1 21 Alagoas Estud Ano 2

PROJETO
DE VIDA 2º
ANO
MATERIAL DO ESTUDANTE
ESTADO DE ALAGOAS
SECRETARIA DE ESTADO
DA EDUCAÇÃO
JOSÉ RENAN VASCONCELOS JACIELMA PEREIRA LEITE

CALHEIROS FILHO Gerente de Desenvolvimento
Governador do Estado de Alagoas Educacional
FÁBIO GUEDES GOMES DANIELLY VERÇOSA SILVA

Secretário de Estado da Educação de Gerente das Modalidades e
Alagoas Diversidades da Educação Básica
RICARDO LISBOA MARTINS FABIANA ALVES

Superintendente de Políticas DE MELO DIAS
Educacionais Gerente da Educação Básica
ROSEANE FERREIRA DANIEL MELO MACEDO

VASCONCELOS Supervisor do Ensino Médio
Superintendente da Rede Estadual de
Educação NILMA THESINHA
DOS SANTOS
WILANY FELIX BARBOSA Supervisora de Políticas de Educação
Superintendente do Sistema Estadual Profissional e Tecnológica
de Educação
ANDREIA LUIZA
ALVES DE OLIVEIRA
Gerente da Educação Profissional e
Ensino Superior
COLABORAÇÃO DE Clarissa Rodrigues Pereira

REDAÇÃO Cláudia Luisa Brandão Sotto
Daniel Melo Macedo Cristiane Gomes de Souza
Danielly Verçosa Silva Cristiane Maria das Chagas Souza
Cristina de Fátima da Silva
Denilma Diniz Botelho
EQUIPE TÉCNICA Edeilda Severino da Silva
Adriana Alves Salles Edineide Soares Carvalho
Ana Cristina Marques dos Santos Edma Alves Afonso Sotero
Ana Lúcia Ferreira da Silva Edneide Anselmo Farias
Ana Maria do Nascimento Silva Edvaldo Albuquerque dos Santos
Ana Maria Souza de Oliveira Égide Jane de Amorim
Andréa Alves Couto Vanderlei Eline da Silva
Andréa Alves do Nascimento Santos Eraldo Santos de Melo
Angela Maria Vasco Eva Maria Silva Ferreira
Bernadete Fernandes de Araújo Gildimar Guilherme da Silva
Cícera Meireles dos Santos
PROJETO DE VIDA 2
Helena Lemos Souza Melo Maria do Socorro Ferreira Coelho
Iranildo da Costa Santos Maria José da Rocha Siqueira
Izaura Cristina G. da Silva Medeiros Maria José Silva da Hora
Jailma Pereira Bispo Rodrigues Maria Luciana Pereira da Silva
Jailson Barbosa Costa Maria Madalena Curaçá de Araújo
Jair do Nascimento Porto Maria Vanúzia da Silva
Jeane Cristina Rodrigues do Maria Verônica Barbosa Pinto
Nascimento Marilda Basílio S. Silva
Jefferson Vitoriano Cunha Marília Santos de Gusmão Martins
Jennifer Patrícia de Araujo Marta Maria Teixeira
João Maria Fernandes Pereira Nádia Gomes de Araújo
Josafá Ferreira Campos Noélia Paula de Souza Reis Fonseca
José Claudino da Silva Filho Patrícia Francisca Batista da Silva
José Clebson dos Santos Pollyanna Vieira Nemézio
Josineide Melo Machado Nascimento Quitéria Rosa Pereira Oliveira
Juliane dos Santos Medeiros Radijalma Ferreira de Lima
Jussimare Cipriana da Silva Ricardo Alves da Silva Santos
Kátia Almeida Cadengue Rosa Patrícia da Silva Santos
Laudenice Maria Lins Rosilma Ventura da Silva
Leônia Oliveira da Silva Rossane Romy Pinheiro de Almeida
Lúcia Pedro dos Santos Batista
Márcia Cristina Batista da Silva Rozilene Belo dos Santos
Maria Andra da Silva Rute de Cássia Bezerra da Silva
Maria Aparecida da Costa Sebastião Ferreira Palmeira Júnior
Maria Aparecida Silva dos Santos Soraia Maria da Silva Nunes
Maria Arlene do Nascimento Suzy Clea Lisboa Melo
Maria Betânia Apratto Cavalcante dos Tamara Tatyana Araujo
Santos Tássia Dalianne Nery Silva
Maria da Glória Alves da Silva Vanessa dos Anjos Tenório
Maria da Penha Torquato Virgínia Moura Miller
Maria de Fátima B. de Andrade Viviane Marcos V. de Oliveira Ferreira
COLABORAÇÃO DE
DIAGRAMAÇÃO
Assessoria de Comunicação –
ASCOM/SEDUC
CONSULTORIA
Hanna Cebel Danza
Marco Antonio Morgado da Silva
Lumaira Marques
PROJETO DE VIDA 3
Estudantes,
É com imensa satisfação que a secretaria de
educação, as escolas e os professores de Alagoas
apresentam o Projeto de Vida, aqui representado por
um conjunto de três cadernos que os auxiliará em
uma experiência de desenvolvimento pessoal, social e
profissional com o objetivo de consolidar seu processo
de formação escolar numa perspectiva integral.
Aqui, os professores precisarão do seu
engajamento e mobilização. A ideia é que você
seja protagonista, participante ativo, e desenvolva
autonomia para a construção do seu Projeto de Vida,
através da identificação dos seus sonhos, objetivos
e metas, resultado de um investimento intencional,
planejado e estável. Necessário para alcançar algo que
fora planejado para a sua própria existência.
A jornada rumo à construção do seu Projeto de
Vida se divide nos três anos do ensino médio, que em
alguns casos pode ser em mais tempo, de acordo com
a realidade de cada escola.
No primeiro ano, serão abordados temas como
autoconhecimento, relacionamentos interpessoais,
sonhos, critérios de escolha e planejamento, além
de autorregulação, temas estes que são atuais e
pertinentes a construção de um futuro próspero com
senso de pertencimento e engajamento social. No
ano seguinte, temas como autoestima, cidadania
e política, campo de possibilidades e escolha
profissional, transformação social e projeto social,
serão abordados. Para concluir o Ensino Médio,
identidade, profissionalismo, mercado de trabalho,
empreendedorismo e inovação.
Aproveitem esta vivência de forma intensa
e comprometida, usufruindo do auxílio de seus
professores, debatendo e conversando entre si.
Esperamos que aproveitem esta oportunidade
com o compromisso necessário ao seu futuro e a
responsabilidade que temos pelo presente.
PROJETO DE VIDA 4
SUMÁRIO
BLOCO 1: Autoconhecimento e Identidade 8
TEMA: Autoconhecimento
Aula 1 - Autoconceito 8
Aula 2 - Autoestima, autocuidado e cuidado com o outro 12
Aula 3 - Potencialidades, vulnerabilidades e feedback 15
Aula 4 - Padrões estéticos e autoestima 21
Aula 5 - Padrões estéticos e autoestima 26
Aula 6 - Redes sociais e autoestima 28
Avaliação em Projeto de Vida 1 38
BLOCO 2: Convivência e participação 39
TEMA: Cidadania e Política
Aula 1 - Cidadania e política 39
Aula 2 - Teoria da Ação Comunicativa,

direitos humanos e procedimentos de deliberação política 48
Aula 3 - Práticas de cidadania 52
Aula 4 - Declaração Universal dos Direitos Humanos 57
Aula 5 - Cidadania e política 62
Aula 6 - Declaração Universal dos Direitos Humanos 64
PROJETO DE VIDA 5
BLOCO 3: Escolha e Planejamento 68
TEMA: Campo de possibilidades e escolha profissional
Aula 1 - Autoconhecimento e tomada de decisão 68
Aula 2 - Carreiras profissionais e propósito de vida 74
Aula 3 - Carreiras profissionais e propósito de vida 79
Aula 4 - Escolhas equivocadas e acertadas,

planejamento da carreira profissional 81
Aula 5 - Limites e oportunidades sociais

na realização do projeto de vida; meritocracia 87
Aula 6 - Tomada de consciência sobre as escolhas 93
BLOCO 4: Engajamento e transformação 99
TEMA: Transformação social
Aula 1 - Papel do jovem na transformação social,

perfil de comportamento sobre projeto de vida, fontes e
estratégias para a construção de projetos de vida 99
Aula 2 - Protagonismo Juvenil 112
Aula 3 - Processo criativo 119
Aula 4 - As artes como ferramenta de transformação social;

conceito de arte contemporânea 124
Aula 5 - Arte e engajamento social; arte como

fonte de projetos de vida 135
Aula 6 - Gênero textual do manifesto e projeto de vida 140
PROJETO INTERDISCIPLINAR 2º ANO: “Projeto Social” 144
PROJETO DE VIDA 6
Nome
Escola
Turma
Data
PROJETO DE VIDA 7
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PROJETO DE VIDA 2º ANO

MATERIAL DO ESTUDANTE TEMA 1
TEMA: AUTOESTIMA AULA 1
AUTOCONCEITO
Observe as pessoas abaixo:
Imagine a situação fictícia em que você precisa se

tornar uma dessas pessoas, apenas com os dados que
tem à disposição. Quem você escolheria ser? Por quê?
PROJETO DE VIDA MATERIAL DO ESTUDANTE - 2º ANO | TEMA 1 | AULA 1 8

Atividade 1
Ainda em relação às imagens acima, considere que
você precisa escolher algumas dessas pessoas para ser:

● presidente para uma multinacional alimentícia
● modelo para propaganda de uma loja de roupas
● agente de segurança de um hospital
● seu(a) amigo(a)
● seu(a) namorado(a)
1. Escolha quais pessoas você indicaria para cada
situação e justifique a escolha.
2. Agora descreva as qualidades/valores que cada
uma delas deve ter para se adequar aos papéis
sugeridos.
Atividade 2
Você sabe o que é autoconceito? Autoconceito
é o conceito que construímos sobre nós mesmos e
inclui três componentes: a autoimagem, a autoestima
e o eu ideal. A autoimagem é a maneira como nos
vemos fisicamente e como compreendemos nossa
personalidade. A autoestima refere-se ao valor que
colocamos em nós mesmos. Já o eu ideal, é quem
gostaríamos de ser.
O autoconceito é uma construção intersubjetiva, ou

seja, é algo que cada sujeito constrói na interação com
outras pessoas e com a cultura na qual está inserido.
A formulação do
autoconceito, portanto, resulta
de um procedimento pessoal
de reflexão sobre si e sobre o
mundo, e de escolhas pessoais,
ao mesmo tempo que recebe
forte influência do meio
externo,
tanto pela percepção que outros indivíduos fazem
de nós, como pelos valores e padrões estabelecidos
pela sociedade, sejam eles padrões de beleza, de
status social, de comportamento, entre outros. Com
base nessas informações, complete as frases a seguir:

Eu me vejo
(listar três características físicas)
e me sinto
(apontar um sentimento) em relação a isso.
Eu me considero uma pessoa
(listar três características da personalidade) e me sinto
(apontar um sentimento) em relação a isso.
Em geral, eu considero minha autoestima
(positiva ou negativa)
porque
No futuro, eu me vejo
(listar duas características que você gostaria de adquirir).
Para isso, busco inspiração em pessoas
como: e
(listar duas pessoas que te inspiram).
Atividade 3
Para mantermos a autoestima positiva, não
basta identificarmos nossas potencialidades, é
preciso mobilizarmos estratégias para aceitarmos e
superarmos as nossas fragilidades.
Uma dessas estratégias é realizar afirmações

positivas com o objetivo de motivá-lo. Pense o que
você pode dizer a si mesmo quando se sentir com
a autoestima abalada. Escreva três afirmações em
notas adesivas e, quando chegar em casa, coloque-
as em lugares de fácil visualização para que você faça
leituras frequentes.

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CUIDANDO DE VOCÊ
E DO OUTRO
Você considera sua autoestima positiva ou negativa?
Atividade 1
Vamos avaliar a autoestima!
A escala de Rosenberg, representada abaixo, foi

desenvolvida para avaliar a autoestima, por meio da
autoavaliação de dez itens referentes a aceitação de si.
Responda individualmente, assinalando: discordo,

não discordo nem concordo, ou concordo, para cada
uma das questões.

NÃO
DISCORDO
DISCORDO CONCORDO
NEM
CONCORDO
Sinto que sou uma pessoa de

valor como as outras pessoas.
Sou capaz de fazer tudo tão

bem como as outras pessoas.
Acho que tenho muitas

qualidades boas.
Tenho motivos para me

orgulhar na vida.
De modo geral, estou

satisfeito comigo mesmo.
Tenho uma atitude positiva

com relação a mim mesmo.
Sinto vergonha de ser do jeito

que sou.
Às vezes, acho que não sirvo

para nada.
Levando tudo em conta, eu

me sinto um fracasso.
Às vezes, eu me sinto inútil.
SBICIGO, Juliana Burges; BANDEIRA, Denise Ruschel; DELL’AGLIO,

Débora Dalbosco. Escala de Autoestima de Rosenberg (EAR): validade
fatorial e consistência interna. Psico-USF, v. 15, n. 3, p. 395-403, set./dez.
2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pusf/v15n3/v15n3a12.pdf.
Acesso em: 26 jun. 2020.
Após concluir o preenchimento da escala, responda:

a) Como você avalia a sua autoestima: boa, ruim
ou mediana?
b) Quais fatores pessoais e sociais podem

influir positiva ou negativamente sobre esse
resultado?

Atividade 2
Uma das maneiras de manter a autoestima
positiva é cuidando de si. Enumere alguns cuidados
que você tem consigo e relacione como eles
impactam sua autoestima. Registre também as práticas
que você gostaria de incorporar para o autocuidado.
Atividade 3
Além dos cuidados conosco, podemos
contribuir com o cuidado das pessoas ao nosso
redor. Sabemos que a opinião do outro interfere na
maneira como o indivíduo se constrói, portanto, ao
invés de colaborar com a autoestima negativa de
algum colega, vamos falar bem dele pelas costas?
Que o elogio vire um hábito!
Coloque seu nome em uma folha de papel,

dobre-a ao meio e deposite-a em uma caixa. Você
irá retirar três vezes os papéis da caixa e escrever, de
maneira anônima, dois elogios para aquela pessoa. Ao
final, você receberá o seu papel com os elogios.
a) Como você se sentiu ao fazer os elogios?
b) Como você se sentiu ao receber os elogios?
c) Os elogios que você recebeu estão de acordo
ou em contradição com a avaliação que você
fez sobre si mesmo ao responder a escala na
atividade?

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POTENCIALIDADE X
VULNERABILIDADE
Para você, o que significa potencialidade? E
vulnerabilidade? Qual delas você acredita que seja
mais interessante desenvolver?
Leia o texto “O poder da vulnerabilidade”, que será

entregue pelo seu professor, e discuta essas questões
com seus colegas.
Atividade 1
Agora que você já refletiu sobre as ideias de
potencialidade e de vulnerabilidade, que tal identificá-las
em você? Marque na tabela abaixo quais potencialidades
e vulnerabilidades têm mais a ver com você.

POTENCIALIDADES
Não tem nada Não tem a ver Tem a ver Tem tudo a
a ver comigo comigo comigo ver comigo
ALEGRE
AMOROSO
ATENCIOSO
CALMO
CARINHOSO
CARISMÁTICO
COERENTE
COMPANHEIRO
COMPREENSIVO
COMUNICATIVO
CONFIANTE
CONFIÁVEL
CORAJOSO
CRIATIVO
CURIOSO
DESCONTRAÍDO
DETERMINADO
DISCIPLINADO
DIVERTIDO
DOCE
EMPÁTICO
ENGRAÇADO
ESFORÇADO
ESPERANÇOSO
FIEL
GENEROSO
GENTIL
HONESTO
HUMILDE
INTELIGENTE
JUSTO
LEAL
ORGANIZADO

POTENCIALIDADES
OTIMISTA
PACIENTE
PROATIVO
PRUDENTE
RESPEITADOR
RESPONSÁVEL
SENSATO
SENSÍVEL
SIMPÁTICO
SOLIDÁRIO
TOLERANTE
VULNERABILIDADES
AGRESSIVO
ANSIOSO
ANTIPÁTICO
ANTISSOCIAL
APÁTICO
ARROGANTE
CÍNICO
CIUMENTO
COMODISTA
DEPRESSIVO
DESLEAL
DESLEIXADO
DESMOTIVADO
DESONESTO
DESORGANIZADO
DISCRIMINADOR
DISTRAÍDO
EGOÍSTA
ESTRESSADO

VULNERABILIDADES
FÚTIL
GANANCIOSO
GROSSEIRO
HIPÓCRITA
IGNORANTE
IMPACIENTE
IMPULSIVO
INCONSTANTE
INFIEL
INJUSTO
INSEGURO
INTERESSEIRO
INTOLERANTE
INTRANSIGENTE
IRRESPONSÁVEL
MEDROSO
MENTIROSO
NERVOSO
ORGULHOSO
PESSIMISTA
POSSESSIVO
PRECONCEITUOSO
PREGUIÇOSO
RANCOROSO
TEIMOSO
VAIDOSO
Atividade 2
Após reconhecer suas potencialidades e suas
vulnerabilidades, qual avaliação você faz sobre si
mesmo? Está satisfeito ou gostaria de melhorar algum
ponto? Escreva nas linhas abaixo um balanço geral

sobre sua autopercepção e sobre como ela pode
impactar a construção do seu projeto de vida.
Atividade 3
Todas as pessoas têm potencialidades e
vulnerabilidades. Mas como não aprendemos a lidar
com nossas vulnerabilidades, muitas vezes, nos sentimos
ofendidos quando alguém menciona esses pontos.
Outra situação que ocorre com frequência é, ao falar
para uma pessoa quais vulnerabilidades identificamos
nela, usar um tom inadequado, fazendo com que
ela se sinta mal ou até mesmo ofendida. Tendo em
vista a dificuldade em lidar com as vulnerabilidades,
é fundamental aprender a dar e a receber feedbacks.
Feedback é uma palavra da língua inglesa que significa
“retroalimentação”. Retroalimentar é oferecer para as
pessoas informações que as ajudem a se desenvolver e a
se aperfeiçoar, “alimentando” seu desenvolvimento.
Para aprender a dar feedbacks que ajudem as

pessoas e não diminuam sua autoestima, assista ao
vídeo “A borboleta de Austin” disponível no link:
www.youtube.com/watch?v=yjmmXrdtmEw
Acesso em: 28/06/2020
Atividade 4
Agora, forme uma dupla com um de seus colegas

para exercitar o dar e receber feedbacks, de modo a não
prejudicar a autoestima, e aprender com a perspectiva
dos outros. Escolha uma das vulnerabilidades presentes
nessa ficha e dê ao parceiro informações que o ajudem
a melhorar essa característica. Lembre-se de que
esse é um momento de vulnerabilidade, mas que se
o enfrentarmos com coragem e com confiança no
colega, poderemos nos fortalecer para enfrentar os
desafios da nossa vulnerabilidade.
Caso você sinta que o feedback dado a você por

seu colega pode ser melhorado, ajude-o a identificar
pontos de evolução , como por exemplo: gostaria que
você fosse mais preciso nas suas colocações, gostaria
que você me desse alguns exemplos sobre como
posso melhorar, entre outras possibilidades.
Registre abaixo os resultados dessa conversa.

