DOENÇA CONGELANTE

Doença Congelante é uma aventura que leva os personagens do

1º ao 3º nível e os introduz à região do extremo norte de Faerun
 Tradução

Herói Anônimo

Revisão

Daniel Oghma

Diagramação

Paulo César
DOENÇA CONGELANTE
 Doença Congelante
A
lgo está matando as pessoas na aldeia de
Ishe, no extremo norte de Vaasa, e se os
aventureiros não conseguirem descobrir o que
é, eles podem ser os próximos a sucumbirem.
Doença Congelante é uma aventura que leva
os personagens do 1º ao 3º nível e os introduz
à região do extremo norte de Faerun – além
de Vaasa, a região coberta de neve da Grande Geleira, tam-
bém conhecida como Pelvuria.
Trabalhe com os seus jogadores para decidir como eles
chegaram até Ishe. Vieram do Mar-da-Lua em busca de
aventuras nessas terras gélidas? Vieram até o extremo
norte fugidos ou exilados de suas terras em outra região de
Faerûn? Várias opções podem ser usadas para amarrar os
aventureiros a esta região fria e os mistérios que ela guarda.
Cenário da Aventura
Severo Telheiro, um anão explorador, retornou recentemen-
te ao seu lar em Ishe após explorar sozinho a desolação das
terras congeladas da Grande Geleira por cerca de um ano.
O obstinado anão trouxe consigo alguns itens que saqueou
nas ruínas de uma antiga cidade no meio da vastidão gela-
da. Entre esses tesouros, havia dois belos frascos de vidro
azul, que Severo prontamente vendeu para uma meio-orc
colecionadora chamada Marla cortaneve. Depois disso,
os frascos foram roubados, entregues a um receptador na
cidade de Palischuk e vendido novamente para um comer-
ciante inocente.
Na verdade, a bela cor azul dos frascos são fragmentos
de esporos azuis fatais que ficaram aderidos ao interior do
vidro. Pequenas rachaduras em ambos os frascos contami-
naram cada uma das pessoas que os manusearam com o
congelamento vítreo, também conhecido como covit, uma
doença fatal que não pode ser curada por meios conven-
cionais, tampouco mágicos. A doença já matou Severo e
Marla, transformando-os em estátuas de gelo.
Resumo da Aventura
Enquanto os aventureiros estão em Ishe, o líder comunitá-
rio Emil Albus solicita a ajuda deles para tentar descobrir o
que matou o anão Severo Telheiro. Um explorador que re-
tornou recentemente de uma jornada pela Grande Geleira,
Congelamento Vítreo (Covit)
O congelamento vítreo é uma doença especial criada pela
clériga de Auril conhecida por Iyraclea, a Rainha do Gelo, uma
antiga Escolhida da Dama Gélida, e não pode ser curada por
tratamentos convencionais e nem mesmo mágicos. A única
maneira de uma criatura infectada com a doença ser curada é
encontrar e beber um antídoto, um líquido leitoso guardado
em frascos dourados que podem ser encontrados nas ruínas
da cidade perdida de Vaalathrim, em plena Grande Geleira. A
doença foi criada há muito tempo pela Escolhida de Auril para
enfraquecer seus inimigos das terras de Sossal e demonstrar
todo o poder de sua patrona.
A doença é transmitida ao inspirar os esporos azuis criados
por Iyraclea. Quando uma criatura entra em contato com esses
esporos, ela deve ser bem-sucedida em uma salvaguarda de
2
mais ao norte, Severo foi afligido por uma doença estranha
que o transformou em uma estátua de gelo, e que desde
então se manifestou em outros moradores locais. Os aven-
tureiros devem investigar o mistério enquanto lutam contra
as forças dos Observantes, uma guilda de criminosos, com
base em Palischuk, e que busca tomar o controle do norte
de Vaasa. Antes que os aventureiros lidem com rufiões
a mando dos Observantes em um complexo de cavernas
nas proximidades, chamado de Caverna Coaxante, eles
descobrem mais aldeões infectados, incluindo mais um que
já morreu. No fim, os frascos de congelamento vítreo são re-
cuperados, mas o comerciante Irvino Leal e sua família são
infectados e serão os próximos a morrer se uma cura não
for encontrada. Além disso, os próprios aventureiros podem
muito bem serem infectados com a doença.
Emil pede que os aventureiros viajem até as ruínas de
Vaalathrim para procurar pela cura do congelamento vítreo.
Os aventureiros percorrem a Lonjura, uma estrada que per-
corre parte de Vaasa e adentra a Grande Geleira e segue até
Novularond, as Encostas de Gelo. Nela, eles retraçam os
passos de Severo Telheiro até as ruínas de Vaalathrim. Em
Vaalathrim, eles encontram um antigo laboratório que per-
tenceu a Iyraclea e seu sacerdócio. Somente desbravando
as defesas de Vaalathrim e seus mortais sentinelas é que os
aventureiros podem encontrar o antídoto que necessitam.
Preparo e Pontos de Partida
Trabalhe com seus jogadores para estabelecer o porquê de
os personagens estarem na aldeia de Ishe. Você pode for-
necer informações a respeito da vida e das terras vizinhas
(veja página XX).
Antes de começar a aventura, é ideal levar algum tempo
para definir se os aventureiros já se conhecem ou se esta é
a primeira aventura que eles estão fazendo juntos.
Mistério em Ishe
A aventura começa na aldeia de Ishe, no extremo nordeste
de Vaasa, com os aventureiros sendo envolvidos direta-
mente no drama das mortes causadas por uma misteriosa
doença. Uma vez que os jogadores estejam prontos para co-
meçar, leia ou parafraseie o seguinte para descrever a cena:
Constituição CD 11 ou é infectada pelo congelamento vítreo.
Leva 1d4 dias para os sintomas começarem a se manifestar
em uma criatura contaminada. Os sintomas incluem fadiga,
calafrios e o aparecimento de uma coloração azulada nas veias
da criatura. Seu deslocamento é reduzido em 1,5 metro enquan-
to estiver infectada. A cada 10 dias após o aparecimento dos
sintomas, a criatura infectada deve ser bem-sucedida em uma
nova salvaguarda de Constituição CD 11 ou seu deslocamento
é reduzido em mais 1,5 metro. Se a criatura tiver seu desloca-
mento reduzido a 0 como resultado da doença, ela morre e seu
corpo torna-se uma estátua de gelo vitrificado.
Uma criatura pode beber o antídoto com uma ação, encer-
rando instantânea e definitivamente os sintomas e efeitos da
doença.
 A neve cai lentamente do céu e o vento frio queima suas
bochechas enquanto vocês estão diante do cemitério de Ishe,
uma pequena aldeia no nordeste de Vaasa, lar de matutos
armadilheiros e bebuns de todos os tipos. O sol está baixo no
céu, mergulhando por trás da cova recém-aberta para enterrar
Severo Telheiro, um velho anão que foi afligido por uma doença
misteriosa que o transformou em uma estátua de gelo. O povo
da aldeia se reuniu para prestar seus respeitos finais e beber
sobre os restos congelados de Severo.
Como parte da biografia de seus personagens, os joga-
dores podem decidir se qualquer deles já conhecia Severo
ou se vieram até o funeral simplesmente para mostrar seus
respeitos ao povo da comunidade. Seja como for, continue a
ler o seguinte:
Uma voz rude e baixa fala atrás de vocês. “’Brigado por virem
ao enterro de Severo.” Vocês se viram e encontram o olhar de
Emil Albus, um velho e experiente guardião e o líder da aldeia
de Ishe. “Desculpe dar notícias tão sinistras diante de tais
circunstâncias, mas acho que Palischuk pode ‘tá em perigo, e
gostaria muito que ‘vocês pudessem ajudar.”
Se os aventureiros forem conhecidos na aldeia como
exploradores novatos ou se simplesmente esse papel lhes
cair no colo, Emil (um humano rastreador neutro e bom)
espera que eles sejam o tipo de gente que não tem medo
de dar um passo à frente na hora de ajudar pessoas em
necessidade. Use os marcadores a seguir para auxiliá-lo a
conduzir a conversa conforme Emil explica suas preocupa-
ções aos aventureiros:
• Dois meses atrás, Severo Telheiro retornou para casa
após explorar a Grande Geleira durante um ano. Ele ti-
nha voltado há apenas alguns dias quando foi afligido por
uma doença estranha, a qual começou a fazer com que
o velho anão se movesse mais lentamente e que deixou
suas veias azuis por toda a extensão do corpo.
• O sacerdote da aldeia, Lobatto, um velho bêbado segui-
dor de Ilmater e São Dionísio, usou todas as magias que
pôde para tentar curar Severo, mas nada que ele tentou
conseguiu impedir o avanço da bizarra doença. Severo
lutou contra a mazela por algumas dezenas de dias, até
que seu corpo foi ficando mais e mais lento até que, no
fim, virou gelo.
• Até ontem, Emil e o resto da comunidade acreditava que
o triste fim de Severo era um caso isolado, muito prova-
velmente causado por algo com que o anão entrou em
contato quando esteve explorando a Grande Geleira. Foi
então que Emil notou que uma anã, Túlia Latão, uma ar-
madilheira, começou a mostrar sinais da mesma doença.
• Alarmado, Emil tentou falar com Túlia a respeito disso,
mas ela o enxotou, pedindo que a deixasse em paz.
O Pedido de Emil
Se os aventureiros estiverem dispostos, Emil quer que eles
descubram o que causou a doença em Severo e Túlia. Ele
está preocupado que isso possa se espalhar, mas Túlia se
recusa a falar com ele, e a milícia da aldeia é mais bem
conhecida por suas habilidades em lidar com criaturas da
neve e das montanhas do que em tirar a verdade numa situ-
ação tão complicada assim. Além do mais, Túlia é extrema-
mente desconfiada das autoridades.
Emil acha que um grupo de aventureiros poderia ter mais
sorte em convencer Túlia a abrir o bico. Se os aventureiros
concordarem em ajudar na causa da mazela de Severo e
Túlia, Emil lhes oferece 100 PO como recompensa. Ele
sugere que os aventureiros comecem procurando pela casa
de Severo ou falando com Túlia em sua choupana.
O Chalé de Severo
Severo Telheiro vivia em um chalé de apenas um cômodo
nas margens da aldeia. Um dos membros da milícia, uma
novata de boa índole chamada Mika Taimi (uma humana
rastreadora neutra e boa) está de guarda do lado de fora
do chalé. Se os aventureiros explicarem por que vieram,
ela permite que eles entrem no local para dar uma olha-
da. Quando os aventureiros entrarem no chalé, leia ou
parafraseie:
Este chalé apertado e escuro deve ter sido um lugar aconche-
gante quando seu proprietário estava vivo. Agora, uma cama
desfeita está ao lado de uma lareira apagada, e há um manto
pendurado na cabeça de alguma fera branca com chifres
cinzentos que exibe uma expressão de rosnar, pendurada como
troféu. Do outro lado do cômodo, uma pequena mesa repleta
de louças sujas e um par de cadeiras dimensionadas para anões
está diante de duas prateleiras vazias, cujo conteúdo está todo
espalhado pelo chão: utensílios domésticos, comidas desidrata-
das, equipamentos de aventura e alguns livros.
Qualquer aventureiro que examine a bagunça da caba-
na percebe que alguém recentemente vasculhou o local
em busca de algo. Um teste bem-sucedido de Inteligência
(Investigação) CD 12 revela as pegadas do intruso. Túlia
Latão é a culpada, pois ela esteve aqui desesperada atrás de
quaisquer pistas que poderiam ajudá-la a se curar do con-
gelamento vítreo que a está matando. As pegadas dela vão
para fora e na direção de sua choupana (veja “A Choupana
de Túlia, abaixo).
Equipamento de Aventura
O equipamento de aventura de Severo consiste em um
malho de prata; um conjunto de armadura de cota de talas
dimensionada para um anão; roupas pesadas e forradas
de peles, dimensionadas para um anão; um arpéu; e uma
lanterna coberta.
Cabeça Empalhada
Um aventureiro bem-sucedido em um teste de Inteligência
(Natureza) CD 15 reconhece a cabeça empalhada abaixo do
manto como sendo de um yeti, uma monstruosidade encon-
trada por estas regiões montanhosas de Vaasa.
Recibo Estranho
Um aventureiro que procure no meio dos livros espalhados
pelo chão e que seja bem-sucedido em um teste de Inteli-
gência (Investigação) CD 10 encontra um recibo dobrado
usado como marcador de texto. O recibo está datado de
dois meses atrás e indica que Severo vendeu vários itens
encontrados em Vaalathrim para uma loja de antiguidades
3
 local chamada Curiosidades de cortaneve, por 1.000 PO.
Os itens estão listados como sendo uma adaga, um estojo
de pergaminho, uma estatueta de jade, uma aljava com vin-
te flechas, um anel de prata adornado com um jaspe e dois
frascos de vidro azul.
Aventureiros que sejam moradores de Palischuk ou que
estejam aqui já há algum tempo conhecem a loja Curiosi-
dades de cortaneve – e sabem que a tal loja foi roubada e
vandalizada dois meses atrás.
Desdobramentos
Após procurarem no chalé, os aventureiros podem con-
tinuar sua investigação indo até a choupana de Túlia ou
parando na Curiosidades de cortaneve (assumindo que eles
tenham encontrado o recibo).
A Choupana de Túlia
Quando os aventureiros se aproximarem da choupana de
Túlia, leia ou parafraseie:
A casa de Túlia Latão é uma choupana de um cômodo só.
Como ela não está interessada em permitir que os aventureiros
entrem, algumas observações podem ser pertinentes:
• O telhado da choupana tem 4 metros de altura. Escalar
as paredes externas requer um teste bem-sucedido de
Força (Atletismo) CD 10.
• A porta de madeira da choupana está trancada e tem CA
15, 18 pontos de vida e imunidade a dano venenoso e
psíquico. A fechadura pode ser aberta com um teste bem-
-sucedido de Destreza CD 12 usando-se ferramentas de
ladrão, ou a porta pode ser forçada a abrir com um teste
bem-sucedido de Força (Atletismo) CD 15. Túlia carrega
consigo a chave que destranca a porta.
• Cada uma das quatro paredes da choupana tem uma
janela, todas fechadas e trancadas por dentro. Uma janela
pode ser destrancada por fora com um teste bem-sucedi-
do de Destreza CD 12 usando-se ferramentas de ladrão.
• O interior da cabine é bem iluminado pelo fogo de um
braseiro e de uma lareira, embora a fumaça escura emiti-
da por ambos torne o interior da choupana parcialmente
obscurecido.
Se os aventureiros baterem na porta, Túlia Latão (uma anã
do escudo rufiã neutra e má com deslocamento de cami-
nhada de 3 metros) responde do outro lado, dizendo-lhes
para irem embora. Um aventureiro que grite de volta pela
porta e seja bem-sucedido em um teste de Carisma (Enga-
