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MENSAGEM DO SECRETÁRIO

Prezado Educando,

A inserção no mercado de trabalho tem sido um grande desafio. Diante das atribuições
do mundo tecnológico, as exigências por multifunções têm aumentado, logo a
necessidade de capacitação e profissionalização também tem crescido. A qualificação
profissional surge como uma ferramenta fundamental na busca por conhecimento e
consequentemente na construção de uma carreira profissional positiva.

Apesar do cenário adverso, o Pará é líder na geração de empregos entre os estados da


região Norte, com destaque para os setores do comércio, serviço, indústria e construção
civil. Em 2021 foram mais de 70mil empregos gerados.

É pensando em você que o Governo do Estado lança o “Qualifica Pará”, programa de


qualificação que oferecerá uma gama de cursos profissionalizantes, voltados à formação
e ao aprimoramento de habilidades, que possibilitem aos trabalhadores atendidos, a
execução com maior qualidade de funções específicas demandadas em nosso estado.
Estamos felizes com a sua participação em um de nossos cursos. Sabemos o quanto é
importante a capacitação profissional para quem busca uma oportunidade de trabalho ou
pretende abrir o seu próprio negócio.

Cabe a cada aluno a busca pelo diferencial, pelo destaque, olhar competitivo, a procura
por novas tendências de mercado e o olhar atento para que possam, desta forma,
alcançar chances reais de trabalho, emprego e renda.

Cabe a nós, gestão pública, sermos os facilitadores, os indutores do processo de


qualificação e formação dos trabalhadores. Temos a certeza que iremos lhe proporcionar
muito mais que uma formação profissional de qualidade. O curso será o seu passaporte
para a realização de sonhos ainda maiores.

Sucesso!
Inocêncio Renato Gasparim
Secretário de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda

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APRESENTAÇÃO

O presente Curso pertence a uma das etapas do Plano Estadual de


Qualificação Social e Profissional do Pará – PQSP/PA cujo objetivo é promover
qualificação social e profissional das pessoas, em situação de vulnerabilidade,
oportunizando, assim, sua inserção ou reinserção, no mercado de trabalho.
O referido material didático foi construído e organizado, a fim de proporcionar-
lhe todo embasamento teórico e prático, para que, durante as aulas, seja objeto de
pesquisa ao qual você possa recorrer, auxiliando em seu processo de aprendizagem
e contribuindo para o desenvolvimento de suas habilidades na área.
Ressaltamos que os conteúdos aqui apresentados servem como ponto de
partida dentro do universo do conhecimento necessário para o exercício da atividade
em questão, e foram elaborados com objetivo de despertar em você a busca por
novos aprendizados.
Este Curso tem carga horária total de 200 (duzentas) horas, e está dividido em
dois módulos de execução: Módulo I – Conhecimentos Sociais com carga horária
igual a 20% da carga horária total do curso, no qual serão abordadas as seguintes
temáticas: Política Estadual de Trabalho, Emprego e Renda do Estado do Pará;
Relações interpessoais; Elaboração de Currículo e Entrevista de Emprego; Valores
Humanos: Ética e Cidadania; Saúde e Segurança no Trabalhado; Educação
Ambiental; Higiene e Promoção da Qualidade de Vida e Gestão de Pequenos
Negócios; e Módulo II – Conhecimentos Específicos com carga horária de 80% do
total previsto para o Curso, cujos conteúdos apresentados, referem-se àqueles
necessários para a formação profissional inicial por você escolhida e que serão
desenvolvidos de forma teórica e prática.
Esperamos que este curso contribua de forma efetiva para o alcance de seus
objetivos por meio do compartilhamento de experiências sociais e profissionais ao
longo de suas fases de execução. Contamos com o seu melhor aproveitamento,
durante o período de realização das atividades, e que, em um futuro bem próximo,
você possa aplicar os conhecimentos aqui adquiridos, conquistando seu lugar no
mercado de trabalho.
Um pequeno passo pode mudar o mundo.
Seja a mudança!
Bons Estudos
Equipe ABRADESA

SUMÁRIO

MÓDULO I – CONHECIMENTO SOCIAL ........................................................... 4

1. POLÍTICA ESTADUAL DE TRABALHO, EMPREGO E RENDA DO ESTADO


DO PARÁ .................................................................................................. 4

1.1. A Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda – SEASTER


................................................................................................................... 5

1.2. Plano Estadual de Qualificação Social e Profissional do Pará – PQSP/PA 5

2. RELAÇÕES INTERPESSOAIS ................................................................. 6

3. ELABORAÇÃO DE CURRÍCULO E ENTREVISTA DE EMPREGO ......... 7

3.1. A Entrevista de Emprego – O que fazer e não fazer .................................. 9

3.2. 10 Pontos Importantes ............................................................................... 9

3.3. O que não falar! ....................................................................................... 10

4. VALORES HUMANOS: ÉTICA E CIDADANIA ....................................... 11

5. SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO ............................................. 12

5.1. Saúde do Trabalhador no Ambiente de Trabalho .................................... 12

5.2. Prevenção de Acidentes de Trabalho ...................................................... 14

6. EDUCAÇÃO AMBIENTAL ...................................................................... 17

7. HIGIENE E PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA............................. 19

8. GESTÃO DE PEQUENOS NEGÓCIOS .................................................. 17

8.1. Empreendedorismo .................................................................................. 21

8.2. Associativismo e Cooperativismo ............................................................ 24

8.3. Liderança e Gestão .................................................................................. 26

8.4. Dicas para a Gestão de Pequenos Negócios .......................................... 27

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MÓDULO I: CONHECIMENTO SOCIAL

1. POLÍTICA ESTADUAL DE TRABALHO, EMPREGO E RENDA DO ESTADO


DO PARÁ
1.1. A Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda –
SEASTER

A Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda


(SEASTER) foi criada, inicialmente, com o nome de Secretaria de Estado de
Assistência e Desenvolvimento Social (SEDES) pela Lei Estadual nº 7.028, de 30 de
julho de 2007, modificada para SEASTER, de acordo com a Lei Nº 8.096, de 1º
janeiro de 2015.
A construção da Política Estadual de Trabalho, Emprego e Renda no Pará tem
por base as Competências legais conferidas à Secretaria de Assistência Social,
Trabalho, Emprego e Renda – SEASTER em cumprimento à sua missão
institucional de:
Promoção, com qualidade e efetividade, do desenvolvimento
social, garantindo aos cidadãos, especialmente aos grupos da
população em situação de vulnerabilidade social, o direito e
acesso à assistência social, segurança alimentar e nutricional e
a promoção do trabalho, emprego e renda.

No âmbito das políticas públicas de Trabalho, Emprego e Renda, cabe à


SEASTER:
 Formular, coordenar, acompanhar e avaliar a Política Estadual de
Trabalho, Qualificação Profissional, Emprego e Renda do Estado;
 Estabelecer diretrizes para a política governamental nas áreas de
geração de emprego e de renda;
 Fomentar a geração de emprego e renda no âmbito estadual, visando
garantir consistência e amplitude à Política Estadual de Trabalho,
Emprego e Renda;
 Promover e supervisionar o processo de qualificação de mão de obra
sob a responsabilidade do Governo do Estado do Pará;
Módulo I – Conhecimento Social _____________________

 Apoiar, organizar e fomentar as iniciativas de produção familiar,


comunitária, as atividades econômicas orientadas e organizadas pela
autogestão.
Assim sendo, a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego
e Renda – SEASTER como responsável pela execução da Política Estadual de
Trabalho, Qualificação Profissional, Emprego e Renda no estado do Pará, têm como
um de seus projetos prioritários o Plano Estadual de Qualificação Social e
Profissional – PQSP/PA.

1.2. Plano Estadual de Qualificação Social e Profissional do Pará – PQSP/PA


Lançado em novembro de 2015, o Plano Estadual de Qualificação Social e
Profissional – PQSP/PA tem como objetivo o atendimento às demandas quantitativa
e qualitativa de mercado de trabalho. Desde então, a SEASTER, vem desenvolvendo
a Política de Trabalho e Emprego no estado do Pará e, com esta prerrogativa,
absorveu as ações da extinta SETER.

Frente ao desafio de qualificar profissionais dos diversos segmentos da


economia em nosso estado, o projeto se utiliza de metodologias e ferramentas
pedagógicas apropriadas ao desenvolvimento de capacidades profissionais, no
ensejo de alcançar a inserção profissional de trabalhadores no mercado de trabalho, e
nivelar suas potencialidades, gerando renda e novas oportunidades de trabalho,
buscando a melhoria da qualidade dos serviços no estado, em articulação com outros
programas sociais de desenvolvimento, na perspectiva de contribuir para a redução
da pobreza e das desigualdades sociais e assim, promover a inclusão social através
do trabalho.

O PQSP é um instrumento voltado para a integração das políticas públicas de


qualificação, onde os participantes serão preparados para situações de prática
profissional, levando em consideração a relação entre experiência e aprendizagem no
desenvolvimento de pessoas e grupos. É importante destacar que a qualificação
social e profissional se define no PQSP-PA, como sendo uma ação de educação
profissional de caráter includente, e que contribui para a inserção e atuação cidadã no
mundo do trabalho. Apresenta-se com cursos de até 200 horas, que capacitam,
aperfeiçoam e atualizam o trabalhador com diferentes níveis de escolaridade, focando
nos aspectos práticos da profissão, voltados para empregabilidade.
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Neste sentido, destacamos os Projeto Especiais, que se caracterizam como um
espaço de integração das políticas de desenvolvimento, inclusão social e trabalho (em
particular, intermediação de mão de obra, geração de trabalho e renda e economia
solidária), em articulação direta com oportunidades concretas de inserção do
trabalhador no mundo produtivo, estruturado com base no planejamento participativo
que envolve agentes governamentais, empresariais e trabalhadores, dando particular
atenção ao diálogo permanente com a sociedade civil organizada.

São parceiros do PQSP-PA os órgãos de Governo do Estado, o Conselho


Estadual do Trabalho Emprego e Renda, as Comissões Municipais de Emprego e os
municípios prioritariamente selecionados para o desenvolvimento do projeto.
A Política de Trabalho Emprego e Renda implementada através do Plano de
Qualificação Social e Profissional– PQSP/PA baseia-se em 4 eixos:

 Recepção ao benefício do Seguro Desemprego;


 Qualificação Social e Profissional;
 Intermediação para o Trabalho e Emprego;
 Empreendedorismo e Economia solidária.

