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1
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I
IFundarn.: tos do Design
Fundamentos do Design r
Desig n gráfico sustentável o
Cl) Design gráfico sustent~vel
Brian Dougherty tI'I
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I C1Q
::s Brian Doug h erty-
}-----~ --_._-----_._-- C1Q
11Coleção Ao se falar ),in design sustentável, a primeira coisa que vem à cabeça -t
Fundamentos do Design p.>,
. das pessoas é ,) uso de materiais reciclados, em geral associado
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Linguagens do design a um visual "alternativo" encontrado em objetos que as pessoas n
- Comoreenâeno« o deí;gn gráfico compram por má consciência. Design gráfico quase nunca está O
de Steven Heller tI'I
inserido nessa primeira preocupação -e, quando está, pe~sa-se que
A prétic» do design gráfico
t:
w. Uma metodologia
de Rodollo Fuentes
criative
se trata meramente
IA questão,
de usar ou não papel reciclado nas publlcações.
no entanto, é muito mais ampla e complexa do que isso,
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A imagem da marca
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l exigindo uma análise mais profunda da qual sem dúvida decorrerão
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- Um !enõrneno sociel alterações nas práticas profissionais. Essas mudanças ainda estão ~,
eleJoan Costa <:
sendo experimentadas e gestadas, na base da tentativa e erro. ro
Deslgrl dlgllal
de Javier Rojo
i É nesse ponto
!
que podemos avaliar 05 benefícios deste livro.
j Adéiia Botges, [ometiste e cura dera de design ~
O cartaz - Prêmk: Des/8n
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MII'~u da Casa Bteslleir« co
de Claudio Ferlauto
I "Design Gráfico Sustentável une a teoria à prática e traça a nova
~.
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11Syntax
A famlll,l tipográfica usada
na composição de textos,
I grande tendência para o design gráfico.
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Clemeni Moi<, designes, premiado pela AlGA. 1
titulas e legendasdo livro 1· r::to
é a Syntax criada em 1960
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por Hans EduardMeier, (D
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produzida pela Linotype.
~ Rosari
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A Rosaritambém publica
Brian Dougherty é sócio fundador do Celery Design Collaborative,
as coleçõesTextos Design e 1\
em Berkeley, Calitornia. Esse estúdio trabalha com design sustentável
Qual é o seu tipo?, com títulos
de Adélia Borges,Chico Homem (green design) e estratégias de marcalbrand cara projetos
P
de Meio, Claudio Ferlauto, sustentáveis para grandes corpo-ações como HP, eBay e Mattel.
'1i
ClilUdio Rocha, LucréciaFerrara, Brian é palestrante e consultor para assuntos. de green design
Wolfgang Weingart,
e ecoinovação. O estúdio Celery recebeu o prêmio
Hermann Zapf e outros.
Environmental Leadership, da AlGA, a associação dos designers
wvJw.rosari.com.br americanos, e Brian foi indicado pela revista 1.0. em 2004,
na sua lista dos 40 designers mais influentes nos EUA.
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Rosari Roscrrí
12' DESIGN GRÁFICO SUSTENTávEL 1:!
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Aprendendo a falar ver Je
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um ramo diferente, eu só precisava mudar a minha maneira de pensar em Berkeley, nossa cidade natal, e organizações mundiais corno a Future 500,
a comunicação gráfica. que estimula as empresas a adotarem práticas sustentáveis, têm muita coisa
Todos os autores e inovadores que mencionei começaram como em comum. Todas contam com comunicações eficazes para atingir seus objetivos.