nação, Intimidação ou Persuasão) CD 12 convence Túlia a
abrir a porta e permitir que o grupo entre.
Caso contrário, ela ignora qualquer
coisa que os aventureiros disserem.
Se os aventureiros não forem
convidados, eles têm
que decidir quais
meios estão dispostos a
usar para conseguirem
entrar. Independente-
mente de como entrem,
quando conseguirem,
leia ou parafraseie o
seguinte:
4
O calor dentro desta choupana os atinge como uma martelada.
Uma mesa entulhada por uma pilha de pratos, ferramentas e
utensílios domésticos fica no meio do cômodo. Um cheiro de
sopa cozinhando vem de um pote de ferro pendurado ao lado
da lareira. Outro fogo queima em um braseiro de ferro no lado
oposto, enchendo o interior da choupana de fumaça. Tremendo
em um canto, na cama perto do braseiro, há uma anã enrolada
em cobertas. Salientes veias azuis podem ser vistas em seu
rosto, pescoço e mãos.
Se os aventureiros forçarem a entrada na choupana,
Túlia ataca tão logo os veja, lutando até ser reduzida a 10
pontos de vida, quando então se rende. Ela tem dois lobos
de estimação, Presa e Garra, que estão escondidos embaixo
da cama. Se uma luta acontecer ali, os lobos se juntam ao
combate para defendê-la.
Perigos Incendiários
Qualquer criatura que venha a entrar em contato com o bra-
seiro ou com a lareira pela primeira vez em seu turno, ou
que inicie seu turno ali, sofre 2 (1d4) pontos de dano ígneo.
O Que Túlia Sabe
Túlia é curta e grossa, tentando compensar sua doença com
arrogância. Se os aventureiros entrarem na choupana com
a permissão dela ou se ela se render, Túlia lhes diz apenas
que tem a mesma doença que matou Severo, e que está
procurando por uma cura.
Um aventureiro bem-sucedido em um teste de Carisma
(Intimidação ou Persuasão) CD 12 convence Túlia a revelar
as seguintes informações:
• Túlia veio até a aldeia de Ishe alguns anos atrás, desde
Palischuk, com sua irmã Húlia. Ambas trabalhavam para
a guilda dos Observantes.
• Os Observantes enviaram as irmãs e alguns outros até
a aldeia para ficarem de olho em tesouros trazidos por
exploradores vindos da Grande Geleira — com a intenção
de roubá-los. Quando tais artefatos chegavam no povoa-
do, frequentemente eram bens incomuns que os caçado-
res de tesouros tentavam manter escondidos dos reinos
de Vaasa e Damara.
• Quando Severo Telheiro retornou a Ishe com tesouros da
Grande Geleira, Túlia viu ali uma chance. Ela esperou Se-
vero vender o que encontrou à Curiosidades de cortaneve,
e então roubou tudo.
• Túlia deu a maior parte das relíquias de Severo para Hú-
lia, mas guardou uma para si — uma adaga ornamentada.
Ela entrega relutantemente a arma aos aventureiros se
eles pedirem (veja “Tesouro”, abaixo). Húlia está com os
outros itens em um lugar ao norte da aldeia, um esconde-
rijo em uma gruta conhecida como Caverna Coaxante.
• Foi Túlia quem vasculhou pelo chalé de Severo, conven-
cida de que o falecido anão deveria ter alguma magia ou
outros segredos guardados lá.
Tesouro
Se Túlia não oferecer a adaga aos aventureiros, qualquer
um deles que tenha valor de Sabedoria passiva 11 (Percep-
ção) ou maior, nota a lâmina ornamentada em uma bainha
dourada enfiada por debaixo da camisa da anã. Se os aven-
tureiros reivindicarem a adaga +1, um teste bem-sucedido
de Inteligência (Arcanismo ou História) CD 15 revela que a
adaga é uma relíquia da cidade perdida de Vaalathrim, na
Grande Geleira.
Desdobramentos
Os aventureiros não têm qualquer problema em encontrar
tanto a Caverna Coaxante quanto a Curiosidades de cor-
taneve, caso estes locais sejam sua próxima parada. Se as
coisas não ocorrerem bem no encontro com Túlia ou se ela
morrer antes de revelar quaisquer informações, os aventu-
reiros podem encontrar bilhetes ou instruções dadas por
Húlia, algo que revele algumas das informações apresenta-
das acima.
Curiosidades de cortaneve
A Curiosidades de cortaneve é uma loja de antiguidades
administrada por uma meia-orc introvertida chamada Marla
cortaneve. Marla é reservada, e abre sua loja apenas quan-
do quer. Ela comercializa objetos apenas se lhe interessar,
mas os envia até para além de Vaasa se for o caso. Aventu-
reiros que sejam moradores de Palischuk ou que estejam
aqui já há algum tempo conhecem a loja Curiosidades de
cortaneve — e que a tal loja foi roubada e vandalizada dois
meses atrás. Se os aventureiros chegaram recentemente
na aldeia, qualquer um a quem perguntem sobre a loja men-
ciona que ela foi roubada.
A Curiosidades de cortaneve fica em um chalé simples
de apenas um cômodo. As janelas estão fechadas e tranca-
das, o que deixa seu interior escuro. A única entrada é pela
porta da frente, mas aventureiros podem forçar uma das
janelas laterais ou dos fundos com um teste bem-sucedido
de Força (Atletismo) CD 12, garantindo acesso aos aposen-
tos de Marla (veja a seção equivalente abaixo).
Quando os aventureiros se aproximarem do chalé, leia ou
parafraseie:
O chalé escuro diante de vocês tem uma placa sobre a porta
onde se lê, “Curiosidades de cortaneve”, com a imagem de
um dragão branco disposto a formar a letra “R”. Embora a loja
aparente estar fechada, a porta da frente está entreaberta.
Qualquer aventureiro com valor de Sabedoria passiva
11 (Percepção) ou maior ouve vozes sussurrantes e passos
vindo de dentro do chalé. Se os aventureiros forem bem-su-
cedidos em um teste em grupo de Destreza (Furtividade)
CD 10, eles podem surpreender os bandidos que estão lá
dentro no momento.
Frente da Loja
A loja de antiguidades ocupa a maior parte da frente do
chalé. Quando os aventureiros puderem ver dentro deste
local, leia ou parafraseie:
Cinco meio-orcs encapuzados parecem ter saqueado a loja e
estão procurando pelos restos de coisas quebradas espalhadas
pelo piso. Os móveis, estantes e o balcão da frente foram des-
pedaçados, os artigos da loja estão espatifados pelo chão.
Esta área é terreno difícil graças aos detritos que a
cobrem. Os cinco meio-orcs são bandidos com visão no
escuro com alcance até 18 metros, portanto não precisam
de fontes de luz para procurar no escuro.
Os bandidos atacam tão logo notem os aventureiros,
lutando até que reste apenas um deles. Este sobrevivente,
então, se rende. Se um bandido for feito cativo e questiona-
do, um aventureiro bem-sucedido em um teste de Carisma
(Intimidação) CD 10 pode conseguir as informações lista-
das a seguir:
• Os bandidos trabalham para Húlia Latão, uma anã
sacerdotisa de Abbathor. Húlia trabalha para a guilda dos
Observantes de Palischuk.
• A irmã de Húlia, Túlia, foi quem assaltou a Curiosidades
de cortaneve dois meses atrás.
• Húlia está doente ou amaldiçoada por algum tipo de mo-
léstia que a faz se mover lentamente e que está deixando
suas veias azuis.
• Húlia ordenou que os bandidos fossem vasculhar a Curio-
sidades de cortaneve em busca de poções, pergaminhos
ou quaisquer outros itens que possam ajudar a curá-la.
Independentemente da busca que fizeram, os bandidos
não encontraram absolutamente nada de útil. Húlia está
escondida com outros bandidos na Caverna Coaxante.
Aposento de Marla
O aposento de Marla fica nos fundos do chalé. Quando os
aventureiros entrarem nesta área, leia ou parafraseie:
Enfurnada debaixo de vários cobertores em uma cama ao longo
da parede leste do chalé está o que aparenta ser a estátua de
gelo de uma meia-orc. Uma pequena mesa cheia de xícaras de
chá sujas e uma chaleira está ao lado da cama.
A figura na cama é a infeliz Marla cortaneve, que foi
infectada pelo congelamento vítreo presente nas relíquias
trazidas por Severo Telheiro desde a Grande Geleira. Seus
sintomas apareceram algumas dezenas de dias depois da
loja ter sido roubada, mas a reservada meia-orc nunca men-
cionou isso a alguém.
Desdobramentos
Perguntar a qualquer dos bandidos pode revelar pistas
sólidas que indiquem que os aventureiros devem ir até a Ca-
verna Coaxante, ou de volta para a choupana de Túlia, caso
haja outras perguntas que a anã ainda tenha a responder.
Se eles forem incapazes de questionar os bandidos, você
pode fazer com que um deles esteja carregando ordens
escritas por Húlia e que apontem para o esconderijo na
Caverna Coaxante.
A Caverna Coaxante
Aventureiros que sejam originários de Ishe ou que tenham
passado algum tempo aqui sabem a respeito da Caverna
Coaxante. Se todos os aventureiros forem recém-chegados
na aldeia, quaisquer dos aldeões podem lhes falar sobre
como chegar lá.
A Caverna Coaxante recebeu este nome por causa de
seus habitantes, vários sapos gigantes do gelo. A entrada da
caverna fica nas encostas da Cordilheira Lugsaas, o Escudo
Meridional, ao norte de Ishe. Assim que os aventureiros se
aproximam da entrada da caverna, eles notam sinais claros
5
 de um frequente movimento de entra e sai no local, as
pegadas dos bandidos pela neve. Contudo, não há qualquer
sinal de patrulhas ou guardas. Uma pluma de fumaça ele-
va-se por trás da entrada da caverna, saindo através de uma
chaminé natural que fica na área 6. Entretanto, a chaminé é
pequena demais para ser escalada, e a entrada da caverna é
o único meio de adentrar no local.
Sabendo que os moradores de Ishe evitam a caverna e os
perigosos sapos que habitam ali, Húlia Latão fez do lugar
sua base de operações. Ela e os bandidos Observantes
que comanda conseguiram domesticar os sapos gigantes
do gelo que vivem na caverna, usando-os como animais de
guarda.
Sapos Gigantes do Gelo
Com exceção do Velho Coaxador (veja área 5), os sapos
gigantes do gelo são sapos gigantes com imunidade a dano
gélido.
Os sapos de pele azul atacam qualquer criatura no
complexo de cavernas que não estejam escoltadas pelos
bandidos que reconheçam. Cada um deles luta até ser re-
duzido à metade de seus pontos de vida ou menos, quando
então foge. Um aventureiro que seja bem-sucedido em um
teste de Sabedoria (Lidar com Animais) CD 15 com uma
ação, convence um sapo a não atacar ou a parar de atacar.
Se o aventureiro ou qualquer de seus aliados atacar ou ferir
o sapo, ele volta ao combate.
Os sapos passam a maior parte de seu tempo descan-
sando em poças lamacentas de água congelante que há
na Caverna Coaxante. Um aventureiro bem-sucedido em
um teste de Sabedoria (Percepção) resistido por um teste
de Destreza (Furtividade) de um sapo nota que uma das
criaturas está escondida em uma poça. Se um sapo não for
detectado, ele ataca com surpresa quando um aventureiro
se aproximar a até 1,5 metro da poça.
Bandidos Observantes
Os bandidos enviados juntos com Húlia pela guilda dos Ob-
servantes são todos anões ou meio-orcs. Normalmente, até
dez bandidos ocupam a Caverna Coaxante, mas no momen-
to apenas três deles estão presentes (na área 2). Eles usam
o bloco de estatísticas do bandido e têm visão no escuro
com alcance de até 18 metros. Além disso, os anões têm
resistência a dano venenoso e vantagem nas salvaguardas
contravenenos; os meio-orcs, quando chegam a 0 pontos
de vida, não morrem, ficam com 1 ponto de vida, e quando
acertam um crítico em um ataque armado corpo a corpo,
jogam um dado de dano adicional.
Bandidos Observantes atacam quaisquer intrusos à pri-
meira vista. Cada um deles luta até ser reduzido à metade
de seus pontos de vida ou menos, quando então foge da
caverna. Se os aventureiros capturarem um bandido Obser-
vante, eles podem descobrir as seguintes informações com
um teste bem-sucedido de Carisma (Intimidação) CD 10.
• Húlia está doente do mesmo mal que matou Severo
Telheiro.
• Ela planeja partir em breve para a cidade de Palischuk na
esperança de que vender os itens que sua irmã roubou da
Curiosidades de cortaneve permitam que ela arque com
os custos de uma cura.
6
Características da Caverna Coaxante
As cavernas e túneis que compõem a Caverna Coaxante são
mostrados no mapa acima. A menos que indicado o contrá-
rio na descrição de uma área, as características a seguir são
comuns em todas as áreas da Caverna Coaxante.
Tetos. Os tetos da caverna têm 3 metros de altura, com
apenas 2,4 metros de espaço até as estalactites.
Paredes. Escalar as paredes irregulares da caverna re-
quer um teste bem-sucedido de Força (Atletismo) CD 12.
Iluminação. As cavernas não têm qualquer fonte de luz,
exceto nas áreas 4 e 6, já que os habitantes da Caverna
Coaxante contam com visão no escuro para enxergar.
Poças Congelantes. Poças de água barrenta e congelan-
te estão espalhadas pela caverna, criadas pelo derretimento
da neve que pinga pelo teto rochoso acima. Cada poça tem
3 metros de profundidade. Uma criatura completamente
submersa em uma das poças deve ser bem-sucedida em
uma salvaguarda de Constituição CD 10 ou ganha um nível
de exaustão. Criaturas com resistência ou imunidade a
dano gélido são automaticamente bem-sucedidas nesta sal-
vaguarda. Para cada minuto que a criatura passe submersa
em uma poça, ela deve repetir esta salvaguarda, ganhando
outro nível de exaustão se falhar.
C1. Poça da Entrada
Esta área da caverna é próxima o suficiente da entrada
para ser iluminada com meia-luz durante o dia e em noites
enluaradas. Quando os aventureiros puderem ver dentro
deste local, leia ou parafraseie:
O lento gotejar de água é ouvido aqui, pingando do teto pelas
estalactites até uma poça de água barrenta que ocupa todo o
túnel adiante. De tempos em tempos, um coaxar alto vem de
algum lugar na escuridão para além da poça.
Com visão no escuro ou outra fonte adequada de ilu-
minação, os aventureiros podem ver uma pesada viga de
madeira com 7,5 metros de comprimento encostada contra
a parede oeste da caverna, na extremidade sul da poça. Os
bandidos Observantes usam a viga para cruzar a poça, e a
puxam de volta para o outro lado quando estão na caverna.
Dois sapos gigantes do gelo estão escondidos na poça de
lama. Se um combate acontecer nesta área, os bandidos na
área 2 vêm investigar o que está acontecendo.
C2. Poça de Treinamento
O lento gotejar de água vindo do teto cai em uma poça no can-
