Você está na página 1de 10

Cópia não autorizada

GUIA 58

Sistemas de credenciamento de
laboratórios de calibração e ensaios -
requisitos gerais para operação e
reconhecimento

Primeira edição 1993


Cópia não autorizada

Associação Brasileira de Normas Técnicas


Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar - CEP 20003-900
Rio de Janeiro - RJ – Brasil
Telex: (55-021) 34333 – Fax: (55-021) 240-8249
Telefone: (55-021) 210-3122
Caixa postal: 1680

International Organization for Standardization


Case postale 56 • CH-1211 GENEVA 20 • Switzerland

International Electrotechnical Commission


Case postale 131 • CH-1211 GENEVA 20 • Switzerland

Origem: No. ISO/IEC GUIDE 58 : 1993

CDU: 061:64:006.06

Descritores: Certificação. Organizações aprovadas. Laboratórios


de ensaio. Credenciamento de laboratório. Requisitos
operacionais. Sistemas da qualidade. Condições gerais
Descriptors: Certification. Approved organizations. Testing
laboratories. Laboratory accreditation. Operating requirements.
Quality sistems. General conditions.

07 páginas

Elaborado no âmbito do CB-25 - Comitê Brasileiro da Qualidade


Cópia não autorizada
Cópia não autorizada

ABNT ISO/IEC GUIA 58 : 1993

Sistemas de credenciamento de laboratórios de calibração e ensaios - requisitos


gerais para operação e reconhecimento

1 Objetivo e campo de aplicação NBR ISO 10011-1:1993, Diretrizes para auditoria de sis-
temas da qualidade - Parte 1: Auditoria.
Este documento estabelece os requisitos gerais para a
operação de um sistema de credenciamento de labora- NBR ISO 10011-2:1993, Diretrizes para auditoria de sis-
tórios de calibração e/ou ensaios, de tal modo que os temas da qualidade - Parte 2 - Critérios para qualificação
credenciamentos concedidos, e os serviços abrangidos de auditores de sistemas da qualidade.
por estes credenciamentos, possam ser reconhecidos
em nível nacional ou internacional, e o organismo que 3 Definições
opera o sistema de credenciamento possa ser reconheci-
do, em nível nacional ou internacional, como competente As definições pertinentes do ABNT ISO/IEC GUIA 2 são
e confiável. aplicáveis. Além destas, as seguintes definições também
se aplicam:
Os usuários dos serviços de um organismo de credencia-
mento, além dos laboratórios credenciados por este or- 3.1 laboratório: organismo que calibra e/ou ensaia
ganismo, podem requerer a concordância com requisitos (ABNT ISO/IEC GUIA 25, item 3.1).
adicionais àqueles especificados neste Guia.
3.2 credenciamento: procedimento através do qual um
O objetivo deste documento é prover uma orientação pa- organismo com autoridade, dá o reconhecimento formal
ra constituir e operar um organismo de credenciamento e de que um organismo, ou uma pessoa, é competente pa-
facilitar os acordos de reconhecimento mútuo dos creden- ra desempenhar tarefas específicas.
ciamentos de laboratórios entre tais organismos.
NOTA - O credenciamento em si não qualifica o laboratório para
NOTA - Reconhece-se que os acordos de reconhecimento mú-
aprovar qualquer produto em particular. Contudo, o credencia-
tuo de credenciamento, que têm por objetivo remover as barrei-
mento pode ser importante para as autoridades de aprovação
ras ao comércio exterior, talvez precisem abranger outros as-
e certificação, ao decidirem se devem ou não aceitar os dados
pectos que não foram explicitados nestes requisitos gerais, tais
produzidos por um determinado laboratório, em relação às suas
como, ensaios de proficiência ou outras comparações interla-
próprias atividades (ABNT ISO/IEC GUIA 2, item 13.7 com nota
boratoriais, intercâmbio de equipes ou de programas de treina-
adicional).
mento. Cada organismo de credenciamento, com o objetivo
principal de criar confiança e harmonizar a interpretação e im-
Para os objetivos deste Guia, o termo “cliente” se refere
plementação de normas, deve encorajar a cooperação técnica
a qualquer organização ou pessoa que utilize os serviços
e a troca de experiências entre os laboratórios por ele creden-
de um laboratório de calibração ou ensaio.
ciados. Além disso, deve estar preparado para trocar informa-
ções sobre procedimentos e práticas de credenciamento com
4 Organismo de credenciamento
outros organismos de credenciamento.

