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ESTADO DE GOIÁS

SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE

CENTRO DE ENSINO EM PERÍODO INTEGRAL LYCEU DE GOIÂNIA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

GOIÂNIA
2023
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SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE

Governador:
Ronaldo Ramos Caiado

Secretária Estadual da Educação:


Fátima Gavioli Soares Pereira

Coordenadora Regional de Educação


Enicléia Cristiana Morais

Diretor da UE:
Ricardo Marques Pinto
CAF da UE:
Eleir de Fátima da Silva
Secretária da UE:
Cláudia Cristina de Lima Prestes
Coordenadora Pedagógica da UE
Jacqueline Santana Lima

PROFESSORAS COORDENADORAS DE ÁREA:


Waléria Escher de Oliveira Candido (Área de Linguagens)
Maria Vitória Lopes Viana (Área de Matemática e Ciências da Natureza)
Geison Resende Martins (Área de Humanas)
Taise Milhomem Borges (Área de Diversificada)
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Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o


futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para
arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma
nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém
de estado melhor que o presente. Um projeto educativo pode ser
tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As
promessas tornam visíveis os campos de ação possível,
comprometendo seus atores e autores. (Gadotti)
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Identificação

Estado: Goiás Município: Goiânia

Nome da Escola: CENTRO DE ENSINO EM PERÍODO INTEGRAL LYCEU DE GOIÂNIA

Nome do Diretor: RICARDO MARQUES PINTO

Fone: (62) 3637-9849

Endereço da Escola: Rua 21 N°10 SETOR CENTRAL

Localização: área de aproximadamente 5.400 m2

Nível e modalidade de ensino ministrado na escola: Ensino Médio e Ensino Fundamental 9ª série.

Número de alunos matriculados: 315


Número de docentes: 19
Número de servidores administrativos: 34

Nota do IDEB 2015: Estado de Goiás 3,8 (Estado 1º Lugar a nível nacional)
Nota do IDEB 2017: 5,2 (Estado 1º Lugar a nível nacional)
Nota do IDEB 2019: 4,8 (Estado 1º Lugar a nível nacional)
Nota da MÉDIA DO ENEM 2016: 525,2
Nota da MÉDIA DO ENEM 2017: 511,8
Nota da MÉDIA DO ENEM 2018: 540,4
Nota da MÉDIA DO ENEM 2019: indisponível
Nota do IDEGO 2015: 5,11

Nota do IDEGO 2017: 5,16

Nota do IDEGO 2019: indisponível


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SUMÁRIO

1. Apresentação ............................................................................................................................ 7
2. Justificativa ............................................................................................................................... 10
3. Objetivos................................................................................................................................... 11
3.1. Objetivo Geral .................................................................................................................. 11
3.2. Objetivos Específicos ....................................................................................................... 11

4. MARCO SITUACIONAL ..................................................................................................... 12


4.1. Histórico............................................................................................................................ 12
4.2. Espaços Físicos ................................................................................................................. 15
4.3. Recursos Didáticos ........................................................................................................... 17
4.4. Recursos Financeiros ........................................................................................................ 18
4.5. Professores e Funcionários ............................................................................................... 19
4.6. Caracterização do Alunado ............................................................................................... 20

5. MARCO CONCEITUAL....................................................................................................... 21
5.1. A Filosofia ........................................................................................................................ 21
5.2. Gestão Democrática .......................................................................................................... 22
5.3. Conselho Escolar .............................................................................................................. 24
5.4. Ensino e Aprendizagem .................................................................................................... 25
5.5. Planejamento ..................................................................................................................... 26
5.6. Diversidade ....................................................................................................................... 27
5.6.1. Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva ..................................... 27
5.7. Gênero e diversidade sexual ............................................................................................. 32
5.8. Representação Estudantil .................................................................................................. 33
5.8.1. Conselho de Líderes ............................................................................................... 33
5.9. Temas Relevantes ............................................................................................................. 34
5.9.1. Prevenção e Enfrentamento ao Bullying ................................................................. 35
5.10. Currículo ......................................................................................................................... 37
5.11. Matriz Curricular ............................................................................................................ 39
5.12. Objetivos do Ensino Médio ............................................................................................ 40
5.12.1 Objetivos Gerais .................................................................................................... 40
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5.12.2. Objetivos Específicos .................................................................................................. 40

6. MARCO OPERACIONAL.................................................................................................... 44
6.1. Metodologia ...................................................................................................................... 44
6.1.1. Disciplinas Eletivas........................................................................................................ 46
6.1.2. Estudo Orientado I e II................................................................................................... 46
6.1.3. Práticas e Vivência em Protagonismo............................................................................ 47
6.2. Avaliação .......................................................................................................................... 48
6.3. Avaliação Institucional ..................................................................................................... 49
6.4. Avaliação dos Docentes .................................................................................................... 51
6.5. Sistemática de Planejamento ............................................................................................ 52
6.6. Sistemática de Avaliação .................................................................................................. 53
6.7. Conselho de Classe ........................................................................................................... 58
6.8. Classificação, Reclassificação, Avanço e Aceleração ...................................................... 60
6.9. Progressão Parcial ............................................................................................................. 62
6.10. Matrícula ......................................................................................................................... 65
6.11.Calendário Escolar ........................................................................................................... 68
6.12. Cronograma dos Projetos Institucionais e Disciplinas Optativas ................................... 68
7. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ............................................. 68

REFERÊNCIAS.......................................................................................................................... 69

ANEXOS...................................................................................................................................... 80
Calendário Escolar
Plano de Ação
Matriz Curricular
7

1. Apresentação

O Centro de Ensino em Período Integral LYCEU DE GOIÂNIA possui a


modalidade de ensino: Ensino Médio em Tempo Integral e 9ª série do Ensino Fundamental, e
suas ações são norteadas visando à aplicabilidade da sua filosofia em consonância com o Pacto
pela Educação conforme as Diretrizes da SEDUC. Dessa maneira, buscamos fortalecer na
Unidade de Ensino condições favoráveis a garantir o melhor desempenho do alunado no que se
refere às avaliações (Diagnóstica, SAEGO, SAEB e ENEM) e, consequentemente, elevando os
resultados nos IDEB e IDEGO e acima de tudo à formação de cidadão ético e preparado para a
vida.
Acreditamos que a escola é o lugar de aprender a interpretar o mundo para poder
transformá-lo, a partir do domínio das categorias de método e de conteúdo que inspirem e que
se transformem em práticas de emancipação humana em uma sociedade cada vez maismediada
pelo conhecimento.
Nesse sentido, sabemos que a escola se constitui no único espaço de relação
intencional e sistematizada do conhecimento, cabendo a ela desempenhar com qualidade seu
papel na criação de situações de aprendizagem que permitam ao aluno desenvolver capacidades
cognitivas, afetivas e psicomotoras relativas ao trabalho intelectual, sempre articulado, mas não
reduzido, ao mundo do trabalho e das relações sociais. O que, certamente, contribuirá para o
desenvolvimento de competências na prática social e produtiva.
O Projeto Político-pedagógico (PPP) é instrumento de reflexão e investigação que
se constitui como uma das formas de descentralização e democratização das tomadas de
decisões e das definições e finalidades da escola, possibilitando uma maior participação de
todos. O PPP ultrapassa a mera elaboração de planos que somente se prestam a cumprir
exigências burocráticas.

O PPP busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido
explícito com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto
pedagógico da escola é, também, um projeto político por esta intimidade articulado
ao compromisso sócio-político e com os interesses reais e coletivos da população
majoritária (VEIGA, p.36, 1998).

O PPP permite que a escola defina a concepção pedagógica que deseja assumir,
levando em consideração os interesses e as necessidades dos educandos e estabelecendo, assim,
ações e estratégias para melhorar a qualidade do ensino. Sua elaboração envolve um processo
de discussão coletiva em que a comunidade escolar (alunos, professores,
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coordenadores, diretor e outros) tem a possibilidade de diagnosticar e avaliar seus problemas


buscando soluções.
Considera-se que o PPP não traz como característica apenas a dimensão
pedagógica, mas, também, dimensões sociais, culturais e políticas. É um instrumento da ação
educativa em sua totalidade.

Assim, torna-se importante reforçar a compreensão, cada vez mais ampliada de


projeto educativo como instrumento de autonomia do trabalho docente pelos
profissionais da educação, com vistas à alteração da prática conservadora vigente no
sistema público de ensino. É essa concepção de PPP como espaço conquistado que
deve constituir o elemento diferencial para o aparente consenso sobre as atuais formas
de orientação da prática pedagógica (REZENDE, p.42, 1999).

Pode-se, no PPP, definir dois momentos distintos e interligados: o da concepção e


o da execução. Concebido como a prática de todos, permite que os agentes imediatos da vida
escolar se tornem coautores e corresponsáveis pela execução das propostas assumidas. Assim,
o professor assume a característica de professor-pesquisador e se constitui como um observador
do cotidiano sendo necessário o constante ato de leitura e de registro.
O CEPI LYCEU DE GOIÂNIA situado à Rua 21 n°10, Setor Central, na cidade de
Goiânia, estado de Goiás, sob a Lei de criação Nº 20.917 de dezembro de 2020. Como
Instituição Pública busca oferecer a comunidade em que está inserida uma proposta de ensino
embasada no compromisso frente aos desafios da educação contemporânea e pelas políticas
educacionais vigentes.
A comunidade estudantil atendida abrange uma faixa etária de 13 anos a 18 anos de
idade, cursando da 9ª série do Ensino Fundamental II a 3ªsérie do Ensino Médio. Tal
comunidade discente é oriunda de diversas classes socioeconômicas e os pais/responsáveis
por esses alunos, em sua maioria, possuem nível de instrução em Ensino Médio Completo e/ou
incompleto.
Apesar dos fatores internos e externos, a escola encontra-se, segundo a comunidade,
num patamar de referência como exemplo de ensino de qualidade e organização. Caminhamos
na perspectiva de construir uma instituição comprometida com a preparaçãopara a vida e o
exercício da cidadania. Para isso, a instituição depende da interação da família, da comunidade
e do compromisso do poder público.
Sendo assim, o Projeto Político Pedagógico da Unidade Escolar representa um
conjunto de decisões que reflete o compromisso assumido de fazer da educação uma práxis
transformadora capaz de oferecer um ensino democrático que proporcione o desenvolvimento
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de pleno acesso ao conhecimento e o desenvolvimento da cidadania. Ainda propõe a reflexão


da realidade, e, desta forma, estabelecem objetivos, metas, ações e sugestões de parcerias que
podem nortear uma transformação na prática educacional desta Unidade Escolar direcionada
pela necessidade de contribuir na formação de cidadãos capazes de agirem e interagirem na
sociedade em que estão inseridos.
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2. Justificativa

A elaboração do Projeto Político Pedagógico do CEPI – LYCEU DE GOIÂNIA


surgiu da necessidade de planejar e replanejar; estabelecer metas e ações na prática pedagógica;
avaliar e reavaliar as práticas que envolvem o funcionamento da Unidade Escolar, solidificando
sua identidade na medida em que esta define os pressupostos e as diretrizes gerais da prática
educativa. Entretanto, para que isso ocorra, faz-se necessário priorizar as relações humanas
envolvendo todos os segmentos da comunidade.
Nessa perspectiva, torna-se imprescindível a articulação de todos os segmentos que
estimula a prática coletiva, proporcionando condições de desenvolvimento de práticas
pedagógicas inovadoras em que visa dar uma nova dimensão no processo educativo.
Acreditamos que a construção do Projeto Político Pedagógico apresenta um
conjunto de ações que reflete o compromisso assumido de oferecer uma educação de qualidade,
que promova o conhecimento e o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e
sociais.
A escola tem como objetivo desenvolver uma proposta de crescente de
humanização, com o qual o homem se constrói como pessoa, com identidade própria e valores
que norteiam o posicionamento de cada um diante do mundo e da vida. É nesse local que
acontece a educação formal, e, por isso, acreditamos que ela tem o papel de contribuir para a
construção de uma sociedade mais justa e solidária.
Nesse sentido, buscamos alternativas inovadoras de metodologias e práticas
efetivas de ensino-aprendizagem, tornando a prática um processo de organização de trabalho
pedagógico a ser construído e reconstruído. A finalidade da escola é contribuir para a formação
do Cidadão consciente, crítico de forma que possa atuar e contribuir para transformar o seu
meio e a sociedade. Para que isso aconteça é preciso que a instituição de ensino se direcione,
organize e se equipe partindo dos elementos chaves: os profissionais, os educandos, suas
famílias e toda comunidade escolar.
Esta proposta pedagógica visa dar ao colégio uma nova dimensão do processo
educativo, contando com a participação efetiva de todos, em que o professor passa conduzir o
seu trabalho de forma a valorizar o potencial de seus alunos e considerar o conhecimentocomo
um processo de construção.
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3. Objetivos

3.1. Objetivo Geral


Oferecer um ensino de qualidade que garanta o acesso e a permanência dos alunos na
escola, tornando-os capazes de pensar e agir com consciência crítica e contribuir com
transformação do seu meio e inclusive da sociedade em geral. Desenvolvendo um trabalho
voltado para a formação integral dos educandos, promovendo seu pensamento crítico, reflexivo,
sua capacidade criativa, respeito às diversidades, independência e conquista da cidadania.

3.2. Objetivos específicos


• Buscar alternativas para melhorar a qualidade do ensino despertando nos alunos o
gosto para aprender durante e após o período escolar.
• Promover o desenvolvimento integral da pessoa humana com valores éticos e morais
capazes de compreender o papel do trabalho na formação profissional do cidadão.
• Contribuir para que o estudante possa na interação com o outro construir o próprio
conhecimento e ou formação de outros conceitos.
• Promover a participação autêntica do jovem para que se torne autônomo, solidário e
competente, capaz de compreender as exigências do novo mundo do trabalho e
reconhece a necessidade de aquisição de habilidades específicas requeridas para o seu
Projeto de Vida.
• Combater qualquer tipo de discriminação dentro e fora da unidade de ensino.
• Respeito às diferenças.
• Melhorias no processo ensino aprendizagem.
• Resgatar os valores da família.
• Elevar a autoestima dos alunos.
• Incentivar a capacidade criadora.
• Contribuir para a formação do estudante para viver em sociedade, enfrentando de
forma igualitária as situações adversas com sucesso.
• Fortalecer gestão compartilhada e democrática.
• Melhorar e fortalecer o relacionamento da escola e a comunidade local.
• Reduzir o índice geral de reprovação e de abandono.
• Melhorar a convivência democrática na escola.
• Buscar alternativas no combate à violência e ao vandalismo.
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4. MARCO SITUACIONAL

4.1. Histórico

A história do Lyceu de Goiânia está ligada na transferência e construção de Goiânia,


a Nova Capital do Estado de Goiás. Este projeto foi determinado pelo Interventor Federal Dr.
Pedro Ludovico Teixeira, conforme o Decreto nº 3.547, de 6 de julho de 1933, que estabeleceu
acontrataçãodo arquiteto urbanista Attílio Corrêa Lima, representante da firma P. Antunes
Ribeiro e Cia. do Rio de Janeiro para elaborar o processo de urbanização no cerrado goiano,
conforme as figuras abaixo:

Imagens 1, 2 e 3 - Arq. Urb. Attílio Corrêa Lima, autor do projeto da cidade de Goiânia;

