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Escola Municipal Manoel Novaes

Série: Aluno:
Disciplina: Educação Física Professor: Guilherme Henrique R. de A. Gama
JOGOS E BRINCADEIRAS.
Jogos e brincadeiras são atividades lúdicas que cumprem a importante função
de desenvolver diversas habilidades: motoras, sociais, emocionais, etc.
O ato de jogar ou de brincar faz com que as pessoas que participam exercitem
sua criatividade e a imaginação para a resolução das tarefas propostas.
 Existe diferença entre jogos e brincadeira?
Jogos e brincadeira são comumente compreendidos como sinônimos.
Entretanto, pode-se realizar uma distinção.
Os jogos possuem regras bem estabelecidas e obrigatórias, desde o início de
sua prática. Já nas brincadeiras, as regras são mais fluidas, podem ser
facultativas ou se construírem ao longo do brincar.
Ambos criam um universo próprio, que apartado das práticas cotidianas
conduzem os participantes a ações em vista de um sistema de regras, métodos
e objetivos.
 Qual a importância dos jogos?
Os jogos podem ser competitivos ou cooperativos, cada modo possui
determinadas habilidades a serem desenvolvidas.
Jogos competitivos cumprem a função de exercitar uma disputa justa, o
respeito às regras, o jogo limpo (fair play), aprender a ganhar e a perder.
Os jogos cooperativos dão ênfase ao trabalho em equipe, ao fortalecimento de
laços emocionais e empáticos e ao desenvolvimento da solidariedade.
 Qual a função da brincadeira?
A brincadeira possui uma extensão maior que os jogos. Assim, jogar é também
brincar. Ainda que na brincadeira, possa não haver uma centralidade nas
regras, mas na ludicidade da atividade a ser desenvolvida.
As atividades lúdicas desenvolvem a capacidade de abstração e imaginação,
dão abertura para que a emoção possibilite o aprendizado e incentiva um maior
engajamento nas tarefas.
As brincadeiras surgem da criação de um novo contexto que dá plenos poderes
aos participantes, gerando um grande nível de envolvimento e de resolução de
problemas de forma criativa.
A distinção entre a brincadeira e a realidade faz com que a brincadeira permita
que tudo esteja ao alcance da criança, e que esses aprendizados possam ser
novamente devolvidos para a realidade em outro momento.
 Quente ou frio
Material utilizado: Uma venda para os olhos.
Número de participantes: 2 ou mais.
Objetivo: Encontrar um objeto (ou pessoa).
Muito semelhante à cabra-cega (ou cobra-cega), no "quente ou frio", o jogador
vendado busca encontrar algum objeto.
Para isso, é guiado pelos colegas apenas com as orientações sobre estar
quente (próximo ao objeto) ou frio (distante do objeto).
 Queimada (ou queimado)
Material utilizado: Uma quadra de queimada (espaço para a atividade) e uma
bola.
Número de participantes: 4 ou mais.
Objetivo: "Queimar" todos os membros da equipe adversária.
A queimada (ou queimado) é um jogo coletivo cujo objetivo é jogar a bola sobre
um dos adversários sem que este consiga agarrá-la.
Se a bola bater no adversário e cair no chão, ele foi queimado e está eliminado
(podendo ir para a zona de queimados e se libertando quando queimar algum
rival).
A equipe que consegue eliminar ou mandar para a zona de queimados todos
os jogadores rivais é a vencedora.
 Morto, vivo
Material utilizado: Não necessita de nenhum material.
Número de participantes: 3 ou mais.
Objetivo: Seguir corretamente as indicações do mestre da brincadeira.
Morto-vivo é uma brincadeira muito tradicional entre as crianças. Consiste em
seguir atentamente as orientações de um participante (mestre): morto (abaixar)
e vivo (levantar).
A aleatoriedade de quem dá a ordem confunde os jogadores e ao abaixar
quando deveriam estar levantados ou vice-versa, elimina os competidores.
 Jogo da Velha
Material utilizado: Papel e caneta (ou lápis).
Número de participantes: 2.
Objetivo: Conseguir formar uma sequência de três símbolos (X ou O) na
vertical, horizontal ou diagonal.
O jogo da velha é um dos jogos mais populares em todo o mundo. Chama a
atenção por sua simplicidade.
O jogo consiste em um tabuleiro quadrado dividido em nove partes. Cada
jogador é representado por "X" ou "O". Em geral, o "X" inicia a partida.
