, na velha Bahia. São 8h25m de uma ensolarada manhã de
sábado e eu aguardo o avião que vai me levar ao Rio de Janeiro e, de lá, para minha casa em Niterói.
Viajo relativamente leve: uma pasta com um livro e um computador no qual escrevo essas
notas, mais um arquivo com o texto da conferência que proferi para um grupo de empresários
americanos que excursionam aprendendo – como eles sempre fazem e nós, na nossa solene
arrogância, abominamos – sobre o Brasil. Passei rapidamente pela segurança feita de funcionários
locais que riam e trocavam piadas entre si e logo cheguei a um amplo saguão com aquelas poltronas
de metal que acomodam o cidadão transformado em passageiro.
Questão de concurso
Busco um lugar, porque o relativamente leve começa a pesar nos meus ombros e logo
observo algo notável: todos os assentos estão ocupados por pessoas e por suas malas ou pacotes.
Eu me explico: o sujeito senta num lugar e usa as outras cadeiras para colocar suas malas,
pacotes, sacolas e embrulhos. Assim, cada indivíduo ocupa três cadeiras, em vez de uma,
simultaneamente. Eu olho em volta e vejo que não há onde sentar! Meus companheiros de jornada
e de saguão simplesmente não me veem e, acomodados como velhos nobres ou bispos baianos da
boa era escravocrata, exprimem no rosto uma atitude indiferente bem apropriada com a posse
abusiva daquilo que é definido como uma poltrona individual.
Questão de concurso
Não vejo em ninguém o menor mal-estar ou conflito entre estar só, mas ocupar três lugares,
ou perceber que o espaço onde estamos, sendo de todos, teria que ser usado com maior
consciência relativamente aos outros como iguais e não como inferiores que ficam sem onde sentar
porque “eu cheguei primeiro e tenho o direito a mais cadeiras!”.
Trata-se, penso imediatamente, de uma ocupação “pessoal” e hierárquica do espaço, e não
um estilo individual e cidadão de usá-lo. De tal sorte que o saguão desenhado para todos é
apropriado por alguns como a sala de visitas de suas próprias casas, tudo acontecendo sem a menor
consciência de que numa democracia até o espaço e o tempo devem ser usados democraticamente.
Questão de concurso
Bem na minha frente, num conjunto de assentos para três pessoas, duas moças dormem
serenamente, ocupando o assento central com suas pernas e malas. Ao seu lado e, sem dúvida,
imitando-as, uma jovem senhora com ares de dona Carlota Joaquina está sentada na cadeira central
e ocupa a cadeira do seu lado direito com uma sacola de grife na qual guarda suas compras. Num
outro conjunto de assentos mais distantes, nos outros portões de embarque, observo o mesmo
padrão. Ninguém se lembra de ocupar apenas um lugar. Todos estão sentados em dois ou três
assentos de uma só vez! Pouco se lixam para uma senhora que chega com um bebê no colo,
acompanhada de sua velha mãe.
Questão de concurso
Digo para mim mesmo: eis um fato do cotidiano brasileiro que pipoca de formas diferentes
em vários domínios de nossa vida social. Pois não é assim que entramos nos restaurantes quando
estamos em grupo e logo passamos a ser “donos” de tudo? E não é do mesmo modo que ocupamos
praças, praias e passagens? (...)
Temos uma verdadeira alergia à impessoalidade que obriga a enxergar o outro. Pois levar a
sério o impessoal significa suspender nossos interesses pessoais, dando atenção aos outros como
iguais, como deveria ocorrer neste amplo salão no qual metade dos assentos não está ocupada por
pessoas, mas por pertences de passageiros sentados a seu lado.
Questão de concurso
Finalmente observo que quem não tem onde sentar sente-se constrangido em solicitar a
vaga ocupada pela mala ou embrulho de quem chegou primeiro. Trata-se de um modo
hierarquizado de construir o espaço público e, pelo visto, não vamos nos livrar dele tão cedo. Afinal,
os incomodados que se mudem!