Os primeiros esboços mostram o Setor Central, conhecido na época como Núcleo


Inicial de Goiânia, em 13/12/1933, atualmente tombado pela União, conforme Processo nº
1.500T/2002 e o Projeto da Cidade de Goiânia, a Nova capital do Estado de Goiás, entregue
ao 10/01/1935.
O projeto urbanístico funcional da cidade moderna elaborado para Goiânia
recebeu zoneamento final, aprovado pelo Decreto-Lei nº 90-A, de 31 de julho de 1938,
configurando o tipo de ensino daquela época com os seguintes endereços: Jardim de Infância,
na Rua 27; Grupo Escolar Modelo, com o Ensino Primário, na Rua 3, esquina com Rua 23 e o
Lyceu de Goiânia, com o Ensino Ginasial, entre as Ruas 21, 19, 18, e 15 do Setor Central.
Posteriormente este Plano Diretor, aprovado como Plano de Urbanização de
Goiânia, em 1938, foi regulamentado pelo Código de Edificações de Goiânia, aprovado pelo
Decreto-Lei nº 574, de 12 de maio de 1947, onde a Planta Geral de Goiânia, de 1947, inscreve
a destinação do espaço livre do “Lyceu”.
Concluiu-se então, o Plano da Cidade de Goiânia, elaborado a partir de 1933 e
finalizado em 1947 registrando no Centro-Oeste do Brasil um urbanismo moderno, conhecido
como arquitetura ArtDecó, configurado pela cidade funcional de espaços livres, inalienáveis e
tombados, que tem como bem cultural integrante destinado ao ensino - o Lyceu de Goiânia,
com um percentual de 1700m2 de área.
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Em setembro de 1936 inicia as fundações da edificação, conforme a imagem


seguir:

Em 1938, o colégio recebeu a transferência do Liceu de Goiás para a nova capital,


Goiânia, trazendo toda a bagagem, arquivos, professores e muitos alunos, instalando-se
definitivamente no elegante e sólido edifício da Rua 21 n. 10, Setor Central, especialmente
construído e equipado para receber o tradicional estabelecimento de acordo com o Decreto- Lei
n. 4, de 27 de novembro de 1937.
A Portaria nº. 507 de 18 de novembro de 2003 registra o tombamento de ordem
material do primeiro prédio do Lyceu de Goiânia como Patrimônio Cultural. No entanto, a sua
criação tomou a si o encargo de ter no seu quadro docente os melhores professores, que eram
todos catedráticos, e no seu quadro discente registra a passagem por seus bancos de goianos
ilustres em todos os segmentos sociais, destacando o patrimônio dos bens de ordem intelectual,
que perpetua a presente data.
Os saberes do homem em sua expressão intelectual espelham nos dossiês de ex-
alunos, no arquivo permanente da Secretaria escolar, como as fichas individuais, livros de atas
e outros. Utilizamos os registros Diários Oficias para identificar os nomes do colégio ao longo
do tempo:

1337-1948

Liceu de Goiaz Colégio Oficial de Goiaz Colégio Estadual de Goiaz

1949

Colégio Estadual de Goiânia

1976

Lyceu de Goiânia

2013

C.E.P.I. Lyceu de Goiânia


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O Lyceu de Goiânia registra sua certidão de nascimento no Decreto-Lei n. 4, de 27


de novembro de 1937 e recebe seu batismo no Decreto-Lei 8.110, de 15/05/76, que o nomeou
Lyceu de Goiânia.
O mesmo ocorreu em suas modalidades de ensino. Em 1938 a 1977 a forma de
ciclo, com exame de admissão para os cursos Complementar – Secção de Direito, Científico e
Ginasial. Em 1980 ministrava o Curso Colegial. Na década de 1990 teve o Ensino Médio e o
Fundamental e, a partir do ano 2000 o curso EJA-3ª etapa.
Em janeiro de 2013, o Lyceu de Goiânia tornou-se o CEPI Lyceu de Goiânia,
colégio pioneiro em Ensino Integral no Ensino Médio.
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4.2. Espaços Físicos

O CEPI Lyceu de Goiânia possui uma edificação de grande porte e dispõe de


instalações físicas para os serviços essenciais administrativos, pedagógicos, laboratórios de
biologia, química, física e informática, biblioteca, sala de leitura, duas salas de projeção, sala
de jogos. Há três banheiros masculinos, três femininos, banheiros para uso dos professores
masculino e feminino; 25 salas de aulas, secretaria, coordenação, cozinha, espaço para
recreação, duas quadra de esporte descoberta e um ginásio de esporte coberto, um auditório
para 250 a 300 pessoas.
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4.3. Recursos Didáticos

O Colégio conta com um considerável conjunto de recursos didáticos para um bom


desempenho dos professores e, consequentemente, melhoria da aprendizagem. Há duas salas
de projeção, além de 09 aparelhos projetores móveis (data-show), 2 TVs, 09 mesas
digitalizadoras, 15 salas climatizadas com ares-condicionados, mapas didáticos paradisciplinas
de geografia, história e afins, possibilitando que o professor os utilize em suas salas temáticas.
Há um laboratório de Biologia, com diversos equipamentos: torso anatômico, mini
e macro esqueleto sintético, arcada dentária sintética e outros, microscópios, reagentes de
cultura celular, lâminas de visualização tecidual, animais armazenados conforme preconiza a
vigilância sanitária; Laboratório de Química: equipados com reagentes e vidrarias diversas,
capela de proteção (gabinete biológico), estufa, autoclave; Laboratório de Física: composto por
módulos de experimentos diversos, voltímetros, Gerador de Gerador de Van de Graaff.
Para as aulas de Educação Física há diversos equipamentos esportivos disponíveis,
como: bolas de voleibol, basquete, handebol, tabuleiros de xadrez e dama, rede, bambolê,
uniformes, peteca, apito, mesa de pebolim e tênis de mesa, sala de treino (dança/lutas/teatro).
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4.4. Recursos financeiros

A Unidade Escolar é mantida pelos recursos:


• PDDE (Federal)
• FNDE PNAE/TE (Federal e Estadual)
• PROESCOLA (Estadual)

Tais recursos são empregados de acordo com o Plano de Desenvolvimento da


Escola (Plano de Ação), previamente planejado e executado sob gerenciamento do Conselho
Escolar do Lyceu de Goiânia.
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4.5. Professores e Funcionários

O CEPI Lyceu de Goiânia conta com 49 servidores, sendo 19 professores, 30


funcionários administrativos. São eles:

Nº NOME CARGO

1 ALVACIR BATISTA DE CARVALHO Agente Administrativo Educacional Apoio (A)

C.Temporário - Apoio Administrativo - Nível Fundamental -


2 ANA CRISTINA RIBEIRO DE OLIVEIRA
SEDUC
C.Temporário - Apoio Administrativo - Nível Fundamental -
3 CLARICE CRUZ RODRIGUES BARBOSA
SEDUC

4 CLARISSE WILSON DE SA RORIZ Professor III

5 CLAUDIA CRISTINA DE LIMA PRESTES Professor IV

6 DIVINO APARECIDO DA SILVA Agente Administrativo Educacional Apoio (A)

7 DORIVANIA XAVIER DE GODOI Professor IV

C.Temporário - Apoio Administrativo - Nível Médio -


8 EDUARDO ARAUJO QUEIROZ DA SILVA
SEDUCE

9 ELEIR DE FATIMA DA SILVA Professor III

C.Temporário - Apoio Administrativo - Nível Fundamental -


10 ELIANE DE FATIMA DA SILVA
SEDUC
C.Temporário - Apoio Administrativo - Nível Fundamental -
11 GEANN HAROLDO FERREIRA DE SOUZA
SEDUC

12 GEISON RESENDE MARTINS Professor IV

13 GLORIA LUCIA DA SILVA DIAS Professor IV

14 JACQUELINE SANTANA LIMA Professor IV

15 JANE DE PAULA OLIVEIRA SANTOS Professor IV

C.Temporário - Apoio Administrativo - Nível Médio -


16 JHULIA ROBERTS SILVA CARVALHO
SEDUCE
C.Temporário - Apoio Administrativo - Nível Fundamental -
17 JOANA DARC DE SOUZA
SEDUC
C. Temporário - Professor Nível Médio - Dec. 9.853 -
18 JOHN APOENO ABTSIRE
SEDUC

19 KHELBES ROBERTO DA SILVA Professor IV

20 LUCIANE GONCALVES PONTES Professor IV

21 LUCIENE REZENDE BORGES Professor IV

22 LUZIA ALVES RAMALHO Agente Administrativo Educacional Apoio (A)

MAGNALDA MOREIRA DA SILVA BARROSO


23 Professor IV
VITORINO
C.Temporário - Apoio Administrativo - Nível Fundamental -
24 MAIRY ELCIE DE MOURA
SEDUC
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C.Temporário - Apoio Administrativo - Nível Fundamental -


25 MARCIA APARECIDA DE LIMA DE MEDEIROS
SEDUC

26 MARCIA JARDIM GUSMAO Professor IV

27 MARIA DE LOURDES COSTA SANTOS Agente Administrativo Educacional Apoio (A)

28 MARIA FRANCISCA DE MOURA Agente Administrativo Educacional Apoio (A)

29 MARIA HELENA NUNES Professor IV

30 MARIA VITORIA LOPES VIANA Professor IV

31 MARLA DONATONI ALVES Professor IV

32 MARTHA BALDANI SIMAN Professor IV

33 NEIRY MARIA MONTES CARDOSO Agente Administrativo Educacional Técnico (T)

C.Temporário - Apoio Administrativo - Nível Médio -


34 PAULO DE TARSO FERREIRA SALES
SEDUCE
PAULO ROBERTO FERREIRA DE AGUIAR
35 Professor III
JUNIOR
C.Temporário - Apoio Administrativo - Nível Fundamental -
36 RANIELLA ALVES FERREIRA
SEDUC
C.Temporário - Apoio Administrativo - Nível Fundamental -
37 RAULINA MARIA DA SILVA
SEDUC
C.Temporário - Apoio Administrativo - Nível Fundamental -
38 REINALDO PEREIRA SOUZA
SEDUC

39 RICARDO MARQUES PINTO Professor IV

40 RONALDO CAETANO DE MENDONCA JUNIOR Professor IV

ROSANGELA NETO CERQUEIRA LEAO DE


41 Professor IV
CARVALHO

42 ROSANGELA SOUZA BARROS Agente Administrativo Educacional Técnico (T)

C.Temporário - Apoio Administrativo - Nível Fundamental -


43 ROSIENE ALVES DOS SANTOS
SEDUC

44 SIMONE NEVES MACIEL Professor IV

45 TAISE MILHOMEM BORGES Professor IV

C.Temporário - Apoio Administrativo - Nível Fundamental -


46 VALDECIRA SOARES DA SILVA SANTOS
SEDUC

47 VALERIA CRESCENTE ALVES Professor III

C. Temporário - Professor Nível Superior - Dec. 9.853 -


48 VALERIA FERNANDES DE DEUS
SEDUC

49 WALERIA ESCHER DE OLIVEIRA CANDIDO Professor IV


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4.6. Caracterização do Alunado

O CEPI Lyceu de Goiânia atende uma clientela oriunda de diversas classes sociais.
Por ser um colégio localizado em uma região central da cidade, a maioria dos alunos não
residem próximo à Unidade Escolar. Alguns apresentam carência afetivas diversas, intelectual
e nutricional o que reflete no desenvolvimento emocional, social, cognitivo e físico.
Percebemos que alguns desses estudantes não dispõem de orientação familiar em relação às
regras e valores de conduta necessária em todo e qualquer ambiente.
Vale constar que, boa parte das famílias valoriza o aprendizado dos filhos e mesmo
diante desse complexo e significativo quadro, percebemos que estes mostram em meio a tantas
diversidades que permeiam suas vivencias cotidianas, um empenho e determinação em serem
sujeitos ativos na construção de suas identidades, uma vez que, esta Instituição de Ensino se
responsabiliza por promover diversas oportunidades para atuação de toda comunidade escolar,
assim como todos os pais e responsáveis.
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5. MARCO CONCEITUAL

5.1. A Filosofia

O CEPI Lyceu de Goiânia, em seu Projeto Político Pedagógico visa o despertar do


espírito crítico sobre as ideologias dominantes (crenças limitantes), construindo sua base
filosófica, baseando-se na verdade, posicionando-se de maneira justa, democrática e
participativa diante dos fatos do dia a dia. Tal compromisso se manifesta, por um lado, pelos
princípios que a norteiam por outro lado, pela compreensão de categorias que embasam a prática
educativa.
Dentre os princípios que norteiam esse compromisso, citam-se:
1. Filosófico – Formar cidadãos críticos, autônomos, éticos, solidários e
competentes capazes de refletir e problematizar a realidade social e educacional
oferecida para o desenvolvimento pleno do ser, a fim de ser agentetransformador
social através do protagonismo.
2. Espiritual– Sob o pressuposto de respeito à consciência individual, uma
procura de interação do ensino e do trabalho escolar às diversas denominações
religiosas manifestadas junto à comunidade escolar.
3. Ético sócio moral – Idoneidade da conduta e autenticidade da ação,
honestidade e lealdade no trato com o semelhante, em respeito aos princípios
democráticos baseados na prática da liberdade responsável.
4. Administrativo – Zelo nos compromissos das normas sociais,
educativas no acatamento da filosofia dos objetivos e princípios da escola.
5. Psicopedagógico – Formação do educando em dimensão integral,
valorização do potencial do binômio professor/aluno, por meio de métodos e
técnicas renovadas continuamente e constantes buscas de aprimoramento,
reforçando assim o Projeto de Vida do estudante e o papel do estudante como
Protagonista no alcance de metas e resultados.
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5.2. Gestão Democrática

A Constituição Federal de 1988 no artigo 206, inciso IV assegura o caráter


democrático do ensino público, de tal forma que seja possível à criação de uma cultura político-
educativa de exercício e prática democrática, no seu cotidiano.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9394/96) assegurou o
princípio da gestão democrática no sistema educacional e a garantia da qualidade em todos os
níveis e modalidades de ensino.
Nesse sentido, o CEPI Lyceu de Goiânia, atendendo o que preconiza a Constituição
de 1988 e a LDBEN 9394/1996, utilizando-as como referências, visando fundamentar a prática
político-pedagógica e desenvolvendo concepções de gestão, prioriza a dimensão democrática,
incentivando a participação e a responsabilidade social pelas ações desenvolvidas na instituição
de ensino.
Nessa proposta são desenvolvidas as ações pautadas e preteridas em reuniões de
formação pedagógicas semanais, que norteiam os trabalhos a serem desenvolvidos por toda
Comunidade Escolar (comunidade circunvizinha, pais/responsáveis, estudantes, professores,
grupo gestor, administrativos, parceiros) seguindo sempre as orientações administrativas e
pedagógicas da SEDUCE e CRECE.
Nessa gestão, grande é a preocupação com a transparência da administração e
com a participação coletiva dos segmentos envolvidos para que todos se sintam responsáveis
pelas conquistas e também pelas falhas que possam ocorrer ao longo do ano letivo. As ações
pedagógicas e aplicação dos recursos financeiros serão compartilhadas com todos os
envolvidos (professores, funcionários alunos) e comunidade (Conselho Escolar) acatando
integralmente o que for decidido com os envolvidos, bem como disponibilização das prestações
no mural de nossa Unidade Escolar.
O processo de gestão democrática se constrói no interior da escola, na correlação
de forças entre o instituído politicamente e o construído democraticamente. Uma cultura
democrática cria-se com a prática democrática e acreditamos que a escola torna-se realmente
democrática quando ações administrativas e pedagógicas se unem no sentido da criação de
novas concepções e adoção de novas atitudes perante a sociedade, tendo como prerrogativa a
corresponsabilização e atuação de todos para o sucesso de nossos objetivos.
Para que uma Unidade Escolar funcione de maneira satisfatória, é necessário que
haja uma interação entre funcionários de todos os segmentos, onde seja estabelecida uma
23

relação de respeito mútuo e colaboração de maneira que todos possam participar do processo
ensino-aprendizagem num clima de transparência e confiança, zelando pela qualidade dos
serviços executados e pelo compromisso com a instituição, procurando manter elevada a
autoestima de cada envolvido.
Para melhorar as relações de trabalho no CEPI Lyceu de Goiânia, o grupo gestor e
demais funcionários devem estar atentos a:
• Tratar todos os funcionários com igualdade;
• Promover momentos de estudos, formação e trocas de experiência com todos
os profissionais da escola/colégio;
• Realizar reuniões para avaliar o trabalho desenvolvido e ouvir propostas e
sugestões da melhoria das relações de trabalho;
• Reconhecer e valorizar o trabalho desenvolvido pelos funcionários para o
bom desempenho da escola;
• Promover momentos de reflexão para o bom funcionamento da escola.
• Atuar sempre como propositor de corresponsabilização e descentralização de
atuação individual.
24

