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Filosofia Geral e Filosofia do Direito

Conteúdo das aulas

07/08/2017
- Pensando a Filosofia φ
* Convite à Filosofia – Marilena Chauí
* Filosofando – Maria Lúcia Arruda Aranha
* Filosofia do Direito – Miguel Reale
* Filosofia do Direito – Alysson Leandro Mascaro

Pensando a Filosofia
Mito: A primeira linguagem para compreender o mundo e para falar de si mesmo.
Filosofia: A segunda linguagem do homem – Razão.
Filosofia = Amante da sabedoria

14/08/2017
Indicações Literárias:
- O que é Justiça?
- O Mundo de Sofia.

1ª Linguagem 2ª Linguagem
Mito – Deuses/ Sobrenatural – Não reflexiva. Filosofia – Razão.

 Formas de Explicar
- Sobrenatural // transcendente
- Natureza
- Homem

 O que existe?
Ser
- Essência: aquilo que torna a coisa o que ela é
- Aparência: aquilo que é dado ao ser. Que se coloca ao ser.

21/08/2017

Indicação literária: Pequenos Tratados das Grandes Virtudes, de André Conte-Spoinville.

As evidências do Cotidiano

Chuva causa resfriado?

Conduto
- Moral / Ética
- Jurídica / Legal
Justo
- Por Natureza
- Por Convenção

Como delimitar os campos acima?


Na Grécia não houve distinção entre Moral e Ética e Direito. Não havia uma “preocupação” específica com o Direito,
não havia u discurso jurídico (Jus Filósofo).

Indicação Literal: Justiça Liberal, de Álvaro de Vita.

Justo Justo
Natureza Convenção

1 2 3 4 5 5 4 3 2 1

Avaliação A2
1) Comente as afirmações abaixo:
- Esta Lei não é justa;
- Sem direito não se faz justiça;
- Sem ética não se faz justiça;
2) Não devemos nos contentas com a Igualdade, esta é a lógica dos débeis. Comente.
3) Diferencia o Justo por natureza do Justo por convenção.
4) Apresente as principais características do positivismo jurídico de Hans Kelsen.

04/09/2017

Concepção Clássica do Homem


A) Homem como animal que fala, discorre, dotado de logos (fala) (Zôon Logikón) – Logos é o oposto de Caos (não
ordem). Onde não há logos (razão), há caos.
B) Homem como animal político (Zôon politikón).
C) A vida deve se submeter ao logos, codificado em leis justas (Nomoi).
D) O homem é atividade de contemplação (theoria) e atividade do agir moral e político (práxis – a ação consciente,
sustentada numa teoria).

Cultura Arcaica Grega (a.C)


A) Linha Teológica (ou religiosa) – Divinos / Mítico / Imortais / Mortais
B) Linha Cosmológica – Arché / Arque – Princípios / Fundamento – Busca o princípio de tudo, a partir da contemplação
e da admiração pela ordem do universo.
C) Linha Antropológica – Conhece-te a ti mesmo (Sócrates). É preciso conhecer a si antes de tentar conhecer o mundo.
– É a imagem que o homem arcaico faz de si mesmo. Marcada pela ideia de excelência (areté), que, pouco a pouco,
deixa a imagem do herói e passa para a imagem do sábio. O conceito de areté vincula-se ao conceito de justiça
(dikê).

Indicação de vídeo
- Academia – Positivismo Jurídico e a Teoria Geral do Direito – Dr. Gabriel Nogueira Dias (53min18seg).
- Hans Kelsen – Parte 01
- Hans Kelsen – Parte 01 – Prof. Dr. Márcio Junglos (11min).

11/09/2017
Pensamento Jusfilosófico
- Sociedade Grego / Romana: Escravidão como lógica estruturante da sociedade.
Direito / Leis eram pautados na escravidão. Justiça como fruto de uma lógica econômica.
Na era Medieval, o Direito era vindo do modelo feudalista.

Direito como Arte – Grego / Romano / Medieval


X
Direito como Técnica – Mundo Moderno

Direito Técnico / Normativo, ligado ao Capital: Mundo Contemporâneo

Os Sofistas
Grupo de pensadores que viveram na Grécia por volta do Séc V a.C.

Democracia
Pólis: Cidade – Estado
Ágora: Praça Pública

“O homem é a medida de todas as coisas.” – Protágoras

Retórica + Oratória = Justo


Justiça é o meramente convencional.

Sophistés – Técnico / Habilidoso / Astuto


Métis – Sophós – Sábio
25/09/2017

Quadro: Distinção entre direito Natural e Direito Positivo (Norbert Bobbio).

