Você está na página 1de 21

13/11/2013

Professor: Magnos Baroni


Magnos.baroni@gmail.com

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ENSAIO DE PALHETA
(Vane Test)

1
13/11/2013

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ENSAIO DE PALHETA

• Utilizado originalmente na Suécia em 1919


• Ensaio mais empregado no mundo para a determinação
in situ de Su (referência)
• Ensaio: Consiste em inserir verticalmente no terreno
quatro lâminas, formando ângulos retos entre si (seção é
uma cruz), que cisalham o solo com velocidade de rotação
constante.
• É gerada superfície cilíndrica de diâmetro D e altura H.

Mede-se torque em função da rotação.

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ENSAIO DE PALHETA

2
13/11/2013

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ENSAIO DE PALHETA

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ENSAIO DE PALHETA

3
13/11/2013

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ENSAIO DE PALHETA
Tipos de Equipamento

Ortigão e Collet (1986)

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ENSAIO DE PALHETA
Componentes do equipamento

4
13/11/2013

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

Sistema de Calibração

18

16
y = 0.0094x - 8.3139
14
R² = 0.9999 Carga 1
12
Carga 2
Torque N.m

10 Carga 3

Descarga 1
8
Descarga 2

6 Descarga 3

Linear (Carga 1)
4
Linear (Carga 2)
2
Linear (Descarga
1)
0 Linear (Descarga
2)
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
Leitura (microstrain)

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

5
13/11/2013

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ENSAIO DE PALHETA

Suporte para realização de ensaios na


profundidade de 0,50m
Equipamento instalado

6
13/11/2013

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ENSAIO DE PALHETA
Cálculo de Su

Hipóteses:
• a) Nenhuma drenagem durante o ensaio
• b) Isotropia e homogeneidade
• c) Superfície de ruptura cilíndrica
• d) Diâmetro de cisalhamento: D
• e) Inexistência de ruptura progressiva

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS


DEDUÇÃO EQUAÇÃO ENSAIO DE PALHETA

7
13/11/2013

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS


DEDUÇÃO EQUAÇÃO ENSAIO DE PALHETA

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

CURVA TÍPICA DE ENSAIO DE PALHETA

6
0,86T
(TMAX, θMAX) Su =
5 πD 3

4
Torque (N.m)

3 CM II_Su - 3,0m

CM II_Sur - 3,0m
2

0
0 1 2 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25
θ (°) (°)
Rotação

Link para o ensaio


http://www.youtube.com/watch?v=X8DMeuX2ryw

8
13/11/2013

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

CM II - PL 01 CM II - PL 02 CM II - PL 03
Prof. (m)
θ MAX S u (kPa) θ MAX Su (kPa) θ MAX Su (kPa)
0.5 56 17.13 23 18.38 43 17.92
1.00 25 7.90 5 2.91 21 8.62
1.50 35 5.76 20 5.76 20 5.46
2.00 23 6.91 17 8.92 23 7.07
2.50 16 6.94 11 6.63 16 4.94
3.00 12 4.47 7 4.71 11 4.64
3.50 11 4.79 8 4.78 10 5.46
4.00 10 6.55 7 5.50 9 4.79
5.00 43 17.75 11 15.88 33 18.86
6.00 14 10.93 8 9.25 13 11.31
7.00 11 8.49 12 16.38 25 15.78
7.50 14 11.61 - - - -
8.00 18 19.27 16 20.20 40 21.85
8.50 14 14.07 - - - -

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

Su, Sur (kPa)


0 5 10 15 20 25 30 35
0
Su, Sur (kPa)
0 5 10 15 20 25
1
0
Turfa
2
1
3
Su_PL 01

2 Su_PL 02
4 Su_PL 01
Profundidade (m)

Su_PL 03
Su_PL 02 2
Sur_PL 01 5
3
Sur_PL 01
Profundidade (m)

Sur_PL 02
6
Sur_PL 03 Sur_PL 02
4
7

5 8
Camada de
conchas 9
6

10
7
11

8
12

9 13

Perfil típico - CM II

9
13/11/2013

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ENSAIO DE PALHETA – Procedimento de Ensaio