A PALAVRA
“QUE”
A PALAVRA PARTÍCULA
“QUE” EXPLETIVA
A PALAVRA
“QUE”
CONJUNÇÃO
Esta jovem é mais inteligente que o colega.
COMPARATIVA
b) Calçadões para pedestres e reservas para áreas verdes formam uma combinação que
avança sobre os espaços dos carros.
f) O local atinge uma temperatura tão alta que faz os pássaros caírem do céu.
Exercícios de fixação
h) O que temos visto nos últimos tempos é uma avalanche de conteúdos fraudulentos.
No segundo parágrafo, o vocábulo “que”, em “que culminou com escolhas” (antepenúltimo período) e “que
hackers interfiram no sistema” (penúltimo período), pertence à mesma classe gramatical.
Certo
Errado
Questão de concurso
A astrônoma Jocelyn Bell Burnell disse sobre Ron Drever: “Ele realmente curtia ser tão
engenhoso”. Ela tinha ido da Irlanda do Norte para Glasgow para estudar física e Drever foi
arbitrariamente designado para ser seu supervisor. Ele contava ao grupo de seus poucos
orientandos as ideias mais interessantes que surgiam em sua mente, inclusive as que levaram ao
experimento de Hughes-Drever (embora ela não tivesse se dado conta de que ele o realizara no
quintal da propriedade rural de sua família), mas nenhuma que os ajudasse a passar nos exames.
Após a frustração inicial, ao ver que ele não ia ajudá-la em seu dever de casa de física de estado
sólido, ela acabou admirando seu profundo entendimento de física fundamental e seu notável
talento como pesquisador.
Questão de concurso
Drever, por sua vez, seria influenciado pelas iminentes e vitais descobertas de sua ex-aluna
de graduação. A respeito de Bell Burnell, disse: “Ela também era obviamente melhor do que a
maioria deles… então cheguei a conhecê-la muito bem”. Drever escreveu uma carta de
recomendação para apoiar o pedido de emprego dela à principal instalação de radioastronomia na
Inglaterra, em meados da década de 60, Jodrell Bank. Mas, ele continua, “não a admitiram, e a
história conta que foi porque era mulher. Mas isso não é oficial, você sabe. Ela ficou muito
desapontada”. Drever acrescenta, esperando que se reconheça a obviedade daquele absurdo: “Sua
segunda opção era ir para Cambridge. Vê como são as coisas?”. Ele considerou isso uma reviravolta
muito feliz. “Então ela foi para Cambridge e descobriu pulsares. Vê como são as coisas?”, ele diz,
rindo.
Janna Levin. A música do universo: ondas gravitacionais e a maior descoberta científica dos últimos cem anos.
São Paulo, Cia. das Letras, 2016, p. 103-104 (com adaptações).
Questão de concurso
No primeiro parágrafo, nos segmentos “que surgiam” (terceiro período) e “que ele não ia” (quarto período), o
vocábulo “que” desempenha a mesma função.
Certo
Errado
Questão de concurso
Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto CB1A1BBB, julgue o item subsequente.
Certo
Errado
Questão de concurso
18. CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-DF - Agente de Polícia da Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal
Texto CBIA2-I
Nossos ancestrais dedicaram muito tempo e esforço a tentar descobrir as regras que governam o
mundo natural. Mas a ciência moderna difere de todas as tradições de conhecimento anteriores em três
aspectos cruciais: a disposição para admitir ignorância, o lugar central da observação e da matemática e a
aquisição de novas capacidades.
