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MENSAGEM DO SECRETÁRIO

Prezado Educando

A inserção no mercado de trabalho tem sido um grande desafio. Diante das atribuições do
mundo tecnológico, as exigências por multifunções têm aumentado, logo a necessidade de
capacitação e profissionalização também tem crescido. A qualificação profissional surge
como uma ferramenta fundamental na busca por conhecimento e consequentemente na
construção de uma carreira profissional positiva.
Apesar do cenário adverso, o Pará é líder na geração de empregos entre os estados da
região Norte, com destaque para os setores do comércio, serviço, indústria e construção civil.
Em 2021 foram mais de 70 mil empregos gerados.
É pensando em você que o Governo do Estado lança o “Qualifica Pará”, programa de
qualificação que oferecerá uma gama de cursos profissionalizantes, voltados à formação e
ao aprimoramento de habilidades, que possibilitem aos trabalhadores atendidos, a execução
com maior qualidade de funções específicas demandadas em nosso estado. Estamos felizes
com a sua participação em um de nossos cursos. Sabemos o quanto é importante a
capacitação profissional para quem busca uma oportunidade de trabalho ou pretende abrir o
seu próprio negócio.
Cabe a cada aluno a busca pelo diferencial, pelo destaque, olhar competitivo, a procura por
novas tendências de mercado e o olhar atento para que possam, desta forma, alcançar
chances reais de trabalho, emprego e renda.
Cabe a nós, gestão pública, sermos os facilitadores, os indutores do processo de
qualificação e formação dos trabalhadores. Temos a certeza que iremos lhe proporcionar
muito mais que uma formação profissional de qualidade. O curso será o seu passaporte para
a realização de sonhos ainda maiores.

Sucesso!

Inocêncio Renato Gasparim


Secretário de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda
APRESENTAÇÃO

O presente Curso pertence a uma das etapas do Plano Estadual de Qualificação


Social e Profissional do Pará – PQSP/PA cujo objetivo é promover qualificação social e
profissional das pessoas, em situação de vulnerabilidade, oportunizando, assim, sua inserção
ou reinserção, no mercado de trabalho.
O referido material didático foi construído e organizado, a fim de proporcionar-lhe todo
embasamento teórico e prático, para que, durante as aulas, seja objeto de pesquisa ao qual
você possa recorrer, auxiliando com seu processo de aprendizagem e contribuindo para o
desenvolvimento de suas habilidades na área.
Ressaltamos que os conteúdos, aqui, apresentados servem como ponto de partida
dentro do universo do conhecimento necessário para o exercício da atividade em questão, e
foram elaborados com objetivo de despertar em você a busca por novos aprendizados.
Este Curso tem carga horária total de 120 horas e está dividido em dois módulos de
execução: Unidade I – Conhecimentos Gerais com carga horária igual a 20% da carga horária
total do curso, no qual serão abordadas as seguintes temáticas: Política Estadual de
Trabalho, Emprego e Renda do Estado do Pará; Preparação para o Mercado de Trabalho;
Valores Humanos, Ética e Cidadania; Saúde e Segurança do Trabalhador; Meio Ambiente e
Qualidade de Vida; Gestão de Pequenos Negócios; e Unidade II – Conhecimentos
Específicos com carga horária de 80% do total previsto para o Curso, cujos conteúdos
apresentados, referem-se àqueles necessários para formação profissional inicial por você
escolhida e que serão desenvolvidos de forma teórica e prática.
Esperamos que este curso contribua de forma efetiva para o alcance de seus objetivos
por meio do compartilhamento de experiências sociais e profissionais ao longo de suas fases
de execução. Contamos com o seu melhor aproveitamento, durante o período de realização
das atividades, e que, em um futuro bem próximo, você possa aplicar os conhecimentos aqui
adquiridos, conquistando seu lugar no mercado de trabalho.

Um pequeno passo pode mudar o mundo.


Seja a mudança!

Bons Estudos
Equipe ABRADESA
SUMÁRIO

UNIDADE I – CONHECIMENTOS GERAIS .............................................................................. 7


1. POLÍTICA ESTADUAL DE TRABALHO, EMPREGO E RENDA DO ESTADO DO PARÁ .. 7
1.1. A Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda – SEASTER .............. 7
1.2. Plano Estadual de Qualificação Social e Profissional do Pará – PQSP/PA .................... 7
1.3. Projeto Escrevendo e Reescrevendo Nossa História - PERNOH................................... 8
2. PREPARAÇÃO PARA O MERCADO DE TRABALHO ...................................................... 10
2.1. Elaborando o Currículo ................................................................................................ 11
2.2. A Entrevista de Emprego – O que fazer e não fazer .................................................... 12
3. VALORES HUMANOS, ÉTICA E CIDADANIA ................................................................... 13
3.1. Relações Interpessoais................................................................................................ 14
4. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR .................................................................. 14
4.1. Saúde do Trabalhador no Ambiente de Trabalho......................................................... 14
4.2. Prevenção de Acidentes de Trabalho .......................................................................... 15
5. MEIO AMBIENTE E QUALIDADE DE VIDA ....................................................................... 17
5.1. Entendendo a Educação Ambiental ............................................................................. 17
5.2. Higiene Pessoal e Qualidade de Vida .......................................................................... 18
6. GESTÃO DE PEQUENOS NEGÓCIOS .............................................................................. 19
6.1. Empreendedorismo ..................................................................................................... 19
6.2. Liderança e Gestão ..................................................................................................... 21
6.3. Associativismo e Cooperativismo ................................................................................ 22
6.4. Dicas para a Gestão de Pequenos Negócios............................................................... 23

UNIDADE II – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ................................................................. 25


1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 25
2. PERFIL PROFISSIONAL .................................................................................................... 25
3. ÉTICA E SIGILO PROFISSINAL ........................................................................................ 26
4. COMANDO, SUBORDINAÇÃO, HIERARQUIA E DISCIPLINA ......................................... 27
5. APRESENTAÇÃO PESSOAL – ASSEIO, POSTURA, DISCRIÇÃO, ORGANIZAÇÃO ..... 29
6. LEGISLAÇÃO APLICADA- CÓDIGO PENAL, CONSTITUIÇÃO FED., ESTATUTO ......... 30
6.1. Estatuto da Criança e do Adolescente ......................................................................... 32
7. TÉCNICAS DE SEGURANÇA E PROTEÇÃO PORTARIAS .............................................. 34
8. REGRAS GERAIS DE CONDOMÍNIO ................................................................................ 36
9. NOÇÕES DE PORTARIA VIRTUAL ................................................................................... 40
10. NOÇÕES DE SISTEMA DE SEGURANAÇA .................................................................... 43
11. CONTROLE DE ACESSO ................................................................................................ 45
12. NORMAS E PROCEDIMENTOS – RECEBIMENTO DE CORRESPONDÊNCIA ............. 45
13. SISTEMA DE COMUNICAÇÃO VIA RÁDIO, TELEFONE E OUTROS .............................47
14. VIGILÂNCIA DE INSTALAÇAO..........................................................................................51
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 54
Módulo I – Conhecimentos Gerais _____________________

UNIDADE I: CONHECIMENTOS GERAIS

1. POLÍTICA ESTADUAL DE TRABALHO, EMPREGO E RENDA DO ESTADO DO


PARÁ
1.1. A Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda – SEASTER

A Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda


(SEASTER) foi criada, inicialmente, com o nome de Secretaria de Estado de Assistência e
Desenvolvimento Social (SEDES) pela Lei Estadual nº 7.028, de 30 de julho de 2007,
modificada para SEASTER de acordo com a Lei Nº 8.096, de 1º janeiro de 2015.
A construção da Política Estadual de Trabalho, Emprego e Renda no Pará têm por
base as Competências legais conferidas à Secretaria de Assistência Social, Trabalho,
Emprego e Renda – SEASTER em cumprimento à sua missão institucional de:

Promoção, com qualidade e efetividade, do desenvolvimento social,


garantindo aos cidadãos, especialmente aos grupos da população em
situação de vulnerabilidade social, o direito e acesso à assistência social,
segurança alimentar e nutricional, e a promoção do trabalho, emprego e
renda.

No âmbito das políticas públicas de Trabalho, Emprego e Renda, cabe à SEASTER:


 Formular, coordenar, acompanhar e avaliar a Política Estadual de Trabalho,
Qualificação Profissional, Emprego e Renda do Estado;
 Estabelecer diretrizes para a política governamental nas áreas de geração de
emprego e de renda;
 Fomentar a geração de emprego e renda no âmbito estadual, visando garantir
consistência e amplitude à Política Estadual de Trabalho, Emprego e Renda;
 Promover e supervisionar o processo de qualificação de mão de obra sob a
responsabilidade do Governo do Estado do Pará;
 Apoiar, organizar e fomentar as iniciativas de produção familiar, comunitária, as
atividades econômicas orientadas e organizadas pela autogestão.
Assim sendo, a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e
Renda – SEASTER como responsável pela execução da Política Estadual de Trabalho,
Qualificação Profissional, Emprego e Renda no estado do Pará, têm como um de seus
projetos prioritários o Plano Estadual de Qualificação Social e Profissional – PQSP/PA.

1.2. Plano Estadual de Qualificação Social e Profissional do Pará – PQSP/PA

Lançado em novembro de 2015 o Plano Estadual de Qualificação Social e


Profissional – PQSP/PA tem como objetivo o atendimento às demandas quantitativa e
qualitativa de mercado de trabalho. Desde então a SEASTER, vem desenvolvendo a Política
de Trabalho e Emprego no estado do Pará, e com esta prerrogativa, absorveu as ações da
extinta SETER.
Frente ao desafio de qualificar profissionais dos diversos segmentos da economia em
nosso estado, o projeto se utiliza de metodologias e ferramentas pedagógicas apropriadas ao
desenvolvimento de capacidades profissionais, no ensejo de alcançar a inserção profissional
de trabalhadores no mercado de trabalho, e nivelar suas potencialidades, gerando renda e
novas oportunidades de trabalho, buscando a melhoria da qualidade dos serviços no estado,
em articulação com outros programas sociais de desenvolvimento, na perspectiva de
contribuir para a redução da pobreza e das desigualdades sociais e assim promover a
inclusão social através do trabalho.
7
_____________________ Módulo I – Conhecimentos Gerais
O PQSP é um instrumento voltado para a integração das políticas públicas de
qualificação, onde os participantes serão preparados para situações de prática profissional,
levando em consideração a relação entre experiência e aprendizagem no desenvolvimento de
pessoas e grupos. É importante destacar que a qualificação social e profissional se define no
PQSP-PA, como sendo uma ação de educação profissional de caráter includente, e que
contribui para a inserção e atuação cidadã no mundo do trabalho. Apresenta-se com cursos
de até 200 horas, que capacitam, aperfeiçoam e atualizam o trabalhador com diferentes
níveis de escolaridade, focando nos aspectos práticos da profissão, voltados para
empregabilidade.
Neste sentido, destacamos os Projeto Especiais que se caracterizam como um espaço
de integração das políticas de desenvolvimento, inclusão social e trabalho (em particular,
intermediação de mão de obra, geração de trabalho e renda e economia solidária), em
articulação direta com oportunidades concretas de inserção do trabalhador no mundo
produtivo, estruturado com base no planejamento participativo que envolve agentes
governamentais, empresariais e trabalhadores, dando particular atenção ao diálogo
permanente com a sociedade civil organizada.
São parceiros do PQSP-PA os órgãos de Governo do Estado, o Conselho Estadual do
Trabalho Emprego e Renda, as Comissões Municipais de Emprego e, os municípios
prioritariamente selecionados para o desenvolvimento do projeto.
A Política de Trabalho Emprego e Renda implementada através do Plano de
Qualificação Social e Profissional– PQSP/PA baseia-se em 4 eixos:
 Recepção ao benefício do Seguro Desemprego;
 Qualificação Social e Profissional;
 Intermediação para o Trabalho e Emprego;
 Empreendedorismo e Economia Solidária.
O PQSP vincula-se a outros programas sociais de desenvolvimento, na perspectiva de
contribuir para a redução da pobreza e das desigualdades sociais e assim promover a
inclusão social através do trabalho.

1.3. Projeto Escrevendo e Reescrevendo Nossa História - PERNOH


O Projeto Escrevendo e Reescrevendo Nossa História preenche a necessidade de
socialização de jovens e adultos residentes em áreas de risco ou de elevada criminalidade
(denominadas áreas vermelhas) e ressocialização também de jovens e adultos internos e
egressos das unidades socioeducativas de internação e do sistema penitenciário.
O nome do projeto com a palavra “ESCREVENDO” representa a ideia de prevenção,
visto que busca evitar e prevenir o ingresso de pessoas no mercado ilícito de trabalho para
garantir oportunidade no mercado lícito de trabalho com os cursos e oportunidades ofertadas,
de forma a registrar ou escrever a história de todos os participantes já mercado lícito de
trabalho. O termo “NOSSA HISTÓRIA” representa o fundamento de uma sociedade solidária
nas ações e consequências de um que vive na mesma época histórica, de forma computar a
atuação responsável, cooperada e integrada de cada um membro da sociedade na vida do
próximo. Em pequenas linhas essa é a explicação do nome do primeiro pilar do projeto. Já o
nome “REESCREVENDO” representa a possibilidade de todos os integrantes do projeto de
escrever uma nova história com fundamento na ideia de que já houve uma escrita anterior,
mas no mercado ilícito de trabalho, razão pela qual agora se “REESCREVE” para o mercado
lícito de trabalho.
Sob o viés da infância e juventude, verifica-se que ao longo da história da infância e
juventude no Brasil, a questão infracional sofreu diferentes interpretações até que fosse
inserida nos marcos legais e regulatórios brasileiros, fundamentada na doutrina da proteção

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Módulo I – Conhecimentos Gerais _____________________

integral, que passou a entender o adolescente autor de ato infracional como um sujeito de
direitos. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, e posteriormente o
Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) tornaram-se um divisor de águas no campo da
execução das medidas socioeducativas destinadas aos adolescentes que cometem atos
infracionais. Contudo, apesar de inegáveis avanços normativos no campo da organização do
atendimento socioeducativo, ainda se verifica uma enorme deficiência na criação e execução
de políticas públicas sociais capazes de coibir atos infracionais e resgatar as vidas desses
adolescentes infratores, permitindo que eles não voltem a cometer atos dessa natureza.
Sabe-se que centenas de jovens que cumprem medidas nas unidades
socioeducativas, quando retornam ao convívio familiar, não encontram apoio do Estado, por
não existir um programa voltado para os egressos do sistema. Estes jovens são discriminados
e possuem famílias completamente desestruturadas, problemas estes que se agravam em
face da ausência de oportunidades no mercado de trabalho, notadamente em virtude do
preconceito e da falta de capacitação profissional desses jovens.
A ideia do projeto “Escrevendo e Reescrevendo Nossa História” surgiu justamente daí,
da possibilidade de se contribuir positivamente pra um futuro promissor desses jovens,
garantindo-lhes uma melhor qualificação profissional e, sempre que possível,
encaminhamento ao mercado do trabalho e/ou auxílio técnico para abertura do próprio
empreendimento, tudo na tentativa de resgatar as vidas desses adolescentes e de seus
familiares, que são os maiores atingidos pelo envolvimento desses em atos infracionais.
Nesse sentido, o “Projeto Escrevendo Nossa História” é direcionado também aos
adultos em situação de risco social ou em situação de vulnerabilidade social, com perspectiva
de integração das famílias dos participantes. Prioritariamente, o objetivo do projeto é alcançar
o público que não chegou ao registro formal da criminalidade em qualquer faixa etária,
atuando no viés preventivo, a partir do oferecimento de alternativas de formação técnica,
artística e cultural para evitar que jovens e adultos que ainda não passaram pelo registro
público da criminalidade ou do mercado ilícito do trabalho, sejam direcionados ao mercado
lícito de trabalho. O Projeto, que foi inicialmente, inaugurado como piloto em Belém conta
ainda com uma iniciativa integrada chamada “Papo di Rocha”, ação existente dentro de ação
já em curso coordenada pela Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará –
SUSIPE, que consiste em um bate-papo com os participantes do projeto com a finalidade de
demonstrar as dificuldades e dissabores de seguir o crime, como exposição dos tipos penais
cometidos, tratamentos na prisão e no sistema internação ou penitenciário etc.
A metodologia de admissão no Escrevendo Nossa história abrange a pesquisa dos
boletins de ocorrência (BO) fracassados (ocorrências que só ficaram no registro e não deram
seguimento na persecução penal) perante a delegacia da infância e juventude e perante as
seccionais e delegacias de polícia civil e indicação de líderes de bairros para mapear os
possíveis entrantes no mercado ilícito de trabalho e posterior busca ativa por meio de
profissionais formados em assistência social, serviço social ou psicologia. Concomitante à
busca ativa, faz-se uma seleção no bairro de quaisquer interessados para participar do
projeto com o objetivo de integração social da comunidade.
O “Projeto Reescrevendo Nossa História” é direcionado a jovens e adultos internos e
egressos da Socioeducação e sistema penitenciário, com a mesma densidade e conteúdo
aplicados aos participantes do Escrevendo Nossa História. O projeto tem o cuidado de buscar
integrar nos mesmos locais diferentes o tratamento concedido aos egressos e internos da
socioeducação e do sistema penitenciário.
Ambos pilares (Escrevendo e Reescrevendo) do projeto propiciam o fornecimento de
cursos e treinamentos técnicos e profissionais, musicalidade, modalidades esportivas, cursos
de empreendedorismo etc., apoio familiar e comunitário das crianças, jovens e adultos