O PQSP vincula-se a outros programas sociais de desenvolvimento, na


perspectiva de contribuir para a redução da pobreza e das desigualdades sociais e
assim promover a inclusão social através do trabalho.

2. RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Com certeza você já deve ter ouvido falar em
relacionamento interpessoal. Uma expressão muito
usada no meio corporativo e é de extrema
importância para o sucesso de uma empresa.

Relacionamento interpessoal refere-se à


interação entre pessoas, grupos e times, seja ele no meio profissional, pessoal ou
familiar. Um termo usado pela sociologia e psicologia para definir qualquer tipo de
relação entre duas ou mais pessoas.
Módulo I – Conhecimento Social _____________________

Embora o ser humano seja um ser sociável, todo relacionamento é complexo,


pessoas são diferentes, agem, pensam e comportam-se de forma diferente. E em um
contexto competitivo, como o ambiente de trabalho, esses fatores são ainda mais
agravantes, pois refletem diretamente nos resultados e performance da empresa e do
profissional.

Embora a expressão “relacionamento interpessoal” não seja comum na


definição das relações que cultivamos entre amigos, familiares e afetivos, no meio
corporativo este conceito é abordado desde a década de 70, quando as empresas
notaram que o clima organizacional influencia na lucratividade do negócio, exercendo
impacto direto na produtividade e na capacidade de inovação de seus colaboradores.
O clima organizacional influencia o comportamento de seus profissionais que, quando
positivo, pode aumentar a produtividade e lucratividade do negócio, assim como a
motivação, bem-estar e satisfação do profissional, mas, quando negativo pode
prejudicar – e muito – o desempenho e qualidade de vida do profissional e os
resultados da empresa.

Assim, é imprescindível que as empresas e profissionais estejam atentas à


qualidade de seus relacionamentos interpessoais. O comportamento de um
profissional e a forma com que ele se comunica e relaciona com sua equipe pode ser
um fator determinante para o sucesso ou o fracasso de uma empresa.

3. ELABORAÇÃO DE CURRÍCULO E ENTREVISTA DE EMPREGO


Quem busca por uma colocação no mercado ou por novas
oportunidades profissionais precisa estar atento na hora de redigir
o currículo. Porta de entrada do candidato para o mercado de
trabalho, ele deve ser objetivo, conter informações sobre as
experiências do profissional e estar de acordo com o cargo a que
se destina. Além disso, deve ter estrutura limpa, bem organizada e
passar por minuciosa revisão antes de ser enviado.
Você sabe o que não pode faltar em um bom currículo? E o que é
dispensável? Habilidades, pontos positivos, formação acadêmica. Confira algumas
dicas de como elaborá-lo de forma clara para aumentar as suas chances de ser
selecionado.

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 Dados Pessoais: Nome completo, idade e estado civil devem aparecer logo no
início do documento. É fundamental incluir também telefone e e-mail para que
a empresa possa contatá-lo facilmente;
 Objetivo: Seu objetivo profissional deve ser descrito em apenas uma linha,
abordando somente o cargo e a área de interesse. Evite indicar mais de uma
área em um mesmo currículo;
 Formação acadêmica: Coloque o nome da instituição de ensino, curso e datas
de início e término dos cursos que frequentou, apresentando-os por ordem de
importância (pós-graduação, graduação etc.). Cursos técnicos só devem ser
citados se tiverem relação com a área pretendida ou se você não possuir curso
de graduação;
 Experiência profissional: Mencione nome da empresa, cargo, período de
atuação e suas atribuições de forma sucinta. Mas esteja atento para a
descrição das atividades desenvolvidas, pois é através deste item que o
selecionador conhecerá o seu potencial. Coloque-as, se possível, em forma de
itens para facilitar a avaliação;
 Idiomas: Cite apenas o idioma e o nível de conhecimento que possui. Se você
estiver estudando algum, deixe isso claro no currículo. Lembre-se que se for
necessário para o cargo, você será testado e deverá comprovar o nível
declarado;
 Informática: Coloque o nível real de seu conhecimento técnico das
ferramentas de informática e internet. Seja sincero, pois quando as vagas
necessitam de algum programa específico, testes podem ser aplicados;
 Cursos: Cite apenas os cursos relacionados à área de interesse. Coloque o
tema e o nome das instituições onde foram realizados.

Lembre-se:
- O currículo deve ter, no máximo, duas páginas com as informações
necessárias para o cargo;
- Coloque foto somente se for exigência para a vaga desejada. Neste
caso, ela deve ser 3×4, ter boa qualidade e priorizar uma postura profissional;
- Para quem busca o primeiro emprego, vale ressaltar no currículo as
experiências na faculdade, estágios, cursos, trabalhos voluntários, habilidades
e aptidões.
Módulo I – Conhecimento Social _____________________

3.1. A Entrevista de Emprego – O que fazer e não o que fazer

Dois itens importantes para uma entrevista de emprego são: preparação e


confiança, porém existem outros. Faz parte dessa preparação a coleta de todas as
informações complementares que lhe possa ser útil durante o processo da entrevista.
A entrevista de emprego é a ocasião em que o recrutador tem para conhecer os
candidatos às suas vagas em aberto. É nessa hora que serão confirmados todos os
dados expostos no currículo e serão obtidos detalhes do
perfil e da experiência dos interessados na vaga.
Essa conversa frente a frente pode ser uma aliada, mas
também pode prejudicar o candidato. Por isso, é preciso
tomar cuidado com o que se fala e com a imagem
transmitida. Falar pouco é um problema. Mas falar
demais pode ser ainda mais perigoso. Certos assuntos não devem, de forma alguma,
ser discutidos durante a entrevista. Outros são extremamente importantes e agregam
pontos ao candidato.

3.2. 10 Pontos Importantes

i. SEJA PONTUAL: Quando for chamado à entrevista, confirme a data e o


horário, assim como o local. Você deve planejar chegar ao local cerca de meia
hora antes do horário combinado. E se você, por alguma razão que fuja ao seu
controle perceber que não será capaz de cumprir o horário estabelecido, a
melhor solução é ligar informando com antecedência sobre o imprevisto;
ii. VESTIMENTA: Vista-se de modo profissional, com uma roupa discreta, mas
elegante. Caso conheça a cultura da empresa, informal ou formal, vista-se de
acordo. Mantenha seu cabelo asseado, não chegue mascando chiclete, com
cheiro de cigarro ou bebida, muito menos impregnado com perfumes de cheiro
exagerado;
iii. CONCENTRE-SE NO QUE VEIO FAZER: Fique concentrado na entrevista a
pior coisa do mundo é pedir que o entrevistador repita algo apenas para você;
iv. PRONTO CHEGUEI: Ao chegar ao local assegure-se de que a recepcionista
está ciente da sua presença. Dirija-se à recepção e educadamente informe seu
nome, e o motivo da sua visita;
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v. SEJA ORGANIZADO: Se lhe for solicitado certificados de conclusões de
cursos, referências, e outros itens, tenha-os em mãos antes do dia marcado
para a entrevista. Com isso estará precavido contra imprevistos;
vi. FIQUE ATENTO À PRIMEIRA IMPRESSÃO: A primeira impressão é a que
fica. Assim, seja discreto e ao mesmo tempo sociável; observe seus gestos,
como se expressa, como se porta;
vii. ESTEJA PRECAVIDO CONTRA IMPREVISTOS: Pesquise e estude alguns
exemplos de questões normalmente levantadas durante as entrevistas. Por
isso mesmo, antes do dia marcado, revise tudo, documentos, horários. Vale
treinar com um amigo ou familiar isso te deixará mais tranquilo;
viii. DESCANSE BEM NA VÉSPERA: Assegure-se de ter uma boa noite de sono
antes da entrevista. Lembre-se, um corpo cansado não é capaz de suportar, ou
enfrentar da forma adequada, situações de estresse;
ix. ESCOLHA BEM SUAS REFERÊNCIAS PESSOAIS: Peça autorização prévia
das pessoas que usará como referência. Assegure-se de que elas falarão bem
de você quando solicitadas. Não indique antigos desafetos profissionais como
referência. Algumas empresas checam a situação financeira e avida social do
candidato;
x. PRATIQUE: Pratique, avalie seus gestos e formas de expressão e tente
melhorar para não parecer artificial demais. Nunca minta, um recrutador
experiente irá descobrir facilmente.
xi.
3.3. O que não falar!

 Não faça comentários pessoais sobre a empresa ou o chefe


anterior. Ex.: “Meu chefe era incompetente”. Atenha-se a
informações formais, como atribuições do cargo que ocupa e
trabalhos desenvolvidos
 Não demonstre falta de interesse na vaga quando perguntado
sobre o porquê quis participar do processo – isso vai prejudicá-lo na seleção;
 Nunca coloque em questão a idoneidade da empresa. Fazer comentários que
indicam insegurança com relação aos serviços oferecidos pela empresa é um
erro incorrigível;
Módulo I – Conhecimento Social _____________________

 Não questione o selecionador sobre costumes internos da empresa, como


emendas de feriados, por exemplo. Esse tipo de questionamento pode
transmitir uma imagem de profissional pouco comprometido com o trabalho ou
desinteressado.

4. VALORES HUMANOS, ÉTICA E CIDADANIA


Valores é o conjunto de características de uma determinada pessoa ou
organização, que determinam a forma como se comportam e interagem com outros
indivíduos e com o meio ambiente. A palavra valor pode significar merecimento,
talento, reputação, coragem e valentia.
Assim, podemos afirmar que os valores humanos, são valores morais que
afetam a conduta das pessoas. Esses valores morais podem também ser
considerados valores sociais e éticos, e constituem um conjunto de regras
estabelecidas para uma convivência saudável dentro de uma sociedade.
Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A
palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter.
Cidadania significa o conjunto de direitos e deveres pelo qual o cidadão, o
indivíduo está sujeito no seu relacionamento com a sociedade em que vive. O termo
cidadania vem do latim, civitas e quer dizer “cidade”. A cidadania pode ser dividida em
duas categorias: cidadania formal e substantiva.
A cidadania formal é referente à nacionalidade de um indivíduo e ao fato de
pertencer a uma determinada nação. A cidadania substantiva é de um caráter mais
amplo, estando relacionada com direitos sociais, políticos e civis.
A ética e a moral têm uma grande influência na cidadania, pois dizem
respeito à conduta do ser humano. Um país com fortes bases éticas e morais
apresenta uma forte cidadania.
O que é ética e o que é moral? Veja a seguir:
 MORAL – Refere- se às normas e leis que regem uma sociedade. Ela muda de
local para local, de época para época e de cultura para cultura;
 ÉTICA - se refere ao meu comportamento em relação com o outro, se o que eu
faço é bom tanto para mim quanto para o outro, estou sendo ético.

