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Produzido por: Karla Emilia Silva Maciel


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@estuda.biomedica
Sangue Venoso
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Conteúdo
Materiais Utilizados..................................................04
Procedimentos............................................................05
Tubos de coleta............................................................11
Soro e Plasma...............................................................15
Cuidados pré-analíticos...........................................16
Rejeição de amostras...............................................17
Outros cuidados..........................................................18
Coletas especiais........................................................19
Coleta de Hemocultura...........................................20
Coleta de Gasometria..............................................22
Variações de causas pré-analíticas..................23
Dicas extras..................................................................25
Sequência de tubos..................................................26
Referências..................................................................27

ATENÇÃO!!!
Este material é de uso exclusivo daquele que o adquiriu. Portanto, fica
proibido o compartilhamento e/ou a comercialização do mesmo, visto que se
trata de um crime previsto no art.184 do código penal brasileiro, com pena
de 3 meses a 4 anos de reclusão ou multa
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Introdução
Essa é a área que muitos menosprezam, porém é aqui
que o fluxo começa. Por isso, precisamos dar a devida
atenção a esse setor mega importante do laboratório.

Esse manual de coleta não foi produzido apenas para


você ter noções de como fazer uma boa punção
sanguínea, mas também para você compreender que
um erro neste setor pode influenciar a vida de uma
pessoa.

Muitos erros e interferentes que acontecem no


laboratório ocorrem na fase pré-analítica, e a coleta
está inserida nisso, assim como: erro de identificação
do paciente, manuseio e armazenamento das amostras
inadequado, coleta em tubo incorreto e muitos outros
descritos neste material.

Cada tubo é uma vida!

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Materiais Utilizados
Agulhas e scalps de calibres variados

Tubos de Coleta

Antissépticos Gaze ou algodão

Seringa Garrote

Adaptador (a vácuo) Descarte de perfurocortante

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Procedimentos
1 - Preparar e/ou observar a solicitação de coleta
A solicitação de coleta do paciente deve conter:
Nome completo
Data de nascimento/idade
Nome do médico que solicitou os exames
Exames solicitados
Data e hora da realização da coleta

2 - Verificar a identificação do paciente


Antes de realizar a coleta é necessário que o flebotomista
(coletador) confirme se os dados do paciente estão
corretos e se o paciente é quem diz ser na solicitação,
conferindo sempre a partir de um documento oficial com
foto, exemplo: RG
Perguntar o nome do paciente. Se for criança, perguntar
para o responsável
Caso o paciente se encontrar dormindo, o mesmo deve ser
acordado para realização da coleta

3 - Conferir se paciente está de jejum


Perguntar se o paciente está de jejum ou se obedeceu as
recomendações necessárias para os exames solicitados
pelo médico

4 - Pegar os materiais necessários


Conferir quais tubos deverão ser utilizados
Selecionar o melhor calibre para a punção e escolher se a
coleta será a vácuo ou na seringa
Se certifique de que todos os materiais necessários estão
próximos

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5 - Conferir a identificação nos tubos


Hoje em dia, muitos laboratórios estão mais modernos e com
sistema de interfaceamento, onde após dar entrada na
solicitação dos exames é emitida uma etiqueta para cada
tubo com o nome do paciente, número de registro de controle
interno, exames solicitados e código de barras, utilizadas
como meio de identificação da amostra. Porém, ainda existem
laboratórios onde essa identificação dos tubos são manuais,
ou seja, com um auxílio de um pincel escrevemos o nome (ou
as iniciais do paciente) e um número de registro para controle
interno, geralmente de forma sequencial. Ex: 01, 02, 03, 04 etc.
Caso seja através de etiquetas, conferir se o nome do
paciente está correto
Se for manual, sempre identificar o tubo ANTES da
realização da coleta, para depois não acontecer de
esquecer de identificar o tubo e não lembrar de quem é
aquele sangue, ou ainda, trocar amostras.

6 - Acomodar o paciente
De preferência, a coleta deve ser realizada com o paciente
sentado em uma cadeira com apoio para os braços, ou
ainda, deitado.

7 - Aplicação do torniquete
O tempo de garroteamento não pode ultrapassar 1 minuto
Evitar posicionar o torniquete em áreas com queimaduras
ou ferimentos
Pacientes mastectomizadas (que já retiraram a mama)
não devem ter amostras coletadas no mesmo lado da
cirurgia, por conta da linfo-estase.

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Não coletar no mesmo braço o qual seja acesso para soro


ou medicamentos
O local mais indicado para realizar a punção é a fossa
antecubital, caso não seja acessível, pode-se optar por
coletar nas costas das mãos.