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_____________________ Módulo I – Conhecimentos Gerais
selecionados, apoio a familiares drogados e presidiários da família dos participantes dos
projetos, além de outras medidas de integração e apoio à estrutura familiar e social.
No projeto piloto em Belém, os dois pilares do projeto atenderam a aproximadamente
1.940 pessoas e 150 famílias, com a integração do projeto “Conquistando à Liberdade”, que
atua nos dois projetos por meio “Papo di Rocha”, que consiste em um bate-papo entre os
internos do sistema penitenciário com os participantes do Escrevendo a Nossa História para
demonstrar as más experiências e dissabores de seguir o crime. Além dessa importante
finalidade, busca-se conferir oportunidade de trabalho aos internos do sistema penitenciário
para a diminuição de pena por meio de serviços prestados em instituições públicas e privadas
onde os projetos são realizados.
Assim, ambos pilares do projeto têm como objeto a formação para o mercado de
trabalho por meio de cursos profissionalizantes, com possibilidade de geração de renda.
Tomando como ponto de partida e evolução histórica, a proteção e a aprimoramento de
medidas socioeducativas aplicadas ao adolescente infrator, que tem como base o Estatuto da
Criança e do Adolescente reconhecido mundialmente como um dos sistemas de garantia de
direitos fundamentais e controle social da delinquência juvenil, bem como a integração com a
oportunidade de emprego e renda que estejam nas áreas de risco ou já alcançados pelo
sistema de persecução penal.
Propõe-se além da reflexão sobre o conceito de reinserção social a efetivação da
cooperação e a continuidade de práticas socialização e ressocialização, buscando assim a
reestruturação social e familiar dos indivíduos inseridos neste contexto.
O Projeto por sua vez se justifica pela necessidade de resgatar a dignidade dos jovens
e adultos que estão ansiosos e sedentos por oportunidades, que os levarão a viver de forma
digna e em comunidade juntamente com a participação e envolvimento efetivo dos familiares
que representam um eixo fundamental, lhes dando o apoio necessário para a superação
destes e outros obstáculos que serão de suma importância para se alcançar o sucesso
esperado.
O mais gratificante é ver que em apenas 01 (um) ano de projeto, completado neste mês de
março/2018, já constata-se resultados engrandecedores desse trabalho, conforme se
observará de modo mais detalhado abaixo, contudo, apesar de saber que ainda é uma
sementinha, plantada recentemente, nota-se que a sociedade e os órgãos já estão
identificando a força do projeto, havendo cada dia mais o envolvimento da comunidade local e
a integração de novos parceiros, exemplo disso foi a entrada do Ministério Público do Estado
do Pará, no corrente ano, com o envolvimento de vários Promotores de Justiça e do Centro
de Apoio Operacional da Infância e Juventude – CAOIJ e aos ofícios e às varas judiciais das
execuções penais.

2. PREPARAÇÃO PARA O MERCADO DE TRABALHO

O atual cenário do trabalho


caracteriza-se por mudanças que se
produzem em ritmo muito acelerado.
Mudanças no Mercado de Trabalho,
decorrentes em grande parte das novas
tecnologias e das oscilações econômica e
que nos colocam frente a um quadro de
flexibilização e desregulamentação das
relações de trabalho, ao mesmo tempo,
em se aumentam as exigências de
qualificação e profissionalização como

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Módulo I – Conhecimentos Gerais _____________________

condição para a contratação, refletindo no aumento das taxas de desemprego.


Os desafios de entrar ou se reposicionar no mercado de trabalho são grandes. Muitas
pessoas, na maioria das vezes não sabem por onde começar, como conseguir um emprego
nos dias de hoje e o que fazer para se destacar, principalmente, pela forte competitividade, o
que exige um alto nível de empregabilidade1 para não ficar/continuar de fora do mercado de
trabalho. É necessário que se tenha um conjunto de conhecimentos e habilidades técnicas e
comportamentais valorizadas pelo mercado, uma vez que a maioria das empresas deseja são
colaboradores eficientes, inovadores e com competências de liderança.

2.1. Elaborando o Currículo


Quem busca por uma colocação no mercado ou por novas
oportunidades profissionais precisa estar atento na hora de redigir o
currículo. Porta de entrada do candidato para o mercado de trabalho, ele
deve ser objetivo, conter informações sobre as experiências do
profissional e estar de acordo com o cargo a que se destina. Além disso,
deve ter estrutura limpa, bem organizada e passar por minuciosa
revisão antes de ser enviado.
Você sabe o que não pode faltar em um bom currículo? E o que
é dispensável? Habilidades, pontos positivos, formação acadêmica. Confira algumas dicas
de como elaborá-lo de forma clara para aumentar as suas chances de ser selecionado.

 Dados Pessoais: Nome completo, idade e estado civil devem aparecer logo no início
do documento. É fundamental incluir também telefone e e-mail para que a empresa
possa contatá-lo facilmente.
 Objetivo: Seu objetivo profissional deve ser descrito em apenas uma linha,
abordando somente o cargo e a área de interesse. Evite indicar mais de uma área em
um mesmo currículo.
 Formação acadêmica: Coloque o nome da instituição de ensino, curso e datas de
início e término dos cursos que frequentou, apresentando-os por ordem de
importância (pós-graduação, graduação etc.). Cursos técnicos só devem ser citados
se tiverem relação com a área pretendida ou se você não possuir curso de graduação.
 Experiência profissional: Mencione nome da empresa, cargo, período de atuação e
suas atribuições de forma sucinta. Mas esteja atento para a descrição das atividades
desenvolvidas, pois é através deste item que o selecionador conhecerá o seu
potencial. Coloque-as, se possível, em forma de itens para facilitar a avaliação.
 Idiomas: Cite apenas o idioma e o nível de conhecimento que possui. Se você
estiver estudando algum, deixe isso claro no currículo. Lembre-se que se for
necessário para o cargo, você será testado e deverá comprovar o nível declarado.
 Informática: Coloque o nível real de seu conhecimento técnico das ferramentas de
informática e internet. Seja sincero, pois quando as vagas necessitam de algum
programa específico, testes podem ser aplicados.
 Cursos: Cite apenas os cursos relacionados à área de interesse. Coloque o tema e o
nome das instituições onde foram realizados.

Lembre-se:
- O currículo deve ter, no máximo, duas páginas com as informações necessárias para o
cargo.
- Coloque foto somente se for exigência para a vaga desejada. Neste caso, ela deve ser 3×4,
ter boa qualidade e priorizar uma postura profissional.
- Para quem busca o primeiro emprego, vale ressaltar no currículo as experiências na
faculdade, estágios, cursos, trabalhos voluntários, habilidades e aptidões.

1
O termo “empregabilidade” é usado para se referir à capacidade de uma pessoa estar empregada e,
sobretudo, de manter o trabalho que possui.
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_____________________ Módulo I – Conhecimentos Gerais
2.2. A Entrevista de Emprego – O que fazer e não fazer

Dois itens importantes para uma entrevista de emprego são preparação e confiança,
porém existe outros. Faz parte dessa preparação a coleta de todas as informações
complementares que lhe possa ser útil durante o processo da entrevista.
A entrevista de emprego é a ocasião que o recrutador tem para conhecer os
candidatos às suas vagas em aberto. É nessa hora que serão confirmados todos os dados
expostos no currículo e serão obtidos detalhes do perfil e da experiência dos interessados na
vaga.
Essa conversa frente a frente pode ser uma aliada, mas
também pode prejudicar o candidato. Por isso, é preciso
tomar cuidado com o que se fala e com a imagem transmitida.
Falar pouco é um problema. Mas falar demais pode ser ainda
mais perigoso. Certos assuntos não devem, de forma alguma,
ser discutidos durante a entrevista. Outros são extremamente
importantes e agregam pontos ao candidato.

10 PONTOS IMPORTANTES

i. SEJA PONTUAL: Quando você for chamado à entrevista, confirme a data e o horário,
assim como o local. Você deve planejar chegar ao local cerca de meia hora antes do
horário combinado. E se você, por alguma razão que fuja ao seu controle perceber que
não será capaz de cumprir o horário estabelecido, a melhor solução é ligar informando
com antecedência sobre o imprevisto.
ii. VESTIMENTA: Se vista de modo profissional, com uma roupa discreta, mas elegante.
Caso conheça a cultura da empresa, informal ou formal, vista-se de acordo. Mantenha
seu cabelo asseado, não chegue mascando chiclete, com cheiro de cigarro ou bebida,
muito menos impregnado com perfumes de cheiro exagerado.
iii. CONCENTRE-SE NO QUE VEIO FAZER: Fique concentrado na entrevista a pior coisa
do mundo é pedir que o entrevistador repita algo apenas para você.
iv. PRONTO CHEGUEI: Ao chegar ao local assegure-se de que a recepcionista está ciente
da sua presença. Dirija-se à recepção e educadamente informe seu nome, e o motivo da
sua visita.
v. SEJA ORGANIZADO: Se lhe for solicitado certificados de conclusões de cursos,
referências, e outros itens, tenha-os em mãos antes do dia marcado para a entrevista.
Com isso estará precavido contra imprevistos.
vi. FIQUE ATENTO À PRIMEIRA IMPRESSÃO: A primeira impressão é a que fica. Assim,
seja discreto e ao mesmo tempo sociável; observe seus gestos, como se expressa, como
se porta.
vii. ESTEJA PRECAVIDO CONTRA IMPREVISTOS: Pesquise e estude alguns exemplos de
questões normalmente levantadas durante as entrevistas. Por isso mesmo, antes do dia
marcado, revise tudo, documentos, horários. Vale treinar com um amigo ou familiar isso
te deixará mais tranquilo.
viii. DESCANSE BEM NA VÉSPERA: Assegure-se de ter uma boa noite de sono antes da
entrevista. Lembre-se, um corpo cansado não é capaz de suportar, ou enfrentar da forma
adequada, situações de estresse.
ix. ESCOLHA BEM SUAS REFERÊNCIAS PESSOAIS: Peça autorização prévia das
pessoas que usará como referência. Assegure-se de que elas falarão bem de você
quando solicitadas. Não indique antigos desafetos profissionais como referência.
Algumas empresas checam a situação financeira e avida social do candidato.
x. PRATIQUE: Pratique, avalie seus gestos e formas de expressão e tente melhorar para
não parecer artificial demais. Nunca minta, um recrutador experiente irá descobrir
facilmente.

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Módulo I – Conhecimentos Gerais _____________________

O que não falar!


 Não faça comentários pessoais sobre a empresa ou o chefe anterior.
Ex.: “Meu chefe era incompetente”. Atenha-se a informações formais,
como atribuições do cargo que ocupa e trabalhos desenvolvidos
 Não demonstre falta de interesse na vaga quando perguntado sobre o
porquê quis participar do processo – isso vai prejudicá-lo na seleção;
 Nunca coloque em questão a idoneidade da empresa. Fazer
comentários que indicam insegurança com relação aos serviços oferecidos pela
empresa é um erro incorrigível;
 Não questione o selecionador sobre costumes internos da empresa, como emendas
de feriados, por exemplo. Esse tipo de questionamento pode transmitir uma imagem
de profissional pouco comprometido com o trabalho ou desinteressado.

3. VALORES HUMANOS, ÉTICA E CIDADANIA


Valores é o conjunto de características de uma determinada pessoa ou
organização, que determinam a forma como se comportam e interagem com outros
indivíduos e com o meio ambiente. A palavra valor pode significar merecimento, talento,
reputação, coragem e valentia.
Assim, podemos afirmar que os valores humanos são valores morais que afetam a
conduta das pessoas. Esses valores morais podem também ser considerados valores sociais
e éticos, e constituem um conjunto de regras estabelecidas para uma convivência saudável
dentro de uma sociedade.
Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra
ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter.
Cidadania significa o conjunto de direitos e deveres pelo qual o cidadão, o indivíduo
está sujeito no seu relacionamento com a sociedade em que vive. O termo cidadania vem do
latim, civitas que quer dizer “cidade”. A cidadania pode ser dividida em duas categorias:
cidadania formal e substantiva.
A cidadania formal é referente à nacionalidade de um indivíduo e ao fato de pertencer
a uma determinada nação. A cidadania substantiva é de um caráter mais amplo, estando
relacionada com direitos sociais, políticos e civis.
A ética e a moral têm uma grande influência na cidadania, pois dizem respeito à
conduta do ser humano. Um país com fortes bases éticas e morais apresenta uma forte
cidadania.
O que é ética e o que é moral? Veja a seguir:
 MORAL - se refere às normas e leis que regem uma sociedade. Ela muda de local
para local, de época para época e de cultura para cultura.
 ÉTICA - se refere ao meu comportamento em relação com o outro, se o que eu faço é
bom tanto para mim quanto para o outro estou sendo ético.

Ética Moral

Não assassinar Ajudar que precisa.


Doar aquilo que você já não
Não violentar pessoas
mais usa.
Não cometer corrupção. Economizar água

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_____________________ Módulo I – Conhecimentos Gerais

3.1. Relações Interpessoais


Com certeza você já deve ter ouvido falar em relacionamento interpessoal. Uma
expressão muito usada no meio corporativo e é de extrema importância para o sucesso de
uma empresa.
Relacionamento interpessoal refere-se à
interação entre pessoas, grupos e times, seja ele no
meio profissional, pessoal ou familiar. Um termo usado
pela sociologia e psicologia para definir qualquer tipo de
relação entre duas ou mais pessoas.
Embora o ser humano seja um ser sociável, todo
relacionamento é complexo, pessoas são diferentes,
agem, pensam e comportam-se de forma diferente. E
em um contexto competitivo, como o ambiente de trabalho, esses fatores são ainda mais
agravantes, pois refletem diretamente nos resultados e performance da empresa e do
profissional.
Embora a expressão “relacionamento interpessoal” não seja comum na definição das
relações que cultivamos entre amigos, familiares e afetivos, no meio corporativo este conceito
é abordado desde a década de 70, quando as empresas notaram que o clima organizacional
influencia na lucratividade do negócio, exercendo impacto direto na produtividade e na
capacidade de inovação de seus colaboradores. O clima organizacional influencia o
comportamento de seus profissionais que, quando positivo, pode aumentar a produtividade e
lucratividade do negócio, assim como a motivação, bem-estar e satisfação do profissional,
mas, quando negativo pode prejudicar – e muito – o desempenho e qualidade de vida do
profissional e os resultados da empresa.
Assim, é imprescindível que as empresas e profissionais estejam atentas à qualidade
de seus relacionamentos interpessoais. O comportamento de um profissional e a forma com
que ele se comunica e relaciona com sua equipe pode ser um fator determinante para o
sucesso ou o fracasso de uma empresa.

4. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR2


Segurança e saúde no trabalho estão interligadas, e atuam diretamente nas condições
em que o colaborador labora. Essa dinâmica acontece sobretudo porque tanto uma quanto a
outra apresentam um objetivo em comum: a proteção e a promoção do bem-estar —
fundamentais para a qualidade de vida.
Apesar da conexão entre as duas, segurança e saúde são ciências diferentes, ou seja,
cada uma possui seus instrumentos de intervenção. Ambas, porém, são igualmente reguladas
pelas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho.

