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Critérios de divisibilidade: identificando padrões numéricos e estabelecendo relações

Segundo momento
Nesse momento, ainda em sala de aula, o professor pede para os alunos se organizarem para o trabalho em grupo, sugiro no
mínimo 3 e no máximo 4 alunos por grupo. Essa fase é importante para buscar padrões entre os números e estabelecer
critérios de divisibilidade.
O professor assume o papel de provocador, assim, deve questionar e incentivar os alunos a buscarem nos números,
informações que possibilitam identificar os padrões e estabelecer relações que permitam criar critérios gerais para classificá-los
de maneira rápida e segura, como divisíveis por outro número.
Eis alguns questionamentos que podem ser feitos:
- Quando você estava fazendo as divisões, ou colocando os números na tabela, algo lhes despertou a atenção?
- Olhando na coluna dos números que são divisíveis por 2, é possível identificar algo em comum nos “números”?
É esperado que os alunos manifestem que todos os números são pares e que possam definir que todos os pares são divisíveis
por 2.
Observado esse padrão, para os números pares, o professor pode iniciar os questionamentos para que os alunos cheguem a
conclusão que todo número cuja soma dos algarismos que o compõe é divisível por 3, também é divisível por 3. Esta
conclusão não tende a ser tão simples como a que se chegou para a divisibilidade por 2.
Então, vamos para alguns questionamentos possíveis na condução do raciocínio:
- Quando você estava fazendo as divisões, ou ao colocar os números na tabela, algo lhes despertou a atenção?
- Olhando na coluna dos números que são divisíveis por 3, é possível identificar algo em comum nos “números”?
É esperado que os alunos percebam que os números 12 e 21, 45 e 54, 123, 213 e 312 são números cujos algarismos estão
trocados. Caso isso, não ocorra, o professor pode fazer esta observação.
- Por quê isto é possível?
- Todos os números divisíveis por três são assim? Como podemos identificar esses números?
Depois de algumas reflexões, caso os alunos não percebam, o professor pode sugerir que somem os algarismos e observem
se o há algo em comum com os resultados. Espera-se que cheguem à conclusão de que o resultado é divisível por 3. Lembre-
se, o objetivo não é que os alunos adivinhem, e sim, estabeleça critérios de divisibilidade por meio de padrões numéricos.
Para os números divisíveis por 4, o professor pode iniciar com as mesmas perguntas para os anteriores:
- Quando você estava fazendo as divisões, ou ao colocar os números na tabela, algo lhes despertou a atenção?
- Olhando na coluna dos números que são divisíveis por 4, é possível identificar algo em comum nos “números”?
É esperado que percebam que assim como na coluna dos números divisíveis por 2, todos os números da coluna dos números
divisíveis por 4 também são pares e, consequentemente divisíveis por 2. Dessa forma, se a divisão do último algarismo
apenas, do número, resultar em um quociente par, é possível prever que esse número novamente pode ser divido por 2, e,
assim, consequentemente por 4. Exemplo: 1648 é divisível por 4? Sim, pois 8 : 2 = 4 que também é divisível por 2. Apenas no
caso dos números terminados em zero que é necessário verificar se o resultado da divisão dos dois últimos algarismos é um
número par.
Para os números que são divisíveis por 5, espera-se que os alunos percebam que há somente números que terminam com 0
ou 5. Caso não seja suficiente os números presentes na tabela, o professor pode colocar aleatoriamente nesta coluna, outros
números terminados com 0 e 5, a fim de que os alunos reconheçam o padrão.
Pode-se novamente lançar mão das questões iniciais:
- O que podemos definir para os números que são divisíveis por 5? Penso que esta questão é suficiente.
Contudo, caso necessário, pode ser mais direto:
- Olhe para o final dos números, o que observam?
Para os números que são divisíveis por 6, a observação vai na direção do conhecimento adquirido para os divisíveis por 4, ou
seja, observar se o resultado da divisão feita pode ser, novamente, dividido por outro número cujo produto destes dois
divisores é 6. Veja: 48 : 6 = 8, da mesma forma que [48 : 2] :3] = 8. O professor pode desafiar os alunos a apenas usarem os
conhecimentos mobilizados até agora para definir os divisíveis por 2, 3 e 4. Assim, pode questionar o que os alunos observam
nos números que são divisíveis por 6. A intenção é que percebam que todos são pares. O que já remete ser divisível por 2. E
que, também é necessário verificar se o resultado da divisão por 2 é um número divisível por 3.
Para ajudar, o professor pode perguntar:
- Vamos lembrar? Como saber se um número é divisível por 4?
- De modo semelhante, como podemos definir que um número é divisível por 6?
Com relação aos números divisíveis por 9 pode ser que os alunos, influenciados pelo critério de divisibilidade por 4, definam
como critério verificar se o número é divisível por 3 e, fazendo a divisão verifiquem se o resultado também é divisível por 3.
Dessa forma, pode-se afirmar que o número é divisível por 9. Contudo, o professor pode argumentar que se há a necessidade
de dividir por três, então porque não dividir por 9? Cabe questionar junto aos alunos, se este é um bom critério de divisibilidade.
Então, o professor pode propor para os alunos pensarem num princípio semelhante ao utilizado para o três. Assim, espera-se
que os alunos verifiquem se a soma dos algarismos que compõe o número é divisível por 9. Se for, o número também é
divisível por 9.
Para os números que são divisíveis por 10, espera-se que o aluno facilmente observe que há somente números com zero. Se
precisar reforçar, o professor pode, assim como sugerido para a coluna dos números divisíveis por 5, colocar outros exemplos
de números terminados em zero na coluna.

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