vanguardistas na década de 1960. Nas décadas seguintes, eles formularam uma Por isso, elas precisam e, geralmente,..apreciam um bom designo
filosofia que parecia conciliar o ambientalismo do inlcio com as realidades dos O Celery teve s~a primeira grande experiência de trabalho com
negócios e da ciência contemporânea -e conseguiram, com o tempo, impregnar a Fartune 500 quando Gil Friend, um guru na área de negócios ecológicos
seu trabalho de beleza e criatividade. e fundador da Natural Logic, nos convidou para trabalhar no primeiro relatório
Em 1997, quando eu e dois amigos fundamos o Celery Design.' de responsabilidade social das empresas (RSE) da Hewlett-Packard. Gil estava
Collaborative, em São Francisco, nós projetamos o estúdio pensando naquels;': .' orientando a HP quanto à s~a estratégia de RSE, e acreditava que uma nova
grupo de pioneiros ecológicos. Nosso objetivo era fazer um design gráfico quê:::,',' abordagem de design seria útil nessa causa. Trabalhamos bem próximos a :..;:1
"parecesse bom e que fosse bom para você". Para nós, o nome celerv' evocav~"':i~~ e à equipe da HP para construir uma narrativa convincente e uma sP'ie ele
um tipo peculiar de sustentabilidade Interessada na inovação, e não na culpa. ,{ infográficos fáceis de entender. Nossa paixão pelo conteúdo fir::JU evidente no
(Devo observar aqui que essa é a minha versão da história Minha mãe, nativa'; : i-i;,; design e ajudou a desenvolver o projeto em um nível além das comunicações
de New Orleans. teima em dizer que celery se refere à "santíssima trindade 1 empresariais típicas. O relatório foi muito bem-recebido e ajudou a colocar
da culinária de Louisiana"; meu sócio Rod beWeese insiste que a palavra tem .,fi:t a HP como um dos primeiros líderes em relatório de resporuabilldade
corporativa nos Estados Unidos. VER PP. 89 E 15t!.
alguma. coisa a ver com os coquetéis Bloody Mary.) ..)~~'.
Logo no início, tivemos a sorte de trabalhar com a Ire Natural ,t"n:··",···-'·. ":.~ O projeto nos ensinou que o desígn sustentável era possível, tanto
uma influente organização sem fins lucrativos que fomenta uma estrutura nas maiores empresas do mundo como nas pequenas organizações ou sem fins
lucrativos. Isso porque as decisões do design não são tomadas em escala
baseada na ciência para o desenvolvimento sustentável. Muitos empresários
corporativa, mas em escala pessoal. Fazer um trabalho interessante e inovador
consideraram útil o modelo da The Natural
!;-.
é, em grande medida, uma questão de se relacionar com as pessoas que
Step à medida que tentaram conduzir suas
compartilham das nossas paixões. Essas pessoas poderiam estar em qualquer iugar
the l'-JA TURAL S'rEP organizações rumo a ações sustentáveis.
do mundo e poderiam ser empregadas por praticamente qualquer organização.
Quando o Celery começou a trabalhar com
Ouando arrancamos a camada externa de qualquer projeto de design, encontramos
a The Natural Step, Paul Hawken a dirigia
um grupo de pessoas sentadas em volta de uma mesa, tentando analisar questões
nos Estados Unidos. Ele nos encorajou a experimentar algumas ecoinovações
difíceis e resolver problemas de comunicação.
ambiciosas, e aprendemos com os erros e acertos. No processo de design
em um sistema de identidade, dos folhetos e dos materiais ed ucacionais, Fazer um trabalho interessante
aprendemos muito sobre sustentabilidade e fomos capazes de ajudar um dos ----------------_._---_._.~_------_.-
líderes de referência nessa área. VER PP. 59 E 82. e inovador é, ern grande medida,
No decorrer do tempo, o Celery foi responsável pelo design de uma
urna questão de se relacionar
imensa variedade de organizações sem fins lucrativos. Ajudar órgãos de defesa _. -
a preparar e transmitir suas mensagens tem sido urna ótima maneira de aprendermos
com as pessoas que compartilham
e ganharmos experiência no uso do design sustentável. Organizações locais como ----------_._------,-_._---------------
o Ecology Center, que promove a reciclagem e estilos de vida sustentáveis, das nossas paixões.
--------------------------------------_. -
As camadas
do design sustentável
tornando a vida. melhor para as pessoas e ' turas gerações? Estamos ajudando
e nossos clientes. Podemos ser contratados para mudar a experiência que o
usuário tem da marca do nosso ciiente. Mas durante o processo, ternos o poder a desgastar o tecido sacia! que nos rnant- unidos e os sistemas ecológicos dos
de mudar a marca em si. Temos o poder de influenciar a substância de um quais todos nós dependemos?
produto ou serviço. O design sustentável, nesse nível, consiste em uma força Quer nosso trabalho se r acione à produção, leiaute, hierarquia
de mensagens ou à estratégia de m, .a, podemos adotar um modelo mais
para a mudança positiva.