Em turnos alternados, os jogadores preenchem um dos espaços com seu
símbolo. Vence quem alinhar três símbolos (na vertical, horizontal ou diagonal).
Quando há o empate e nenhum jogador consegue formar sua sequência, diz-
se que "deu velha" e recomeça-se a partida.
 Batalha Naval
Material utilizado: Papel e caneta (ou lápis).
Número de participantes: 2.
Objetivo: Adivinhar a localização e bombardear as embarcações no mapa do
adversário.
Batalha naval é uma brincadeira muito utilizada para ensinar orientação em um
plano cartesiano e coordenadas.
No jogo, cada jogador recebe um mapa dividido em quadrados com suas
representações nos eixos x e y (vertical e horizontal, letras e números).
Em geral, os mapas possuem uma proporção de 10x10. Na horizontal,
números de 1 a 10 e na vertical, letras de A a J.
Recebe também embarcações de tamanhos distintos que devem ser
distribuídas no mapa, sem que o adversário saiba sua localização.
Em geral, as embarcações são: porta-aviões (5 quadrados), navios-tanque (4
quadrados), cruzador (3 quadrados) e submarino (2 quadrados).
Em turnos alternados, os jogadores bombardeiam o mapa adversário (três tiros
por turno), a partir de coordenadas com o objetivo de afundar as embarcações
adversárias.
Bombas que erram o alvo recebem a informação "água" e bombas exitosas,
"fogo". Vence quem afundar toda a frota do adversário.
Jogos
Jogos são atividades em que nos exercitamos brincando, distraindo-nos, de
maneira alegre e prazerosa, até mesmo sem perceber. Praticados de modo
despreocupado pelas pessoas, os jogos permitem um descanso dos centros
nervosos, contribuindo para diminuir qualquer tipo de tensão.
Nas crianças, os jogos proporcionam liberação das energias acumuladas que
precisam ser gastas, além de contribuir para aspectos importantes de formação
de personalidade.
De acordo com suas finalidades e maneiras de jogar os jogos são
classificados em sensoriais, motores e de raciocínio.
 Jogos sensoriais são aqueles que ajudam a desenvolver os sentidos.
Um exemplo é a cabra-cega, pois nesse jogo o sentido da audição é
essencial.
 Jogos motores são aqueles que exigem a participação de todo corpo,
mas dependem principalmente dos músculos. O pega-pega é um jogo
motor.
 Jogos de raciocínio, como o próprio nome indica, desenvolvem o
raciocínio. Exemplos: Xadrez, palavras cruzadas e muito mais.
Dança
A dança é uma forma de expressão composta de movimentos ritmados, que
tem por base as manifestações biológicas dos seres humanos e dos animais.
Ela se manifesta através de impulsos que fluem de dentro para fora do
indivíduo: é natural, instintiva, obedece a fluxos biológicos. Os povos antigos
praticavam danças como forma de expressão ligada a atividade religiosas,
guerreiras, sociais, agrícolas e outras.
No entanto, através dos tempos, a dança sofreu reformas que a categorizaram
em movimentos técnicos sistematizados, ficando limitada a determinada classe
social. Com isso, perdeu seu caráter popular e espontâneo.
Atualmente, com a retomada dos movimentos corporais, a dança ressurge e
retoma ao seu lugar de atividade necessária ao elemento humano, como forma
de expressão, cultura, interação, recreação e lazer.
Destacando aqui algumas formas técnicas da dança:
 Dança criativa – temas livres.
 Dança folclórica – temas de danças regionais e dados históricos.
 Dança técnica – balé clássico, moderno e contemporâneo; jazz.
 Dança popular – temas político-sociais.
Danças Urbanas:
As danças urbanas estão presentes nos guetos e centros urbanos das cidades. Também
aparecem na televisão, nos clipes, novelas, filmes, desenhos e academias. Assim como
as coreografias do Tik Tok, performances urbanas estão mais popularizadas e ganhando novos
adeptos.
Portanto, são manifestações culturais da força e identidade de grupos sociais. Mas também
reúnem força e aceitação. Assim, elas têm grande papel na sociedade, de caráter pessoal e
coletivo.
E essa grande expressão é registrada através dos movimentos. A dança urbana foi a primeira
manifestação corporal do emocional humano.
Assim como outras danças, as danças urbanas também seguem regras próprias. Mas a
liberdade em execução dos passos é a essência deste estilo.
Afinal, qual a origem das danças urbanas?