As veias cubital mediana são mais superficiais e menos


prováveis de atingir os nervos, caso a agulha seja
posicionada de forma inadequada. Por isso, é considerado
o local preferível para realização da punção.

A coleta deve ser interrompida se:


O paciente sentir choque elétrico;
Se houver formação de hematomas

As luvas devem ser trocadas a cada coleta realizada

8 - Realizar a antissepsia
Utilizando movimentos circulares, como em forma de
caracol, de dentro para fora

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REALIZAÇÃO DA PUNÇÃO
Coleta com sistema a vácuo

Posicionar o braço do paciente de forma que o sangue


flua de forma descendente
Enroscar corretamente a agulha ao adaptador (também
chamado de canhão)
Pedir para o paciente fechar as mãos e visualizar a veia
Segurar o braço do indivíduo com firmeza, e com o auxílio
do polegar "puxar" a pele para puncionar a veia escolhida
Comunicar o paciente que irá realizar a punção, para que
o mesmo não leve um susto
Formar um ângulo de 30º entre a agulha e o
antebraço, e realizar a coleta com o bisel
voltado para cima
Aguardar o sangue parar de escorrer completamente pelo
tubo, desconectar o tubo cheio e inserir o próximo.
(Seguindo a ordem correta de tubos). Lembre-se sempre
de remover o último tubo antes de retirar a agulha da
veia do paciente
Os tubos que possuem aditivos devem ser
homogeneizados corretamente e com movimentos suaves,
para que não ocorra hemólise

Pedir que o paciente abra as mãos assim que o


sangue começar a fluir

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Remover o garrote antes de remover a agulha da veia,


para que não haja extravasamento de sangue
Colocar gaze/algodão sobre a punção
Remover a agulha e descartar o material perfurocortante
no local devido

Agulhas não devem ser reencapadas,


quebradas ou reutilizadas

O paciente não deve dobrar o braço puncionado


O local da punção deve ser mantido pressionado até que
cesse o sangramento (o próprio paciente pode ficar
pressionando o local)

REALIZAÇÃO DA PUNÇÃO
Coleta com seringa e agulha

Observar se a agulha está devidamente encaixada na


seringa
Remover o ar e testar o êmbolo da seringa para frente e
para trás
Pedir para o paciente fechar as mãos e visualizar a veia
Segurar o braço do indivíduo com firmeza, e com o auxílio
do polegar "puxar" a pele para puncionar a veia escolhida
Comunicar o paciente que irá realizar a punção

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Realizar a punção com o bisel (aquele furo na ponta da


agulha) voltado para cima, formando um ângulo
aproximado de 30º
Manter a mão mais firme possível, para que a agulha não
atravesse a veia e atinja algum nervo próximo
Aspirar o sangue fazendo pouca pressão no êmbolo
Retirar o garrote quando o sangue estiver fluindo na
seringa
Transferir o sangue para os tubos pela parede do tubo, e
de preferência com os tubos em uma estante. Evite pegá-
los com as mãos
Homogeneizar os tubos que possuírem aditivos de forma
delicada, para não "quebrar" as células e causar hemólise
Remover o garrote antes de remover a agulha da veia,
para que não haja extravasamento de sangue
Colocar gaze/algodão sobre a punção
Remover a agulha e descartar o material perfurocortante
no local devido
O paciente não deve dobrar o braço puncionado
O local da punção deve ser mantido pressionado até que
cesse o sangramento (o próprio paciente pode ficar
pressionando o local)

Quando a coleta for na seringa, verifique


antes de quantos ml de sangue do
paciente será preciso, conforme a
quantidade de tubos de coleta
necessários para realização dos exames,
assim evitamos furar o mesmo paciente
mais de uma vez. Uma outra opção é
coletar com o auxílio de um scalp

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Tubos de Coleta
Tubos com EDTA
Tampa roxa/lilás
EDTA K2 (líquido ou pó)
EDTA K3 (líquido)
Utilizado na hematologia, preservam as células
sanguíneas, principalmente as plaquetas
Impedem a agregação plaquetária
Deve se homogeneizado delicadamente de 3 a 5
vezes (se K3), e de 5 a 8 vezes (se K2)
Armazenar em temperatura ambiente, protegido da
luz solar

Tubos com Citrato


Tampa azul
Utilizado principalmente para provas de coagulação,
pois evita a ativação das plaquetas
Ideal para testes de TAP (Tempo de Protrombina) e
TTPA (Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado)
Homogeneizar delicadamente de 3 a 5 vezes
Centrifugar por 15 min entre 3.000 a 3.500 rpm
Deve ser armazenado em temperatura ambiente,
baixa umidade e protegido da luz solar