to sudoeste desta caverna. Um enorme balde de madeira com
tampa está ao lado da poça.
Três bandidos Observantes e dois sapos gigantes do gelo
normalmente estão nesta caverna. Se os bandidos não
foram alertados de perturbações, eles estão aqui treinando
os sapos. Acrescente o seguinte:
Um anão e dois meio-orcs encapotados com camadas de
roupas de inverno estão jogando morcegos mortos para o alto.
Dois sapos gigantes de pele azul saltam para agarrar os morce-
gos em pleno ar, aparentemente como parte de algum tipo de
treinamento.
 C1
C3
C2
A Caverna Coaxante
Se os bandidos foram investigar quaisquer perturbações
nas áreas adjacentes, os sapos estão escondidos na poça.
Balde
O balde contém seis morcegos mortos usados como gulo-
seimas durante o treino. Um aventureiro que ofereça um
morcego morto a um sapo tem vantagem em seu próximo
teste de Sabedoria (Lidar com Animais) feito para controlar
o comportamento de tal sapo.
C3. Caverna dos Morcegos
Esta caverna fede, e o chão está todo coberto de guano.
Uma fúria de morcegos dorme entre as estalactites des-
ta caverna. Se algo perturbar os morcegos (incluindo uma
fonte de luz ou um barulho alto na caverna), a fúria ataca a
fonte de perturbação. A fúria luta até ser reduzida à metade
de seus pontos de vida ou menos, quando então foge da
caverna. Se um combate acontecer nesta área, os bandidos
na área 2 vêm investigar o que está acontecendo.
C6
C5
O L
C4
1 quadrado = 1,5 m S
Chão Traiçoeiro
O chão desta área está coberto por guano escorregadio.
Sempre que uma criatura sobre o chão sofrer dano, ela
deve ser bem-sucedida em um teste de Destreza (Acroba-
cia) CD 10 ou fica caída.
C4. Acampamento dos Bandidos
Dez sacos de dormir vazios estão arranjados em círculo ao
redor de uma fogueira no centro desta caverna. Ossos de fran-
go, garrafas vazias de vinho e aguardente, além de outros restos
de comida, estão espalhadas pelo chão deste local.
Um dos sacos de dormir cobre a abertura de uma arma-
dilha de fosso com 3 metros de profundidade. A armadilha
pode ser notada com um teste de Sabedoria (Percepção)
CD 10. Se não for notada, qualquer um andando por entre
os sacos de dormir cai no fosso, sofrendo 3 (1d6) pontos de
dano contundente e fica caído. Uma criatura que caia no
fosso faz barulho o suficiente para que os bandidos na área
2 venham investigar.
7
 Tesouro
Procurar em todos os sacos de dormir revela que um deles
contém uma garrafa cheia de Pinga do Anão Careca (no va-
lor de 25 PO), um destilado feito pelos meio-orcs da cidade
de Palischuk.
C5. Poça do Velho Coaxador
A água que pinga das estalactites no teto enche uma poça
escura que cobre totalmente o chão desta caverna.
O maior habitante da Caverna Coaxante — chamado de
Velho Coaxador pelos bandidos Observantes — reivindicou
para si essa poça. Ele esconde-se na água e ataca como
qualquer outro sapo gigante do gelo. O Velho Coaxador é
um sapo gigante com imunidade a dano gélido.
O Velho Coaxador foi treinado para carregar Húlia e os
visitantes de sua caverna (área 6), que fica do outro lado da
poça. Um aventureiro que seja bem-sucedido em um teste
de Sabedoria (Lidar com Animais) CD 15 convence o Velho
Coaxador a não atacar o grupo. Também pode convencer
o sapo a carregar todos os outros aventureiros através da
poça de uma vez.
C6. A Caverna de Húlia
Quando os aventureiros puderem ver dentro deste local,
leia ou parafraseie:
Uma corrente de ar quente vem de uma enorme fogueira
queimando no centro desta caverna, com sua fumaça subindo
pela estreita chaminé natural de pedra que fica no teto. As
chamas iluminam o desenho rústico, que domina toda a parede
norte do local. A arte ilustra um anão de braços cruzados e
olhos gananciosos. Um saco de dormir está espalhado abaixo
do mural. Perto do fogo crepitante, uma anã enrolada em uma
pesada capa está sentada sobre um baú de pedra ao lado de um
meio-orc coberto de tatuagens. O rosto da anã está cheio de
pulsantes veias azuis.
Húlia Latão (uma anã do escudo cultista fanática neutra
e má com deslocamento de caminhada de 4,5 metros, visão
no escuro com alcance de até 18 metros, resistência a dano
venenoso e vantagem nas salvaguardas contraveneno) e
seu aprendiz, Ragnar Turrão (um meio-orc cultista neutro e
mau com visão no escuro com alcance de até 18 metros) es-
tão ambos em um profundo estado de meditação, rezando
para Abbathor em busca de uma cura para a aflição da anã.
Mesmo se acontecer um combate na área 5, eles perma-
necem alheios à presença dos aventureiros até que sejam
perturbados ou atacados. Húlia e Ragnar são gananciosos
servos de Abbathor e da guilda dos Observantes. Ragnar
segue Húlia em toda e qualquer ordem com uma lealdade
inabalável.
Húlia está tão desesperada por uma cura para a maze-
la que a está matando lentamente, que ela não ataca os
aventureiros quando os vê pela primeira vez, contanto que
não seja atacada primeiro. Em vez disso, ela ordena que
eles parem imediatamente onde estão e exige saber por que
vieram até a caverna. Um aventureiro de raciocínio rápido
8
pode alegar que veio para ajudar Húlia (sob pedidos de sua
irmã, após receber uma mensagem de Abbathor, ou qual-
quer outra resposta apropriada para a situação). Com um
teste bem-sucedido de Carisma (Enganação) resistido pela
Sabedoria (Intuição) de Húlia, o aventureiro convence a anã
que todos ali são aliados dela. Se falhar, ou se os aventurei-
ros a desafiarem, Húlia e Ragnar atacam.
Fogueira
Qualquer criatura que entre na área do fogo pela primeira
vez em seu turno, ou que comece o turno ali, sofre 3 (1d6)
pontos de dano ígneo.
O Que Húlia Sabe
Se os aventureiros convencerem Húlia de que são aliados
dela, ou se eles a capturarem ou capturarem Ragnar e fo-
rem bem-sucedidos em um teste de Carisma (Intimidação)
CD 14, eles podem descobrir as seguintes informações:
• Húlia acredita que está com uma doença chamada
congelamento vítreo. Embora não saiba mais nada sobre
esta doença além dos sintomas, ela ouviu rumores de
que exploradores que vão até a Grande Geleira às vezes
acabam sucumbindo a este mal.
• Húlia acha que sua contaminação foi causada por um
dos frascos de vidro azul que Túlia, sua irmã, roubou da
Curiosidades de cortaneve, vendida originalmente por
Severo Telheiro. O frasco estava rachado, revelando que a
bela coloração era o resultado de um pó azul escuro que
estava incrustado em seu interior.
• Ela está desesperada para chegar em Palischuk antes
que a doença avance, na esperança de que possa negociar
alguns bens roubados por Túlia em troca de uma cura.
Húlia usou um dos frascos como armadilha dentro do
baú que contém os outros itens roubados (veja “Baú de
Pedra”, abaixo). Precisando de um dinheiro rápido para
a viagem, ela vendeu o outro frasco para Irvino Leal, um
humano comerciante que está hospedado na pousada Anão
Bonachão, em Ishe, enquanto viaja com sua família de volta
a Palischuk.
Baú de Pedra
A tampa do baú de pedra está entalhada com a face de um
anão. Um aventureiro que examine o baú e seja bem-sucedi-
do em um teste de Sabedoria (Percepção) CD 12 encontra
aberturas do tamanho de uma agulha na boca do anão
contendo um pó azul. O pó pode ser removido com um teste
bem-sucedido de Destreza CD 15, usando-se ferramentas
de ladrão. Um aventureiro que falhe neste teste deve ser
bem-sucedido em uma salvaguarda de Constituição CD 11
ou contrai o congelamento vítreo (veja a barra lateral “Con-
gelamento Vítreo” no começo da aventura).
Detectar magia revela que o baú irradia uma aura de ma-
gia de evocação. Quando uma criatura toca o baú sem pro-
ferir uma oração a Abbathor, uma lufada de vento escapa da
boca do anão. Se o pó azul ainda estiver na boca do anão,
ela forma uma nuvem que ocupa um cubo de 4,5 metros de
lado, diante do baú. Cada criatura dentro desta área deve
ser bem-sucedida em uma salvaguarda de Constituição CD
11 ou contrai a doença.
Tesouro
O baú contém os restos do tesouro encontrado por Severo
Telheiro — um estojo para pergaminho dourado coberto
com um mapa cosmológico do omniverso (no valor de 15
PO), uma estatueta de jade no formato de um gigante da
tempestade (25 PO), uma aljava contendo seis flechas +1 e
um anel de prata adornado por uma pedra jaspe (50 PO).
O baú também contém as riquezas acumuladas de Húlia —
415 PC, 234 PP, 43 PE e 112 PO — e um recibo indicando
que Húlia vendeu um frasco de vidro azul para Irvino Leal
por 100 PO.
Desdobramentos
Quando os aventureiros terminarem de explorar a Caverna
Coaxante, eles já devem estar sabendo que os frascos de
vidro azul encontrados por Severo Telheiro são a origem
da estranha doença que está transformando pessoas em
estátuas de gelo, e que Irvino Leal está com um destes
frascos. Se os aventureiros não tiverem a oportunidade
de questionar Húlia ou Ragnar, você pode fazer com que
o baú contenha um diário ou outras notas que forneçam a
informação que eles precisam e que lhes aponte na direção
da pousada Anão Bonachão.
Anão Bonachão
A Anão Bonachão é uma pousada confortável de dois
andares, administrada por um anão aventureiro aposentado
chamado Ari Bodoque. Quando os aventureiros entram na
estalagem, leia ou parafraseie:
O andar térreo desta pousada possui uma taverna. O anão
grisalho que está atrás do balcão recebe vocês alegremente
assim que entram. Dois humanos e duas crianças tiferinas riem
entre si e desfrutam de uma refeição juntos.
Ari Bodoque (um anão do escudo veterano neutro e bom)
é quem trabalha atrás do bar. Se os aventureiros pergunta-
rem por Irvino Leal, o anão indica a família sorridente.
Irvino Leal, seu esposo Ferdo Thadeus (ambos humanos
ulutiunos plebeus neutros e bons) e suas filhas adotivas
chamadas Glória e Magia (ambas tiferinas não combaten-
tes) são amigáveis e convidam os aventureiros a se junta-
rem a eles. Irvino e Ferdo são livreiros viajantes. Se per-
guntados sobre o frasco, Irvino explica que encontrou Húlia
Latão na estrada para a aldeia de Ishe. Ela disse na ocasião
que estava de mudança e que precisava muito se livrar de
alguns pertences, portanto ofereceu a ele a oportunidade de
comprar uma relíquia vaalathriana por uma pechincha. Ele
planeja vender o item quando retornar a Palischuk para ter
algum lucro.
Se os aventureiros disserem a verdade sobre o frasco
a Irvino, ele entra em pânico, dizendo que todos na famí-
lia tocaram o objeto. Ferdo dá o frasco aos aventureiros,
entregando-o para eles embrulhado em um pano. Qualquer
aventureiro que toque o frasco diretamente deve ser bem-
-sucedido um uma salvaguarda de Constituição CD 11 ou
contrai o congelamento vítreo.
Desdobramentos
Uma vez que os aventureiros estejam de posse do frasco ra-
chado, eles podem relatar o que aconteceu para Emil Albus.
Ele lhes paga 100 PO conforme prometido, mas pede que
os aventureiros fiquem na aldeia. Ele está quase certo de
que terá que pedir a eles por seus serviços muito em breve.
Na manhã seguinte, Emil chega até os aventureiros com
notícias sombrias. Irvino, Ferdo, Glória e Magia estão todos
com os sintomas do congelamento vítreo. Ver o pó azul
no frasco permitiu que Emil consultasse algumas antigas
lendas e descobrisse algumas coisas sobre essa tal doença
(se os aventureiros não descobriram o nome da doença com
Húlia, Emil é a fonte da revelação do nome dela também).
Emil sabe que é dito que o congelamento vítreo tem
apenas uma cura — um líquido leitoso que os vaalathrianos
guardavam em frascos dourados. Ele espera que a cura
possa ser encontrada no mesmo local que Severo encon-
trou os frascos do congelamento vítreo na Grande Geleira.
O guardião aposentado pede aos aventureiros que viagem
até as ruínas de Vaalathrim, seguindo os passos de Severo,
na esperança de que eles encontrem a tal cura. Ele oferece
ao grupo 200 PO pela missão, e os lembra que o tempo é
essencial para a sobrevivência de Irvino e sua família — isso
sem mencionar o fato de que qualquer dos aventureiros
possa também estar infectado pelo congelamento vítreo. Se
os aventureiros aceitarem a missão, Emil lhes dá um dia
para se preparar e diz que os encontrará na saída da aldeia
quando estiverem prontos para partir.
Evolução dos Personagens
Os aventureiros avançam para o 2º nível antes de viajar
para a Grande Geleira.
Viajando para a Grande Geleira
Quando os aventureiros estão prontos para partir para
a Grande Geleira, Emil Albus lhes dá as informações a
seguir:
• Emil conseguiu alguns cavalos para que sigam mais
rápido pela Lonjura.
• Eles devem seguir pela estrada até um vilarejo de anões
nos sopés da Cordilheira Lugsaas. Tal vilarejo sem nome
é mais um posto avançado. Lá eles devem falar com um
anão chamado Otto Bombigode, que já participou de
várias expedições para os ermos congelados da Grande
Frascos de Congelamento Vítreo
Com uma ação, uma criatura pode arremessar o frasco de
congelamento vítreo a até 6 metros, estilhaçando-o com o im-
pacto e liberando seu conteúdo como uma nuvem de esporos.
Cada criatura a até 1,5 metro do frasco quando ele se quebra
deve ser bem-sucedida em uma salvaguarda de Constituição
CD 11 ou contrai o congelamento vítreo (veja a barra lateral
“Congelamento Vítreo”, no começo da aventura).
Se um aventureiro contrair o congelamento vítreo, man-
tenha um controle da quantidade de dias que se passaram
para que o jogador seja informado quando os sintomas do
personagem dele começarem a aparecer e quando ele deve
fazer outras salvaguardas de Constituição.
9
 Viajando para a Grande Geleira
Geleira junto com Severo Telheiro. Otto vai ajudá-los a
atravessar as perigosas trilhas pela cordilheira e chegar
até as ruínas de Vaalathrim.
• Uma vez que os aventureiros tenham encontrado a cura,
eles devem usar a quantidade que precisarem para si
próprios, e então dar o restante para um elfo que vive no
mesmo vilarejo que Otto, um misterioso mago conhecido
apenas como “o Procurador”. Eles podem pedir que o