Procedimento adotado para a realização dos


ensaios, considerando que os mesmos tiveram como referência zero o nível
do terreno natural:

•Abertura de pré-furo até atingir a superfície do solo natural com auxilio de


trado manual nos locais onde havia aterro.
•O equipamento (palheta, hastes e sapata de proteção) é cravado ou
posicionado manual e estaticamente, até 50 cm acima da primeira
profundidade de ensaio. Em seguida, a palheta é liberada do conjunto e
cravada, também manual e estaticamente, até a profundidade de ensaio;
•A mesa de torque é fixada ao topo da composição de hastes externas;
•O ensaio de palheta propriamente dito é iniciado, com o torque aplicado à
velocidade constante, padronizada, de 6º/minuto, através de motor de passo
e caixa de engrenagens. O tempo médio despendido entre a cravação da
palheta e o início do ensaio deve ser inferior a 5 minutos.

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ENSAIO DE PALHETA – Procedimento de Ensaio

•As leituras de torque versus tempo são anotadas, e o ensaio é conduzido


até a verificação do decréscimo do valor do torque ou a estabilização do
mesmo;
•Em seguida o solo é amolgado, através de giro da palheta de 10 ou 20
voltas com o emprego de chaves de grifo;
•Realiza-se novamente o ensaio, agora correspondendo ao solo na
condição amolgada. O processo de retirada da mesa de torque,
amolgamento do solo, recolocação da mesa e inicio do ensaio amolgado
deve ser inferior a 5 minutos;
•A palheta deve ser suspensa, recolhida à sapata de proteção e todo o
procedimento deve ser repetido para as outras profundidades de ensaio;

10
13/11/2013

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ENSAIO DE PALHETA

Fatores que Influenciam os Resultados

• a) Atrito ao longo da haste


• b) Amolgamento durante a inserção da palheta
• c) Tempo decorrido entre a inserção da palheta e o
início da rotação
• d) Velocidade de rotação
• e) Geometria da palheta

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ENSAIO DE PIEZOCONE (CPTU)

11
13/11/2013

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ENSAIO DE PIEZOCONE (CPTU)

Os ensaios de cone com medida de poropressão são


utilizados para a determinação estratigráfica de perfis de solos,
avaliação de propriedades dos materiais investigados e previsão
da capacidade de carga de fundações.

O ensaio de cone é bastante simples, consistindo na


cravação no terreno de uma ponteira cônica (60° de ápice) a
uma velocidade constante de 20 mm/s. A seção transversal do
cone é de 10 cm2 e a área da luva de atrito lateral é de 150 cm2.

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ENSAIO DE PIEZOCONE (CPTU)

O equipamento de cravação
possui uma estrutura de
reação e um sistema de
aplicação de carga. A
penetração é obtida através
do acionamento contínuo
de hastes com
comprimento de 1 m,
mediante a operação de um
pistão hidráulico.

12
13/11/2013

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS


ENSAIO DE PIEZOCONE (CPTU)

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS


ENSAIO DE PIEZOCONE (CPTU)

13
13/11/2013

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS


ENSAIO DE PIEZOCONE (CPTU)

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ENSAIO DE PIEZOCONE (CPTU)

À medida que se procede à introdução das hastes no solo, efetua-se a


cada 2 cm de profundidade a aquisição automática das seguintes
informações:

- Resistência à penetração da ponta (qc);

- Resistência por atrito lateral ou local (fs);

- Poro-pressões u1 e u2, utilizando-se um elemento poroso, localizado


na base do cone;

- Ângulo de inclinação da ponteira cônica em relação à vertical

14
13/11/2013

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

15
13/11/2013

Perfil típico
Prof. (m) x qt Prof. (m) x fs Prof. (m) x u (kPa)

0 100 200 300 400 500 600 0 10 20 30 40 0 50 100 150 200 250 300 350 400
0.0
1.0
prof. X u1_PZ02
2.0
prof. X u2_PZ02
3.0 prof. X qT_PZ02 prof. X u0_PZ02
prof. X fs_PZ02
4.0
5.0
6.0
7.0
8.0
9.0
10.0
11.0
12.0
13.0
14.0
15.0 9000
16.0
17.0
18.0

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ENSAIO DE PIEZOCONE (CPTU)

O registro contínuo da resistência à penetração permite


obter uma descrição detalhada da estratigrafia do subsolo,
informação essencial à composição de custos de projetos de
fundações e de geotecnia em geral.

