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Revisão Filosofia do Direito

Direito
A Palavra direito é usada em diferentes sentidos para identificar realidades muito diferentes entre si,
realidades que muitas vezes representam mais diferenças do que semelhanças.

Não há um consenso geral entre os juristas em relação ao conceito do direito. O direito regula
relações entre sujeitos.

Hart, Hebert, O Conceito do Direito: “É cabível entender que todo o conceito de direito é limitado ou
tão amplo que não é capaz de revelar as singularidades das diversas manifestações que são
chamadas de direito”.

Jusnaturalismo
O Jusnaturalismo é definido por regras jurídicas que independem da vontade humana e dos atos
sociais, que são nesse sentido, naturais.

Santo Tomás de Aquino, no século XII sustentou que o direito natural emanava da razão divina.

Grócio, jusnaturalista do século XVII, firmou que o direito natural é a natureza humana racional e
não diretamente a razão divina.

John Locke, jurista importante da modernidade afirma que a propriedade privada é um direito
natural.

Há correntes jusnaturalistas que defendem que o direito natural é a propriedade coletiva dos bens,
não a propriedade privada.

Positivismo Jurídico
Hart observa que o juspositivismo apresenta uma pluralidade de sentidos e critérios para sua
definição, onde há muito debate para os juspositivistas, porém é importante destacar que o
positivismo jurídico é caracterizado por duas posturas fundamentais:

Tese Social – Todo direito é um produto da sociedade, é uma construção social. Só é admitido
caráter jurídico no direito positivo. É o direito posto socialmente, deste modo, o direito natural não
existe.

Tese da Separação - Não há vínculo necessário entre o direito e a moral, entendesse que a validade
jurídica é a qualidade de pertencer ao ordenamento jurídico, podendo o direito ser justo ou injusto.

• Para Robert Alexy entende que existe ainda dois conceitos sobre a tese da separação:
o Tese da Conexão Forte: Se o direito é injusto, ele ainda tem validade jurídica;
o Tese da Conexão Fraca: Se o direito é extremamente injusto, ele não tem validade
jurídica.

Características da teoria geral do direito


Buscaremos investigar algumas características que na história das ideias jurídicas tiveram destaques
no conjunto das tentativas de conceituar a norma jurídica: Bilateralidade, coercitividade,
exterioridade e a heteronomia.
Bilateralidade: O direito regula a ação/omissão humana em relação a conduta interpessoal, na
medida em que ela é lançada na intersubjetividade na esfera de interesse de outros seres humanos.

Exterioridade: É uma maneira de definir o que é direito e o que é moral, onde cabe o direito regular
a conduta humana externa, enquanto a moral regula a conduta humana interna (sendo essa a
interioridade), tendo em vista a relação entre ação e pensamento. Todavia, somente é relevante
para o direito a conduta externa.

Coercibilidade: É a força exercida pelo estado para fazer valer o direito e realizar a sanção, o direito é
subjetivo, onde poderá haver punição para quem desrespeitar a lei.

Heteronomia: É um conceito que se refere à condição do ser humano ter suas ações determinadas
por uma norma externa, em vez de ser determinadas por sua própria vontade.

Sofistas
Os sofistas eram professores de retórica, filosofia e ética que viajavam pela Grécia antiga,
oferecendo seus serviços em troca de pagamento. Eles ensinavam técnicas de persuasão,
argumentação e debate, que eram úteis tanto na política quanto nos tribunais. Os registros dos
sofistas foram perdidos pelo decorrer do tempo, porém alguns registros de seus rivais, os filósofos
Platão e Sócrates, apontam três sofistas que mais se destacavam:

Protágoras: Foi o mais famoso sofista, conhecido por sua doutrina relativista, ele afirmava que o
homem era a medida de todas as coisas, essa ideia sugere que a verdade é relativa e depende das
percepções e experiencias individuais. Isso significa que não há verdades absolutas e que todas as
afirmações devem ser consideradas em relação ao indivíduo que a faz.

Górgias: Ele acreditava que a linguagem não era capaz de transmitir o conhecimento objetivo, mas
sim de persuadir e convencer. Ele argumentava que todas as afirmações eram igualmente válidas e
que a verdade era uma questão de opinião e crença.

Isócrates: Foi um defensor da educação liberal, ele acreditava que a retórica e a filosofia eram
importantes para a formação de líderes e cidadãos responsáveis. Foi um dos fundadores da escola
de retórica em Atenas onde ensinava técnicas de escrita e oratória.

Sócrates

Acreditava que o conhecimento e a virtude eram fundamentos da vida humana, e que o


objetivo principal da política deveria ser a promoção desses valores. Ele argumentava que a
verdadeira sabedoria vinha do autoconhecimento e da reflexão, e que as pessoas só
poderiam ser virtuosas se entendessem a si e aos outros. Ele acreditava que o
conhecimento e a sabedoria eram mais importantes que a oratória ou popularidade que
eram frequentemente usados para manipular a opinião pública.
Platão
Em sua obra “A República”, Platão apresenta um diálogo entre Sócrates e outros
personagens, onde é debatido o conceito de justiça e como a sociedade ideal deveria ser
estruturada.
É descrito a cidade ideal que é governada por filósofos, ele argumenta que os governantes
ideais devem ser aqueles capazes de entender a natureza do bem e da justiça, só assim é
possível governar de forma justa.

Aristóteles
Aristóteles acreditava que a justiça era uma virtude moral que se manifestava no comportamento
humano e nas instituições sociais, acreditava que a justiça universal era a observância do direito. Em
sua obra "Ética a Nicômaco", ele identificou duas formas principais de justiça:

Justiça Distributiva - Esta forma de justiça refere-se à distribuição equitativa dos bens e recursos na
sociedade. Aristóteles argumentou que a justiça distributiva exige que as recompensas e as punições
sejam distribuídas de acordo com a virtude e o mérito individual. Ou seja, as pessoas que trabalham
duro e têm habilidades e talentos excepcionais devem receber recompensas maiores do que as
pessoas que não têm essas características;

Justiça Corretiva - Esta forma de justiça refere-se à correção de erros e injustiças na sociedade.
Aristóteles argumentou que a justiça corretiva exige que as pessoas sejam tratadas de forma
igualitária e justa diante da lei. Isso significa que, quando ocorrerem violações da justiça distributiva
ou outros tipos de injustiças, a justiça corretiva deve ser aplicada para corrigir esses erros.

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