Procurador teleporte a cura para a aldeia de Ishe.
A vastidão congelada da Grande Geleira é eternamente
coberta por gelo e neve, e as temperaturas lá são sempre
congelantes. Aventureiros que ainda não tiverem equipa-
mento e roupas adequadas para sobreviver ao um clima
assim deverão comprar, caso contrário estarão sujeitos ao
frio extremo (veja o capítulo 5 do Dungeon Master’s Guide:
Livro do Mestre).
PNJs Infectados com o
Congelamento Vítreo
Os aventureiros estão em uma corrida contra o tempo
para curar Irvino e sua família (e possivelmente Húlia e
Túlia Latão, se eles estiverem sentindo-se misericordiosos a
ponto de ajudar essas duas criminosas). Irvino e sua família
têm ao menos sessenta dias antes que possam perecer,
Húlia tem ao menos trinta dias e Túlia ao menos vinte dias.
Você pode fazer salvaguardas para estes PNJs contra a
10
doença a cada uma dezena de dias, ou você pode simples-
mente decidir seus destinos.
A Viagem
São aproximadamente 260 quilômetros de Ishe até o posto
avançado nos sopés da Cordilheira Lugsaas, cerca de sete
dias de viagem a cavalo em um ritmo normal, viajando-se 8
horas por dia. Este trecho da viagem acontece sem maiores
problemas, já que a Lonjura e demais estradas de Vaasa
são seguras o suficiente para se fazer uma viagem sem
interrupções.
Quando os aventureiros chegarem no posto avançado,
leia ou parafraseie o seguinte:
Enquanto vocês se aproximavam mais e mais das montanhas, a
temperatura caía constantemente, mas quando vocês colocam
os pés no posto avançado, parece que ela despenca. Através do
vento que carrega a neve, vocês conseguem ver várias tendas
de peles dispostas como em um acampamento. Fogueiras são
assoladas pelos ventos, com vários anões tentando se aquecer
perto das chamas.
“Não se preocupem! Vai esfriar aqui uma hora ou outra!”, diz
uma voz divertida através da neve. Uma anã com os cabelos
bagunçados curva-se diante de vocês. “Morgana Lanugem ao
seu dispor. Bem-vindos à Grande Geleira!”
 Morgana Lanugem (uma anã do escudo licantropo urso
neutra e boa) vive no posto avançado há anos. Ela pode
mostrar o local aos aventureiros e responder quaisquer per-
guntas que eles tenham sobre o povoado ou sobre a Grande
Geleira, fornecendo detalhes contidos na seção XXX. Se os
aventureiros perguntarem sobre Otto Bombigode ou sobre
o Procurador, Morgana indica onde os dois moram. Embora
Morgana nunca tenha se aventurado nos ermos congelados
com Severo Telheiro e não fosse muito chegada dele, ela
fica triste por ficar sabendo a respeito do falecimento do
anão.
Morgana e os outros exploradores do posto avançado sa-
bem sobre o congelamento vítreo e seus terríveis efeitos. Se
os aventureiros tiverem quaisquer perguntas não respondi-
das sobre a doença, os exploradores daqui compartilham o
que sabem.
O Posto Avançado
Conforme Morgana leva os aventureiros através do posto
avançado, leia ou parafraseie o seguinte:
Morgana gesticula para os grupos de anões reunidos conver-
sando ao redor das fogueiras. “Eles estão planejando explorar a
geleira na esperança de encontrar ruínas ou tesouros perdidos”,
diz ela. “É sobre isso que se trata este lugar. Se você não está
explorando, não está se cobrindo de ouro.”
A anã para diante de uma grande tenda de peles. “Vocês
podem ficar aqui. Pertencia a um elfo rico e tolo chamado
Belerion que veio até aqui em busca de aventuras. Em vez disso
ele acabou encontrando o interior da barriga de um remorraz.
Deve ter um pouco de comida e coisas do tipo lá na tenda. É de
vocês agora.”
A Tenda de Belerion
Os aventureiros são bem-vindos a ficar nesta tenda durante
sua estadia no posto avançado. Quando eles entrarem lá
pela primeira vez, leia ou parafraseie o seguinte:
O som do vento e o frio cortante acabam tão logo vocês entram
na tenda. Um espaço para fogueira marca o centro do chão
coberto por peles e couros. Um caixote aberto contém rações
de viagem embaladas e alguns outros itens de exploração estão
dispostos perto da entrada.
Uma vez que os aventureiros estejam estabelecidos,
Morgana lhes deseja sorte e parte para se preparar para
sua própria expedição (veja a barra lateral “Você Pode Nos
Ajudar?”). O caixote contém 50 dias de rações, uma corda
de seda com 15 metros, um cobertor, um arpéu, uma pica-
reta de mineiro e um livro intitulado Aventuras Sedutoras:
Impressione Potenciais Amantes com Feitos Incríveis, de
Escandungo Meia sombra curta.
O Procurador
Morgana Lanugem ou qualquer outro morador do posto
avançado pode indicar qual é a tenda do Procurador para
os aventureiros. Na verdade, a tenda dele é a maior do
local. Quando os aventureiros entram na tenda, leia ou
parafraseie:
O forte odor de incenso domina esta tenda, cujas paredes são
pintadas com brilhantes runas arcanas. Um braseiro de bronze
arde no meio do chão, ao redor do qual há algumas cadeiras,
uma cama suntuosa e um enorme baú de pedra. Em uma des-
tas cadeiras está sentado um elfo lendo um livro. Um pequeno
dragão verde com asas de borboleta está todo enrolado no colo
do elfo.
O Procurador (um elfo solar não binário mago leal e
neutro) é um misterioso elfo que compra diversas relíquias
encontradas na Grande Geleira em nome do governo de
Vaasa. O dragão-fada verde é Aljôfar, o familiar do elfo.
O Procurador é o morador mais antigo deste posto
avançado e está aqui desde sua fundação, cerca de 300
anos atrás. Elu pode responder quaisquer perguntas que os
aventureiros possam vir a ter a respeito da história do posto
avançado, da Grande Geleira ou do congelamento vítreo.
Se os aventureiros quiserem confirmar se o Procurador é
capaz de enviar rapidamente a cura para o congelamento
vítreo até a aldeia de Ishe, o elfo lhes diz que o baú de pedra
na tenda possui a capacidade mágica de teleportar objetos
ao seu comando.
Além da ajuda que fornece para enviar a cura até Ishe,
o Procurador se oferece para comprar qualquer relíquia
vaalathriana que os aventureiros queiram vender.
Baú de Pedra
Detectar magia revela que o baú irradia uma aura de
magia de invocação. Quando um item é colocado no baú, o
Procurador pode teleportá-lo para locais secretos de Vaasa,
incluindo para a aldeia de Ishe, cujo ponto de destino é
conhecido apenas pelas autoridades de tais povoados.
Otto Bombigode
Morgana Lanugem ou qualquer outro morador do posto
avançado pode indicar qual é a tenda de Otto Bombigode
para os aventureiros. Quando os aventureiros se aproxima-
rem da tenda, leia ou parafraseie:
Você Pode Nos Ajudar?
Se os aventureiros sentirem que precisam de ajuda para viajar
pelos ermos da Grande Geleira, eles podem tentar convencer
outros exploradores do posto avançado a viajarem com eles
para recuperar a cura. Embora a maioria dos exploradores do
posto avançado estejam dispostos a ajudar outros em neces-
sidade, eles próprios já têm uma importante missão. Uma
expedição chefiada pelo gnomo Gubeldip Probocenhosolene
saiu há cerca de dois meses em busca do suposto tesouro de
um dragão de platina enterrado no gelo, mas ainda não retor-
nou. Os exploradores no posto avançado estão se preparando
para uma missão de busca e resgate para trazer a expedição
de Gubeldip. Se os aventureiros sobreviverem em sua busca
pela cidade perdida de Vaalathrim, esta história poderia servir
de gancho para outra aventura.
11
 Uma fogueira queima diante desta pequena tenda, cuja entrada
está aberta. Dentro da tenda há um anão sentado, cujo rosto é
marcado por uma cicatriz feia, como se tivesse sido arranhado
por uma garra enorme. Uma espada curta está colocada casu-
almente em seu colo enquanto ele tenta aquecer suas mãos
estendidas.
Otto Bombigode (um anão do escudo rastreador caótico
e bom) é um explorador curioso e de fala suave. Ele gosta
de descobrir os segredos da Grande Geleira tanto quanto
descobrir os tesouros dessa região. Ele está genuinamen-
te interessado na vida dos aventureiros, e lhes faz várias
perguntas após convidá-los para dividir o calor da fogueira
com ele.
A História de Otto
Otto está aflito para ouvir sobre a morte de seu amigo Se-
vero Telheiro. Se os aventureiros perguntarem a Otto sobre
os frascos azuis que levaram a doença até Ishe, o anão
compartilha as seguintes informações:
• Otto e Severo encontraram os frascos azuis na cidade
perdida de Vaalathrim, uma ruína parcialmente submersa
em água congelante em uma região da Grande Geleira
onde o gelo cedeu por causa de uma fenda aberta, encon-
trando um bolsão de água. Os exploradores chamam esta
região de Fenda Turogar. Otto acredita que a ruína está
bem preservada porque a estrutura foi reforçada com a
magia da Rainha de Gelo, Iyraclea, assim como outros
edifícios vaalathrianos que abrigavam os materiais peri-
gosos ou projetos secretos executados por ela.
• Vaalathrim fica a cerca de 250 quilômetros ao norte do
posto avançado. Por causa da magia residual de algo
naquele local, muitos mefits de gelo são atraídos até lá.
Otto e Severo encontraram as ruínas após seguir uma
dessas criaturas.
• O local que eles encontraram parecia ser, especificamen-
te, um laboratório vaalathriano. Otto e Severo exploraram
apenas três das câmaras do local antes de serem perse-
guidos por animações de conjuntos de armaduras.
• Os anões não sabiam o que os frascos continham.
• Otto vendeu sua parte do tesouro de Vaalathrim para o
Procurador. Severo decidiu ficar com sua cota, até que
retornou para casa, em Ishe.
Nos Ermos
Após conversar com Otto, os aventureiros podem fazer
quaisquer preparações que necessitarem antes de se dirigi-
rem para os ermos congelados da Grande Geleira. Se eles
desejarem obter mais suprimentos antes de partir, não há
nenhuma loja no posto avançado, mas muitos dos explora-
dores no acampamento estão dispostos a negociar bens e
equipamentos.
Viagem por Terra
Os aventureiros devem viajar 250 quilômetros sobre o
gelo e neve para chegar em Vaalathrim, nas ruínas onde
Severo Telheiro encontrou os frascos de congelamento
vítreo. É uma escolha dos aventureiros se eles desejam se
mover em ritmo rápido, médio ou lento (veja “Movimento”
12
no capítulo 8 do Player’s Handbook: Livro do Jogador). Se
qualquer aventureiro tem deslocamento de caminhada
menor do que 7,5 metros por causa de uma infecção do
congelamento vítreo, use a tabela Deslocamento Reduzido
em Viagem para determinar quanto terreno os aventureiros
podem avançar durante um dia.
Deslocamento Reduzido em Viagem
Deslocamento do Ritmo Ritmo Ritmo
Aventureiro mais lento Lento Médio Rápido
4,5–6 m 18 km 27 km 36 km
1,5–3 m 9 km 18 km 27 km
Conforme os aventureiros viajam, use a seção Encontros
na Grande Geleira para gerar encontros aleatórios.
Encontros na Grande Geleira: Níveis 1–4
d6 Encontro
1 Os aventureiros encontram 1d4 ulutiunos selvagens ras-
treadores caçando um tigre dentes-de-sabre. Os rastreado-
res estão sem flechas e dispostos a trocar equipamento por
informações para reabastecer suas munições.
2 Os aventureiros encontram um mago solitário tentando re-
tornar para Vaasa. O restante da expedição que estava com
o mago morreu em algum lugar da Grande Geleira; há 50%
de chance de que ele estivesse em uma ruína vaalathriana e
esteja com algum item recuperado de lá.
3 Os aventureiros encontram um grifo com uma flecha
espetada na asa, o que o impede de voar. Um aventurei-
ro bem-sucedido em um teste de Sabedoria (Lidar com
Animais) CD 15 permite se aproximar da criatura sem ser
atacado. Este aventureiro pode remover a flecha, restauran-
do a capacidade do grifo de voar. Isso faz com que o grifo
permita que este personagem o cavalgue como montaria
pelos próximos 1d10 dias.
4 Os aventureiros encontram um retornado, um explorador
vaasiano que foi assassinado há algum tempo por outro
membro de sua equipe e que agora procura por vingança.
5 Os aventureiros encontram um ovo de 1 metro de altura
e pesando cerca de 25 quilos. Se eles mantiverem o ovo
em um ambiente frio por 1d10 dezenas, um dragão branco
filhote eclode.
6 Um remorhaz jovem embosca os aventureiros.
Após viajarem 200 quilômetros, os aventureiros chegam
na região da Fenda de Turogar. Esta região é conhecida por
possuir finas camadas de gelo que escondem fendas que le-
vam direto para bolsões de água congelante (veja as regras
para água congelante no capítulo 5 do Dungeon Master’s
Guide: Livro do Mestre).
À Procura do Laboratório
Por causa da neve intensa que cai na região, a paisagem do
local muda muito de tempos em tempos. Quando os aven-
tureiros tiverem viajado 200 quilômetros, um deles ou Otto
devem fazer um teste de Sabedoria (Sobrevivência) CD 15
a cada dia. Se falhar, o aventureiro ou Otto não encontram
quaisquer sinais das ruínas de Vaalathrim e do laboratório.
Em caso de sucesso, o aventureiro ou Otto encontram a
trilha de um mefit de gelo que segue em direção à Vaala-
thrim após uma jornada de 1d4 horas. Em caso de sucesso
por 5 ou mais, o aventureiro ou Otto encontram Vaalathrim
imediatamente.
Laboratório Vaalathrim
Este local, especificamente, foi um laboratório na cidade de
Vaalathrim, onde sacerdotes e magos seguidores de Auril
criavam constructos, itens e doenças para serem usadas
contra os inimigos de Iyraclea. Várias das criações do labo-
ratório permanecem ativas e funcionais, apenas guardando
doenças e tesouros.
Aproximando-se do Laboratório
Assim que os aventureiros se aproximam do laboratório,
leia ou parafraseie:
Através da neve levada pelo vento e do frio cortante, vocês
notam uma construção de pedra azul meio enterrada no gelo.
Uma porta de pedra cinza está esculpida para se parecer com o
rosto de uma coruja-das-neves sobre um fundo que parece um
floco de neve. Escrito acima da porta estão as palavras “LABO-
RATÓRIO VAALATHRIM.”
Calafrio e Friagem, dois mefits de gelo estão escondidos
nas proximidades da entrada do laboratório, apenas aguar-
dando que alguém abra a porta. Um aventureiro com um
valor de Sabedoria passiva (Percepção) 13 ou maior nota os