Nossa gama de possibilidades corno ecodesigners está diretamente sustentável e mais responsável par, c, design gráfico. Estamos posicionados entre
relacionada â definição de nosso papel como designers. Se você se considera os negócios e seus públicos-alvo. : .agine o bem que poderíamos fazer se apenas
um manipulador das coisas, pode particularizar o papel reciclado e a impressão optássemos por usar o nosso poder!
ecológica. Se você se considera um criador de mensagens. pode, ativamente, O design sustentáve: é uma classe mais elevada de "bom design ". _
ajudar a influenciar as ideias e marcas com as quars trabalha. Se você se considera A maior parte dos princípios práticcs e estético, que nortearam nossaconcepção
um agente de mudança, deveria ser capaz de mudar as ações do seu público, dos tradicional de "bom design" não caiu em desuso. Na verdade, nosso trabalho,'
precisa seC "bo~" para ser sustentável. Mas o design sustentável acrescenta um
seus clientes e colegas.
novo grupo de padrões ao antigo "bom design" que engloba a "excelência"
ecológica e social.
DESIGN SUSTENTÁVEL É BOM DESIGN
Primeiramente, o design gráfico sustentável consiste em usar o poder do design Como designers gráficos, desenvolvemos uma compuisão natural
O século passado testemunhoL! uma profunda mudança no papel é uma das ràzões de "aprender a ser designer". Não importa ~e estamos falando ,
dos designers gráficos, isto é, de um ofício físico rumo _à solução intelectual ~:. de um grande sistema de identidade corporativa ou de um convite de aniversário
problemas -desde o chã.o défábrica até as baias do escritório. Nos últimos infantil, cujo público está mais propenso a devo riu o design do que lê-lo.
anos, uma minoria de consultarias de design, como a Stone Yamashita Partners A maioria de nós está nessa área porque gosta de resolver problemas visuais.
e a Bruce Mau Design, tem mostrado um caminho para um futuro em que os Com o tempo, desenvolvemos uma bússola interna que nos guia e nos ajuda
designers gráficos ajudam a definir ~stra.tégias p.mQre~de longo prazo e_~ a tomar decisões relacionadas ao designo
um cargo entre osexecutivos empresaridi~. tv'i~itos de nós ainda tratamos com ~ Contudo, quando se trata dos aspectos sociais e ambientais das
gráficas sobre questões de produção, mas a amplitude do nossa área de atuação comunicações, muitos designers sentem que precisam de uma permissão específica
tem crescido acentuadamente e é provável que continue crescendo. de alguém com um cargo superior para fazer a coisa certa. De repente,
Da mesrna forma, a influência do design gráfico está cre:cendo.' os designers começam a dizer coisas como "Meu chefe não me pediu para fazer
'11'1 p rccrl com as gráficas, os designers gráficos influenciam na circulaçâo i<;50" e "Eles não me pagam para fazer milagres". Mas é tarefa de todos
di' n rm • qu ntld d s d materiais e, no consumo de energia Com os gerentes fazer um bom trabalho. Se redefinimos o "bom design" para que ele englobe
ti 111 tl'i<i1('/nl!, Infl~1 nele mos opinião publica c educamos os consumidores, o pensamento ecológico, isso automaticamente fará parte do nosso trabalho.
111 ,Ir 1'1' I 'mpr( <lrl I" lnflu ncl m . O vai r d marca da empresas Não precisamos de permissão para fazer algo bom, assim como não precisamos
(' 1)11 I UI\(' I I 'te 1111111 r LI LI r o eu fi' c de permissão para sermos obcecados p 10 kerning, por exemplo.
pod 'I I l' ri '~It I1 'r' I rt os CI C u Inclublt v lm nte, com Aprender a ser um codesigner é simplesmente um processo
!',~e\ I (i r r (~rli·d' Jb rt , 1II fi '11 n v I~ I ' r JI1 bllld d s. rI' i amos no' d redefinlr a bú: sola int Ina que dlreciona nosso trabalho, para que "ere inclua
ILI s lonar: N 5 lnflu n I Jstá s .ndo p illv ou nativa? Nosso rabalho t considerações ecológicas e sociais.
