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Goiânia, 8 de março de 2024.

Aula 1 Arnaldo

Validade
Eficácia
Sanção

Temas tipicamente jurídicos

Kelsen propõe abordagem multidisciplinar. Economia possui seu método, direito tem o seu
método, e o direito tem o seu próprio método.
Tem objeto, mas possui seu método. Kelsen, em ciência pura do direito diz que o direito é pro,
mas a purificação que Kelsen propõe é analisar o direito normativamente de forma pura, porque
o direito não é puro. A relação do direito é relação contingente, não é necessária. Direito tem
autonomia em relação ao direito. A ciência deve ter sempre uma suspensão de valores. O
cientista deve almejar objetividade. O mestre de Kelsen (saiu da Austria quando foi tirado da
Suprema Corte Austríaca) em votação da lei de divórcio. Austriíacos muito católicos acabou
tirando ele. Ele já tinha estudado na Alemanha com os círculos Werberianos. Cientista não pode
levar para o seu objeto os seus valores.

Sociologia, economia, abordagens multidisciplinar, diferente do que interdisciplinar.


Abordagem direito dialogando com economia é multidisciplinar.
Kelsen propôs coisa distinta.

O Direito é que está preocupado com a Teoria da Interpretação (Kelsen) mostra a


indeterminação do Direito, porque Direito é linguagem e eu interpreto de diversas maneiras.

Cria moldura de opções interpretativas, onde os Juizes vão decidir não só como ato de
conhecimento, mas como ato de vontade. Temas que encontramos no direito. Hermeneutica
jurídica com diálogo com a Teologia. Hermeneutica moderna com alemão Swachimair
transmitidas para o direito. Gadermer fala da hermenêutica da obra de arte, para depois chegar
na hermenêutica jurídica.

Relação do Direito com a justiça, eterna relação. Direito se blindando das contaminações das
outras áreas, distanciando da psicologia, da sociologia, da enomia, se enxergando no topo.
Direito sempre se enxergou assim. Já foi chamado as outras matérias como ciências auxiliares.

Após o Sec. XX, as outras ciências acabou entrando dentro do campo do Direito. Nos EUA o
pessoal da AED fez isso. Muitos juristas foram influenciados por economistas, acompanharam
uma evolução da ciência econômica, deixada de ser pensada apenas como ciência do mercado
para virar ciência do comportamento humano, lançando luz sobre comportamento humano.

Século XXI inicia a chegada da AED no Brasil.


Há textos Guering Becher é um dos autores fundamentais e ainda não traduzido da Análise
Econômica do Direito.

Grandes manuais de Microeconomia (regulação das escolhas individuais) traduzidos das


universidades americanas relacionando à AED. A difusão da microeconomia no Brasil foi
influenciada.

Preconceitos por alguns juristas brasileiros que se colocaram contra, pois o Direito não poderia
ser colonizado pela Economia. Direito são valores, que não somente os valores econômicos.
Direito não se pode deixar colonizar pelo discurso econômico. Habermas tinha essa forma de
discutir. A economia sempre tentava submeter o direito (criticava).
Nicolas Lumam, na teoria dos sistemas dizia que a economia iria querer borrar o direito.

No Brasil, pessoal da hermenêutica filosófica, ligados a esta área reagiram que era indevido a
economia influenciar o direito.

Os autores econômicos nunca tiveram a pretenççao de acabar com o Direito. Ao lado da


eficiência econômica, elevação ótima dos recursos, pois economia lida com escassez. Recursos
limitados, necessidades ilimitadas, problemas de eficiência lidam com problemas de justiça.
Pode não ter uma racionalidade econômica, mas é o mais justo do ponto de vista social do
direito.