mefits. Se quaisquer aventureiros interagirem com os me-
fits, as criaturas atacam. Se os aventureiros não notarem os
mefits, os elementais os seguem dentro do laboratório, atra-
ídos pelo congelamento vítreo que há lá dentro. A primeira
vez que os aventureiros entrarem em uma área contendo
frascos de congelamento vítreo, os mefits procuram pelos
frascos e os quebram, liberando a energia mágica fria conti-
da lá dentro, bem como os esporos que carregam a doença.
Entrada Selada
A entrada para o laboratório Vaalathrim está congelada. Os
aventureiros podem forçar a porta a se abrir com um teste
bem-sucedido de Força CD 15 ou ao se causar 10 pontos
de dano contundente ou ígneo ao gelo que emperra a porta.
Abrir a porta usando-se dano contundente atrai a atenção
de três conjuntos de armaduras animadas que estão na
área 3, que se juntam na área 1 e atacam os aventureiros
tão logo estes adentrem o laboratório.
Características do Laboratório
Os locais no laboratório Vaalathrim estão indicados no
mapa. A menos que indicado o contrário na descrição de
uma área, as características a seguir são comuns em todas
as áreas do laboratório.
Tetos. Os tetos das câmaras do laboratório têm 3
metros de altura, com portas de 2 metros de altura que as
conectam.
Baús. Baús de pedra de 60 centímetros de lado são
construídos no chão em diversas áreas. Detectar magia
revela uma sutil aura de abjuração irradiando de cada baú.
Um baú tem CA 17; 27 pontos de vida; resistência a dano
contundente, cortante e perfurante; e imunidade a dano
psíquico e venenoso.
Se a descrição de uma área indicar um baú trancado, a
fechadura do baú pode ser aberta com um teste bem-suce-
dido de Destreza CD 15 usando-se ferramentas de ladrão
ou o baú pode ser forçado a ser aberto com um teste bem-
-sucedido de Força CD 18. Vit Leto (veja área 17) carrega
a chave-mestra que tranca e destranca todos os baús do
laboratório.
Portas e Paredes. As pesadas portas do laboratório são
feitas de uma pedra escura, enquanto suas paredes são fei-
tas de uma pedra azulada. Detectar magia revela uma sutil
aura de abjuração irradiando das portas e paredes. Cada
porta e cada trecho de 3 metros de parede têm CA 17; 27
pontos de vida; resistência a dano contundente, cortante e
perfurante; e imunidade a dano psíquico e venenoso.
Se a descrição de uma área indicar uma porta trancada, a
fechadura da porta pode ser aberta com um teste bem-suce-
dido de Destreza CD 15 usando-se ferramentas de ladrão,
ou pode ser forçada com um teste bem-sucedido de Força
CD 18. Vit Leto (veja área 17) carrega a chave-mestra que
tranca e destranca todas as portas do laboratório.
Mantos Vaalathrianos. Os mortos-vivos no complexo
usam mantos de aparência antiga. Com um teste bem-su-
cedido de Inteligência (História) CD 12, um aventureiro
reconhece os mantos como sendo os usados pelos seguido-
res de Iyraclea. Os aventureiros também encontram mantos
intactos do mesmo estilo pelo complexo. Constructos e
zumbis no complexo não atacam um aventureiro que esteja
usando um desses mantos intactos, a menos que este aven-
tureiro ataque primeiro.
Inclinação para o Sul. O laboratório está inclinado no
gelo, e seu lado sul é mais baixo que seu lado norte. Todas
as áreas no complexo possuem uma leve inclinação em
direção ao sul.
Iluminação. A menos que indicado o contrário, as aran-
delas nas paredes possuem chama contínua conjuradas em
si, emitindo luz plena no interior do complexo.
Temperatura. Embora o interior do laboratório esteja
protegido do vento e da neve, a temperatura lá dentro ainda
é abaixo do congelamento.
Água. Algumas áreas do complexo estão parcialmente
cheias de água, por causa dos bolsões de água salgada que
se formaram abaixo da Grande Geleira. Uma criatura que
comece o turno na água congelante deve ser bem-sucedida
em uma salvaguarda de Constituição CD 10 ou ganha um
nível de exaustão. Criaturas que vivem na água congelante
do complexo são imunes a esse efeito.
Habitantes do Laboratório de
Vaalathrim
Muitas das criaturas que os aventureiros podem encontrar
no laboratório têm características e táticas parecidas.
Feras
Várias criaturas aquáticas vagam pelas áreas submersas do
complexo. Estas feras atacam aventureiros que entram na
água, lutando até serem reduzidas a metade de seus pontos
de vida ou menos antes de fugir.
13
 N
O L
S S3 S2
S15 S16
S14
S18
S17
Laboratório de Vaalathrim
Constructos
Quando Vaalathrim foi abandonada e encoberta pelo gelo,
vários de suas sentinelas constructos sobreviveram. Estes
constructos continuam a proteger o complexo, combatendo
intrusos até que estes fujam. Os constructos não deixam
o complexo por vontade própria e não perseguem aventu-
reiros que fugirem. Os constructos não atacam os mortos-
-vivos que também vivem aqui, entendendo até certo nível
que tais mortos são tudo o que restou das pessoas que os
criaram.
Mortos-vivos
Os humanos, magos e sacerdotes, que trabalhavam no la-
boratório morreram quando Iyraclea também foi morta, um
reflexo da energia vital que eles compartilhavam com a Rai-
nha do Gelo. Antes de morrer, ela telepaticamente ordenou
que Vit Leto, o mago encarregado do laboratório, liberasse
uma doença experimental que fazia com que qualquer
humanoide que morresse em Vaalathrim retornasse como
morto-vivo. A maioria daqueles afetados retornaram como
zumbis que atacam intrusos à primeira vista e lutam até
serem destruídos. Vit retornou como inumano e continuou
a trabalhar obcecadamente em seu laboratório pessoal
(área 17). Por causa do frio extremo que faz aqui, todos os
mortos-vivos são relativamente bem preservados, pois sua
carne congelou e não se solta dos ossos.
14
S1 S9
S10
S6 S11
S7
S12
S13
1 quadrado = 1,5 m
V1. Câmara de Entrada
As pesadas paredes de pedra desta câmara bloqueiam o vento
uivante e parte do frio que vêm lá de fora. Uma inscrição no que
parecem ser runas Dracônicas está entalhada na parede sul.
As inscrições são feitas em uma versão halruaana do
alfabeto Dracônico, falada há muito tempo e somente pelas
pessoas mais eruditas daquela distante nação. Ela pode ser
lida por qualquer aventureiro que possa ler Dracônico com
alguns minutos de estudo e um teste bem-sucedido de Inte-
ligência (Investigação) CD 15, ou com uma magia compre-
ender idiomas ou efeito mágico semelhante. Na mensagem
se lê: “Bem-vindo a Vaalathrim! Visitantes, favor aguardar
por escolta e NÃO TOQUE EM ABSOLUTAMENTE NADA
SEM A DEVIDA PERMISSÃO.”
Se os aventureiros fizerem qualquer barulho mais alto do
que um sussurro nesta câmara, os conjuntos de armadura
animada na área 3 vêm investigar o que está acontecendo.
Porta Trancada
A porta que leva para a área 4 está trancada (veja “Caracte-
rísticas do Laboratório” no início desta seção).
Porta Aberta
A porta que leva até a área 2 está ligeiramente entreaberta.
Um aventureiro que examine a porta e seja bem-sucedido
em um teste de Inteligência (Investigação) CD 10 nota que
recentemente ela foi forçada a se abrir (por Severo e Otto,
quando eles exploraram o complexo alguns meses atrás).
V2. Laboratório do Congelamento
Vítreo Saqueado
Mesas de pedra estão em pedaços pelo chão na extremidade
sul desta câmara. Dois baús de pedra abertos estão contra a
parede norte. Uma fina camada de areia cobre o interior dos
baús e o chão ao redor deles.
Se os aventureiros fizerem qualquer barulho mais alto do
que um sussurro nesta câmara, os conjuntos de armadura
animada na área 3 vêm investigar o que está acontecendo.
Qualquer exame feito nos baús revela que eles foram
construídos fixos ao chão. Um aventureiro que examine a
areia no chão próximo aos baús e que seja bem-sucedido
em um teste de Sabedoria (Percepção) CD 12 nota dois
conjuntos de pegadas do tamanho das de anões (novamen-
te, de Severo e Otto), bem como dois conjuntos de pegadas
feitas por pés do tamanho de humanos (as armaduras
animadas da área 3).
V3. Laboratório das
Armaduras Animadas
Pedaços enferrujados de armadura de placas estão espalhados
por toda esta câmara, por entre escombros de móveis de pedra
destruídos. Uma bigorna fixada ao chão está diante de uma
fornalha apagada a noroeste. Do outro lado da câmara, oposto
à fornalha, dois pés humanoides estão para fora de uma pilha
de escombros.
Dois conjuntos de armadura animada normalmente
ficam de guarda nesta câmara. Se as armaduras não a
deixarem para investigar as perturbações nas áreas 1 ou 2,
ambas estão aqui quando os aventureiros chegam, e você
pode acrescentar o seguinte:
Dois conjuntos completos de armadura de aço estão em pé,
vazias, no lado leste da câmara, ladeando a porta. Suas super-
fícies brilhantes exibem um contraste gritante com os pedaços
enferrujados espalhados pelo local.
Missão de Resgate
Um dos ferreiros que trabalhava nesta câmara foi esma-
gado por uma mesa de pedra que se espatifou quando o
terreno onde fica o laboratório cedeu. Mas mesmo antes
disso, o ferreiro havia se tornado um zumbi contido abaixo
dos escombros e incapaz de se libertar. Qualquer aventurei-
ro que examine os pés para fora dos escombros nota que
eles estão tendo espasmos com um teste bem-sucedido de
Sabedoria (Percepção) CD 12.
Se os aventureiros quiserem ajudar a “vítima” sob os
escombros, um deles pode remover pedras suficientes para
libertar o zumbi com 10 minutos de trabalho. Vários perso-
nagens trabalhando juntos podem reduzir o tempo propor-
cionalmente. Tão logo seja libertado, o zumbi ataca.
Tesouro
O zumbi veste um avental contendo um conjunto danificado
de ferramentas de ferreiro feitas de mitral (no valor de 50
PO).
V4. Laboratório do
Congelamento Vítreo
Mesas de pedra espatifadas entulham o chão desta câmara.
Dois baús de pedra fixos ao chão estão próximos de si ao longo
da parede oposta. Uma porta para o norte está inscrita com
runas Dracônicas, como as da entrada. Uma enorme alavanca
de ferro na parede próxima da porta está voltada para cima.
Na inscrição em Dracônico halruaano lê-se: “Estoque de
doenças. Apenas pessoal autorizado.”
Baús
Estes baús de pedra estão trancados (veja “Características
do Laboratório” no início desta seção) e possuem arma-
dilhas mágicas. Quando uma criatura falha em abrir a
fechadura do baú, ou o ataque ou tente forçá-lo a se abrir, o
baú dispara um feixe de energia gélida contra tal criatura.
O feixe tem um bônus de +4 para acertar e causa 4 (1d8)
pontos de dano gélido.
Um aventureiro que procure no exterior de cada baú e
seja bem-sucedido em um teste de Inteligência (Investi-
gação) CD 13 encontra uma antiga palavra em Dracônico
para “gelo” entalhada em minúsculas letras perto das
dobradiças. Com um teste bem-sucedido de Inteligência
(Arcanismo) CD 10, um aventureiro relaciona a inscrição
com a armadilha. Raspar a inscrição com uma ferramenta
ou arma faz com que a armadilha pare de funcionar no
respectivo baú.
Cada baú está cheio de uma areia fina, na qual estão ar-
ranjados dois frascos de congelamento vítreo (veja a barra
lateral “Frascos de Congelamento Vítreo”, no início desta
aventura).
Alavanca de Ferro
Um aventureiro que examine a alavanca e seja bem-sucedi-
do em um teste de Sabedoria (Percepção) CD 13 nota nela
manchas de uma tinta vermelha esmaecida. Com uma ação,
uma criatura pode mover a alavanca para baixo, fazendo
com que chamas sejam disparadas do teto na área 5. Mes-
mo com a porta fechada, um chiado pode ser ouvido nesta
área quando as chamas são ativadas. Uma criatura pode
usar uma ação para erguer a alavanca de volta para cima,
o que desativa as chamas. Veja a área 5 para mais informa-
ções sobre este perigo.
Portas Trancadas
As portas desta área para as áreas 1 e 5 estão trancadas. A
porta para a área 5 também possui uma armadilha.
15
 Porta com Armadilha
Detectar magia revela uma aura de magia de invocação
que irradia da porta trancada para a área 5. Quando uma
criatura falha em abrir a fechadura da porta, ou a ataque
ou tente forçá-la a se abrir, tal criatura é teleportada para o
meio da área 15.
Um aventureiro que procure na porta e seja bem-suce-
dido em um teste de Inteligência (Investigação) CD 13
encontra uma antiga palavra em Dracônico para “viagem”
entalhada em minúsculas letras perto do pé da porta,
em ambos os lados dela. Com um teste bem-sucedido de
Inteligência (Arcanismo) CD 10, um aventureiro relaciona
a inscrição com a armadilha. Raspar cada inscrição com
uma ferramenta ou arma faz com que a armadilha pare de
funcionar.
V5. Estoque de Doença
Se a alavanca de ferro na área 4 foi baixada, leia ou
parafraseie o seguinte quando a porta para esta câmara for
aberta:
Uma onda de calor atinge vocês, oriunda de uma muralha de
chamas que enche esta câmara, diretamente do teto.
Se as chamas estiverem desligadas, leia ou parafraseie:
A única coisa a ser vista nesta câmara são oito baús de pedra
fixos ao chão ao longo da parede oposta.
Se as chamas estiverem ativas, cada criatura que entre
nesta área ou que comece seu turno aqui deve fazer uma
salvaguarda de Destreza CD 12, sofrendo 4 (1d8) pontos
de dano ígneo se falhar, ou metade do dano em caso de
sucesso.
Se as chamas não estiverem ativas, um aventureiro
bem-sucedido em um teste de Sabedoria (Percepção) CD
13 sente um sutil odor oleoso na câmara e nota buracos do
diâmetro de um alfinete cobrindo todo o teto.
Baús
Cada baú está trancado (veja “Características do Laborató-
rio) no início desta seção), cheio de areia fina, e contém três
frascos de congelamento vítreo (veja a caixa lateral “Fras-
cos de Congelamento Vítreo” no início desta aventura).
V6. Corredor Leste
Três humanos zumbis trajando mantos vaalathrianos aos
trapos vagam a esmo por este corredor e atacam intrusos à
primeira vista.
Laboratório (áreas 7-12)
V7. Dormitório Vazio
Quatro camas desfeitas ficam nas paredes oeste e leste nesta
câmara, cada uma delas com um pequeno baú aos seus pés.
Um dos baús contém um manto vaalathriano (veja “Ca-