As origens das danças urbanas são diversas. Uma delas ocorreu nos Estados Unidos,
no século 20. Era uma manifestação dos artistas de rua, que estavam desempregados.
Então, eles começaram a se apresentar nas ruas.
Assim, muitos dançarinos negros no país se inspiraram no sapateado dos irlandeses. E
criaram novos passos, de percussão com os pés, que foram batizados de “tap
americano”.
Portanto, este estilo se popularizou em toda os Estados Unidos, entre as décadas de 30
e 60, época em que ganhou o termo de Street Dance, em Los Angeles.
Lá, dançarinos reproduziam o estilo de dança urbana locking. Com o passar dos anos,
outros estilos foram surgindo, como o breakdance, popping e free style.
Quais os principais estilos de danças urbanas?
Muitas pessoas acreditam que as danças urbanas tratam-se de um estilo só. Mas há
diversas vertentes praticadas pelos dançarinos. Veja abaixo quais são os principais.
1. Breakdance
O breakdance integra o hip hop uma subcultura própria que une dança, música, moda
e o grafite. Surgido em Nova York nos anos 70, era manifestação alternativa de jovens
para não entrar em gangues de rua. O breakdance é utilizado como diversão ou
competição no mundo.
2. Free Style
Faz parte da cultura rap free style, tem letras improvisadas do rapper, expressando o
que sente sobre determinado assunto. Já a dança exige que os praticantes tenha estilo
e expressão pessoal. Para fazer essas danças, é preciso bastante grande apoio no chão.
Porque os movimentos mudam de nível.
3. Popping
É um estilo originado do funk. Assim, a dança usa a técnica de rapidamente contrair e
relaxar os músculos para causar um empurrão no corpo do dançarino. Esses
movimentos são referidos como um pop ou uma batida. A dança urbana segue o ritmo
de uma música em conjunto com vários movimentos e poses.
4. Locking
Também associada ao hip hop, a locking é oriunda da Dança Funky, em especial de um
passo social chamado Funk Chicken. Os Lockers, praticantes da dança, vestem-se com
um estilo próprio. Assim, usam roupas coloridas com listas e suspensórios. O nome
Locking significa “bloquear” ou “trancar” os movimentos,
5. Wacking/Punking
Vertente do Locking, o Wacking/Punking começou a ser feita em clubes, como uma
espécie de brincadeira. Assim, os participantes imitavam casais brigando, mas sem se
tocar. Ou seja, é a simulação de uma briga, mas em forma de danças.
6. Dança Urbana Vogue
Se popularizou nos anos 80, nos clubes gays dos Estados Unidos. Ela se caracteriza por
posições movimentos corporais definidos por linhas e poses. Em 1990 o estilo ganhou
fama quando foi apresentada pela cantora Madonna em seus shows.
7. House Dance
De origem nos clubes de Chicago e Nova Iorque. A dança inicialmente seguia as batidas
da chamada house music. Os elementos principais da dança são “Footwork” e
“Jacking”. Portanto, é um estilo, dentro das danças urbanas, mais improvisado do que
coreografada. Tem movimentos de pernas rápidos, combinados com o tronco.
O Freestyle
O “freestyle”, diferente do que muitos pensam, não é “estilo livre” e sim “improviso”. Então,
como vai ser improvisado o Hip Hop? O que é esse Hip Hop? O Hip Hop é uma cultura e não
uma dança. No Bronx (New York), essa cultura nasceu e, com ela, a dança dos bboys, perto
dali, no Brooklyn (New York). Além do Up Rock, havia o Freestyle, em que as pessoas criavam
suas próprias danças em festas (danças sociais) para a música da cultura Hip Hop. Em muitos
lugares, essa dança é chamada de Hip Hop Dance, que significa a dança da cultura Hip Hop, e
isso é errado, pois a dança oficial da cultura é a dança dos bboys.
Definindo o Hip Hop Freestyle
O Hip Hop Freestyle é o conjunto das danças sociais afro-latino-americanas e suas variações. A
primeira dança social do Hip Hop Freestyle é a que da a forma, o “feeling”. Como chamada
pela maioria, é o movimento do tronco de cima para baixo e isso é o Hip Hop Freestyle na
forma mais básica (fundamental). Muitas outras danças sociais foram aderidas ao estilo:
Smurf, The Wop, Cabbage Patch, The Fila/Rambo, Bart Simpson, entre outras. Ou seja, o Hip
Hop Freestyle não é fazer cara feia e dançar qualquer coisa! Ele tem uma forma com