Economia começou a dialogar com o Direito. Alguns autores Guido Calabresi, era professor e
Juiz, Richard Posner era proferror e Juiz, e portanto a aplicação, na prática judicial imediata
poderiam testar as suas teses.
Professor v|~e que a economia se propõe a ser uma ferramenta a mais, como uma ferramenta
para quem cria o direito possa aplica-lo da melhor forma possível.
Caput do art. 37, eficiência nunca é um princípio. É um meio. Vou tentar tratar a eficiência
como um meio, fazer da forma mais eficiente. Relação entre direito e economia é de
interdisciplinariedade, duas ciências que se coloca em diálogo, respeitando a terminologia de
um de outro.

Posner em 2008 até então liberalista vira regulamentacionista, pregando a intervenção estatal,
com influência Keneziana.
Direito Ciencia alegra pensa na justiça. Economia ciência triste pensa na escasses.

Eros Grau – bibliografia obrigatória na dissertação. Ator pioneiro. Estabeleceu paradigma da


interpretação . Gilberto Bercovit também neste sentido.

Apresentação do professor.

Como chegou a AED no STF? Citam ou fazem um raciocínio econômico, mas com pouco
conhecimento econômico. Inclusive como ratio decidend de algumas decisões do STF. E em
outros momentos como coisas ditas de passagem.
Posner é expoente de um outro movimento com aproximação entre o direito e a literatura.

Um dos requisitos para a repercussão geral, a análise econômica do processo, as questões de


economia são pensadas no processo.

A decisão é um recurso escasso. Processo tem seu custo.

Tragédia dos comuns, superutilização de um bem escasso.

Ver um estudo de Portugal em que se traçou perfil dos grandes litigantes do judiciário
português. Alguns entes estatais e privados consumem os recursos da justiça portuguesa. Não
deixa de ser uma preocupação econômica.

No Brasil INSS (pública) e Bradesco (privada) são os maiores litigantes.

Votos do STF (Fux, Gilmar Mendes, Eros Grau) ratio decidendi

Abordagens:
Monodisciplinar; (alguns atribuem a Kelsen, mas professor afirma não ser verdade. Luiz Vigo,
argentino, falando sobre Kelsen.

Multidisciplinar:

Transdisciplinar: pega o método da economia, da sociologia, do direito fundindo em um novo


Edgar Morin (religação dos saberes, pela assunção do paradigma da complexidade, em que
antes de tudo deve se aceitar que aquilo é um problema complexo), Nicholas Lowman (teoria
dos sistemas aplicado ao direito. Livro o direito da sociedade. E no livro sobre economia diz
que os economistas querem colonizar outras áreas como o Direito) propõe abordagem
transdisciplinar. Uma utopia metodológica.

Em nosso mestrado nos propomos ser interdisciplinar. Não se pode chegar e dizer que só se
entende do direito e que não vai se trabalhar com conceitos além do direito. Como o direito
econômico.

Eficácia no Direito não é o mesmo que eficiência na economia. São conceitos distintos.

Recursos são escassos. Se tem escassez tem de ter escolhas.

Incentivos possui fundo econômico implícito.

Produtividade: quem é mais produtivo? O que multa mais ou o que orienta mais e faz com que o
empregador vá lá e faz o depósito do fgts, paga o salário e cumpre a determinação da lei.
Incentivo é melhor pela multa ou pela regularização.

Problema dos seres humanos. O incentivo errado pode gerar problemas sociais de impacto
negativo.

Sec. XX Estado começaria a utilizar cada vez de mais prêmios do que sanções.

Adam Smith incentivos individuais e as interações no mercado. Pode levar à eficiência na


alocação de recursos.

Bentham é fundador do utilitarismo. Coloca um problema de filosofia moral. A felicidade de um


maior número de pessoas. Leva a dilemas éticos. Maximizar o bem estar social e minimizar
sofrimentos. Posner visa maximizar as riquezas, mas depois muda de opinião, ele queria
maximizar o bem-estar, que é diferente do que maximizar a riqueza.