A Revolução Científica não foi uma revolução do conhecimento. Foi, acima de tudo, uma revolução
da ignorância. A grande descoberta que deu início à Revolução Científica foi a de que os humanos não têm as
respostas para suas perguntas mais importantes. Tradições de conhecimento pré-modernas como o
islamismo, o cristianismo, o budismo e o confucionismo afirmavam que tudo que é importante saber a
respeito do mundo já era conhecido. As antigas tradições de conhecimento só admitiam dois tipos de
ignorância. Em primeiro lugar, um indivíduo podia ignorar algo importante. Para obter o conhecimento
necessário, tudo que ele precisava fazer era perguntar a alguém mais sábio. Não havia necessidade de
descobrir algo que qualquer pessoa já não soubesse. Em segundo lugar, uma tradição inteira podia ignorar
coisas sem importância. Por definição, o que quer que os grandes deuses ou os sábios do passado não tenham
se dado ao trabalho de nos contar não era importante.
Questão de concurso
18. CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-DF - Agente de Polícia da Carreira de Polícia Civil do Distrito
Federal
A ciência de nossos dias é uma tradição de conhecimento peculiar, visto que admite
abertamente a ignorância coletiva a respeito da maioria das questões importantes. Darwin nunca
afirmou ser “o último dos biólogos” e ter decifrado o enigma da vida de uma vez por todas. Depois
de séculos de pesquisas científicas, os biólogos admitem que ainda não têm uma boa explicação
para como o cérebro gera consciência, por exemplo. Os físicos admitem que não sabem o que
causou o Big Bang, que não sabem como conciliar a mecânica quântica com a Teoria Geral da
Relatividade.
Questão de concurso
18. CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-DF - Agente de Polícia da Carreira de Polícia Civil do Distrito
Federal
A disposição para admitir ignorância tornou a ciência moderna mais dinâmica, versátil e
indagadora do que todas as tradições de conhecimento anteriores. Isso expandiu enormemente
nossa capacidade de entender como o mundo funciona e nossa habilidade de inventar novas
tecnologias, mas nos coloca diante de um problema sério que a maioria dos nossos ancestrais não
precisou enfrentar. Nosso pressuposto atual de que não sabemos tudo e de que até mesmo o
conhecimento que temos é provisório se estende aos mitos partilhados que possibilitam que
milhões de estranhos cooperem de maneira eficaz. Se as evidências mostrarem que muitos desses
mitos são duvidosos, como manter a sociedade unida? Como fazer com que as comunidades, os
países e o sistema internacional funcionem?
Questão de concurso
18. CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-DF - Agente de Polícia da Carreira de Polícia Civil do Distrito
Federal
Uma das coisas que tornaram possível que as ordens sociais modernas se mantivessem
coesas é a disseminação de uma crença quase religiosa na tecnologia e nos métodos da pesquisa
científica, que, em certa medida, substituiu a crença em verdades absolutas.
Yuval Noah Harari. Sapiens: uma breve história da humanidade. 26.º ed. Porto Alegre, RS: L&PM, 2017,p. 261-
263 (com adaptações).
Questão de concurso
18. CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-DF - Agente de Polícia da Carreira de Polícia Civil do Distrito
Federal
No que se refere aos aspectos linguísticos do texto CBIA2-I, julgue o item subsequente.
No trecho “A ciência de nossos dias é uma tradição de conhecimento peculiar, visto que admite
abertamente a ignorância coletiva” (terceiro parágrafo), o vocábulo “que” classifica-se como
pronome e retoma “A ciência de nossos dias”.
Certo
Errado
Questão de concurso
Portanto, o problema que levanta a violência é muito menos o da irracionalidade do que o de uma
racionalidade repleta de “razões” para não se deter diante de limites estabelecidos pela própria razão
humana. É a razão que, amplificando os conflitos, reduzindo as alternativas ao impasse e superdimensionando
os defeitos dos outros, cria os cenários em que florescem as ideologias legitimadoras da violência. Em outras
palavras, o problema da violência está intimamente ligado ao problema das relações sociais, em que a
existência do outro aparece como ameaça real ou imaginária. O que mais espanta na violência, quando ela é
razão de espanto, é a sua dramaturgia, a exposição da crueldade ao estado puro. É, pois, o caráter
aparentemente absurdo dessa dramaturgia que confere à violência o status de irracionalidade. No entanto, as
razões dessa irracionalidade raramente são explicitadas e, frequentemente, deixam de existir quando o
recipiente de atos violentos é o “inimigo”.