4.1. Saúde do Trabalhador no Ambiente de Trabalho


Quando falamos em segurança no trabalho, estamos nos referindo às medidas que
devem ser adotadas para se preservar o bem-estar do trabalhador e proteger a sua vida de
possíveis acidentes no ambiente laboral. A segurança, portanto, tem natureza preventiva — e
este é o seu traço mais característico.
Desse modo, são medidas de segurança:
 A preocupação com as instalações, para que não apresentem riscos de
acidentes;

2
Disponível em: http://blog.volkdobrasil.com.br/noticias/seguranca-e-saude-no-trabalho-entenda-a-
relacao-entre-elas

14
Módulo I – Conhecimentos Gerais _____________________

 A orientação sobre os procedimentos adotados para impedir situações de risco;


 A indicação de práticas seguras, como metodologias mais adequadas e os
equipamentos de proteção necessários para cada atividade.
Essas atribuições — analisar, orientar e decidir sobre segurança no trabalho — são
restritas ao Engenheiro de Segurança do Trabalho e ao Técnico em Segurança do Trabalho.
O principal documento para a elaboração de medidas de segurança da empresa é o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais — o famoso PPRA, cuja realização e
implementação são obrigatórias de acordo com Norma Regulamentadora n. º 9 (NR9) da
Legislação Trabalhista.
O PPRA é um instrumento valioso para a segurança no ambiente laboral. Isso porque
ele traz recomendações para a prevenção dos riscos ambientais existentes em cada função
da empresa, incluindo os agentes físicos, químicos e biológicos, reconhece, avalia e controla
os riscos por meio da minimização dos agentes causadores, quando possível, ou pela
recomendação do uso de Equipamentos de Proteção Coletivos ou Individuais (EPCs e EPIs)
Outro mecanismo que auxilia na manutenção da segurança no ambiente de trabalho é
a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), constituída por membros
representantes dos empregados, eleitos por meio de votação secreta dos colaboradores e,
também, por membros representantes dos empregadores. Algumas das atribuições da
Comissão são:
 Identificar riscos de processo nas variadas funções da empresa;
 Elaborar um plano de trabalho com ações preventivas de segurança;
 Implementar medidas de prevenção de riscos;
 Avaliar prioridades de ações no ambiente de trabalho;
 Fazer vistorias periódicas em todos os setores da empresa, com intuito de
atualizar o plano de ações preventivas de segurança.
Além dessas, uma das atribuições mais importantes da CIPA é realizar anualmente a
Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT), prevista pela Norma
Regulamentadora n.º 5 (NR5) da Legislação Trabalhista. O principal objetivo da SIPAT é
promover a reflexão e a conscientização acerca da segurança no trabalho.

4.2. Prevenção de Acidentes de Trabalho


a) A Saúde no Trabalho
A saúde no trabalho, por sua vez, está diretamente
relacionada às possíveis doenças ocupacionais e profissionais. Mais do que isso, ela também
diz respeito à preservação da qualidade de vida do trabalhador, considerando sua saúde
física, mental e social.
A saúde no trabalho deve incluir a avaliação da capacidade laborativa do funcionário e
suas condições de saúde ao iniciar suas atividades na empresa, assim como ao sair. Esse
objetivo é alcançado por meio da realização de:
 Exames ocupacionais admissionais;
 Exames ocupacionais periódicos;
 Exames ocupacionais de mudança ou retorno de função;
 Exames ocupacionais demissionais.
Essas avaliações geralmente incluem uma análise clínica, uma audiometria tonal e
exames laboratoriais específicos, dependendo dos riscos ambientais de cada função. Tudo
isso está previsto no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), o mais
importante instrumento para a manutenção da saúde no trabalho, cuja execução está prevista
na Norma Regulamentadora n.º 7 (NR7) da Legislação Trabalhista.
O PCMSO é de elaboração e implementação obrigatória para todas as empresas com
pelo menos um funcionário, e deve ser atualizado todos os anos. Quem realiza este programa

15
_____________________ Módulo I – Conhecimentos Gerais
são os Médicos do Trabalho ou outras pessoas capazes de desenvolver o que está previsto
na NR7, de acordo com o SESMT.
Outro importante documento da saúde no trabalho é a Análise Ergonômica,
estabelecida pela Norma Regulamentadora n.º 17 (NR17), que tem como principal objetivo
identificar as funções e os objetos do profissional, observando a existência de riscos
ergonômicos, a avaliação dos níveis de ruídos, de luminosidade e de temperatura do
ambiente que podem afetar a saúde dos funcionários.

b) A Relação entre Segurança e Saúde no Trabalho


Segurança e saúde no trabalho atuam juntas e se complementam, buscando garantir
um ambiente profissional melhor, mais seguro e mais saudável. E agora que você já sabe
quais são as atribuições de cada uma, vamos comentar sobre a dinâmica existente entre elas.
Para começar, é a partir da junção entre segurança e saúde no trabalho que a
empresa garante uma série de vantagens, como:
 Redução dos riscos de acidentes de trabalho;
 Promoção de um ambiente mais adequado ergonomicamente;
 Redução dos casos de doenças ocupacionais;
 Estabelecimento de melhores condições físicas e psicológicas de trabalho para
os colaboradores;
 Aumento da organização da empresa com a elaboração de planos de riscos;
 Diminuição dos gastos com pagamento de multas ou indenizações devido ao
descumprimento de normas trabalhistas;
 Aumento da qualidade de vida no ambiente de trabalho e, com isso, maior
produtividade por parte dos colaboradores.

Esses objetivos não podem ser alcançados se não forem obedecidas as Normas
Regulamentadoras previstas na Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). Atualmente,
existem 36 NRs aprovadas na legislação, sendo que as mais importantes para a segurança e
saúde no trabalho são:
 NR5, que prevê a formação de uma Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA);
 NR6, que torna obrigatório o uso de Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs)
 NR7, que regulamenta o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO);
 NR9, que regulamenta o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
(PPRA);
 NR17, que regulamenta a Análise Ergonômica.

O descumprimento das NR’s de segurança e saúde no trabalho por parte do


empregador acarreta uma série de consequências — como o pagamento de multas,
processos judiciais e, até mesmo, a interdição do imóvel ou paralisação das atividades.
Na empresa, cabe a todos o zelo por um ambiente mais seguro e saudável, mas o
empregador é totalmente responsável pela adoção de medidas de manutenção da segurança
e, também, de preservação da saúde de seus funcionários, devendo não apenas garantir a
presença de Técnicos de Segurança do Trabalho, psicólogos, médicos e enfermeiros, como
investir na devida comunicação entre equipes e da CIPA para com todos os funcionários.
No entanto, os colaboradores também têm papel fundamental na questão de sua
própria qualidade de vida no ambiente de trabalho, devendo colocar em prática todos os
conhecimentos adquiridos por meio da SIPAT, além dos treinamentos de segurança e
campanhas de saúde, promovidos pela empresa, obedecer às normas e, principalmente,

16
Módulo I – Conhecimentos Gerais _____________________

fazer uso dos Equipamentos de Proteção quando estes forem necessários para a realização
das suas atividades. Um colaborador que não acata aos procedimentos de segurança da
empresa pode até ser dispensado por justa causa.
De modo geral, segurança e saúde no trabalho só existem se todos os envolvidos se
dedicarem igualmente — empregador, funcionários e profissionais do Serviço Especializado
em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT. São os profissionais do
SESMT que avaliam, por exemplo, se determinada atividade de um trabalhador da empresa
se enquadra nas previsões normativas para a percepção do adicional de insalubridade ou de
periculosidade.
Podemos dizer, por fim, que esses dois fatores se relacionam principalmente porque a
preocupação com ambos aspectos é o que garante a qualidade de vida do trabalhador e seu
bem-estar dentro do ambiente de trabalho, proporcionando uma série de benefícios à
empresa.

5. MEIO AMBIENTE E QUALIDADE DE VIDA


5.1. Entendendo a Educação Ambiental

A Educação Ambiental surge com o propósito de despertar a consciência da


população global sobre os problemas ambientais consequentes das atividades humanas.
Conforme definido no Congresso de Belgrado, no ano de 1975, a Educação Ambiental
é um processo que visa “formar uma população mundial consciente e preocupada com o
ambiente e com os problemas que lhe dizem respeito, uma população que tenha os
conhecimentos, as competências, o estado de espírito, as motivações e o sentido de
participação e engajamento que lhe permita trabalhar individualmente e coletivamente para
resolver os problemas atuais e impedir que se repitam”.
A Educação Ambiental é uma vertente da educação direcionada aos assuntos
relacionados à interação homem-ambiente, despertando uma consciência crítica sobre os
problemas ambientais. Trabalha o lado racional juntamente com o sensível e de valores,
promovendo o desenvolvimento de novos valores e ações de respeito e proteção ao Meio
Ambiente.

a) Meio ambiente e Sustentabilidade


Meio Ambiente é o conjunto de forças e condições que cercam e influenciam os seres
vivos e as coisas em geral. Os constituintes do meio ambiente compreendem clima,
iluminação, pressão, teor de oxigênio condições de alimentação, modo de vida em sociedade
e para o homem, educação, companhia, etc.
Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que
visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das
próximas gerações. Ou seja, a sustentabilidade está diretamente relacionada ao
desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos
naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes
parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.

 Ações Relacionadas à sustentabilidade

 Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada,


garantindo o replantio sempre que necessário.
 Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica.
 Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois
estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos;

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_____________________ Módulo I – Conhecimentos Gerais
 Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada,
racionalizada e com planejamento.
 Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para
diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as
reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar.
 Criação de atitudes pessoais e empresariais voltadas para a reciclagem de resíduos
sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo,
possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo.
 Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de
matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia.
 Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o
desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos,
assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.

 Benefícios da Sustentabilidade – A adoção de ações de sustentabilidade garante a


médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das
diversas formas de vida. Garante os recursos naturais necessários para as próximas
gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios,
lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.

b) Utilização Consciente dos Recursos Naturais e Responsabilidade Social com o Meio


Ambiental
Consiste no uso dos recursos naturais de forma planejada para garantir sua utilização
pelas gerações futuras, de modo que produza o menor impacto ou degradação.
A conservação ambiental envolve atitudes individuais e coletivas. Inclui várias iniciativas
em pesquisa, educação, política e administração.
Responsabilidade social é o grau de obrigações que uma organização assume através
de ações que protejam e melhorem o bem-estar da sociedade à medida que procura atingir
seus próprios interesses. Refere-se ao grau eficiência e eficácia que uma organização
apresenta no alcance de suas responsabilidades sociais. Uma organização socialmente
responsável é aquela desempenha as seguintes obrigações:
 Incorpora objetivos sociais em seus processos de planejamento.
 Aplicar comparativas de outras organizações em seus programas sociais.
 Apresenta relatórios aos membros organizacionais e aos parceiros sobre os
progressos na sua responsabilidade social.
 Experimenta diferentes abordagens para medir o seu desempenho social.
 Procura medir os custos dos programas sociais e o retorno dos investimentos em
programas sociais.

Já ouviu falar sobre a política dos 5R’s? Faça um breve resumo sobre o assunto

5.2. Higiene Pessoal e Qualidade de Vida


O que é Higiene Pessoal?

A higiene pessoal é todo cuidado corporal. Ela não se


refere só a tomar banho e escovar os dentes para evitar o mau
hálito, cuidar do corpo e de sua limpeza; é também zelar pela
saúde. Tais hábitos, que para nós, são tão corriqueiros já foram,
no passado, totalmente desconhecidos, fato que contribuiu para
os grandes surtos de doenças como a peste negra (peste
bubônica), na Europa do Período Medieval e até para a

18
Módulo I – Conhecimentos Gerais _____________________

tuberculose, uma das doenças pulmonares dos séculos XIX e XX.

a) Cuidados com o corpo


Os cuidados de higiene corporal são muito importantes, tais como tomar banho
diariamente, cortar as unhas e mantê-las limpas, lavar as mãos constantemente e escovar os
dentes depois das refeições. São hábitos simples e corriqueiros que evitam doenças de pele,
contaminação por bactérias e as terríveis cáries dentárias.
Porém, a higiene pessoal envolve mais do que isso. É também dormir, pelo menos,
oito horas por noite para manter a mente e o corpo relaxados durante o dia, quando estamos
em plena atividade. O ambiente disponível para dormir tem que ser arejado, limpo, ter
temperatura e iluminação agradável para que a noite de sono seja revigorante.

b) Higiene Mental
Cuidar da mente é parte importante dos hábitos de higiene. Isso se concretiza quando
se realizam atividades relaxantes como sair com os amigos, ler, escutar música exercitar o
corpo ou fazer o que se gosta nas horas vagas.
Especialistas acreditam que manter essas atividades contribui para uma boa memória,
deixa a pessoa mais concentrada, o que ajuda no bom desempenho profissional e estudantil.

c) Promoção da Qualidade de Vida


Para um indivíduo ter uma boa qualidade de vida é fundamental a busca de hábitos
saudáveis. Estes, não devem ser feitos esporadicamente, mas sim com frequência (para toda
vida). A adoção destes hábitos saudáveis tem por objetivos a manutenção da saúde física e
psicológica, aumentando a qualidade de vida.
Principais hábitos saudáveis:
 Alimentação, nutritiva e de acordo com as necessidades de cada organismo;
 Prática regular de atividades físicas;
 Atividades ao ar livre e contato com a natureza;
 Não ter vícios (álcool, cigarro e outras drogas);
 Buscar se envolver em atividades sociais prazerosas e construtivas;
 Controlar e, na medida do possível, evitar o estresse;
 Estimular o cérebro com atividades intelectuais (leitura, teatro, etc);
 Buscar ajuda de profissionais da saúde quando apresentar doenças ou problemas
psicológicos.

6. GESTÃO DE PEQUENOS NEGÓCIOS


6.1. Empreendedorismo
Empreendedorismo significa empreender, resolver um problema ou situação
complicada. É um termo muito usado no âmbito empresarial e muita das vezes relaciona-se
com a criação de empresas ou produtos novos.
Empreender é também agregar valor, saber identificar oportunidades e transformá-las
em um negócio lucrativo.
O empreendedorismo é essencial nas sociedades, pois é através dele que as
empresas buscam a inovação, preocupam-se em transformar conhecimentos em novos
produtos. Existem, inclusive, cursos de nível superior com ênfase em empreendedorismo,
para formar indivíduos qualificados para inovar e modificar as organizações, modificando
assim o cenário econômico.

a) Características de um Empreendedor
i) Iniciativa: Em qualquer que seja a atividade, é importante ter a iniciativa. Sabemos
que a busca por oportunidades de negócios é constante, e isso tem feito muitas

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_____________________ Módulo I – Conhecimentos Gerais
pessoas desistirem dos seus planos. Para não fracassar também, fique sempre
atento ao que acontece no mercado em que vai atuar.
ii) Coragem para correr riscos: Muitos brasileiros riscam essa frase do seu vocabulário.
É importante ter coragem, seja qual for o projeto. Se você realmente busca ser um
empreendedor, arriscar-se faz parte do ato de empreender. E não se confunda:
correr risco é muito diferente de correr perigo, pois um empreendedor só corre
perigo se estiver desinformado. Agora se tem as informações, as suas decisões
serão tomadas com o risco calculado.
iii) Capacidade de planejamento: Esse quesito requer três respostas: ter a visão de
onde está aonde quer chegar e o que é preciso fazer. Com elas, será mais fácil
criar planos de ações e priorizá-los dentro do seu mais novo empreendimento.
Para ter e alcançar os objetivos determinados é preciso monitorar, corrigir e rever
o que você está realizando.
iv) Eficiência e qualidade: As pequenas empresas geralmente apresentam menos
recursos em suas fases iniciais e por isso acreditam que terão seu aproveitamento
prejudicado. Esqueça isso e não desista dos projetos estabelecidos! Ao invés de
se lamentar, procure garantir que esses recursos sejam bem aproveitados, não se
esquecendo de conquistar o cliente e o público alvo.
v) Liderança: A frase “o empreendedor deve ser o líder na sua empresa” deve ser
guardada em sua memória. Um bom empreendedor é aquele que ouve os
problemas de uma empresa, busca soluções para esses problemas, sabe
estimular permanentemente a equipe e está pronto para motivá-la. Com essa
postura, as chances de sua empresa ser um sucesso só tendem a crescer!

b) Tipos de Empreendedorismo

Há dois grandes grupos: os empreendedores por necessidade, que só empreendem


para sobreviver, e os empreendedores por oportunidade, que identificam um nicho com
potencial de crescimento. Veja a seguir os principais tipos propostos por José Dornelas e
descubra qual o seu perfil.
I. O Informal – Este tipo ganha dinheiro porque precisa sobreviver. “O informal está
muito ligado a necessidades. A pessoa não tem visão de longo prazo, quer atender
necessidade de agora”, diz Dornelas. O empreendedor deste perfil trabalha para
garantir o suficiente para viver, tem um risco relativamente baixo e não tem muitos
planos para o futuro. “Esse tipo tem diminuído bastante com iniciativas como o
Microempreendedor Individual (MEI)”, opina.
II. O Cooperado – Este tipo costuma empreender ligado a cooperativas, como artesãos.
Por isso, trabalho em equipe é primordial. Sua meta é crescer até poder ser
independente. “Empreende de maneira muito intuitiva”, explica Dornelas. Geralmente,
estes empreendedores dispõem de poucos recursos e tem um baixo risco.
III. O Individual – Este é o empreendedor informal que se formalizou através do MEI e
começa a estruturar de fato uma empresa. “Por mais que esteja formalizado, ele não
está pensando em crescer muito”, diz Dornelas. Este perfil ainda está muito ligado à
necessidade de sobrevivência e geralmente trabalha sozinho ou com mais um
funcionário apenas.
IV. O Franqueado e o Franqueador – Muitos desconsideram o franqueado como
empreendedor, mas a iniciativa de comandar o negócio, mesmo que uma franquia
deve ser levada em conta. Geralmente, procuram uma renda mensal média e o
retorno do investimento. Do outro lado, está o franqueador, responsável por construir
uma rede através de sua marca. “Costumam ser exemplos de empreendedorismo”,
afirma.
V. O Social – A vontade de fazer algo bom pelo mundo aliada a ganhar dinheiro move
este empreendedor. “Este tipo tem crescido muito, principalmente entre os jovens que,
ainda na faculdade, têm aberto o próprio negócio para resolver problemas que a área

20
Módulo I – Conhecimentos Gerais _____________________

pública não consegue”, diz Dornelas. Nesta categoria, trabalho em equipe é primordial
e o objetivo é mudar o mundo e inspirar outras pessoas a fazerem o mesmo.
VI. O Corporativo – É o intraempreendedor, ou seja, o funcionário que empreende novos
projetos na empresa que trabalha. “O dilema das empresas hoje é aumentar a
quantidade de pessoas com esse perfil”, explica. Seu principal objetivo é crescer na
carreira, com promoções e bônus.
VII. O Público – O empreendedor público é uma variação do corporativo para o setor
governamental. Para Dornelas, ainda existem muitos funcionários públicos
preocupados em utilizar melhor recursos e inovar nos serviços básicos. Sua motivação
está ligada ao fato de conseguir provar que seu trabalho é nobre e tem valor para a
sociedade.
VIII. O do Conhecimento – Este empreendedor usa um profundo conhecimento em
determinada área para conseguir faturar. É como um atleta que se prepara e ganha
medalhas importantes. “Eles sabem capitalizar para empreender e fazer acontecer,
como escritores e artistas”, explica. Eles buscam realização profissional e
reconhecimento com isso.
IX. O do Negócio Próprio – Este é o mais comum e costuma abrir um negócio próprio
por estilo de vida ou porque pensa grande. “Este é o mais se aproxima do visionário”,
define Dornelas. Dentro deste perfil, encontramos subtipos: o empreendedor nato, o
serial e o “normal”.
O empreendedor nato costuma ser tido como genial, com trajetória de negócio
exemplar, como Bill Gates. Já o serial é aquele que cria negócios em sequência. Ele não se
apaixona pela empresa em si, mas pelo ato de empreender. Por fim, o “normal” é o
empreendedor que planeja para minimizar os riscos e segue o plano estabelecido.
No fundo, todos procuram satisfação pessoal, autonomia financeira e querem deixar
um legado. “Esses modelos não são estáticos. Ele pode evoluir e mudar para outro tipo no
decorrer da sua vida”, explica Dornelas.