racterísticas do Laboratório”, no começo desta seção).
16
V8. Dormitório em Ruínas
A energia liberada pela morte de Iyraclea, a qual a magia do
laboratório estava ligada, destruiu as tochas mágicas desta
câmara, deixando na completa escuridão. Quando os aven-
tureiros puderem ver dentro deste local, leia ou parafraseie:
Destroços de móveis de pedra quebrados cobrem todo
o chão. As paredes aqui estão rachadas, como se tivessem
sustentado prateleiras embutidas que foram reduzidas a
escombros.
O chão desta câmara está coberto de escombros, tornan-
do-o terreno difícil. Um tapete sufocador está escondido
embaixo desses escombros. Um aventureiro com um valor
de Sabedoria passiva (Percepção) 12 ou maior nota o tape-
te, mas não desconfia que ele é uma animação.
Uma busca pelos escombros e um teste bem-sucedido de
Sabedoria (Percepção) CD 14 revela um manto vaalathria-
no intacto (veja Características do Laboratório no início
desta seção).
V9. Dormitório com Zumbis
Quando os aventureiros puderem ver dentro deste local,
leia ou parafraseie:
Pequenos baús estão enfiados embaixo das camas fixadas às
paredes leste e oeste. No meio da câmara, quatro zumbis tra-
jando mantos esfarrapados perambulam a esmo, suavemente
trombando uns com os outros, sem se incomodarem com isso.
Os quatro zumbis atacam tão logo vejam intrusos. Os
baús embaixo das camas estão todos vazios.
V10. A Câmara de Vit Leto
A porta para os alojamentos pessoais de Vit Leto está tran-
cada. Quando os aventureiros puderem ver esta área, leia
ou parafraseie:
Esta câmara está intocada, tendo sido aparentemente limpa
após a destruição do restante do complexo. Uma cama simples
fica no centro da parede norte, com pequenas mesas de ambos
os lados. A câmara também contém uma escrivaninha de pedra
e uma cadeira, e um baú de pedra está fixado ao chão.
Embora o morto-vivo Vit não durma mais aqui, ele e
outros zumbis arrumaram seu espaço pessoal após a
destruição do laboratório com a morte de Iyraclea.
Baú
O baú contém o tesouro de Vit (veja abaixo), junto com uma
fúria de cobras morto-vivas que atacam qualquer criatura
que o abra. A fúria usa o bloco de estatísticas da fúria de
cobras venenosas, com as alterações a seguir:
• A fúria é feita de mortos-vivos Minúsculos que não preci-
sam de respirar, comer, beber ou dormir.
• A fúria tem imunidade a dano venenoso e à condição
envenenado.
Escrivaninha
Qualquer busca na escrivaninha resulta em um frasquinho
com tinta seca, várias penas usadas, cinco folhas de perga-
minho em branco e um pedaço de papel com uma mensa-
gem esmaecida escrita nos mesmos símbolos Dracônicos
arcaicos de outros locais do laboratório. Um aventureiro
que entenda Dracônico pode gastar alguns minutos para
entender o significado do bilhete, ou ele pode ser decifrado
com a magia compreender idiomas ou efeito mágico seme-
lhante. No bilhete lê-se:
Para quem quer que seja que encontre isto:
Todos os que eu conhecia estão mortos: minha família, meus
companheiros e meus trabalhadores. Eu, também, estou morto.
Se não fosse meu rápido raciocínio e proezas necromânticas,
nosso importante trabalho no laboratório estaria completamen-
te perdido. Continuo a trabalhar na forma desmorta, tentando
encontrar uma doença que infecte os próprios deuses, para
honrar e vingar minha Iyraclea. Se eu perecer, imploro-lhe que
encontre meu laboratório, encontre minhas anotações e con-
clua o meu trabalho. Os outros deuses devem pagar pela morte
de Iyraclea.
— Vit Leto
Tesouro
O baú guarda 1.006 PP, 45 PE e 201 PO.
V11. Cozinha
A energia liberada pela morte de Iyraclea, a qual a magia
do laboratório estava ligada, destruiu as tochas mágicas
desta câmara, deixando-a em completa escuridão. Quando
os aventureiros puderem ver dentro deste local, leia ou
parafraseie:
Panelas de ferro, frigideiras, utensílios domésticos e comida
congelada cobrem o chão desta cozinha. Um fogão de ferro foi
construído na parede norte.
Quando os aventureiros adentrarem a câmara, quatro
facas de cozinha animadas voam do chão e os atacam. As
facas são espadas voadoras, com as seguintes alterações:
• Cada faca é um constructo Minúsculo com 12 (5d4) pon-
tos de vida e um nível de desafio de 1/8 (25 XP).
• Em vez de um ataque de espada longa, cada faca faz um
ataque armado corpo a corpo (+4 para acertar) que causa
3 (1d4 + 1) pontos de dano perfurante em um acerto.
Queijo, pão, carne e outros alimentos velhos e congelados
cobrem o chão, tudo coberto de gelo e não mais comestível.
V12. Refeitório
Os restos de mesas e cadeiras quebradas estão empilhados ao
longo da parede sul. Dois humanos zumbis trajando mantos es-
farrapados trombam-se aleatoriamente no centro desta câmara.
Os dois zumbis ocupando o refeitório atacam quaisquer
intrusos. Qualquer outra coisa que havia nesta câmara foi
reduzida a escombros.
Laboratório (áreas 13-18)
V13. Biblioteca Afundada
Água vai e vem através de uma enorme abertura ao longo da
parede sul desta biblioteca em ruínas. Pergaminhos podres e to-
mos encharcados estão espalhados por todos os lados, caídos
das estantes de pedra rachadas.
A água é mais funda do que aparenta abaixo dos livros
e pergaminhos destruídos, com o chão ao longo da porção
sul da câmara tendo desabado e alcançado 4,5 metros de
profundidade. Um polvo gigante esconde-se aqui, reivin-
dicando esta câmara como seu covil. Um aventureiro que
seja bem-sucedido em um teste de Sabedoria (Percepção)
resistido pela Destreza (Furtividade) do polvo, nota a fera.
Veja “Características do Laboratório” anteriormente nesta
seção para os efeitos de se entrar na água congelante.
Tesouro
Um aventureiro com valor de Sabedoria passiva (Percep-
ção) 12 ou maior, ou que seja bem-sucedido em um teste de
Sabedoria (Percepção) CD 12, nota um estojo de pergami-
nho à prova d’água flutuando no local. O estojo contém dois
pergaminhos de magia de detectar magia.
V14. Corredor Oeste
Três humanos zumbis bem preservados e trajando mantos
esfarrapados vagam por esse corredor à esmo, atacando
quaisquer intrusos que lhes chamem a atenção.
V15. Armazém de Armas Animadas
A porta para esta câmara está trancada. Quando os aventu-
reiros puderem ver dentro deste local, leia ou parafraseie:
Lâminas quebradas, martelos rachados, lanças corroídas pelo
gelo e outras armas destruídas estão espalhadas pelo chão,
caídas dos estandes de armas que estão dispostos ao longo das
paredes.
Os magos de Vaalathrim guardavam armas animadas
nesta câmara, a maioria das quais foram destruídas com a
morte de Iyraclea. Cinco espadas voadoras estão entre os
escombros, atacando quaisquer aventureiros que entrarem
no local.
As armas quebradas no chão tornam esta área terreno
difícil. Qualquer criatura que fique caída nesta câmara sofre
2 (1d4) pontos de dano perfurante.
V16. Laboratório do Golem
Assim que os aventureiros se aproximam desta câmara, leia
ou parafraseie:
17
 Um enorme X vermelho está pintado na porta de pedra diante
de vocês. Pancadas violentas e o som de objetos pesados sendo
arremessados vem da câmara que fica do outro lado da porta.
A porta está trancada. Se os aventureiros a abrirem, leia
ou parafraseie:
Assim que abrem a porta para esta câmara cheia de escombros,
uma criatura humanoide feita de pedaços de carne costurada
corre em direção a vocês. O corpo do monstro está coberto de
ferimentos, e pedaços quebrados de ossos saem de seu corpo
em ângulos estranhos.
Quando o laboratório foi destruído com a morte de Iyra-
clea, este golem servo dos magos e sacerdotes que traba-
lhavam aqui enlouqueceu por causa do dano mágico que
sofreu. Vit trancou o golem nesta câmara há muito tempo.
O golem usa o bloco de estatística do golem de carne com
as alterações a seguir.
• O golem tem 5 pontos de vida restantes e sua característi-
ca Furioso está ativada.
• O golem só consegue usar um dos braços e é incapaz de
usar Ataques Múltiplos. Seu nível de desafio é 1 (200 XP).
Escombros
Faz muito tempo que o golem destruiu todos os objetos
nesta câmara que não haviam sido destruídos com o resul-
tado da morte de Iyraclea. Qualquer busca pelos escombros
resulta apenas em pedaços de osso, argila, ferro, pedra e
papel.
V17. O Laboratório de Vit
Esta câmara possui seis longas mesas de pedra cheias de
equipamentos de laboratório feitos de vidro e aço. As paredes
do local estão repletas de prateleiras contendo todo tipo de
ferramentas e estranhas bugigangas. Um humanoide armado,
de pele branca e olhos vermelhos se move de mesa em mesa,
ajustando misturas borbulhantes e cuidadosamente acrescen-
tando-lhes reagentes.
O morto-vivo Vit Leto tem trabalhado incessantemente
neste laboratório desde a morte de Iyraclea, obcecado por
criar uma doença que possa matar muito mais que o povo
de Sossal, mas também os deuses. Independentemente de
não ter feito qualquer progresso nesse tempo, ele continua
a trabalhar. Vit é um inumano com valor de Inteligência 16
(+3).
Interpretando Vit
Vit não sabe mais nada sobre a história da Grande Geleira
após a morte de Iyraclea, a mais de 100 anos atrás, e sua
memória daquela época é demasiado nebulosa. Sua trans-
formação em um inumano e os anos de solidão neste local
frio o deixaram um tanto insano. Ele se preocupa apenas
em se vingar da morte de sua senhora, a Rainha do Gelo,
principalmente dos outros deuses — a quem ele erronea-
mente atribui a morte de Iyraclea. Como um residente de
Vaalathrim, Vit não fala comum, embora possa se comu-
18
nicar em uma versão arcaica do Dracônico de Halruaa, o
idioma empregado por Iyraclea e seus seguidores, bem
como uma forma arcaica do Élfico. Aventureiros que falem
Dracônico ou Élfico podem se comunicar com ele, embora
lentamente.
Quando Vit nota os aventureiros, ele ordena saber o que
eles estão fazendo no laboratório. Qualquer aventureiro
que alegue que tenha vindo para ajudar Vit em seu trabalho
e for bem-sucedido em um teste de Carisma (Enganação)
resistido pelo teste de Sabedoria (Intuição) do inumano, ga-
nha a confiança do morto-vivo. O teste é feito com vantagem
se os aventureiros que encontraram e foram capazes de ler
o bilhete na área 10 mencionarem os planos de Vit para
criar uma doença capaz de matar deuses.
Se Vit confiar nos aventureiros, ele lhes diz para ficarem
longe do laboratório trancado que contém o golem área 16).
Se eles perguntarem por uma cura para o congelamento
vítreo, ele lhes diz que podem encontrá-la trancada em um
baú no que ele chama de laboratório da cura (área 18). Um
aventureiro que seja bem-sucedido em um teste de Carisma
(Persuasão) CD 15 pode convencer Vit a lhes fornecer a
chave que destranca o baú com segurança.
Se os aventureiros não ganharem a confiança de Vit, o
inumano ataca, lutando até ser destruído.
As Chaves de Vit
Vit carrega consigo duas chaves: uma que funciona em to-
das as portas do laboratório e outra que funciona em todos
os baús construídos fixos ao chão por todo o complexo (veja
“Características do Laboratório” no início desta seção).
Prateleiras
As prateleiras contêm componentes de magia, reagentes
e suprimentos de laboratório que já estão há muito tempo
vencidos (por isso Vit não obtém sucesso em seus experi-
mentos). Contudo, um aventureiro que passe alguns minu-
tos procurando nas prateleiras pode recolher ferramentas
e reagentes ainda utilizáveis para montar um conjunto de
suprimentos de alquimista.
Mesas
Cada mesa contém um conjunto funcional de suprimentos
de alquimista que Vit usa para fazer seus experimentos
com o congelamento vítreo. Se uma criatura for movida à
força contra uma mesa, o delicado equipamento sobre ela
se quebra e a criatura deve ser bem-sucedida em uma sal-
vaguarda de Constituição CD 11 ou contrai o congelamento
vítreo.
V18. Laboratório da Cura Alagado
Um vento frio sopra através da parede sul desabada desta enor-
me câmara, cujo lado oposto está completamente submerso
sob água congelante. Um denso leito de algas cresce no chão
submerso, obscurecendo a visão de qualquer coisa que esteja lá
embaixo. Vidro quebrado e restos de mesa destroçadas cobrem
todo o chão da parte seca desta câmara.
Os magos vaalathrianos trabalhavam nesta câmara para
garantir que pudessem curar as doenças que criaram. Ago-
ra, quatro caranguejos gigantes habitam este local, escon-
dendo-se embaixo das algas a 1,5 metro e meio de profun-
didade na água e atacando quaisquer criaturas que entrem
na câmara. Um aventureiro com valor de Sabedoria passiva
(Percepção) 14 ou maior nota os caranguejos, que atacam
com surpresa se não forem vistos. Veja “Características do
Laboratório” no início desta seção para o que acontece se
aventureiros entrarem na água congelante. Além disso, as
algas tornam a água terreno difícil para outras criaturas,
exceto para os caranguejos gigantes.
Baú
Um aventureiro com valor de Sabedoria passiva (Percep-
ção) 11 ou maior nota um baú de pedra fixo ao chão e
submerso na água, contra a parede dos fundos da câmara.
O baú está trancado (veja “Características do Laboratório”
no começo desta seção).
Algas
As algas contam como terreno difícil.
Se os aventureiros não conseguirem recuperar com
sucesso o antídoto para o congelamento vítreo a tempo de
salvar Irvino e sua família, todos os quatro morrem devido
à doença. Se os aventureiros forem bem-sucedidos, eles
recebem todos os agradecimentos de Emil Albus, de Irvino
e sua família, do povo de Ishe e dos exploradores que vivem
no posto avançado.
Evolução dos Personagens
Ao final desta aventura, os personagens alcançam o 3º
nível. Isto pode marcar o início de uma campanha no norte
de Faerûn, na Grande Geleira. Em particular, o Procurador
sugere que os aventureiros facilmente encontrariam sua
fortuna explorando os ermos da Pelvuria. Como alternativa,
o sucesso deles nesta missão poderia inspirar os aventu-
reiros a procurar riquezas e fama em outras regiões dos
Reinos e novas aventuras por Faerûn.