2 Referências 4.1 Disposições gerais

ABNT ISO/IEC GUIA 2:1993, Termos gerais e suas de- 4.1.1 Os procedimentos usados pelo organismo de cre-
finições relativas à normalização e atividades correlatas. denciamento devem ser administrados de maneira não
discriminatória.
ABNT ISO/IEC GUIA 25:1993, Requisitos gerais para a
capacitação de laboratórios de calibração e de ensaios O acesso a um sistema de credenciamento, operado por
um organismo de credenciamento, não deve ser con-
ABNT ISO/IEC GUIA 43:1993, Desenvolvimento e opera- dicionado ao tamanho do laboratório ou à filiação a qual-
ção de ensaios de proficiência de laboratório. quer associação ou grupo, e nem a situações financeiras
que restrinjam a participação.
NBR ISO 8402, Gestão da qualidade e garantia da quali-
dade - Terminologia. 4.1.2 A competência de um laboratório solicitante deve

1
Cópia não autorizada

ABNT ISO/IEC GUIA 58 : 1993

ser avaliada pelo organismo de credenciamento, levando renciem o credenciamento de laboratório de ou-
em consideração todos os requisitos do ABNT ISO/IEC tras atividades nas quais o organismo está en-
GUIA 25. volvido;

4.1.3 Os requisitos do ABNT ISO/IEC GUIA 25 podem ser - políticas e procedimentos para resolver recla-
interpretados, para uma calibração específica, ensaio ou mações e apelações recebidas de laboratórios,
tipo de calibração ou ensaio, pelo organismo de creden- quanto ao tratamento das questões de creden-
ciamento. Estas interpretações devem ser formuladas ciamento, ou de usuários de serviços, a respeito
por comitês ou pessoas do ramo, imparciais, que pos- dos laboratórios credenciados, ou quaisquer
suam a necessária competência técnica, e devem ser outros assuntos;
publicadas pelo organismo de credenciamento.
i) estar livre, especialmente seu executivo sênior e
4.1.4 O organismo de credenciamento deve exigir dos la- sua equipe, de quaisquer pressões comerciais,
boratórios credenciados que mantenham imparcialidade financeiras ou outras que possam influenciar os
e integridade. resultados do processo de credenciamento;