Vulnerabilidade:
Feedback recebido:
Como você se sentiu ao receber o feedback:

UgYvrd1oM08-unsplash.jpg

PADRÕES ESTÉTICOS E
AUTOESTIMA - PARTE 1
Assista aos vídeos “Você é mais bonita do que
pensa”. Disponível em:
www.youtube.com/watch?v=Il0nz0LHbcM&t=36s
Acesso em: 22/06/2020.
E “Dove Evolution”. Disponível em:

www.youtube.com/watch?v=sfAPT1_0TDg
Acesso em: 22/06/2020.

1. Qual mensagem cada um dos vídeos tem o
propósito de transmitir?
2. Quais relações é possível estabelecer entre os
vídeos “Você é mais bonita do que pensa” e
“Dove Evolution”?

Atividade 1
Padrões estéticos são definidos pelo conjunto
de características físicas que determinada cultura
estabelece como ideais ou desejáveis. Tais
características nos são transmitidas desde a infância
através das mídias (novelas, filmes, comerciais, revistas,
etc.) e das pessoas com quem convivemos, tornando-
se nossas referências sobre o tipo de pessoa ideal e
influenciando a percepção que temos de nós mesmos
e dos outros. Consequentemente,
os padrões estéticos afetam

diretamente nossa autoestima,
podendo causar sentimentos de
tristeza, frustração e rejeição,
caso não nos enquadremos.
Os padrões estéticos dominantes em nossa
cultura restringem o conceito de beleza a algumas
características relativas à cor da pele, ao tipo de
cabelo, às dimensões do corpo, aos traços do
rosto, ao modo de se vestir, aos acessórios usados,
excluindo uma série de outras características que
podem ser consideradas igualmente belas e que, por
vezes, foram valorizadas em outros períodos históricos
ou são valorizadas em outras culturas.
a) Como você descreveria os padrões estéticos
dominantes em nossa cultura?
b) Como os padrões estéticos dominantes afetam
a sua vida? Como você acredita que afetam a
vida das pessoas com quem você convive? Dê
alguns exemplos.
c) Você conhece exemplos de casos que ilustram
variações históricas e culturais nos padrões
estéticos? Explique.
Após discutir essas questões com seus colegas,
assista à palestra feita pela jovem paulistana Nátaly
Neri no evento TEDxSão Paulo. Disponível em:
www.youtube.com/watch?v=02TBfKeBbRw&t=617s&app=desktop
Acesso em: 25/06/2020.

Em seguida, discutam:
d) Qual é a provocação central que a jovem
procura fazer em sua palestra no que diz
respeito aos padrões estéticos e ao estereótipo
racial?
e) Quais reflexões e sentimentos a palestra
suscitou em você?
Atividade 2
Que tal substituir…?
Você conhece os memes da chefe de cozinha

Bela Gil que propõem a substituição de algo
indesejável (por não ser ser saudável, sustentável
ou ético) por algo mais desejável? A proposta dessa
atividade é que você e seus colegas, reunidos em
grupo, modifiquem alguma produção da mídia
(comercial, novela, revista, etc.) que reproduz o padrão
estético dominante por uma produção que inclua
e afirme outras possibilidades estéticas, de modo a
contestar os padrões dominantes e demonstrar a
diversidade de expressões estéticas existentes.
Que tal
substituir
comodismo por
protagonismo?
Marcus Steinmeyer/Uol-Folhapress/Divulgação

O produto final a ser entregue será um painel ou
cartaz contendo, de um lado, a versão original, com
uma breve descrição de quais são seus problemas,
contradições ou limitações; e do outro, a versão
modificada por vocês, com uma breve descrição das
mudanças propostas. O painel ou cartaz deverá ser
publicado na escola, com o objetivo de sensibilizar a
comunidade escolar para esse tema.
Nesta aula, vocês desenvolverão a primeira etapa

da atividade, que será continuada na aula seguinte.
1ª Etapa: pesquisa e planejamento

1. Pesquise diferentes produções da mídia que
manifestam e reproduzem os padrões estéticos
dominantes. Identifique qual é o padrão que
predomina e de que modo essa mídia reforça e
transmite esse padrão.
2. Selecione uma dessas produções para
desenvolver a proposta de trabalho e escreva
no caderno quais são seus problemas,
contradições ou limitações.
3. Faça uma chuva de ideias (brainstorming) sobre
as possibilidades de produção da nova versão.
Defina como será organizado o painel e quais
materiais serão necessários para desenvolvê-
lo. Nesse momento, é preciso considerar o
objetivo do painel e, consequentemente, quais
elementos gráficos serão usados (fotografias,
desenhos, setas, etc.) e o espaço que será
destinado a cada elemento.
4. Organize-se para dispor dos materiais necessários
para produzir o painel na próxima aula.
Atividade 3
Elabore um parágrafo contendo suas reflexões
acerca de como o tema abordado nessa aula pode
impactar a sua autoestima.

PADRÕES ESTÉTICOS E
AUTOESTIMA - PARTE 2
Atividade 1
Que tal substituir…?
Agora que você já planejou como será feito o

painel e selecionou os materiais necessários para sua
produção, é hora de confeccioná-lo.
2ª Etapa: confecção
1. Revise o planejamento feito na aula anterior e
verifique se há algo a ser modificado. Defina
como as imagens e textos serão dispostos no
painel. Recomenda-se o uso de palavras-chave
e textos curtos, que facilitem a assimilação
rápida do leitor.

Evite sobrecarregar o painel de informações,
pois isso pode tornar seu aspecto visual poluído
e dificultar seu propósito comunicativo.
2. Produza os textos que farão parte do painel
e peça para o professor revisá-lo. Lembre-
se de que a versão original deve conter
uma breve descrição de quais são seus
problemas, contradições ou limitações, e a
versão modificada deve apresentar uma breve
descrição das mudanças propostas, seguindo a
lógica do meme “Que tal substituir… por…?”.
3. Divida o grupo de acordo com as tarefas
necessárias para a produção do painel e mãos
à obra!
3ª Etapa: intervenção na comunidade escolar

1. Concluída a produção do painel, compartilhe-o
com seus colegas de turma.
2. Defina um local da escola para fixá-lo,
considerando o objetivo de sensibilizar a
comunidade escolar para o tema dos padrões
estéticos e sua influência sobre a autoestima.

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AUTOESTIMA NAS REDES SOCIAIS

Você participa de alguma rede social?
Qual? Como se sente ao interagir por meio dela?
As redes sociais são plataformas digitais que

possibilitam a interação das pessoas no ambiente
virtual. Por meio delas, é possível expor suas ideias,
divulgar informações, conhecer pessoas e pontos de
vista diferentes.
Entre inúmeras funções, elas permitem que

expressemos quem nós somos, do que gostamos,
o que fazemos em nosso dia-a-dia. Contudo,
considerando o fato de que podemos escolher o que
queremos expor, acabamos apresentando uma versão
editada de nossa vida real, com cortes em relação
àquilo que poderia revelar nossas vulnerabilidades.
Por essa razão,

muitas pessoas podem
sentir sua autoestima
fortalecida ao usar as redes
sociais, pois estão escondendo
aqueles aspectos que menos
gostam em si , e exaltando
aquilo que têm de melhor.
Outras pessoas, podem se sentir
com a autoestima fragilizada ao
pensar que a vida dos outros é
perfeita e a delas, não.
E a influência das redes sociais na autoestima
não para por aí! Vamos analisar com mais atenção
os diversos aspectos que podem interferir no modo
como nos sentimos conosco , experimentando a vida
no ambiente digital.
Atividade 1
Estações de rotação
Nessa atividade, você e seus colegas deverão
rotacionar pelas quatro estações abaixo:
Estação 1: Reforço positivo

Reforço positivo é um conceito da área da
psicologia que está constantemente presente em
nosso dia-a-dia, nas redes sociais e fora delas também.
Você conhece esse conceito? Para saber mais sobre o
tema, acesse o link:
www.digitalsempressao.org.br/index.html
e assista ao segundo vídeo da seção “Vídeos

inspiradores”, intitulado “A gente está aqui para ser
livre” e leia a matéria “Reforço positivo: há mais
psicologia por trás das redes sociais do que você
imagina”. Depois, discuta o conteúdo dos materiais
com seus colegas para responder às questões abaixo:

1. Você se percebe dependente do reforço
positivo das redes sociais? Explique, explorando
como se sente em relação a isso.
2. Como você acredita que a dependência do

reforço positivo impacta a vida das pessoas?
E a autoestima?
3. Em 2018, a rede social Instagram optou por

retirar a visualização pública do número de
curtidas que cada foto recebia. A medida tinha
o intuito de evitar estimular a ansiedade e a
frustração derivada das situações em que o
número de curtidas é abaixo do desejado e
a acabar com a “fábrica de likes”, que era a
prática de comprar e vender likes. O que você
pensa sobre isso? Quais impactos você acredita
que essa medida gerou para os usuários? Faça
uma análise detalhada sobre esse caso, lendo
a matéria “E agora? Influencers brasilienses
analisam fim dos likes no Instagram”.

Matérias disponíveis nos links:
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,reforco-
positivo,70002510334
www.metropoles.com/entretenimento/e-agora-influencers-
brasilienses-analisam-fim-dos-likes-no-instagram
Estação 2: Influenciadores digitais

Quem poderia imaginar que influenciar outras
pessoas se tornaria uma profissão? Embora existam
diversos tipos de influencers, desde aqueles que
influenciam a compra de certos produtos, àqueles que
influenciam comportamentos, todos eles têm algo
em comum: postam em suas redes sociais conteúdos
que influenciam nossas formas de pensar, agir e sentir.
Reflita sobre o trabalho dos influenciadores digitais
que você conhece e faça uma análise crítica dos
conteúdos que eles compartilham, seguindo o roteiro
de perguntas abaixo:
1. Quais influencers digitais você conhece? O que
cada um deles deseja influenciar?
2. Você acredita que essas influências são

positivas e saudáveis? Analise caso a caso.

3. Quais contribuições você acredita que um
influenciador responsável e comprometido
com o bem-estar das outras pessoas poderia
trazer? Sobre quais assuntos ele poderia tratar?
Leia a matéria “Embaixadoras da autoestima:

influencers que ajudam mulheres a se aceitarem” e
escolha um dos vídeos para assistir e discutir com seus
colegas. Matéria disponível em:
www.metrojornal.com.br/estilo-vida/2020/01/21/embaixadoras-da-
autoestima-influencers-que-ajudam-mulheres-se-aceitarem.html
Estação 3: Haters
Hater é uma palavra do idioma inglês que significa
“ódio”. Dessa forma, haters são pessoas que odeiam.
O termo se popularizou nas redes sociais devido à
quantidade de pessoas que pronunciam discursos de
ódio contra outras . O discurso de ódio é a expressão
de um pensamento que desqualifica, humilha e
inferioriza indivíduos e grupos sociais considerados
“diferentes” devido à sua etnia, orientação sexual,
condição econômica ou ao seu gênero, por exemplo.
Assista ao vídeo “Respondendo haters” do canal do
Youtube DePretas. Depois, discuta com seus colegas e
responda às perguntas a seguir:
1. O que você acredita que leva uma pessoa a
propagar um discurso de ódio na página de
outra pessoa? Explique detalhadamente.

2. Como você imagina que a pessoa atacada se
sente nessa situação? Como você acredita que
se sentiria se isso acontecesse com você?
3. Quais são os impactos do discurso de ódio para

a vida das pessoas? O que poderia ser feito para
combater essa atitude?
4. Busque seus ídolos em suas redes sociais.

Verifique se eles são atacados por discursos de
ódio. Escreva abaixo alguns desses comentários
e o que você gostaria de dizer aos seus ídolos,
como forma de expressar seu apoio.
Estação 4: Cyberbullying
Você já ouviu falar em bullying, certo?
E em cyberbullying? A única diferença entre esses dois

tipos de comportamentos, que visam à destruição do
outro por meio de humilhações, agressões e exclusão,
é que um deles ocorre dentro da escola, nas relações
“cara a cara” e o outro ocorre nas relações virtuais,
mediadas pelas redes sociais. Mas o cyberbullying
costuma ter efeitos ainda mais nocivos, visto a grande
quantidade de pessoas que acessam o conteúdo
propagado nas redes. Assista aos vídeos da ONG
Safenet sobre cyberbullying. Depois, discuta com seus
colegas e responda às perguntas abaixo:
1. O que você acredita que motiva um agressor
a praticar o cyberbullying? Explique com
exemplos.
2. Quais impactos você acredita que o

cyberbullying pode ter na vida de uma pessoa?
Descreva os possíveis impactos mais imediatos,
de curto prazo, e os impactos mais duradouros,
de longo prazo.

3. Agressores, vítimas, espectadores e defensores:
esses são os atores envolvidos nos contextos
de prática de bullying e cyberbullying. Alguma
vez você esteve em um ou mais desses papéis?
Como foi vivenciar essa(s) experiência(s)?
Compartilhe suas histórias com seus colegas
e escute, com empatia, o que eles têm a
dizer. Lembre-se: todos nós erramos, mas é
fundamental reconhecer nossos erros e mudar
nossos comportamentos. Assim, caso você já
tenha praticado bullying ou cyberbullying com
alguém, talvez essa seja uma boa hora para
pedir desculpas e reparar seus erros, mudando
seu comportamento e oferecendo suporte para
a pessoa que um dia você prejudicou.
Vídeos disponíveis nos links:
www.youtube.com/watch?time_continue=29&v=1N-
DOC8vApo&feature=emb_logo
https://new.safernet.org.br/content/estou-enfrentando-um-
problema-de-cyberbullying-devo-denunciar
Atividade 2
Discutir e argumentar são habilidades
fundamentais para compreendermos o mundo que
nos cerca. Inicie uma roda de conversa com toda a
turma para compartilhar o que você e seus colegas
discutiram em seu grupo. Encaminhe as discussões de
modo a responder à pergunta:
Como as interações nas redes sociais podem
influenciar a autodeterminação (capacidade de fazer
as próprias escolhas de vida) de uma pessoa? O que
essa discussão tem a ver com o tema da autoestima e
do projeto de vida? Crie abaixo um mapa mental que
explique o que foi discutido.

Para além da sala de aula
Para ampliar sua compreensão sobre o tema da
autoestima, trabalhado nas últimas aulas de Projeto de
vida, assista ao vídeo da influencer Jout Jout: “Tá, mas
como faz isso de se amar?” disponível no link:
www.youtube.com/watch?time_
continue=191&v=OljdATv51HA&feature=emb_logo
E que tal buscar influencers que realmente lhe

inspirem a ter comportamentos positivos, preservar
a sua saúde mental e desenvolver uma autoestima
positiva? Durante essa semana, pesquise canais no
Youtube que você acredita que podem lhe ajudar com
esse tema. Anote abaixo a lista dos canais que você
selecionou e compartilhe com seus colegas. Ajudem-
se a encontrar boas referências!

RUBRICAS 2º ANO
AVALIAÇÃO EM TEMA 1
PROJETO DE VIDA
BLOCO:
2º ANO TEMA 1 Autoconhecimento TEMA: Autoestima
e identidade
Este tema compreende objetos de conhecimento

e habilidades que visam oportunizar aos jovens o
autoconhecimento e a elaboração de uma autoestima
positiva. Pretende-se, com isso, que os jovens sintam-
se confiantes para construir um projeto de vida
que expresse sua autenticidade e que valorize suas
particularidades.
II
I III IV
Atendeu
Não atendeu às Atendeu a maioria Atendeu todas as
parcialmente às
expectativas de das expectativas expectativas de
expectativas de
aprendizagem. de aprendizagem aprendizagem.
aprendizagem.
Reconhece suas
qualidades e
Não reconhece vulnerabilidades,
suas Reconhece suas identifica fatores
qualidades ou qualidades e pessoais e
Tem dificuldade
vulnerabilidades e vulnerabilidades socioculturais
de reconhecer
AUTOCONHECI- não compreende e identifica que afetam
suas qualidades e
MENTO que sua fatores pessoais sua autoestima
vulnerabilidades
autoestima é e socioculturais e reflete
e/ou de
influenciada por que afetam sua criticamente
fatores pessoais e autoestima. sobre formas
socioculturais. de elaborar
uma autoestima
positiva.
COMENTÁRIOS
DO ESTUDANTE
COMENTÁRIOS
DO EDUCADOR
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caique-silva--0xBtfbylvo-unsplash.jpg

TEMA: CIDADANIA E POLÍTICA AULA 1

CIDADANIA E POLÍTICA
Qual dessas pessoas é mais parecida com
você? Com qual dessas pessoas você acha que seria
mais fácil conviver? Com qual delas seria mais difícil
conviver? Por quê?
www.shutterstock.com/pt/image-photo/happy-multiracial-people-
looking-camera-square-1739337308

O que torna possível uma boa convivência em
um mundo com uma diversidade tão grande de
crenças, interesses e objetivos, que podem entrar
em conflito? O que seria diferente em sua vida se
as gerações anteriores não tivessem lutado por um
mundo melhor?
Atividade 1
Apesar das dificuldades que o mundo e cada
um de nós possa enfrentar, vivemos em condições
de vida melhores do que a de gerações passadas.
Alguns direitos que possuímos desde o nascimento
nem sempre existiram, sendo fruto de disputas, lutas e
conquistas históricas.
Para refletir sobre a construção histórica de

alguns direitos, você irá fazer uma pesquisa e
preencher a linha do tempo a seguir (na próxima
página), indicando a data de conquistas históricas
relativas a um dos direitos listados abaixo, seja no
plano internacional ou nacional.
● Igualdade de gênero
● Igualdade racial
● Direitos trabalhistas