6.2. Liderança de Gestão


Ainda que o ser humano seja dotado de conhecimentos e habilidades, em muitas
situações é praticamente impossível trabalhar sozinho e conseguir o mesmo êxito se o
trabalho fosse realizado em equipe. Nesse sentido, Gestão é o processo de se conseguir
obter resultados (bens e serviços) com os esforços dos outros. A gestão tem a função de
interpretar os objetivos propostos e transformá-los em ação, através do planejamento,
organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e níveis
da empresa, a fim de atingir esses mesmos objetivos. Para compreender melhor faremos uma
breve abordagem de cada um desses conceitos.
 Planejamento – É o processo que determina antecipadamente o que deve ser feito
e como deve ser feito. Os planos devem servir de guias claros para os gestores e
todo o pessoal da empresa. Além disso, estabelecer a forma como a empresa se
irá desenvolver no futuro.
 Organização – É o processo de estabelecer relações formais entre as pessoas, e
entre os recursos, para atingir os objetivos propostos.
 Direção – É o processo de determinar, isto é, influenciar, o comportamento dos
outros. A direção envolve motivação, liderança e comunicação.
 Controle – É o processo de comparação do atual desempenho da organização,
apontando as eventuais ações corretivas. Mais que castigar, pretende definir
ações necessárias para corrigir os desvios no futuro.
Existem muitas diferenças entre gerir e liderar. A principal diferença reside na
capacidade de motivar outras pessoas a seguir uma determinada direção. Dizemos que um
líder tem a capacidade para criar um clima de confiança nos seus seguidores, enquanto um

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_____________________ Módulo I – Conhecimentos Gerais
gestor se limita a pedir e exigir em função de uma hierarquia pré-estabelecida. O ideal na
verdade é que todo gestor seja também um bom líder.

Fonte: Adaptado http://pt.slideshare.net/PauloSantos57/gesto-de-equipes-para- professores-v-final

6.3. Associativismo e Cooperativismo


Associativismo e cooperativismo estão relacionados a duas diferentes formas de
organização, cada uma com sua importância e peculiaridade.
De acordo com o SEBRAE, o associativismo une-se em prol de objetivos sociais. E o
Cooperativismo, em prol de objetivos econômicos. Entender as diferenças é fundamental
para se adequar ao modelo desejado.
A diferença essencial entre associações e cooperativas está na natureza dos dois
processos: as associações têm por finalidade a promoção de assistência social, educacional,
cultural, representação política, defesa de interesses de classe, filantropia. Já as cooperativas
têm finalidade essencialmente econômica e seu principal objetivo é viabilizar o negócio
produtivo dos associados junto ao mercado.
A compreensão dessa diferença é o que determina a adequação a um ou a outro
modelo. Enquanto a associação é adequada para levar adiante uma atividade social, a
cooperativa é mais adequada para desenvolver uma atividade comercial em média ou grande
escala de forma coletiva.

Tipo de vínculo e resultado


Nas cooperativas, os participantes são os donos do patrimônio e os beneficiários dos
ganhos. Uma cooperativa de trabalho beneficia os próprios cooperados e o mesmo acontece
em uma cooperativa de produção. As sobras das relações comerciais estabelecidas pela
cooperativa podem, por decisão de assembleia geral, ser distribuídas entre os próprios
cooperados. Além disso, há o repasse dos valores relacionados ao trabalho prestado pelos
cooperados ou da venda dos produtos por eles entregues na cooperativa.
Já em uma associação, os associados não são propriamente os donos. O patrimônio
acumulado pela associação, no caso de sua dissolução, deve ser destinado a outra instituição
semelhante, conforme determina a lei. Por outro lado, os ganhos obtidos pertencem à
sociedade e não aos associados, pois, também de acordo com a lei, tais ganhos devem ser
destinados à atividade-fim da associação.
A associação tem uma grande desvantagem em relação à cooperativa, pois ela
engessa o capital e o patrimônio. Em compensação, tem algumas vantagens que compensam
para grupos que querem se organizar: o gerenciamento é mais simples e o custo de registro é
menor. Contudo, se o objetivo for econômico, o modelo mais adequado é a cooperativa.

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Módulo I – Conhecimentos Gerais _____________________

Cooperativa de trabalho:
A lei 12.690 de 2012 em seu Art.2°Considera Cooperativa de Trabalho a sociedade
constituída por trabalhadores para o exercício de suas atividades com proveito comum,
autonomia e autogestão para obterem melhor qualificação e renda, situação socioeconômica
e condições gerais de trabalho.
A autonomia de que trata a lei, deve ser exercida de forma coletiva e coordenada,
mediante fixação, em Assembleia Geral, das regras de funcionamento da cooperativa e da
forma de execução dos trabalhos, nos termos desta Lei.
Em seu art. 2, § 2° a Lei ainda Considera autogestão como sendo o processo
democrático no qual a Assembleia Geral define as diretrizes para funcionamento e as
operações da cooperativa, onde os sócios decidem sobre a forma de execução dos trabalhos,
nos termos da lei.
 Tipos de cooperativa de trabalho
A Cooperativa de Trabalho pode ser:
I – De produção, quando constituída por sócios que contribuem com o trabalho para a
produção em comum de bens e a cooperativa detém, a qualquer título, os meios de produção;
II – De serviço, quando constituída por sócios para a prestação de serviços
especializados a terceiros, sem a presença dos pressupostos da relação de emprego.

6.4. Dicas para Gestão de Pequenos Negócios


Abrir um negócio é sempre um grande desafio. Muitos empreendedores se concentram
apenas na ideia e esquecem o principal: elaborar um bom planejamento estratégico e
financeiro. A cada 100 empresas abertas no Brasil, pouco mais de 75 sobrevivem ao primeiro
ano, segundo o SEBRAE. Para Vinícius Roveda os cuidados dos empreendedores iniciantes
devem ser redobrados. Com o objetivo de ajudar quem está começando, ele listou 12 dicas
para quem quer evitar os erros mais comuns ao abrir um negócio:
 Compartilhe a sua ideia – Essa atitude, mesmo em um estágio inicial do negócio, pode
economizar um bom tempo e muito dinheiro. Esqueça o medo de que alguém irá copiar o
seu projeto e compartilhe o que pensa com outros empreendedores, principalmente com
aqueles que já tiveram alguma experiência semelhante.
 Valide o seu modelo de negócio – A falta de planejamento é uma das principais causas
de mortalidade das empresas. Os erros são comuns, mas o importante, segundo ele, é
que as falhas sejam encaradas como um aprendizado. O ideal é testar e validar seu
negócio o mais rapidamente possível – e não ter medo de mudar completamente a
estratégia caso seja preciso. Lembre-se de que, se você invalida uma ideia em pouco
tempo, o prejuízo é menor.
 Conheça profundamente os seus clientes – Quanto mais você conhecer o seu cliente,
maior será a probabilidade de você ter sucesso. Mas não basta apenas ter informações
do tamanho do seu público-alvo e de sua preferência. Também é importante entender o
comportamento, os hábitos e as rotinas de quem você quer atingir. Com essas
informações em mãos, é possível personalizar produtos ou serviços, conquistar os
usuários e obter sucesso mais facilmente.
 Fuja da informalidade – Empreendedores iniciantes se veem tentados a começar suas
atividades de maneira informal. A intenção principal é fugir dos impostos. No entanto,
sem a formalização, o seu negócio fica impedido de crescer. A capacidade de emitir nota
fiscal, criar uma conta bancária como pessoa jurídica, obter máquinas de cartão de
crédito e solicitar empréstimos públicos é exclusiva para quem tem um CNPJ.
 Seja um bom gestor administrativo – Ter experiência no ramo de atuação é
importante, mas não é tudo. Boa parte dos empreendedores iniciantes acredita que é
possível administrar uma empresa com o conhecimento adquirido em uma graduação
específica. Para Roveda, tal postura é inadequada. Sem conhecimento em
administração, o empresário corre o risco de ver o negócio afundar.

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_____________________ Módulo I – Conhecimentos Gerais
 Tenha uma vida financeira organizada – Muitos empreendedores vivem mergulhados
em uma completa desorganização financeira, algo terrível para os negócios. Para “sair do
vermelho”, o primeiro passo é organizar seu fluxo de caixa. Com planilhas simples, é
possível controlar os valores que entram e saem, inclusive com previsões futuras. Alguns
softwares de gestão auxiliam o controle financeiro, informando o que vence e o que
deverá entrar no seu caixa. Dessa forma o empresário terá total controle da situação
monetária e poderá planejar o crescimento saudável do negócio.
 Separe despesas pessoais e empresariais – Às vezes, por causa de apertos
financeiros ou pura desorganização, o empreendedor usa o dinheiro da empresa para
pagar despesas pessoais – ou vice-versa. Segundo Roveda, esse é um dos erros mais
comuns entre os donos de pequenos negócios. Ele recomenda que o empreendedor fixe
uma retirada mensal dos ganhos do negócio – valor tecnicamente chamado de pró-labore
– e reinvista o resto dos lucros na própria empresa, estimulando seu crescimento.
 Defina o valor do seu produto de maneira consciente – Empreendedores iniciantes
também costumam errar muito na hora de definir a margem de lucro e fixar preços de
produtos. É comum encontrar empresários que vendem muito, mas se queixam de não
ver o dinheiro entrar. Isso acontece em razão de cálculos equivocados. Saiba que há
técnicas corretas para definir margens de lucro e preço de produtos e serviços. Se você
não as conhece, está na hora de rever as finanças da empresa, segundo Roveda.
 Saiba negociar – Cortar gastos e economizar ao máximo: o empreendedor que pensa
assim vai longe. Uma estratégia importante para conseguir o melhor aproveitamento dos
recursos é negociar com os fornecedores. Se você tiver um bom fluxo de caixa,
conseguirá fazer compras grandes com pagamento à vista, o que pode significar custos
menores na hora de repor o estoque e lucros mais altos no momento das vendas.
 Gerencie seu estoque – O gerenciamento de estoque também é um dos pontos
fundamentais para o sucesso de um negócio, seja ele virtual ou físico. Todo
empreendedor deve ter em mente que, se vender, precisa entregar. Por este motivo, é
importante saber exatamente a quantidade de cada item disponível. Caso você trabalhe
com mercadorias de curto prazo de validade, o controle deve ser ainda mais rigoroso.
 Adote estratégias de comunicação – Estratégias de comunicação devem ser adotadas
em qualquer negócio, seja ele de grande ou pequeno porte. Algumas medidas criativas
podem ser adotadas sem grandes custos. Uma newsletter para o e-mail dos seus
clientes, informando sobre novidades e promoções, é uma forma relativamente barata de
informá-los. As redes sociais, segundo Roveda, não podem ser deixadas de lado.
 Seja criativo – Não é preciso “reinventar a roda”. Mas soluções criativas e diferenciais
exclusivos são decisivas para levar sua empresa ao sucesso.

24
Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

UNIDADE II: CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

1. INTRODUÇÃO

A Profissão de Agente de Portaria

Os espaços de atuação dos profissionais de portaria e recepção vêm requisitando


cada vez mais qualificação humana, acadêmica e funcional em decorrência das demandas
sociais, do uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), na implantação de
processos para a promoção da Qualidade nos Serviços de Portaria e Recepção, os quais
ficam submetidos a processos de execução e monitoramento da qualidade na prestação
desses serviços.
Cada vez mais é requerido dos profissionais o conhecimento e a correta utilização das
ferramentas de controle que se voltam à Segurança Patrimonial, envolvendo o uso de
tecnologias de controle informatizado nas portarias e recepções (identificação), não só em
função da própria concorrência acirrada entre profissionais que buscam atender as
necessidades de mercado a fim de garantir uma melhor ou a manutenção da colocação
profissional, mas principalmente no atendimento personalizado a clientes internos e externos,
sejam eles visitantes, condôminos, locatários, inquilinos, prestadores de serviços ou agentes
dos serviços públicos ou particulares. A profissão de Porteiro ou Vigia, atualmente, não é
mais tão modesta e desacelerada como há tempos atrás.

2. PERFIL PROFISSIONAL.

A função de Porteiro não é apenas abrir e fechar portas e portões. O profissional de


portaria deve saber orientar e tomar decisões diante de inúmeras situações, por isso, essa
função exige pessoas responsáveis e bem preparadas. “O trabalho desse profissional é muito
importante para a manutenção e segurança em prédios, clubes e condomínios”.

Atribuições do porteiro, sem contudo, esgotá-las nas atividades mais adiante listadas, tais
como:

 Receber correspondências;
 Entregar ou distribuir no escaninho;
 Controlar entrada/saída de pessoas, veículos e materiais;
 Atender interfone e/ou telefone, abrir e fechar portas/portões nos horários;
 Apagar e acender luzes, controlar o quadro de chaves (claviculário);
 Manter os superiores informados, anotar sugestões e reclamações;
 Zelar pela segurança de processos e patrimonial (em geral) etc.

Comportamento Profissional:
 Exercer a hospitalidade com os moradores, visitantes, com cortesia, clareza,
objetividade, profissionalismo na recepção de pessoas;
 Apresentar-se de forma adequada, mantendo o uniforme dentro dos padrões do
condomínio, mantendo a higiene pessoal, causando boa impressão, resguardando a
sua imagem e da empresa que representa;
 Resolver problemas e enfrentar situações imprevistas, mantendo a ordem no
ambiente, agindo com calma, educação, propondo soluções criativas quando
necessário;
 Portar-se com desenvoltura nas diversas situações de convívio profissional e social.

25
_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

 Agir com ética, mantendo discrição em relação às informações sobre os moradores.

3. ÉTICA E SIGILO PROFISSIONAL

A ética profissional refere-se a princípios que regem


o comportamento de um trabalhador e da sua equipe no
ambiente de trabalho. São “caminhos” de como uma
pessoa deve agir em relação a outras pessoas e
instituições, incluindo a própria empresa onde trabalha.
Todos os integrantes de determinado time vão usar dos
mesmos princípios éticos profissionais, mesmo que cada
um possua valores próprios.

 Padrões de comportamento

Discrição: Qualidade do que é discreto, não daquele que descreve. É a postura de reserva a
certos comentários referentes a pessoas e ao trabalho, com aqueles que tais informações não
dizem respeito ou que podem utilizá-las para o mal ou denegrir a imagem de alguém ou de
alguma empresa e sua marca.

Conduta ética: A Ética diferencia-se da moral pela sua condição teórica que avalia as ações,
indicando o modo mais aceito ou universal que uma conduta ou ação deva ter. Naturalmente
quem é antiético conhece e viola de forma proposital. No mais, ações podem ser
consideradas imorais e ilegais, já que as leis emanam da moral de um povo, que é formada
pelos seus hábitos, costumes e pela cultura: o que é certo aqui pode não ser noutro país.