Angel Pino. Violência, educação e sociedade: um olhar sobre o Brasil contemporâneo. In: Educ. Soc., Campinas,
v. 28, n. 100, p. 763-785, out./2007 (com adaptações).
Questão de concurso
No trecho “O que mais espanta na violência, quando ela é razão de espanto, é a sua dramaturgia, a
exposição da crueldade ao estado puro”, o termo “que” introduz oração adverbial comparativa.
Certo
Errado
Questão de concurso
Criminalística - ramo da ciência penal que estuda, investiga, descobre, comprova a existência de
criminosos, usando em seus trabalhos subsídios de antropologia, psicologia, medicina legal,
psiquiatria, dactiloscopia, detector de mentiras etc. Entre suas atribuições, estão o levantamento do
local do crime, a colheita de provas e as perícias. Também denominada jurisprudência criminal ou
polícia científica.
Questão de concurso
Criminologia - estuda o crime como fenômeno social, as suas causas e os meios de evitá-lo; classifica
as figuras delituosas, trata, em particular, do criminoso, investiga causas, fatores individuais,
influências determinantes de sua ação perniciosa, e indica medidas para reprimir-lhe as tendências
criminógenas. Funda-se nos princípios dominantes da biologia, endocrinologia, psicologia e
sociologia criminais, assim como na medicina legal e na psiquiatria.
Deocleciano Torrieri Guimarães. Dicionário técnico jurídico. São Paulo: Riddel, 2011, p. 249-250 (com
adaptações).
Questão de concurso
No texto CG1A1-III, o trecho “ramo da ciência penal que estuda, investiga, descobre, comprova a
existência de criminosos” contém oração subordinada introduzida pela conjunção integrante “que”.
Certo
Errado
Questão de concurso
Texto 14A15AAA
A natureza jamais vai deixar de nos surpreender. As teorias científicas de hoje, das quais
somos justamente orgulhosos, serão consideradas brincadeira de criança por futuras gerações de
cientistas. Nossos modelos de hoje certamente serão pobres aproximações para os modelos do
futuro. No entanto, o trabalho dos cientistas do futuro seria impossível sem o nosso, assim como o
nosso teria sido impossível sem o trabalho de Kepler, Galileu ou Newton. Teorias científicas jamais
serão a verdade final: elas irão sempre evoluir e mudar, tornando-se progressivamente mais
corretas e eficientes, sem chegar nunca a um estado final de perfeição. Novos fenômenos
estranhos, inesperados e imprevisíveis irão sempre desafiar nossa imaginação. Assim como nossos
antepassados, estaremos sempre buscando compreender o novo. E, a cada passo dessa busca sem
fim, compreenderemos um pouco mais sobre nós mesmos e sobre o mundo a nossa volta.
Questão de concurso
Em graus diferentes, todos fazemos parte dessa aventura, todos podemos compartilhar o
êxtase que surge a cada nova descoberta; se não por intermédio de nossas próprias atividades de
pesquisa, ao menos ao estudarmos as ideias daqueles que expandiram e expandem as fronteiras do
conhecimento com sua criatividade e coragem intelectual. Nesse sentido, você, eu, Heráclito,
Copérnico e Einstein somos todos parceiros da mesma dança, todos dançamos com o Universo. É a
persistência do mistério que nos inspira a criar.