5.3. Conselho Escolar

De acordo com o nosso Estatuto, art. 1º: O CONSELHO ESCOLAR DO LYCEU


DE GOIÂNIA é uma Entidade autônoma, sem fim lucrativo, instituído por prazo
indeterminado, para funcionar como órgão pedagógico, consultivo, deliberativo, fiscalizador e
de mobilização, responsável pelo recebimento e aplicação de recursos, nos termos da Lei
Estadual nº 13.666, de 27 de julho de 2000, alterada pela Lei Estadual nº 14.306, de 12 de
novembro de 2002 e pela Lei Estadual nº 18.036, de 07 de junho de 2013, com sede e foro
jurídico no CEPI Lyceu de Goiânia, situado à Rua 21 nº 10 Setor Central CEP: 74030-070, no
município de Goiânia Estado de Goiás, Fone: (62) 3637-9849 / 3212-4355, na Subsecretaria
Regional de Educação, implantado em 21 de Novembro de 2001, sendo que suas ações reger-
se-ão conforme o presente estatuto, bem como pelas Orientações e Diretrizes da Secretaria de
Estado da Educação e Normas emanadas pelo Conselho Estadual de Educação.
Explicita ainda, no art. 3º que: O Conselho Escolar é constituído por um número
ímpar de conselheiros com a seguinte configuração: 08 (oito) representantes da unidade
educacional, sendo o diretor, o vice-diretor, o secretário, 03 (três) representantes do segmento
de professores efetivos e modulados na unidade educacional, 02 (dois) representantes do
segmento dos agentes administrativos educacionais efetivos e modulados na unidade
educacional; 07 (sete) representantes da comunidade local, sendo 03 (três) representantes dos
alunos matriculados na unidade educacional e frequentes, 03 (três) representantes dos pais que
tenham filhos matriculados na unidade e frequentes, 01 (um) representante da comunidade local
indicado pela comunidade escolar.
Essa instância é responsável pela deliberação, acompanhamento, controle e
avaliação das ações diárias da escola. Quanto ao administrativo e financeiro, garantirá a melhor
aplicabilidade desses recursos, levando em conta que o Conselho não terá a simples função de
fiscalizar. Dessa forma, o aprofundamento da ação participativa, bem como a mobilização da
comunidade como um todo, no tocante ao processo de envolvimento diário da escola o qual
contribuirá para o fortalecimento da democracia.
25

5.4. Ensino e Aprendizagem

A proposta do CEPI Lyceu de Goiânia é contribuir com a formação de alunos para


desempenhar os papéis sociais, adequando às necessidades da sociedade e respeitando as
aptidões individuais. Tal integração se faz por meio de experiências que satisfazem os interesses
dos alunos e exigências da sociedade num processo ativo de construção e reconstrução do
objeto, numa interação entre estrutura cognitiva do indivíduo, estrutura do objeto, e estrutura
do ambiente. “A prática educacional é muito complexa, pois o contexto de sala de aula traz
questões de forma bastante afetiva, emocional, física e de relação pessoal” (PCNs, p.93, 1997).
Os conteúdos de ensino nem sempre são estabelecidos em função de experiência
que o sujeito vivencia frente a desafios cognitivos e situações problemáticas. Os processos
mentais e habilidades cognitivas são menos valorizados do que os conteúdos organizados e
racionalmente sendo mais importante o processo de aquisição do saber propriamente dito.
Macedo (1994) ressalta que a capacidade cognitiva tem grande influência na postura do
indivíduo em relação às metas que quer atingir nas mais diversas situações da vida, vinculando-
se diretamente ao uso de formas de representação e de comunicação, envolvendoa resolução
de problemas de maneira consciente ou não.
A análise situacional da atual prática sugere um direcionamento inverso do trabalho
a partir da metodologia, desenvolvimento de projetos (Projeto Aprendizagem, Correção de
Fluxo) e programas que deverão ser empregados para que os objetivos estabelecidos sejam
alcançados.
26

5.5. Planejamento

“Não existem verdades absolutas nem permanentes, mas sim a possibilidade de


interpretar a realidade por meio do conhecimento disponível em dado momento.”
(Carvalho in: Oliveira 1994, p. 76).

Entendemos que a história do homem é um reflexo do seu pensar sobre o presente,


passado e futuro. O homem pensa sobre o que fez; o que deixou de fazer; sobre o que está
fazendo e o que pretende fazer. O homem no uso da sua razão sempre pensa e imagina o seu
“quê fazer”, isto é, as suas ações, e até mesmo, as suas ações cotidianas e mais rudimentares.
O ato de pensar não deixa de ser um verdadeiro ato de planejar. O planejamento é
um processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego dos meios materiais e
dos recursos humanos disponíveis, a fim de alcançar objetivos concretos, em prazos
determinados e em etapas definidas, a partir do conhecimento e avaliação da situação original.
O planejamento no CEPI Lyceu de Goiânia tem por objetivo principal articular o
trabalho administrativo com o pedagógico, pois o coletivo, diversidade e pluralidade concebe
o planejamento de forma participativa sendo um momento de reflexão da equipe para
proporcionar um melhor atendimento aos nossos alunos e comunidade e, consequentemente
estabelecer uma relação de confiança com os alunos e comunidade. Segundo Vasconcellos
(2002, p.43), “um dos grandes desafios da instituição ou do sujeito é justamente chegar a uma
ação que seja eficaz, inovadora tendo como referência um projeto de emancipação humana”.
O planejamento é um elemento indispensável para organizarmos as ações docentes,
mas é também um momento de pesquisa e reflexão.
O plano de aula é uma tarefa indispensável para o professor, pois o plano é um
instrumento em que o professor organiza as situações docentes, ou seja, organiza os meios
necessários para que possibilite aos discentes o desenvolvimento de habilidades ecompetências.
O plano de aula é o detalhamento do plano de ensino (conforme o Currículo de Referência, a
bimestralização dos conteúdos e as orientações das Diretrizes da SEDUCE). Deve ser um
documento escrito que terá como objetivo orientar o professor em sua ação no processo de
ensino-aprendizagem e consequentemente a possibilidade de constantes revisões e
aprimoramento profissional.
27

5.6. Diversidade

5.6.1. Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva

Tendo em vista documentos nacionais e internacionais que apontam para a direção


de um sistema educativo centrado na diversidade humana, a Secretaria da Educaçãodo Estado
de Goiás instituiu em 1999, o Programa Estadual de Educação para a Diversidade numa
Perspectiva Inclusiva (PEEDI). Este passou a direcionar a educação de pessoas com
deficiências nas escolas públicas estaduais deste estado, o qual pressupõe que esta educação
será mediada pelo uso da teoria sócio-histórico do desenvolvimento humano, permitindo a cada
pessoa o pleno desenvolvimento de suas capacidades individuais e sociais.
Ao estabelecermos uma proposta político-pedagógica de educação especial na
perspectiva da educação inclusiva, devemos compreender alguns conceitos:
O Conselho Estadual de Educação, por meio da Resolução n. 07, de 15 dedezembro
de 2006, define em seu Art. 1º educação inclusiva como:

um processo social, pedagógico, cultural, filosófico, estético e político de ações


educativas, pedagógicas e administrativas voltadas para a inclusão, o acesso, a
permanência, o sucesso e a terminalidade de todos os alunos na rede de ensino,
especialmente àqueles com deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento
e com altas habilidades/superdotação. (GOIÁS, 2006).

Em seu Art. 2º, caracteriza educação especial como:

Uma das modalidades da Educação Nacional que perpassa o sistema educacional em


todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, oferecida como um conjunto de
serviços e recursos especializados para complementar e suplementar o processo de
ensino aprendizagem aos alunos de modo a garantir o desenvolvimento de suas
potencialidades sociais, políticas, psicológicas, criativas e produtivas para a formação
cidadã, necessária para aprender a fazer, aprender a conviver, aprender a ser e
aprender a aprender com o objetivo de prosseguir nos estudos e progredir no trabalho,
respeitadas as características individuais e igualdade de direitos entre todos os seres
humanos. (GOIÁS, 2006).

Nessa perspectiva a educação especial se insere no âmbito da educação inclusiva.


A citada resolução e as Orientações Operacionais da Gerência de Ensino Especial para a atuação
da Rede de Apoio à Inclusão no ano de 2012 trazem ainda o conceito de alunos com
necessidades educacionais especiais, público da Educação Especial, como decorrentes de
fatores inatos ou adquiridos, de caráter temporário ou permanente, aqueles que apresentarem:
28

1 – limitações no processo de desenvolvimento e/ou dificuldades acentuadas de


aprendizagem nas atividades curriculares, compreendidas como:
• aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica;
• aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências;
• aquelas decorrentes de síndromes neurológicas, psiquiátricas e de quadros
psicológicos graves.
2 – Dificuldades de comunicação e sinalização, diferenciadas dos demais alunos,
particularmente dos que sejam acometidos de surdez, de cegueira, de baixa visão, de surdo-
cegueira ou de distúrbios acentuados de linguagem e paralisia cerebral, para os quais devem ser
adotadas formas diferenciadas de ensino e adaptações curriculares, com utilização de linguagem
e códigos aplicáveis.
3 – Altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem, que os
levem a dominar rapidamente as competências constituídas pela articulação de conhecimentos,
habilidades e a formação de atitudes e valores.
Assim compreende-se que uma necessidade educacional especial poderá ou não ser
resultante de uma deficiência, transtorno global do desenvolvimento ou altas
habilidades/superdotação.
No Brasil, segundo a Política Nacional de Educação Especial numa Perspectiva
Inclusiva, “a educação especial se organizou tradicionalmente como atendimento educacional
especializado substitutivo ao ensino comum” (BRASIL, 2008) e a partir, da Constituição
Federal de 1988 que, em seu art. 205, normatiza que “A educação, direito de todos e dever do
Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação
para o trabalho.” (BRASIL, 1988).
No cenário mundial algumas ações como a Declaração Mundial Sobre Educação
para Todos, realizada em Jontiem, Tailândia, em 1990, em seu preâmbulo reafirma que há mais
de quarenta anos, as nações do mundo afirmaram na Declaração Universal dos Direitos
Humanos que “toda pessoa tem direito à educação”. E, em 1994, a Conferência Mundial Sobre
Necessidades Educativas Especiais, conhecida como Declaração de Salamanca, aponta ainda
“que os Estados assegurem que a educação de pessoas com deficiências seja parte integrante do
sistema educacional.” (UNESCO, 1994).
Essas declarações trazem o conceito de educação inclusiva e propõem que as
escolas devem buscar formas de ensinar os educandos com necessidades educacionaisincluindo
aqueles que possuem desvantagens severas, e que dentro do campo da
29

educação isso reflita no desenvolvimento de estratégias que procurem promover a genuína


equalização de oportunidades. Para se chegar a tal determinação o “currículo deveria ser
adaptado às necessidades das crianças, e não vice-versa. Escolas deveriam, portanto, prover
oportunidades curriculares que sejam apropriadas a criança com habilidades e interesses
diferentes.” (UNESCO, 1994).
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, em 2006, aprovada
pela ONU, da qual o Brasil é signatário, estabelece medidas para assegurar que as pessoas com
deficiência possam ter seu pleno desenvolvimento do potencial humano e do senso de dignidade
e autoestima garantidas. Além de promover o fortalecimento do respeito pelos direitos
humanos, pelas liberdades fundamentais e pela diversidade humana.
O texto do artigo 24 nos diz ainda que: “As pessoas com deficiência não sejam
excluídas do sistema educacional geral. Sob alegação de deficiência e que as crianças com
deficiência não sejam excluídas do ensino fundamental gratuito e compulsório, sob alegação de
deficiência.” (ONU, 2006).
A Educação Especial, no Brasil, se tornou oficialmente inclusiva apenas em 2008,
com a publicação do documento Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva. Por meio desse documento o Ministério da Educação reconhece que “sob
formas distintas, a exclusão tem apresentado características comuns nos processos de
segregação e integração que pressupõem a seleção, naturalizando o fracasso escolar” e que:

A partir da visão dos direitos humanos e do conceito de cidadania fundamentado no


reconhecimento das diferenças e na participação dos sujeitos, decorre uma
identificação dos mecanismos e processos de hierarquização que operam na regulação
e produção das desigualdades. Essa problematização explicita os processos
normativos de distinção dos alunos em razão de características intelectuais, físicas,
culturais, sociais e linguísticas, entre outras, estruturantes do modelo tradicional de
educação escolar. (BRASIL, 2008).

Em consonância com o texto acima, a Política Nacional de Educação Especial na


perspectiva da Educação Inclusiva passa a estabelecer como objetivos:

• assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do


desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, orientando os sistemas de
ensino para garantir: acesso ao ensino regular, com participação, aprendizagem e
continuidade nos níveis mais elevados do ensino;
• transversalidade da modalidade de educação especial desde a educação infantil até
a educação superior;
• oferta do atendimento educacional especializado;
• formação de professores para o atendimento educacional especializado e demais
profissionais da educação para a inclusão; participação da família e da
comunidade; acessibilidade arquitetônica, nos transportes, nos mobiliários, nas
30

comunicações e informação; e articulação intersetorial na implementação das


políticas públicas. (BRASIL, 2008).