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Tubos com Heparina


Tampa verde
Anticoagulante utilizado é sódio ou lítio heparina
Geralmente usado para exames bioquímicos e
enzimáticos
Bloqueia a ação da trombina e a formação da fibrina
Pode ser armazenado até 6h em temperatura
ambiente
Homogeneizar de 5 a 8 vezes delicadamente
Centrifugar por 10 min a 3.000 rpm
Armazenar em baixa umidade e protegido da luz
solar

Tubos com Fluoreto de Sódio


Tampa cinza
Fluoreto de sódio + EDTA
EDTA bloqueia o processo de coagulação sanguínea
e o Fluoreto atua como inibidor glicolítico
Utilizado geralmente para dosagem de glicose
Deve ser homogeneizado suavemente de 5 a 8 vezes
Centrifugar a 3.000 rpm por 10 min
Armazenar em baixa umidade, protegido da luz solar
e em temperatura ambiente

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Tubos ESR Citrato de Sódio


Tampa preta
Geralmente utilizado para realização do exame de
velocidade de hemossedimentação
O anticoagulante presente inibe a ativação das
plaquetas
Deve ser homogeneizado de 3 a 5 vezes suavemente
Armazenar em temperatura ambiente, protegido da
luz solar e baixa umidade

Tubos sem anticoagulante


Tampa vermelha
Possui ativador de coágulo para acelerar o processo
de coagulação
Utilizado principalmente para exames bioquímicos
Esperar pelo menos 10 min para o sangue coagular
Centrifugar por 10 min a 3.000 rpm, após coagulação
completa da amostra
Homogeneizar entre 5 a 8 vezes
Deve ser armazenado em temperatura ambiente,
baixa umidade e protegido da luz solar

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Tubos com Gel separador


Tampa amarela
Possui ativador de coágulo e gel separador
Indicado quando é necessário armazenar o soro por
um tempo prolongado
Utilizado para realização de testes bioquímicos
Em temperatura ambiente o sangue coagula por
volta de 30 min
Homogeneizar entre 5 a 8 vezes
A amostra deve estar completamente coagulada
para poder centrifugar
Centrifugar a 3.000 rpm por 10 minutos
Armazenar protegido da luz solar, baixa umidade e
temperatura ambiente
Em casos emergentes é possível acelerar o processo
de coagulação colocando as amostras em banho-
maria a 37ºC

Mini Tubos

Recomendações:
Amostras em mini tubos de EDTA precisam ser
utilizados em até 4h
Esperar pelo menos 30 min para usar as amostras
em mini tubos de soro (tampa vermelha/amarela)
Não agitar o mini tubo para homogeneizar a
amostra e o aditivo

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Os mini tubos geralmente são utilizados quando se trata de


coleta em pacientes pediátricos, ou com acesso bem
complicado, como por exemplo: paciente oncológicos

Antes de seguirmos, vamos para dois conceitos


importantes e que no início muitos confundem...

Soro X Plasma
Não contém anticoagulante Possui anticoagulante

- Soro - Plasma

- Gel separador (se houver) - Camada leucocitária

- Coágulo - Hemácias

Para obter o soro é necessário coletar a amostra em tubo


sem anticoagulante, aguardar coagular e depois centrifugar
por 15 min.
Para obter o plasma, precisamos do sangue em estado
líquido, logo... nesse caso coletamos em tubo com
anticoagulante e depois centrifugamos.

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Cuidados Pré-analíticos
Antes da centrifugação
Homogeneizar os tubos gentilmente nas quantidades
recomendadas no tópico "Tubos de Coleta"
Aguardar as amostras de soro coagularem (Temperaturas
baixas prologam o processo de coagulação)
De preferência, coletar as amostras destinadas a
dosagem de glicose no tubo de fluoreto (tampa cinza),
pois estes possuem maior estabilidade, garantindo as
concentrações de glicose estáveis por até 24h em
temperatura ambiente e/ou até 48h entre 4 a 8ºC

Transporte de amostras
As amostras devem ser enviadas para os setores
responsáveis o mais rápido possível dentro de contêineres
de plástico adequados
Os tubos com as amostras precisam ser condicionados
tampados e na posição vertical (em pé)

Centrifugação
Se certificar de que as amostras de soro estão totalmente
coaguladas antes de centrifugar
Verificar se todos os tubos estão tampados
Equilibrar os tubos para evitar a quebra das amostras, de
acordo com: volume, material e tipo de tampa. Ex: Tubo de
plástico com tubo de plástico
Verificar se a centrífuga fechou adequadamente
Realizar manutenção e calibração das centrífugas
periodicamente

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Rejeição de Amostras
Critérios para rejeitar uma amostra

Transporte inadequado
Identificação incorreta
Volume de amostra insuficiente
Tubo de coleta incorreto
Amostras hemolisadas
Amostras coaguladas (quando não devem estar)
Amostras congeladas
Armazenamento inadequado

Evite ao máximo fazer recoleta, os pacientes não


suportam ter que voltar no laboratório para
serem furados de novo

Lembre-se:
Cada tubo é uma vida, é a mãe de alguém, é o pai de alguém,
é o filho de alguém, é o avô de alguém, é a irmã de alguém!