Tesouro
O baú está cheio de areia fina e contém vinte doses do
antídoto para o congelamento vítreo (veja a barra lateral
“Congelamento Vítreo” no início desta aventura).

Concluindo a Aventura
No retorno dos aventureiros da Grande Geleira para Vaasa,
você pode jogar na tabela de encontros aleatórios no início
desta seção ou na tabela Encontros no Ártico (Níveis 1-4)
do livro Guia de Xanathar Para Todas as Coisas, ou pode
permitir que os aventureiros tenham uma viagem tranquila
como recompensa pelo trabalho bem-feito. Quando eles
chegarem no posto avançado, podem fazer os arranjos para
que o Procurador teleporte o antídoto para o congelamento
vítreo até a aldeia de Ishe. Após isso, o elfo paga a recom-
pensa de 200 PO em nome de Emil Albus.

19
 Doença Congelante
Severo Telheiro, um anão explorador, retornou
recentemente ao seu lar em Ishe após explorar
sozinho a desolação das terras congeladas da Grande
Geleira por cerca de um ano. O obstinado anão
trouxe consigo alguns itens que saqueou nas ruínas
de uma antiga cidade no meio da vastidão gelada.
Entre esses tesouros, havia dois belos frascos de
vidro azul, que Severo prontamente vendeu para uma
meio-orc colecionadora chamada Marla cortaneve.
Depois disso, os frascos foram roubados, entregues
a um receptador na cidade de Palischuk e vendido
novamente para um comerciante inocente.
Na verdade, a bela cor azul dos frascos são
fragmentos de esporos azuis fatais que ficaram
aderidos ao interior do vidro. Pequenas rachaduras
em ambos os frascos contaminaram cada uma das
pessoas que os manusearam com o congelamento
vítreo, também conhecido como covit, uma
doença fatal que não pode ser curada por meios
convencionais, tampouco mágicos. A doença já
matou Severo e Marla, transformando-os em estátuas
de gelo.