A Educação Especial numa Perspectiva Inclusiva, no Estado de Goiás, apresenta-


se com dois campos de atuação:
1 – Nas salas de aulas comuns, onde o trabalho deverá viabilizar um processo de
ensino aprendizagem que considere a diversidade de estudantes e seus níveis de
desenvolvimento, ritmo e estilos de aprendizagem, concebendo o currículo como sendo
caracteristicamente flexível.
2– No Atendimento Educacional Especializado (AEE), oferecido nas Unidades
Educacionais, que contar com as salas de recursos multifuncionais, disponibilizadas pelo
Ministério da Educação, dotada de equipamentos, mobiliários e materiais didáticospedagógicos
para tal finalidade ou nos Centros de Atendimento Educacional Especializado (CAEE).
O Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011, considera AEE como o conjunto
de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucional e
continuamente, prestado de forma complementar à formação dos estudantes com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento; ou suplementar à formação de estudantes com altas
habilidades ou superdotação, inseridos no ensino regular. Sendo realizado no contra turno das
aulas, deverá trabalhar as especificidades de cada deficiência para que os alunos possam sanar
as dificuldades inerentes ao ensino aprendizagem.
Segundo as Orientações Operacionais da Gerência de Ensino Especial para a
Atuação da Rede de Apoio à Inclusão no ano de 2013, no âmbito da Secretaria Estadual da
Educação são profissionais do Ensino Especial:
• Professor de Atendimento Educacional Especializado;
• Profissional de Apoio à Inclusão;
• Profissional de Apoio Administrativo de Higienização;
• Intérprete de Libras;
• Instrutor de Libras;
• Instrutor de Braille;
• Equipe Multiprofissional;
• Assistentes Sociais, Fonoaudiólogas/os, Psicólogas/os e Pedagogas/os.
Segundo a Resolução n. 07, de 15 de dezembro de 2006, a Unidade Educacional
ao receber o aluno com deficiência ou com transtornos globais de desenvolvimento ou com
31

altas habilidades/superdotação deverá realizar avaliação circunstanciada, circunstanciando os


limites e potencialidades do mesmo no contexto escolar, para a identificação de suas
necessidades educacionais especiais com o objetivo de buscar e propiciar apoio e recursos
necessários à aprendizagem.
As Unidades Educacionais deverão manter arquivo com a documentação que
comprove ser este um educando do ensino especial, incluindo o relatório circunstanciado e
avaliação para a diversidade, para garantia da regularidade da vida escolar do aluno e controle
pelo sistema de ensino apresente, tais documentos deverão apresentar de forma descritiva, o
conhecimento apropriado pelo aluno, no processo de aprendizagem. Em caso de transferência
para outra unidade educacional deverão ser disponibilizadas copias dos referidos documentos.
A necessidade de acompanhamento do desempenho dos alunos com altas
habilidades/superdotação por meio da avaliação para a diversidade pressupõe a participação
em todas as atividades com a turma.
32

5.7. Gênero e diversidade sexual

A Constituição Federal Brasileira, promulgada em 1988, em seu artigo 6º estabelece


que a educação é um direito de todos e, ainda, que as condições para acesso e permanência
escolar devem ser garantidas pelo Estado.
Entretanto, pesquisas científicas vindas dos mais diversos campos disciplinares
mostram que grupos específicos da população são continuamente afastados da escola. As altas
taxas de evasão escolar masculina (37,9% dos homens segundo dados do IBGE em 2011) têm
sido apontadas como consequência de referenciais de masculinidade difundidos socialmente.
A Sexualidade, entendida como uma construção social, histórica e cultural, precisa
ser discutida na escola – espaço privilegiado para o tratamento pedagógico desse desafio
educacional contemporâneo. O trabalho educativo com a Sexualidade, por meio dos conteúdos
elencados nas Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica, deve considerar os
referenciais de gênero, diversidade sexual, classe e etnia. Assim, procura-se subsidiar, por meio
do conhecimento científico – e não por meio de valores e crenças pessoais
– os educadores, por meio da formação continuada e da produção de materiais de apoio
didático-pedagógico.
É de extrema relevância citar o Decreto nº 8.716/2016, que dispõe sobre a adoção
e utilização do nome social por pessoas travestis e transexuais em todos os serviços públicos
ofertados pelo Executivo, no qual as escolas estaduais se inserem. Assim preceitua o artigo 1º
do referido decreto:

As pessoas travestis e transexuais, por ocasião do preenchimento de fichas, cadastros,


formulários, prontuários, documentos e registros de informações congêneres, têm
direito à identificação por meio do seu nome social para a fruição de quaisquer
serviços públicos ofertados pela Administração direta e indireta do Poder Executivo.

Da mesma forma, a Resolução n. 02, de 03 de julho de 2014 do ConselhoEstadual


de Educação de Goiás, determina às escolas do sistema educativo do Estado de Goiás, o uso do
nome social de travestis transexuais nos registros escolares, em respeito cidadania, aos direitos
humanos, diversidade, ao pluralismo, dignidade humana, para garantir acesso, permanência e o
êxito desses cidadãos no processo de escolarização de aprendizagem.
33

5.8. Representação Estudantil

5.8.1. Conselho de Líderes:

Serão eleitos por cada turma 02 líderes de turma, os quais irão representar a turma
em reuniões, projetos, atividades de qualquer cunho pedagógico, que visem junto à gestão do
colégio melhorar o ensino aprendizagem bem como promover a interação entre corpo discente
e docente.
A escola de tempo integral trabalha com o jovem protagonista no intuito de que ele
possa desenvolver práticas refletidas na construção do seu Projeto de Vida, e assim, se
reconhecerem líderes.
A sua liderança se dará, primordialmente, por meio dos Clubes Juvenis. Os clubes são
grupos formados previamente por um projeto escrito pelo próprio aluno, buscando desenvolver
a autonomia e competência do jovem, o que o torna corresponsável pelas suas ações e escolhas.
Nesse sentido, na construção do jovem protagonista, a escola deve entender o jovem como um
parceiro e fornecer subsídios, sob orientação direta ou indireta, para que elepossa ter capacidade
de tomar decisões responsáveis, incentivando a avaliação das ações desenvolvidas, de forma a
alcançar conclusões que permitam a construção do conhecimento e dos valores.
A atuação de liderança de turma traz consigo prerrogativas inerentes a atuação do líder
no processo pedagógico da Unidade Escolar, desde reunião mensal com o gestor para
alinhamento do corpo docente e discente, bem como o desenvolvimento de suas funções,
direitos e deveres. Sua atualização teve atualização nas atribuições conforme os modelos de
ensino preconizados pelo CEE.
34

5.9. Temas Relevantes

A escola evitará ampliar as matrizes curriculares transformando em componente


curricular todo tema relevante da atualidade, quando pode ser abordado de forma transversal e
de maneira articulada, nos componentes curriculares da Base Nacional Comum Curricular e
da parte diversificada.
São temas relevantes da atualidade a serem abordados de forma transversal e de
maneira articulada: saúde, diversidade, sexualidade, gênero, vida familiar, social e política,
direitos das crianças e adolescentes, educação ambiental, educação para o consumo,
educação fiscal, educação para o trânsito, trabalho, ciência e tecnologia, diversidade
cultural, drogas, prevenção ao bullying e direito dos idosos, pandemia, saúde
socioemocional, gravidez na adolescência, protocolos de segurança, responsabilidade
social.
A elaboração das propostas curriculares deve ser capaz de despertar o interesse do
aluno e motivá-lo, trabalhando as questões cognitivas a partir dos problemas da realidade, de
grandes eixos articuladores do conhecimento, de projetos interdisciplinares, de propostas
ordenadas em torno de conceitos-chave, de eventos que requerem múltiplas leituras e diferentes
olhares científicos e culturais.
A execução da proposta curricular deve ser dinâmica, prevendo a mobilidade e a
flexibilização dos tempos e dos espaços escolares, a diversidade nos agrupamentos de
educandos, a adoção de diversas linguagens artísticas, a diversidade de materiais, os variados
suportes literários, as atividades que desafiam e mobilizam o raciocínio, as atitudes
investigativas, a busca e a descoberta das inovações tecnológicas, as abordagens
complementares e as atividades de reforço, a articulação entre a escola e a comunidade, o acesso
aos espaços de expressão cultural, com a necessária mediação dos meios tecnológicos
disponibilizados pela era digital.
A organização curricular deve prever tempos e espaços adequados para atividades
culturais as mais diversas, que ampliem o conceito de sala e de aula, oferecendo itinerários
formativos dinâmicos e diversificados, incentivando pesquisas, olimpíadas do conhecimento,
semanas da ciência, participação em avaliações regionais, nacionais e internacionais, visitas a
centros e contatos com o mundo da cultura e do trabalho.
35

5.9.1. Prevenção e Enfrentamento ao Bullying

A sociedade está se preocupando cada vez mais com a violência. Na escola a


violência pode se manifestar em ações de bullying. Este é um problema que afeta o professor,
os estudantes e demais profissionais da escola, prejudicando os relacionamentos entre os
integrantes da comunidade escolar. Dessa forma, torna-se urgente sensibilizar e capacitar os
profissionais da educação e comunidade escolar para essa temática e proporcionar condições
de reflexões e suporte para o enfrentamento desse conflito.
O CEPI Lyceu de Goiânia desenvolverá ações fundamentadas na Lei nº 17.151,
de 16 de setembro de 2010, com o objetivo de conscientizar e sensibilizar a comunidade escolar
e a sociedade sobre o bullying, bem como sua abrangência e a necessidade de medidas de
prevenção, diagnose, enfrentamento e cultura de paz. Destaca-se a importância de formar
docentes, equipe pedagógica e funcionários para a implementação de ações, orientações e
soluçõespara o problema; orientar os envolvidos em situação de bullying, visando à convivência
harmônica no ambiente escolar e envolver a família no processo de construção dacultura de paz
nas unidades escolares.
O bullying escolar abrange as formas de violências intencionais repetitivas que
ocorrem sem motivações evidentes, causadas por uma ou mais pessoas, provocando sofrimento,
dor, angústia e humilhação da(s) outra(s), em ambiente escolar. Essas agressões se manifestam
nas seguintes formas: a) verbal: insultar, ofender, falar mal, colocar apelidos pejorativos,
“zoar”; b) física e mental: bater, empurrar, beliscar, roubar, furtar ou destruir pertences da
vítima; c) psicológica e moral: humilhar, excluir, discriminar, chantagear, intimidar difamar; d)
sexual:abusar, violentar, assediar, insinuar; e) virtual ou cyberbullyng: realizado por meio de
ferramentas tecnológicas: celulares, filmadoras, internet, outros (SILVA, 2010).
A Unidade Escolar investirá nas ações preventivas anti-bullying: sensibilização da
comunidade escolar; inclusão da temática no Projeto Político Pedagógico da instituição;
formação de multiplicadores numa perspectiva transdisciplinar; despertar a motivação e o
prazer das pessoas, que trabalham na educação, em participar das ações de enfrentamento ao
bullying.
O CEPI Lyceu de Goiânia, além de organizar estratégias de prevenção, enfrentará
a violência estabelecendo parcerias com conselhos tutelares, delegacias, juizados entre outros;
incluirá na proposta pedagógica e regimento escolar a educação integral articulada aos valores
36

humanos e de cultura de paz para a formação de sujeitos conscientes de seus direitos e deveres;
desenvolverá projetos e estimulará a discussão e reflexão do tema na comunidade escolar com
atividades que trabalhem o respeito e o reconhecimento às diferenças individuais e
socioculturais.
O ser humano é social por natureza e necessita relacionar-se com os outros. Desse
modo, a convivência é considerada a melhor forma de adquirir e pôr em prática os valores
fundamentais que regem a vida em comunidade. A escola revela-se um valioso ambiente de
reflexão e preparação para a vida social. Quando se cresce em um valor, cresce-se nos demais,
pois é a pessoa como um todo que se torna melhor. Não se pode ser mais tolerante sem ser, ao
mesmo tempo, mais generoso, mais compassivo, mais aberto ao diálogo, mais respeitoso
(CARVALHO, 2010).
Com base nesses pressupostos, a escola precisa ter como principal objetivo ajudar
a formar indivíduos independentes, valorizados, felizes e que saibam fazer felizes a quem os
rodeiam. É necessário promover nos alunos a compreensão de que todos são importantes,
únicos e valiosos, e que sempre podem fazer a diferença.
Destaca-se que a Escola, os professores, estudantes, funcionários da educação não
podem ficar omissos as situações de bullying, pois a unidade escolar será responsabilizada,em
caso de omissão, sob penalidade. As medidas adotadas pela escola para o controle do bullying,
se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a
formação de uma cultura de paz e valores humanos na sociedade.
Apesar das dificuldades existentes no meio educacional, é importante desenvolver
atividades comunitárias na escola contando com a participação e o envolvimento dos
profissionais da educação. A mudança na prática de ensino poderá levar à eliminação das
barreiras, muitas vezes não perceptíveis entre alunos e a escola, pois o somatório desses
esforços, com certeza, contribuirá para a formação de um ser crítico, consciente e apto para o
exercício da cidadania e a um convívio social mais humano e pacífico (CARVALHO, 2011).
37

5.10.Currículo

A sociedade está em processo de transformação estrutural, vivemos um contexto de


globalização neoliberal e crise social expressa pela violência. Acreditamos que o CEPI Lyceu
de Goiânia tem o papel de contribuir para a transformação da sociedade e para o
desenvolvimento integral do jovem, adolescente e adulto. Assim, adotamos uma perspectiva de
currículo cujo princípio fundamental é estabelecer uma íntima relação dos conhecimentos
científicosà realidade do aluno.
O currículo é uma proposta didática política para orientar a realização do processo
ensino-aprendizagem. Conforme Barbosa & Hornam (2008):

Construir um currículo a partir de pistas do cotidiano e de uma visão articulada de


conhecimento e sociedade é fundamental. O currículo não pode ser definido
previamente, precisando emergir e ser elaborado em ação, na relação entre o novo e
a tradição. (p.36).

Nesse, apresentamos as ações e inter-relações que ocorrem na práxis do nosso


cotidiano educacional. Ele expressa nossa concepção de educação, descrevendo as funções e
ações educacionais de forma que se assegure o trabalho coletivo e a possibilidade da instituição
fortalecer a sua relação com a família e a sociedade. Por isso, entendemos que o currículo não
é neutro, nem absoluto nem autoritário.
O currículo reflete uma concepção de educação comprometida com a sociedade que
desejamos mais democráticos e humanistas. Segundo Barbosa & Horn (2008):

Construir uma programação curricular flexível é preciso, em primeiro lugar, redefinir


e construir, de forma sintética e clara, os objetivos que temos para aeducação das
crianças pequenas e os conhecimentos que consideramos essenciais para a sua
inserção no mundo (p.38).

O Currículo desta Unidade Escolar esta em constante mudança, porém é visto como
algo abrangente, dinâmico e existencial numa dimensão profunda e real que envolve todas as
situações circunstanciais da vida escolar e social do aluno. O Currículo compreende uma
diretriz para a construção do conhecimento escolar e social desenvolvido por meio de ações que
contribuem para tanto. Devido a pandemia do SARS covid-19 o currículo dos anos de 2020 e
2021 foram adequados de forma a promover equidade no ensino-aprendizagem paratodos os
estudantes.
38

Nesse sentido, o CEPI Lyceu de Goiânia se propõe a trabalhar os conteúdos


curriculares da Base Nacional Comum e da parte diversificada, os temas transversais e locais,
visando desenvolver no aluno a criatividade, o dinamismo, a participação num contexto social,
introduzindo valores éticos, morais e de respeito aos direitos humanos, o verdadeiro espírito de
cidadania.
Nessa perspectiva, a realização desta proposta curricular pressupõe a participação
de toda a comunidade educacional, na práxis pedagógica de forma democrática, comprometida
e reflexiva.
De acordo com o Parecer n. 003/2018 do Conselho Estadual de Educação do Estado
de Goiás, art. 58, o Projeto de escola de tempo integral promoverá a ampliação de tempos e
espaços em sintonia com a ampliação das ações educativas de qualidade, de equidade e das
oportunidades educativas, da intensificação da convivência e do maior compartilhamento da
tarefa de educar e cuidar entre os profissionais da escola, das famílias e dos outros atores sociais,
sob a coordenação da escola, visando a alcançar a melhoria da qualidade da aprendizagem, da
convivência social e a diminuir as diferenças de acesso aos bens culturais, em especial entre as
populações socialmente mais vulneráveis.
O currículo da escola de tempo integral, concebido como projeto educativo integral,
implica na ampliação da jornada escolar diária mediante a oferta de oportunidades educativas,
atividades e oficinas tais como: o acompanhamento pedagógico individualizado, o reforço, o
turno e contraturno, o aprofundamento da aprendizagem, a pesquisa e a experimentação
científica, a cultura, as Artes, a música, a Educação Física, o esporte, o lazer, as tecnologias da
comunicação e informação, os direitos humanos, a preservação do meio ambiente, a promoção
à saúde e da qualidade de vida, as visitas a centros de cultura, de produção, de organizações
sociais, entre outras atividades pedagógicas curriculares, articuladas às redes do conhecimento.
As atividades ou oficinas serão desenvolvidas dentro do espaço escolar ou fora dele,
em espaços distintos da cidade ou território em que está situada a unidade escolar, mediante a
utilização dos equipamentos sociais e culturais disponíveis, incentivando parcerias com órgãos
e entidades locais.
A implantação e implementação da escola de educação integral em tempo integral
será objeto de avaliação e de fiscalização constante por parte das coordenações regionais da
Secretária de Educação, Cultura e Esporte e do Conselho Estadual de Educação.
39

5.11.Matriz Curricular

Fundamentada na Lei nº. 9349/1996, nas normas gerais da Educação do País e


Resoluções que regem o ensino no Estado, o Colégio Lyceu de Goiânia adota a matriz curricular
em anexo.