Preencha a linha do tempo

Após preencher a linha do tempo, responda às
seguintes questões:
1. Quai foi o primeiro registro histórico que você
indicou na sua linha do tempo? Como você
imagina que era o mundo antes disso?
2. Quais fatores determinaram os eventos que

marcaram essa linha do tempo?
3. Compartilhe o resultado da sua linha do tempo

com os colegas e, sem seguida, respondam
coletivamente: quais conquistas ainda se fazem
necessárias para que cada um desses direitos
seja plenamente atendido?
Atividade 2
Política e Cidadania Participativa

Ao nascer, somos inseridos em um mundo
que nos oferece o legado de uma longa história de
desenvolvimento sociocultural e tecnológico, fruto de
conquistas das gerações passadas que nos permitem

viver em condições melhores do que elas. Isso nos
dá a responsabilidade de preservar o acúmulo de
conquistas da humanidade voltadas ao bem comum
(ARENDT, 2011). Ao mesmo tempo,
viver em um mundo
compartilhado, em que nossas
escolhas e ações impactam
positiva ou negativamente
a vida de outras pessoas,
de outros seres vivos e o
meio ambiente, nos torna
responsáveis pelas marcas que
deixaremos na vida das pessoas
e no mundo, nas gerações
presentes e futuras
(JONAS, 2006).
O conceito de Política refere-se às instituições e

ações humanas que têm como objetivo organizar a
vida em comunidade. Política, portanto, não abrange
apenas as instituições e atores do Estado (presidente,
governadores, deputados, entre outros); e participar da
política, consequentemente, significa se comprometer
com as decisões que afetam a vida individual e coletiva,
sejam elas tomadas ou não pelos representantes
políticos eleitos pela população. Logo, participar da
política é um ato fundamental de cidadania.
A Cidadania, por sua vez, é um conceito definido

pelo sociólogo Thomas Marshall como um conjunto
de direitos civis (liberdades individuais), políticos
(participação política) e sociais (saúde, educação,
trabalho, etc.) e de seus deveres correspondentes que
são atribuídos por um Estado-nação a seus cidadãos,
com o objetivo de assegurar uma boa convivência e
condições de dignidade para todos.
Apesar da importância desse conceito de

cidadania, alguns autores, como a filósofa espanhola
Adela Cortina (2005), consideram que ele precisa ser

ampliado para uma ideia de Cidadania Participativa,
pois não basta que cada indivíduo tenha seus direitos
garantidos e respeite os direitos alheios, sobretudo
em um mundo em que muitos deles ainda não
são assegurados para boa parcela da população.
A Cidadania Participativa, portanto, abrange não
apenas a garantia de direitos e o exercício de deveres,
mas também o compromisso com o bem comum,
traduzido na solidariedade com os problemas globais
e no engajamento em ações que visem melhorar ou
superar as demandas sociais e ambientais existentes,
sejam elas de uma comunidade, uma cidade, um país
ou do planeta de um modo geral.
Dito de outra forma, um cidadão participativo é um

indivíduo que conhece e luta pelos seus direitos e dos
demais, visando construir um mundo melhor para todos.
1. Qual é a diferença entre o conceito de
cidadania formulado por Thomas Marshall e o
conceito de Cidadania Participativa proposto
por Adela Cortina?
2. Você se considera um cidadão participativo?

Que tipo de ações já fez ou faz que impactam
positivamente a vida coletiva?

Atividade 3
Escolha um dos eventos da linha do tempo
feita anteriormente e explique como os conceitos
de política e cidadania estão presentes nele. Indique,
também, quais sentimentos você imagina que fizeram
com que as pessoas que participaram desse evento se
engajassem com essa mudança social.

volodymyr-hryshchenko-V5vqWC9gyEU-unsplash.jpg

TEORIA DA AÇÃO COMUNICATIVA

E A CONSTRUÇÃO DE DIREITOS
Leia as seguintes afirmações que circulam pelo
senso comum:
“Política não se discute”
“Todo político é corrupto”
“Eu sou apolítico”
Você concorda com elas? Por quê?

Atividade 1
A Teoria da Ação Comunicativa de Jürgen
Habermas
Habitar um mundo no qual convivem pessoas e
culturas diversas, cujos valores, crenças e interesses
podem entrar em conflito, exige definir quais critérios
de decisão são mais desejáveis para regular a vida
coletiva, de modo a garantir a boa convivência, a
dignidade e a satisfação das necessidades humanas de
todas as pessoas. A definição sobre como se deve ou
não agir em relação ao outro é a base fundadora do
que chamamos de moral.
Um importante filósofo que se dedicou a esse

tema foi o alemão Jürgen Habermas ao propor a
Teoria da Ação Comunicativa.
Segundo essa teoria, a boa

decisão moral, uma decisão
justa e que considere a
diversidade de necessidades
e interesses de um grupo
social ou da humanidade, é
aquela que um conjunto de
pessoas com pontos de vista
e interesses diversos (e, por
vezes, divergentes) definem
como a melhor por meio de um
debate em que dialogam em
condições de igualdade e livres
de coerções.
Para Habermas, em um mundo tão diverso e
atravessado por desigualdades de poder (político
e econômico) e também psicológicas e de
conhecimento, apenas uma ação comunicativa que
se dê sob essas condições de igualdade e liberdade
poderá se aproximar de critérios morais realmente
justos para as pessoas envolvidas.

Esse princípio, segundo Habermas, deve ser
considerado tanto em um plano abstrato pelas
pessoas - ao raciocinarem sobre como se deve agir
(imaginando a variedade de interesses e necessidades
em jogo) -, quanto orientar a definição de critérios
morais que sirvam de referência para grupos sociais
debaterem e entrarem em um acordo sobre normas
de convivência e leis, por exemplo, por meio de
mecanismos democráticos de participação política e
tomada de decisões que afetam a coletividade.
A nossa Declaração dos Direitos Humanos
Imagine a seguinte situação fictícia: em um

contexto marcado por problemas sociais de diversos
tipos, em âmbito global e local, você e seus colegas
são convocados para um Fórum Global que irá definir
quais são os direitos fundamentais que devem regrar
as ações humanas, tal como proposto por Habermas.
O resultado do debate será a formulação de um
documento que deverá ser incorporado à constituição
de todas as nações, com o objetivo de garantir uma
melhor convivência e regular possíveis conflitos, tanto
no interior dos países como entre eles.
Forme um grupo com seus colegas. Seguindo as

orientações do professor, cada grupo deverá elaborar
uma lista dos direitos humanos fundamentais, que será
apresentada à turma junto à justificativa da escolha. Em
seguida, a turma irá debater e decidir quais são os direitos
que farão parte da Declaração de Direitos Humanos,
seguindo princípios democráticos de participação.
Atividade 2
Após participar da simulação de um Fórum de
debate político, reflita sobre seus aprendizados e
concepções respondendo às questões a seguir:
1. Quais são as semelhanças e diferenças que
você identifica entre essa simulação e espaços
de decisão política existentes na sociedade, tais

como a Conferência do Clima da ONU (onde
representantes de diversos países definem
acordos, metas e obrigações para combater o
aquecimento global) e o Congresso Nacional
(onde deputados federais eleitos pelo povo
e, portanto, seus representantes, definem e
aprovam leis)?
2. Elabore um texto contendo suas reflexões

sobre a importância e os limites de espaços
de decisão política. O texto deve conter e
relacionar as seguintes palavras chave:
Poder Política Democracia Cidadania
Representatividade Conflito Diversidade Direitos Humanos

(Transforma Brasil/Divulgação)

PRÁTICAS DE CIDADANIA
Você já realizou alguma dessas ações?
O que elas têm em comum?
Manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro em Brasília

https://pl.boell.org/en/politics-protest-understanding-political-protest-
central-europe
Voluntários recolhem mais de 430 kg de lixo no manguezal em Santos

— Foto: Divulgação/Instituto Ecofaxina
https://al.rr.leg.br/2018/06/14/educacao-legislativa-jovens-
parlamentares-tomam-posse-em-cerimonia-na-assembleia-legislativa/
Voluntários realizam mutirão em comunidade Beira Molhada, em João

Pessoa — Foto: Divulgação/Cidade Viva

No ano de 2020, diversas pessoas se engajaram
na campanha antifascista que viralizou nas redes
sociais, adaptando a bandeira antifascista a diferentes
profissões, estilos de vida, etc.
Atividade 1
Vimos na Aula 1 deste tema (Cidadania e Política)
que a cidadania deve ir além da atribuição de direitos e
do dever em não violá-los.
À ideia de cidadania deve

se somar o sentimento de
solidariedade e o compromisso
social, traduzindo-se no
engajamento dos cidadãos em
práticas voltadas à garantia
e defesa do bem comum e da
dignidade humana, bem como
à ampliação da democracia,
da igualdade social e da
sustentabilidade.
A cidadania ativa pode ser exercida mediante
diversos tipos de práticas, que podemos classificar em
diferentes níveis (CORTINA, 2005; PUIG et al, 2010).

O primeiro nível de práticas de cidadania que podemos
mencionar envolve aquelas realizadas no âmbito do
poder do Estado pelos órgãos que o constituem e pelos
representantes eleitos: na formulação e aprovação de
leis; na realização de projetos e de políticas públicas; na
denúncia e fiscalização do poder político; etc.
O segundo nível de prática é exercido pela

sociedade civil organizada em partidos políticos,
movimentos sociais e Organizações Não
Governamentais (ONG’s), que podem atuar propondo,
denunciando, fiscalizando e também participando
da formulação de políticas públicas por meio de
órgãos com função consultiva e deliberativa. Tais
instituições também costumam reivindicar a garantia
e a ampliação de direitos de determinados grupos
sociais (classe trabalhadora e população indígena, por
exemplo) e o atendimento a demandas de interesse
coletivo (preservação ambiental, por exemplo).
Outro tipo de prática de cidadania se dá no nível

das ações comunitárias, realizadas por pessoas que se
organizam para atender a uma ou mais necessidades
sociais. Também podemos mencionar o consumo
consciente como uma prática de cidadania. O
boicote a produtos e empresas que violam direitos
humanos ou causam degradação ecológica, bem
como a priorização de produtos e empresas com
responsabilidade socioambiental, são práticas que
incidem sobre o bem comum.
No atual contexto histórico, em que o mundo

digital está cada vez mais presente em nossas vidas,
protestos e campanhas nas redes sociais, que visam
promover a igualdade, o respeito à diversidade, a
democracia e a conservação ecológica, também
podem ser considerados um tipo de prática de
cidadania, pois, eventualmente, podem exercer
pressão sobre políticos e sensibilizar a população
sobre determinados temas de interesse social. Os
hashtags (#), por exemplo, junto a ações das mídias
analógicas (rádio, jornal e televisão) que pautam
questões sociais, podem ser práticas de cidadania pela
via da comunicação.

Por fim, vale mencionar que cada um de nós
exerce a cidadania por meio do voto consciente e
do acompanhamento das ações dos representantes
políticos eleitos. Além disso, enquanto cidadãos, todos
temos as ruas e praças como espaço de reivindicação
de direitos e de resistência frente à imposição de
retrocessos sociais. Afinal, desde a Grécia Antiga até
os dias de hoje, o espaço público ainda é o principal
espaço de exercício da cidadania e construção de uma
sociedade mais justa, democrática e sustentável.
Forme um grupo com seus colegas. Cada grupo

deverá selecionar um dos seguintes tipos de práticas
de cidadania apresentadas no texto e pesquisar dois
exemplos bem sucedidos desse tipo de prática: poder
do Estado pelos órgãos que o constituem e pelos
representantes eleitos; sociedade civil organizada em
partidos políticos, movimentos sociais e Organizações
não Governamentais (ONG’s); ações comunitárias;
consumo consciente; protestos e campanhas nas
redes sociais. Vocês podem pesquisar práticas
relacionadas a temas sociais e políticos que afetam
suas vidas ou lhes despertam interesse.
Anotem:
● Onde e por quem a prática foi realizada;
● O que motivou a prática;
● Quais foram os impactos da prática.
Concluída a pesquisa, compartilhem o resultado
com seus colegas de turma.
Atividade 2
Você se considera um bom cidadão?
A partir do texto e da pesquisa realizada na

atividade anterior, elabore, junto com seus colegas
de turma, uma lista coletiva, com diferentes práticas
de cidadania. Copie o exemplo de lista abaixo e
complete-o com as práticas de cidadania sugeridas

pela turma. Concluída a lista, preencha-a, assinalando
os itens para os quais sua resposta é positiva.
( ) Participar de manifestações políticas.
( ) Fazer coleta seletiva.
( ) Realizar trabalho voluntário.
Atividade 3
A partir das reflexões desenvolvidas nesta aula,
responda:
1. Você se considera um bom cidadão? Por quê?
2. Você acredita que alguma dessas práticas de

cidadania poderia ser a fonte ou inspirar seu
projeto de vida? Se sim, de que modo? Se não,
explique.

Eleanor Roosevelt holding the Universal Declaration of Human Rights, 1 November 1949
UN Photos

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS

DIREITOS HUMANOS (DUDH)
PARTE 1
Você sabe como e quando a Declaração
Universal dos Direitos Humanos (DUDH) foi elaborada?
Atividade 1
Você conhece algum dos 30 artigos que formam
a DUDH? Vamos reconhecê-los através da arte?
O coletivo Mutirão resolveu fazer uma

homenagem à DUDH, convidando ilustradores
do Recife para desenhar cada um dos artigos
desse documento, em um projeto chamado
direitoshumanos70anos.com
Analise as imagens abaixo e tente descobrir a

quais direitos elas se referem.
1. 2.
3. 4.
5. 6.
7. 8.

a) Tente adivinhar qual artigo está representado
em cada ilustração e justifique sua resposta
com os elementos da imagem.
Atividade 2
Direitos Humanos e Práticas de Cidadania

Desde a criação da DUDH, surgiram inúmeros
outros tratados e declarações, com o objetivo de
reforçar a importância dos direitos humanos. Contudo,
na prática, isto ainda é um desafio. Infelizmente, ainda
nos dias de hoje, vemos notícias de diversos países
violando os direitos humanos, inclusive o Brasil. Por
exemplo, os países favoráveis à pena de morte violam
o direito à vida. No Brasil, a criminalidade e a violência
policial também ferem o princípio do direito à vida.
Outro exemplo de violação é o atentado à liberdade
religiosa. Mesmo com as inúmeras religiões presentes
no Brasil, com frequência, vemos manchetes de
conflitos motivados por intolerância e discriminação.
Dessa maneira, tão importante quanto conhecer

os direitos humanos é protegê-los. Para isso, vamos
pôr em prática a cidadania participativa?
Em grupo, vocês deverão produzir um vídeo

abordando alguma violação dos direitos humanos no
Brasil e propor, no mínimo, duas práticas de cidadania
a fim de ajudar a solucionar o problema.

O vídeo deve ser curto, com no máximo 5
minutos de duração, e pode ser no formato de
esquete, entrevista, noticiário ou quaisquer outras
maneiras que representem o conteúdo proposto.
Usem a criatividade!
A confecção da mídia acontecerá em três etapas.

O produto final será apresentado para a turma toda.
Para essa aula, vocês desenvolverão a primeira

etapa do trabalho.
1ª etapa: Planejamento.
a) Definam com qual artigo da DUDH vocês
irão trabalhar. Para isso, consultem o material
referente ao tema
b) Escolham o conteúdo que será abordado. Para
auxiliá-los nesse processo, busquem na internet
notícias de violação dos direitos humanos e
selecionem o conteúdo com o qual o grupo
mais se identifica.
c) Desenvolvam duas maneiras de ajudar a
solucionar o problema: retomem as práticas
de cidadania da aula passada e selecionem
aquelas que melhor se adequam para
enfrentar a violação dos direitos humanos
escolhida pelo grupo.
d) Elaborem um roteiro para o vídeo: Façam uma
chuva de ideias sobre o conteúdo escolhido e
comecem a elaborar um roteiro com começo,
meio e fim. Pontos importantes a considerar:
qual o formato de vídeo (esquete, noticiário,
encenação, entrevista, etc.
Este site tem outros exemplos:
https://neilpatel.com/br/blog/ideia-de-videos;
qual a linguagem utilizada (formal ou
informal?); qual o gênero do vídeo (cômico,
trágico, etc) e qual a ideia central a ser
defendida.
e) Escolham os personagens e o cenário de
gravação.

Atividade 3
Escolha uma palavra que represente seu
aprendizado do dia e, em roda, compartilhe com
seus colegas.