Natural Positivo
A Universal Particular
B Imutável Mutável
C Natureza Construção do povo
D Através da razão Declaração da vontade alheia
E Bom e mau por si mesmo Necessita de ordenação
F Estabelece o que é bom Estabelece o que é útil
G Abstrato Concreto
H Ser Dever Ser

Sócrates e o Direito

“Sócrates, por sua vez, opunha-se frontalmente tanto ao estilo de pensamento dos sofistas – na medida em que não vendia
argumentos – quanto também ao horizonte filosófico por eles proposto. Para Sócrates, a verdade e o justo não se reduzem ao
nível das convenções. Não são mera estipulação variável, de acordo com as opiniões ou com a maioria. Por sua vez, também
a mera apreciação do justo como uma physis calcada nas tradições, sem melhor investigação filosófica, era rejeitada por
Sócrates.”
“É justamente no entorno da busca pela verdade, entendida por Sócrates não como convenção, mas como objeto específico e
passível de ser definido dialeticamente, que se situa sua reflexão sobre o direito. Sócrates é, ao mesmo tempo, aquele que
rompe com a visão mitológico-religiosa e com a visão sofista sobre o justo.”
“Tal era o dilema da questão jurídica em Sócrates: as velhas tradições, que sustentaram a cidade e que lhe deram a unidade e
a coesão até o presente, eram devotadas a uma espécie de direito religioso, haurido da mitologia de Themis e Dike. Já as
novas perspectivas filosóficas se assentavam sobre o caráter meramente convencional das normas e, portanto, sobre a sua
construção humana, ocasional. Sócrates recusa tanto uma quanto outra visão sobre o direito”
“Pela primeira visão, tradicional, o direito exprimia um mundo intermediado pela religião. Sócrates se insurge contra tal
perspectiva, na medida em que sua pergunta não se orienta sobre o revelado, mas sobre o conhecido. Sua inquirição é
racional. O justo e o jurídico não são objeto das velhas tradições. Inclusive, ao quebrar em seus adversários de diálogo suas
antigas convicções, nada mais faz Sócrates do que abalar os velhos entendimentos sobre o direito.” – Alysson Mascaro,
Filosofia do Direito.

Ver: A Ilusão da justiça – Hans Kelsen


Especulação Filosófica
Coroa de Espinhos

02/10/2017

Platão e Direito

Obras: A República / As Leis / A Política

Direito + Justiça = indissociável


O Direito injusto não é direito!

Direito = Política + Virtude

 Direito não é só apreensão dos fatos e normas jurídicas.


 Justo: desloca-se do plano individual para o plano da pólis.
 Não há indivíduo justo numa sociedade injusta.
 Pode todos os homens serem justos e a sociedade injusta?
 A ideia de lei não pode entrar em conflito com a ideia de justiça.

Aristóteles
Justiça: Primeira de todas as virtudes, virtude em si mesma.
Justiça
 Universal
 Particular – Distributiva / Corretiva

Dilma Temer
Crime de Responsabilidade Fiscal. Pedalas fiscais. Crime Comum. Corrupção Passiva. Citado em
Deixou de fazer o repasse de verbas de programas delações de Joesley e Wesley Batista (JBS),
sociais para mostrar certo equilíbrio das contas tendo recebido propina.
Pena: Afastamento do cargo e perca dos direitos Pena: De 2 a 12 anos de prisão e multa de R$10
políticos por 8 anos. milhões, fixada pela PGR.
Pena foi justa? Em partes. A ré foi afastada do Ele ainda não ter sido apenado é justo? Não.
cargo, porém não teve seus direitos políticos Cometido um crime, é preciso que se pague pelo
suspensos. mesmo.

16/10/2017

Virtude é aquilo que torna a coisa perfeita no que ela deve ser.
“Tratar os iguais com igualdade e os diferentes com diferença.”

06/11/2017

Aula com base no texto enviado no grupo do Whatsapp.


Idiotes = pessoa que não sabe viver em grupo.

A justiça compreende todas as outras virtudes, é preciso de todas para tê-la. Podemos ter todas as outras virtudes e
não ser justo.

13/11/2017

1. Jusnaturalismo moderno
- Homem
- Razão
2. Hans Kelsen
3. Immanuel Kant.
O Direito moderno possui uma base capitalista liberal.

Mundo moderno – Ruptura – Mundo Grego / Medieval

Estado de Natureza  Passagem  Sociedade Civil


A passagem do Estado de Natureza para a Sociedade Civil, para Kant, era algo racional.
Por que? Não há unanimidade entre os pensadores.
Como? Através de um contrato, do contratualismo. No contrato, eu diminuo o meu poder para que o outro tenha um
poder maior que o meu.
Limite? Não há unanimidade entre os pensadores.

Para Kant é possível uma prática pura, sem nenhum elemento subjetivo, sem nenhuma valorização – dever pelo
dever.
A única coisa livre no homem é a vontade, mas nem sempre você poderá externa-la, segundo Kant. Isso contradiz a
Bíblia, principalmente em Mt 5, 28

Sobre a prova:
5 questões, sendo:
3 objetivas (possui textos)
2 dissertativas

Ainda sendo,
1 sobre filosofia Geral
1 sobre Kelsen
1 sobre Idade Média
2 sobre Jusnaturalismo

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