22 DESIGN GRÁ"ICO SUSTENTÁVEL
o design como um abacate 23
CÉU
A agência Green Team, é' New York, desenvolveu uma ferramenta
para avaliar a "excelência" das comu icações. Denominada After These Messages,
essa ferramenta virtual permite que ~ pessoas vejam uma propaganda e depois
respondam uma série de perguntas sImples, como: Você dormiria bem à noite
se tivesse criado isso? Colocaria ess.. »opaganda no seu portfólio? Ela contribui
para a sociedade? A ferramenta P~o ssa as respostas e depois representa
o anúncio em um gráfico com dois ixos: qualidade estética (de incompetente
o
tTl> a gênio) e benefício social (do CéL .0 inferno). Qualquer pessoa pode dar sua
Z
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=:
opinião e depois ver corno isso é amparado à opinião média de todos os outros
O
espectadores. É uma atividade d e, muitas vezes, surpreendente. .
. After These =t= é uma janela para o futuro do designo Já não
basta mais perseguir altos índi t-s de produção. Os designers também devem
, buscar um impacto positivo, 50,) o ponto de vista ambiental e social. Não é "bom"
'.'
ser um gênio se sua genialidaJ ~ é usada para prejudicar a sociedade. Nossa
~.
, concepção de "bom design" está mudando. Depois de brincar com essa
.-
"
ferramenta por um tempo, todos os prêmios de design começam a parecer rasos
INFERNO e superficiais. Eles parecem unidimensionais porqu~ só avaliam os valores de
produção, ignorando completamente o contexto social mais amplo. Quando
adotarmos lentes mais multidimensionais para avaliação, o design sustentável
se tornará a norma. Todos nós lutamos para fazer um bom design; só precisan 105
A próxima onda
Vamos começar com uma difícil realidade: o design sustentável é mais difícil que'
o design ..normal" . Você terá de aprender mais, brigar contra o statu 'quo
e possivelmente experimentar coisas que ninguém na sua empresa experimentou
antes. Seu chefe e/ou cliente não terão as respostas para você e talvez não
\
gostem do que você fizer ..Além disso, você p-ovaveimente cometerá erros
desagradáveis e dispendiosos. \.
O design sustentável, como qualquer mudança feita a um statu quo
arraigado, é desafiador. A boa notícia é que os designers são muito bons em
superar desafios e encontrar formas de melhorias. Estamos frequentemente nos
deparando com novos materiais, novas ferramentas, novos clientes e novos
públicos que devemos atingir. Isso é o que torna o design gráfico tão interessante.
Para a maioria dos designers, a questão ecológica é apenas mais um conjunto de
novos desafios. As possibilidades são estimulantes, mas dominá-Ias não será fácil
para nenhum de nÓ5.
2
O t
no control
RESPONSABILIDADE
da. informação r. da
SOCIAL
ntl O modelo de relações públicas e comunicação
DAS EMPRESAS
corporativa,
mensagem, está se rompendo.
fundamentado
~:a década
A próxima onda 29
28 -DESIGNGRÁFICO SUSTENTÁVEL
passada, uma longa cadeia de escândalos ensinou o público que a comunicação Obviamente, os sere humanos têm feito coisas" não sustentáveis".
corporativa pode não ser uma fonte confiável de informação sobre a saúde De quando em quando, essas açF's levaram grandes civilizações ao declinio,
econômico-financeira de uma empresa. Por outro lado, organizações ativistas como mostra Jared Diamond no livro Colapso. Mas essa é a primeira vez na
mais astutas aprenderam a usar campanhas populares para espalhar a notícia história que os seres humanos ItltrapasEaram a capacidade de carga dos sistemas
sobre uma grande variedade de atividades repugnantes, apesar dos melhores ecológicos em escala global. O aquecimento global é a primeira crise ecológica
esforços das agências de relações públicas das empresas. Nós também vimos que afeta cada cidadão do planeta.
diversos exemplos notáveis da implosão do valor de marcas, como a Philip Morris As empresas estão começando a perceber que o colapso ecológico
e a Enron, que mostraram para muitos líderes empresariais o que pode acontecer é ruim para os negócios. Como afirma Yvon Chouinard, fundador da grife
quando uma empresa perde a confiança do público. de moda outdoor Patagonia: "Não há lucro possível em um planeta morto".