5.12.Objetivos de Ensino

• Proporcionar condições adequadas para promover o bem estar do aluno, seu


desenvolvimento físico, motor emocional, intelectual, moral, ético, social e
estético a ampliação de suas experiências, estimulando o interesse dele pelo
processo do conhecimento do ser humano, da natureza e da sociedade.
• Oportunizar o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo como
base o pleno domínio da leitura da escrita e do cálculo.
• Priorizar a aquisição de conhecimentos, habilidades e a formação de atitudes e
valores.
• Desenvolver múltiplas habilidades que corroborem com interiorização de cada
competência que o estudante deve possuir para avançar seus estudos.
• Oferecer oportunidade de acesso e de desenvolvimento de competência básica
que possibilitem uma participação mais ativa e criadora do jovem adulto no
mundo do trabalho da política e da cultura.

5.12.1. Objetivos Específicos de Ensino

De acordo com o art. 35 da LDBEN, o ensino médio tem como objetivos:


I. A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino
fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II. A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar
aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de
ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III. O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação
ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
40

IV. A compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos


produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

Diante desses objetivos estabelecidos pela LDB 9394/1996, o colégio com sua
prática educativa busca:
• Formar o cidadão de maneira a desenvolver valores e competências necessários
à interação de seu projeto individual ao projeto da sociedade em que se situa;
• O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação
ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
• A preparação e orientação básica para a sua integração ao mundo do trabalho,
com competência que garanta seu aprimoramento profissional e permita
acompanhar as mudanças que caracterizam a produção de nosso tempo;
• O desenvolvimento das competências para continuar aprendendo de forma
autônoma e critica, em níveis mais complexos de estudos.

Na nossa prática do cotidiano da sala de aula temos como proposta atender o


objetivodas quatro áreas descritas a seguir:

I- Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, objetivando a constituição de


competências e habilidades que permitam ao educando:
a) Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como
meios de organização cognitiva da realidade, por meio da constituição de significados,
expressão, comunicação e informação.
b) Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas
manifestações específicas.
c) Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens,
relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização e estrutura
das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
d) Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de
significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.
e) Conhecer e usar língua (s) estrangeira (s) moderna (s) como instrumento de
acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais.
41

II- Ciências da Natureza e suas Tecnologias, objetivando a constituição de


habilidades e competências que permitam ao educando:
a) Compreender as ciências como construções humanas, entendendo como elas se
desenvolvem por acumulação, continuidade ou rupturas de paradigmas, relacionando o
desenvolvimento científico com a transformação da sociedade.
b) Entender e aplicar métodos e procedimentos próprios das ciências naturais.
c) Identificar variáveis relevantes e selecionar os procedimentos necessários para
a produção, análise e interpretação de resultados de processos ou experimentos científicos e
tecnológicos.
d) Apropriar-se dos conhecimentos da Física, da Química e da Biologia e aplicar
esses conhecimentos para explicar o funcionamento do mundo natural, planejar, executar e
avaliar ações de intervenção na realidade natural.
e) Compreender o caráter aleatório e não-determinístico dos fenômenos naturais e
sociais.

III- Ciências da Matemática e suas Tecnologias, objetivando a constituição de


habilidades e competências que permitam ao educando:
a) Compreender a necessidade de utilizar instrumentos adequados para medidas,
determinação de amostras e cálculo de probabilidades.
b) Compreender conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas e aplicá-las a
situações diversas no contexto das ciências, da tecnologia e das atividades cotidianas.
c) Identificar, analisar e aplicar conhecimentos sobre valores de variáveis
representados em gráficos, diagramas ou expressões algébricas, realizando previsão de
tendências, extrapolações/interpolações e interpretações.
d) Analisar qualitativamente dados quantitativos representados gráfica ou
algebricamente, relacionados a contextos socioeconômicos, científicos ou cotidianos.
e) Identificar, representar e utilizar conhecimentos geométricos para o
aperfeiçoamento da leitura, da compreensão e da ação sobre a realidade.
f) Compreender conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas e aplicá-las a
situações diversas no contexto das ciências, da tecnologia e das atividades cotidianas.

IV- Ciências Humanas e suas Tecnologias, objetivando a constituição de


competências e habilidades que permitam ao educando:
42

a) Compreender os elementos cognitivos, afetivos, sociais e culturais que


constituem a identidade própria e dos outros.
b) Compreender a sociedade, sua gênese e transformação e os múltiplos fatores que
nelas intervêm como produtos da ação humana, a si mesmo como agente social e os processos
sociais como orientadores da dinâmica dos diferentes grupos de indivíduos.
c) Compreender o desenvolvimento da sociedade como processo de ocupação de
espaços físicos e as relações da vida humana com a paisagem, em seus desdobramentos político-
sociais, culturais, econômicos e humanos.
d) Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e
econômicas, associando-as às práticas dos diferentes grupos e atores sociais, aos princípios que
regulam a convivência em sociedade, aos direitos e deveres da cidadania, à justiça e à
distribuição dos benefícios econômicos.
e) Traduzir os conhecimentos sobre a pessoa, a sociedade, a economia e práticas
sociais e culturais em condutas de indagação, análise, problematizarão e ação diante de
situações novas, problemas ou questões de vida social, política, econômica e cultural.
f) Entender os princípios das tecnologias associadas ao conhecimento do
indivíduo, da sociedade e da cultura, entre as quais as de planejamento, organização, gestão,
trabalho de equipe e associá-las aos problemas que se propõem resolver.
g) Entender o impacto das tecnologias associadas às ciências humanas sobre sua
vida pessoal, os processos de produção, o desenvolvimento do conhecimento e a vida social.
h) Entender a importância das tecnologias contemporâneas de comunicação e
informação para o planejamento, gestão, organização, fortalecimento do trabalho de equipe.
i) Aplicar as tecnologias das ciências humanas e sociais na escola, no trabalho e
outros contextos relevantes para sua vida.
43

6. MARCO OPERACIONAL

6.1. Metodologia

A metodologia a ser adotada pelo CEPI é trabalhar o aluno integralmente nos quatro
pilares da educação: Aprender a Conhecer, Aprender a Fazer, Aprender a Conviver, Aprender
a ser (Jacques Delors), a fim de contribuir para formar cidadão consciente, participativo, capaz
de dizer não ao consumo, à prostituição, às drogas, à exploração e, ainda, buscando o equilíbrio
do ser humano. A partir daí, o educando possa refletir sobre o processo de produção do
conhecimento e sua interferência no processo ensino-aprendizagem. Pois, acredita-se que todo
ser humano aprende e que a aprendizagem se dá na interação com o outro e no respeito às
diferenças individuais e coletivas do sujeito.
A metodologia proposta adotada busca ainda contribuir com o educando para
enfrentar os desafios da vida, e tornar-se agente da construção do conhecimento e da cidadania.
Queremos que os educandos possam ser mais autônomos e não apenas sabedores de
competências e habilidades técnicas. Eles precisam aprender a falar, a ler, a calcular, confrontar,
dialogar, debater, sentir, analisar, relacionar, celebrar, saber articular o pensamento e seus
próprios sentimentos, ou seja, cidadãos conscientes e capazes de interagir na sociedade.
Dessa forma, nesta Unidade Escolar, a metodologia sugerida para que seja
empregada no processo de ensino-aprendizagem deverá ser desenvolvida por meio de práticas
pedagógicas tais como:

• Gincana
• Debates
• Júri simulado
• Teatro
• Produção de texto voltada para o ENEM
• Pesquisas Bibliográficas na Biblioteca
• Seminários
• Simulados
• Pesquisas Interativas no Laboratório de Informática
• Trabalhos em grupo
44

• Aulas de campo
• Exposições
• Palestras
• Café Filosófico
• Cine Sophia
• Protagonismo
• Iniciação Científica
• Eletivas
• Clubes Juvenis
• Práticas Experimentais

Nos CEPIs, o Núcleo Diversificado é o diferencial metodológico que distingue o


modelo do restante dos modelos de ensino (EJA, parcial, conveniado, militar). O “pensar e
promover” pedagógico do núcleo diversificado tem seu início no Acolhimento.

O Acolhimento é uma metodologia da Proposta Pedagógica dos Centros de Período


Integral que propõe à equipe educacional e aos estudantes uma postura ética. Essa metodologia
tem implicações na recepção, no cuidado, na escuta e nos encaminhamentos a serem tomados
com qualquer pessoa que adentre ao ambiente escolar, fomentando a responsabilização no
sentido de propiciar um atendimento acolhedor e harmonioso, durante todo o ano letivo.

Além de ser uma metodologia que visa receber, atender e acolher bem todas as
pessoas que adentram o ambiente escolar durante todo o ano, o Acolhimento tem como proposta
pedagógica para o primeiro dia de aula uma atividade destinada aos estudantes que estão
ingressando nas unidades escolares.

A metodologia busca dar boas-vindas aos estudantes; apresentar o modelo de educação


integral e efetuar, por meio do diálogo, a troca de experiências entre os veteranos e os recém-
chegados, garantindo, assim, a integração de todos. Pode-se utilizar dinâmicas, vídeos para
reflexão e trabalhos em equipe. Todas essas propostas de atividades são fundamentadas nos
Quatro Pilares da Educação. O Acolhimento deve levar em conta não só a acolhida dos
estudantes, mas também dos servidores, das famílias e dos visitantes, pois a qualidade no ato
de acolher contribui com a visão que se tem do trabalho realizado pela unidade escolar, no
sentido de construir boas referências sobre seu papel no processo de
45

ensino aprendizagem.

O acolhimento é a porta de entrada dessa forma inovadora de conceber a educação e de


transformar a escola. Uma ação deliberada e intencionada, destinada a quatro situações
distintas:
• acolhimento dos estudantes;
• acolhimento diário;
• acolhimento da equipe escolar;
• acolhimento dos pais ou responsáveis.

6.1.1 Disciplinas Eletivas

São disciplinas temáticas, oferecidas semestralmente, propostas pelos professores e/ou


pelos estudantes e objetivam diversificar, aprofundar e/ou enriquecer os conteúdos e temas
trabalhados nas disciplinas da Base Nacional Comum do currículo. A base curricular
organizada por áreas de conhecimento exige um processo mais global de aprendizagem,
articulado com várias dimensões do desenvolvimento pessoal do estudante. O CEPI Lyceu de
Goiânia incorpora ao seu currículo as Disciplinas Eletivas.
As aulas dos Projetos de Eletiva devem possibilitar ao estudante: a construção do seu
próprio currículo; a ampliação, diversificação e/ou aprofundamento de conceitos; o
favorecimento da preparação para a futura aquisição de capacidades específicas e de gestão para
o mundo do trabalho, dentre outras. É oferecida semestralmente, compulsórias para o estudante,
porém de livre escolha. Deverá, ao final do semestre, ocorrerá a culminância, de caráter
essencialmente prático e interdisciplinar.

6.1.2 Estudo Orientado I e II

O Estudo Orientado I é a Avaliação Semanal que acontecerá toda segunda-feira na


primeira e segunda aula; e depois o professor fará a correção da avaliação dos Blocos e inserção
dos dados no SIAP.
O Estudo Orientado II é uma Metodologia de Êxito que objetiva oferecer um tempo
qualificado destinado à realização de atividades pertinentes aos diversos estudos. Inicialmente
46

orientado por um professor, o estudante aprende métodos, técnicas e procedimentos para


organizar, planejar e executar os seus processos de estudo visando ao autodidatismo, à
autonomia, à capacidade de auto-organização e de responsabilidade pessoal: Atuação dos
Líderes de Turma nos horários de Estudo Orientado.
Nos horários de Estudo Orientado, de sua turma, o líder de turma pode assumir, com
apoio e supervisão do professor, a condução de uma atividade de extrema importância,
caracterizada pelo alto nível de corresponsabilidade e compromisso. A liderança do Plano de
Atividades ou Plano de Estudos da Turma. Trata-se de uma pasta com o nome de todos os
estudantes para o registro da frequência. Além de salientar aos colegas a responsabilidade do
uso adequado do horário de estudo, os líderes de turma comunicam aos professores desses
horários a agenda de atividades de sua turma e sobre a distribuição das tarefas/provas e
trabalhos da semana.

6.1.3 Práticas e Vivência em Protagonismo

São práticas educativas providas pela própria escola e/ou por algumas de suas
instituições parceiras, bem como pelos próprios estudantes. As práticas e vivência de
protagonismo objetivam, por meio de oportunidades educativas, o desenvolvimento de valores
e competências pessoais e sociais, bem como a ampliação do repertório de conhecimento e
valores necessários ao processo de formação do ser autônomo, solidário e competente -
elementos fundamentais para a construção de um Projeto de Vida. Nas aulas do Protagonismo
Juvenil são abordadas e discutidas histórias exemplares que suscitam o entendimento e o
interesse por essas práticas, além dos elementos conceituais, teóricos e históricos das atividades
protagonistas. Isso é reforçado com orientação, apoio e experiências em clubes e/ou outras
vivências durante o período escolar. Os estudantes poderão propor soluções para problemas
identificados na escola ou ações que acrescentem qualidade para a vida da comunidade escolar.
São atividades vinculadas aos líderes dos clubes:

• Elaborar o Plano de Ação dos Clubes;


• Apresentar o Plano de Ação (versão final) aos membros do clube;
• Estimular, apoiar e acompanhar as iniciativas juvenis;
• Criar condições para interação dos professores como consultores dos jovens.
47

6.2. Avaliação

A avaliação não se limita ao julgamento sobre sucesso ou fracasso do aluno, é


compreendida como um conjunto de atuação que tem a função de alimentar, sustentar e orientar
a intervenção pedagógica. Por meio dos resultados que se pretende obter, pode se constatar o
progresso, as dificuldades e se fazer uma reordenação de todo trabalho desenvolvido.
Desse modo, a avaliação não deve ficar presa aos aspectos do processo educativo,
mas envolver todo trabalho pedagógico desenvolvido pelo colégio e as implicações na
formação da identidade, dos valores e da ética dos alunos. Sendo esta contínua e cumulativa
com a prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos formativos sobre os
informativos visando contribuir para o desenvolvimento do aluno.
Para que a avaliação se torne efetiva é necessário que se avaliem os instrumentos
utilizados, considerando as diferentes aptidões dos alunos, portanto, deve ser democrática e
oferecer o desenvolvimento da capacidade do aluno de conhecimentos científico-sociais e
tecnológicos.
A avaliação deve estar ligada ao processo educativo e pedagógico, sendo ela contínua,
processual, participativa e cumulativa, considerando as inteligências múltiplas. Os aspectos
qualitativos devem prevalecer sobre quantitativos conforme as Diretrizes da SEE. A avaliação
deverá acontecer de forma consciente, justa e condizente com a realidade educacional existente
e conforme as resoluções vigentes.
Pensando em tudo isso a avaliação foi sistematizada em 2 ciclos por bimestre, cada
um subdividido em 3 blocos, cada bloco é aplicado em datas pré-determinas pela equipe.
No primeiro ciclo o Bloco I contempla as disciplinas ligadas à Linguagem. Esse bloco
tem um total de 45 questões, sendo 15 de Língua Portuguesa; 10 de Língua Estrangeira
Espanhol; 10 de Língua Estrangeira Inglês; 5 de Educação Física e 5 de Arte, mais produção
de texto apenas para alunos de 1ª e 2ª série, enquanto isso os alunos da 3ª série fazem simulado.
No Bloco II são no total, 43questões que estão distribuídas assim: 15 de Matemática; 13 de
Química; 10 de Geografia e 5 de Sociologia. E, por fim, no Bloco III ototal de questões é
de 41; 13 questões de Biologia; 13 de Física; 10 de História e 5 de Filosofia. Difere-se no
segundo ciclo o simulado, que é aplicado aos alunos de todas as turmas com produção de texto.
48