Comentários: Deve-se evitar certos comentários, referindo-se a colegas, ao sigilo


profissional ou sobre qualquer outro usuário do local em que trabalha.

Gentileza: Trate os outros como gostaria de ser tratado e lembre-se: “Gentileza gera
gentileza”.

Cooperação: Essencial para o bom trabalho em equipe.

Prontidão: É estar em alerta para tomar as iniciativas necessárias a cada caso.

Disponibilidade: É estar acessível a colegas, prestador de serviço ou visitantes

Atenção: Base elementar da prevenção em segurança patrimonial, atuando contra furtos,


roubos, acidentes e mal entendido entre colegas e clientes em geral.

Cuidado: este tópico é bem amplo e devemos ter cuidado com as pessoas e na relação com
elas, patrimônio da empresa e principalmente com crianças, idosos e gestantes,
desempenhando uma função verdadeiramente social ao proteger e auxiliá-los, visando o bem
deles.

4. COMANDO, SUBORDINAÇÃO, HIERARQUIA E DISCIPLINA.

 Hierarquia condominial

26
Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

É de suma importância ter conhecimento acerca da hierarquia presente dentro dos


condomínios, que envolve os principais agentes responsáveis pela organização e execução
das normas e regras, sendo eles: síndico, subsíndico, zelador e porteiro. Segue abaixo o
organograma que exemplifica de forma clara como se dá esse gerenciamento.

 Atribuições
Para o bom desenvolvimento das atividades no Condomínio é importante que o
síndico saiba as atribuições de cada função, visto que cada profissional desenvolve uma
função dentro da organização condominial, sendo assim, a uma subordinação entre as
funções, algo que deve estar bem claro para todos os profissionais, até mesmo para evitar
acumulo de função bem como problemas trabalhistas:

 Zelador
Dentre os empregados do Condomínio o zelador ocupa papel de destaque, coordena
e acompanha as atividades desempenhadas pelos demais empregados. Além disso, é o
profissional que mantém contato direto com a administração do Condomínio.

São atribuições do zelador:

 Auxiliar o Síndico na seleção e na avaliação dos empregados do Condomínio;


 Controlar o ponto dos empregados, principalmente no que se refere à pontualidade
e assiduidade;
 Distribuir aos demais empregados os serviços do dia, providenciar a entrega do
material e equipamentos necessários ao serviço, procedendo à fiscalização dos
trabalhos;
 Levar ao conhecimento do Síndico qualquer falha cometida por empregados,
fazendo um relato justo do ocorrido;
 Fiscalizar o uso do cadastro de moradores e providenciar para que se mantenha
atualizado, renovando quando necessário;
 Manter o controle sobre o uso, a rentabilidade e a eficiência do material de limpeza,
elaborando a lista de pedido com antecedência mínima de 15 (quinze) dias;
 Verificar se o sistema de iluminação dos corredores, e demais áreas externas,
estão em pleno funcionamento;

27
_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

 Verificar o funcionamento dos elevadores. Em caso de defeitos ou irregularidades,


avisar imediatamente à empresa responsável, para as providências necessárias;
 Verificar o funcionamento das bombas d’águas, no caso de irregularidade,
comunicar imediatamente ao síndico o defeito constatado;
 Verificar se está subindo água para as caixas d’água;
 Fiscalizar a retirada do lixo e sua coleta;
 Providenciar imediatamente à chegada e distribuição de correspondências;
 Percorrer os corredores, escadarias e áreas comuns, verificando o andamento dos
serviços de limpeza.
 Solicitar aos moradores a retirada de roupas ou tapetes pendurados nas janelas;
 Recomendar aos moradores que acondicionem o lixo volumes de tamanho
adequado;
 Verificar diariamente o estado de limpeza e desinfecção dos tubos coletores de lixo
e das lixeiras;
 Fiscalizar o uso dos elevadores, social e de serviço;
 Não abandonar o edifício sob nenhum pretexto, para atender assuntos que não se
relacionem com o mesmo. No caso de necessidade absoluta, deixar sempre
alguém na portaria, evitando que esta fique abandonada, informando ao substituto
temporário para onde vai e quanto tempo ficará ausente;
 Não permitir a entrada de pessoas estranhas, devendo acompanhá-las ao destino
procurado, em caso de dúvida. Aos vendedores ou demonstradores, é vedado o
acesso, a menos que solicitado por algum morador;
 Proteger convenientemente os elevadores nos casos de entrada ou saída de
mudanças ou volumes grandes, observando o horário estabelecido para este
movimento. Qualquer alteração de horário somente poderá ser efetivada com a
autorização do síndico, e em casos especiais;
 Verificar diariamente se existem lâmpadas queimadas os pontos que não estejam
funcionando adequadamente, anotar o fato e providenciar o reparo necessário;
 Manter sempre limpos e prontos para serem usados os instrumentos para
pequenos reparos elétricos e hidráulicos, os quais devem ser guardados em locais
de fácil acesso e sob a sua guarda e responsabilidade;
 Verificar periodicamente o estado e a validade dos extintores, registros e
mangueiras de incêndio, comunicando qualquer irregularidade;
 Solicitar o comparecimento da polícia, em caso de necessidade, evitando alarmar
os moradores;
 Em caso de incêndio, avisar imediatamente o Corpo de Bombeiro, providenciando
para que não haja pânico entre os moradores;
 Fazer pequenos reparos e consertos que estiverem a seu alcance;
 Examinar dentre outros, cadeados, fechaduras, eliminar os vazamentos de
torneiras, válvulas de descarga, regularizar curto-circuito, nas áreas comuns do
prédio;
 Atender a todos os condôminos com respeito, delicadeza e imparcialidade;
 Zelar pelo jardim e regá-lo pelo menos uma vez ao dia.

 Porteiros
As funções dos porteiros, diurnos e noturnos, são controladas pelo zelador e/ou pelo
Síndico, conforme as necessidades do Condomínio. Contudo o porteiro da noite terá as

28
Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

mesmas responsabilidades do zelador, quanto a manutenção da ordem durante o seu horário


de trabalho.

Suas atribuições estão assim discriminadas:

 Verificar, juntamente com o zelador, as partes comuns do prédio, ao iniciar a jornada


de trabalho;
 Cuidar para que não haja desperdício de energia elétrica, desligando, após as 22h as
luzes dos corredores e reduzindo a iluminação de áreas comuns, deixando bem
iluminado somente o hall de entrada;
 Trancar todas as portas de acesso ao prédio após as 22h, exceto a porta de entrada
social, que no caso deverá ficar fechada, porém destrancada;
 Não permitir a entrada de pessoas estranhas após as 22h, quando for o caso, solicitar
ao morador procurado que venha recebê-la;
 Manter sob severa vigilância as áreas externas e a garagem ou estacionamento de
veículos;
 Não permitir agrupamento de pessoas, moradores ou estranhos, nas proximidades do
Condomínio;
 Cuidar para manter a ordem e a moral, não permitindo a entrada de pessoas que, a
seu critério, possam comprometer o prédio e seus moradores, podendo para isso, se
for necessário, contar com a ajuda policial;
 Levar ao conhecimento do zelador irregularidades constatadas;
 Evitar comentário sobre assuntos que não estejam relacionados a seu serviço;
 Não abandonar a portaria sob nenhum pretexto, para atender a favores de qualquer
pessoa, mesmo que seja morador do prédio.

5 APRESENTAÇÃO PESSOAL – ASSEIO, POSTURA, DISCRIÇÃO, ORGANIZAÇÃO


E LIMPEZA DO LOCAL DE TRABALHO.

Apresentação pessoal:

 Cuidado pessoal: refere-se ao cuidado com o uniforme alinhado e passado, cabelo


cortado, unhas limpas e cortadas, barba feita dentre outros cuidados básicos;

 Higiene em geral: engloba, além dos itens anteriormente citados, também o cuidado e
a preservação da limpeza do local de trabalho, sempre manter limpo e organizado;

 Boas maneiras: devemos nos adaptar aos costumes locais, que compõem a
moralidade de um povo, não destoando dos demais nem faltando com o respeito;

 Primeira impressão: não resta a menor dúvida que à falta de elementos anteriores que
configurem uma visão ou imagem que possamos formar de uma pessoa ou lugar de
forma contínua e efetiva, é natural que na reunião dos elementos indicados como
mínimos para uma boa primeira impressão, conquistaremos o cliente.

29
_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

Higiene Pessoal, boas práticas:

6. LEGISLAÇÃO APLICADA – CÓDIGO PENAL, CONSTITUIÇÃO FEDERAL,


ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E ETC.

Legislação de condomínio: Seja porteiro ou morador, é essencial que você conheça a


legislação que regem os condomínios, sendo elas, leis e regras condominiais, saiba onde
consultá-las e tirar todas as suas dúvidas. Vamos lá?

A vida em condomínio nos traz uma série de vantagens, como serviços e espaços de
lazer que podemos usar em nosso dia a dia. Porém, há diversas regras que devem ser
seguidas para que a convivência com os vizinhos seja boa e saudável. Como eu e minha
família podemos usufruir dos espaços de lazer? Podemos ter animais de estimação?
Com a urbanização, a vida em prédios se torna cada vez mais comum. Nesse
contexto, em que os condomínios passam a abrigar mais moradores, é preciso ter regras bem
estabelecidas para manter a ordem no dia a dia e garantir o conforto e o bem-estar de todos.
Por isso foram criadas as leis de condomínio, o conjunto dá origem ao chamado Direito
Condominial, que fala da administração do condomínio, mas também de temas tangentes,
como locações.

As leis de condomínio são conjuntos de regras que orientam as atividades e a


vivência no espaço. O principal instrumento que as determina é o Código Civil, que deve ser
conhecido para que a comunidade siga a legislação brasileira. Porém, há também outras leis
e normas estabelecidas pela convenção do condomínio e seu regimento interno. Neste
material, você vai conhecer as leis e convenções que regem a vivência e a administração dos
condomínios, saiba como elas funcionam e quais são as principais regras que devem ser
conhecidas pelos moradores. Boa leitura!

 Código Civil

30
Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

O Código Civil é o conjunto de regras


superior entre as que orientam a vida em condomínio.
Ele está em vigor desde 2003 e tem diversos artigos
que falam sobre multas, casos de inadimplência,
formação de convenções, funções e destituição do
síndico, direitos e deveres dos condôminos, entre
outros.
Essa ferramenta é um norteamento legal
para a vida e a administração em condomínios
residenciais, por isso deve ser seguida por todos os que residem em residenciais. Destaca-se
que é no Código Civil que se baseiam as demais leis do condomínio e, caso haja dúvidas
sobre o cumprimento de determinada regra, deve-se recorrer a ele para consultar a lei
superior.

 Lei nº 4.597/64
Há também outras ferramentas que estabelecem normas e regras para a vida em
condomínio. A Lei nº 4.597/64, também conhecida como Lei do Condomínio, é uma delas. Ela
surgiu em 1964 e trata de assuntos como o direito à propriedade, despesas do condomínio e
as formas de utilização dos edifícios. Após a publicação dos artigos do Código Civil ela teve
parte de seus artigos substituída e se tornou secundária, sendo válida apenas para temas que
não são cobertos pelo Código.

 Convenção do condomínio
A Convenção do condomínio é o conjunto das principais normas de convivência e
administração do espaço. Ela determina regras para o uso de áreas comuns, para o
gerenciamento do condomínio e quaisquer outras regras que não sejam contempladas pelo
Código Civil. O documento também determina casos em que devem ser aplicadas
advertências ou multas, prazos e regras para o uso de espaços de lazer, como a piscina e a
quadra, por exemplo. Assim, facilita o trabalho do síndico e esclarece para os moradores
como eles devem agir e usar o espaço.

 Regimento interno do condomínio


O regimento interno aborda questões cotidianas do condomínio e tem como objetivo
deixar claras as regras de relacionamento entre os moradores. Por exemplo, é no regimento
que um condômino descobre se ele tem permissão para ter animais de estimação e se pode
contratar funcionários do condomínio para realizar serviços particulares. Esse documento
deve ser feito pelos moradores e ser aprovado pela maioria simples em assembleia. Ele
também integra a Convenção do Condomínio.

 Principais regras de condomínio


Agora que você já conhece todos os documentos que reúnem as leis e as normas de
um condomínio, veja quais são as regras para as ocorrências mais frequentes.

 Convivência com os outros moradores


Respeitar o espaço do outro é fundamental para a vida em comunidade, por isso, é
muito importante que as regras do condomínio sejam claras e que todos as conheçam, pois
quando o assunto é a convivência entre os moradores, as normas se tornam mais
importantes ainda. Nesse caso, o Código Civil diz que um morador não pode interferir no
direito dos outros de utilizarem os espaços em comum, ou seja, um condômino não deve usar

31
_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

espaços como piscina, academia e saguão de uma maneira que impeça ou inviabilize o uso
por outras pessoas.
O salão de festa, porém, costuma ser usado em eventos particulares, sendo alugado
com antecedência e usado com exclusividade em muitos condomínios. No caso desse
espaço, é o regimento interno que estabelece as regras para uso e limpeza; outra questão
que costuma trazer desentendimentos é o barulho, é comum que vizinhos reclamem quando
há música alta ou muito barulho vindo de outros apartamentos. Por isso, é preciso conhecer
as leis do Município ou Estado que determinem horários de silêncio e a convenção do
condomínio.

 Animais de estimação
Nenhum condomínio pode impedir que seus moradores tenham animais de
estimação. No entanto, é muito importante que os condôminos tenham atenção ao seus pets
para garantir que eles não tragam incômodos aos vizinhos.
Reclamações por barulho são muito comuns. Nesse caso, há moradores que
chegam a fazer reclamações formais com a administração do condomínio, para evitar casos
como esse, conheça a medida aceitável de ruídos, os horários de silêncio e acompanhe o seu
pet de perto.

 Horário para fazer mudança e obras


Obras e mudanças também costumam gerar ruídos, para garantir que elas não
incomodarão os vizinhos, é importante ter o elevador de serviço reservado para o transporte
desses objetos, consulte o regimento interno e veja o horário em que essas ações são
permitidas. Normalmente, mudanças e reformas podem ser feitas em horário comercial — de
segunda a sexta, de 8h às 18h, e sábado de 8h às 12h ou 14h.

 Uso de espaços comuns


Como usar o salão de festas? É preciso fazer reserva? Posso ter convidados para
usar a quadra e a piscina? Essas são dúvidas comuns, mas que provavelmente são
respondidas pelo regimento interno do seu condomínio.

6.1 Estatuto da criança e do adolescente.

A Lei nº 8.069, conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), foi


criada em 13 de julho de 1990. A norma que dispõe sobre a proteção integral à criança e ao
adolescente é bastante famosa no mundo inteiro, pela amplitude de seus preceitos e pela
forma como protege nossas crianças. Você o conhece? Ainda não? Então continue a leitura e
aprenda mais sobre o ECA!
 Por que foi criado?
Na década de 70, surgiu o Código de Menores, uma lei de proteção aos menores —
ao menos em teoria. De acordo com seu primeiro artigo, ele dispunha sobre assistência,
proteção e vigilância a menores de até 18 anos em situação irregular.
Fruto de uma época autoritária, visto que estávamos em plena Ditadura Militar, o
governo não demonstrava preocupação em compreender e atender à criança e ao
adolescente. De acordo com o entendimento da época, o “menor em situação irregular é
aquele que se encontrava abandonado materialmente, vítima de maus-tratos, em perigo
moral, desassistido juridicamente, com desvio de conduta ou o autor da infração penal”. Vê-se
que não há diferenciação entre o menor infrator e o menor em situação de abuso, o que

32
Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

uniformiza o afastamento deles da sociedade. Em outras palavras, o Código de Menores


objetivava apenas a punição dos menores infratores.

 Constituição Cidadã
Com o advento da Constituição de 1988, também chamada de Constituição Cidadã,
difundiu-se os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, além do fomento à participação
popular. Como fruto dos movimentos sociais que realmente defendiam seus direitos, nasceu o
Estatuto da Criança e do Adolescente, que reúne normas para garantir a tão sonhada
proteção.

 Qual é a sua importância?


A Constituição Federal estabeleceu a família, a sociedade e o Estado como
responsáveis pela formação e estruturação dos indivíduos, conforme dispõe o artigo 227:

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao


adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. É o reconhecimento das crianças
e dos adolescentes como sujeitos de direitos protegidos pela lei. A importância do ECA deriva
exatamente disso: reafirmar a proteção de pessoas que vivem em períodos de intenso
desenvolvimento psicológico, físico, moral e social.
Portanto, veio para colocar a Constituição em prática. Essa prática, conforme nossa
Lei Maior, dá-se pelo Estado, por meio da promoção de programas de assistência integral à
saúde da criança, do adolescente e do jovem, sendo também admitida a participação de
entidades não governamentais, mediante políticas específicas.

 ECA

O que o ECA garante?