Para usar com a quinta edição do

Livro do Jogador, Livro dos Monstros
e Livro do Mestre
DOENÇA CONGELANTE

Doença Congelante é uma aventura que leva os personagens do

1º ao 3º nível e os introduz à região do extremo norte de Faerun
 Doença Congelante
Severo Telheiro, um anão explorador, retornou
recentemente ao seu lar em Ishe após explorar
sozinho a desolação das terras congeladas da Grande
Geleira por cerca de um ano. O obstinado anão
trouxe consigo alguns itens que saqueou nas ruínas
de uma antiga cidade no meio da vastidão gelada.
Entre esses tesouros, havia dois belos frascos de
vidro azul, que Severo prontamente vendeu para uma
meio-orc colecionadora chamada Marla cortaneve.
Depois disso, os frascos foram roubados, entregues
a um receptador na cidade de Palischuk e vendido
novamente para um comerciante inocente.
Na verdade, a bela cor azul dos frascos são
fragmentos de esporos azuis fatais que ficaram
aderidos ao interior do vidro. Pequenas rachaduras
em ambos os frascos contaminaram cada uma das
pessoas que os manusearam com o congelamento
vítreo, também conhecido como covit, uma
doença fatal que não pode ser curada por meios
convencionais, tampouco mágicos. A doença já
matou Severo e Marla, transformando-os em estátuas
de gelo.

Para usar com a quinta edição do

Livro do Jogador, Livro dos Monstros
e Livro do Mestre
DOENÇA CONGELANTE

Doença Congelante é uma aventura que leva os personagens do

1º ao 3º nível e os introduz à região do extremo norte de Faerun