6.3. Avaliação Institucional

Entende-se por Avaliação Institucional, aquela em que o processo de avaliação tem


por objetivo diagnosticar a qualidade dos serviços prestados à comunidade escolar e diante dos
resultados estabelecerem metas e ações para melhorar o atendimento à comunidade escolar e a
qualidade de ensino.
Para realizar a avaliação institucional a escola tem que romper com forma de
organização burocrática que regula o trabalho pedagógico.
A Avaliação Institucional não pode ser um transtorno para a instituição, sugadores
de recursos, dispendiosa e pesada. Cabe aos profissionais envolvidos no processo planejar e
executar com a mais pura lisura.
A Avaliação Institucional pode observar questões múltiplas como de: estrutura,
organização, funcionamento, e expectativas, mas, sobretudo, a construção do conhecimento
uma vez que necessita organizar seu trabalho pedagógico com base na necessidade e interesses
dos alunos e comunidades.
A Avaliação Institucional é um processo global, contínuo e sistemático, competente
e legítimo, participativo, que pode envolver agentes internos e externos na formulação de
subsídios para a melhoria da qualidade da instituição escolar. Implica assumir a
responsabilidade efetiva da gestão da instituição e do sistema, realizando uma autoavaliação,
deixando de reproduzir as velhas formas, modificando radicalmente o que funciona mal, ou
com baixa qualidade, e elaborando alternativas para a introdução de novos caminhos.
É avaliando que se constrói a Proposta Político Pedagógica da Instituição, ao
mesmo tempo em que ela é referência como identidade desta, e contribui para a reflexão e
construção dessa identidade.
Diante disso, a Avaliação Institucional no CEPI Lyceu de Goiânia se dará pela
elaboração de questionário onde todos os serviços prestados serão avaliados por todos os
segmentos da comunidade escolar.
A Avaliação Institucional será realizada anualmente/semestralmente, e será regido
por uma equipe responsável, composta por professores, funcionários administrativos,
coordenador, alunos, pais do CEPI Lyceu de Goiânia.
Observando a necessidade emergencial da realização de uma avaliação para o
controle de qualidade oferecido pelo CEPI Lyceu de Goiânia, realizaremos uma Avaliação
49

Institucional interna, visando integração e envolvimento de toda a equipe na melhoria do


trabalho coletivo.
50

6.4. Avaliação dos Docentes

A avaliação dos docentes ocorrerá ao longo do ano letivo. Os coordenadores de área


acompanharão desde o planejamento das atividades até a efetivação do plano em sala de aula
de cada professor. Durante as aulas observadas por cada coordenador, serão avaliados os
seguintes quesitos: planejamento, gestão de classe e aprendizagem dos estudantes.
Os coordenadores deverão preencher uma ficha de avaliação, descrevendo as suas
observações de acordo com os itens acima citados, e posteriormente, marcará um horário para
a devida devolutiva (Feedback). Vale ressaltar que nada é mais importante que a interação direta
tanto para elogiar o trabalho realizado como para efetuar alguma recomendação de mudança da
prática.
51

6.5. Sistemática de Planejamento

Diante desses aspectos e cientes da importância do planejamento, principalmente


ao que é realizado de forma coletiva, nossos planejamentos relacionados ao cotidiano da escola
e atividade docente, seguirão as Diretrizes da SEDUCE e da CRECE.
• Quinzenal
Será através de encontros coletivos da Unidade Educacional, no horário de trabalho
seguindo e orientações e o Calendário da CRECE e Superintendência do Ensino Médio.
• Semanal
Será um encontro coletivo da Unidade Educacional, às quintas-feiras para
formação pedagógica do grupo docente.
52

6.6. Sistemática de Avaliação

A sistemática de avaliação do CEPI Lyceu de Goiânia compreende a aplicação de


provas objetivas e subjetivas. As avaliações subjetivas serão propostas por cada professor de
acordo com a disciplina ministrada. As provas objetivas são aplicadas semanalmente. A
Avaliação Semanal é composta por 03 (três) Blocos de Avaliações Objetivas, referente aos
componentes curriculares do Núcleo Básico Comum, Simulados e Produções de Texto.
As referidas avaliações devem pautar-se nas competências e habilidadesconstantes
na Matriz de Referência do ENEM e nas Expectativas de Aprendizagem constantesno Currículo
de Referência da Rede Estadual de Goiás.
Cabe ao Coordenador do Núcleo Diversificado articular e organizar junto aos
professores aplicadores a aplicação das avaliações de maneira a garantir a eficácia desse
processo avaliativo.
Os Componentes Curriculares que compõem cada Bloco de Avaliação Semanal e
seus respectivos números de questões se dará conforme os quadros abaixo:
53

A organização dos Simulados seguirá os seguintes procedimentos. Serão aplicados


para as: 1ª e 2ª séries ao final do 2º Ciclo de cada bimestre e 3ª série ao final do 1º e 2º Ciclo.
Conforme resultado de reunião com os gestores dos CEPI’s Ensino Médio ocorrida
no mês de junho/2017 acerca da composição de quantidade de questões do Simulado e sua
respectiva devolutiva de nota, nos três primeiros bimestres e no 2º Ciclo do quarto bimestre, o
Simulado será composto por trinta e cinco (35) questões e sua devolutiva de nota será global
para todas as séries, contemplando todos os componentes curriculares do Núcleo Básico
Comum, conforme apresentado no quadro abaixo:

O simulado aplicado, em todas as séries, no quarto bimestre do 1º Ciclo será


composto por noventa (90) questões, conforme a metodologia do ENEM.
54

As Produções de Texto 1 e 2 serão aplicadas após o Bloco 1, na 3ª aula, sendo


acompanhada pelo professor regente deste horário. O mesmo entregará as produções ao
Coordenador da Área de Linguagens. Essas produções compõem nota da Avaliação Semanal
(objetiva).
A Produção de Texto será aplicada para 1ª e 2ª séries, sendo acompanhada pelo
professor aplicador de avaliação. O mesmo entregará as produções ao Coordenador da Área de
Linguagens. Essa produção irá compor a nota da Avaliação Subjetiva do Componente
Curricular Língua Portuguesa.
As Produções de Texto serão corrigidas pelo professor do componente curricular
de Língua Portuguesa, de acordo com Chave de Correção encaminhada no Material
Complementar.
A média bimestral será calculada a partir dos resultados obtidos nas Avaliações
Subjetivas, Blocos, Produções de Textos e Simulado. A Avaliação Subjetiva terá peso 1. Será
elaborada e aplicada pelo professor do componente curricular em sua aula, na quantidade de
até cinco avaliações por bimestre, resultando em apenas uma média.
A Avaliação de Bloco retornará valores individuais (cada componente curricular do
Bloco terá sua nota para compor a média numa escala de 0 a 10) e terá peso 0,6; O Simulado
retornará o valor geral para todos os componentes curriculares e terá peso 0,4.
A média bimestral é calculada a partir das notas das avaliações mensais e estarão
na Planilha de Acompanhamento Estatístico e Pedagógico do CEPI Lyceu de Goiânia.
55

A nota da Avaliação de Língua Portuguesa pertencente ao Bloco 1, será composta


conforme a fórmula seguinte:

A Média Anual será calculada como a seguir:


56

O CEPI proporcionará aos alunos, bimestralmente, um agrupamento a todos os


alunos que não alcançaram média 6,0 em determinada disciplina. Nesse caso, será atribuída
uma nota de 0,0 a 10,0 como instrumento avaliativo de recuperação. O agrupamento no 1º e3º
bimestre se dará de forma contínua durante o próprio período bimestral. No 2º e 4º
bimestre, o agrupamento será realizado mediante uma agenda semanal previamente
estabelecida com a realização de provas de bloco para a devida valoração de notas. Os
agrupamentos, de forma geral, se valerão de instrumentos qualitativos e quantitativos.
Para compor a média final do bimestre o cálculo será o seguinte:

A 2ª chamada das Avaliações de Bloco e a Recuperação Contínua Bimestral


atenderãoà Resolução CEE/CP N. 5 de junho de 2011, Seção III – Da Avaliação da
Aprendizagem Escolar.
57

6.7. Conselho de Classe

O Conselho de Classe é órgão de acompanhamento das atividades de planejamento,


execução e avaliação das ações pedagógicas previstas e aprovadas no PPP da escola e em seu
regimento para cada sala de aula.
O Conselho de Classe dará absoluta prioridade:
a) Ao processo de aprendizagem do aluno, ao seu acompanhamento e imediata
recuperação individual, à decisão sobre aprovação ou retenção conclusiva na seriação cursada,
avaliando recursos, dando direito à ampla defesa e respondendo à consultas;
b) À análise dos processos de ensino/aprendizagem e de seus resultados avaliando
cada aluno em sua individualidade, relacionando-o com o desempenho da turma, com a
organização dos conteúdos, com a atualização das metodologias aplicadas, com as modalidades
do acompanhamento individual e com a realização tempestiva da recuperação paralela;
c) À realização de condições adequadas de trabalho no exercício da atividade
docente;
d) Ao planejamento, execução e avaliação das atividades de ensino e do trabalho
pedagógico e didático nas equipes dos docentes de cada área de conhecimento;
e) Ao monitoramento dos índices de aprovação, reprovação, desistência,
transferência e abandono dos alunos, levantando causas e sugerindo soluções a serem avaliadas
pela comunidade escolar;
f) À determinação e aplicação do processo de recuperação e dos instrumentos de
classificação, reclassificação e de encaminhar solicitação de transferência, quando
absolutamente necessária;
g) À observância das diretrizes de convivência social e comportamentais,
consensualmente assumidas e dos procedimentos disciplinares a serem adotados, previstas no
Regimento Escolar;
h) À constante e pacífica interação com as famílias, que têm direito de serem
informados e o dever de acompanhar o desenvolvimento escolar de seus filhos;
i) À identificação e ao acompanhamento acolhedor dos alunos que apresentam
condições especiais de saúde física/psíquica ou desenvolvimento diferenciado do padrão dos
demais alunos.
58

A composição do Conselho de Classe deve constar no PPP e incluir entre seus


membros o diretor, os professores que atuam naquela sala de aula/classe, a coordenação
pedagógica e a representação legal dos alunos e dos alunos.
O Conselho de Classe, na avaliação do processo de desenvolvimento da
aprendizagem de todos os educandos de casa turma, além da imediata recuperação individual
de falha e lacunas na aprendizagem dos conteúdos, tomará as medidas que se fizerem
necessárias para programar e garantir a recuperação paralela, contínua, concomitante coletiva
e individualizada em todas as fases do período letivo, direito do aluno, visando à recuperação
imediata daqueles que apresentarem dificuldades de qualquer natureza.
As decisões do Conselho de Classe, quando tomadas no exercícios legal de sua
atuação e no respeito as normas educacionais , podem ser revisadas ou modificadas por ele
mesmo, mediante recurso interposto pelo interessado ou por seu representante legal, no prazo
estabelecido no Regimento Escolar, nunca inferior a 5 (cinco) dias. Das decisões do Conselho
de Classe cabe recurso, em última instância, ao Conselho Estadual de Educação de Goiás, que
poderá revogá-las, no todo ou em parte, podendo determinar atos a serem revistos ou praticados
novamente.
O Conselho de Classe, ao final de cada período letivo, deve realizar amplo debate
o processo e prática pedagógica, o ensino ministrado, a aprendizagem e a recuperação paralela,
desenvolvidos ao longo do curso, sugerindo, quando for o caso, mudanças e adaptações que se
fizerem necessárias no PPP e no Regimento, com vistas ao aprimoramento do processo
educativo do semestre subsequente.
As conclusões do Conselho de Classe devem ser fielmente documentadas,
circunstanciadas, anotadas em seu interior, em ata lida por todos os membros e por elas
assinadas, dando-se ciência de seu inteiro teor a todos os participantes no prazo de 5 (cinco)
dias, contados a partir de sua realização.
Na avaliação, o conselho de classe deve obrigatoriamente analisar o desempenho
global do aluno, o processo progressivo de seu desempenho e dos resultados finais por ele
obtidos durante o período letivo no conjunto dos componentes curriculares e relevar as
condições durante peculiares físicas e psicológicas de alunos em tratamentos de saúde ou em
situações de instabilidade ou fragilidades.
Sendo a aprendizagem objetivo final da escolarização, o referencial único e
conclusivo na avaliação global do aluno é a adequada realização da aprendizagem exigida em
cada seriação curricular, independentemente do tempo em que aconteceu.
59

6.7. Classificação, Reclassificação, Avanço e Aceleração

Classificação, reclassificação, avanço e aceleração são instrumentos legais que


regulamentam o ingresso e do desenvolvimento do aluno na educação básica.
Classificação é o processo legal mediante o qual o aluno é posicionado numa
unidade escolar, na série ou etapa a que faz jus, e pode ser feita em qualquer série, exceto a
primeira do Ensino Fundamental. Poderá ser realizada conforme os critérios a seguir:
a) Por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento a série ou fase
anterior na própria escola;
b) Por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas, de outros
sistemas de envio ou vindos do exterior;
c) Independente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola que
defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série
ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino.
Reclassificação é o processo legal mediante o qual o aluno é reposicionado em ano
ou etapa mais adiantada daquela indicada na seriação do seu histórico escolar, por possuir
competências mais avançadas e se aplica ao aluno já inserido no processo de escolarização,
sendo efetuada pela escola no início do período letivo, excluído o primeiro ano do Ensino
Fundamental. O aluno não pode ser reclassificado para série mais elevada, na hipótese de
encontrar-se retido ou em dependência. Não se aplica o instituto de reclassificação ao aluno que
está cursando o último ano do Ensino Médio, que deve ser cursado integralmente. É proibida a
aplicação do processo de reclassificação do Ensino Médio para o Ensino Superior, pois se trata
de níveis distintos da Educação Nacional, e cada nível tem sua terminalidade e sua própria
certificação.
Avanço é o processo legal, pelo qual o aluno, mediante verificação de aprendizado,
no decorrer do período letivo, é matriculado em série ou período mais adiantado, por possuir
grau de desenvolvimento e rendimento escolar superior ao exigido na série que está cursando.
Aceleração é programa institucional “de dimensão coletiva” da unidade escolar,
previsto no PPP e no regimento da escola, destinado aos alunos com defasagem na idade/série,
visando à sua melhor adequação e à obtenção de competências da educação básica em períodos
mais céleres, por meio de uso de tempos, espaços e metodologias educacionais apropriadas.
60