A coleta é uma parte fundamental dentro do laboratório, se


ocorre um erro na sala de coleta isso pode influenciar o
resultado do exame lá na frente.

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Outros cuidados
Como evitar hematoma
Inserir a agulha na veia corretamente
Tirar o garrote do paciente antes de remover a agulha
Puncionar as veias principais
Manter a mão firme e estável durante a coleta
Pressionar o local puncionado até que o sangramento
cesse

Como evitar hemólise


Deixar o álcool secar completamente antes de puncionar a
veia
Evitar usar agulhas de menor calibre (Escolher as de
menor calibre apenas quando a veia do paciente for bem
fina)
Não coletar em áreas que tenha presença de hematomas
Respeitar a proporção do sangue/aditivo dos tubos
Em coletas com seringa, observar se a agulha está bem
encaixada na seringa (evitando espumas)
Não espetar a agulha na tampa do tubo para transferir o
sangue para o tubo (*além de causar hemólise, isso pode
danificar os equipamentos automatizados)
Não agitar vigorosamente os tubos de coleta
Não deixar as amostras em contato com o gelo

Os principais exames afetados pela presença de hemólise são:


AST Troponina
ALT Ferro
LDH T4
Potássio

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Coletas especiais
Coleta em Pediatria
Escolher agulhas de menor calibre
Dar preferência a scalps e mini tubos
Manter a mão firme de forma que
evite de a agulha mudar de posição
Peça ao pai/responsável que segure
a criança no colo de modo que a
mesma não realize movimentos
bruscos, como por exemplo: chutar o
flebotomista
Coleta em Geriatria
Escolher agulhas de menor calibre
Dar preferência a scalps e mini tubos
Manter a mão firme de forma que
evite de a agulha mudar de posição
A pele de pacientes idosos tende a
ser mais flácida, tornando a coleta
ainda mais dificultosa. Uma dica é
puxar delicadamente as laterais do
local da punção, para que a pele
fique mais "esticada", pois isso
facilitará na hora de puncionar

Coleta em Pacientes Queimados


Escolher agulhas de menor calibre
Dar preferência a scalps e mini tubos
Se não for possível encontrar uma
veia íntegra, pode-se optar por
realizar uma punção capilar, com
lanceta

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Coleta de Hemocultura
PROCEDIMENTO PARA COLETA FECHADA
(COM SCALP E ADAPTADOR)
Para evitar acidentes com
perfurocortantes

Verificar se as garrafas de hemocultura estão bem


preservadas e dentro da data de validade

Realizar a antissepsia no local da punção com


movimentos circulares de dentro para fora
Esperar secar naturalmente e não tocar na mais na
área, nem assoprar para secar o álcool mais rápido
Tirar as tampas das garrafas de hemocultura e realizar
a antissepsia dos frascos de hemocultura
Preparar todo o material necessário para realização da
coleta
Adaptar o scalp ao adaptador, se certificando que foi
bem rosqueado

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Puncionar segurando as asas do scalp

Deixar a garrafa na posição vertical


Ajustar e pressionar o adaptador sobre a tampa de
borracha da garrafa para realização do furo
Observar o fluxo de sangue e coletar apenas o volume
necessário
Retirar o adaptador da garrafa de hemocultura
Ajustar e pressionar o adaptador na segunda garrafa
Coletar o volume desejado
Remover o adaptador
Quando o último frasco for preenchido, remover a
agulha do local da punção
Pressionar o local puncionado até que cesse o
sangramento
Identificar os frascos com todas as informações
necessárias do paciente
Descartar os materiais utilizados no descarte indicado
para cada tipo