4.1.5 O organismo de credenciamento deve limitar suas j) ter regras e estruturas formais para a designação
exigências, avaliações e decisões de credenciamento, e operação de comitês envolvidos no processo de
aos assuntos relacionados especificamente à abrangên- credenciamento; estes comitês devem ser livres
cia do credenciamento em consideração. de quaisquer pressões comerciais, financeiras ou
outras que possam influenciar suas decisões; ou
4.2 Organização do organismo de credenciamento ainda, ter um tipo de estrutura em que os mem-
bros sejam escolhidos de forma a manter impar-
4.2.1 O organismo de credenciamento deve: cialidade, através de um equilíbrio de interesses,
em que não predomine interesse particular;
a) ser uma entidade pública ou privada, constituída
legalmente;
k) criar um ou mais comitês técnicos, sendo cada
um responsável, dentro do seu âmbito, pela orien-
b) ter direitos e responsabilidades relativas às suas
tação do organismo de credenciamento sobre
atividades de credenciamento;
assuntos técnicos relativos à operação de seu
sistema de credenciamento;
c) ter procedimentos adequados para cobrir as res-
ponsabilidades civis decorrentes das suas ativi-
l) não oferecer consultorias ou outros serviços que
dades e/ou operações;
possam comprometer a objetividade e as deci-
sões do seu processo de credenciamento;
d) ter estabilidade financeira e recursos necessários
para a operação de um sistema de credencia-
mento; m) estabelecer procedimentos consistentes com as
leis aplicáveis, para resguardar, em todos os ní-
e) ter e colocar à disposição, quando solicitado, a veis da organização (incluindo os comitês), a con-
descrição dos meios pelos quais recebe o supor- fidencialidade das informações referentes às so-
te financeiro; licitações, avaliações e credenciamentos de la-
boratórios;
f) empregar um número suficiente de funcionários
com formação, treinamento, conhecimento técni- 4.2.2 O organismo de credenciamento deve estabelecer
co e experiência necessários ao tratamento do procedimentos para controlar a propriedade, o uso e a
tipo, abrangência e volume de trabalho realiza- exibição dos documentos de credenciamento, bem co-
do, sob a chefia de um executivo sênior, respon- mo controlar a maneira como um laboratório credenciado
sável perante a organização, o organismo ou a pode referir-se à sua situação de credenciado.
junta a que se reporta;
4.3 Sistema da qualidade
g) ter um sistema da qualidade, inclusive estrutura
organizacional, que lhe dê credibilidade quanto à 4.3.1 O organismo de credenciamento deve operar um
capacidade de operar satisfatoriamente o siste- sistema da qualidade adequado ao tipo, diversidade e vo-
ma de credenciamento de laboratórios; lume de trabalho executado. Este sistema deve ser do-
cumentado, e a documentação deve estar disponível pa-
h) ter políticas e procedimentos documentados pa- ra uso da equipe do organismo de credenciamento. O
ra a operação do sistema da qualidade que esta- organismo de credenciamento deve designar uma pes-
beleçam: soa que tenha acesso direto ao nível executivo mais alto,
para assumir a responsabilidade pelo sistema da quali-
- políticas e procedimentos decisórios que dife- dade e pela manutenção da documentação da qualidade.

2
Cópia não autorizada

ABNT ISO/IEC GUIA 58 : 1993

4.3.2 O sistema da qualidade deve estar documentado 4.4 Concessão, manutenção, prorrogação, suspensão
em um manual da qualidade e em procedimentos relacio- e retirada de credenciamento
nados à qualidade. O manual deve ainda conter ou referir-
se, no mínimo, aos seguintes pontos: 4.4.1 O organismo de credenciamento deve especificar
as condições para concessão, manutenção e prorroga-
a) declaração da política da qualidade; ção de credenciamento, bem como as condições sob as
quais o credenciamento pode ser suspenso ou retirado,
b) estrutura organizacional do organismo de creden- parcial ou totalmente, para a totalidade ou parte do la-
ciamento; boratório credenciado.
c) atribuições e obrigações funcionais e operacionais
4.4.2 O organismo de credenciamento deve ter proce-
relativas à qualidade, a fim de que cada pessoa
dimentos para conceder, manter, suspender, retirar,
envolvida saiba a extensão e os limites de sua
aumentar ou reduzir o âmbito do credenciamento, ou
responsabilidade;
requerer reavaliação, no caso de mudanças que afetem
d) procedimentos administrativos, inclusive o contro- as atividades e operações do laboratório, tais como: mu-
le dos documentos; danças de pessoal ou equipamento, ou se a análise de
uma reclamação ou qualquer outra informação, indicar
e) políticas e procedimentos para implementar o pro- que o laboratório não está mais atendendo às exigências
cesso de credenciamento; do organismo de credenciamento.