O ECA (Estatuto da Criança e do
Adolescente) é o documento que traz a Doutrina da
Proteção Integral dos Direitos da Criança, que coloca
a criança o adolescente como sujeitos de direito com
proteção e garantias específicas, como dito
anteriormente. Para que isso seja alcançado,
estruturou-se em dois princípios fundamentais:

Princípio do Interesse do Menor: todas as decisões


que dizem respeito ao menor devem levar em conta
seu interesse superior. Ao Estado, cabe garantir que a
criança ou o adolescente tenham os cuidados
adequados quando pais ou responsáveis não são
capazes de realizá-los;

Princípio da Prioridade Absoluta: contido na norma constitucional (artigo 227), ele


estabelece que os direitos das crianças e dos adolescentes devem ser tutelados com
absoluta prioridade. Considerando esses princípios, o ECA tenta garantir aos menores os
direitos fundamentais que todo sujeito possui: vida, saúde, liberdade, respeito, dignidade,

33
_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

convivência familiar e comunitária, educação, cultura, esporte, lazer, profissionalização e


proteção no trabalho. Enfim, tudo para que possam exercer a cidadania plena.

Quais são os deveres dos Conselheiros Tutelares?


Conforme dispõe o artigo 131 do ECA, Conselho Tutelar é o órgão que possui o dever
de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. Para que isso seja
possível, são funções dos conselheiros, dentre outras:

 Atender as crianças e adolescentes cujos direitos foram ameaçados ou violados, bem


como os menores que praticaram ato infracional;
 Atender e aconselhar os pais ou responsável (encaminhar para serviços de apoio à
família, cursos de orientação, tratamentos psicológicos);
 Promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de
divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em
crianças e adolescentes.

 O que diz o ECA sobre o trabalho infantil?


O ECA segue o disposto na Constituição de 1988, que proíbe o trabalho noturno,
perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e qualquer trabalho a menores de 16 anos,
exceto na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. É também proibido o trabalho realizado
em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e
social, além daquele realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola.

Portanto, a regra é a proibição do trabalho infantil. Ela tem sido afastada em alguns
casos por autorização judicial, principalmente quando a ocupação é indispensável à sua
própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos. O ECA é o melhor guia de como lidar
e como educar socialmente todas as crianças e adolescentes respeitando sua dignidade
humana, sua vida, sua liberdade, sua saúde e todos os seus direitos.

7. TÉCNICAS DE SEGURANÇA E PROTEÇÃO EM PORTARIAS.

SEGURANÇA: RECOMENDAÇÕES ÚTEIS.

 Ao atender estranhos, mantenha os portões fechados e as pessoas do lado de fora;

 O portão somente pode ser aberto após: identificar o visitante, avisar o morador sobre
a chegada e os procedimentos da entrada; na dúvida, solicitar ao morador para vir
identificar o visitante.

 No caso de entrega de encomendas:

 Avisar o condômino e solicitar sua presença na portaria;

 Na ausência do condômino, receber e guardar para, posteriormente, ser entregue


ao destinatário;

 Não permitir que o entregador leve pessoalmente a encomenda;

34
Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

 Quando a mercadoria de entrega for destinada a algum morador, deverá ser


encaminhada diretamente ao mesmo, salvo no caso em que o morador previna da
chegada desta;

 O recebimento somente poderá ser assinado se a mercadoria estiver absoluta e


rigorosamente de acordo com a nota fiscal.

O ideal é que o condomínio tenha um passa-volumes pois o morador deve retirar


suas encomendas não tendo em nenhum momento contato direto com o entregador. O portão
deve permanecer o tempo todo fechado;

 Nos horários de limpeza e recolhimento do lixo, manter as entradas do condomínio


fechadas; O portão deve permanecer fechado e só ser aberto no momento em que o
funcionário da limpeza passar;

 Deve haver sempre outro funcionário vigiando do lado de dentro (Porteiro, se for
possível, com visualização da guarita);

 Caso o funcionário precise limpar a calçada do condomínio, o portão ficará fechado e


somente será aberto quando o funcionário entrar definitivamente.

 Para abrir o portão da garagem, identificar o motorista e observar se não há risco de


entrar alguém junto;

 O Porteiro deve sempre verificar o veículo e, principalmente, o condutor. Veículos


estranhos, não pertencentes a moradores, só poderão ser liberados com autorização
do Síndico ou do morador responsável;

 Pessoas estranhas, mesmo que dirigindo veículos de moradores, devem ser


anunciadas e sua entrada só poderá ser liberada após a autorização do morador;

 Ao receber prestadores de serviços, identificá-los, anotar os dados de seus


documentos, avisar o condômino e só permitir acesso às dependências mediante
autorização do morador e devidamente acompanhado por um funcionário;

 Na entrada ou saída de pessoas do condomínio, somente abrir o portão após verificar


se não há suspeito próximo;

 Liberação de funcionários e prestadores de serviço particulares (ex.: empregadas


domésticas) fora do horário de trabalho; O Porteiro deve pedir autorização aos
responsáveis antes de liberar a entrada de colaboradores e empregados domésticos.

 Por exemplo: a faxineira faz faxina na quinta-feira no período da manhã, mas aparece
na quarta-feira à tarde; o correto é o Porteiro consultar o morador, e só liberar a
entrada após autorização deste;

 Liberação de funcionários e prestadores de serviço acompanhados por estranhos


(empregada doméstica e sobrinha, por exemplo);

 O Porteiro deve sempre impedir a entrada de outros funcionários do condomínio ou


particulares, se os mesmos estiverem acompanhados. No caso de funcionários do
condomínio, é necessário que o Síndico, Administração ou Zelador autorizem essa

35
_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

entrada. No caso de empregados domésticos,


deve-se pedir autorização ao morador e só então
permitir a entrada.

 No caso de festas e eventos, o morador deve


providenciar uma lista com os nomes dos
convidados e deixar na portaria. Caso contrário, o
Porteiro deve anunciar cada convidado que
chegar e não deve liberar a entrada antes da
autorização do morador;

 O Porteiro não deve permanecer com a portaria


ou guarita aberta e, no período noturno, não pode
dormir e nem abandonar o seu posto de trabalho;

 Os portões eletrônicos precisam ser rigorosamente mantidos fechados, necessitando


de uma vigilância especial para os portões de garagem que, dado ao lapso temporal
entre sua abertura e fechamento, propicia a entrada de pessoas mal-intencionadas;

 Os equipamentos de segurança devem estar em perfeitas condições. Qualquer


dúvida, informar o Síndico/Administradora e ou Supervisor;

8. REGRAS GERAIS DE CONDOMÍNIO.

A vida em condomínios é um exercício de respeito mútuo, responsabilidade e busca


do bem-estar coletivo. Afinal, são indivíduos e famílias residindo na mesma edificação ou área
e, portanto, dividindo espaços comuns. Devido a essa situação de proximidade e
compartilhamento, a conduta e o comportamento de um vizinho pode influenciar muito a vida
dos demais moradores. Além disso, há diversas questões administrativas a serem resolvidas
com a colaboração de todos. Mas o que dizem as regras que regem a boa convivência em
condomínios? Quais os direitos e deveres dos moradores?

Principais normas
Há diversas regras que regem a convivência em condomínios. A principal dela
também é o Código Civil, com base nele, devem ser elaboradas a Convenção do Condomínio
e o Regimento Interno, como já citados, para que assim sejam organizadas as Assembleias.
Depois, temos a Lei de Condomínio. Além disso, os estados e municípios também podem
criar leis sobre a questão.
Outra legislação importante acerca da administração de condomínios é o novo
Código de Processo Civil. Em vigor desde 8 de março de 2016, ele dispõe sobre os casos de
inadimplência.

 A seguir, vamos conhecer melhor o que está previsto no:

 Código Civil;
 Convenção do Condomínio;
 Regimento Interno;
 Assembleias;
 Novo Código de Processo Civil.

1. Código Civil
O novo Código Civil (Lei Federal n° 10.406/02) entrou em vigor em 11 de janeiro de
2003. Ele modificou a Lei de Condomínio (4.591/64), que até então regia o tema, e agora

36
Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

prevalece sobre as demais regras. O Código Civil regula temas como Assembleias e
convenções, direitos e deveres do condômino, inadimplência, vagas, partes comuns e obras.

 Veja a seguir alguns dos itens abordados.

 Direito e deveres do condômino;


 Entre os direito do condômino, estão;
 Utilizar livremente de suas unidades e usar as partes comuns, conforme sua
destinação, desde que não exclua a utilização dos demais moradores;
 Participar e votar nas assembleias, desde que esteja com as despesas em dia;
 Deveres do condômino;
 Contribuir para as despesas do condomínio;
 Não realizar obras que comprometam a segurança da edificação;
 Não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias externas;
 Não prejudicar o sossego, salubridade e segurança dos demais moradores.

 Eleição do síndico e conselho fiscal

 A assembleia escolherá um síndico, que poderá não ser condômino, para administrar
o condomínio, por prazo não superior a dois anos, o qual poderá renovar-se;
 Poderá haver no condomínio um conselho fiscal, composto de 3 membros, eleitos pela
assembleia, por prazo não superior a 2 anos, que deverá aprovar as contas do
síndico;

 Funções e deveres do síndico;


 Convocar a assembleia dos condôminos;
 Dar imediato conhecimento à assembleia da existência de procedimento judicial ou
administrativo, de interesse do condomínio;
 Cumprir e fazer cumprir a convenção, o regimento interno e as determinações da
assembleia;
 Diligenciar a conservação e a guarda das partes comuns e zelar pela prestação dos
serviços que interessem aos possuidores;
 Elaborar o orçamento da receita e da despesa relativa a cada ano;
 Cobrar dos condôminos as suas contribuições, bem como impor e cobrar as multas
devidas;
 Prestar contas à assembleia, anualmente e quando exigido;
 Realizar o seguro da edificação.

 Multas
 Teto da multa por atraso de pagamento das taxas condominiais: 2%;
 Teto da multa por conduta antissocial: pode ser 10 vezes o valor da taxa condominial;
 Teto da multa por descumprimento das normas: com aprovação de 3/4 dos
condôminos, será possível aplicar multa de até 5 vezes o valor da taxa condominial
para infratores reincidentes.

37
_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

 Obras
 Se a obras for voluptuária (para embelezamento da fachada, por exemplo), sua
realização depende de voto de 2/3 dos condôminos. Se for obra útil, o voto da maioria
é suficiente;
 As obras ou reparações necessárias podem ser realizadas, independentemente de
autorização, pelo síndico, ou, em caso de omissão ou impedimento deste, por
qualquer condômino;
 Se as obras ou reparos necessários forem urgentes e forem gerar despesas
excessivas, o síndico ou o condômino que tomou a iniciativa deverá convocar a
assembleia e comunicá-la;
 Não sendo urgentes, as obras ou reparos necessários que demandem despesas altas
somente poderão ser efetuadas após autorização da assembleia;
 O condômino que realizar obras ou reparos necessários será reembolsado das
despesas que efetuar. Mas não tem direito à restituição dos gastos que tiver com
obras ou reparos de outra natureza, mesmo que de interesse comum;
 A realização de obras para aumentar a utilização de estruturas de uso comum já
existentes depende da aprovação de 2/3 dos votos dos condôminos.

O Código Civil deve ser a base para a elaboração da Convenção do Condomínio e do


Regimento Interno. Também oferece orientações sobre as Assembleias.

 Regimento Interno

É elaborado pelos próprios condôminos para estabelecer regras sobre a conduta de


moradores e funcionários, uso de áreas e equipamentos compartilhados, proibições, etc.
Essas deliberações podem ser aprovadas por maioria simples. Deve ser parte da Convenção
do Condomínio e registrada em cartório. Trata-se de um dispositivo que requer constante
atualização, para se adaptar às mudanças sociais e ao perfil dos ocupantes dos condomínios.

 Assembleias
As Assembleias deve acontecer, no mínimo, uma vez ao ano. Elas tem o objetivo de
aprovar despesas, contribuições dos condôminos, prestação de contas e, eventualmente,
eleger o síndico substituto. Nas Assembleias, também é possível alterar a Convenção do
Condomínio (com 2/3 dos votos dos condôminos) e o Regimento Interno (com maioria
simples).

Código de Processo Civil


Com o novo Código de Processo Civil (Lei
nº 13.105, de 16 de março de 2015), quem ficar
inadimplente com a cota condominial terá apenas
72 horas para quitar a dívida, se o valor não for
pago, poderá ter o nome negativado, a conta
bancária bloqueada e o imóvel penhorado. A partir
de um mês de atraso, o inadimplente poderá fazer
pagamento parcelado em 6 vezes.
Para efetuar a cobrança, o síndico terá de
comprovar os débitos e entrar com uma ação na Justiça pedindo a penhora do imóvel. Esse

38
Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

processo, que antes demorava de 2 a 3 anos, diminuirá consideravelmente. Isso porque, com
a nova legislação, não haverá mais audiência, o que levava meses para acontecer. Além
disso, agora o devedor será obrigado a arcar com as custas da defesa. Antes, não havia
despesa para contestar a ação.

 Dicas para melhorar a convivência no condomínio


Não adianta negar: é muito difícil administrar um espaço dividido por tantas pessoas
diferentes. E a maior dificuldade não são as inúmeras guias a serem pagas, os documentos
para checar, ou as apólices de seguro que não podem vencer. Invariavelmente a parte mais
trabalhosa da vida do síndico ou porteiro é lidar com os moradores. Segue abaixo algumas
dicas para melhorar a convivência com vizinhos.

 BARULHO

 Conheça as normas do condomínio e não faça barulho após o horário de silêncio;


 Crianças: o correto é limitar o horário para brincadeiras dentro do apartamento até no
máximo 22h;
 Uso de tapete emborrachado nos quartos das crianças, carpetes e tapetes comuns
ajudam a evitar a propagação do som para outras unidades.

 CACHORRO
 Seu animal não deve perturbar o sossego e o descanso dos outros moradores;
 Use sempre as entradas de serviço e seja breve no trajeto até chegar à rua;
 Caso seu pet faça sujeira na área comum, limpe-a no mesmo momento;
 Caso o cachorro de um morador faça muito barulho, antes de registrar queixa,
verifique se outros condôminos também se sentem incomodados pelos latidos.

 CRIANÇAS
 Os pais são responsáveis por seus filhos e devem estabelecer limites a eles;
 Não permita que seus filhos gritem ou corram em áreas que não destinadas
exclusivamente para brincadeiras;
 Crianças pequenas precisam estar acompanhadas por adultos;
 Respeite os limites de horários e locais destinados aos pequenos;
 Verifique o que diz o regulamento interno do seu condomínio.

 CONVIVÊNCIA
 Conheça e respeite as regras que regem o seu condomínio. Por mais que você não
concorde com algumas, terá que obedecê-las, pois foram aprovadas pela maioria;
 Jamais chame a empregada ou babá do vizinho para trabalhar na sua casa;
 Evite entrar em quaisquer tipos de fofocas ou boatos relacionados aos seus vizinhos;
 Lembre-se, a conversa amigável será sempre a melhor saída para resolução de
conflitos com seu vizinho;
 Procure sempre participar das assembleias e conhecer a pauta antecipadamente. É lá
que os assuntos de interesse de todos são discutidos e votados. Quem não
comparece fica sem condição de discutir depois;
 Ainda em assembleias, saiba ser “voto vencido”, e não altere nunca o tom de voz.

 FUNCIONÁRIOS
 Trate-os sempre com cordialidade;

39
_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

 Se quiser fazer alguma reclamação, direcione-a ao zelador ou ao síndico;


 Lembre-se que o funcionário do condomínio não é seu empregado. Evite pedir que
execute serviços particulares.

 GARAGEM
 Não buzine, use luzes baixas e respeite a sua vaga;
 Não use sua vaga como depósito;
 Respeite o limite de velocidade;
 Deu uma raladinha no carro ao lado? Deixe um bilhete se identificando, pedindo
desculpas, e permita que o vizinho escolha a melhor maneira de reparar o automóvel;
 Quando dois carros se encontram, a preferência é sempre de quem está chegando;
 Devolva sempre o carrinho de compras ao seu local de origem.

 LIXO
 Não jogue papéis, bitucas de cigarro ou quaisquer outros tipos de lixo pela janela do
apartamento;
 Cuide para que seu lixo esteja sempre devidamente ensacado e sem exalar cheiro
forte.

 NA ACADEMIA
 Devolva as anilhas, colchonetes, pesos etc., aos seus locais de origem;
 Não “monopolize” os equipamentos. Se ofereça para revezar o uso;
 Tempo médio de uso da esteira é de 30 minutos;
 Limpe o equipamento após o uso com pano e álcool em gel, por exemplo.

 NA PISCINA
 Não use equipamentos de som;
 Não pule na piscina com protetor solar. Tome uma ducha antes;
 Não use o elevador com trajes de banho.