DIREITOS HUMANOS (DUDH) -
PARTE 2
Atividade 1
Na aula passada, vocês iniciaram o planejamento
do vídeo sobre direitos humanos, agora é hora de
confeccioná-lo.
2ª etapa: Confecção do vídeo

a) Façam os últimos ajustes no roteiro.
Revisem o planejamento da aula anterior e
complemente-o, caso seja necessário.
b) Realizem alguns ensaios a fim de ajustar as falas
dos personagens e pensar nos últimos detalhes
do cenário;

c) Realizem as gravações. Podem ser feitas por
meio de aparelhos celulares. Lembrem-se de
que a participação de qualquer pessoa de fora
do grupo deve ser feita sob autorização dela .
d) Hora de editar o vídeo. Utilize algum programa
de edição para auxiliá-lo nesse processo.
Nesse site, há alguns exemplos de editores de
vídeo gratuitos:
www.tecmundo.com.br/edicao-de-video/101938-7-melhores-
editores-video-gratuitos-windows.htm
(Acesso em 04 jul. 2020)

e) Façam a revisão do produto final. Não se
esqueçam de inserir um título, o nome dos
participantes e as referências bibliográficas no
vídeo.
Atividade 2
Faça uma roda de conversa para compartilhar
com seus colegas como foi o desempenho do seu
grupo na gravação do vídeo, se ainda há pontos a
serem ajustados e como vocês irão se organizar para

gayatri-malhotra-WzfqobnrSVc-unsplash.jpg


DIREITOS HUMANOS (DUDH) -
PARTE 3
Atividade 1
Nesta aula, você e seus colegas deverão
apresentar os vídeos elaborados na aula anterior para
toda a turma. Exercite a capacidade de elogiar os
trabalhos dos colegas e, caso deseje contribuir para
o aperfeiçoamento do trabalho, lembre-se de que é
importante ser específico ao dar feedbacks.
3ª etapa: Apresentação do vídeo

a) Teste o retroprojetor e o aparelho de áudio;
b) Apresente o vídeo para a turma;
c) Fique à disposição para esclarecer mais
informações sobre a temática escolhida.
PROJETO DE VIDA 64
Atividade 2
Realize uma autoavaliação do seu trabalho,
preenchendo a tabela abaixo.
Itens de avaliação Satisfatório Insatisfatório
Considero que meu

aprendizado sobre esse
tema foi...
Consigo identificar
situações que violam os
direitos humanos?
Reconheço o impacto das

minhas ações e me sinto
responsável por elas?
Fui colaborativo no
trabalho em grupo?
Utilizei minha criatividade

para desenvolver esse
trabalho?
Fui responsável com as

tarefas atribuídas a mim?
Fui respeitoso com meus

colegas?
Atividade 3
Agora que você já conhece os artigos da DUDH,
retome a lista de direitos fundamentais construída em
sala (Aula 1). Discuta com seus colegas se gostariam
de acrescentar algum outro valor nessa lista. Depois,
escreva abaixo como você acredita que a defesa
dos direitos humanos pode estar presente em seu
projeto de vida. Faça uma descrição, o mais detalhada
possível, mencionando quais práticas de cidadania
pretende incorporar em sua vida e por quais direitos
você deseja lutar. Se preferir, você pode criar um mapa
mental para representar essa reflexão.
PROJETO DE VIDA 65
PROJETO DE VIDA 66
RUBRICAS 2º ANO
PROJETO DE VIDA
BLOCO:
TEMA: Cidadania e
2º ANO TEMA 2 Convivência e
Política
participação
Tendo em vista que as escolhas e ações dos jovens

ocorrem no âmbito de um mundo compartilhado
com outras pessoas, a construção do projeto de
vida pressupõe o aprendizado de conhecimentos e
habilidades relacionados à convivência nas esferas
privada e pública, voltados ao desenvolvimento do
sentimento de responsabilidade e compromisso com o
bem comum. Neste tema, os conceitos de cidadania e
política figuram como eixo central.
II
I III IV
Atendeu
parcialmente às
expectativas de
aprendizagem.
Reconhece
os direitos
dos diversos
Não reconhece Reconhece os Reconhece
grupos sociais,
os direitos dos direitos dos os direitos
demonstra
diversos grupos diversos grupos dos diversos
abertura à
sociais e não sociais mas grupos sociais
diversidade de
AUTOCONHECI- demonstra não demonstra e demonstra
crenças, culturas,
MENTO abertura à abertura à abertura à
interesses e
diversidade de diversidade de diversidade de
valores e participa
crenças, culturas, crenças, culturas, crenças, culturas,
ativamente
interesses e interesses e interesses e
da defesa do
valores. valores. valores.
bem comum
e da dignidade
humana.
COMENTÁRIOS
DO ESTUDANTE
COMENTÁRIOS
DO EDUCADOR

PROJETO DE VIDA
2º ANO
TEMA 3
TEMA: CAMPO DE POSSIBILIDADES
AULA 1
E ESCOLHA PROFISSIONAL
RODA DA VIDA
Quais são as principais dimensões da sua vida?
Qual o nível de atenção com que você dedica a cada
uma delas?
Atividade 1
Existem diversas ferramentas de
autoconhecimento, autoavaliação e desenvolvimento
pessoal. Uma delas é a Roda da Vida, que nos auxilia a
realizar uma avaliação de áreas fundamentais de nossa
experiência de vida. Por meio dela, a pessoa se torna
capaz de identificar quais aspectos de sua vida estão
sendo bem contemplados e quais ainda estão pouco
desenvolvidos e necessitam de maior dedicação, para
que, a partir daí, possa pensar em metas e estratégias
para desenvolver as áreas que deseja melhorar.

A estrutura da ferramenta Roda da Vida é
semelhante a um gráfico de pizza, que permite à
pessoa atribuir pontos para cada área fundamental
e a fim de que possa fazer comparações. A Roda
da Vida que você irá preencher contém doze áreas
fundamentais, agrupadas em quatro dimensões.
Você deverá preencher cada uma dessas áreas,

avaliando o seu nível de satisfação de 1 a 10. Para
ajudá-lo a preencher cada uma, leia as perguntas
correspondentes, apresentadas no quadro a seguir.
Além delas, você pode considerar outros aspectos que
julga importantes em relação a essa área da vida.
Após preencher a Roda da vida, faça uma

avaliação sobre cada uma das áreas fundamentais de
sua vida, preenchendo os campos da tabela referentes
à coluna O que eu preciso melhorar? O que devo fazer
para melhorar?
O que eu preciso
melhorar? O que
Área Perguntas orientadoras
devo fazer para
melhorar?
Como está a sua saúde física e emocional

atualmente? O que poderia melhorar? Você
Saúde e se sente disposto para realizar as tarefas do
disposição dia a dia? Você tem hábitos que contribuem
para a manutenção e promoção da saúde
física e emocional?
Você está satisfeito com o seu nível de

conhecimento e habilidades intelectuais?
Você tem se empenhado para se desenvolver
Desenvolvimen-
intelectualmente, tornando-se mais capaz de
to intelectual
compreender a si mesmo e os fenômenos à
DIMENSÃO
sua volta, além de solucionar as demandas e
PESSOAL
desafios que a vida lhe apresenta?
Você considera que possui um estado

emocional positivo? Você avalia que,
em geral, consegue manter um padrão
emocional estável, ou suas emoções
Equilíbrio costumam oscilar com frequência? Você tem
emocional consciência das suas emoções e de como
lidar com elas, a fim de não prejudicar a si
mesmo e as pessoas ao seu redor? Você
tem feito algo para equilibrar melhor suas
emoções?

O que eu preciso
melhorar? O que
devo fazer para
melhorar?
Você conhece as carreiras profissionais

que podem atender a seus interesses
e correspondam aos seus valores e
Realização e objetivos de vida? Você sabe quais metas
propósito precisa atingir para seguir a(s) carreira(s)
profissional(ais) de seu interesse? Tem se
engajado nelas? Você já definiu a carreira
profissional que deseja seguir?
Você tem equilibrado seus rendimentos

e despesas de forma a satisfazer suas
Recursos necessidades? Quais são seus objetivos em
financeiros relação à vida financeira e o que precisa fazer
DIMENSÃO
para atingi-los? Você tem se engajado em
PROFISSIONAL
ações que visem satisfazer esses objetivos?
Você tem consciência de como poderá

contribuir com o desenvolvimento social,
com a justiça social e com a qualidade
de vida das pessoas, por meio da carreira
profissional que deseja seguir? Em que
Contribuição
medida a carreira que você deseja seguir
social
satisfaz seus interesses, ao mesmo tempo
que oferece uma contribuição social e/
ou ambiental? Qual é a importância da
contribuição social para a sua escolha
profissional?
Você tem tido momentos de interação,

diálogo, cuidado e aprendizado com
seus familiares? Você acha que precisa se
empenhar mais em relação a esses aspectos?
Família e O relacionamento com seus amigos é
Amigos marcado pelo respeito e cuidado mútuos?
Você considera que seus amigos contribuem
com seu desenvolvimento pessoal? A relação
com seus amigos é marcada por momentos
de alegria e diversão?
Qual é o seu nível de satisfação quanto

ao seu relacionamento amoroso? Você
DIMENSÃO considera que o seu relacionamento seja
DOS RELACIO- Desenvolvimen- saudável, isto é, que há um equilíbrio
NAMENTOS to amoroso entre a sua liberdade e a satisfação de
suas necessidades e o respeito às de seu
companheiro ou companheira, ou das
pessoas com quem você se relaciona?
Você costuma avaliar o impacto que suas

escolhas e ações causam na vida das
pessoas, da comunidade e da sociedade?
Você se considera uma pessoa empática?
Ética e
Você se sente responsável por contribuir
Cidadania
com a diminuição dos problemas sociais
e ambientais? Você realiza ações que
contribuam com a construção de um mundo
melhor?

O que eu preciso
melhorar? O que
devo fazer para
melhorar?
O quanto de seu tempo tem sido dedicado

para fazer aquilo de que gosta e para se
Criatividade, divertir? Nos últimos meses, quantas vezes
hobbies e você fez coisas cujo único objetivo era
diversão aproveitar a vida? Você tem feito coisas que
permitem expressar e desenvolver a sua
criatividade?
Você reconhece um sentido para a sua vida?

Você se considera uma pessoa feliz? Você se
DIMENSÃO Plenitude e
dedica a fazer coisas que podem contribuir
QUALIDADE felicidade
com a promoção de um sentido para a sua
DE VIDA
vida e para realização da sua felicidade?
Você se sente conectado com algo que

transcende a realidade: uma divindade, a
natureza, o Universo, uma energia positiva, o
amor, a paz, etc? O quanto esse componente
Espiritualidade
dá sentido à sua existência e às suas
condutas? Em relação a esse componente de
sua vida, você realiza ações que favorecem a
sua conexão e o bem estar?
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Atividade 2
A sub-roda da vida
Após avaliar diferentes áreas de sua vida, escolha
uma delas para fazer uma avaliação aprofundada
e focar em sua melhoria. Defina os itens que a
compõem (ao menos 5) e desenhe a nova Roda
da Vida na imagem abaixo. Lembre-se de inserir a
pontuação para cada tópico.
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Concluída a sub-roda da vida, procure colocar as

mudanças desejadas em prática.

Atividade 3
Compartilhe com um colega um resumo das
principais avaliações de sua Roda da Vida e da sub-
roda da vida. Verifiquem o que há em comum. Em
seguida, cada um deve dar uma dica ao outro sobre
como pode melhorar determinada área que se
encontra com avaliação parcialmente satisfatória ou
insatisfatória.

PROJETO DE VIDA
2º ANO
TEMA 3
AULA 2
FEIRA DAS PROFISSÕES – PARTE I

Você considera que conhece uma ampla
variedade de profissões?
Atividade 1
Sabemos que não é nada fácil chegar a essa
etapa do Ensino Médio e ter de escolher qual carreira
profissional seguir. Escolhas exigem autonomia e
responsabilidade, mas conhecer detalhadamente as
opções pode auxiliar nesse processo.
Geralmente, a primeira coisa que alguém leva em

consideração ao escolher uma profissão é a afinidade
com a área, seguida da análise do mercado de trabalho,
em que fatores como a faixa salarial e a perspectiva
de procura e oferta de postos de trabalho são levados
em conta. Somado a isso, a fim de aumentar o nível de
realização profissional, você pode buscar alinhar o seu
trabalho com seu propósito de vida.

O propósito de vida é aquilo que orienta a
trajetória existencial, é o que dá sentido às nossas
vidas e está associado a ações altruístas, sejam elas
particulares ou coletivas. Dessa maneira, quando
conseguimos conciliar propósito e trabalho,
potencializamos a sensação de satisfação e felicidade.
Se isso acontece, a pessoa passa a encarar o
trabalho como uma oportunidade de transformação,
colaborando para a construção de um mundo melhor.
Isso não significa necessariamente que você precise
ter um trabalho com um cargo elevado e, sim, que
faça o seu melhor. E, o mais importante, que você
acredite na importância e no impacto do seu papel
como profissional na sociedade.
Vale lembrar que,
se você não conseguir

conciliar o propósito de vida
com seu trabalho, isso não
significa que você não poderá
colaborar com a construção
de um mundo melhor, uma
vez que o propósito de vida
não se restringe à atividade
profissional.
Ele é muito mais amplo e engloba outras áreas
da vida. Por exemplo, você pode trabalhar em um
escritório de contabilidade que não atua diretamente
com a transformação da sociedade, mas pode,
no seu dia a dia, transformar as relações dentro da
empresa e inspirar condutas éticas e honestas. E,
é claro, nada o impede de exercitar seu propósito,
para além da empresa onde trabalha, sendo, por
exemplo, voluntário em uma Organização Não
Governamental (ONG) que atua com algo relacionado
ao seu propósito, que pode ser cuidar de animais
abandonados, de crianças em abrigos, do meio
ambiente, da defesa da democracia, etc.

Verifique se você se identifica com algum
dos propósitos listados abaixo. Busque justificar
suas escolhas a partir de características da sua
personalidade, dos valores e crenças que você possui,
de habilidades pessoais, entre outras possibilidades.
Você pode completar a lista, caso sinta falta de algum
propósito que não foi apresentado.
● Cuidar da saúde das pessoas, seja ela física,
mental ou espiritual.
● Exercer liderança, mediação e/ou negociação
entre as pessoas, promovendo a harmonia e a
justiça.;
● Cuidar dos animais e da natureza, permitindo
uma vida em equilíbrio entre os seres vivos e o
meio ambiente.
● Proporcionar lazer para as pessoas, levando
alegria e diversão.
● Viabilizar informação de qualidade e reflexões,
prezando pela veracidade e/ou crescimento
para os demais.
● Produzir ou criar coisas novas, utilizando a
criatividade em benefício da sociedade.
● Criar soluções com base na tecnologia,
aplicando as ferramentas do mundo virtual para
facilitar a vida.
● Investigar e fazer descobertas científicas
que contribuam para o desenvolvimento da
humanidade.
● Ensinar outras pessoas, favorecendo seu
desenvolvimento pessoal e profissional.
Atividade 2
Concluída a atividade 1, é hora de compartilhar
com os colegas de turma as suas escolhas e formar
um grupo com aqueles que tiveram respostas
semelhantes às suas.
Cada grupo será responsável por pesquisar as

profissões que melhor se encaixam em seu propósito e

terão de apresentá-las em uma feira das profissões, que
ocorrerá em dia e horário a combinar com o professor.
Para o planejamento e organização desse

trabalho, vocês terão disponíveis duas aulas.
Organize as informações sobre as profissões em

cartazes e cartilhas a serem disponibilizadas para o
público. É importante que as cartilhas contenham as
seguintes informações:
● o nome da profissão;
● uma breve descrição;
● formação necessária;
● média de duração da formação;
● áreas de atuação;
● média salarial.
Você também pode convidar algum profissional

da área para dar seu depoimento aos interessados.
Verifique com seus colegas de turma se eles
conhecem alguém para indicar. Caso não conheçam,
acione o grupo de professores e funcionários da
escola, pedindo-lhes ajuda.
Para essa primeira etapa, seu grupo deve:

1. realizar uma chuva de ideias sobre as profissões
em que vocês acreditam que se relacionem
com o propósito do grupo;
2. pesquisar, na internet, textos e depoimentos,
a fim de reunir as informações necessárias
(listadas acima) sobre cada profissão;
3. buscar um profissional da área para participar
da feira.
Atividade 3
Elabore uma síntese dos seus aprendizados do
dia, circulando as palavras-chave do seu texto.

PROJETO DE VIDA
2º ANO
TEMA 3
AULA 3
FEIRA DAS PROFISSÕES – PARTE II

Antes de continuar com a organização da feira
das profissões, vamos compartilhar as ideias entre
todos os colegas da turma. Uma das maneiras para
refinar uma ideia é falar sobre ela, pois, ao explicá-
la buscamos objetividade e clareza e ao ouvir as
sugestões, ampliamos nossa percepção sobre o tema.
Separe um papel e caneta e anote as novas ideias.
Atividade 1
Vamos finalizar a organização da feira das
profissões. Nessa etapa, seu grupo deve:
1. Incorporar as sugestões que acabaram de
receber dos colegas da turma: se precisar,
pesquise novas profissões e ajuste os últimos
detalhes.

2. Finalizar os cartazes e cartilhas a serem
utilizados no dia da apresentação: construa
materiais de fácil leitura e com informações
objetivas. Solicite ajuda do professor para ajudar
a avaliar a qualidade do produto final.
3. Decidir se haverá algum convidado especial
para representar alguma profissão: alguém
deve ser responsável por convidá-lo e manter o
contato até o dia da apresentação.
Atividade 2
Alguma das profissões pesquisadas pelo seu
grupo provocou interesse? Qual? Qual a relação dessa
carreira com seu propósito de vida? Acredita que essa
carreira possa vir a fazer parte do seu projeto de vida?

PROJETO DE VIDA
2º ANO
TEMA 3
AULA 4
AONDE VOCÊ QUER CHEGAR?

Você já parou para pensar no que está por trás
das conquistas de uma pessoa, ou seja, no que ela fez
para chegar onde está?
A chef argentina Paola Carosella, em uma palestra

realizada em 2017, falou sobre as decisões, acertadas e
equivocadas, que tomou em sua trajetória profissional e
como foi o seu “Dia 1”, o dia em que ela decidiu dar uma
reviravolta em sua vida para ser mais feliz e realizada.
Assistam ao vídeo disponível no link para

conhecer melhor essa história:
www.youtube.com/watch?v=Cq_OBKFS-as

Após assistir ao vídeo, compartilhe com a sua
turma suas impressões sobre os seguintes aspectos.
1. Você acredita que Paola Carosella tem um
projeto de vida? Por quê?
2. Quais foram as escolhas equivocadas que ela fez?
3. Quais foram as escolhas acertadas que ela
realizou?
4. O que ela precisou fazer para chegar aonde
desejava?
5. Qual trecho ou frase que mais impactou você?
Por quê?
Atividade 1
Agora, reflita sobre a sua trajetória até o presente
momento e sobre o que você deseja para si mesmo
no futuro. Depois, responda.
1. Quais das suas escolhas, feitas até o presente
momento, você considera que foram
acertadas? Como você se sentiu após realizá-
las? Explique.
2. Quais das suas escolhas, feitas até o presente

momento, você considera que foram
equivocadas? Como você se sentiu após
realizá-las? Explique.

3. O que você considera que é preciso fazer para
realizar boas escolhas? Explique.
4. Que cuidados você deve ter para não realizar

escolhas que sejam ruins para você, para o
outro ou para a sociedade? Por quê? Resgate a
Roda da Vida e reflita sobre as más escolhas nas
diferentes áreas presentes nela.
Atividade 2
O título da palestra de Paola Carosella é “Os
sonhos que eu tenho não têm limite”. Apesar de
podermos sonhar com o que desejarmos, sem limites,
sabemos que

a realidade, às vezes,
apresenta dificuldades que
podem restringir ou oferecer
obstáculos para a realização dos
nossos sonhos.
Por isso, é fundamental fazer escolhas e planejar
as ações decorrentes delas, conhecendo detalhes
exigidos por elas.
Nas últimas aulas, você teve contato com

diversas carreiras profissionais e com os cursos que
são necessários para se capacitar a fim de exercê-
las. Escolha até três possibilidades de carreira por
que você tenha interesse e afinidade e crie um
planejamento com objetivo, metas e estratégias que
lhe permitam ser um bom profissional nessa área.
Para ajudá-lo com essa tarefa, vamos retomar

alguns conceitos.
Objetivo é o que você pretende conquistar.