Importante ressaltar que, a Classificação, a reclassificação e o avanço exigem


avaliação qualitativa individual que defina o grau de experiência e desenvolvimento do
candidato e deve obrigatoriamente:
a) Ser definida e regulamentada no PPP da Unidade Escolar;
b) Ser determinada pela Unidade Escolar e validada pelo Conselho de Classe;
c) Abranger os conteúdos da Base Nacional Comum Curricular;
d) Ser realizada por uma Comissão de docentes da unidade, nomeada pela Unidade
Escolar, a qual se responsabilizará, para efeitos legais, pelos conteúdos aferidos e conceitos e
conceitos ou notas ou emitidas;
e) Ser detalhadamente explicitada e comunicada com devida antecedência aoaluno
e aos pais ou responsáveis;
f) Ter seus resultados registrados em ata e arquivadas no dossiê do aluno.
A escola, ainda, deve assegurar aos alunos portadores de altas habilidades e de
superdotação, desde que documentalmente comprovadas pelas instancias e profissionais
competentes, o direito à avalição que favoreça a progressão dos estudos e a devida certificação.
61

6.8. Progressão Parcial

De acordo com a Resolução n. 3, de 3 de julho de 2006, que regulamenta a


Progressão Parcial, tem como objetivo “a sequência do currículo e sua regulamentação no
Projeto Político Pedagógico (PPP) e no Regimento Escolar (RE), em conformidade com os
parâmetros e os critérios estabelecidos [...].”
A progressão parcial de que trata esta Resolução constitui-se em direito público
subjetivo de todos os alunos matriculados, a partir do 6º (sexto) ano do ensino fundamental
até o 3º (terceiro) ano do ensino médio.
Segundo o art. 2º desta Resolução, “entende-se por Progressão Parcial a passagem
do aluno para o ano posterior, com defasagem em alguns conteúdos curriculares, necessitando
por isso, de novas oportunidades de aprendizagem, viabilizadas em procedimentos pedagógicos
e administrativos, oferecidas pelas unidades escolares, devidamente previstas e regulamentadas
no Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar”.
A progressão parcial, regime a ser previsto no PPP, é o procedimento que permite
a promoção do educando nos conteúdos curriculares em que demonstrou domínio adequado, e
a sua retenção naqueles em que ficou evidenciada deficiência ou lacuna de aprendizagem.
Segundo o Parecer n. 3, de 16 de fevereiro de 2018 do Conselho Estadual de
Educação, a progressão parcial é instrumento de ensino/aprendizagem, a ser necessariamente
utilizado a partir da conclusão do ciclo de alfabetização por todas as unidades escolares
jurisdicionais ao sistema em todos os anos da Educação Básica, exceto na Educação Infantil e
no Ciclo de Alfabetização. Sua frequência não se vincula aos dias do período letivo regular,
podendo ser desenvolvida com encontros periódicos por meio de estudo orientado, em dias e
horários compatíveis para a unidade escolar e para o educando. E, deve ser efetuada em, no
máximo, dois componentes curriculares da Base Nacional Comum Curricular, sendo que este
limite não se aplica à parte diversificada.
A forma e as regras de aplicação da progressão parcial é decisão devidamente
motivada e fundamentada do Conselho de Classe a que o educando pertence, cabendo à escola
definir os conteúdos a serem recuperados, o programa de estudos, os tempos de execução, a
escolha dos professores, a forma de acompanhamento do aluno, a homologação do resultado
final e seu lançamento no histórico escolar do aluno.
No ato da matrícula do aluno, a escola deve dar ciência à família de que a
progressão parcial deve ser realizada durante o ano letivo. Sua realização deve ser precedida
62

de uma proposta oficial de programa de estudo, com ciência ao aluno e à família, a eles
apresentada pela unidade escolar, definindo metodologia, prazo de execução e
acompanhamento, e formas de avaliação, com documentação em ata.
O regime de progressão parcial pode ser realizado a partir da conclusão doperíodo
letivo em que o aluno ficou de progressão, devendo ser concluído antes ou durante o período
letivo imediatamente posterior, preferencialmente na escola onde estiver matriculado.A escola
não medirá esforços para que o aluno que cursar o 9º ano do Ensino Fundamental acesse o
Ensino Médio sem dever componentes curriculares em progressão parcial.
No cumprimento do programa de estudos a unidade escolar poderá exigir do aluno
momentos de acompanhamento individual de frequência obrigatória, a ser registrada pelo
professor que o orientará presencialmente. Esta carga horária, a ser cumprida presencialmente
na escola, será definida de acordo com as necessidades apontadas no programa de estudos,não
estando atrelada à mesma carga horária regular da disciplina.
A unidade escolar poderá oferecer este acompanhamento presencial destinado à
progressão parcial para um aluno ou para grupos de alunos, considerando o melhor atendimento
e a organização administrativa e pedagógica da unidade escolar. A etapa de progressão parcial
termina quando houver avaliação positiva da aprendizagem do aluno nos componentes
curriculares em que estava reprovado.
Ao findar o último ano do Ensino Médio:
a) Se o aluno for reprovado em até dois componentes curriculares da Base Nacional
Comum Curricular, poderá ser submetido, pela escola que o avaliou, a processos de recuperação
da aprendizagem imediatamente após o término do ano letivo regular;
b) Se o aluno for retido, não poderá usufruir da progressão parcial, visto que a
mesma só é permitida dentro do nível da educação básica, sendo obrigado a refazer tão somente
os conteúdos dos componentes curriculares em que não obteve êxito.
As unidades escolares devem receber a transferência de aluno em progressão
parcial, bem como lhe assegurar a recuperação da aprendizagem, ainda que não ofereçam a
etapa de progressão parcial. Cabe à escola, no uso de sua autonomia e dialogando com a família,
decidir o procedimento a ser seguido para a realização da progressão parcial no caso de aluno
que não a realizou no tempo devido. Cabe a cada instituição de ensino expedir históricos
escolares, declarações de conclusão de série, diplomas, certificados de conclusão decursos com
a especificação cabíveis.
O certificado de conclusão do Ensino Médio só pode ser expedido para o aluno
aprovado em todos os componentes previstos na matriz curricular. A progressão será
63

efetivada com aplicação de pelo menos 02 instrumentos avaliativos, a critério do professor. A


média dos instrumentos avaliativos não poderá ser menor que 6,0 (seis) pontos. Alcançando a
média 6,0 (seis), o aluno concluirá a progressão parcial.
Desta forma, o CEPI Lyceu de Goiânia assegura o direito aos alunos em progressão
parcial que poderão cursá-la por meio de aulas pré-estabelecidas no decorrer do ano letivo.
Nestas aulas, serão apresentados, pelos docentes da referida disciplina em progressão, os
conteúdos a serem estudados e também as datas para entrega e realização dos instrumentos
avaliativos.
64

6.9. Matrícula

Neste ano a matrícula na Rede Estadual se deu de forma informatizada. A matrícula


informatizada tem o objetivo de eliminar filas nas escolas,democratizar o acesso e garantir o
aproveitamento total da capacidade física dasUnidades Escolares, viabilizando a ampliação do
atendimento à demanda e aumento da oferta de vagas em áreas que apresentam déficit,
melhorando a aplicação dos recursos públicos e evitando o desperdício causado pela existência
de prédios ociosos.
É dividida em 5 etapas, sendo:
• ETAPA 1 – MANUTENÇÃO DA MATRÍCULA: A Manutenção do Banco de
Dados consiste na regularidade do cadastro dos dados no Sistema de
Gestão Escolar – SIGE e demais sistemas auxiliares que compõe a solução de
TI da Seduce.
• ETAPA 2 – ESTUDO DA REDE – REORDENAMENTO: O estudo é feito
da seguinte maneira: O Coordenador de Matrícula reúne-se com o grupo gestor
das Unidades Escolares (incluindo outras redes que fazem parte da regional)
para estudar a oferta e demanda da região e definir o reordenamento para o
ano/semestre letivo subsequente.
• ETAPA 3 – RENOVAÇÃO DA MATRÍCULA: A Renovação da Matrícula é
uma etapa que acontece na Unidade Escolar (SIGE), de acordo com o
cronograma da matrícula. A Unidade Escolar deverá notificar todos os alunos
maiores de 18 anos e os responsáveis pelos menores
• sobre a obrigatoriedade da renovação através do “Termo de Renovação da
Matrícula”, disponível no SIGE.
ETAPA 4 – TRANSFERÊNCIAS E SOLICITAÇÕES: TRANSFERÊNCIA
AUTOMÁTICA (TA): A Transferência Automática (TA) é o processo de
Transferência em bloco dos alunos das Unidades Escolares que não oferecem
as séries subsequentes ou que deixaram de oferecer determinadas
etapas/anos/séries. O planejamento da TA é realizado durante as reuniões de
Estudo da Rede onde se verifica a necessidade de transferência em bloco de
alunos de uma determinada escola para outra.
ETAPA 5 - EFETIVAÇÃO DA MATRÍCULA: Nesta etapa, o aluno deverá se
dirigir a Unidade Escolar onde a vaga foi disponibilizada, munido da

documentação solicitada, para efetivar a matrícula.


65

6.10. Calendário Escolar

Atendendo às prerrogativas da LDB 9394/1996, o Calendário Escolar obedece ao


calendário letivo oficial da CRECE Goiânia, com aulas de janeiro a dezembro totalizando 202
dias letivos.
É previsto uma jornada de trabalho de 9h e 30min por dia, com 9 aulas diárias de
50 minutos cada. Há um intervalo de almoço de 01h e 30min e dois intervalos de 15 minutos
cada.

6.11. Cronograma dos Projetos Institucionais e Disciplinas


Optativas

6.11.1
Projeto Bullying: Somos todos iguais nas próprias diferenças
OAB vai à escola
Palestra sobre o enfrentamento do Bullying nas escolas.
Data: /02/2020

6.11.2
Projeto Escola sem Drogas
Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD)
Produção de um folder explicativo sobre o tema, em forma de quadrinhos;
Criação de um convite para a família participar de uma palestra com um profissional da área
da saúde;
Palestra no Teatro para pais, alunos, professores e funcionários sobre a prevenção ao uso de
drogas.
Data: /03/2020

6.11.3
Projeto Cultura: “Índios no Brasil”
66

Palestra no Teatro para pais, alunos, professores e funcionários sobre a cultura indígena
(Índios Xavantes).
Oficina de conversas sobre a cultura do povo xavante.
Data: 17/04/2020

6.11.4
Projeto: Adolescentes e o Suicídio “Ame a vida”
Palestra no Teatro para pais, alunos, professores e funcionários sobre o suicídio e a depressão.
Data: 28 /09/2020
67

7. Avaliação do Projeto Político Pedagógico

O Projeto Político Pedagógico impõe-se um constante acompanhamento e avaliação,


a fim de se verificar o estado real do trabalho desenvolvido coletivamente. A avaliação permite
colocar em evidencia as dificuldades surgidas nas práticas diárias, mediante a confrontação
entre o planejamento e o que vem sendo realizado.
Visa melhorar a qualidade do trabalho escolar, à medida que se conhecendo a tempo
as dificuldades, podem se analisar suas causas e orientar medidas de sua superação. Aavaliação
das atividades implica na analise coletiva dos resultados alcançados e a tomada de decisões
sobre medidas necessárias para solucionar deficiências e impasses verificados.
O sistema de acompanhamento e avaliação do projeto pedagógico envolve todos os
aspectos considerados no planejamento. Além disso, deve haver uma inter-relação entre a
avaliação do currículo e a avaliação da aprendizagem. Assim avaliar o projeto Pedagógico, que
foi elaborado com a participação de todos os segmentos dessa unidade de ensino, pressupõe
assegurar uma melhoria continua da qualidade do ensino e atendimento da comunidade do CEPI
Lyceu de Goiânia, além de fomentar uma visão dos conceitos de avaliação do ensino e da
aprendizagem.
Este Projeto será avaliado a cada final de semestre letivo para que dessa maneira a
avaliação venha acontecer de forma continua, com revisão das ações planejadas e executadas
em seus aspectos negativos e positivos alinhados dentro do projeto e novas retomadas das
estratégias traçadas para aquilo que não foi realizado com êxito, ou não realizadas. Cada
servidor que esteja participando de forma direta ou indireta na elaboração e busca dos
resultados, que se pretenda alcançar com este projeto, deverá estar constantemente avaliado
como outrora já dito.
68

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição do Brasil 1988. Disponível em: <www.planalto.gov.br>.

BRASIL, LDB. Lei 9394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível
em < www.planalto.gov.br >.

CARVALHO, Rosemeire Barreto dos Santos. Bullying: agressividade no ambiente escolar –


construindo estratégias de enfrentamento do problema. Revista do Professor. Porto Alegre,
a.26, n. 104, p.41-43, out./dez.2010.

. A escola e a prevenção e enfrentamento ao bullying. Caderno Escola/Jornal


Tribuna do Planalto. Goiânia,Ano 26 nº1287, p.2, 13 a 17 ago. 2011.

DELÓRS, Jacques: Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para UNESCO da Comissão


Internacional sobre Educação para o Séc. XXI. São Paulo: Cortez Brasília. DF, MEC,
UNESCO, 1998.

COSCHI, MirsaSeabra. A nova LDB e o projeto político pedagógico. Educação em Revista,


Ano II, 03 dez.1998.

ELIAS, Norbert. O processo civilizador. Rio de janeiro: Jorge Zahar, 1994.

GOIÁS. Lei nº 13.540, 08 de dezembro de 1999.

GOIÁS. LDB do Estado de Goiás, Lei nº 26, de 28 de dezembro de 1998.

GOIÁS. Lei nº 17.151, de 16 setembro de 2010. Disponível em:


<http://www.gabinetecivil.goias.gov.br/leis_ordinarias/2010/lei_17151.htm>

LIBÂNEO, J. Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Cortez,


2000. Cap. II p. 21-25.

OLIVEIRA, Marta Kohl de Vygotsky. Aprendizado e Desenvolvimento: um processo sócio-


histórico. São Paulo: Scipione, 1993.

OLIVEIRA, Maria Auxiliadora Monteiro (org.). Gestão Educacional: novos olhares, novas
abordagens. Petrópolis: Vozes, 2005.

PIMENTA, Selma Garrido. Práxis ou indissociabilidade entre teoria e prática e a atividade


docente. São Paulo: Cortez, 1994.

SAVIANI, Dermival. Pedagogia histórico-crítica: Primeiras aproximações. São Paulo:


Cortez, 1992.

SACRISTÁN, J. Gimeno. Currículo: uma Reflexão Sobre a Prática. Porto Alegre: Artméd,
2000.
69

SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Bullying: Cartilha 2010, Projeto Justiça nas Escolas. Conselho
Nacional de Justiça, Brasília/DF, 2010. Disponível em:
http://www.cnj.jus.br/images/programas/justica-escolas/cartilha_bullying.pdf.

TREVISAN, Irineu. Aos que desejam educar com sucesso. Londrina: Editora?, 1985.

VALERIEN, Jean. Gestão da escola fundamental: subsídios para análise e sugestão de


aperfeiçoamento. São Paulo: Cortez, 1993.