 NO SALÃO DE FESTAS E CHURRASQUEIRAS


 Respeite os horários de uso e não deixe a área suja após o uso – o ideal é retirar toda
a parte principal do lixo e restos de comida e bebida;
 Faça uma lista com os nomes dos convidados para deixar na portaria;
 Informe-se e respeite as regras do local, principalmente em relação a barulho;
 Na churrasqueira, tenha bom senso no uso de aparelhos sonoros, que propagam
muito mais ruído quando estão ao ar livre.

 OBRAS
 Respeite os horários estabelecidos na convenção e regulamento interno;
 Comunique o síndico e seu vizinho antes de iniciar as obras.

9. NOÇOES DE PORTARIA VIRTUAL.

 Como funciona a portaria virtual

A portaria virtual está diretamente ligada a uma central onde um funcionário controla
a entrada e saída do prédio. O acesso dos moradores é garantido por um sistema de
identificação, que reconhece o condômino e libera a entrada. Dessa forma, o acesso pode ser

40
Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

realizado por meio de tags ou leitor biométrico. Para os visitantes e fornecedores de serviços,
a liberação de entrada é feita por meio da comunicação com um agente diretamente da
central de monitoramento. Este identifica o visitante e interfona para o morador verificando se
a entrada é autorizada. Ou seja, para que isso ocorra o condomínio deve contratar uma
empresa terceirizada, que ficará responsável pelo serviço de portaria do prédio.

Muitos se questionam se a portaria remota é segura. E a resposta é que, em geral,


os procedimentos são considerados mais eficazes, uma vez que as falhas podem ser
evitadas quando existe a presença de um porteiro fisicamente no prédio. Antes de optar pela
contratação desse tipo de solução, é importante entender como a portaria virtual funciona, os
prós e contras, entre outras questões relevantes para aprofundar o entendimento com relação
ao funcionamento da solução. Entretanto, como principal ponto negativo, a portaria virtual
funciona via internet. Com isso, podem ocorrer falhas de comunicação e lentidão no tempo de
resposta entre visitantes e moradores devido a instabilidades ou a quedas de energia. Isso
pode criar brechas de proteção contra tentativas de invasões ao condomínio e entrada de
pessoas não autorizadas, impossibilitando o controle dos registros gerais de acessos ao
prédio.

Principais equipamentos para implementação da portaria virtual

Para a contratação dos serviços de portaria virtual, o condomínio precisa instalar uma série
de aparatos tecnológicos. Dentre os mais comuns são:

 Sistemas de biometria, apps ou tags: a maioria das empresas trabalha com esse
sistema para a entrada e saída de moradores. Geralmente um dos dedos é utilizado
para acionar os portões. Sistemas de cartão, tags e até aplicativos com “QR code”
também podem ser utilizados;
 Abertura e fechamento remoto de portões: sem esse sistema, o operador na central
não conseguiria abrir ou fechar portões para pedestres ou a garagem a distância;
 Sistema de internet/telefonia com redundância: como toda a comunicação entre
empresa e condomínio é feita via internet, é fundamental que haja um plano B caso
haja um problema de conexão ou de sistema fora do ar;
 Câmeras IPs: sistema de câmeras que transmitem imagem e som via internet são
fundamentais para uma boa comunicação entre operador e morador/visitante do
condomínio;
 Gerador ou sistema de Nobreak: necessário haver gerador, ou nobreak, pelo menos
para os portões e equipamentos de segurança e comunicação, em caso de queda de
energia;
 Cerca elétrica: fundamental para manter o perímetro do condomínio seguro;
 Botão de pânico: uma maneira rápida de acionar a empresa e, respectivamente, a
polícia em caso de algum problema. Em alguns casos, a empresa cadastra um dedo
do pânico, para o morador poder pedir ajuda através da sua biometria, sem levantar
suspeitas, caso esteja em uma emergência
 Backup das imagens: é fundamental que a empresa guarde em uma nuvem as
imagens do dia a dia do condomínio

Além disso, outro ponto importante que precisa ser destacado é que, após a
contratação da empresa e da instalação dos equipamentos da portaria virtual, o condomínio
também precisará arcar com manutenções preventivas e periódicas para que tudo funcione
perfeitamente.

Vantagens da portaria virtual para condomínios

A principal vantagem da portaria virtual é a economia, já que não existe um


funcionário para realizar a função. Isso faz com que o condomínio não arque com todos os

41
_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

custos relacionados a uma contratação, como salário, férias e impostos. Por não ser mais
administrado pelo local, o síndico também deixa de se preocupar com possíveis faltas e
atrasos do funcionário em questão.

Além disso, outros benefícios que o condomínio pode ter ao implementar a portaria virtual,
são:

 Redução no custo de mão de obra. De acordo com especialistas é possível diminuir o


custo de condomínio em 50% utilizando este serviço;
 Terceirizar a segurança diminui o risco de o condomínio ter processos trabalhistas;
 A ausência de um porteiro físico no local evita as chances de o profissional ser rendido
por criminosos;
 Para a portaria virtual será preciso a instalação de câmeras nas áreas comuns,
portanto, o prédio terá mais aparatos à disposição para segurança;
 Economia de tempo e dinheiro com o treinamento de funcionários como porteiros e
empresa de segurança;
 A portaria virtual funciona 24 horas;
 Pode evitar conflitos de relacionamento e desvio de função, pois o porteiro não estará
fisicamente no condomínio.

Desvantagens da portaria virtual

Como qualquer decisão, a portaria virtual também pode ter seus pontos negativos,
como por exemplo a necessidade de gerador – mesmo que de pequeno porte – e
dependência de uma conexão de internet estável.

Outras desvantagens da portaria virtual são:

 Dificuldade de adaptação dos condôminos com a portaria virtual, principalmente os


mais velhos;
 Dificuldades com entregas de encomendas e correspondências, pois o morador
deverá estar presente no local para receber encomendas e correspondências podem
ser extraviadas;
 O síndico precisará pensar em como auxiliar os condôminos a se adaptar a essa nova
cultura. Principalmente no caso de idosos e deficientes, que podem ter dificuldades
com o novo sistema;

Outro fator negativo sobre a portaria virtual é que não é recomendada para todos os
condomínios. Por exemplo, no caso de condomínios residenciais com diversas torres e mais
de uma portaria, normalmente terão maior dificuldade em aderir ao serviço. Enquanto que
prédios de médio porte, de 40 a 60 apartamentos, podem se adaptar melhor às
características da portaria virtual. Além disso, o perfil dos moradores também conta no
momento da escolha, eles conseguem se adaptar às novas tecnologias com facilidade? Vão
colaborar com a nova rotina? Estão acostumados a utilizar aparelhos modernos? Essas são
questões que precisam ser levadas em consideração antes de optar pelo serviço.

Custos da implementação da portaria virtual para condomínios

Em média, para implementar essa tecnologia em condomínios, o custo pode variar


de acordo com a cidade e número de unidades no condomínio, ficando entre R$ 4.500 a R$
7.000 mensais, incluindo o custo da instalação e implementação do sistema. Sabemos que
um valor alto como esse pode pesar bastante no orçamento do condomínio, entretanto, vale
fazer a conta e comparar se o custo pode ser mais vantajoso do que a contratação de um
porteiro. Especialistas garantem que é possível reduzir o custo da taxa condominial em até
50% utilizando a portaria virtual.

42
Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

10. NOÇOES DE SISTEMAS DE SEGURANÇA.

Sistemas eletrônicos de segurança

A interação do homem com os equipamentos eletrônicos promove um elevado nível


de segurança, pois amplia muito a capacidade de observação e reação de uma pessoa.
Existem muitos tipos de equipamentos à disposição, e para adquiri-los deve ser feito um
planejamento com consultores especializados, a fim de que eles definam os pontos
vulneráveis e as medidas a serem adotadas para criar um sistema de segurança adequado. A
utilização dos equipamentos eletrônicos deve ser precedida de um projeto tecnológico que
permita o ótimo funcionamento ao longo do tempo. A instalação deve ser de boa qualidade
para se evitar problemas futuros.

Considerando o desgaste natural dos equipamentos, é muito importante que manter


um programa de manutenção preventiva.

Sistemas de Segurança Monitorados

Os sistemas monitorados oferecem serviço 24 horas e servem para reduzir riscos de


intrusão, incêndios, coação. São dotados de uma central de monitoramento desenvolvida
para receber os sinais de alarmes dos sistemas de segurança instalados. Estes sinais podem
ser enviados por linha telefônica exclusiva do monitoramento; por linha telefônica regular; por
linha telefônica celular, por ondas de rádio de longo alcance e até por satélites. Ao receber
um sinal de emergência, o operador da central deverá ter disponível todos os dados do local,
bem como as zonas onde foram instalados os sistemas e onde ocorreu a emergência, assim
como as atitudes predeterminadas pelo cliente as ações deverão ser tomadas. A qualidade e
quantidade das informações recebidas podem ser variadas, conforme a tecnologia dos
sistemas e da central de monitoramento.

Sensoriamento e Alarmes

Estes equipamentos eletrônicos servem para alertar sobre situações incomuns, tais
como violação de procedimentos e locais, proteção contra roubos, furtos, alagamentos,
incêndios, etc. Um bom sistema de alarmes deve permitir ótimo funcionamento ao longo do
tempo, por isso é importante que a instalação do sistema seja feita por uma empresa
conceituada e idônea, que utilize materiais de qualidade.

É recomendável a instalação das câmeras de vídeo com movimentação horizontal,


de forma que possibilite a varredura das áreas desejadas, tais como jardins e locais de lazer.
O monitor de TV e os comandos do sistema, inclusive os de iluminação, podem ser instalados
em local sigiloso na área privativa, evitando que o agente de
portaria ou vigilante se exponha nas janelas ou nos jardins
Saiba que além de
para averiguar se está tudo normal.
investimento e norma,
condomínio seguro é
fruto do empenho de
síndico, morador e
funcionário.

43
_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

Componentes de um sistema de CFTV (Circuito fechado de televisão)

 Câmeras - podem ser em preto e branco ou em cores de 2,5 mm a 16 mm;

 Domus – equipamento que permite à câmera completar uma volta de 360º, ficando
protegido no interior de uma redoma;

 Fonte - transforma a voltagem de 110 ou 220 volts para 12 volts;

 Lentes: com ou sem diafragma, de 4 mm a 16 mm;

 Suportes e caixas de proteção para áreas externas, em ferro ou alumínio;

 Cabo coaxial - conduz a imagem da câmera ao monitor;

 Motor giratório em 360° - para áreas interna e externa;

 Kit para injeção de sinal em antena coletiva, modulador, filtro e atenuador;

 Comando para Pan - executa um movimento horizontal da câmera;

 Comando para Pantilt – executa movimento vertical e horizontal da câmera;

 Controle de lente tipo zoom;

 Seletor digital automático/manual para até 32 câmeras (digital);

 Sequencial - faz a sequência de imagens das câmeras na tela do monitor;

 Quad Spliter - divide a tela do monitor em até 4 imagens (com gerador de caracteres,
data hora e congelamento de imagens, para 4 câmeras);

 Dual Quad - divide a tela do monitor em 8 imagens, sendo 4 por vez (com gerador de
caracteres, data, hora, congelamento de imagens, zoom e alarme para até 8
câmeras);

 Multiplexador - permite a visualização simultânea de até 16 imagens, na tela do


monitor, com a utilização de até 16 câmeras;

 Monitores - em preto e branco e em cores de até 29 polegadas; • Videocassete Time


Lapse - grava até 960h em uma única fita;

 Câmera Falsa - inibe vandalismo ou intrusão

44
Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

11 CONTROLE DE ACESSO.

Sistemas de Controle de Acesso

O Sistema de Controle de Acesso tem


como objetivo efetuar o controle eletrônico do
movimento de pessoas nas áreas sob
supervisão. Ele se constitui de tecnologias de
proximidade, cartão magnético, código de
barras, biométricos de leitura digital,
analisadores de marca, voz, entre outras. Esse sistema torna possível gerenciar o acesso de
pessoas previamente identificadas, onde seja necessário controle seletivo de entrada,
controle estatístico de movimentação ou controle de dados de apontamento de frequência de
funcionários. Existem softwares de controles de acesso que permitem arquivar na memória de
um microcomputador a fotografia dos moradores, funcionários, frequentadores e veículos.
Esse sistema permite o total acompanhamento de toda movimentação da portaria, facilitando
o trabalho de identificar e controlar o acesso de pessoas e veículos.

Sistema de ronda eletrônica

Para acompanhar o serviço dos agentes de portarias e/ou vigilantes, é muito


importante instalar um sistema de ronda eletrônica, com pontos espalhados em toda a
extensão de sua área. Esse sistema está ligado a uma central para que os monitores possam
checar se todos os pontos foram cobertos pela ronda, permitindo apoio ao agente de portaria
ou vigilante, em caso de impossibilidade de acionamento devido a situações de risco.

12 NORMAS E PROCEDIMENTOS – RECEBIMENTO DE


CORRESPONDÊNCIA, VISITANTES, AUTORIDADES ETC.

Controle e encaminhamento de correspondência:

A atividade de separar, classificar e encaminhar a


correspondência pode parecer simples. Mas não é. Hoje em dia, é
cada vez maior o número de documentos e objetos importantes que
chegam pelos correios, direto por mensageiros, notificações
judiciais, compras, etc. Geralmente essas correspondências são
organizadas em escaninhos (caixa de separação de
correspondências) individuais para cada unidade: apartamento, empresa ou casa.

A chave do escaninho fica com o condômino e só ele pode retirar a correspondência. Embora
o sistema de escaninho seja seguro, ele não se presta a todo tipo de
correspondência. Nem toda correspondência cabe no estreito espaço
de escaninho.

Também temos os condôminos que não tem o hábito de


verificar seu escaninho diariamente, e acabam deixando de receber
alguma correspondência importante. Por esse motivo, antes de
colocar a correspondência no escaninho é preciso classificá-la em
grupos:

45
_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

 Grupo 1 – cartas simples, bilhetes, contas, folhetos de propagandas;

 Grupo 2 – cartas registradas, sedex, cartas com aviso de recebimento, telegrama,


encomendas. Essas correspondências precisam ser anotadas no livro de protocolo e
entregues ao condômino o mais rápido possível;

 Grupo 3 – correspondência simples, mas que não cabem no escaninho como os


jornais e revistas. Estas podem ficar na portaria para serem entregues ao condômino
assim que o mesmo passar pelo local. Com o uso cada vez maior das compras pelo
meio virtual, a responsabilidade do porteiro ou vigia em relação ao recebimento e a
entrega de correspondência e encomendas aumentou muito. Chega de tudo na
portaria (TV, som, aparelhos celulares etc.)

Atualmente, determinados tipos de ordem judiciais já são entregues aos


responsáveis pela portaria, que devem assinar o aviso de recebimento, formulário dos
Correios que permite comprovar quem recebeu a correspondência e quando. Isso é muito
importante, por que as notificações enviadas pela justiça têm prazo curto e caso o destinatário
não atenda o tempo, ele pode até responder a processo. Para evitar esse tipo de transtorno e
para resguardar o serviço de portaria, o ideal é que se use o livro de protocolo para registrar a
chegada e a entrega dessas correspondências. Violar correspondência é crime. Portanto,
jamais abra uma correspondência, seja ela cartas, revistas, telegramas, embalagens, etc. De
acordo com o art. 151 do código penal, quem faz isso esta sujeito a pagamento de multa ou
cumprimento de pena.

Principais instrumentos de controle de um condomínio:

 Livro de ocorrência;
 Livro controle de condôminos;
 Livro ou relação de visitantes;
 Livro de fichas de fornecedores e prestadores de serviços;
 Livro de sugestões ou reclamações;
 Livro de protocolo.

Livro de ocorrência: É onde são registrados todos os fatos que fogem à rotina. O livro deve
ser preenchido sempre que houver um acontecimento que fuja da normalidade e precisa ser
registrado. Exemplo: morador que perdeu sua chave, barulho no andar de cima, unidades que
se recusam a consertar vazamentos etc;

Livro controle de condôminos: É necessário porque todo condomínio existe uma


rotatividade de condôminos e principalmente de porteiro e vigia. Caso surja um visitante ou
entregador que não saiba o número da unidade identificamos pelos condôminos;

Livro ou relação de visitantes: Muito comum em prédios comerciais. Tem sido cada vez
mais substituído por computadores com câmeras integradas. Se o controle for a livro,
registrará o nome, documento de identidade, destino de cada visitante. Alguns têm espaço
para anotar o dia, horário de entrada e saída, motivo da visita. Nos casos dos informatizados,
além de promover todo esse controle, armazena a foto do visitante, agilizando a próxima
identificação.

Livro de fornecedor e prestador de serviço: Serve para anotar os dados dos fornecedores
do condomínio e dos profissionais que prestam serviço. No caso registra-se o nome da
empresa, telefone, e-mail, o nome do contato, e os dados dos prestadores do serviço. Em

46
Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

alguns casos, registra-se também o que foi adquirido da empresa. Nos casos de prestadores
de serviços autônomos (bombeiros, pintores, eletricistas, etc.), é interessante anotar o nome,
telefone, identidade, para qual unidade. Em alguns locais existem o cadastro de
responsabilidade do condômino onde o mesmo sinaliza para o condomínio a responsabilidade
sobre esses trabalhadores.