Análise do custo-benefício. Avaliar as implicações econômicas das leis. Escolhas trágicas vem
da filosofia, escolhas dolorosas. Quem é o mais elegível para o transplante? Valor da vida
humana.

Artur Cecil Pigou – fala sobre externalidades Pigou propunha soluções pra as externalidades
negativas. Para os donos das fábricas, para quem trabalha, não há problema algum. O problema
é para a população que tem de aguentar as externalidades negativas (vizinhos).
O valor da poluição, incentivo para poluir menos. Dentro da AED existe controvérsias entre
Cousin (externalidades devem ser resolvidas pelo estado) e Guido Calabresi (externalidades
resolvidas entre os interessados), quando ao problema das externalidades negativas.

O que é eficiência do ponto de vista econômico?(Pareto e Caudo Ricks)

ESCOLA DE CHICAGO
Rotulo de que era liberal. Mas não é real. Há progressistas de esquerda. O conservador de
direita é o republicano, mas nem sempre liberais.
Há um centro lá por Newton Freadman que mudou a questão monetária e veio de lá. É pensador
relevante, mas não influiu muito para a Análise Econômica do Direito. Ganhou projeção, mas
para a AED não tem uma contribuição, mas organizou jantar Cousin e ele apresentou seu
teorema, como economista destacado. Seguiu-se um debate e matematicamente viram que ele
estava certo.

AED tem pensadores liberais, tem pensadores sociais democratas, e pensadores que se
importam apenas com a ciência. Não é literalmente coisa de liberal.

Mais preoculpados com microeconomia. No Brasil chegou em uma sociedade polarizada e as


pessoas ficam querendo encaixar em uma gavetinha e na verdade é economia aplicada ao
direito. Para Arnaldo é mais liberalismo econômico.
Quando uma sociedade dá certo ela dá errado. Idade média do Japão: 51 anos. População
diminuindo. A sociedade deu certo, as pessoas estão vivendo melhor, mas vivendo menos, sem
filhos, opção e a sociedade está envelhecendo. Bem estar social é o envelhecimento.

Aaron Director – direcionou a aplicação da microeconomia para a AED.

Ronald Coase, escreveu “O problema do custo social” (1960) buscar o artigo. Custos de
transação é algo importante. Teoria da firma: como os custos da realização das transações no
mercado afetam as decisões de uma empresa em comparação com a realização de atividades
internamente.
Terceirização e a teoria da firma – buscar artigo.

O Teorema de Coase pode ser aplicado no mercado de crédito de Carbono, por exemplo. A
solução mais eficiente seria permitir que as partes negociassem entre si e encontrar solução
benéfica para ambas.

Os adeptos do Teorema de Coase a solução eficiente vem por meio de negociações privadas.

Teoria Econômica da Regulação – Teoria da Captura. 1971. George Stigler. Grupos de interesse
e outros participantes políticos usarão os poderes regulatórios e coercitivos do governo para
moldar leis e regulamentos de maneira benéfica para eles.

Custo dos acidentes. Responsabilidade deveria ser atribuída à parte que pode evitar o acidente
ao menor custo.

Economia da discriminação:

Becker – as empresas não discriminam são mais eficientes economicamente.

Antes de agir, um criminoso avalia os ganhos e os custos implicados em sua ação.

Capital Humano. Investir em educação e saúde geram efeitos maiores do que investimentos em
novos equipamentos e máquinas.

Casamento e o Divórcio. Avaliação de ganhos e custos do matrimônio. Divórcio ocorreria


devido a existência de informações imperfeitas.
Richard Posner – Um dos principais expoentes da AED – Como e me tornei um social
democrata. Objetivo maximizar riqueza. Livro de 1973 é um marco na AED, com capítulos para
cada tema. Foi grande poplarizador da AED.

Hoje característica da AED é a interdisciplinariedade.

Conceitos importantes:

Maximização de interesses próprios


Custos de transação, de adaptação, associados a questões de incerteza e ao risco.

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