Exemplo: Quero trabalhar com tecnologia da
informação em uma grande empresa.
Metas são etapas necessárias para atingir um

objetivo. Exemplo: Para realizar meu objetivo de
trabalhar com tecnologia da informação em uma
grande empresa, eu preciso terminar o Ensino Médio,
fazer um curso superior ou técnico em tecnologias
da informação e aprender a falar inglês, pois essa é
uma habilidade importante para se trabalhar em uma
grande empresa.
Estratégias são o modo por meio do qual você

irá cumprir as metas que lhe permitirão conquistar
seu objetivo. Exemplo: Para terminar o Ensino Médio
com um desempenho acadêmico adequado para o
ingresso em um curso superior, eu preciso estudar
mais matemática e física, a fim de melhorar as minhas
notas e aprender mais sobre essas disciplinas que serão
importantes para o curso de tecnologias da informação.
Por isso, eu irei fazer todas as tarefas que os docentes
solicitarem e estudar uma hora por dia em casa.

Para realizar esse planejamento, utilize o modelo
abaixo, registrando quantas metas e estratégias
forem necessárias para conquistar seus objetivos.
É fundamental que seu planejamento comece
justamente no momento em que você se encontra
hoje. Ou seja, não pule etapas. Se você percebe que
ainda não está conseguindo ter um bom desempenho
acadêmico, essa deve ser a primeira meta a corrigir.
Lembre-se de que o estudo é a sua maior ferramenta
para expandir seu campo de possibilidades no futuro!
OBJETIVO
META META META
ESTRATÉGIA ESTRATÉGIA ESTRATÉGIA
Mostre para seus colegas o seu planejamento

e pergunte se eles percebem a existência de outras
metas e estratégias para conquistar seu objetivo
profissional. Complete seu diagrama com as opiniões
deles a que façam sentido para você.
Agora que você criou um planejamento para

uma escolha profissional, reflita: essa escolha faz
sentido? Você conseguiria se comprometer com esse
planejamento? Você se sente motivado? Ou acha que
essa escolha ainda não é definitiva e precisa refletir mais
sobre ela? O que você acredita que seja necessário para
que possa essa escolha com mais segurança?

PROJETO DE VIDA
2º ANO
TEMA 3
AULA 5
PROJETO DE VIDA:
LIMITES E OPORTUNIDADES
Brasil é um dos países com menor mobilidade
social em ranking global
Relatório do Fórum Econômico Mundial mostra

que no Brasil, uma pessoa de renda baixa demoraria em
média nove gerações para atingir renda mediana do país
O Índice Global de Mobilidade Social considera

10 pilares: qualidade e equidade da educação, acesso
à educação, saúde, instituições inclusivas, proteção
social, condições de trabalho, distribuição justa
de salários, oportunidades de trabalho, acesso à
tecnologia e aprendizado ao longo da vida.
“Crianças nascidas em famílias menos abastadas

tendem a experimentar maiores barreiras para chegar
ao sucesso do que aquelas nascidas em famílias
mais abastadas. Essa desigualdade de oportunidades
podem se tornar arraigadas e promover desigualdades
econômicas de longo prazo, bem como profundas
divisões econômicas e sociais”, diz o texto.

A nota do Brasil no relatório do WEF foi 52,1 em
uma escala que vai até 100. A nota do primeiro lugar
do ranking é 85,2. Dos pilares considerados, aquele
onde o Brasil teve a pior nota foi “Distribuição Justa
de Salários”.
O WEF destaca a incidência de baixos salários no

mercado de trabalho brasileiro, a alta incidência de
trabalhadores em condições vulneráveis de emprego
(27,4%) e há alta proporção de jovens que não estão
empregados nem estudando (24,1%). Que relações
podemos estabelecer entre os trechos dessa matéria e
o tema sobre Projetos de Vida?
Atividade 1
Um componente fundamental para a realização
de um projeto de vida é o conhecimento dos limites
e oportunidades que o meio social onde vivemos
oferece.
O Brasil é um dos países mais

desiguais do mundo. Isso
significa que nem todos têm
as mesmas oportunidades de
realização de seus projetos de
vida.
Para boa parte da população brasileira, a
realização de um sonho passa pelo enfrentamento
e superação de uma série de desafios impostos
pelo contexto socioeconômico onde nasceram.
E isso depende do conhecimento não apenas de
quais desafios terá de enfrentar, mas também de
atitudes, o que inclui o conhecer e, por vezes, criar
oportunidades.
Mas, apesar dos desafios serem maiores para

a população economicamente desfavorecida, todo
projeto de vida é permeado por imprevistos, desafios e

oportunidades, em maior ou menor grau. Reconhecê-
los e buscar antecipá-los é, portanto, uma importante
chave para o seu sucesso.
I) Organizem-se em grupos. Cada grupo deverá
se ocupar de um dos quatro casos a seguir.
Vocês deverão ler as reportagens entregues
pelo professor, referentes a cada caso e
responder às respectivas perguntas.
Caso 1 - Gravidez precoce

Leia o artigo “Cedo ou tarde, será preciso ter
informações sobre sexualidade e direitos” e responda
às questões a seguir.
Disponível em:
https://brazil.unfpa.org/pt-br/news/artigo-%E2%80%9Ccedo-ou-
tarde-ser%C3%A1-preciso-ter-informa%C3%A7%C3%B5es-sobre-
sexualidade-e-direitos%E2%80%9D
Acesso em: 14/07/2020)

1. Quais são os fatores relacionados à gravidez
precoce?
2. De acordo com a matéria, quais são os
impactos que a gravidez precoce pode
acarretar para o projeto de vida de meninas e
de meninos?
Caso 2 - Protagonismo juvenil, superação

e empreendedorismo social

Leia a matéria “O engenheiro que quer
transformar a periferia onde cresceu” e responda às
questões a seguir. Disponível em:
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/22/
economia/1503370922_013669.html
Acesso em: 13/07/2020

1. Matheus chegou a realizar seu sonho inicial?
Por quê?
2. Liste quais fatores presentes na história de
Matheus exerceram influência sobre a criação
de sua própria empresa. A partir disso, a que
conclusão você chega?
Caso 3 - Desigualdade no acesso ao Ensino

Superior
Leia a matéria “estudante pobre tem só 0,16%
de chance de estar entre os melhores do Enem” e
responda às questões a seguir. Disponível em:
https://noticias.r7.com/educacao/estudante-pobre-tem-so-016-de-
chance-de-estar-entre-os-melhores-do-enem-18012019
Acesso em: 13/07/2020

1. De acordo com a matéria, qual é o percentual
do impacto dos fatores socioeconômicos com
relação ao acesso ao Ensino Superior? Quais
foram os indicadores socioeconômicos a serem
considerados?
2. Que fatores fizeram com que alguns jovens
pobres conseguissem estar entre as 5%
melhores notas do ENEM?
Caso 4 - Cotas raciais no acesso à

universidade
Leia a matéria “Cotas foram revolução silenciosa
no Brasil, afirma especialista” e responda às questões a
seguir. Disponível em:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2018-05/cotas-
foram-revolucao-silenciosa-no-brasil-afirma-especialista
Acesso em: 13/07/2020

1. De acordo com a matéria, qual foi o impacto
da política de cotas raciais no acesso da

população negra à universidade e para a
conclusão da graduação?
2. Que outros dados chamam a atenção em
relação às desigualdades quanto à escolaridade
entre brancos e negros? Você acha que esses
dados reforçam a importância das cotas raciais?
3. Formem novos grupos, que deverão conter um
integrante de cada um dos grupos da etapa
anterior. Isto é, o novo grupo deve ser formado
por pelo menos um integrante que tenha
analisado cada caso.
Exponha o caso que você analisou na etapa
anterior ao novo grupo e escute atentamente a
exposição de seus colegas. Em seguida, respondam:
Que relações podem ser estabelecidas entre as

matérias e o tema dos limites e oportunidades na
realização de um projeto de vida?
Atividade 2
Assista ao vídeo “O segredo da meritocracia”
e discuta com seus colegas as seguintes questões.
Disponível em:
www.youtube.com/watch?v=YINTTVjBrY4
Acesso em: 13/07/2020

1. Qual é o argumento central defendido pelo
autor do vídeo?
2. Que relação há entre o vídeo e os casos
analisados na Atividade 1?
3. O que é necessário para que um jovem que
se defronta com dificuldades para realizar seu
projeto de vida possa alcançá-lo? Descreva
todos os aspectos que você considerar
importantes.

PROJETO DE VIDA
2º ANO
TEMA 3
AULA 6
RECONSTRUINDO
A RODA DA VIDA
O planejamento é parte fundamental no
desenvolvimento e realização de um projeto de vida.
No entanto, muitas vezes, um projeto pode sofrer
transformações e ajustes ao longo do tempo, em
função de mudanças de interesse, de mudanças no
contexto onde pretendemos atuar, de imprevistos que
fogem ao nosso controle, entre outros fatores.
Por tal razão,
é preciso considerar,
como características do
projeto, o conhecimento da
realidade, das possibilidades
e desafios que ela apresenta, a
antecipação de imprevistos e a
abertura para o novo
pois é isso que nos permite lidar com obstáculos
e dificuldades, traçar novos rumos e adaptá-lo

às circunstâncias e imprevistos, na medida das
possibilidades e das oportunidades que temos.
E, para que isso ocorra, é fundamental adquirir e
colocar em prática habilidades como a flexibilidade,
a resiliência, a elaboração de planos alternativos e, é
claro, a persistência.
Na primeira aula do tema Campo de

possibilidades e escolha profissional, você construiu
a sua Roda da Vida. Depois, investigou possibilidades
de carreira profissional, definiu um objetivo, metas e
estratégias para essa dimensão da vida e refletiu sobre
a importância de ser resiliente e superar obstáculos.
Certamente você aprendeu coisas novas nessa

trajetória e refletiu de modo mais aprofundado sobre
o que deseja para a sua vida. Portanto, agora é o
momento de rever sua Roda da Vida e fazer ajustes
para que ela represente quem é você nesse exato
momento.
Atividade 1
Observe a sua Roda da Vida. Você ainda concorda
com a forma como a preencheu? Faça uma nova
versão dessa roda, incorporando suas novas reflexões
e aprendizados.

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Atividade 2
Com base na Roda da Vida elaborada na Atividade
1, preencha a tabela a seguir. Defina dois objetivos
que você deseja alcançar, de preferência que estejam
relacionados ao seu projeto de vida. Registre qual é
o sentido que justifica esse objetivo, ou seja, por que
você deseja realizá-lo, o que o motiva a persegui-lo.
Pense sobre as estratégias para alcançá-lo e registre
os desafios e as oportunidades que cada um desses
objetivos apresentam, levando em conta os discussões
feitas na Aula 5.
Por fim, com base nessas reflexões, elabore um
plano alternativo para cada um desses objetivos, que
possibilite que você os você atinja por meio de outra
estratégia ou, ainda, que lhe permita alcançar outro
objetivo, desde que este tenha um sentido semelhante
ao anterior. Veja o exemplo na primeira linha da tabela.
Objetivo de vida Sentido desse Desafios e Plano alternativo

objetivo oportunidades
Ser médico Ajudar as pessoas Desafio: o Ingressar em um

psiquiatra no âmbito da saúde ingresso no curso curso de psicologia,
mental de medicina é um pouco menos
extremamente concorrido do que
concorrido, o de medicina.
sobretudo nas Além de prestar
universidade vestibular para
públicas, e eu não universidades
tenho dinheiro públicas, posso
para pagar uma pleitear uma bolsa
universidade de estudos em
particular de uma universidade
medicina. particular,
Oportunidade: recorrendo
tentar uma bolsa ao subsídio
de estudos em de programas
um cursinho pré- governamentais,
vestibular. como o ProUni.

Atividade 3
Sente-se com um colega e apresente as duas
versões da sua Roda da Vida. Conte para ele o que
você estava pensando quando fez a primeira versão
e o que mudou em relação à segunda. Ajude-o a
aprofundar suas reflexões, fazendo perguntas como:
“Por que você acha que sua avaliação sobre essa
dimensão mudou?”, “Qual é a dimensão com a qual
você tem mais dificuldades?”, “Há alguma dimensão
pela qual você percebe que tem pouco interesse?
E muito interesse?”, “Como essas dimensões estão
presentes no seu projeto de vida?”. Pratique a escuta
empática para ouvir o que seu colega tem a dizer,
sem julgá-lo, buscando acolher suas dificuldades e
enaltecer suas potencialidades.
Registre no espaço abaixo o que você aprendeu

sobre você mesmo nessa aula, ao longo do tema 3 e
na conversa com seu colega.
Lista de aprendizados:

RUBRICAS 2º ANO
PROJETO DE VIDA
TEMA: Campo de
BLOCO: Escolha e
2º ANO TEMA 2 possibilidades e
Planejamento
escolha profissional
Para que o projeto de vida seja elaborado e

para que o jovem seja capaz de empreender ações
que visem realizá-lo, é de fundamental importância
que conheça as carreiras profissionais, conheça seu
campo de possibilidades de inserção e atuação, bem
como desenvolva e coloque em prática estratégias de
planejamento e execução das ações necessárias para
alcançar seus objetivos.
II
I III IV
Atendeu
parcialmente às
expectativas de
aprendizagem.
Reconhece
Reconhece
os diferentes
os diferentes
propósitos das
Reconhece propósitos das
profissões,
os diferentes profissões,
articula-os
propósitos das articula-os
Não reconhece aos próprios
profissões, aos próprios
os diferentes interesses,
articula-os interesses
propósitos das avançando em
aos próprios avançando em
profissões, direção à escolha
interesses, direção à escolha
AUTOCONHECI- não os articula profissional
avançando em profissional,
MENTO aos próprios e estabelece
direção à escolha estabelece
interesses e critérios para fazer
profissional mas critérios para fazer
não avança em escolhas que
não estabelece escolhas que
direção à escolha ampliem o campo
critérios para fazer ampliem o campo
profissional. de possibilidades,
escolhas que de possibilidades
mas não
ampliem o campo e planeja metas e
planeja metas e
de possibilidades. estratégias para
estratégias para
realizar objetivos
realizar objetivos
profissionais.
profissionais.
COMENTÁRIOS
DO ESTUDANTE
COMENTÁRIOS
DO EDUCADOR

Manifestação de estudantes em junho de 1968 em Toulouse (França). Foto: André Cros/Archives Municipales de Toulouse

TEMA: TRANSFORMAÇÃO SOCIAL AULA 1
O QUE O JOVEM QUER DA VIDA?

Você conhece os eventos históricos que ocorreram
em maio de 1968? Pode imaginar o que isso tem a ver
com a pergunta “O que o jovem quer da vida?”.
Para descobrir as respostas para essas perguntas,

leia a matéria “Maio de 1968: as origens e os ecos do
movimento”, publicada pelo Nexo Jornal e disponível
no link abaixo:
www.nexojornal.com.br/explicado/2018/05/05/Maio-de-1968-as-
origens-e-os-ecos-do-movimento
Acesso em 20/07/2020

Atividade 1
Após os eventos que ocorreram em maio de
1968, os jovens, como um todo, ficaram conhecidos
por serem um grupo contestador das normas e
padrões vigentes, transformador da sociedade e, até
mesmo, revolucionário. Contudo, com o passar das
décadas, esse espírito transformador foi perdendo
força, até que os jovens começaram a ser vistos como
um grupo apático, individualista e imediatista.
O que você pensa sobre isso?
Atividade 2
O psicólogo William Damon, docente da
Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, fez
um amplo estudo com jovens estadunidenses para
entender, afinal, o que eles queriam da vida. Os
resultados desse estudo revelaram a existência de
quatro tipos de comportamento dos jovens em
relação a essa pergunta. Vejamos quais são eles:
Desengajados
Os jovens desengajados não sabem o que
desejam para suas vidas e não fazem qualquer tipo de
esforço para buscar algo com que se engajar. Alguns
são apáticos e desinteressados, outros buscam apenas
o prazer pessoal em atividades cotidianas, como estar
com os amigos, ir a festas, ou fazer compras.
Sonhadores
Os jovens sonhadores desejam muitas coisas
para a sua vida futura e esses desejos são carregados
de sentido pessoal. Contudo, não se engajam em
atividades que permitam sua concretização, de modo
que suas intenções carecem de planos práticos para
que sejam realistas.

Superficiais
Os jovens superficiais se engajam em atividades
que parecem estar vinculadas a algum tipo de propósito
para a sua vida presente, mas não em atividades que
lhes permitam ter o futuro que almejam.
Os que têm projetos de vida

Os jovens que têm projetos de vida encontraram
algo para se dedicar que consideram significativo,
sustentam esse interesse com o passar do tempo,
têm clareza do que é necessário fazer para atingir
esses objetivos e já se comprometem em realizar as
atividades possíveis no momento presente.
a) Leia os relatos abaixo e classifique cada um
deles em um dos tipos formulados por William
Damon.
b) Depois, indique o que inspira os jovens que
você classificou como sonhadores, superficiais
ou o que têm projetos de vida. Quanto a estes,
identifique as causas, ou seja, aquilo que os
motiva, que dá sentido a seus projetos.
c) Por fim, escreva o que falta a cada um deles
para conseguir construir um projeto de vida e
realizá-lo.
Relato 1
Quando tiver 40 anos, eu me imagino em um
churrasco na minha casa, com toda a minha família
e meus amigos. Estaremos nos divertindo, rindo,
ouvindo música. Meus filhos estarão brincando, e eu e
minha esposa estaremos felizes vendo eles crescerem
e podendo educá-los com os nossos valores. Eu
também desejo poder ajudar os meus pais, retribuindo
tudo o que eles fizeram por mim durante a vida toda.
Gostaria de poder dar uma casa própria e todas as
condições para que eles vivam sem preocupações.
É isso o que eu espero para minha vida, poder fazer
tudo o que estiver ao meu alcance para as pessoas
que eu amo. Vou batalhar para fazer isso com honra
e dignidade e, quando eu conseguir, eu me sentirei
orgulhoso do caminho que tracei para minha vida.

a) Tipo de comportamento:
b) Possível fonte para o projeto de vida:
c) O que falta para ser um jovem com projeto de vida:
Relato 2
Eu nem sei dizer qual foi a primeira vez que me
senti ansiosa. Acho que nasci assim, porque lembro
que, desde muito pequena, coisas simples, como ir
para a escola e ficar longe da minha mãe, ou não ter
uma nota tão boa em alguma prova, me deixavam
extremamente ansiosa. Na época, eu nem sabia
exatamente o que eu sentia. Só fui descobrir o que
era ansiedade no primeiro ano do Ensino Médio. Não
tem uma causa óbvia ou aparente, mas comecei a
sentir muita angústia e medo de que as coisas não
dessem certo, ou não saíssem do jeito que eu queria.
Eu sempre pensava “E se de ser errado?”, “E se eu
for na festa e me sentir sozinha?”, “E se algo que eu

quero muito não for tão legal?”. Esses pensamentos
foram me fazendo mal, porque eu já não conseguia
aproveitar a vida como antes. Então, eu pesquisei
sobre o tema e descobri que a meditação era uma
prática que poderia me ajudar. Comecei fazendo as
práticas que via na internet e estudando mais sobre
o tema. Eu me tornei mais espiritualizada e hoje
sinto que é isso o que eu quero fazer da minha vida:
ajudar outras pessoas a terem mais saúde mental por
meio da meditação e da ioga. Já penso em algumas
possibilidades para seguir com meu plano: fazer um
curso de instrutora de ioga e obter um certificado
para poder dar aulas em um estúdio. Também penso
em fazer um canal do youtube, ou um podcast
para divulgar meus conhecimentos gratuitamente e
também para fazer meu marketing pessoal, pois, um
dia, espero poder abrir o meu próprio estúdio de ioga,
meditação e outras práticas para o bem-estar.