O resultado disso tudo é que muitas companhias estão adotando A declaração é igualmente válida para os designers gráficos e seus clientes.
a "transparência" e falando muito mais sobre responsabilidade social das Precisaremos reinventar radicalmente o modo como trabalhamos para atuarmos
empresas (RSE).O princípio de transparência diz respeito ao fato de ser melhor dentro de limites ecológicos bastante reais.
e facilitador. Hoje em dia é quase impossível ler uma revista de arquitetura e não ver algo
ligado ao design sustentável. A mídia corporativa publica. um fluxo constante de
relatórios sobre novas empresas sustentáveis que estão em alta e a ecologização
de antigos titãs da indústria. Depois de cortejar um bom tempo a energia
renovável, parece que o mundo apaixonou-se de repente por ela. Muitas das
maiores empresas do planeta se comprometeram categórica e publicamente
com a responsabilidade empresarial nos últimos anos, e estão começando
D S OMPASSO ECOLÓGICO a estabelecer objetivos ambiciosos para a ecoinovação. Caso você não tenha
I vld no mundo des nvolvido são "sustentáveis". percebido, o verde está entrando na moda.
lndlc c d, v m lor do consumo mat rlal no Alimento orgânicos, con trução sust ntável e energia renovável
n m s qu drc Ind m I t .rrrv I. m d~lvld ch gur m ao LI ponto cruel I. Ern cad um dess s mercados, temos visto uma
IIglll1l I, (\t,L un ) I l!ll 11m 'Jt li dI "I', mp 16 ,Ic ''. c I1 UIl Incl fu LO ntr p rc pçr O qu con umldor convencional tem de "qualidade"
1I I ('r'rlllll /. '~llrl t'cllf:ltlnlo I,L',n ti ti nt e lei ia d " cológtco". Como r sultado, os consumidores que querem uma
1'11 '/lI pr I1 J Iv 'CJ pl n t , qu lid d melhor stão cada vez mais atraldos pelas soluções ecológicas.
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30 DESIGN GRÁFICO SUSTENT fi.vEL A próxima onda 31
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de determinada variação
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nosso planeta têm um nível razoavelmente consistente
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e mensurável de produção. Se durante determinado período, nossa produção
~.. coletiva de bens e serviços nos faz "extrair" uma quantidade de recursos maior
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do que a produção de qualquer um dos sistemas, então essas ações podem
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f( ser definidas como" não sustentáveis". Se repetimos essas ações, diminuímos
f: gradualmente a produtividade dos sistemas. A pesca excessiva é um exemplo óbvio
dessa situação. O consumo de água doce de rics ou lençóis subterrâneos em uma
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velocidade maior do que ela é reposta pela chuva ei(ela ffleve é outro exemplo.
Se nossas ações alteram e degradam ár~as naturais, tornando-as
menos produtivas no futuro. elas também não são sustentáveis. Fazer aterros
para construir loteamentos é um exemplo disso. As áreas aterradas nunca mais
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34 DE51GNGRÁFICO SUSTENTÁVEL Entendendo a sustentabi'ktade 35
filtrarão água ou incubarão vida aquática, por isso a produção líquida desses Aiém disso, se nessas ações produzem materiais que se acumulam
sistemas deixa de funcionar. Outrc exemplo, o desflorestamento, que com o tempo (porque não podem ser absorvidos, decompostos ou filtrados de
pode resultar em erosão do rÚf)1us, dificultando ou impossibilitando que maneira adequada pelos sistemas naturais), elas também são não sustentáveis.
florestas saudáveis cresçam novamente. O solo que sofreu erosão flui para Substâncias químicas persistentes, con:o dioxinas e gases-estufa, são exemplos
os cursos dos rios, onde pode interromper permanentemente a desova dos atuais dessa ocorrência.
peixes. O resultado final será um sistema natural degradado. Muitas pe:soas A avaliação bás.ca de "sustentabilidade" é uma ponderação bem
argumentam que os seres humanos vêm alterando a paisagem terrestre há objetiva. Ou estamo, degrada 'Ido nossos sistemas naturais, ou r.ão estamos.
milênios. Isso é verdade, mas não anula o fatode que a degradação sistemática Ou estarnos produzindo substâncias químicas persistentes, ou não estamos.
não possa continuar indefinidamente. Essaavaliação sobre uma ação ser ou não ser sustentável não e uma questão
ética ou 'de opinião. No entanto] c que escolhemos fazer ou não fazer COIl'
as informações pode ser uma decisão moral. *
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e do estllo de vida na deterrnioaçêo de nosso
impacto ecológico coletivo.
ao meio ambiente no livro • tJ f!l
,
Estamosvivendo muito além do; meios
que a Terra tem para nos sustentar.