Ética Moral

Não assassinar Ajudar quem precisa.

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Doar aquilo que você já
Não violentar pessoas
não mais usa.
Não cometer corrupção. Economizar água

5. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO1


Segurança e saúde no trabalho estão interligadas e atuam diretamente nas
condições em que o colaborador labora. Essa dinâmica acontece, sobretudo, porque
tanto uma quanto a outra apresentam um objetivo em comum: a proteção e a
promoção do bem-estar — fundamentais para a qualidade de vida.
Apesar da conexão entre as duas, segurança e saúde são ciências diferentes,
ou seja, cada uma possui seus instrumentos de intervenção. Ambas, porém, são
igualmente reguladas pelas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho.

5.1. Saúde do Trabalhador no Ambiente de Trabalho


Quando falamos em segurança no trabalho, estamos nos referindo às medidas
que devem ser adotadas para se preservar o bem-estar do trabalhador e proteger a
sua vida de possíveis acidentes no ambiente laboral. A segurança, portanto, tem
natureza preventiva — e este é o seu traço mais característico.
Desse modo, são medidas de segurança:
 A preocupação com as instalações, para que não apresentem riscos de
acidentes;
 A orientação sobre os procedimentos adotados para impedir situações
de risco;
 A indicação de práticas seguras, com metodologias mais adequadas e
os equipamentos de proteção necessários para cada atividade.

Essas atribuições — analisar, orientar e decidir sobre segurança no trabalho —


são restritas ao Engenheiro de Segurança do Trabalho e ao Técnico em Segurança
do Trabalho. O principal documento para a elaboração de medidas de segurança da
empresa é o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais — o famoso PPRA, cuja
realização e implementação são obrigatórias de acordo com Norma Regulamentadora
n.º 9 (NR9) da Legislação Trabalhista.

1
Disponível em: http://blog.volkdobrasil.com.br/noticias/seguranca-e-saude-no-trabalho-entenda-a-
relacao-entre-elas
Módulo I – Conhecimento Social _____________________

O PPRA é um instrumento valioso para a segurança no ambiente laboral. Isso


porque ele traz recomendações para a prevenção dos riscos ambientais existentes
em cada função da empresa, incluindo os agentes físicos, químicos e biológicos,
reconhece, avalia e controla os riscos por meio da minimização dos agentes
causadores, quando possível, ou pela recomendação do uso de Equipamentos de
Proteção Coletivos ou Individuais (EPCs e EPIs).
Outro mecanismo que auxilia na manutenção da segurança no ambiente de
trabalho é a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), constituída por
membros representantes dos empregados, eleitos por meio de votação secreta dos
colaboradores e, também, por membros representantes dos empregadores. Algumas
das atribuições da Comissão são:
 Identificar riscos de processo nas variadas funções da empresa;
 Elaborar um plano de trabalho com ações preventivas de segurança;
 Implementar medidas de prevenção de riscos;
 Avaliar prioridades de ações no ambiente de trabalho;
 Fazer vistorias periódicas em todos os setores da empresa, com intuito
de atualizar o plano de ações preventivas de segurança.
Além dessas, uma das atribuições mais importantes da CIPA é realizar
anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT),
prevista pela Norma Regulamentadora n.º 5 (NR5) da Legislação Trabalhista. O
principal objetivo da SIPAT é promover a reflexão e a conscientização acerca da
segurança no trabalho.

5.2. Prevenção de Acidentes de Trabalho

a) A Saúde no Trabalho
A saúde no trabalho, por sua vez, está diretamente relacionada às possíveis
doenças ocupacionais e profissionais. Mais do que isso, ela também diz respeito à
preservação da qualidade de vida do trabalhador, considerando sua saúde física,
mental e social.
A saúde no trabalho deve incluir a avaliação da capacidade laborativa do
funcionário e suas condições de saúde ao iniciar suas atividades na empresa, assim
como ao sair. Esse objetivo é alcançado por meio da realização de:
 Exames ocupacionais admissionais;

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 Exames ocupacionais periódicos;
 Exames ocupacionais de mudança ou retorno de função;
 Exames ocupacionais demissionais.

Essas avaliações geralmente incluem uma análise clínica, uma audiometria


tonal e exames laboratoriais específicos, dependendo dos riscos ambientais de cada
função. Tudo isso está previsto no Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO), o mais importante instrumento para a manutenção da saúde
no trabalho, cuja execução está prevista na Norma Regulamentadora n.º 7 (NR7) da
Legislação Trabalhista.

O PCMSO é de elaboração e implementação obrigatória para todas as


empresas com pelo menos um funcionário, e deve ser atualizado todos os anos.
Quem realiza este programa são os Médicos do Trabalho ou outras pessoas capazes
de desenvolver o que está previsto na NR7, de acordo com o SESMT.

Outro importante documento da saúde no trabalho é a Análise Ergonômica,


estabelecida pela Norma Regulamentadora n.º 17 (NR17), que tem como principal
objetivo identificar as funções e os objetos do profissional, observando a existência de
riscos ergonômicos, a avaliação dos níveis de ruídos, de luminosidade e de
temperatura do ambiente que podem afetar a saúde dos funcionários.

b) A Relação entre Segurança e Saúde no Trabalho


Segurança e saúde no trabalho atuam juntas e se complementam, buscando
garantir um ambiente profissional melhor, mais seguro e mais saudável. E agora que
você já sabe quais são as atribuições de cada uma, vamos comentar sobre a
dinâmica existente entre elas.

Para começar, é a partir da junção entre segurança e saúde no trabalho que a


empresa garante uma série de vantagens, como:

 Redução dos riscos de acidentes de trabalho;


 Promoção de um ambiente mais adequado ergonomicamente;
 Redução dos casos de doenças ocupacionais;
Módulo I – Conhecimento Social _____________________

 Estabelecimento de melhores condições físicas e psicológicas de


trabalho para os colaboradores;
 Aumento da organização da empresa com a elaboração de planos de
riscos;
 Diminuição dos gastos com pagamento de multas ou indenizações
devido ao descumprimento de normas trabalhistas;
 Aumento da qualidade de vida no ambiente de trabalho e, com isso,
maior produtividade por parte dos colaboradores.

Esses objetivos, não podem ser alcançados se não forem obedecidas as


Normas Regulamentadoras previstas na Consolidação das Leis de Trabalho (CLT).
Atualmente, existem 36 NRs aprovadas na legislação, sendo que as mais importantes
para a segurança e saúde no trabalho são:
 NR5, que prevê a formação de uma Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA);
 NR6, que torna obrigatório o uso de Equipamentos de Proteção
Individual (EPIs)
 NR7, que regulamenta o Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO);
 NR9, que regulamenta o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
(PPRA);
 NR17, que regulamenta a Análise Ergonômica.

O descumprimento das NR’s, de segurança e saúde no trabalho por parte do


empregador acarreta uma série de consequências — como o pagamento de multas,
processos judiciais e, até mesmo, a interdição do imóvel ou paralisação das
atividades.

Na empresa, cabe a todos o zelo por um ambiente mais seguro e saudável,


mas o empregador é totalmente responsável pela adoção de medidas de manutenção
da segurança e, também, de preservação da saúde de seus funcionários, devendo
não apenas garantir a presença de Técnicos de Segurança do Trabalho, psicólogos,
médicos e enfermeiros, como investir na devida comunicação entre equipes e da
CIPA para com todos os funcionários.

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No entanto, os colaboradores também têm papel fundamental na questão de
sua própria qualidade de vida no ambiente de trabalho, devendo colocar em prática
todos os conhecimentos adquiridos por meio da SIPAT, além dos treinamentos de
segurança e campanhas de saúde, promovidos pela empresa, obedecer às normas e,
principalmente, fazer uso dos Equipamentos de Proteção quando estes forem
necessários para a realização das suas atividades. Um colaborador que não acata
aos procedimentos de segurança da empresa pode até ser dispensado por justa
causa.

De modo geral, segurança e saúde no trabalho só existem se todos os


envolvidos se dedicarem igualmente — empregador, funcionários e profissionais do
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho -
SESMT. São os profissionais do SESMT que avaliam, por exemplo, se determinada
atividade de um trabalhador da empresa se enquadra nas previsões normativas para
a percepção do adicional de insalubridade ou de periculosidade.

Podemos dizer, por fim, que esses dois fatores se relacionam principalmente
porque a preocupação com ambos aspectos é o que garante a qualidade de vida do
trabalhador e seu bem-estar dentro do ambiente de trabalho, proporcionando uma
série de benefícios à empresa.

6. EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Educação Ambiental surge com o propósito de despertar a consciência da


população global sobre os problemas ambientais consequentes das atividades
humanas.
Conforme definido no Congresso de Belgrado, no ano de 1975, a Educação
Ambiental é um processo que visa “formar uma população mundial consciente e
preocupada com o ambiente e com os problemas que lhe dizem respeito, uma
população que tenha os conhecimentos, as competências, o estado de espírito, as
motivações e o sentido de participação e engajamento que lhe permita trabalhar
individualmente e coletivamente para resolver os problemas atuais e impedir que se
repitam”.
Módulo I – Conhecimento Social _____________________

A Educação Ambiental é uma vertente da educação direcionada aos assuntos


relacionados à interação homem-ambiente, despertando uma consciência crítica
sobre os problemas ambientais. Trabalha o lado racional juntamente com o sensível e
valores, promovendo o desenvolvimento de novos valores e ações de respeito e
proteção ao Meio Ambiente.

a) Meio ambiente e Sustentabilidade

Meio Ambiente é o conjunto de forças e condições que cercam e influenciam


os seres vivos e as coisas em geral. Os constituintes do meio ambiente compreendem
clima, iluminação, pressão, teor de oxigênio condições de alimentação, modo de vida
em sociedade e para o homem, educação, companhia, etc.
Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas
que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o
futuro das próximas gerações. Ou seja, a sustentabilidade está diretamente
relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente,
usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no
futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento
sustentável.
 Ações Relacionadas à sustentabilidade:
 Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada,
garantindo o replantio sempre que necessário;
 Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica;
 Ações que visem o incentivo à produção e consumo de alimentos orgânicos,
pois estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres
humanos;
 Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma
controlada, racionalizada e com planejamento;
 Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica)
para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de
preservar as reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar;
 Criação de atitudes pessoais e empresariais voltadas para a reciclagem de
resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo
no solo, possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo;

17
 Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o
desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo
consumo de energia;
 Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o
desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos
hídricos, assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou
contaminados;
 Benefícios da Sustentabilidade – A adoção de ações de sustentabilidade
garante a médio e longo prazo um planeta em boas condições para o
desenvolvimento das diversas formas de vida. Garante os recursos naturais
necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos
recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos) e garantindo uma boa
qualidade de vida para as futuras gerações.

b) Utilização Consciente dos Recursos Naturais e Responsabilidade Social com


o Meio Ambiental

Consiste no uso dos recursos naturais de forma planejada para garantir sua
utilização pelas gerações futuras, de modo que produza o menor impacto ou
degradação.

A conservação ambiental envolve atitudes individuais e coletivas. Inclui várias


iniciativas em pesquisa, educação, política e administração.

Responsabilidade social é o grau de obrigações que uma organização assume


através de ações que protejam e melhorem o bem-estar da sociedade à medida que
procura atingir seus próprios interesses. Refere-se ao grau de eficiência e eficácia
que uma organização apresenta no alcance de suas responsabilidades sociais. Uma
organização socialmente responsável é aquela desempenha as seguintes obrigações:

 Incorpora objetivos sociais em seus processos de planejamento;


 Aplicar comparativas de outras organizações em seus programas sociais;
 Apresenta relatórios aos membros organizacionais e aos parceiros sobre os
progressos na sua responsabilidade social;
Módulo I – Conhecimento Social _____________________

 Experimenta diferentes abordagens para medir o seu desempenho social;


 Procura medir os custos dos programas sociais e o retorno dos investimentos
em programas sociais.

Já ouviu falar sobre a política dos 5R’s? Faça um breve resumo sobre
o assunto

7. HIGIENE PESSOAL E QUALIDADE DE VIDA

O que é Higiene Pessoal?

A higiene pessoal é todo cuidado corporal. Ela não


se refere só a tomar banho e escovar os dentes para evitar
o mau hálito, cuidar do corpo e de sua limpeza; é também
zelar pela saúde. Tais hábitos, que para nós, são tão corriqueiros já foram, no
passado, totalmente desconhecidos, fato que contribuiu para os grandes surtos de
doenças como a peste negra (peste bubônica), na Europa do Período Medieval e até
para a tuberculose, uma das doenças pulmonares dos séculos XIX e XX.

a) Cuidados com o corpo


Os cuidados de higiene corporal são muito importantes, tais como tomar banho
diariamente, cortar as unhas e mantê-las limpas, lavar as mãos constantemente e
escovar os dentes depois das refeições. São hábitos simples e corriqueiros que
evitam doenças de pele, contaminação por bactérias e as terríveis cáries dentárias.

Porém, a higiene pessoal envolve mais do que isso. É também dormir, pelo
menos, oito horas por noite para manter a mente e o corpo relaxados durante o dia,
quando estamos em plena atividade. O ambiente disponível para dormir tem que ser
arejado, limpo, ter temperatura e iluminação agradável para que a noite de sono seja
revigorante.

b) Higiene Mental
Cuidar da mente é parte importante dos hábitos de higiene. Isso se concretiza
quando se realizam atividades relaxantes como sair com os amigos, ler, escutar
música exercitar o corpo ou fazer o que se gosta nas horas vagas.
19
Especialistas acreditam que manter essas atividades contribui para uma boa
memória, deixa a pessoa mais concentrada, o que ajuda no bom desempenho
profissional e estudantil.

c) Promoção da Qualidade de Vida


Para um indivíduo ter uma boa qualidade de vida é fundamental a busca de
hábitos saudáveis. Estes, não devem ser feitos esporadicamente, mas sim, com
frequência (para toda vida). A adoção destes hábitos saudáveis tem por objetivo a
manutenção da saúde física e psicológica, aumentando a qualidade de vida.

Principais hábitos saudáveis:


 Alimentação nutritiva e de acordo com as necessidades de cada organismo;
 Prática regular de atividades físicas;
 Atividades ao ar livre e contato com a natureza;
 Não ter vícios (álcool, cigarro e outras drogas);
 Buscar se envolver em atividades sociais prazerosas e construtivas;
 Controlar e, na medida do possível, evitar o estresse;
 Estimular o cérebro com atividades intelectuais (leitura, teatro, etc);
 Buscar ajuda de profissionais da saúde quando apresentar doenças ou
problemas psicológicos.

8. GESTÃO DE PEQUENOS NEGÓCIOS


8.1. Empreendedorismo
Empreendedorismo significa empreender, resolver um problema ou situação
complicada. É um termo muito usado no âmbito empresarial e muita das vezes
relaciona-se com a criação de empresas ou produtos novos.

Empreender é também agregar valor, saber identificar oportunidades e


transformá-las em um negócio lucrativo.

O empreendedorismo é essencial nas sociedades, pois é através dele que as


empresas buscam a inovação, preocupam-se em transformar conhecimentos em
novos produtos. Existem, inclusive, cursos de nível superior com ênfase em
Módulo I – Conhecimento Social _____________________

empreendedorismo, voltada a formar indivíduos qualificados para inovar e modificar


as organizações, modificando assim o cenário econômico.

a) Características de um Empreendedor:
i) Iniciativa: Em qualquer que seja a atividade, é importante ter iniciativa.
Sabemos que a busca por oportunidades de negócios é constante, e isso
tem feito muitas pessoas desistirem dos seus planos. Para não fracassar
também, fique sempre atento ao que acontece no mercado em que vai
atuar;
ii) Coragem para correr riscos: Muitos brasileiros riscam essa frase do seu
vocabulário. É importante ter coragem, seja qual for o projeto. Se você
realmente busca ser um empreendedor, arriscar-se faz parte do ato de
empreender. E não se confunda: correr risco é muito diferente de correr
perigo, pois um empreendedor só corre perigo se estiver desinformado.
Agora se tem as informações, as suas decisões serão tomadas com o risco
calculado;
iii) Capacidade de planejamento: Esse quesito requer três respostas: ter a
visão de onde está aonde quer chegar e o que é preciso fazer. Com elas,
será mais fácil criar planos de ações e priorizá-los dentro do seu mais novo
empreendimento. Para ter e alcançar os objetivos determinados, é preciso
monitorar, corrigir e rever o que você está realizando;
iv) Eficiência e qualidade: As pequenas empresas geralmente apresentam
menos recursos em suas fases iniciais, por isso, acreditam que terão seu
aproveitamento prejudicado. Esqueça isso e não desista dos projetos
estabelecidos! Ao invés de se lamentar, procure garantir que esses
recursos sejam bem aproveitados, não se esquecendo de conquistar o
cliente e o público alvo;
v) Liderança: A frase “o empreendedor deve ser o líder na sua empresa” deve
ser guardada em sua memória. Um bom empreendedor é aquele que ouve
os problemas de uma empresa, busca soluções para esses problemas,
sabe estimular permanentemente a equipe e está pronto para motivá-la.
Com essa postura, as chances de sua empresa ser um sucesso só tendem
a crescer.

b) Tipos de Empreendedorismo
21
Há dois grandes grupos: os empreendedores por necessidade, que só
empreendem para sobreviver e os empreendedores por oportunidade, que identificam
um nicho com potencial de crescimento. Veja a seguir os principais tipos propostos
por José Dornelas e descubra qual o seu perfil.

I. O Informal – Este tipo ganha dinheiro porque precisa sobreviver. “O informal


está muito ligado a necessidades. A pessoa não tem visão de longo prazo,
quer atender necessidade de agora”, diz Dornelas. O empreendedor deste
perfil trabalha para garantir o suficiente para viver, tem um risco relativamente
baixo e não tem muitos planos para o futuro. “Esse tipo tem diminuído bastante
com iniciativas como o Microempreendedor Individual (MEI)”, opina;
II. O Cooperado – Este tipo costuma empreender ligado a cooperativas, como
artesãos. Por isso, trabalho em equipe é primordial. Sua meta é crescer até
poder ser independente. “Empreende de maneira muito intuitiva”, explica
Dornelas. Geralmente, estes empreendedores dispõem de poucos recursos e
tem um baixo risco;
III. O Individual – Este é o empreendedor informal que se formalizou através do
MEI e começa a estruturar de fato uma empresa. “Por mais que esteja
formalizado, ele não está pensando em crescer muito”, diz Dornelas. Este perfil
ainda está muito ligado à necessidade de sobrevivência e geralmente trabalha
sozinho ou com mais um funcionário apenas;
IV. O Franqueado e o Franqueador – Muitos desconsideram o franqueado como
empreendedor, mas a iniciativa de comandar o negócio, mesmo que uma
franquia deve ser levada em conta. Geralmente, procuram uma renda mensal
média e o retorno do investimento. Do outro lado, está o franqueador,
responsável por construir uma rede através de sua marca. “Costumam ser
exemplos de empreendedorismo”, afirma;
V. O Social – A vontade de fazer algo bom pelo mundo aliada a ganhar dinheiro
move este empreendedor. “Este tipo tem crescido muito, principalmente entre
os jovens que, ainda na faculdade, têm aberto o próprio negócio para resolver
problemas que a área pública não consegue”, diz Dornelas. Nesta categoria,
trabalho em equipe é primordial e o objetivo é mudar o mundo e inspirar outras
pessoas a fazerem o mesmo;
Módulo I – Conhecimento Social _____________________