Relato 3
Eu acredito que não importa o quanto eu
planejar a minha vida as coisas nunca vão sair
exatamente do jeito que eu imaginei. Então, prefiro
seguir o lema “deixo a vida me levar” e aproveitar
as oportunidades que a vida me der. Assim, eu não
crio expectativas e não me frustro. O pior que pode
acontecer é não acontecer nada.

Relato 4
Um dia desses, durante a aula, eu fiquei pensando
que, para mim, o ideal seria que me pagassem para
estudar. É sério! Eu amo aprender coisas novas,
perceber que estou mais inteligente do que era antes.
Adoro estar em uma roda de conversa com amigos
ou com outras pessoas e saber falar, pelo menos um
pouco, sobre qualquer assunto que surja. Às vezes,
quando estou assistindo a algum filme ou a alguma
série, eu paro para pesquisar algo que foi falado e
aprender mais.
E eu prefiro assistir séries históricas, ou sobre

ciência, que me ensinem alguma coisa, a perder
meu tempo com algo que seja só para diversão. Na
verdade, a minha diversão é aprender, lendo livros,
por exemplo. Seu eu pudesse, compraria um livro
novo por semana. Sinto orgulho de contar quantos
livros eu já li e também gosto quando as outras
pessoas falam que eu sou inteligente. Eu só preciso
descobrir como posso fazer para viver disso, porque
não imagino uma vida trabalhando em algo que não
me ensine nada todos os dias.

Relato 5
Eu tenho muito claro o que eu desejo para a
minha vida. Eu sempre fui apaixonado por carros.
Desde pequeno, ia com meus pais a feiras de
automóveis só para ficar olhando a variedade incrível
de modelos, tamanhos, cores. Meu pai me ensinava
tudo o que ele sabia sobre os motores, a potência,
câmbio, suspensão. E eu decidi que é com isso que
eu quero trabalhar. Quando criança, eu queria ser
piloto. Mas, com o tempo, entendi que é uma carreira
muito difícil, são poucas oportunidades e é preciso
investir dinheiro nela. Depois, o caminho mais óbvio
era ser mecânico e isso é uma coisa que eu adoraria
ser. Mas, conforme fui crescendo, percebi que, sendo
mecânico, eu não teria condições financeiras para
fazer outras coisas que desejo, como ter uma vida
confortável e poder viajar. Daí eu pensei em trabalhar
em uma concessionária e fui pesquisar quais são os
tipos de trabalho que eles oferecem. Foi, então, que
eu descobri que existe um universo de possibilidades
dentro de uma montadora de carros. E, entre elas, a
engenharia mecânica, que eu até cheguei a cogitar
como um caminho. Mas eu escolhi ser designer
automobilístico. Afinal é a parte artística de cada
carro que sempre me fascinou, seu design, as ideias
de força, velocidade, segurança que eles passam.
Agora já estou decidido e sei tudo o que preciso
fazer para alcançar meu objetivo. Primeiro, preciso
melhorar meu desempenho em matemática, pois
vou precisar muito desses conhecimentos para ser
um designer automobilístico. Assim que me formar
no Ensino Médio, tentarei entrar na faculdade de
Desenho Industrial, pois aqui no Brasil ainda não

existe uma faculdade específica para a carreira que eu
quero seguir. Depois, farei cursos para me especializar
no segmento de carros. Enquanto me aperfeiçoo,
pretendo já conseguir um emprego em montadora
ou concessionária, para já ir me aproximando desse
universo. Também preciso aprender a falar inglês,
porque esse idioma é muito importante para trabalhar
em uma empresa multinacional, que é onde eu
pretendo trabalhar. No futuro, espero poder viajar para
conhecer montadoras em diversos lugares do mundo,
para me inspirar e poder inovar no meu trabalho.
Relato 6
Eu espero que meu futuro seja normal, como

o de todas as pessoas. Eu acredito que o mais
importante é viver bem o presente, por isso faço as
coisas que me divertem e me dão prazer. Saio com os
meus amigos, me divirto com eles. O tempo é agora. E
acredito que preciso aproveitar minha juventude antes
que a vida seja só trabalhar, chegar em casa e ficar na
frente na televisão até dormir e começar tudo de novo
no dia seguinte.
Relato 7
No futuro, o que eu mais quero é mudar o
mundo. Olho ao meu redor e percebo tantas causas
importantes, que precisam de pessoas que lutem
por elas. Eu estou disposta a me dedicar para mudar

a realidade, mesmo que eu faça algo pequeno,
pois acredito que não poderia viver a vida de olhos
fechados para os problemas da sociedade. Sei que
terei de enfrentar muitos desafios, mas acredito que,
se cada um fizer a sua parte, podemos viver em um
mundo muito melhor.
Relato 8
O que eu mais gosto de fazer no meu dia a dia
é jogar basquete. Eu treino todos os dias depois da
escola e, às vezes, jogo com os amigos do meu tio
no fim de semana também, só por lazer. Antes de
começar a jogar, eu ficava em casa a tarde toda,
sem fazer nada, dormindo ou jogando videogame.

Comecei a engordar e decidi fazer algo para
me movimentar. Escolhi o basquete por acaso,
porque era o esporte que tinha na minha escola no
contraturno. Mas me apaixonei por ele e comecei
a ir todos os dias aos treinos. Sinto uma mudança
incrível na minha vida. Estou mais disposto, meu
corpo está do jeito que eu gosto e me sinto ativo,
vivendo a vida e aproveitando-a com meus amigos.
Acho que nunca mais vou deixar de praticar algum
esporte e, mesmo que uma hora eu me canse do
basquete, o que eu acho quase impossível, vou
procurar outra coisa para fazer.

Atividade 3
Em qual dos tipos de comportamento
classificados por William Damon você se
enquadraria? Explique com informações que
revelem o que você quer para sua vida. Depois,
responda como você se sente ao identificar o tipo
de comportamento que está tendo em relação à
sua vida futura. Gostaria de mudar algo? O que você
acredita que precisa fazer para ser, ou continuar
sendo, um jovem que tem um projeto de vida?

PROTAGONISMO JUVENIL E
TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
Protagonista é um termo cuja origem etimológica
vem da palavra grega protagonistés (proto= primeiro;
agonistes= ator), usada em referência ao ator principal
do teatro grego ou à pessoa que desempenhava o
papel principal em um acontecimento.
Para você, o que significa protagonismo juvenil?
Você se considera um jovem protagonista?

Atividade 1
Protagonismo Juvenil
O conceito de protagonismo
juvenil refere-se à participação
ativa de jovens em instâncias
de tomada de decisão e em
ações que visem atender às suas
necessidades, ao enfrentamento
de situações reais e à resolução
de problemas,
seja no âmbito escolar, da comunidade ou da
sociedade em sentido mais amplo (COSTA, 1999;
FERRETI; ZIBAS; TARTUCE, 2004) .
O protagonismo juvenil, direcionado ao

enfrentamento de situações que afetam direta ou
indiretamente as juventudes, propicia sua inserção no
mundo adulto em face a suas complexas demandas.
Contribui, dessa forma, com o desenvolvimento do
senso de solidariedade e de responsabilidade e com
o compromisso social. Além disso, colabora com a
construção da autonomia intelectual e moral, bem
como com a capacidade de lidar com desafios e
de propor e colocar em prática estratégias para a
resolução de problemas reais e complexos.
Projeto de Vida Cidadão

Diversos jovens têm se engajado na
transformação social, atuando em vista de diferentes
necessidades sociais, sejam elas vinculadas à cultura,
à economia e/ou ao meio ambiente, a fim de
construir um mundo melhor para si mesmos, para
a comunidade e para o planeta Terra,. Esses jovens
possuem o que os pesquisadores estadunidenses
Mallin, Ballard e Damon (2015) chamam de Projeto
de Vida Cidadão, um tipo de projeto de vida que tem

como característica o sentimento de solidariedade
para com os problemas sociais e o engajamento em
ações políticas e/ou de cidadania. Para esses jovens, a
construção de um mundo melhor é parte integrante
de sua realização pessoal.
De acordo com pesquisa desenvolvida pelos

autores citados acima, jovens com um Projeto de
Vida Cidadão costumam atribuir um forte sentido a
sua presença no mundo e possuem um sentimento
duradouro de realização pessoal.
Você considera que possui um Projeto de Vida

Cidadão, ou conhece algum jovem que o possua?
Que valores e objetivos motivam esse projeto? Que
experiências e/ou pessoas inspiraram esse projeto?
Atividade 2
Nesta atividade, você irá conhecer a história
e as realizações de jovens protagonistas de
transformações sociais.
Forme um grupo com colegas de sua turma. Cada

grupo ficará responsável por conhecer um dos casos
listados abaixo e formular duas perguntas sobre ele, que
estejam relacionadas aos textos sobre Protagonismo
Juvenil e Projeto de Vida Cidadão, da Atividade 1.

Após elaborar as perguntas, o grupo deverá
responder às perguntas relativas aos outros casos
que foram formuladas por seus colegas. Após todos
os grupos responderem às questões, façam uma
rodada de exposição das respostas. Nesse momento,
os grupos que formularam as perguntas deverão
avaliar as respostas.
Ao final, todos os grupos terão conhecido

diferentes e inspiradoras experiências de
protagonismo juvenil.
Caso 1. Líder jovem indígena engaja

juventudes para participar de decisões
políticas em comunidades na região
amazônica
Link contendo descrição e vídeo sobre o projeto.
Disponível em:
www.ashoka.org/pt-br/story/leadyoung-lider-jovem-indigena-
engaja-juventudes-para-participar-de-decisoes-politicas-em
Acesso em: 20/07/2020.

Caso 2. BanCoP: o banco comunitário de
Pindoretama
Link para a descrição do projeto. Disponível em:
https://criativosdaescola.com.br/wp-content/uploads/2018/11/
BanCop.pdf
Acesso em: 20/07/2020. Link para vídeo que

narra o projeto. Disponível em:
www.youtube.com/watch?v=Ikk1Htx1itM&feature=youtu.be
Acesso em: 20/07/2020.
Caso 3. Células motivadoras: conectando-

se com o futuro.
Link para a descrição do projeto. Disponível em:
https://criativosdaescola.com.br/wp-content/uploads/2019/08/
premiado-desafio-criativos-da-escola-2019-celulas-motivadoras.pdf
Acesso em: 20/07/2020.

Caso 4. Grupo de meninas negras de
São Paulo articula rede que apoia jovens
negras a terem mais oportunidades com o
uso da tecnologia
Link contendo descrição e vídeo sobre o projeto.
Disponível em:
www.ashoka.org/pt-br/story/leadyoung-grupo-de-meninas-negras-
de-sao-paulo-articula-rede-que-apoia-jovens-negras-terem
Acesso em: 20/07/2020.
Atividade 3
Com base nos conhecimentos construídos

nessa aula, elabore um texto com reflexões sobre
como, de um modo geral, o protagonismo juvenil e a
transformação social podem ser incorporados à sua
vida, bem como, em particular, ao seu projeto de vida.

PROCESSO CRIATIVO
Algumas pessoas acreditam que a criatividade é um
dom natural. Outras a veem como um produto do acaso.
Na verdade, a criatividade
acontece por meio de processos
cognitivos, e isso possibilita
afirmar que todo ser humano
apresenta um certo grau de
habilidades criativas. Portanto,
a boa notícia é que ela pode ser
aprimorada e desenvolvida por
meio de exercícios e reflexões.
Criatividade significa capacidade de criar, inventar
ou fazer inovações frente a uma situação e/ou
problema e tem relação com a palavra originalidade. A
criatividade necessariamente gera algo, que pode ser
uma ação, um produto, uma ideia ou teoria.

Há alguns aspectos que influenciam a expressão
criativa de cada indivíduo. Por exemplo, sabe-se que
alguns traços de personalidade facilitam o processo
criativo. É o caso de pessoas autoconfiantes, que
têm coragem para expressar novas ideias aos outros
e predisposição a correr riscos. Um outro aspecto
é saber manter-se motivado, e isso inclui aceitar as
frustrações como parte do processo criativo. Também
se considera que as condições sociais, culturais e
ambientais têm impacto no desenvolvimento da
criatividade individual. Segundo o neurocientista
Daniel Goleman (2011), o processo criativo pode ser
descrito em quatro passos:
1. Defina o problema e questione. Muita gente diz
que um dos sinais das pessoas criativas numa
área é a capacidade de observar os problemas
e desafios com olhar atento e fazer perguntas
que mais ninguém faz.
2. Mergulhe, cave fundo. Reúna ideias, dados,
informações, qualquer coisa que vá ajudá-lo
com uma descoberta criativa. O processo de
criação é feito de 1% de inspiração e 99% de
transpiração (ou seja, de esforço e dedicação).
3. Relaxe! As melhores ideias surgem enquanto
você está tomando um longo banho de
chuveiro, fazendo uma caminhada ou quando
está em férias. Só precisa saber quando relaxar
e, para isso, busque o autoconhecimento.
4. Coloque em prática sua ideia. Tenha coragem
para arriscar e aceite errar, pois todo processo
criador é feito de tentativas e erros.
Atividade 1
De acordo com o texto acima, a criatividade é
uma habilidade que pode ser desenvolvida. Desse
modo, vamos exercitar sua criatividade, pensando
em inovações para um produto já conhecido e
amplamente utilizado: o carrinho de supermercado.

Você sabia que o carrinho de supermercado foi
inventado em 1937, nos Estados Unidos, por Sylvan
Goldman, que era mecânico e dono de uma rede
de supermercados? Observe a seguir os modelos da
primeira (na mão direita) e da segunda versão (na mão
esquerda) criadas por ele.
www.okhistory.org/historycenter/atour
Da segunda versão para os dias atuais, como

você pode observar, quase não houve inovações
quanto ao design. Mas, será que não há mais nada
a melhorar? Em pesquisa com alguns donos de
supermercado, eles apontaram que os frequentes
furtos dos carrinhos de supermercado é uma grande
preocupação, chegando a reduzir até 30% da frota ao
ano, o que significa prejuízos significativos. Já para
os consumidores, alguns dos principais incômodos

em relação aos mercados são as filas nos caixas e
a disposição das mercadorias no carrinho, ambos
fazendo com que os clientes percam muito tempo,
tanto quando estão fazendo as compras, ou na hora
de separar os tipos de produto no caixa (alimentos
de geladeira, bebidas, produtos de limpeza, etc).
E você, reconhece algo que poderia melhorar a
funcionalidade de um carrinho de supermercado para
os trabalhadores e consumidores?
Vamos ajudar a elaborar algumas inovações para

os carrinhos de supermercado? Para essa atividade,
você apresentará quatro opções. Então, use e abuse
da sua criatividade. Os demais comandos serão dados
pelo seu docente.
Atividade 2
Hora de criar sua própria atmosfera criativa! Alguns
autores acreditam que as condições do ambiente
influenciam de maneira significativa o processo,
facilitando o pensamento criativo. Portanto, pense
em alguma mudança que você pode realizar em
relação aos ambientes que você frequenta. Podem
ser alterações na estrutura de algum ambiente, como,
por exemplo, mudar a disposição dos móveis do seu
quarto; ou podem ser inovações de trajetos, como
passar por outras ruas ou pegar um outro ônibus para o
caminho para a escola; ou, ainda, mudanças na forma
como você realiza alguma atividade, por exemplo,
se você sempre escuta música durante o trajeto para
escola, passe a intercalar essa atividade com a atenção
plena nas pessoas ou na paisagem.Esquematize essas
possíveis mudanças no espaço abaixo.

ARTES E
TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
Observe as produções artísticas a seguir.
Canção - Maria de Vila Matilde
Artista: Elza Soares

Cadê meu celular?
Eu vou ligar pro 180
Vou entregar teu nome
E explicar meu endereço
Aqui você não entra mais
Eu digo que não te conheço
E jogo água fervendo
Se você se aventurar
Eu solto o cachorro
E, apontando pra você
Eu grito: Péguix guix guix guix
Eu quero ver
Você pular, você correr
Na frente dos vizim

Cê vai se arrepender de levantar a mão
pra mim [2x]
E quando o samango chegar
Eu mostro o roxo no meu braço
Entrego teu baralho
Teu bloco de pule
Teu dado chumbado
Ponho água no bule
Passo e ainda ofereço um cafezim
Cê vai se arrepender de levantar a mão
pra mim
Disponível em
www.letras.mus.br/elza-soares/maria-da-vila-matilde/
Acesso em: 23/07/2020.
Grafite
Artista: Paulo Ito
Disponível em
https://divercidade.org/wp-content/uploads/2019/03/xicletfb.jpg
Acesso em: 23/07/2020

Poesia: Vida Loka
Artista: Sérgio Vaz
“Esses dias tinha um moleque na

quebrada
com uma arma de quase 400 páginas na
mão.
Uma minas cheirando prosa, uns
acendendo poesia.
Um cara sem nike no pé indo para o
trampo com o zóio vermelho de tanto ler
no ônibus.
Uns tiozinho e umas tiazinha no sarau
enchendo a cara de poemas. Depois
saíram vomitando versos na calçada.
O tráfico de informação não para, uns
estão saindo algemado aos diplomas
depois de experimentarem umas pílulas
de sabedoria. As famílias, coniventes,
estão em êxtase.
Esses vidas mansas estão esvaziando as
cadeias e desempregando os Datenas.
A Vida não é mesmo loka?”
Disponível em:
www.geledes.org.br/vida-e-loka-por-sergio-vaz/
Acesso em: 23/07/2020

Escultura:
A Sobrevivência dos Mais Gordos (2001)
Artista: Jens Galschiot
Disponível em:
www.shutterstock.com/pt/image-photo/ringobin-denmark-august-
15-2018-survival-1174768702
Acesso em: 23/07/2020.