f) procedimentos para retro-alimentação do siste- 4.4.3 O organismo de credenciamento deve ter proce-
ma e ações corretivas sempre que forem detecta- dimentos para transferência de credenciamento quando
das não-conformidades; é alterada a situação legal (por exemplo: a troca de
proprietário) do laboratório credenciado.
g) política e procedimentos para tratar apelações, re-
clamações e disputas; 4.5 Documentação

h) política e procedimentos para conduzir as audito-


O organismo de credenciamento deve colocar à dispo-
rias internas;
sição, quando solicitado, e providenciar (através de pu-
blicações, da mídia eletrônica ou outros meios) a atua-
i) política e procedimentos para a análise crítica do
lização, em intervalos adequados de:
sistema da qualidade;

j) política e procedimentos para recrutamento e trei- a) informações sobre a autoridade sob a qual os
namento de auditores e acompanhamento de seu sistemas de credenciamento, operados pelo or-
desempenho. ganismo de credenciamento, foram estabeleci-
dos, especificando-os se são compulsórios ou vo-
4.3.3 O organismo de credenciamento deve auditar suas luntários;
atividades para verificar sua conformidade com os requi-
sitos do sistema da qualidade. O sistema da qualidade b) documento contendo suas exigências para cre-
deve também ser analisado criticamente para assegurar denciamento, de acordo com este Guia;
sua efetividade contínua. Auditorias e análises críticas
devem ser executadas, sistemática e periodicamente, e c) documento, relacionando os procedimentos para
registradas juntamente com os detalhes de quaisquer a concessão, manutenção, prorrogação, suspen-
ações corretivas implementadas. são e retirada de credenciamento;

4.3.4 O organismo de credenciamento deve manter re-


d) informações sobre o processo de avaliação e cre-
gistros para demonstrar que os procedimentos de cre-
denciamento;
denciamentos têm sido efetivamente cumpridos, prin-
cipalmente no que diz respeito a formulários de inscrição,
relatórios de avaliação e relatórios relativos à concessão, e) informações gerais sobre as taxas cobradas aos
manutenção, prorrogação, suspensão ou retirada de cre- laboratórios solicitantes e aos laboratórios cre-
denciamento. Estes documentos de credenciamento de- denciados;
vem fazer parte dos registros.
f) descrição dos direitos e deveres de laboratórios
4.3.5 O organismo de credenciamento deve ter política e credenciados, conforme especificado nos itens
procedimentos para a guarda dos registros por um perío- 7.1, 7.2 e 7.3 deste Guia, incluindo as exigências,
do compatível com suas obrigações contratuais e legais. restrições e limitações sobre o uso do logotipo do
O organismo de credenciamento deve ter política e pro- organismo de credenciamento e sobre as manei-
cedimentos relativos ao acesso a esses registros, com- ras de fazer referência ao credenciamento con-
patíveis com o item 4.2.1, alínea m) deste Guia. cedido.

3
Cópia não autorizada

ABNT ISO/IEC GUIA 58 : 1993

5 Auditores de laboratório 5.4 Registro de auditores

5.1 Requisitos para os auditores O organismo de credenciamento deve possuir e manter


registros atualizados de auditores, contendo:
O auditor, ou a equipe de auditoria, indicado(a) para ava- a) nome e endereço:
liar um laboratório deve:
b) organização a que estão filiados e posição que ne-
a) estar familiarizado(a) com os regulamentos legais la ocupam;
pertinentes, os procedimentos de credenciamen-
to e os requisitos de credenciamento; c) qualificação educacional e situação profissional;

d) experiência profissional;
b) ter conhecimento completo do método de avalia-
ção pertinente e dos documentos de avaliação; e) treinamento em garantia da qualidade, auditoria,
calibração e ensaios;
c) ter conhecimento técnico adequado das calibra-
ções, dos ensaios, dos tipos de calibrações e de f) experiência em auditoria de laboratórios, associa-
ensaios específicos para os quais o credencia- da com o seu campo de competência;
mento é desejado e, quando pertinente, dos res-
pectivos procedimentos de amostragem; g) data da mais recente atualização do registro;