VI. O Corporativo – É o intraempreendedor, ou seja, o funcionário que


empreende novos projetos na empresa que trabalha. “O dilema das empresas
hoje é aumentar a quantidade de pessoas com esse perfil”, explica. Seu
principal objetivo é crescer na carreira, com promoções e bônus;
VII. O Público – O empreendedor público é uma variação do corporativo para o
setor governamental. Para Dornelas, ainda existem muitos funcionários
públicos preocupados em utilizar melhor recursos e inovar nos serviços
básicos. Sua motivação está ligada ao fato de conseguir provar que seu
trabalho é nobre e tem valor para a sociedade;
VIII. O do Conhecimento – Este empreendedor usa um profundo conhecimento em
determinada área para conseguir faturar. É como um atleta que se prepara e
ganha medalhas importantes. “Eles sabem capitalizar para empreender e fazer
acontecer, como escritores e artistas”, explica. Eles buscam realização
profissional e reconhecimento com isso;
IX. O do Negócio Próprio – Este é o mais comum e costuma abrir um negócio
próprio por estilo de vida ou porque pensa grande. “Este é o mais se aproxima
do visionário”, define Dornelas. Dentro deste perfil, encontramos subtipos: o
empreendedor nato, o serial e o “normal”;

O empreendedor nato costuma ser tido como genial, com trajetória de negócio
exemplar, como Bill Gates. Já o serial é aquele que cria negócios em sequência. Ele
não se apaixona pela empresa em si, mas pelo ato de empreender. Por fim, o
“normal” é o empreendedor que planeja para minimizar os riscos e segue o plano
estabelecido.
No fundo, todos procuram satisfação pessoal, autonomia financeira e querem
deixar um legado. “Esses modelos não são estáticos. Ele pode evoluir e mudar para
outro tipo no decorrer da sua vida”, explica Dornelas.

8.2. Associativismo e Cooperativismo


Associativismo e cooperativismo estão relacionados a duas diferentes formas
de organização, cada uma com sua importância e peculiaridade.

De acordo com o SEBRAE, o associativismo une-se em prol de objetivos


sociais. E o Cooperativismo, em prol de objetivos econômicos. Entender as
diferenças, é fundamental para se adequar ao modelo desejado.
23
A diferença essencial entre associações e cooperativas está na natureza dos
dois processos: as associações têm por finalidade a promoção de assistência social,
educacional, cultural, representação política, defesa de interesses de classe,
filantropia. Já as cooperativas têm finalidade essencialmente econômica e seu
principal objetivo, é viabilizar o negócio produtivo dos associados junto ao mercado.

A compreensão dessa diferença, é o que determina a adequação a um ou a


outro modelo. Enquanto a associação é adequada para levar adiante uma atividade
social, a cooperativa é mais adequada para desenvolver uma atividade comercial em
média ou grande escala de forma coletiva.

Tipo de vínculo e resultado

Nas cooperativas, os participantes são os donos do patrimônio e os


beneficiários dos ganhos. Uma cooperativa de trabalho beneficia os próprios
cooperados e o mesmo acontece em uma cooperativa de produção. As sobras das
relações comerciais estabelecidas pela cooperativa podem, por decisão de
assembleia geral, ser distribuídas entre os próprios cooperados. Além disso, há o
repasse dos valores relacionados ao trabalho prestado pelos cooperados ou da venda
dos produtos por eles entregues na cooperativa.
Já em uma associação, os associados não são propriamente os donos. O
patrimônio acumulado pela associação, no caso de sua dissolução, deve ser
destinado a outra instituição semelhante, conforme determina a lei. Por outro lado, os
ganhos obtidos pertencem à sociedade e não aos associados, pois, também de
acordo com a lei, tais ganhos devem ser destinados à atividade-fim da associação.

A associação tem uma grande desvantagem em relação à cooperativa, pois ela


engessa o capital e o patrimônio. Em compensação, tem algumas vantagens que
compensam para grupos que querem se organizar: o gerenciamento é mais simples e
o custo de registro é menor. Contudo, se o objetivo for econômico, o modelo mais
adequado é a cooperativa.

Cooperativa de trabalho:
Módulo I – Conhecimento Social _____________________

A lei 12.690 de 2012 em seu Art.2°Considera Cooperativa de Trabalho a


sociedade constituída por trabalhadores para o exercício de suas atividades com
proveito comum, autonomia e autogestão para obterem melhor qualificação e renda,
situação socioeconômica e condições gerais de trabalho.

A autonomia de que trata a lei, deve ser exercida de forma coletiva e


coordenada, mediante fixação, em Assembleia Geral, das regras de funcionamento
da cooperativa e da forma de execução dos trabalhos, nos termos desta Lei.

Em seu art. 2, § 2°, a Lei ainda considera autogestão como sendo o processo
democrático no qual a Assembleia Geral define as diretrizes para funcionamento e as
operações da cooperativa, onde os sócios decidem sobre a forma de execução dos
trabalhos, nos termos da lei.

 Tipos de cooperativa de trabalho


A Cooperativa de Trabalho pode ser:
I – De produção, quando constituída por sócios que contribuem com o trabalho
para a produção em comum de bens e a cooperativa detém, a qualquer título, os
meios de produção;
II – De serviço, quando constituída por sócios para a prestação de serviços
especializados a terceiros, sem a presença dos pressupostos da relação de emprego.

8.3. Liderança de Gestão

Ainda que o ser humano seja dotado de conhecimentos e habilidades, em


muitas situações, praticamente impossível trabalhar sozinho e conseguir o mesmo
êxito se o trabalho fosse realizado em equipe. Nesse sentido, Gestão é o processo de
se conseguir obter resultados (bens e serviços) com os esforços dos outros. A gestão
tem a função de interpretar os objetivos propostos e transformá-los em ação, através
do planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados
em todas as áreas e níveis da empresa, a fim de atingir esses mesmos objetivos.
Para compreender melhor faremos uma breve abordagem de cada um desses
conceitos.
 Planejamento – É o processo que determina antecipadamente o que deve
ser feito e como deve ser feito. Os planos devem servir de guias claros para
25
os gestores e todo o pessoal da empresa. Além disso, estabelecer a forma
como a empresa irá desenvolver no futuro;
 Organização – É o processo de estabelecer relações formais entre as
pessoas, e entre os recursos, para atingir os objetivos proposto;.
 Direção – É o processo de determinar, isto é, influenciar, o comportamento
dos outros. A direção envolve motivação, liderança e comunicação;
 Controle – É o processo de comparação do atual desempenho da
organização, apontando as eventuais ações corretivas. Mais que castigar,
pretende definir ações necessárias para corrigir os desvios no futuro.
Existem muitas diferenças entre gerir e liderar. A principal diferença reside na
capacidade de motivar outras pessoas a seguir uma determinada direção. Dizemos
que um líder tem a capacidade para criar um clima de confiança nos seus seguidores,
enquanto um gestor se limita a pedir e exigir em função de uma hierarquia pré-
estabelecida. O ideal ,na verdade, é que todo gestor seja também um bom líder.

Fonte: Adaptado http://pt.slideshare.net/PauloSantos57/gesto-de-equipes-para-


professores-v-final

8.4. Dicas para Gestão de Pequenos Negócios

Abrir um negócio é sempre um grande desafio. Muitos empreendedores se


concentram apenas na ideia e esquecem o principal: elaborar um bom planejamento
estratégico e financeiro. A cada 100 empresas abertas no Brasil, pouco mais de 75
sobrevivem ao primeiro ano, segundo o SEBRAE. Para Vinícius Roveda os cuidados
dos empreendedores iniciantes devem ser redobrados. Com o objetivo de ajudar
quem está começando, ele listou 12 dicas para quem quer evitar os erros mais
comuns ao abrir um negócio:
Módulo I – Conhecimento Social _____________________

 Compartilhe a sua ideia – Essa atitude, mesmo em um estágio inicial do


negócio, pode economizar um bom tempo e muito dinheiro. Esqueça o medo de
que alguém irá copiar o seu projeto e compartilhe o que pensa com outros
empreendedores, principalmente com aqueles que já tiveram alguma experiência
semelhante;
 Valide o seu modelo de negócio – A falta de planejamento é uma das principais
causas de mortalidade das empresas. Os erros são comuns, mas o importante,
segundo ele, é que as falhas sejam encaradas como um aprendizado. O ideal é
testar e validar seu negócio o mais rapidamente possível – e não ter medo de
mudar completamente a estratégia caso seja preciso. Lembre-se de que, se você
invalida uma ideia em pouco tempo, o prejuízo é menor;
 Conheça profundamente os seus clientes – Quanto mais você conhecer o seu
cliente, maior será a probabilidade de você ter sucesso. Mas não basta apenas ter
informações do tamanho do seu público-alvo e de sua preferência. Também é
importante entender o comportamento, os hábitos e as rotinas de quem você quer
atingir. Com essas informações em mãos, é possível personalizar produtos ou
serviços, conquistar os usuários e obter sucesso mais facilmente;
 Fuja da informalidade – Empreendedores iniciantes se veem tentados a
começar suas atividades de maneira informal. A intenção principal é fugir dos
impostos. No entanto, sem a formalização, o seu negócio fica impedido de
crescer. A capacidade de emitir nota fiscal, criar uma conta bancária como pessoa
jurídica, obter máquinas de cartão de crédito e solicitar empréstimos públicos é
exclusiva para quem tem um CNPJ;
 Seja um bom gestor administrativo – Ter experiência no ramo de atuação é
importante, mas não é tudo. Boa parte dos empreendedores iniciantes acredita
que é possível administrar uma empresa com o conhecimento adquirido em uma
graduação específica. Para Roveda, tal postura é inadequada. Sem conhecimento
em administração, o empresário corre o risco de ver o negócio afundar;
 Tenha uma vida financeira organizada – Muitos empreendedores vivem
mergulhados em uma completa desorganização financeira, algo terrível para os
negócios. Para “sair do vermelho”, o primeiro passo é organizar seu fluxo de
caixa. Com planilhas simples, é possível controlar os valores que entram e saem,
inclusive com previsões futuras. Alguns softwares de gestão auxiliam o controle
financeiro, informando o que vence e o que deverá entrar no seu caixa. Dessa