Ilustração:
Autor: Pawel Kuzynski
Disponível em:
www.hypeness.com.br/2020/03/novas-ilustracoes-do-artista-
pawel-kuczynski-botam-o-dedo-nas-feridas-da-sociedade-atual/
Acesso em: 23/07/2020.

1. O que você acha que cada um dos autores quis
expressar por meio de suas produções artísticas?
Descreva os elementos de cada produção
artística que expressam uma crítica social.

2. Na sua opinião, a arte pode contribuir com a
transformação social? Por quê?
3. Que artistas ou obras você conhece que

podem provocar questionamentos, promovem
protesto sociopolítico, ou estimulam a
mobilização social?
Atividade 1
Você conhece o artista de rua Mundano? Já
ouviu falar em seu projeto Pimp my Carroça, feito em
parceria com catadores de materiais recicláveis?

https://casa.abril.com.br/bem-estar/projeto-social-reforma-
carrocas-de-catadores-de-reciclaveis/
Leia a seguir trechos de uma reportagem

sobre o artista.
Mundano: como um grafiteiro

se tornou símbolo da arte que
muda o mundo
Arte que emergiu do submundo das ruas se
transformou em ícone de uma geração ávida por
transformar os problemas de nossa realidade
[...] Mundano criou em 2012 o projeto Pimp my

carroça - talvez o que mais o tenha impulsionado
ao sucesso até agora.[...] Inspirado no programa de
televisão americano Pimp my ride, que transforma
latas-velhas em carros turbinados, o projeto usa
a arte para dar reconhecimento ao trabalho de
catadores de materiais recicláveis. Teve até hoje
duas edições: uma aconteceu em junho do ano
passado, em São Paulo, e outra ocorreu dias depois,
durante a conferência Rio+20, no Rio de Janeiro.
Quase cinquenta carroceiros se reuniram no Vale
do Anhangabaú durante a edição paulistana. Suas
carroças foram reformadas, estilizadas, ganharam
freios, retrovisores e faixas refletivas. Seus donos
passaram por consultas médicas, ganharam sapatos
novos, corte de cabelo, massagem e almoço grátis.

Tudo oferecido por Mundano e sua trupe - centenas
de voluntários angariados por ele.
Mundano começou a esboçar seus primeiros

rabiscos artísticos no fim dos anos 1990, ainda
adolescente, mas conviveu com arte desde a infância.
Uma das avós fora uma talentosa pintora de quadros
na metade do século, e o pai também arriscou-se nas
telas durante a juventude.
[...] o artista percebeu que o projeto Cidade

Limpa, do ex-prefeito [de São Paulo] Gilberto Kassab,
começava a apagar todo resquício de arte urbana que
aparecia na cidade. Mundano já havia deixado de lado
as pichações [...] para dedicar-se exclusivamente aos
personagens de sua própria autoria - uma espécie de
carranca cujos espaços reservados às narinas e ouvidos
são sempre preenchidos com olhos. Nos arredores
do Parque do Ibirapuera, bem em frente à Assembleia
Legislativa do Estado, um quadrado de concreto que
por anos estampava a arte de Herbert e Vitché, dois
grafiteiros renomados da capital, fora coberto por tinta
cinza, esguichada pelos caminhões da prefeitura. “Lá se
vai um trampo histórico”, pensou Mundano.
Ele parou o carro, tirou rolinho e tinta do

porta-malas sempre atolado com seus materiais de
trabalho, e estampou novos traços na plataforma de
concreto. Três meses depois, tudo estava apagado
novamente. Mundano pintou mais uma vez. De novo.
Repetidas vezes [...]. Resolveu então incorporar aos
personagens frases como: “Apaguem a miséria e não
o grafite” e “Cidade limpa de corruptos!”. “Comecei
a desenhar balõezinhos e a dialogar com a cidade”,
conta. “Questionava por que a prefeitura gastava
tanto dinheiro com tinta cinza em vez de solucionar
outros problemas”.
[...] As frases jamais deixariam o repertório do

grafiteiro e, além disso, migrariam mais tarde para as
carroças turbinadas por ele [...]. Em 2007, pintou a
primeira carroça. De lá pra cá, foram 190, dentro de um
exército de 20.000 carroceiros que carregam sozinhos
90% de todo o material reciclado de São Paulo.

[...] Embora esteja começando a experimentar
o gosto da fama, Mundano não esquece das
origens da labuta. Poucos meses atrás, atendeu à
campainha do escritório, dois catadores esperavam
pelo artista, as carroças estacionadas na vaga criada
por ele exclusivamente para carroceiros, as mãos
machucadas de tanto trabalho, feridas abertas por
falta de curativo. Mundano deu-lhes luvas protetoras.
Em palestra feita para o programa TED Talks,

Mundano fala sobre as origens do projeto Pimp my
carroça. Leia alguns trechos de sua palestra:
A [questão social] que me chamou mais atenção

foi uma questão que é invisível são os catadores de
material reciclável. E esse cara é invisível, ele está aí
na av. Paulista. As pessoas passam nem reparam na
existência dele. E ele está fazendo um trabalho muito
digno e honesto.
Depois de muitas conversas com os catadores

[...] comecei a enxergar a cidade de uma outra ótica e
comecei a pintar em vez de muros comecei a pintar
carroças. Para tirá-los da invisibilidade nada mais fácil
que colorir as carroças.
[...] seu Valdemar, que era um catador, é

um catador do centro de São Paulo, ele era
marginalizado, invisível. E agora ele é reparado.
Recebo fotos de pessoas que tiram fotos dele na
rua e me mandam. Ele começou a ser reparado.
As pessoas em vez de buzinar para ele porque ele
atrapalhava o trânsito, buzinam e falam “pô, está da
hora sua carroça”. Entendeu, é isso que estou falando.
Só que essa luta de tirar da invisibilidade os

catadores, de valorizar, é uma luta praticamente
infinita que comprei para mim, e pretendo levar até
o fim da vida, mas o que queria deixar a mensagem
aqui para vocês, é que essa luta não é só minha, é de
vocês também. Obrigado.
Disponível em:
www.youtube.com/watch?v=CXwstjBc2sw

Acesso em: 24/07/2020.
a) Você considera que o artista Mundano tem
um projeto de vida? Como você descreveria o
projeto de vida do artista?
b) Quais fatores inspiraram a atuação social de

Mundano?
Atividade 2
A canção é uma das linguagens artísticas de maior
alcance. Por meio dela, diversos artistas reivindicam
direitos e fazem críticas à estrutura socioeconômica
e aos padrões culturais dominantes, por vezes
contribuindo para a conscientização de um grande
número de pessoas sobre um problema social, até
mesmo estimulando a mobilização política coletiva.
Faça um pesquisa de canções que se enquadram

no perfil de “canção ativista”. Escute a melodia e a letra.
Após explorar cerca de cinco músicas, escolha duas
delas. Registre, no espaço a seguir, o título, a autoria
e alguns trechos da letra que evidenciam o caráter
ativista e engajado presentes nelas.

Atividade 3
Pense em algum problema social que
o incomoda ou cause indignação. Crie uma
manifestação artística que expresse sua crítica a esse
problema, utilizando recursos como palavras e/ou
desenhos. Inspire-se nos conhecimentos adquiridos
nesta aula e deixe a sua criatividade fluir. Neste
momento, o mais importante é formular uma proposta
de crítica social. Por isso, não se preocupe com a falta
de conhecimentos técnicos no campo das artes.

joel-muniz-bJ2Dm9ZyeIY-unsplash.jpg

ATIVISMO MUSICAL
Como você viu na aula 4, a criatividade é
um recurso pessoal com poder de transformação
socioeconômico e cultural. E a música é uma de
suas formas de expressão. Existem diversas canções
que incentivam a tomada de consciência acerca dos
problemas sociais e nos impulsionam para agir em
prol da transformação.
Antes de criar a playlist da turma com canções

que falam sobre engajamento e transformação social,
vamos nos divertir com uma dinâmica de adivinhação.
Lembre-se: o ócio é um ótimo aliado da criatividade,
pois permite pensar o impensado.

Qual é a música?
Conhecendo as canções
● Em grupos de até cinco pessoas, compartilhe
as canções que vocês pesquisaram na atividade
2 da aula 4.
● Busquem, na internet, canções desconhecidas.
Leiam alguns trechos da letra e/ou coloque-as
para a sua turma ouvir;
● Depois de familiarizar-se com as canções,
façam uma pré-seleção, escolhendo duas delas
– aquelas que melhor representam a temática
da transformação social - para apresentar para
a turma.
● Anotem na lousa o nome das canções
escolhidas, bem como o nome do cantor. Se
a escolhida pelo seu grupo já estiver na lousa,
porque outro grupo a elegeu, selecione outra.
● Quando a lista de músicas estiver completa
na lousa e ainda assim houver alguma(s)
canção(ões) desconhecida(s), pesquisem-na(s)
para ouvi-la(s).
1ª etapa: jogo de adivinhação – descrição

Preparo do jogo: Alguém da turma deve colocar
o nome de cada canção e o respectivo cantor
em pedaços de papel e guardar em um saco. Em
seguida, apague o nome das canções escritas na
lousa. Determine a sequência dos grupos para iniciar
o jogo, quem será o primeiro, o segundo, e assim
sucessivamente.
Regras do jogo:
● Cada grupo representa um time e vence aquele
que acertar mais canções até o final do jogo
(serão 3 etapas).
● Cada rodada dura 1 minuto. Enquanto um
grupo estiver tentando adivinhar, os outros
estarão controlando o tempo. O número
de pontos daquela rodada é equivalente ao

número de acertos que o grupo teve em 1
minuto.
● A cada rodada, um integrante do grupo pega
uma canção no saco e tenta descrevê-la para
seu grupo, sem usar as palavras do título, nem
o nome do cantor. Por exemplo, se a canção se
chama “Sonhos”, será possível dizer ao grupo
coisas como “é aquilo que fazemos enquanto
dormimos; tem relação com o projeto de vida;
é algo bom”, etc.
● Será possível descrever o nome da canção de
diversas formas até alguém acertar. Só vale
quando o grupo acertar o nome completo
da canção. Não é precisa acertar o nome do
cantor.
● Caso se perceba que o grupo não vai acertar o
nome da canção, é possível descartar aquela e
pegar outro papel de dentro do saco, iniciando
outra descrição. Terminado 1 minuto, o número
de músicas acertadas deve ser somado.
● As músicas acertadas ficam fora do saco e
aquelas que o grupo descartou são colocadas
de novo dentro dele.
● O próximo grupo inicia a descrição das músicas
que restaram, por mais 1 minuto, e contabiliza
os acertos;
● Quando as músicas do saco terminarem, os
pontos de cada grupo serão contabilizados e
terá início a 2ª etapa do jogo.
2ª etapa: jogo de adivinhação – uma

palavra
● Todas as músicas voltarão para o saco.
● Continua com o grupo seguinte àquele que
encerrou a 1ª etapa.
● Os procedimentos são similares, a única
diferença é que agora os membros do grupo
deverão adivinhar a canção com apenas uma
palavra: aquela que melhor a representa. Por
exemplo, para a canção chamada “Sonhos”,
pode-se agora propor a descrição com a

palavra “dormir”, cabendo ao grupo ter boa
memória para se lembrar da associação.
● Os demais procedimentos são iguais.
● Quando as canções do saco terminarem, os
pontos de cada grupo serão contabilizados e
terá início a 3ª etapa do jogo.
3ª etapa: jogo de adivinhação – mímica

● Todas as canções voltarão para o saco.
● Continua com o grupo seguinte àquele que
encerrou a 2ª etapa;
● A diferença agora é que os membros do seu
grupo deverão adivinhar o nome da canção por
meio da mímica.
● Não é permitido usar sons e nem apontar para
objetos presentes na sala.
● Os demais procedimentos são iguais.
● Ao final, deve ser feita somatória dos acertos
que cada grupo obteve em todas as etapas.
Vence aquele com maior pontuação.
Atividade 1
Com as músicas selecionadas na atividade
anterior, crie uma playlist da turma e planeje como
divulgá-la. Discuta com os colegas de classe as
possibilidades de divulgação interna, compartilhando
as canções dentro da escola. Por exemplo, elas
podem ser tocadas no intervalo, ou podem ser
escritos trechos das letras nos murais, entre outras
maneiras. Ou podem planejar algo de maior alcance,
com publicação na internet, seja por aplicativo de
música (como Spotify, SoundCloud, etc), ou YouTube.
Podem eleger mais de uma opção para a divulgação
e, para cada uma, alguém (ou um grupo) assume a
responsabilidade por colocá-la em prática.

Atividade 2
As artes ocupam algum lugar em seu projeto de
vida? Você conhece alguém que tenha a arte como
fonte de seu projeto de vida?
Ser artista em nosso país e em muitos outros

pode não ser nada fácil. A maioria dos artistas precisa
trabalhar autonomamente, ou seja, sem um vínculo
de trabalho formal e sem todos os benefícios que isso
gera, como um salário mensal, direito à aposentadoria,
décimo terceiro salário, entre outros. Por isso, um
estudo realizado nos Estados Unidos mostrou que ⅔
dos jovens que têm como projeto de vida ser artista
desistem, em média, após dois anos de tentativas
frustradas. Contudo, os artistas ocupam uma posição
fundamental na sociedade: são eles que geram
cultura, entretenimento, lazer, aprendizado, que
promovem a sensibilidade, a percepção crítica do
mundo, entre tantas outras contribuições. Sabendo
disso, imagine como seria o mundo sem artistas, ou
seja, sem músicos, sem atores, sem bailarinos, sem
artistas circenses… Depois de fazer essa reflexão,
responda: se esse fosse o seu projeto de vida, quais
ações concretas você realizaria para conquistá-lo?
Quais aspectos você considera que sejam importantes
para você não desistir desse projeto?

O QUE VOCÊ QUER DA VIDA?

Você sabe o que é um manifesto? Já leu ou
ouviu algum exemplar do gênero?
Manifesto é um gênero textual argumentativo

que tem o intuito de defender um posicionamento e
convencer as pessoas a aderirem a ele. É considerado
uma forma de as pessoas exercerem seu direito
à cidadania, declarando e defendendo ideias nos
campos político, artístico, profissional, entre outros.
Para citar um exemplo do poder de um

manifesto, em 1923, o pesquisador italiano Ricciotto
Canudo escreveu o Manifesto das Sete Artes (1923),
em que ele considerou o cinema como a sétima
arte, depois da arquitetura, pintura, escultura, música,
dança e poesia. Depois disso, o cinema passou a
ser considerado uma arte, porém híbrida, ou seja, a
mistura de outras expressões artísticas, como o som,
da música; o movimento, da dança; a cor, da pintura;
o volume, da escultura; o cenário, da arquitetura; a
representação, do teatro; a palavra, da poesia.

Atividade 1
Leia a seguir o Manifesto 2000 por uma Cultura
de Paz e Não-Violência, criado por um grupo de
pessoas que ganharam o Prêmio Nobel da Paz.
As primeiras pessoas a assinar o manifesto foram:
Norman Borlaug, Adolfo Perez Esquivel, Michail
Gorbatchev, Mairead Maguire, Rigoberta Menchu Tum,
Shimon Peres, José Ramos Horata, Joseph Rotblat,
David Trimble, Desmond Tutu, Elie Wiesel, Carlos F.
Ximenes Belo, Nelson Mandela e o Dalai Lama. 100
milhões de pessoas em todo o mundo assinaram o
manifesto por meio de uma ação promovida pela
UNESCO, coordenadora desse projeto.
Manifesto 2000
Por uma Cultura de Paz e Não-Violência
O Ano 2000 deve ser um novo começo para

todos nós. Juntos, podemos transformar a cultura
de guerra e violência em uma Cultura de Paz e não-
violência.
Essa evolução exige a participação de cada um

de nós para dar aos jovens e as gerações futuras
valores que os ajudem a forjar um mundo mais digno
e harmonioso, um mundo de justiça, solidariedade,
liberdade e prosperidade.
A Cultura de Paz torna possível o

desenvolvimento duradouro à proteção do ambiente
natural e a satisfação pessoal de cada ser humano
Reconhecendo a minha cota de responsabilidade

com o futuro da humanidade, especialmente com
as crianças de hoje e as das gerações futuras, eu me
comprometo - em minha vida diária, na minha família,
no meu trabalho, na minha comunidade, no meu país
e na minha região - a:
• Respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa,

sem discriminação ou preconceito.

• Praticar a não-violência ativa, rejeitando a
violência sob todas as suas formas: física, sexual,
psicológica, econômica e social, em particular
contra os grupos mais desprovidos e vulneráveis
como as crianças e os adolescentes.
• Compartilhar o meu tempo e meus recursos

materiais em um espírito de generosidade
visando o fim da exclusão, da injustiça e da
opressão política e econômica.
• Defender a liberdade de expressão e a

diversidade cultural, dando sempre preferência
ao diálogo e à escuta do que ao fanatismo, a
difamação e a rejeição do outro.
• Promover um comportamento de consumo que

seja responsável e práticas de desenvolvimento
que respeitem todas as formas de vida e
preservem o equilíbrio da natureza no planeta.
• Contribuir para o desenvolvimento da minha

comunidade, com a ampla participação
da mulher e o respeito pelos princípios
democráticos, de modo a construir novas
formas de solidariedade.
Atividade 2
Crie um manifesto que responda a seguinte
pergunta: “O que você quer da vida?”. Recupere o
que você aprendeu ao longo deste ano e as decisões
que já tomou em relação à vida que deseja ter no
futuro. Lembre-se de seguir a estrutura do manifesto,
que é composta por um título, seus argumentos, sua
assinatura e a data em que foi realizado. Compartilhe
seu manifesto com alguns colegas, verificando a
existência de pontos em comum e de divergências.
Assim, você poderá se inspirar também por meio
da argumentação presente em outros textos,
inserindo novos pontos em seu manifesto e até
mesmo encontrando companheiros para que, juntos,
dediquem-se à realização de objetivos semelhantes.