1550 não pode continuar indefinidamente.
Foco no valor I
Gerenciar custos é uma parte importante do trabalho de todos, Para uma campanha de maia dire a, um lugar óbvio para buscar
inclusive dos designers. Se o custo de um produto ou serviço é excessivo, economia é a lista de destina~ários. Vale ciper. perguntar à equipe de marketing
concluímos que a coisa é cara demais. Mas isso não significa que a opção mais se a lista é "limpa" e bem-direcionada. Ac>se vrar de endereços desatualizados
barata seja a melhor. Todos nós decidimos fazer coisas (dirigir um carro, comprar e de pessoas que não responderam depois de várias correspondências, pode
uma casa, imprimir um folheto) que não são as opções mais baratas disponíveis. ser possível desenvolver uma lista de 13 rni, ou até mesmo 10 mil endereços
Estamos o tempo todo comparando o custo de uma opção com o seu valor. que tenha a mesma resposta que a lista d '15 mil. Além de reduzir a perda,
E, algumas vezes, valores agregados tornam as opções mais caras a melhor escolha a economia na impressão e na postage . poderia facilmente financiar a opção
para uma circunstância. O valor excede o custo. por um papel mais ecológico.
Imagine, pOI exemplo, um projeto típico de mala direta. Suponha-se Você também pode eco ' mizar melhorando seus designs para
que você tenha que criar um pequeno folheto autopostável com tiragem de reduzir custos de postagem, ou imp "llir de maneira mais eficaz. Tudo isso
15 mil unidades. Se você quiser deixar esse projeto mais verde, a primeira ideia é importante, mas não é onde resi e a grande economia. A taxa média de
que vem ~ cabeça é priorizar o papel reciclado. É um bom começo. Se fizer uma resposta de uma maia direta é er torno de 2,6%. Três por cento é considerado
pequena pesquisa, poderá encontrar diversas opções utilizáveis que contêm pelo uma resposta muito boa. Entãc os profissionais de marketing olham uma lista de
menos 50% de fibra reciclada pós-consumo (PCR). VER PP.162, 164-167. Também 15 mil endereços e dizem: "Es eramos gerar 390 novos consumidores". O que
é possível usar papel 100% PCR. Outra opção seria um papel que combine fibra , eles geralmente não admiterTIt~: "Esperamos perder 14.610 correspondências".
t:
reciclada e fibra virgem sustentável, devidamente certificada, ou ainda uma fibra Mas os designers podem olhar para esses 97,4% como um
alternativa. Se você estiver em uma região da América do Norte que tenha boa grande recurso inexplorado. Podemos buscar formas inovadoras para mudar
distribuição de papéis alternativos, talvez já esteja usando papéis desse tipo. Se não, a experiência do usuário, aumentar o índice de respostas, diminuir o desperdício
é provável que tenha de fazer uma pesquisa maior para encontrar um distribuidor e, potencialmente, economizar o dinheiro do cliente -tudo ao mesmo tempo.
apropriado e colocá-Ia em contato com a sua gráfica.
I
Dependendo do papel que seu cliente costuma usar, você pode
descobrir que todas as opções ecológicas têm um custo maior. Analisando-se desse
o design ineficaz é perda.
I MALA DIRETA T[PICA
11 ponto de vista, o foco será somente em custos e materiais. Se você parar a análise
I
I nesse ponto, as opções mais ecológicas muitas vezes sairão perdendo, Mas vá um
pouco mais fundo e descobrirá uma variedade imensa de outras possibilidades.
2 6°j,O
CORTAR CUSTOS
NÃO É A ÚNiCA opçÃO
Designers podem viabilizar
soluções ecológicas
w ~.
acrescentando valor
por meio da. inovação.
J RESPOSTA
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