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Objeto de Estudo
1) Antes do Séc.XX
2) Depois do Séc.XX
a) Emile Durkheim: considerada o direito um facto social. Ele definiu o Direito
como “regras de sanções organizadas” assumindo uma posição de juristas
dogmáticos. Ainda nesta perspectiva, estabeleceu o conceito de solidariedade,
que configura uma estrutura de relações e vínculos recíprocos. Durkheim
distingue dois tipos de solidariedade:
i) Solidariedade Mecânica: típica de sociedades primitivas e simples,
baseadas na tradição e na religião, onde a divisão social do trabalho não está
desenvolvida. Esta solidariedade baseia-se na semelhança e uniformemente
do comportamento dos seus membros;
ii) Solidariedade Orgânica: habitual de uma sociedade complexa e
especializada na divisão social do trabalho onde os indivíduos apresentam
um comportamento não uniformizado. A solidariedade cria-se através de
redes de relacionamentos entre indivíduos e grupos, onde cada um deve
respeitar as obrigações assumidas por contrato social (Direito civil,
comercial, administrativo e constitucional).
b) Max Weber: parte do princípio que o comportamento dos agentes sociais nãos é
previsível. Para Weber, uma relação social é apenas uma probabilidade de
comportamentos padronizados vierem a acontecer entre os agentes sociais.
Weber concebe o direito de forma lógico-dogmática, encarando que “o direito
jamais brota de modo espontâneo na realidade social, mas sempre é obra dos
juristas atuando com finalidades práticas, obras de formalismo especial,
geradores de fórmulas de alta generalização aplicáveis e uma quantidade
inumerável de factos”.
c) Eugen Ehrlich: Apesar da sociologia jurídica ter nascido com Durkheim, ela
tornou-se sistemática com Ehrlich, devendo ser atribuída a ele a paternidade.
Eugen defendeu a teoria do direito vivo, que considera a ciência do direito dos
juristas uma doutrina técnica visando a fins práticos, e, uma técnica relativa,
pelo seu condicionamento pelos diferentes quadros sociais. Ehrlich considera
que o centro de desenvolvimento do direito em todas as épocas, não deve ser
buscado na lei, na jurisprudência ou na doutrina mas sim na própria sociedade.