5.5 Procedimentos para os auditores


d) estar apto a se comunicar eficazmente, tanto por
escrito como oralmente; Os auditores devem dispor de um conjunto de procedi-
mentos atualizados com as instruções de auditoria e to-
e) estar livre de quaisquer pressões comerciais, fi- das as informações concernentes aos procedimentos de
nanceiras ou de outra natureza, bem como de con- credenciamento.
flitos de interesses que possam levar o(s) audi-
tor(es) a agir(em) de maneira parcial ou discrimina- 6 Processo de credenciamento
tória;
6.1 Solicitação de credenciamento
f) não ter prestado consultorias a laboratórios que 6.1.1 Uma descrição detalhada do procedimento de
possam comprometer sua imparcialidade no pro- auditoria e credenciamento, bem como os documentos
cesso e nas decisões de credenciamento. que contêm as exigências para credenciamento, e os
documentos que descrevem os direitos e deveres de
NOTA - Orientação quanto aos atributos pessoais dos auditores laboratórios credenciados (incluindo as taxas a serem
pode ser obtida na NBR ISO 10011-2, item 7. pagas pelos laboratórios solicitantes e credenciados),
devem ser mantidos atualizados e fornecidos aos
5.2 Procedimentos de qualificação de auditores laboratórios solicitantes.

6.1.2 Informações adicionais pertinentes devem ser for-


O organismo de credenciamento deve ter um procedi-
necidas a pedido dos laboratórios solicitantes.
mento adequado para:
6.1.3 Um representante, devidamente autorizado, do labo-
a) qualificar auditores, abrangendo a avaliação de ratório solicitante, deve assinar um formulário oficial de
sua competência e treinamento, e a sua participa- inscrição, no qual, ou anexo ao qual:
ção na realização de uma ou mais auditorias com
um auditor qualificado; a) deve estar claramente definida a abrangência do
credenciamento desejado;
b) monitorar o desempenho de auditores.
b) deve constar a concordância em cumprir os pro-
cedimentos de credenciamento, principalmente
5.3 Contratação de auditores
em receber a equipe de auditoria, pagar as taxas
cobradas ao laboratório solicitante, independen-
O organismo de credenciamento deve exigir que os audi- temente do resultado da auditoria, e aceitar os en-
tores assinem um contrato, ou um outro documento, pe- cargos posteriores relativos à manutenção do
lo qual se comprometam a cumprir as regras definidas credenciamento do laboratório;
pelo organismo de credenciamento, incluindo aquelas
referentes à confidencialidade, à independência de in- c) deve declarar que o solicitante concorda em aten-
teresses comerciais e de outras naturezas, e, ainda, qual- der às exigências de credenciamento e em forne-
quer vinculação anterior com os laboratórios a serem cer quaisquer informações necessárias para a
auditados. avaliação do laboratório.