Feito o devido ajuste de inicial maiúscula, a locução “É ... que”, por ser puramente de realce nesse
caso, poderia ser suprimida do trecho “É a persistência do mistério que nos inspira a criar”, sem
comprometer a clareza nem a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
Questão de concurso
Texto IX
(...) E o próprio sonho de riquezas fabulosas, que no resto do hemisfério há de guiar tantas vezes os
passos do conquistador europeu, é em seu caso constantemente cerceado por uma noção mais
nítida, porventura, das limitações humanas e terrenas. (...) Não está um pouco nesse caso o realismo
comumente desencantado, voltado sobretudo para o particular e o concreto, que vemos
predominar entre nossos velhos cronistas portugueses? Desde Gandavo e, melhor, desde Pero Vaz
de Caminha até, pelo menos, Frei Vicente do Salvador, é uma curiosidade relativamente temperada,
sujeita, em geral, à inspiração prosaicamente utilitária, o que dita as descrições e reflexões de tais
autores. (...) Muito mais do que as especulações ou os desvairados sonhos, é a experiência imediata
o que tende a reger a noção do mundo desses escritores e marinheiros.
Questão de concurso
A respeito dos aspectos linguísticos do texto IX, julgue (C ou E) o item que se segue.
No texto, “é que” caracteriza-se como expressão expletiva, empregada para realçar o conteúdo
“não os inquietam, aqui, os extraordinários portentos, nem a esperança deles”.
Certo
Errado
Questão de concurso
Nas sentenças “Disse QUE viria”, “Trouxe o livro QUE pedi” e “QUE carro!”, o vocábulo QUE exerce
função, respectivamente, de conjunção integrante, pronome relativo e pronome adjetivo indefinido.
Certo
Errado
Questão de concurso
Certo
Errado
FUNÇÃO SINTÁTICA NA
ORAÇÃO ADJETIVA
Verifique, nas frases a seguir, qual a função sintática do pronome relativo QUE.
c) O "detox digital" traz benefícios que já foram amplamente descritos pelos cientistas.
Verifique, nas frases a seguir, qual a função sintática do pronome relativo QUE.
No trecho “crimes que visam o ataque a computadores” (último parágrafo do texto), o termo “que”
remete semanticamente ao nome “crimes”, que o antecede, e funciona como sujeito da oração
“que visam o ataque a computadores”.
Certo
Errado
Questão de concurso
O pronome “que”, em “que causam” (último período do texto), exerce a função de sujeito da oração
em que ocorre e retoma o termo “as empresas”.
Certo
Errado
Questão de concurso
(...) E, se o delegado e toda a sua corte têm cometido tantos enganos, isso se deve (...) a
uma apreciação inexata, ou melhor, a uma não apreciação da inteligência daqueles com quem se
metem. Consideram engenhosas apenas as suas próprias ideias e, ao procurar alguma coisa que se
ache escondida, não pensam senão nos meios que eles próprios teriam empregado para escondê-la.
Estão certos apenas num ponto: naquele em que sua engenhosidade representa fielmente a da
massa; mas, quando a astúcia do malfeitor é diferente da deles, o malfeitor, naturalmente, os
engana. (...)
No trecho “ao procurar alguma coisa que se ache escondida”, o pronome “que” exerce a função de
complemento da forma verbal “ache”.
Certo
Errado
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28. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Conhecimentos Gerais
No dia 4 de maio de 2015, a Lei Complementar Federal n.º 101/2000, conhecida como Lei de
Responsabilidade Fiscal ou simplesmente LRF, completou quinze anos. Embora devamos comemorar a
consolidação de uma nova cultura de responsabilidade fiscal por grande parte dos nossos gestores, o
momento também é propício para reflexões sobre o futuro desse diploma.
Para a surpresa de muitas pessoas, acostumadas a ver em nosso país tantas leis que não saem do
papel, a LRF, logo nos primeiros anos, atinge boa parte de seus objetivos, notadamente em relação à
observância dos limites da despesa com pessoal, o que permitiu uma descompressão da receita líquida e
propiciou maior capacidade de investimento público. O regulamento marca avanços também no controle de
gastos em fins de gestão e em relação ao novo papel que as leis de diretrizes orçamentárias passaram a
desempenhar.
Valdecir Pascoal. Os 15 anos da Lei de Responsabilidade
Fiscal. In: O Estado de S.Paulo, 5/maio/2015. Internet:
<http://politica.estadao.com.br> (com adaptações)
Questão de concurso
Certo
Errado