Atividade 3
Depois da produção, crie uma versão criativa do
seu manifesto, utilizando recursos gráficos e artísticos
de modo a torná-lo uma obra a ser fixada em um
local para o qual você olhe cotidianamente e possa
se lembrar, sempre, do compromisso que você deseja
assumir com você mesmo, rumo ao alcance de seus
sonhos e objetivos.

RUBRICAS 2º ANO
PROJETO DE VIDA
BLOCO: TEMA:
2º ANO TEMA 2 Engajamento e Transformação
Transformação social
Para que as mudanças sociais que os jovens

desejam ver no mundo ocorram, é preciso
engajamento com a transformação social. Por isso é
fundamental construir conhecimentos, habilidades
e valores que sensibilizem os jovens para as
problemáticas sociais e ambientais da esfera pública e
se engajar com as transformações que eles desejam
para suas comunidades e para o mundo.
II
I III IV
Atendeu
parcialmente às
expectativas de
aprendizagem.
Identifica e explica Identifica e explica

as causas e as causas e
Identifica e explica
Tem dificuldade consequências de consequências de
as causas e
de identificar e problemas sociais problemas sociais
consequências de
explicar as causas e ambientais, e ambientais,
problemas sociais
e consequências expressa suas expressa suas
e ambientais,
de problemas opiniões e opiniões e
expressa suas
sociais e sentimentos sentimentos
opiniões e
ambientais, com criticidade, com criticidade,
sentimentos
AUTOCONHECI- assim como propõe soluções propõe soluções
com criticidade,
MENTO de expressar para seu para seu
propõe soluções
suas opiniões e enfrentamento, enfrentamento,
para seu
sentimentos a reconhece reconhece
enfrentamento,
respeito deles seu papel no seu papel no
mas não
com criticidade, enfrentamento enfrentamento
reconhece
e não propõe desses problemas desses problemas
seu papel no
soluções para seu e sente-se e sente-se
enfrentamento
enfrentamento. comprometido comprometido
desses problemas.
a promover a promover
mudanças sociais. mudanças sociais.
COMENTÁRIOS
DO ESTUDANTE
COMENTÁRIOS
DO EDUCADOR

PROJETO DE VIDA
2º ANO
PARTE 2
PROJETO INTERDISCIPLINAR
PROJETO SOCIAL
O mundo em que vivemos é atravessado por
uma série de problemas sociais e ambientais, como
as desigualdades sociais, a violência, a discriminação,
a poluição, a extinção de espécies, entre outros. É
provável que você e muitas das pessoas com quem
convive se incomodem com essas questões e
gostariam que elas não existissem, além de desejarem
muitas outras mudanças para que o mundo fosse um
lugar melhor para todos.
Para alguns, o incômodo com os problemas

sociais e ambientais é inaceitável, como se não fosse
possível conviver com eles sem fazer algo para mudá-
los. Essas pessoas sentem que o enfrentamento
dessas problemáticas é uma responsabilidade moral
incontornável, que todos que partilham o mundo
devem assumir. Muitas se engajam em projetos
sociais, seja como parte de suas profissões, como
prática militante ou por meio de trabalho voluntário.
Para elas, construir um mundo melhor é parte de suas
identidades e projetos de vida.
PROJETO DE VIDA MATERIAL DO ESTUDANTE - 2º ANO | PROJETO INTERDISCIPLINAR 145

Se o mundo de hoje possui uma
série de questões que afrontam
a dignidade, violam os direitos
humanos e degradam o meio
ambiente, imagine como seria
se não fosse pelo engajamento
das gerações anteriores, cujas
mudanças sociais conquistadas
nos permitem viver em um
mundo, em muitos aspectos,
melhor do que o delas?
Imagine como seria a nossa vida se, mesmo hoje,
tantas pessoas não estivessem lutando para construir
uma sociedade mais justa, democrática e sustentável?
Se desejamos e necessitamos melhorar o

mundo em que vivemos, é preciso fazer parte dessa
construção. É por isso que nesse projeto você e seus
colegas serão desafiados a desenvolver um Projeto
Social, com o objetivo de contribuir com a melhoria
de problemas sociais ou ambientais.
Por meio dessa experiência, você irá pôr em

prática a empatia, a solidariedade e a cidadania, sendo
protagonista do enfrentamento de um problema social
ou ambiental real e, ao mesmo tempo, adquirindo
aprendizados fundamentais para a sua formação.
ETAPAS DO PROJETO SOCIAL

1 - Pesquisa de campo: mapeamento
dos problemas e instituições sociais da
comunidade
Problemas sociais da comunidade
Um problema social ou ambiental é o ponto de

partida e também de chegada de todo projeto social.
Nesse etapa inicial, você e seus colegas deverão
listar os principais problemas sociais ou ambientais
da comunidade do entorno da escola e indicar suas
possíveis causas e consequências na tabela disponível
na página seguinte.
Para isso, realizem uma pesquisa de campo

na comunidade e coletem o máximo de dados
possíveis. Observem atentamente o ambiente e o
comportamento das pessoas, depois, conversem
com as que vivem e trabalham ali, a fim de conhecer
seus incômodos, necessidades e os problemas que
enfrentam. Posteriormente, a lista de problemas
será utilizada na escolha das questões que serão
enfrentadas pelos grupos.
PROBLEMAS
CAUSAS
CONSEQUÊNCIAS

Instituições sociais que atuam na comunidade
A parceria com uma instituição social que atua

na comunidade, visando solucionar problemas sociais
e ambientais, pode ajudá-los a descobrir sobre quais
problemas poderão atuar, assim como a elaborar e
executar intervenções sobre eles. Por isso, antes de
selecionar um problema para encarar e desenvolver
um plano de ação, façam um mapeamento das
instituições sociais que atuam na comunidade (ONGs,
postos de saúde, associações de bairro, instituições do
poder público, centros culturais etc.).
Ao entrar em contato com a instituição, chequem

as seguintes informações:
Nome da instituição
Quais são os problemas sobre os quais a

instituição atua?
É possível fazer uma parceria com a escola?

Como?

2 - DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
Um projeto social pode ser desenvolvido de
variadas formas. As etapas a seguir representam uma
possibilidade de como organizá-lo.
Escolha do problema
Após realizarem o mapeamento dos problemas

e entidades sociais da comunidade, socializem os
resultados com seus colegas. Verifiquem quais são
os mais relevantes e selecionem aquele sobre o qual
vocês mais desejam intervir.
Diagnóstico e estudo do problema
Embora o grupo já saiba o tipo de problema

social que irá enfrentar, ainda não deve pensar em
uma proposta de intervenção antes de entrar em
contato direto com o tema e conhecer suas variáveis.
Afinal, não é possível apresentar uma solução
para um problema sem antes conhecer com mais
detalhes como ele está constituído e escutar as
pessoas implicadas a ele. Para elaborar e realizar uma
intervenção que, de fato, atenda às necessidades da
comunidade, é fundamental realizar essa etapa de
diagnóstico com postura investigativa e empática.
Assim, efetue uma pesquisa de campo e estudos,

procurando verificar:
I) Em qual contexto o problema ocorre?
II) Qual é o perfil das pessoas envolvidas, suas

opiniões, sentimentos e experiências?

III) Quais são as causas e consequências do
problema?
IV) O que já foi feito para enfrentar essa questão

e o que as pessoas envolvidas consideram que
pode ser feito?

Caso deseje realizar anotações adicionais,
utilize o espaço a seguir.
Plano da intervenção
Após conhecer melhor o problema, definam e

planejem a intervenção que consideram ser capaz de
melhorá-lo ou solucioná-lo. Para elaborar um plano
para a intervenção, realizem as seguintes tarefas: I)
Identifiquem os recursos humanos e materiais de
que dispõem e de que necessitam para realizar a
intervenção; II) Definam metas a serem cumpridas,
tracem uma estratégia para sua execução e a
organizem em um cronograma que descreva quando
cada meta será realizada. Lembrem-se de planejar
intervenções que sejam viáveis de serem produzidas.
Utilizem o espaço a seguir para elaborar um

quadro ou tabela onde vocês possam organizar o
plano de intervenção.

Execução da intervenção
Este é o momento de colocar em prática a

proposta de intervenção formulada pelo grupo. É
possível que alguns grupos realizem mais de uma
intervenção ao longo do projeto, a depender das
demandas da comunidade, do tipo de problema sobre
o qual estão atuando, bem como das oportunidades
de intervir sobre ele. Além disso, uma intervenção
pode revelar a existência de novos quesitos e/ou gerar
a necessidade de elaboração de novos planos. Nesses
casos, é possível que você tenha que planejar novas
ações.

3 - SOCIALIZAÇÃO DO PROJETO SOCIAL
Concluída a intervenção, organize um espaço e
um tempo para compartilhar o percurso do projeto
e seus resultados com os colegas e a comunidade
escolar por meio de uma apresentação.
4 - AVALIAÇÃO DO PROJETO SOCIAL

Após concluir o Projeto Social, cada integrante
do grupo deverá avaliar o seu desempenho pessoal
e o desempenho do grupo, preenchendo a rubrica
a seguir. Os mesmos indicadores de avaliação serão
utilizados pelo educador.
0 1,0 1,5 2,0
Atuei no desen- Atuei no de- Atuei com au-

volvimento do senvolvimento tonomia no de- Atuei no de-
projeto sempre do projeto mais senvolvimento senvolvimento
ou quase sem- em função do do projeto, todo projeto com
pre em função incentivo ou mando iniciati- autonomia, to-
do incentivo ou comando de va na realização mando iniciati-
comando de um adulto ou de pesquisas, va na realização
um adulto ou de um colega na proposição de pesquisas,
Protagonismo e de um colega, e do que por ini- de ideias, no na proposição
autonomia não por iniciati- ciativa pessoal, planejamento de ideias, no
va pessoal, seja seja na realiza- e na realização planejamento
na realização ção de pesqui- da intervenção, e na realização
de pesquisas, sas, na propo- por vezes ne- da intervenção,
na proposição sição de ideias cessitando do sem necessitar
de ideias ou no ou no planeja- incentivo ou do comando de
planejamento mento e reali- comando de um adulto ou
e realização da zação da inter- um adulto ou de um colega.
intervenção. venção. de um colega.
Me compro-
Me compro-
meti somente Me comprome-
meti na maior
em alguns mo- ti o tempo todo
parte do tempo
mentos com com o alcance
com o alcance
o alcance dos dos objetivos
dos objetivos
objetivos e me- e metas indivi-
e metas indivi-
Não me com- tas individuais e duais e do gru-
duais e do gru-
prometi com do grupo, cum- po, cumprindo
po, cumprindo
Trabalho o alcance dos prindo prazos, prazos, dando
prazos, dando
colaborativo objetivos e me- dando ideias, ideias, realizan-
ideias, realizan-
tas individuais e realizando as do as tarefas
do as tarefas
do grupo. tarefas que me que me foram
que me foram
foram atribu- atribuídas e co-
atribuídas e co-
ídas e coo- operando com
operando com
perando com meus colegas
meus colegas
meus colegas em seus desa-
em seus desa-
em seus desafios.
fios.
fios.

0 1,0 1,5 2,0
Me senti res-
Me senti par- ponsável por
cialmente res- contribuir com
ponsável por Me senti res- o enfrentamen-
Não me senti contribuir com ponsável por to do proble-
responsável por o enfrentamen- contribuir com ma e dediquei
contribuir com to do proble- o enfrentamen- grande esforço
o enfrentamen- ma e somen- to do problema para a realiza-
to do problema te em alguns e me esforcei ção do proje-
Engajamento
e realizei o pro- momentos me para a realiza- to, dispondo
social
jeto somente esforcei para a ção do projeto de meu tempo,
em função das realização do em função das conhecimentos
determinações projeto, sem- tarefas e do es- e habilidades,
e avaliação da pre em função paço-tempo independen-
escola. das tarefas e do determinados temente das
espaço-tempo pela escola. tarefas e do es-
determinados paço-tempo
pela escola. determinados
pela escola.
Conheço o Conheço o
Conheço pou- Conheço o
contexto de contexto de
co o contex- contexto de
vida das pesso- vida das pesso-
to de vida das vida das pesso-
as associadas as associadas
pessoas asso- as associadas
ao problema, ao problema e
ciadas ao pro- ao problema e
mas tenho di- consigo expli-
blema e não consigo expli-
ficuldade de car suas causas
consigo explicar suas causas
explicar suas e consequên-
car suas causas e consequên-
causas e con- cias em nível
e consequên- cias em nível
Conhecimento sequências em local, de modo
cias em nível local, de modo
sobre o nível local e a produzir uma
local e produzir a produzir uma
problema produzir uma justificativa em-
uma justificativa justificativa em-
justificativa embasada para a
embasada para basada para a
basada para a intervenção,
a intervenção, intervenção,
intervenção, mas tenho di-
nem estabe- bem como es-
assim como ficuldade de
lecer relações tabelecer re-
de estabelecer estabelecer
com fatores so- lações com
relações com relações com
ciais e políticos fatores sociais
fatores sociais fatores sociais
de maior esca- e políticos de
e políticos de e políticos de
la. maior escala.
maior escala. maior escala.
A intervenção A intervenção
foi realizada a foi realizada a
A intervenção
partir das ob- partir das ob-
não foi realiza- A intervenção
servações e servações e
da a partir das foi realizada a
escuta das pes- escuta das pes-
observações e partir das ob-
soas implicadas soas implicadas
escuta das pes- servações e
ao problema e ao problema e
soas implicadas escuta das pes-
Intervenção atendeu satis- atendeu satis-
ao problema e soas implicadas
fatoriamente às fatoriamente às
não atendeu, ao problema e
suas demandas, suas demandas,
ou atendeu atendeu par-
porém seu im- causando um
parcialmente, cialmente às
pacto não irá impacto que irá
às suas deman- suas demandas.
perdurar para perdurar para
das.
além do projeto além do projeto
social. social.

Referências bibliográficas
ARAÚJO, Ulisses Ferreira de. Temas transversais e a estratégia de
projetos. São Paulo: Moderna, 2003.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Brasília, Unb, 1982.
MARTÍN, Xus; RUBIO, Laura. (Coord.). Prácticas de cuidadanía: diez
experiencias de aprendizaje servicio. Ministerio de Educación, 2010.
PUIG, J. M. et al. (Org.) Aprendizaje servicio: educación y compromiso
cívico. Barcelona: Graó, 2009.
SILVA, Marco Antonio Morgado da. Educação Ambiental para a
cidadania e a construção de valores morais: diálogos entre pesquisa
e intervenção. 2015. 231 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de
Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.
SILVA, Marco Antonio Morgado da; ARAÚJO, Ulisses Ferreira de.
Aprendizagem-serviço e fóruns comunitários: articulações para
a construção da cidadania na educação ambiental. Ambiente e
Educação: revista de educação ambiental, Rio Grande, v. 24, n. 1, p. 01-
17, 2019. Disponível em: https://periodicos.furg.br/ambeduc/article/
view/8157/5851

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1 21 Alagoas Estud Ano 2

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PROJETO

JOSÉ RENAN VASCONCELOS JACIELMA PEREIRA LEITE

FÁBIO GUEDES GOMES DANIELLY VERÇOSA SILVA

RICARDO LISBOA MARTINS FABIANA ALVES

ROSEANE FERREIRA DANIEL MELO MACEDO

COLABORAÇÃO DE Clarissa Rodrigues Pereira

Aula 2 - Autoestima, autocuidado e cuidado com o outro 12

Aula 3 - Potencialidades, vulnerabilidades e feedback 15

Aula 4 - Padrões estéticos e autoestima 21

Aula 5 - Padrões estéticos e autoestima 26

Aula 6 - Redes sociais e autoestima 28

Avaliação em Projeto de Vida 1 38

BLOCO 2: Convivência e participação 39

TEMA: Cidadania e Política

Aula 1 - Cidadania e política 39

Aula 2 - Teoria da Ação Comunicativa,

Aula 3 - Práticas de cidadania 52

Aula 4 - Declaração Universal dos Direitos Humanos 57

Aula 5 - Cidadania e política 62

Aula 6 - Declaração Universal dos Direitos Humanos 64

Avaliação em Projeto de Vida 2 67

TEMA: Campo de possibilidades e escolha profissional

Aula 1 - Autoconhecimento e tomada de decisão 68

Aula 2 - Carreiras profissionais e propósito de vida 74

Aula 3 - Carreiras profissionais e propósito de vida 79

Aula 4 - Escolhas equivocadas e acertadas,

Aula 5 - Limites e oportunidades sociais

Aula 6 - Tomada de consciência sobre as escolhas 93

Avaliação em Projeto de Vida 3 98

BLOCO 4: Engajamento e transformação 99

TEMA: Transformação social

Aula 1 - Papel do jovem na transformação social,

Aula 2 - Protagonismo Juvenil 112

Aula 3 - Processo criativo 119

Aula 4 - As artes como ferramenta de transformação social;

Aula 5 - Arte e engajamento social; arte como

Aula 6 - Gênero textual do manifesto e projeto de vida 140

Avaliação em Projeto de Vida 4 144

PROJETO INTERDISCIPLINAR 2º ANO: “Projeto Social” 144

PROJETO DE VIDA 2º ANO

Imagine a situação fictícia em que você precisa se

PROJETO DE VIDA MATERIAL DO ESTUDANTE - 2º ANO | TEMA 1 | AULA 1 8

PROJETO DE VIDA MATERIAL DO ESTUDANTE - 2º ANO | TEMA 1 | AULA 1 9

O autoconceito é uma construção intersubjetiva, ou

PROJETO DE VIDA MATERIAL DO ESTUDANTE - 2º ANO | TEMA 1 | AULA 1 10

(listar três características físicas)

(apontar um sentimento) em relação a isso.

Eu me considero uma pessoa

(listar três características da personalidade) e me sinto

(apontar um sentimento) em relação a isso.

Em geral, eu considero minha autoestima

(listar duas características que você gostaria de adquirir).

Para isso, busco inspiração em pessoas

(listar duas pessoas que te inspiram).

Uma dessas estratégias é realizar afirmações

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PROJETO DE VIDA 2º ANO

A escala de Rosenberg, representada abaixo, foi

Responda individualmente, assinalando: discordo,

PROJETO DE VIDA MATERIAL DO ESTUDANTE - 2º ANO | TEMA 1 | AULA 2 12

Sinto que sou uma pessoa de

Sou capaz de fazer tudo tão

Acho que tenho muitas

Tenho motivos para me