4
Cópia não autorizada

ABNT ISO/IEC GUIA 58 : 1993

6.1.4 As informações mínimas, a seguir relacionadas, de- gada, seja competente, e cumpra as disposições aplicá-
vem ser fornecidas pelo laboratório solicitante, antes da veis deste Guia.
auditoria “in loco”:
6.4 Relatório de auditoria
a) características gerais do laboratório (razão social,
nome, endereço, situação legal, recursos técnicos 6.4.1 O organismo de credenciamento pode adotar pro-
e humanos); cedimentos para apresentar relatórios adequados às suas
necessidades, mas estes procedimentos devem assegu-
b) informações gerais relativas ao laboratório tais co- rar, no mínimo, que:
mo: função principal, relacionamento com alguma
entidade corporativa maior e, se aplicável, a loca- a) ocorra uma reunião antes do término da auditoria
lização física dos laboratórios envolvidos; entre o auditor, ou a equipe auditora, e a gerência
do laboratório, ocasião em que a equipe apre-
c) definição, para as calibrações, do tipo de medição sentará um relatório escrito, ou uma explanação,
levada a efeito, da faixa de medição, da capaci- sobre o cumprimento dos requisitos de creden-
dade de medição, e para os ensaios, dos produtos ciamento pelo laboratório solicitante;
e materiais ensaiados, dos métodos utilizados e
dos ensaios executados; b) o auditor, ou a equipe auditora, forneça, ao orga-
nismo de credenciamento, um relatório detalha-
d) cópia do manual da qualidade do laboratório e, do, contendo todas as informações importantes
quando solicitada, a documentação a ele rela- referentes à capacidade do laboratório solicitante
cionada. em cumprir todos os requisitos do credenciamen-
to, incluindo aqueles que possam resultar do en-
As informações obtidas devem ser usadas para a pre- saio de proficiência;
paração da auditoria “in loco”, e tratadas com a neces-
sária confidencialidade. c) o relatório com os resultados da auditoria seja
prontamente entregue ao laboratório solicitante
6.2 Auditoria
pelo organismo de credenciamento, identificando
qualquer não-conformidade que necessite ser eli-
6.2.1 O organismo de credenciamento deve indicar audi-
minada, afim de estar em conformidade com to-
tor(es) qualificado(s) para avaliar todo o material coletado
dos os requisitos de credenciamento. O labora-
do solicitante, conduzir a auditoria em seu nome, no la-
tório deve ser solicitado a apresentar seus co-
boratório e quaisquer outros locais onde são realizadas
mentários sobre o relatório, e descrever as me-
atividades a serem abrangidas pelo credenciamento.
didas específicas tomadas, ou planejadas para
6.2.2 A fim de assegurar a execução de uma auditoria serem tomadas dentro de um período de tempo
completa e correta, cada auditor deve dispor dos docu- definido, para eliminar quaisquer não-conformida-
mentos de trabalho apropriados. des identificadas durante a auditoria.

6.2.3 A data da auditoria deve ser acordada com o la- 6.4.2 O relatório final, autorizado pelo organismo de cre-
boratório solicitante. O laboratório deve ser informado denciamento e submetido ao laboratório, deve incluir,
do(s) nome(s) do(s) auditor(es) qualificado(s), indicado(s) no mínimo:
para realizar a auditoria, com antecedência suficiente,
para que possa apelar contra a designação de algum a) data(s) da(s) auditoria(s);
auditor em particular.
b) o(s) nome(s) da(s) pessoa(s) responsável(eis) pelo
6.2.4 O(s) auditor(es) deve(m) ser indicado(s) formalmen- relatório;
te. Caso seja necessário, deve ser indicado um auditor-
líder. O escopo do trabalho dos auditores deve ser cla- c) nomes e endereços de todos os locais do labora-
ramente definido e comunicado ao laboratório solicitante. tório auditado;

NOTA - Orientação quanto aos procedimentos de auditoria po- d) áreas auditadas de interesse do credenciamento,
de ser obtida na NBR ISO 10011-1, item 5. ou referência a elas;

6.3 Subcontratação de auditoria e) comentários do(s) auditor(es), ou da equipe, sobre


a conformidade do laboratório solicitante com as
6.3.1 Caso um organismo de credenciamento decida de- exigências de credenciamento.
legar, total ou parcialmente, a auditoria de um laboratório
para outro organismo, ele deve assumir total respon- 6.4.3 Os relatórios devem levar em consideração:
sabilidade pela auditoria realizada em seu nome.
a) a qualificação técnica, a experiência e a autori-
6.3.2 O organismo de credenciamento deve assegurar-se dade da equipe do solicitante, principalmente das
de que qualquer organismo, ao qual a auditoria foi dele- pessoas responsáveis pela validade técnica dos