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Coleta de Gasometria
PROCEDIMENTO
Identificar o paciente: nome completo, idade, sexo, número
do registro
Anotar: data e hora da coleta, temperatura do paciente,
frequência respiratória, local da punção, posição ou
atividade (se em repouso ou após práticas de exercícios
físicos)
Informar o paciente sobre o procedimento o qual o mesmo
será submetido
O paciente deve estar em uma condição ventilatória
estável
Usar seringas preparadas de preferência com heparina de
lítio (o anticoagulante em excesso pode causar diluição da
amostra, resultando em resultados que não condizem com
o real estado do paciente)
Locais de punção para obtenção da amostra arterial:
artérias radial, braquial ou femural. Em pacientes
pediátricos é possível realizar a coleta pelas artérias do
couro cabeludo ou umbilicais (nas primeiras horas de vida,
entre 24 a 48h)
Após a realização da punção, descartar a agulha, remover
o ar e verificar se há presença de coágulos
Vedar a ponta com dispositivo oclusor
Homogeneizar a seringa delicadamente, rolando entre as
mãos (na posição vertical)

Enviar para análise no gasômetro em até 15 minutos

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Variações de Causas
Pré-analíticas
Variação Cronobiológica
Fenômenos que variam de acordo com o dia e/ou tempo,
exemplos:
Coletas realizadas a tarde podem apresentar resultados
mais baixos do que os obtidos de manhã
Em dias quentes, o nível das proteínas é geralmente
mais elevado

Gênero
De acordo com o sexo, alguns parâmetros sanguíneos e
urinários podem apresentar variações
Diferenças metabólicas
Diferenças da massa muscular
Intervalos de referência podem ser diferentes do homem
para mulher

Idade
Dosagens bioquímicas possuem níveis que dependem da
idade do paciente, devido a fatores como: maturidade
funcional dos órgãos e massa corporal
Fosfatase alcalina apresenta níveis bem mais elevados na
infância e na adolescência
Crianças apresentam uma quantidade de linfócitos bem
maior comparadas a um adulto

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Postura
A mudança repentina na postura corporal do indivíduo
também pode causar variações, devido ao afluxo de água
e outros elementos do espaço intravascular para o
intersticial.
A dosagem de albumina, colesterol, hematócrito e
leucócitos são algumas das concentrações que podem
apresentar níveis sobrestimados

Atividade Física
O esforço físico pode acarretar a elevação da atividade
sérica de algumas proteínas, e esse aumento pode
permanecer por até 24 horas após a realização da
atividade física, por este motivo, é preferível que o
paciente vá ao posto de coleta sem ter realizado
atividades físicas no dia anterior.
Uma das dosagens que sofre essa influência é a
creatinoquinase (CK)

Jejum
Não são todos os exames que necessitam de jejum, porém
para ter uma padronização e evitar a presença de turbidez
na amostra que possa interferir em determinadas
metodologias é preferível que o paciente realize a coleta
de sangue em jejum de pelo menos 8 horas.
Evitar coletas após jejum prolongado
Crianças de pequena idade podem coletar sangue com
apenas uma ou duas horas de jejum

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Dicas extras
Se o paciente estiver muito nervoso, acalme ele
antes de realizar a punção e explique o passo a
passo do procedimento da coleta
Aplique o garrote aproximadamente quatro dedos
acima do local que será puncionado
A veia do paciente é boa? Utilize agulhas de maior
calibre, pois assim você terá um melhor fluxo
sanguíneo
Puncionou e o sangue não veio? hmm... verifique se
a agulha está de fato dentro da veia. De duas, uma,
ou você ultrapassou a veia, ou nem se quer chegou
nela. Para saber, insira a agulha um tiquinho mais
pra dentro ou volte um pouco, trazendo a agulha
um pouco mais para fora. Na pior das hipóteses,
você vai precisar furar o paciente novamente.
Geralmente, a gente ouve e/ou sente um "tuk"
quando atingimos a veia corretamente e
observamos o sangue fluir
Coloque o braço do paciente sempre levemente
inclinado para baixo

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Sequência de Tubos
Frascos para Hemocultura

Tubos com Citrato

Tubos para soro

Tubos com Heparina

Tubos com EDTA

Tubos com Fluoreto

Essa é a sequência para coleta em sistema a vácuo,


lembrando que você vai seguir essa ordem conforme a
solicitação do paciente, supondo que é apenas hemograma e
lipidograma, você vai coletar na ordem: tubo para soro e em
seguida o tubo com EDTA.

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Referências
Literaturas consultadas:
Manual de Coleta em Laboratório Clínico. 3ed, PNCQ, 2019

Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina


Laboratorial para coleta de sangue venoso. 2ed. São Paulo: Minha Editora,
2010

Links consultados:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0108tecnicas_sangue.pdf

https://kasvi.com.br/coleta-de-sangue-boas-praticas/

https://www.mobiloc.com.br/blog/tipos-coleta-sangue/

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