27
forma o empresário terá total controle da situação monetária e poderá planejar o
crescimento saudável do negócio;
 Separe despesas pessoais e empresariais – Às vezes, por causa de apertos
financeiros ou pura desorganização, o empreendedor usa o dinheiro da empresa
para pagar despesas pessoais – ou vice-versa. Segundo Roveda, esse é um dos
erros mais comuns entre os donos de pequenos negócios. Ele recomenda que o
empreendedor fixe uma retirada mensal dos ganhos do negócio – valor
tecnicamente chamado de pró-labore – e reinvista o resto dos lucros na própria
empresa, estimulando seu crescimento;
 Defina o valor do seu produto de maneira consciente – Empreendedores
iniciantes também costumam errar muito na hora de definir a margem de lucro e
fixar preços de produtos. É comum encontrar empresários que vendem muito,
mas se queixam de não ver o dinheiro entrar. Isso acontece em razão de cálculos
equivocados. Saiba que há técnicas corretas para definir margens de lucro e
preço de produtos e serviços. Se você não as conhece, está na hora de rever as
finanças da empresa, segundo Roveda;
 Saiba negociar – Cortar gastos e economizar ao máximo: o empreendedor que
pensa assim vai longe. Uma estratégia importante para conseguir o melhor
aproveitamento dos recursos é negociar com os fornecedores. Se você tiver um
bom fluxo de caixa, conseguirá fazer compras grandes com pagamento à vista, o
que pode significar custos menores na hora de repor o estoque e lucros mais
altos no momento das vendas;
 Gerencie seu estoque – O gerenciamento de estoque também é um dos pontos
fundamentais para o sucesso de um negócio, seja ele virtual ou físico. Todo
empreendedor deve ter em mente que, se vender, precisa entregar. Por este
motivo, é importante saber exatamente a quantidade de cada item disponível.
Caso você trabalhe com mercadorias de curto prazo de validade, o controle deve
ser ainda mais rigoroso;
 Adote estratégias de comunicação – Estratégias de comunicação devem ser
adotadas em qualquer negócio, seja ele de grande ou pequeno porte. Algumas
medidas criativas podem ser adotadas sem grandes custos. Uma newsletter para
o e-mail dos seus clientes, informando sobre novidades e promoções, é uma
forma relativamente barata de informá-los. As redes sociais, segundo Roveda,
não podem ser deixadas de lado;
Módulo I – Conhecimento Social _____________________

 Seja criativo – Não é preciso “reinventar a roda”. Mas soluções criativas e


diferenciais exclusivos são decisivas para levar sua empresa ao sucesso.

No próximo módulo estudaremos: CONHECIMENTO ESPECIO

29
SUMÁRIO
MÓDULO II – CONHECIMENTOS ESPECIFÍCOS .............................................2
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................2
1.1. Vamos falar um pouco sobre a cerâmica...........................................................2
2. HISTÓRICO DO ARTESANATO .....................................................................3
2.2. Como surgiu o artesanato..................................................................................4
3.CONCEITOS BÁSICOS DO ARTESANATO ...................................................4
3.1. Quem é o Artesão..............................................................................................5
3.2. O que é o Artesanato.........................................................................................5
3.3. Arte Popular .......................................................................................................6
3.4. Trabalhos Manuais.............................................................................................3
4. PRODUTOS TÍPICOS......................................................................................6
5. TIPOLOGIA DO ARTESANATO .....................................................................7
6. ORIGEM DA MATERIA PRIMA .......................................................................8
6.1. Animal, Vegetal e mineral...................................................................................8
7. SEMENTES, CASCAS, RAIZES, FLORES E FOLHAS SECAS ....................8
8. MATERIA PRIMA PROCESSADA ..................................................................9
9. CLASSIFICAÇÃO DO ARTESANATO ..........................................................13
10. CONSUMO CONSCIENTE ..........................................................................14
11.PASSO A PASO DE CONFEÇÃO DE PEÇAS…...............................................15
12. PRODUÇÕES DE TRABALHO.........................................................................17
REFERÊNCIAS .................................................................................................18
_______________ Módulo II – Conhecimento Específico

MÓDULO II: CONHECIMENTO ESPECÍFICO

1 INTRODUÇÃO
1.1 Vamos falar um pouco sobre a Cerâmica.
A cerâmica é o material artificial mais antigo produzido pelo homem: possui
cerca de 10-15 mil anos. Do grego "kéramos” ("terra queimada" ou “argila queimada”),
é um material de grande resistência, frequentemente encontrado em escavações
arqueológicas. Quando saiu das cavernas e se tornou um agricultor, o homem sentiu
a necessidade de buscar abrigo, mas também notou que necessitava de vasilhas e
utensílios para armazenar a água, os alimentos colhidos e as sementes para a
próxima safra. Tais vasilhas deveriam ser resistentes, impermeáveis e de fácil
fabricação. Estas facilidades
foram encontradas na argila,
deixando pistas sobre
civilizações e culturas que
existiram milhares de anos
antes da Era Cristã.
A cerâmica é uma
atividade muito antiga, sendo
que peças de argila cozida
foram encontradas em
diversos sítios arqueológicos.
No Japão, as peças de
cerâmica mais antigas conhecidas por arqueólogos foram encontradas na área
ocupada pela cultura Jomon, há cerca de 8 mil anos, talvez mais. Desse modo, a
cerâmica foi utilizada para a produção de artefatos a partir da argila, que se torna
muito plástica e fácil de moldar quando umedecida.
No Brasil, há mais de 2000 anos, antes mesmo da sua “descoberta” pelos
portugueses, já existia a atividade de fabricação de cerâmicas, representada por
potes, baixelas e outros artefatos cerâmicos. A cerâmica mais elaborada foi
encontrada na Ilha de Marajó; do tipo marajoara, tem sua origem na avançada cultura
indígena da Ilha. Entretanto, estudos arqueológicos indicam que a presença de uma
cerâmica mais simples ocorreu na região amazônica, há mais de 5000 anos atrás. No
que tange à cerâmica vermelha, as escassas e imprecisas informações referem-se à
utilização no período Colonial, a partir de técnicas de produção rudimentares
Módulo II – Conhecimento Específico _______________

introduzidas pelos jesuítas, que necessitavam de tijolos para construção de colégios e


conventos. Depois de submetida a uma secagem para retirar a maior parte da água, a
peça moldada é submetida a altas temperaturas (ao redor de 1.000ºC), que lhe
atribuem rigidez e resistência mediante a fusão
de certos componentes da massa e, em alguns
casos, fixando os esmaltes na superfície.
Muitas culturas, desde seus primórdios,
desenvolveram estilos próprios que, com o
passar do tempo, consolidavam tendências e
evoluíam no aprimoramento artístico. Estudiosos
confirmam ser, realmente, a cerâmica a mais
antiga das indústrias. Ela nasceu no momento em que o homem começou a utilizar o
barro endurecido pelo fogo. Desse processo de
No Artesanato mesmo
endurecimento, obtido casualmente, multiplicou-se e que as obras sejam
evoluiu até os dias de hoje. A cerâmica passou a criadas com
instrumentos e
substituir a pedra trabalhada, a madeira e mesmo as máquinas, a destreza
manual do homem é que
vasilhas feitas de frutos como o choco ou a casca de dará ao objeto uma
característica própria e
certas cucurbitáceas (porungas, cabaças e catutos). criativa refletindo a
2 AGORA É HORA DE CONHECER UM POUCO personalidade do
artesão, e a relação deste
SOBRE O HISTÓRICO DO ARTESANATO, VAMOS com o contexto do qual
emerge.
LÁ?
O artesanato é uma técnica manual utilizada para produzir objetos feitos a
partir de matéria-prima natural. Considera-se artesanato todo trabalho manual, onde
mais de 80% da peça foi fruto da transformação dessa matéria-prima pelo próprio
artesão.
Um fato interessante sobre o artesanato é que normalmente esse produto reflete
a relação do artesão com o meio onde vive e a também da sua cultura. Este
profissional é considerado um artista, pois seus produtos são verdadeiras obras de
arte.
 Como surgiu o artesanato?
A história do artesanato surgiu na Pré-História, mais precisamente no período
neolítico (6000 A.C). Foi nesse período que o homem aprendeu a polir a pedra,
fabricar cerâmica, tecer fibras animais e vegetais, etc. Da necessidade de produzir
itens de uso do dia-a-dia para sua sobrevivência; ou mesmo da criação de alguns

3
_______________ Módulo II – Conhecimento Específico

adornos, que começaram a expressar a capacidade criativa e produtiva como forma


de trabalho. As pessoas dessa época usavam as peças que faziam manualmente
para caçar, confeccionar roupas e até mesmo
pequenas estátuas e pinturas. O trabalho tinha
um caráter familiar, muitas vezes todos os
integrantes costuravam, cortavam, poliam, ou
seja, produziam as peças juntos. Começou
como uma forma de produção de produtos para
sobrevivência da família; mas com o passar dos
anos se tornou uma forma de sustento e renda.

3 PARA COMPREENDER MELHOR, VAMOS AOS CONCEITOS BÁSICOS DO


ARTESANATO BRASILEIRO.

O artesanato brasileiro é um dos mais expressivos do mundo e se manifesta de


várias formas, historicamente o artesão é responsável pela seleção da matéria-prima
a ser usada, pelo projeto do produto a ser executada, transformação da matéria-prima
em produto acabado, os artesãos, com sua criatividade e habilidade, produzem peças
que fazem sucesso tanto no Brasil como no mundo, Grande parte das peças
produzidas no artesanato brasileiro é de grupos de artesãos de pequenas cidades.
Quando falamos sobre artesanato no Brasil, podemos afirmar que nossos primeiros
artesãos foram os índios, desde antes do descobrimento do Brasil, eles já usavam
pigmentos naturais, cestaria, cerâmica, penas e plumas para criar seus ornamentos e
vestuário.

3.1 Quem é o Artesão?


É o trabalhador que de forma individual exerce um ofício manual,
transformando a matéria-prima bruta ou manufaturada em produto acabado. Tem o
domínio técnico sobre materiais, ferramentas e processos de produção artesanal,
criando ou produzindo trabalhos que tenham dimensão cultural, utilizando técnica
manual, utilizando ou não equipamentos, desde que não sejam automáticos ou
duplicadores de peças.
Módulo II – Conhecimento Específico _______________

3.2 O que é o Artesanato?


Compreende toda a produção resultante da transformação de matérias-primas,
com predominância manual, por indivíduo que detenha o domínio integral de uma ou
mais técnicas, aliando criatividade, habilidade e valor cultural (possui valor simbólico
e identidade cultural), podendo no processo de sua atividade ocorrer o auxílio
limitado de máquinas, ferramentas, artefatos e utensílios.