5
Cópia não autorizada

ABNT ISO/IEC GUIA 58 : 1993

certificados de calibração, relatórios de ensaios organismo de credenciamento como responsá-


ou certificados de ensaio; veis pelos certificados de calibração, certificados
de ensaio ou relatórios de ensaio;
b) a adequação da organização e dos procedimen-
tos internos adotados pelo laboratório solicitante d) da data efetiva, e respectivo termo do creden-
para garantir a confiança na qualidade dos seus ciamento, se aplicável;
serviços, as instalações físicas, isto é, o ambiente
e os equipamentos de calibração/ensaio do la- e) do laboratório credenciado, através de um número
boratório, inclusive a manutenção e a calibração, individualizado.
tendo em vista o volume de trabalho realizado;
6.7 Acompanhamento e reavaliação de laboratórios
c) qualquer ensaio de proficiência ou outra compa- credenciados
ração interlaboratorial, realizada pelo laboratório
solicitante, os resultados deste ensaio de profi- 6.7.1 O organismo de credenciamento deve ter um pro-
ciência e a utilização de seus resultados pelo la- grama documentado e consistente com o credencia-
boratório; mento concedido, para a execução dos acompanhamen-
tos e reavaliações periódicas, em intervalos suficiente-
d) as medidas tomadas para corrigir quaisquer não- mente próximos, para assegurar que os laboratórios cre-
conformidades identificadas em auditorias ante- denciados continuam a cumprir os requisitos de creden-
riores. ciamento.

6.5 Decisão sobre credenciamento 6.7.2 Os procedimentos de acompanhamento e reavalia-


ção devem ser compatíveis com os procedimentos de
6.5.1 A decisão, se um laboratório deve ou não ser creden- avaliação de laboratórios, conforme foram descritos nes-
ciado, deve ser tomada pelo organismo de credencia- te Guia.
mento, com base nas informações obtidas durante o pro-
cesso de credenciamento, de acordo com o item 4.2.1. 6.8 Ensaio de proficiência

6.5.2 O organismo de credenciamento não deve delegar 6.8.1 Os laboratórios devem ser incentivados, pelo orga-
sua responsabilidade de concessão, manutenção, pror- nismo de credenciamento, a participar de ensaios de
rogação, suspensão ou retirada do credenciamento. proficiência, ou outras comparações interlaboratoriais.

6.6 Concessão de credenciamento 6.8.2 O ensaio de proficiência, ou outras comparações in-


terlaboratoriais, pode ser organizado pelo próprio or-
6.6.1 O organismo de credenciamento deve fornecer a ca- ganismo de credenciamento ou por qualquer outro
da laboratório credenciado documentos formais de cre- organismo considerado competente. O ensaio de
denciamento, tais como: carta, ou certificado, assina- proficiência deve ser realizado de acordo com as dis-
da(o) por pessoa a quem foi confiada e autorizada esta posições contidas no ABNT ISO/IEC GUIA 43.
responsabilidade. Os documentos formais de creden-
6.8.3 Os laboratórios credenciados devem participar de
ciamento devem permitir a identificação:
ensaios de proficiência, ou outras comparações inter-
a) do nome e endereço do laboratório credenciado; laboratoriais, como exigido pelo organismo de cre-
denciamento. Seus desempenhos nestes ensaios devem
b) da abrangência do credenciamento, incluindo: corresponder aos requisitos do organismo de creden-
ciamento.
1) os tipos de calibração ou de ensaios para os
quais o credenciamento foi concedido; 6.9 Certificados ou relatórios emitidos pelos
laboratórios credenciados
2) para as calibrações, o tipo de medição realiza-
da, a faixa de medição e a melhor capacidade de 6.9.1 Um organismo de credenciamento deve permitir que
medição; os laboratórios credenciados se refiram ao seu cre-
denciamento nos certificados de calibração, relatórios de
3) para os ensaios, os materiais ou produtos en- ensaio e certificados de ensaios que contêm apenas
saiados, os métodos usados e os ensaios realiza- resultados de calibrações, ensaios ou tipos de calibração
dos; ou de ensaio para o qual o credenciamento foi concedido.

