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 Centro da vida sócio-política.

 Onde as diversas demandas eram colocadas frente aos magistrados;


 Onde qualquer cidadão livre poderia requerer a proteção da força da
cidade para reparar uma ofensa ou dano.
 Onde qualquer cidadão livre tinha o direito de se defender de
qualquer acusação.
A instituição da Ágora funda a concepção de que a justiça
depende de um processo de mediação em que as partes
litigantes precisam oferecer os seus argumentos perante um
tribunal.
Com isso surge a necessidade de alguém
que possa dominar a técnica da
argumentação
(Defesa-Acusação)

Existe uma ordem que o ser humano está sujeito ou


somente o homem é que pode determinar o alcance
da justiça?

Leis da Natureza Leis Arbitrárias


(Phýsis) (Nómos)
No Século V a. C., com a instauração do governo
dos Demos – Democracia, surge a questão da
origem da lei:

A lei é natural ou convencional?

 Regras são feitas para o convívio social.


 Em um ambiente democrático, as regras são resultado de
um acordo (consenso).
 A justiça se faz mediante a participação comunicativa:
Discurso.
 Legalidade e Justiça se identificam como convenção
humana.
Contra a posição sofística surge um grupo de
pensadores denominados amigos da sabedoria
(filósofos):

•Acusação:
 A noção sofística do direito pressupõe que o correto e o
incorreto são definíveis em função da perspectiva dos lados em
contenda. Não há exatamente um consenso.
 Não há como decidir sobre com quem está a razão.
 A ignorância e a falta de condições de alguns decidem em favor
de outros.
 Não há como garantir que se tenha feito justiça.
 Não há como julgar, pois os critérios são relativos e
derrogatórios.
 Os critérios sofísticos geram instabilidade jurídica e contribuem
para a dissolução das relações socialmente instituídas.
O direito e a Justiça são
matéria de
conhecimento

Conhecimento é sempre
um auto-conhecimento

 Distinguir entre o bem e o mal.


 Distinguir entre o correto e o incorreto.
 Distinguir entre o justo e o injusto.
Segundo Sócrates, o exercício da razão indica
duas obrigações para o sujeito cognoscente:
O direito aparece como um instrumento humano de
coesão social, que visa a realização do bem comum,
consiste no desenvolvimento integral de todas as
potencialidade humanas, alcançável por meio das
virtudes.
(Eduardo C. Bittar et. al. “Filosofia do direito”, p. 70)

 Impõe sobre a vontade individual.


 São inderrogáveis pelo arbítrio da vontade
humana.
O princípio básico das
leis, para Sócrates, é:

“A inderrogabilidade do valor das leis ganha força


de princípio dogmático, coercitivo e vinculativo para
todo aquele que se pudesse considerar um bom
cidadão”
(Eduardo C. Bittar et. al. “Filosofia do direito”, p. 73)
Assim, a pessoa deveria ser educada para a vida na Pólis. As
leis têm também uma função pedagógica:
(PAIDÉIA)

Avaliar criticamente sobre Submeter-se ao exterior


a justiça ou injustiça de e geral em benefício da
uma lei positiva. coletividade.

A eficácia da lei é mais importante do que a sua


correção.
PRUDÊNCIA:
Caráter fundamental da ação
humana e garantia da
harmonia na vida social.

As diversas potencialidades e faculdades humanas


estão voltadas para a vida virtuosa:

ARETÉ
Assim, segundo Platão, para agir de modo virtuoso,
o homem tem que dominar as suas paixões

Pois, segundo Platão, os homens são dotados de


três almas ou três princípios de atividades:

a) A alma concupiscente ou desejante: busca a


satisfação dos apetites do corpo;

b) A alma irascível ou colérica: que defende o corpo


contra agressões do meio ambiente e de outros
homens.

c) A alma racional ou intelectual: que se dedica ao


conhecimento.
❖A vida virtuosa é sempre uma atividade humana
em busca da harmonia:

É sempre um auto-conhecimento.
Para Platão, a conduta ética e seu
regramento possuem raízes no Além:
NO MUNDO DAS ESSÊNCIAS.
A justiça plena só é alcançável no deleite das
formas puras: Na vida Eterna.

 A responsabilidade do homem pelos seus atos


depende do julgamento na outra vida:
Responsabilidade transcendental.

 Há sempre um julgamento que pesará o bem


praticado:
A vida no mundo das aparências é o resultado do
julgamento.
Para Platão, o funcionamento da cidade
corresponde à Alma Humana Tipartide:

1. Classe econômica:
responsável por garantir a
sobrevivência material da
cidade;
2. Classe militar:
responsável pela defesa
da cidade;
3. Classe dos magistrados:
que garante o governo da
cidade sob as leis.
A Justiça na Cidade é a Ordem:

A lei (constituição) é o instrumento da justiça, pois


estabelece uma ordem jurídica.
Tem relação com o saber
prático. Portanto, é algo que
diz respeito ao campo da
ética.
“Ethica Nicomachea”

(Ação prática – vícios – virtudes – deliberação –


decisão – agir voluntário – educação)

Areté - Paidéia
a) Questão de natureza social;

b) Questão de natureza política;

c) Questão de natureza retórica.

Prática humana é o resultado da condição de


ser um Animal Político.
(Politikon Zoon)
❖A justiça  Requisito da ação virtuosa

Areté
O argumento Aristotélico é Teleológico:
Determinado por uma finalidade
Não há um dualismo:
Bem (Correto)  Mal (Incorreto)

 A lei (Nómos)  Finalidade a realização do bem


da comunidade.

 Ao legislador cabe uma virtude especial:


A Nomothesia
(Legislar tendo como finalidade o bem comum)
A lei (nómos) é a justiça posta (positum, positivado)

Bem Comum

Distributivo => Bens e


Serviços por parte do
Estado

Corretivo => Transação


entre os indivíduos
(Reparação)
Justiça Distributiva:
Dar a cada um o que é seu. Na justa medida.

Reconhecimento dos direitos


que os demais têm de serem
tratados com justiça
Justiça Corretiva:
Restabelecer equilíbrios rompidos entre os
particulares
Condição para os contratos/acordos é a garantia da
observância da conduta virtuosa entre as partes.

Reciprocidade mediada pelas trocas sociais entre


sujeitos diferentes e objetos diferentes que
necessitam se equiparar para que as transações
possam proceder com justa medida.
Vontade Humana Condições que não
(Pólis) estão sujeitas à vontade
humana e nem atendem
Normas que atendem às a particularismos
necessidades de
convivência entre os
particulares
Princípios
gerais que dão
sustentabilidade

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