3.3 Você já ouviu falar em Arte popular?


Trata-se do conjunto de atividades poéticas, musicais, plásticas, dentre outras
expressivas que configuram o modo de ser e viver do povo de um lugar. A arte
popular diferencia-se do artesanato a partir do propósito de ambas as atividades.
Enquanto o artista popular tem profundo compromisso com a originalidade, para o
artesão essa é uma situação meramente
eventual. O artista necessita dominar a matéria-
prima como o faz o artesão, mas está livre da
produção repetitiva frente a um modelo escolhido,
partindo sempre para fazer algo que seja de sua
própria criação. Já o artesão quando encontra e
elege um modelo que o satisfaz, inicia um
processo de reprodução a partir da matriz original, obedecendo a um padrão de
trabalho que é a afirmação de sua capacidade de expressão. A obra de arte é peça
única que pode, em algumas situações, ser tomada como referência e ser
reproduzida como artesanato.

3.4 Agora vamos entender melhor sobre o que são os Trabalhos manuais.
Apesar de exigir destreza e habilidade, a matéria-prima não passa por
transformação. Em geral são utilizados moldes pré-definidos e materiais
industrializados. As técnicas são aprendidas em cursos rápidos oferecidos por
entidades assistenciais ou fabricantes de linhas, tintas e insumos.

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_______________ Módulo II – Conhecimento Específico

4 PRODUTOS TÍPICOS

Um produto para se considerado típico, deve estar ligado espacialmente a um


território e culturalmente a costumes e modos de um povo, estas ligações devem ser
sólidas e existentes já a algum tempo. Além disto, o produto típico deve possuir
características particulares que o diferencie de outros produtos similares. São
produzidos a partir de matéria-prima regional e em pequena escala. Compreendem:
alimentos processados por métodos tradicionais; artigos de perfumaria; cosméticos; e
aromáticos. Utilizam embalagens, rótulos e
etiquetas artesanais.
Devem revelar identidade cultural e observar
a legislação vigente que regulamenta a
comercialização. - Produtos semi-industriais –
Embora tenham uma aparência similar aos produtos
artesanais, são produzidos em pequenas fábricas.
A característica predominante é o baixo custo de
produção, de venda, e saturação do mercado.
Normalmente são lembranças, recordações de
viagem ou souvenir destinado aos turistas.
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5 TIPOLOGIA DO ARTESANATO

A tipologia artesanal é a classificação do


artesanato em função das matérias-primas
utilizadas nas confecções dos produtos
artesanais. As matérias-primas do artesanato
podem ser de origem mineral, vegetal, de animal.
Podem também, ser a soma de uma ou mais
matérias-primas em um mesmo produto, criando
novas classes de objetos, que conformam duas
ou mais matérias-primas na sua confecção, como por exemplo, um mobiliário de
madeira com componentes em couro.
A seguir tipos de materiais utilizados no artesanato:
 Argila ou barro;
 Pedra (pedra sabão, granito, mármore);
 Fibras vegetais (taboa, babaçu, caroá, carnaúba, buriti, piaçava, sisal, juta,
junco, bambu, vime, bananeira, rami, capim-dourado, tucumã, arumã,
taquara, ouricuri, coco);
 Palhas (do milho, do trigo, do arroz) e cipós (imbé, ingá, titica, do fogo,
timbó);
 Madeiras (cedro, jacarandá, pequi, reaproveitadas, reflorestadas, refugos);
 Sementes e cascas (patauá, açaí, pau-brasil, tucumã, olho-de-boi, olho-de-
cabra, guapuruvu, paxiubão);
 Fios (algodão, linho, seda, juta);
 Couro (animal ou sintético); Metais (ferro,cobre, bronze, alumínio, prata,
ouro, latão);
 Papel (artesanal, reciclado, industrial);
 Outros (vidro, osso, chifre, borracha, conchas, areia, plástico, cera, massa,
etc.).

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6 ORIGEM DA MATÉRIA PRIMA:

6.1 Podem ser animal, vegetal e mineral.


As matérias-primas podem ser utilizadas em seu estado natural, processadas
artesanalmente ou ainda industrialmente e, também, ser decorrentes de processos de
reciclagens ou reaproveitamento. Para cada matéria-prima principal derivam
atividades profissionais distintas, que determinam as tipologias de produtos, com suas
respectivas ferramentas e destinações. Segue abaixo a matéria prima.

 Origem Mineral: São recursos extraídos da terra, sendo elementos ou


compostos químicos, processados ou não, podem ser encontrados
naturalmente na crosta da terra, isto é, que fazem parte da sua própria
formação e são utilizados como matéria prima. Exemplo: Argila, pedra, metais,
vidro, gesso, parafina, plástico;
 Origem Vegetal: As matérias primas de origem vegetal são aquelas extraídas
da natureza, em sua forma bruta, ou mesmo após processamento, onde
podemos citar: Fibras, Madeira, Cascas, Semente, Fio, Tecido, Borracha,
Papel;
 Origem Animal: As de origem animal são aquelas que advêm de origem
animal, sendo uma fonte que proporciona uma grande diversidade de matéria
prima. Exemplo: lã, couro, chifre de osso, conchas, corais, penas, plumas, fio
de seda, lã e muito mais.

MATÉRIA PRIMA: No
7 SEMENTES, CASCA, RAIZES, FLORES E artesanato, considera-se matéria-
prima toda substância principal,
FOLHAS SECAS.
de origem vegetal, animal ou
mineral, utilizada na produção
artesanal, que sofre tratamento
Neste tópico é importante conhecer os produtos
e/ou transformação de natureza
que são confeccionados com matéria prima que física ou química, resultando em
denominamos não-madeireiros, sendo eles: sementes, bem de consumo. Ela pode ser
utilizada em estado natural,
cascas, raízes, flores e folhas secas, eles são depois de processadas
bastante utilizados na produção de obras de bijuterias, artesanalmente/industrialmente ou
serem decorrentes de processo de
quadros etc. Segue exemplo abaixo.
reciclagem/reutilização.
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8 MATÉRIA PRIMA PROCESSADA: ARTESANAL, INDUSTRIAL E PROCESSOS


MISTOS.

Técnica pelo qual a matéria prima passa por um processo, que pode ser
totalmente artesanal, Industrial, ou Misto, utilizando meias onde ocorram a sua parcial
ou total transformação. Segue abaixo alguns exemplos

 ARTESANAL
Processo pelo qual o artesão desenvolve suas obras através de processos
totalmente manuais, utilizando a matéria prima em seu estado bruto, que perpassa
por técnicas até chegar no estado desejado pelo Artesão.

 Argila (barro)
Enquadram-se nesta tipologia toda espécie de objeto produzido com argilas,
decorados ou não. A argila é caracterizada pela textura terrosa, de granulação fina e
que adquire plasticidade quando umedecida com água, rigidez após secagem, e

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dureza após a queima em temperaturas elevadas (cerâmica). São formadas


essencialmente por silicatos hidratados de alumínio, ferro e magnésio. Dentre os
diversos tipos de argila, as mais utilizadas no artesanato são: Argilas de bola (Ball
Clay), argilas muito plásticas, de cor azulada ou negra, apresenta alto grau de
contração tanto na secagem quanto na queima. Sua grande plasticidade impede que
seja trabalhada sozinha, fica pegajosa com a água. É adicionada em massas
cerâmicas para proporcionar maior plasticidade e tenacidade à massa. Vitrifica aos
1300°C. Grés: Argila de grão fino, plástica, sedimentária e refratária - que suporta
altas temperaturas. Vitrificam entre 1250 - 1300°C. Nelas o feldspato atua como
material fundente. Após a queima sua coloração é variável, vai do vermelho escuro ao
rosado e até mesmo acinzentado do claro ao escuro. Depois de queimadas são
impermeáveis, vitrificadas e opacas. A temperatura de queima vai de 1150°C a
1300°C.
Terracota ou argila vermelha: São plásticas com alto teor de ferro e resistem a
temperaturas de até 1100°C, porém fundem em uma temperatura maior e podem ser
utilizadas com vidrados para grés. Quando queimada adquire coloração que vão do
creme aos tons avermelhados, o que mostra o maior ou menor grau da percentagem
de óxido de ferro. Massa para louça (faiança): A massa da louça é menos rica em
caulim do que a porcelana, e é associada a argilas mais plásticas. São massas
porosas, de coloração branca ou marfim, que requer e precisam de posterior
vitrificação. Argila de Polímero: material conhecido no Brasil como cerâmica plástica
cuja característica especial é a plasticidade e fácil manuseio
 INDUSTRIAL
Aquele que se desenvolve mediante processos industriais, sendo produzido em
larga escala, segue exemplos:
 Fios e tecidos
Químicos - são produzidos a partir de transformações químicas de materiais
e são divididos em artificiais e sintéticos.
Artificiais - produzidas a partir da celulose, substância fibrosa encontrada na
pasta de madeira ou no linter de algodão, daí serem também conhecidas por fibras
celulósicas. As fibras artificiais mais conhecidas são viscose, o rayon, acetato e
triacetato.
Sintéticas - São fibras obtidas através de síntese química a partir do petróleo,
sendo as mais usuais: poliéster (tergal), polipropileno, a poliamida (nylon), acrílica
(dracon), elastano (lycra). Os fios podem ser linhas, cordões, cordas, meadas e tiras.
Módulo II – Conhecimento Específico _______________

São utilizados, entre outras técnicas, na tecelagem manual, nos bordados, na


confecção de rendas, no crochê, no tricô e no macramé. Os tecidos podem ser
artesanais e industriais. São empregados em diversas técnicas que utilizam a costura
artesanal como técnica básica, na confecção de roupas e acessórios, no patchwork,
como base para bordados, na confecção de bonecos, entre outros.
Materiais sintéticos - Sua origem é industrial e, geralmente são materiais de
baixo preço, com larga distribuição em todo o território nacional, principalmente nos
meios urbanos. As diferentes características dos materiais sintéticos são usadas para
classificá-los: os deformáveis termicamente são chamados termoplásticos, os
resistentes ao calor são chamados termofixos e os materiais elásticos são chamados
elastômeros. O fator preço, em alguns casos, tem servido para a substituição de
matérias-primas naturais pelas sintéticas, mesmo na produção de artesanato
tradicional.
Nesta tipologia serão enquadrados os produtos em que predominam esses
materiais. Entre os mais conhecidos estão diversos tipos de espumas, resinas,
borrachas, isopor, plásticos, acrílico, fibras acrílicas, massa epóxi.