4) para os ensaios e calibrações específicas, para 6.9.2 O organismo de credenciamento deve ter uma polí-
os quais o credenciamento foi concedido, os tica que defina as circunstâncias em que os laboratórios
métodos usados, definidos por normas ou docu- credenciados podem incluir nos certificados de calibra-
mentos de referência, que foram aceitos pelo ção, relatórios ou certificados de ensaios, os resultados
organismo de credenciamento. de calibrações ou ensaios não abrangidos pelo
credenciamento e os resultados de calibrações ou ensaios
c) quando aplicável, das pessoas reconhecidas pelo subcontratados.

6
Cópia não autorizada

ABNT ISO/IEC GUIA 58 : 1993

7 Relacionamento entre o organismo de h) ao se referir ao seu credenciamento nos meios de


credenciamento e o laboratório comunicação, tais como: anúncios, folhetos ou
outros documentos, cumpra os requisitos do or-
7.1 O organismo de credenciamento deve ter procedi- ganismo de credenciamento.
mentos para assegurar que o laboratório e seus re-
presentantes proporcionem condições e cooperação, 7.3 Notificação de alterações
quando necessário, que permitam ao organismo de
credenciamento verificar a conformidade com os requisi- 7.3.1 O organismo de credenciamento deve ter procedi-
tos de credenciamento. Estes procedimentos devem in- mentos para assegurar que os laboratórios credenciados
cluir condições para o exame da documentação e acesso lhe informem imediatamente as alterações, de qualquer
a todas as áreas de calibração e ensaio, registros e pes- ordem, ocorridas em sua situação ou nas operações que
soal para a realização de auditorias, acompanhamentos, afetam o laboratório, a saber:
reavaliações e solução de reclamações.
a) situação legal, comercial ou organizacional;
7.2 O organismo de credenciamento deve exigir do la-
b) organização e gestão, por exemplo: equipe geren-
boratório credenciado que:
cial principal;

a) cumpra sempre as disposições relativas a este c) políticas ou procedimentos, quando pertinentes;


Guia:
d) propriedades;
b) declare que é credenciado apenas para os servi-
ços constantes do credenciamento, e que estes e) pessoal, equipamento, instalações, ambiente de
são executados de acordo com estas condições; trabalho ou outros recursos, quando for impor-
tante;
c) pague as taxas conforme determinadas pelo orga-
nismo de credenciamento; f) signatários autorizados;

d) não use seu credenciamento de uma maneira que ou outros assuntos que possam afetar a capacidade do
possa resultar em descrédito para o organismo de laboratório, ou a abrangência das atividades credencia-
credenciamento, e não faça declarações quanto das, ou a conformidade com os requisitos deste Guia, ou
ao seu credenciamento que sejam consideradas quaisquer outros critérios de competência especificados
enganosas ou não autorizadas pelo organismo de pelo organismo de credenciamento.
credenciamento;
7.3.2 Após o recebimento da notificação sobre quaisquer
alterações pretendidas em relação aos requisitos deste
e) no caso de suspensão ou retirada do seu creden-
Guia, dos critérios de competência e outros quaisquer
ciamento (conforme determinado), interrompa
requisitos prescritos pelo organismo de credenciamento,
imediatamente o uso de qualquer matéria de pro-
o organismo de certificação deve assegurar-se de que o
paganda que contenha referências ao creden-
laboratório está realizando os ajustes necessários em
ciamento, e devolva quaisquer certificados de cre-
seus procedimentos, dentro de um prazo considerado
denciamento ao organismo de credenciamento;
razoável na opinião do organismo. O laboratório deve
notificar o organismo, quando os ajustes tiverem sido
f) não use seu credenciamento para sugerir apro- realizados.
vação de produtos pelo organismo de creden-
ciamento; 7.4 Relação de laboratórios credenciados

g) se empenhe em garantir que nenhum certificado O organismo de credenciamento deve emitir, periodi-
ou relatório, ou parte destes, sejam usados de camente, uma relação dos laboratórios credenciados,
maneira enganosa; especificando os credenciamentos concedidos.

Você também pode gostar