fundamentos bem definidos e muita história. Antes de dizer que está dançando Hip Hop
Freestyle, a pessoa precisa saber como ele chegou até onde está, conhecer seu feeling e
algumas danças sociais e dançar da forma certa, com danças sociais e variações.
Não acredite em tudo que a mídia diz! O Hip Hop, antes da dança, da música e do grafite é
uma cultura! A cultura do Sul do Bronx, que é uma região muito parecida com outras pelo
mundo, um subúrbio com problemas sociais: pobreza, violência, racismo, tráfico de drogas,
carência de infra-estrutura e de educação, entre outros. As expressões artísticas dessa cultura
devem tratar sobre esses temas, senão não fazem parte do Hip Hop! Ou seja, músicas que
falam sobre lojas de doce e cafetões não fazem parte do Hip Hop. Não importa se estão sendo
rimadas, não é a rima que define o rap dentro do Hip Hop e sim o conteúdo. Grafitar o próprio
nome ou pichá-lo não ajuda em nada a cultura e não faz parte da cultura!
Outro engano é achar que o conjunto das danças urbanas (urbanas e não de rua!) é o “Hip
Hop”. O mais aceitável é dizer que é o Street Dance, street no sentido de urbano e não de rua,
sendo que as danças de rua são o Frevo, Maracatu, etc. As street dances não foram criadas na
rua, exceto o Breaking. Existem muitos estilos dentro do que é chamado de Street Dance:
Popping, Waving, Lockin, Ticking, House Dance, Puppet, Waacking, Vogue… a lista é grande,
mas o importante é saber que cada macaco fica no seu galho! E Hip Hop Freestyle é Hip Hop
Freestyle!
O Grafite no Hip-Hop
A A cultura do Hip-Hop emergiu de um movimento que procurava minimizar as
inúmeras disputas que colidiram entre as gangues nas periferias de New York, na
década de 1970. Os jovens passaram a ser incentivados a substituir as bigas por batalas
de dança. Foi com essa proposta que, aos poucos, o Hip-Hop começou a se estruturar
como movimento cultural e artístico.
Alguns jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes da cidade e, algum tempo depois,
essas marcas evoluíram com técnicas e desenhos.
O grafite está ligado diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para esse
movimento, o grafite é a forma de expressar toda a opressão que a humanidade vive,
principalmente os menos favorecidos, ou seja, o grafite reflete a realidade das ruas.
O grafite foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os brasileiros não
se contentaram com o grafite norte-americano, então começaram a incrementar a arte com
um toque brasileiro. O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o
mundo.
Muitas polêmicas giram em torno desse movimento artístico, pois de um lado o grafite é
desempenhado com qualidade artística, e do outro não passa de poluição visual e vandalismo.
A pichação ou vandalismo é caracterizado pelo ato de escrever em muros, edifícios,
monumentos e vias públicas. Os materiais utilizados pelos grafiteiros vão desde tradicionais
latas de spray até o látex.
Principais termos e gírias utilizadas nessa arte;
o Grafiteiro/writter: o artista que pinta.
o Bite: imitar o estilo de outro grafiteiro.
o Crew: é um conjunto de grafiteiros que se reúne para pintar ao mesmo tempo.
o Tag: é a assinatura de grafiteiro.
o Toy: é o grafiteiro iniciante.
o Spot: lugar onde é praticada a arte do grafitismo.
Segundo Fochi (2007), há diversos estilos e grupos de grafite:
 Freestyle (estilo livre), que além de não seguir regras ou adotar técnicas
precisas, mistura vertentes e materiais.
 Wildstyle (estilo selvagem), que usa setas, letras tortuosas e uma
caligrafia quase indecifrável

 3-D explora imagens realistas em três dimensões.

 Throw-up (vômito) emprega um desenho rápido e pouco elaborado.

As pinturas podem ser realizadas à mão livre, com uso de tinta e/ou spray, ou
mesmo com a ajuda de modelos, como o caso do Stencil art (FOCHI, 2007).

É importante ressaltar que o grafite surgiu da pichação, isto é, de desenhos


realizados em locais não autorizados. Com o seu desenvolvimento, os
grafiteiros passaram a pedir autorização do poder público para realizar sua
arte. Atualmente, os dois tipos de prática coexistem.
Professor: Guilherme Henrique R. de A. Gama Educação Física

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