Livro de sugestão ou reclamação: É um espaço para manifestação dos condôminos. As


anotações ali deixadas devem ser encaminhadas ao zelador ou síndico para que os mesmos
tomem conhecimento e promovam as devidas providências. Em alguns condomínios, esses
tipos de anotações são feitos no próprio livro de ocorrências;

Livro de protocolo: É o instrumento de controle geral para documentos recebidos. Nesse


livro o porteiro ou vigia anota o dia da chegada, numeração e inviolabilidade do documento ou
encomenda. Para retirá-la, o destinatário deve assinar e datar o livro acusando o
recebimento. As anotações realizadas nesse livro são aquelas identificadas pelo porteiro ou
vigia como importante e deve ser registrada e devido a isso, deve ser entregue o mais rápido
possível.

13 SISTEMA DE COMUNICAÇÃO VIA RÁDIO, TELEFONE E OUTROS.

 A importância da radiocomunicação na segurança patrimonial e residencial.

Com o avanço da tecnologia, é possível encontrar diversos recursos disponíveis que


auxiliam no serviço de segurança patrimonial. O uso de câmeras, portaria eletrônica e até
mesmo a radiocomunicação são alguns deles. A radiocomunicação é um recurso que auxilia
funcionários que precisam se comunicar entre si com rapidez e agilidade para garantir uma
melhor segurança para a empresa.

Os aparelhos utilizados para fazer a radiocomunicação são modernos e equipados


para disponibilizar funções que facilitam o momento da comunicação entre os profissionais.
Veja a importância do uso desse recurso em empresas e condomínios e não hesite em
acrescentá-lo para a total segurança do seu negócio e de sua família.

 Praticidade e agilidade para síndicos e funcionários

A agilidade é um dos cuidados essenciais que


precisa estar presente para garantir a segurança do
local. Quando o síndico e os funcionários têm acesso
aos aparelhos de radiofrequência, comunicar se entre
si se torna mais prático. Então, quando há algum
problema relacionado à portaria ou qualquer outro
problema que o síndico precisa saber, será mais prática
e rápida a sua resolução. Além disso, alguns
condomínios deixam um aparelho disponível por casa
ou apartamento, assim os moradores também terão
acesso rápido caso precisem de algo relacionado à
segurança.

47
_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

 É preciso saber se comunicar da forma correta

Para que o serviço seja feito com eficácia, é preciso que os colaboradores saibam
como se comunicar através do aparelho de radiofrequência. Para conseguir fazer a
comunicação, é necessário apertar um botão presente no aparelho que se chama “PTT”.
Além disso, para que o aparelho e a comunicação sejam eficientes, todos precisam saber
interpretar o Código Fonético Internacional e o Código Q.

O Código Q é um dos mais utilizados e ele conta com 45 códigos que começam com a letra
Q, por exemplo:

QAR: Abandonar a escuta;

QAP: Na escuta;

QRV: Estou disponível.

Todos esses códigos foram feitos para trazer mais rapidez durante a comunicação. Por isso,
é essencial que todos saibam o que cada sigla significa.

 Regras essenciais no momento de utilizar essa comunicação

Existem algumas regras que definem um padrão no momento de utilizar essa


comunicação, e isso foi definido para que, independente do local onde o porteiro esteja, o
entendimento seja sempre o mesmo. Por exemplo, uma regra clara e fundamental para que o
serviço seja feito com eficiência é ter comunicação breve, clara e pausadamente. Isso fará
com que a mensagem chegue a seu destinatário com qualidade. Além disso, é essencial
entender que esse tipo de comunicação deve ser utilizado apenas para assuntos importantes
e, antes de transmitir a mensagem, é preciso verificar se o canal realmente está livre.

Por esse motivo, é essencial que o canal seja utilizado apenas para assuntos
relacionados ao trabalho, assim, em uma ocasião importante ele não estará ocupado à toa.
Outra regra essencial é responder imediatamente ao ser acionado, pois é preciso levar em
conta a importância do motivo da comunicação.

 Telefone

Outro meio de comunicação importante para a profissão de agente de portaria, é o


telefone; O uso do telefone ou interfone é algo também a se considerar durante a qualificação
do porteiro. Padronizar a forma de atendimento telefônico, identificando o nome da
empresa/condomínio, o nome do porteiro e uma saudação é um bom começo. Orientar o
porteiro sobre a importância de atender logo o telefone também deve ser abordado e cobrado.
É importante reforçar sempre que sejam registrados por escrito os recados a serem
repassados de forma a evitar esquecimentos e a transmissão correta das mensagens.

O treinamento na utilização de rádios hts e como se comunicar no caso de emergências ou


incêndio é algo a se considerar durante os treinamentos da equipe de portaria.

 Interfone

O que é sistema de interfonia e para que serve?

48
Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

O sistema de interfonia nada mais é que o interfone, muito usado em condomínios e


empresas para facilitar a comunicação com visitantes e liberar o acesso, sem a necessidade
de ir até a porta. Também há modelos mais simples que podem ser utilizados em residências
e pequenos comércios, por exemplo. A interfonia funciona como um telefone comum,
permitindo a comunicação por voz entre os pontos. Num condomínio vertical, esse sistema
facilita o contato entre morador e visitante. O funcionamento básico é bem simples e pode ser
resumido em 3 etapas:

Sistemas de interfonia, As principais vantagens do sistema são:

 Agilidade na comunicação e liberação do acesso;


 Mais segurança, por permitir a identificação à distância antes de autorizar a entrada;
 Maior controle de acesso em ambientes corporativos e comerciais;
 Mas hoje o mercado dispõe de diferentes modelos de sistemas de interfonia e alguns
não se limitam apenas ao contato por voz. Conheça as tecnologias mais indicadas
para condomínios e residências.

Porteiro eletrônico residencial

O porteiro eletrônico residencial é o sistema de interfonia mais simples do mercado,


pois a comunicação é feita somente por áudio. Permite uma ou mais extensões dentro de
casa, porém todas recebem as chamadas ao mesmo tempo, quando um visitante toca o
interfone. Você pode encontrar modelos com fio e opções sem fio.

Onde usar? Esse equipamento é indicado para instalação em casas, pequenas empresas e
comércio.

 Funcionalidades e principais vantagens.

O porteiro eletrônico residencial possui funções básicas de comunicação e abertura


de portas. Confira algumas das funcionalidades e suas principais vantagens:

Segurança e comodidade: você atende o visitante e autoriza a entrada através do porteiro


interno, sem necessidade de se deslocar para fazer a abertura. Outra comodidade é que ao
sair do ambiente, você também pode abrir o portão acionando a botoeira instalado no lado
interno.

Alarme antiviolação: se o módulo externo for violado, um alarme sonoro é emitido nos
módulos externo e interno.

Aviso de portão aberto: um sinal sonoro é emitido nos módulos externo e interno quando o
portão não fechar corretamente. “Não perturbe!”: essa função inibe o toque da campainha por
até 12 horas.

“Siga-me!”: função que encaminha a chamada de um visitante para o seu smartphone


através da linha telefônica e um número pré programado. Assim você abrir o portão de onde
estiverem.

Fácil instalação: são necessários somente 2 ou 3 fios entre os módulos externo e interno.
Isso varia de acordo com o modelo, e em alguns deles não há necessidade de fios. Sistema
expansível: onde há necessidade de mais de 1 ponto de atendimento, você pode instalar até
6 dispositivos no mesmo módulo.

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_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

Exemplo de uso

Para entender como utilizar o porteiro eletrônico, vamos considerar o caso hipotético de
Vanessa, uma analista que mora numa casa com esse dispositivo instalado.

Certa noite, enquanto cozinhava para o jantar, seu porteiro tocou, anunciando a chegada de
alguém. Como o dispositivo está instalado na parede ao lado da geladeira, ela rapidamente
atendeu a ligação. Do outro lado da linha, sua amiga Júlia – que só precisou acionar um
botão no painel externo para fazer a chamada – se identificou. Para liberar a entrada,
Vanessa acionou o botão do portão no interfone, sem precisar se deslocar. Nos modelos sem
fio funciona da mesma forma, porém com ainda mais mobilidade.

Vídeo-porteiro residencial

Um vídeo-porteiro residencial possibilita, além da comunicação por voz, a


visualização da visita. É um sistema que conta com uma câmera no painel externo e um
monitor com fone na parte interna. Seu módulo externo conta apenas com um botão para
acionamento.

Há modelos de vídeo-porteiro com conexão Wi-Fi que permite acessar o módulo à


distância, por meio de um aplicativo para smartphone. Você pode atender uma visita e até
liberar o acesso de forma remota. Existem opções com módulo interno e externo ou somente
externo – neste último caso, o smartphone cumpre o papel do módulo interno.

Onde usar? Em casas, pequenas empresas e comércio.

Funcionalidades e principais vantagens

O vídeo-porteiro oferece funções mais avançadas de comunicação. Confira.

Visualização do visitante: mesmo sem tirar o fone do gancho você pode visualizar o
visitante.

Abertura remota: não só através do módulo interno, como também pelo aplicativo nos
modelos Wi-Fi, é possível abrir até 2 fechaduras.

Visualização de câmera externa: o módulo admite adicionar uma câmera extra para ser
vista pelo monitor interno, aumentando a segurança.

Fácil instalação: com fácil instalação, nos modelos com fio basta passar um cabo de 4 vias
entre os módulos e alimentar na energia. Nos modelos com conexão Wi-Fi há produtos onde
é necessário somente alimentar na energia, cadastrar o smartphone e está pronto para usar.
Existem também linhas com alimentação por baterias recarregáveis, o que torna o dia a dia
ainda mais fácil.

Exemplo de uso:

Se Vanessa tivesse um vídeo porteiro residencial, teria sido ainda mais rápido liberar a
entrada de Júlia. Quando o módulo interno tivesse sido acionado pela amiga, ela nem
precisaria atender a chamada, pois poderia ver a visitante pelo monitor e logo liberado o
acesso.

Na versão Wi-Fi, o procedimento seria semelhante. A diferença está na recepção da


notificação que seria no smartphone de Vanessa.

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Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

Interfonia de vídeo IP para condomínios.

Na interfonia de vídeo IP para condomínio, o visitante pode gravar mensagens de voz


e vídeo se o morador não atender. Quando isso acontece, o smartphone do condômino
recebe uma notificação e, ao chegar em casa, pode assistir ou escutar as mensagens no
terminal de vídeo. Um grande diferencial desse sistema é o suporte para até 32 câmera IP,
sendo uma opção para monitorar diferentes áreas sem sair de casa.

Onde usar? Especialmente para condomínios.

Funcionalidades e principais vantagens

Atendimento e liberação de acesso remoto: com um simples toque na tela do terminal de


vídeo, o morador atende chamadas, libera acessos, monitora câmeras IP, registra fotos e faz
gravações.

Registro de imagens do visitante: mesmo se o visitante não optar por gravar mensagens, o
sistema faz fotos automaticamente para que o morador saiba quem o visitou.

“Siga-me!”: função para liberar o acesso de qualquer lugar a partir de um smartphone.


Monitores práticos: em versões com ou sem touchscreen, os monitores são práticos e
discretos.

Sistema IP: as chamadas com som e vídeo entre porteiro de vídeo e smartphone do
morador, são de alta qualidade, com imagem digital. Desvio de chamada: chamadas podem
ser encaminhadas para um smartphone.

Entrada segura e ágil: para o morador acessar o prédio, pode digitar uma senha individual
ou também aproximar um chaveiro.

Fácil instalação: instalação simples, toda feita através de cabos de rede.

14 VIGILÂNCIA DE INSTALAÇAO.

O que é o serviço de vigilância?

A vigilância é um serviço que visa trazer segurança para a empresa em todos os


seus ambientes. Diferente da portaria, existe uma legislação que regulamenta as instituições
do setor e os funcionários que nelas trabalham. Os profissionais precisam passar por cursos e
treinamentos em escolas autorizadas. Em caso de qualquer irregularidade a Polícia Federal
pode aplicar severas multas para a empresa prestadora do serviço.

Em alguns casos a vigilância é feita de maneira ininterrupta, assim, são realizadas


escalas entre os funcionários. Os vigilantes podem ser armados ou não, isso vai depender do
estudo feito previamente e dos riscos envolvidos. Abaixo estão algumas funções atribuídas ao
serviço de vigilância:

 Ocupar postos de vigilância

 Realizar rondas;

 Proteger pessoas que estão dentro do ambiente;

51
_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

 Proteger o patrimônio físico da empresa;

 Averiguar alarmes ou situações suspeitas;

 Intervir em ocorrências;

Os serviços de vigilância são totalmente voltados para a segurança e proteção das


pessoas e do patrimônio. Por isso, é importante contar com uma prestadora qualificada para
que as chances de acontecimentos indesejados possam diminuir.

E qual é a diferença entre portaria e vigilância?

A diferença entre os serviços são que na portaria as responsabilidades são de


controle e recepção. Na vigilância o foco é na segurança da empresa como o todo. Vale
lembrar que o serviço de portaria é exclusivo ao ambiente da entrada não se estendendo para
as demais áreas da empresa. Por outro lado, a vigilância cuida da segurança de todos os
ambientes.

É importante ressaltar que o serviço de vigilância é feito apenas por empresas


autorizadas pela Polícia Federal. Além do curso de formação, os vigilantes devem passar por
reciclagem a cada 2 anos. Desta forma, o nível de remuneração é maior que a dos porteiros
e, na prática, apresenta índices de turn over inferior.

Nos locais em que haja os dois tipos de serviços é imprescindível que a atribuição de
cada função seja claramente definida. Com isso, são evitadas contingências trabalhistas já
que o porteiro não pode substituir o vigilante em caso de folga ou faltas. Vale lembrar que
para usar colete e armamento balístico no posto de trabalho é necessário ser funcionário da
vigilância privada.

 Sistema de vigilância e segurança para Condomínio Residencial

Sistema de vigilância e segurança para Condomínio Residencial é o conjunto de


Recursos organizacionais, Humano, materiais e tecnológico sistematicamente implementado
para realizar a atividade de vigilância patrimonial de um condomínio.

 Objetivos do sistema de vigilância e segurança para condomínios residencial

 Funcionar como recurso dissuasivo, influenciando na decisão de não cometimento de


ações criminais;

 Impedir acessos não autorizados;

 Quando da falha de impedimento, alertar sobre acessos não autorizados;

 Possibilitar ações de controle e correção sobre acessos não autorizados;

 Proporcionar segurança e privacidade pessoal e material os moradores do


condomínio.

 Recursos utilizados pelo sistema de vigilância e segurança para Condomínio

 O sistema de vigilância e segurança para Condomínio Residencial faz uso de diversos


recursos de segurança física para cumprir seus objetivos.

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Módulo II – Conhecimentos Específicos _______________

 Barreiras físicas;

 Iluminação;

 Sinalização;

 Sistemas eletrônicos de segurança;

 Recursos humanos;

 Barreiras físicas:

São obstáculos naturais ou artificiais estruturais que servem para impedir a passagem de
pessoas, como: barreiras naturais, que podemos citar: vegetação, rio, encosta e etc

Como Barreiras artificiais estruturais podemos citar: muros, cercas, alambrados, cancelas,
guaritas, portarias portões e etc.

 Iluminação

Uma iluminação bem distribuída funciona como um fator de inibição para ações
criminosas, é fundamental que as dependências do condomínio sejam bem iluminadas a fim
de desestimular a ação de criminosos. O perímetro e ruas internas do condomínio devem ser
bem iluminadas proporcionando uma boa visualização do local, e também deve ser previsto
iluminação de emergência e geradores para uso em caso de falta de energia.

53
_______________ Módulo II – Conhecimentos Específicos

REFERÊNCIAS

file:///F:/APOSTILAS%20E%20CAPAS/Apostila%20de%20Porteiro%20e%20Vigia.pdf

https://www.cashme.com.br/blog/portaria-virtual/

file:///C:/Users/urbeng/Downloads/Manual%20de%20Procedimento%20-
%20Servi%C3%A7o%20de%20Portaria%20em%20Condom%C3%ADnios%20(1).pdf

https://drive.google.com/file/d/1c_5CEK3KhPa_SylSHE6sFGAp3rolhpxD/view

https://drive.google.com/file/d/1KeMBJn4XmnuM9BtWF9tSOJOmJqgn_Gsd/view

Cartilha de Etiqueta (capitalcondominios.com.br)

Lei de Condomínio: conheça as principais regras de convivência (sienge.com.br)

Leis de condomínio: tudo o que você precisa saber - Mercado imobiliário e Decoração – Blog
Tecnisa : Mercado imobiliário e Decoração – Blog Tecnisa

ECA: conheça o Estatuto da Criança e do Adolescente! • Blog ChildFund Brasil

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