 PROCESSOS MISTOS
Trata-se da união de processos artesanais com o industrial, ou semi-
industriais, onde a linha de produção perpassa por estágios manuais, sendo pelas
mãos do artesão, ou de um colaborador.

 Alimentos e bebidas (produtos que exigem certificação de uso)


Esta tipologia compreende a produção de alimentos reconhecidos em seus
Estados como típicos, produzidos em pequena escala, de forma artesanal, que
utilizam matéria-prima regional e, preferencialmente, sem adição de essências e
corantes artificiais. O controle sanitário de alimentos e bebidas é competência tanto
do setor da saúde como do setor da agricultura, cabendo ao primeiro o controle
sanitário e o registro dos produtos alimentícios industrializados, com exceção
daqueles de origem animal, e o controle das águas de consumo humano.
A cadeia de alimentos envolve uma série de etapas: produção, beneficiamento,
armazenamento, transporte, industrialização, embalagem, fracionamento,
reembalagem, rotulagem, distribuição, comercialização e consumo. Em alguns casos,
há, ainda a etapa de registro, esse processo se da por meio de processos artesanais.

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 AROMATIZANTES DE AMBIENTES E COSMÉTICOS


Trabalhos que envolvem a produção artesanal de aromatizantes
(odorizantes) de ambientes e cosméticos, produzidos com essências aromáticas
próprias para perfumar o corpo ou o ambiente. As essências são extraídas de flores,
folhas, raízes, frutos obtendo-se
variedades de fragrâncias e cores.
Esses produtos deverão ser
regularizados de acordo com a
legislação disponível na página
www.anvisa.gov.br. Destaca-se que o
registro de produtos na Anvisa, só pode
ser efetuado por empresa que tenha
obtido a sua AFE – Autorização de
Funcionamento de Empresa. Este procedimento inicia-se localmente, na Vigilância
Sanitária Estadual/Municipal, portanto, a própria fiscalização é que deverá orientar
sobre os primeiros passos para obtenção do Alvará/Licença de Funcionamento.
 BRINQUEDOS.
Trata-se da produção de brinquedos que utilizam matéria-prima regional e
são produzidos para o entretenimento infantis sendo alguns voltados para as
situações de ensino/ aprendizagem. Os produtos destinados ao público infantil devem
observar a norma de certificação de brinquedos no Brasil, visto seu caráter
compulsório (obrigatório), conforme norma brasileira NBR 11786 – Segurança do
brinquedo, publicada pela associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e
regulamentada pela Portaria Inmetro nº. 177, de 30 de novembro de 1998. Portanto,
os brinquedos e jogos educativos artesanais, para serem disponibilizados no
mercado, devem obter a certificação.

9 CLASSIFICAÇÃO DO ARTESANATO
A classificação do produto artesanal está definida conforme a origem, natureza
de criação e de produção do artesanato e expressa os valores decorrentes dos
modos de produção, das peculiaridades de quem produz e do que o produto
potencialmente representa. A classificação do artesanato também determina os
valores históricos e culturais do artesanato no tempo e no espaço onde é produzido.
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 ARTESANATO INDÍGENA: Resultado do trabalho produzido no seio de


comunidades e etnias indígenas, onde se identifica o valor de uso, a relação
social e cultural da comunidade.
 ARTESANATOS DE RECICLAGEM: Materiais produzidos a partir da utilização
de matéria-prima que é reutilizada. Esse processo contribui para a diminuição
da extração de recursos naturais, além de desenvolver a conscientização dos
cidadãos sobre questões relacionadas ao lixo.
 ARTESANATO TRADICIONAL: Conjunto de objetos mais expressivos da
cultura de um determinado grupo, representativo de suas tradições e
incorporados à vida cotidiana, sendo parte integrante e indissociável dos seus
usos e costumes. A produção, geralmente de origem familiar ou comunitária,
 ARTESANATO DE REFERÊNCIA CULTURAL: Sua principal característica é
o resgate ou releitura de elementos culturais tradicionais da região onde é
produzido. Os produtos, em geral, são resultantes de uma intervenção
planejada com o objetivo de diversificar os produtos, dinamizar a produção,
agregar valor e otimizar custos, preservando os traços culturais com o objetivo
de adaptá-lo às exigências do mercado e necessidades do comprador. Os
produtos são concebidos a partir de estudos de tendências e de demandas de
mercado, revelando-se como um dos mais competitivos do artesanato
brasileiro e favorecendo a ampliação da atividade.
 ARTESANATO CONTEMPORÂNEO-CONCEITUAL Objetos resultantes de
um projeto deliberado de afirmação de um estilo de vida ou afinidade cultural. A
inovação é o elemento principal que distingue este artesanato das demais
classificações. Nesta classificação existe uma afirmação sobre estilos de vida e
valores.

10 CONSUMO CONSCIENTE, VAMOS PRATICAR?


Em primeiro lugar, para entender o que é consumo consciente, é preciso
compreender as responsabilidades que todos temos ao consumir toda e qualquer
coisa. Ou seja, o consumo de produtos ou serviços traz consigo consequências
positivas e negativas, que precisamos levar em conta. De modo geral, o ato de
consumo não termina em si só. Ele impacta toda uma cadeia produtiva, que vai muito
além do momento da compra: afeta o meio ambiente, a economia e a sociedade

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_______________ Módulo II – Conhecimento Específico

como um todo. Por esse motivo, precisamos tomar consciência e refletir sobre os
nossos hábitos consumistas, sobre as reais necessidades e as consequências que
eles podem causar. Existem, aliás, atitudes que fazem parte do consumo
responsável, Entre elas, por exemplo: produzir menos lixo, conhecer a origem e
processos de fabricação daquilo que compramos, entender a vida útil dos objetos e
fazer escolhas mais éticas.

11. PASSO A PASSO DE CONFECÇÃO DE PEÇAS.

No mundo da decoração, o vaso de barro é um os itens mais versáteis e


simples de ser incorporados ao design da casa. Isso ocorre pelo fato de estarmos
falando de uma peça que pode existir de muitas formas, tamanhos e cores, além de
ser indicado para diferentes propósitos. Os vasos de barro, inclusive, podem ser feitos
por você em um processo simples, algo que o torna muito interessante para quem
gosta de colocar a mão na massa ou simplesmente economizar. Com a ajuda de
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alguns materiais, você pode fazer um mini vaso de barro e até mesmo um vaso de
barro grande, estes que funcionam como vasos de plantas ou apenas para fins
decorativos.

 Como fazer vaso de barro?


Saber como fazer vaso de barro é um conhecimento valioso para muitos.
Afinal, fazendo o seu próprio vaso de barro em casa você não apenas economiza,
como também garante que a peça seja do jeito que você quer e precisa.
Mas como fazer vaso de barro em casa? Para isso você precisará apenas de argila
de cerâmica plástica, arame, uma mesa giratória e seguir os seguintes passos:
1. Com apenas 250g de argila em mãos, faça movimentos de modo a aquecer o pedaço,
eliminar as bolhas de ar e formar uma esfera;
2. Com a ajuda do arame, corte o pedaço de argila no meio e veja se não há bolhas;
3. Com a argila sovada, faça movimentos de modo a esmagá-la, batendo até que vire
uma bola novamente;
4. Jogue a argila sobre a mesa giratória e a molde de forma a formar um cone;
5. Com a mesa girando e com as mãos molhadas, segure a argila de modo mantê-la na
mesa e deixá-la moldável;
6. Molhe as mãos novamente e coloque o polegar no meio da argila de modo que ele
fique a cerca de 1,5cm em relação ao fundo;
7. Empurre os dois polegares no buraco para fazer a abertura do tamanho desejado;
8. Com o fundo do tamanho desejado, use as mãos para moldar as laterais do vaso;
9. Use o arame para desgrudar a argila da mesa;
10. Asse o vaso de barro de acordo com as orientações do fabricante da argila.
Pronto! Agora você já sabe como fazer vaso de barro!

 Como pintar vaso de barro?

Se você quer ter uma peça mais bonita e interessante para a decoração da sua casa,
sempre é possível aprender como pintar vaso de barro e garantir uma beleza muito
interessante. Para saber como pintar vaso de barro, primeiro separe os seguintes
materiais:
 Jornal;
 Fita crepe;

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_______________ Módulo II – Conhecimento Específico

 Pincel e tinta acrílica da sua preferência;


 Vaso de barro.

Com os materiais em mãos, aprenda como pintar vaso de barro


seguindo os seguintes passos:

 Use o jornal para cobrir a superfície em que o vaso de barro ficará;


 Vire o vaso de barro com a boca para baixo;
 Use a fita crepe para cobrir as partes do barro em que você não quer que leve
a tinta;
 Pinte o seu vaso de barro com as tintas acrílicas com as cores de sua
preferência, formando a silhueta de flores e folhas. E se você quiser uma
cor mais forte e intensa, aplique duas ou até mesmo três camadas de tinta,
porém sempre deixando a tinta secar muito bem entre uma camada e outra;
 Deixe o vaso de barro secar e em seguida tire as fitas crepe;

12. VAMOS INTERAGIR UM POUCO MAIS, NOS FALE SOBRE SUAS


PRODUÇÕES DE TRABALHO.

Você já desenvolve trabalhos com Artesanato em Cerâmica, se a resposta for


sim, nos fale um pouco sobre ele. (Caso a resposta seja não, nos diga quais seus
interesses)
Módulo II – Conhecimento Específico _______________

REFERÊNCIA

Escola Estadual de Educação Profissional – EEEP Ensino Médio Integrado á


Educação Profissional curso Técnico em Cerâmica.
https://www.brasilcultura.com.br/artesanato/como-surgiu-o-artesanato/
BASE CONCEITUAL DO ARTESANATO BRASILEIRO
https://www.vivadecora.com.br/revista/vaso-de-barro/

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