VASCONCELLOS, Celso. Avaliação: Concepção Dialética- Libertadora do Processo de


Avaliação Escolar. São Paulo: Libertad, 2005.
ANEXOS

• Calendário Escolar
• Plano de Ação
• Matriz Curricular
Calendário Escolar 2023
CRE-GOIÂNIA - GOIÂNIA - CENTRO DE ENSINO EM PERÍODO INTEGRAL LYCEU DE GOIÂNIA -
52038181

Janeiro Fevereiro Março


D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 1 2 3 4
8 9 10 11 12 13 14 5 6 7 8 9 10 11 5 6 7 8 9 10 11

15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 12 13 14 15 16 17 18
22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 25 19 20 21 22 23 24 25
29 30 31 26 27 28 26 27 28 29 30 31

10 dias letivos 17 dias letivos 23 dias letivos

Abril Maio Junho


D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 1 2 3 4 5 6 1 2 3
2 3 4 5 6 7 8 7 8 9 10 11 12 13 4 5 6 7 8 9 10

9 10 11 12 13 14 15 14 15 16 17 18 19 20 11 12 13 14 15 16 17
16 17 18 19 20 21 22 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24

23 24 25 26 27 28 29 28 29 30 31 25 26 27 28 29 30
30

17 dias letivos 21 dias letivos 20 dias letivos

Julho Agosto Setembro


D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 1 2 3 4 5 1 2
2 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 3 4 5 6 7 8 9

9 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 10 11 12 13 14 15 16
16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23

23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30
30 31
1 dias letivos 23 dias letivos 19 dias letivos

Novembro
Outubro Dezembro

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 1 2
8 9 10 11 12 13 14 5 6 7 8 9 10 11 3 4 5 6 7 8 9
15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 10 11 12 13 14 15 16

22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 25 17 18 19 20 21 22 23

29 30 31 26 27 28 29 30 24 25 26 27 28 29 30
31

18 dias letivos 19 dias letivos 12 dias letivos


Feriados Legenda
01/01/2023 Ano novo Feriado

21/02/2023 Carnaval Início do Ano Letivo e Acolhimento dos Estudantes

07/04/2023 Sexta-feira Santa Dia letivo


09/04/2023 Páscoa Férias
21/04/2023 Tiradentes
Evento não informado
01/05/2023 Dia do trabalho
Conselho de Classe/Encerramento do Bimestre
24/05/2023 Feriado: Padroeiro(a) do Município
Dia do Trânsito nas Escolas
08/06/2023 Corpus Christi
07/09/2023 Independência do Brasil Avaliação Externa/Institucional

12/10/2023 Nossa Senhora Aparecida Recesso escolar

24/10/2023 Feriado: Aniversário do Município Trabalho Coletivo


02/11/2023 Finados Término das aulas/Conselho de classe
15/11/2023 Proclamação da República do Brasil
Retorno das aulas
25/12/2023 Natal
Comemoração Dia do Servidor Público
Dias Letivos

Planejamento na Unidade Educacional


Dias letivos 1º semestre - 108
Dias letivos 2º semestre - Dia Nacional de Saúde e Segurança nas Escolas
92
Total de dias letivos - 200 Avaliação Diagnóstica

Avaliação Formativa

Feriado: Aniversário do Município

Feriado: Padroeiro(a) do Município

Dia e Semana Estadual de Comemoração à Lei Maria da Penha

Planejamento e Acolhimento dos Profissionais da Educação

Dia do Estudante

Avaliação Externa/Institucional Alfa

Situação do Calendário - Aprovado em 14/06/2023


ESTADO DE GOIÁS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
52038181 - CENTRO DE ENSINO EM PERÍODO INTEGRAL LYCEU DE GOIÂNIA

Relatório das disciplinas da Matriz Curricular


Data da Impressão: 27/09/2023 Ano Letivo/Semestre: 2023/2 Página 1

Composição199 - Ensino Fundamental de 6º ao 9º Ano


Série 9º Ano Turma Turno Matutino CH Matriz modelo 45 Referência Matriz modelo 000036062856

Base Nacional Comum


Cód. C. H. C. H.
Composição Série Turno Área Disciplina
Disciplina Semanal Anual
Linguagens, Códigos e suas
199 9º Ano Matutino 241 LÍNGUA PORTUGUESA 6 240
Tecnologias
Linguagens, Códigos e suas
199 9º Ano Matutino 55 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 80
Tecnologias
Linguagens, Códigos e suas
199 9º Ano Matutino 11 ARTE 2 80
Tecnologias
Linguagens, Códigos e suas
199 9º Ano Matutino 322 LÍNGUA INGLESA 3 120
Tecnologias
Ciências da Natureza e suas
199 9º Ano Matutino 790 CIÊNCIAS DA NATUREZA 3 120
Tecnologias
Ciências Humanas e Sociais
199 9º Ano Matutino 98 GEOGRAFIA 4 160
Aplicadas
Ciências Humanas e Sociais
199 9º Ano Matutino 103 HISTÓRIA 4 160
Aplicadas
Ciências Humanas e Sociais
199 9º Ano Matutino 63 ENSINO RELIGIOSO 1 40
Aplicadas
199 9º Ano Matutino Matemática e suas Tecnologias 124 MATEMÁTICA 6 240

Parte Diversificada
Cód. C. H. C. H.
Composição Série Turno Área Disciplina
Disciplina Semanal Anual
Ciências da Natureza e suas PRÁTICAS EXPERIMENTAIS CIÊNCIAS
199 9º Ano Matutino 2216 1 40
Tecnologias DA NATUREZA
PRÁTICAS EXPERIMENTAIS
199 9º Ano Matutino Matemática e suas Tecnologias 2217 1 40
MATEMÁTICA
199 9º Ano Matutino Área Integrada 1183 PROTAGONISMO JUVENIL 2 80
199 9º Ano Matutino Área Integrada 1432 ELETIVAS 2 80
199 9º Ano Matutino Área Integrada 1768 INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2 80
199 9º Ano Matutino Área Integrada 1841 ESTUDO ORIENTADO I 2 80
199 9º Ano Matutino Área Integrada 1842 ESTUDO ORIENTADO II 2 80
199 9º Ano Matutino Área Integrada 2213 ELETIVAS 2 2 80

Carga Horária Total da Matriz Curricular: 1800


Carga Horária Semanal da Matriz Curricular: 45
ESTADO DE GOIÁS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
52038181 - CENTRO DE ENSINO EM PERÍODO INTEGRAL LYCEU DE GOIÂNIA

Relatório das disciplinas da Matriz Curricular


Data da Impressão: 27/09/2023 Ano Letivo/Semestre: 2023/2 Página 1

Composição141 - Ensino Médio


Série 1ª Série Turma Turno Matutino CH Matriz modelo 45 Referência Matriz modelo 000036063255

Base Nacional Comum


Cód. C. H. C. H.
Composição Série Turno Área Disciplina
Disciplina Semanal Anual
Linguagens, Códigos e suas
141 1ª Série Matutino 241 LÍNGUA PORTUGUESA 4 160
Tecnologias
Linguagens, Códigos e suas
141 1ª Série Matutino 55 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 80
Tecnologias
Linguagens, Códigos e suas
141 1ª Série Matutino 11 ARTE 1 40
Tecnologias
Linguagens, Códigos e suas
141 1ª Série Matutino 121 LÍNGUA EST. MODERNA - INGLÊS 2 80
Tecnologias
Ciências da Natureza e suas
141 1ª Série Matutino 15 BIOLOGIA 1 40
Tecnologias
Ciências da Natureza e suas
141 1ª Série Matutino 176 QUÍMICA 1 40
Tecnologias
Ciências da Natureza e suas
141 1ª Série Matutino 85 FÍSICA 1 40
Tecnologias
Ciências Humanas e Sociais
141 1ª Série Matutino 98 GEOGRAFIA 1 40
Aplicadas
Ciências Humanas e Sociais
141 1ª Série Matutino 103 HISTÓRIA 1 40
Aplicadas
Ciências Humanas e Sociais
141 1ª Série Matutino 87 FILOSOFIA 1 40
Aplicadas
Ciências Humanas e Sociais
141 1ª Série Matutino 183 SOCIOLOGIA 1 40
Aplicadas
141 1ª Série Matutino Matemática e suas Tecnologias 124 MATEMÁTICA 4 160

Parte Diversificada
Cód. C. H. C. H.
Composição Série Turno Área Disciplina
Disciplina Semanal Anual
141 1ª Série Matutino Área Integrada 1181 PROJETO DE VIDA 2 80
141 1ª Série Matutino Área Integrada 1183 PROTAGONISMO JUVENIL 2 80
141 1ª Série Matutino Área Integrada 1432 ELETIVAS 2 80
141 1ª Série Matutino Área Integrada 1841 ESTUDO ORIENTADO I 2 80
141 1ª Série Matutino Área Integrada 1842 ESTUDO ORIENTADO II 2 80
141 1ª Série Matutino Área Integrada 2213 ELETIVAS 2 2 80

Trilha de Aprofundamento
Cód. C. H. C. H.
Composição Série Turno Área Disciplina
Disciplina Semanal Anual
141 1ª Série Matutino Área Integrada 2214 TRILHA PRÁTICAS EXPERIMENTAIS 6 240
141 1ª Série Matutino Área Integrada 2215 TRILHA PREPARAÇÃO PÓS-MÉDIO 7 280

Carga Horária Total da Matriz Curricular: 1800


Carga Horária Semanal da Matriz Curricular: 45
ESTADO DE GOIÁS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
52038181 - CENTRO DE ENSINO EM PERÍODO INTEGRAL LYCEU DE GOIÂNIA

Relatório das disciplinas da Matriz Curricular


Data da Impressão: 27/09/2023 Ano Letivo/Semestre: 2023/2 Página 1
Composição 141 - Ensino Médio
Série 2ª Série Turma Turno Matutino CH Matriz modelo 45 Referência Matriz modelo 000036063255

Base Nacional Comum


Cód. C. H. C. H.
Composição Série Turno Área Disciplina
Disciplina Semanal Anual
Linguagens, Códigos e suas
141 2ª Série Matutino 241 LÍNGUA PORTUGUESA 4 160
Tecnologias
Linguagens, Códigos e suas
141 2ª Série Matutino 55 EDUCAÇÃO FÍSICA 1 40
Tecnologias
Linguagens, Códigos e suas
141 2ª Série Matutino 11 ARTE 1 40
Tecnologias
Linguagens, Códigos e suas
141 2ª Série Matutino 121 LÍNGUA EST. MODERNA - INGLÊS 1 40
Tecnologias
Ciências da Natureza e suas
141 2ª Série Matutino 15 BIOLOGIA 1 40
Tecnologias
Ciências da Natureza e suas
141 2ª Série Matutino 176 QUÍMICA 1 40
Tecnologias
Ciências da Natureza e suas
141 2ª Série Matutino 85 FÍSICA 1 40
Tecnologias
Ciências Humanas e Sociais
141 2ª Série Matutino 98 GEOGRAFIA 1 40
Aplicadas
Ciências Humanas e Sociais
141 2ª Série Matutino 103 HISTÓRIA 1 40
Aplicadas
Ciências Humanas e Sociais
141 2ª Série Matutino 87 FILOSOFIA 1 40
Aplicadas
141 2ª Série Matutino Matemática e suas Tecnologias 124 MATEMÁTICA 4 160
Parte Diversificada
Cód. C. H. C. H.
Composição Série Turno Área Disciplina
Disciplina Semanal Anual
141 2ª Série Matutino Área Integrada 1181 PROJETO DE VIDA 2 80
141 2ª Série Matutino Área Integrada 1183 PROTAGONISMO JUVENIL 2 80
141 2ª Série Matutino Área Integrada 1432 ELETIVAS 2 80
141 2ª Série Matutino Área Integrada 1841 ESTUDO ORIENTADO I 2 80
141 2ª Série Matutino Área Integrada 1842 ESTUDO ORIENTADO II 2 80
141 2ª Série Matutino Área Integrada 2213 ELETIVAS 2 2 80
Trilha de Aprofundamento
Cód. C. H. C. H.
Composição Série Turno Área Disciplina
Disciplina Semanal Anual
TRILHA DE APROFUNDAMENTO
Linguagens, Códigos e suas LINGUAGENS COMUNICAÇÃO:
141 2ª Série Matutino 2195 3 120
Tecnologias MOVIMENTOS, PRÁTICAS E SENTIDOS
DO EXISTIR;
TRILHA DE APROFUNDAMENTO
Ciências da Natureza e suas
141 2ª Série Matutino 2200 CIÊNCIAS DA NATUREZA ENERGIA QUE 3 120
Tecnologias
NOS MOVE
TRILHA DE APROFUNDAMENTO
Ciências Humanas e Sociais
141 2ª Série Matutino 2202 CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS 3 120
Aplicadas
APLICADAS SER JOVEM
TRILHA DE APROFUNDAMENTO
MATEMÁTICA IMERSÃO NA
141 2ª Série Matutino Matemática e suas Tecnologias 2197 MATEMÁTICA ESCOLAR: 3 120
CONHECIMENTOS ESSENCIAIS PARA O
DESENVOLVIMENTO DA SOCIEDADE
141 2ª Série Matutino Área Integrada 2214 TRILHA PRÁTICAS EXPERIMENTAIS 5 200
141 2ª Série Matutino Área Integrada 2215 TRILHA PREPARAÇÃO PÓS-MÉDIO 5 200

Carga Horária Total da Matriz Curricular: 2040


Carga Horária Semanal da Matriz Curricular: 51
ESTADO DE GOIÁS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
52038181 - CENTRO DE ENSINO EM PERÍODO INTEGRAL LYCEU DE GOIÂNIA

Relatório das disciplinas da Matriz Curricular


Data da Impressão: 27/09/2023 Ano Letivo/Semestre: 2023/2 Página 1

Composição141 - Ensino Médio


Série 3ª Série Turma Turno Matutino CH Matriz modelo 45 Referência Matriz modelo 000036063311

Base Nacional Comum


Cód. C. H. C. H.
Composição Série Turno Área Disciplina
Disciplina Semanal Anual
Linguagens, Códigos e suas
141 3ª Série Matutino 241 LÍNGUA PORTUGUESA 6 240
Tecnologias
Linguagens, Códigos e suas
141 3ª Série Matutino 55 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 80
Tecnologias
Linguagens, Códigos e suas
141 3ª Série Matutino 11 ARTE 1 40
Tecnologias
Linguagens, Códigos e suas
141 3ª Série Matutino 121 LÍNGUA EST. MODERNA - INGLÊS 2 80
Tecnologias
Ciências da Natureza e suas
141 3ª Série Matutino 15 BIOLOGIA 2 80
Tecnologias
Ciências da Natureza e suas
141 3ª Série Matutino 176 QUÍMICA 2 80
Tecnologias
Ciências da Natureza e suas
141 3ª Série Matutino 85 FÍSICA 2 80
Tecnologias
Ciências Humanas e Sociais
141 3ª Série Matutino 98 GEOGRAFIA 2 80
Aplicadas
Ciências Humanas e Sociais
141 3ª Série Matutino 103 HISTÓRIA 2 80
Aplicadas
Ciências Humanas e Sociais
141 3ª Série Matutino 87 FILOSOFIA 1 40
Aplicadas
Ciências Humanas e Sociais
141 3ª Série Matutino 183 SOCIOLOGIA 1 40
Aplicadas
141 3ª Série Matutino Matemática e suas Tecnologias 124 MATEMÁTICA 6 240
Parte Diversificada
Cód. C. H. C. H.
Composição Série Turno Área Disciplina
Disciplina Semanal Anual
141 3ª Série Matutino Área Integrada 1183 PROTAGONISMO JUVENIL 2 80
141 3ª Série Matutino Área Integrada 1187 PREPARAÇÃO PÓS-MÉDIO 4 160
141 3ª Série Matutino Área Integrada 1432 ELETIVAS 2 80
141 3ª Série Matutino Área Integrada 1841 ESTUDO ORIENTADO I 2 80
141 3ª Série Matutino Área Integrada 1842 ESTUDO ORIENTADO II 2 80
141 3ª Série Matutino Área Integrada 1850 PRÁTICAS EXPERIMENTAIS 2 80

Núcleo Dirigido (ETI)


Cód. C. H. C. H.
Composição Série Turno Área Disciplina
Disciplina Semanal Anual
Linguagens, Códigos e suas LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
141 3ª Série Matutino 1742 2 80
Tecnologias ESPANHOL

Carga Horária Total da Matriz Curricular: 1800


Carga Horária Semanal da Matriz Curricular: 45

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