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JOÃO GABRIEL DE SOUZA MATOS

TEMA: Frederick Taylor e Henry Ford

Etec Gino Rezaghi


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Frederick Taylor

Frederick Winslow Taylor foi um engenheiro norte-americano que introduziu o


conceito da chamada Administração Científica, revolucionando todo o sistema
produtivo no começo do século XX e criando a base sobre a qual se
desenvolveu a atual Teoria Geral da Administração.

Taylor nasceu em 20 de março de 1856, em Germantown (que hoje faz parte


da Filadélfia) no Estado da Pensilvânia – EUA. Seu pai, Franklin Taylor era um
advogado bem sucedido formado em Princeton e sua mãe, Emily Annete
Winslow, era uma ardorosa feminista e abolicionista que trabalhara com
Lucretia Mott, importante ministra dos Quakers (fundação de cunho religioso e
tradição protestante criada em 1652 pelo inglês George Fox com objetivos
pacifistas e abolicionistas), grupo do qual a família Taylor era importante
membro.

Desde cedo Frederick foi educado por sua mãe tendo estudado na França e
Alemanha e viajado pela Europa. Em 1872 ele ingressa na Academia Philips
Exeter em New Hampshire com o intuito de se preparar para a universidade.
Ao se formar ele é aceito no curso de Direito em Harvard, porém decide seguir
outra carreira.

Taylor começa a trabalhar como aprendiz em uma indústria, a Enterprise


Hydraulic Works onde permanece até 1878 quando vai para a Midvale Steel
Works especializada na construção de máquinas. Taylor começou como
operário mas logo passou para escriturário, maquinista, contra-mestre
(gerente) e finalmente engenheiro-chefe.

Aos 27 anos, em 1883, Taylor se forma no Instituto de Tecnologia de Nova


Jersey em Engenharia Mecânica. Foi nessa época que ele desenvolveu uma
série de dispositivos para o corte de metais. No ano seguinte, em 3 de maio de
1884, Taylor se casa com Louise M. Spooner.
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De 1890 a 1893, Taylor trabalha como gerente geral e engenheiro consultor na


Manufacturing Investment Company, Filadélfia onde tem a oportunidade de que
precisava para testar suas teorias. Em 1893 Taylor deixa a companhia para
abrir seu próprio negócio como consultor independente. Em 1898 ele ingressa
na Bethlehem Steel onde, junto com Maunsel White e uma equipe de
assistentes desenvolve o “high speed steel”, hss ou aço rápido, um material
usado na fabricação de ferramentas de corte que largamente utilizado até hoje.
Em 1901, já bastante conhecido, Taylor deixa a Bethlehem Steel devido a
desavenças com outros gerentes.

No mesmo ano Frederick e sua esposa decidem adotar três filhos: Kempton,
Robert e Elizabeth.

Em 1903 Taylor publica seu primeiro livro sobre o que mais tarde chamaríamos
de administração científica: “Shop Management” (Direção de Oficinas) onde
trata pela primeira vez de suas idéias sobre a racionalização do trabalho.

Somente em 1911 é que Taylor publica sua obra mais importante revelando de
vez os princípios da administração científica que se tornaria a base da Teoria
Geral da Administração. Em “Principles do Scientific Management” (Princípios
da Administração Científica) Taylor descreve toda sua teoria sobre a
administração que contém princípios até hoje utilizados pelas empresas ainda
que com algumas alterações, sendo por isso considerado o pai da
Administração Científica.
Em 1915 Taylor contrai uma pneumonia e morre no dia 21 de março.

Taylorismo
O Taylorismo é um sistema de gestão do trabalho baseado em diversas
técnicas para o aproveitamento ótimo da mão de obra contratada.

Foi desenvolvido no início do século XIX, a partir de estudos sobre os


movimentos do homem e da máquina nos processos produtivos fabris.

O Taylorismo enfatiza a eficiência operacional das tarefas realizadas, nas quais


se busca extrair o melhor rendimento de cada funcionário.
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Portanto, é um sistema de racionalização do trabalho concebido em moldes


científicos. Desta maneira, cada aspecto do trabalho deve ser estudado e
desenvolvido cientificamente.

Assim, com a análise dos processos produtivos, foi possível aperfeiçoar a


capacidade de trabalho do operariado. O foco era economizar o máximo em
termos de esforço produtivo.

Devemos salientar que o taylorismo não está preocupado com as inovações


tecnológicas, mas sim com as possibilidades de controlar a linha de produção.

Através de uma padronização continua, pelo estabelecimento de um sistema


de supervisão e controle, o homem acabou se transformar por uma peça da
máquina. Entretanto foi isto que fez surgir condições de trabalho capazes de
aumentar a produtividade e o lucro.

Henry Ford
Henry Ford (1863-1947) foi um empresário norte-americano, o fundador da
Ford Motor Company. Foi o primeiro a implantar a linha de montagem em série
na fabricação de automóveis. Foi um grande inventor, responsável por 161
patentes.

Henry Ford nasceu em Wayne Country, Michigan, Estados Unidos, no dia 30


de julho de 1863. Sua família era descendente de belgas e irlandeses.
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A experiência de Ford com as máquinas começou na fazenda do pai, onde


trabalhava na manutenção dos motores. Com 16 anos, após a morte da mãe,
mudou-se para Detroit, onde trabalhou em uma oficina mecânica.

Mais tarde, estudou Engenharia e passou a trabalhar na Edison Iluminating


Company, onde chegou a engenheiro-chefe.

Nas horas vagas, planejava construir peça por peça um veículo movido a
gasolina. Por volta de 1888, demitiu-se do emprego, decidido a tornar-se
fabricante de automóveis.

Nesse mesmo ano, casa-se com Clara Jane Bryant, o casal teve um único
filho, em 1893, Edsel Bryant Ford.

Henry Ford instala sua primeira oficina em um subúrbio de Detroit. Era uma
oficina precária, mas foi dali que saiu o quadriciclo, que embora rudimentar,
consumia pouco combustível e logo achou compradores.

O primeiro passo estava dado, mas dizia Ford: “Minha intenção é produzir um
carro grande para comportar uma família inteira, mas ao mesmo tempo
pequeno para ser guiado e mantido por uma única pessoa”.

Em 1902, Henry Ford fundou a Ford Motor Co. A nova indústria, trabalhando
pelo processo de padronização, lançou em 1903 o seu primeiro carro: o
“Modelo A”, de dois cilindros.

O sucesso do carro foi total, choveram encomendas, a fábrica começou a


produzir 10 unidades por dia e no fim do ano o balanço da firma registrou
grande lucro.

A ideia de expansão logo veio, comprou as ações dos investidores e sozinho


passou a fabricar um só modelo: o “Modelo T”, que foi posto no mercado em
1908, ao preço de 850 dólares.

Em 1912, já produzia o “Modelo T”, ou “Ford Bigode” como ficou conhecido, por
um preço bem mais barato, restava inventar um modo de montar um carro
atrás do outro, sem parar.

Foi exatamente isso que Henry Ford fez, criando a “linha de montagem” – um
processo que revolucionou a fabricação de automóveis. Graças à montagem
em série, em 1925, um novo Ford ficava pronto em pouco tempo.
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Vendo que outras empresas lhe tomavam parcelas do mercado de carros,


Henry Ford acelerou ainda mais a sua produção, eliminou os intermediários,
adquiriu florestas, minas de ferro e carvão, ferrovias e até uma frota de navios.

A organização Ford tornou-se um verdadeiro império, que em 1928, empregava


mais de 200.000 operários, para fabricar 6.000 carros por dia, além de
caminhões, tratores, ônibus etc.

Henry Ford inovou no tratamento com os funcionários, reduzindo as horas de


trabalho e incentivando-os com sucessivos aumentos de salários. Ainda
repartiu o controle acionário com os empregados.

Henry Ford, que apesar de revolucionário e progressista em diversos aspectos,


era também um conservador no sentido administrativo, onde sua palavra era
lei.

Fordismo
O fordismo é um modelo de produção industrial criado nos Estados Unidos pelo
industrial Henry Ford. A linha de produção é um elemento característico desse
sistema produtivo.

Fordismo é um modelo produtivo criado por Henry Ford nos Estados Unidos. O
referido sistema foi desenhado para a indústria automobilística com o objetivo
de aumentar a produtividade e, em contrapartida, diminuir os custos de
produção. A partir dos benefícios apresentados pelo fordismo na fabricação de
carros, o modelo foi adaptado para a utilização em outras atividades industriais,
sendo extremamente praticado no território estadunidense.

A origem desse modelo produtivo está atrelada à superação de elementos


típicos do modelo taylorista, e sua principal característica é a automatização
dos processos industriais. Ele provocou profundas mudanças na estrutura
produtiva da indústria internacional, mas entrou em declínio em razão de
sucessivas crises de superprodução.

O modelo fordista apresenta diferenças consistentes dos sistemas de produção


taylorista e toytismo, como, por exemplo, a valorização da especialização do
trabalhador e a verificação da qualidade produtiva no final do processo.
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