Essas grandezas são medidas através de instrumentação


de precisão, devidamente calibrada, instalada na extremidade
inferior do conjunto.

Link para o ensaio


http://www.youtube.com/watch?v=WWlOoIEAU8A

16
13/11/2013

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ENSAIO DE PIEZOCONE

Sistema de calibração do CPTu

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ENSAIO DE PIEZOCONE
1.00E-08 1.00E-07 Ch (m2 /s) 1.00E-06 1.00E-05
0
1
2
? ?
3
4
5
6
Profundidade(m)

7
8
9
10
11
12
13 Hidrostática
14 u1_PZ2_kPa
chmed = 1.49E-7
15 u2_PZ2_kPa
16 u2_SD_kPa
17 Média
18

Coeficiente de adensamento horizontal

17
13/11/2013

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ENSAIO DE PIEZOCONE
Com o ensaio, também pode-se avaliar, através de correlações, as
seguintes características do terreno:

- Estratigrafia;
- Perfil geotécnico;
- Coeficiente de adensamento (Ch e Cv);
- Densidade relativa (Dr);
- Resistência não drenada (Su);
- Ângulo de atrito efetivo de areias (Ø');
- História de tensões (tensão de pré-adensamento, OCR);
- Coeficiente de permeabilidade (K);
- Módulo de deformação cisalhante (G0);
- Coeficiente de deformabilidade (mv)

DADOS ENSAIOS DE ADENSAMENTO E PIEZOCONE

( qt − σ v 0 )
N kt =
Su ( palheta )

18
13/11/2013

DADOS ENSAIOS DE PALHETA E PIEZOCONE


Su (kPa)
S u (kPa) 0 5 10 15 20 25 30 35 40
0 5 10 15 20 25 30 35 40 0.0
0,0
80 kPa
Turfa
1.0

1,0
2.0
Palheta 1
Palheta 2 3.0
2,0 Palheta 01
Palheta 3
4.0 Palheta 02
PZ 1_Nkt 12
3,0
PZ 2_Nkt 12 PZ2_Nkt 12
5.0

Profundidade (m)
4,0
Profundidade (m )

6.0

7.0
5,0

8.0
6,0
9.0

7,0 10.0

500 kPa 11.0


8,0

12.0
9,0
13.0

10,0 14.0

DADOS ENSAIOS DE ADENSAMENTO E PIEZOCONE


OCR OCR
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
0
0

1 2

2 4

3 6

7
Profundidade (m)

4 8

5 10

11

6 OCR_CPTU 01 12 OCR_CPTU 02

OCR_CPTU 02 13 OCR_Adensamento
OCR_Adensamento
7 14

15

16
8

17
B)
A) 18
9

19
13/11/2013

COEFICIENTES DE ADENSAMENTO CAMPO E


LABORATÓRIO
cv (m2/s)
1.00E-10 1.00E-09 1.00E-08 1.00E-07 1.00E-06 1.00E-05
0

1 Turfa

?
2

4
Profundidade(m)

7 Solo Arenoso

8
cvmed = 3,05E -8
9
adensamento
10 u1_PZ_kPa
11 u2_PZ_kPa
u2_SD_kPa Solo Arenoso
12
média
13

CPTU - CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS

Zona Comportamento do Solo Zona Comportamento do Solo


1 Solo fino sensível 7 Areia siltosa - silte arenoso
2 Material orgânico 8 Areia - areia siltosa
3 Argila 9 Areia
4 Argila siltosa - argila 10 Areia grossa - areia
5 Silte argiloso - argila siltosa 11 Solo fino duro
6 Silte arenoso - silte argiloso 12 Areia - areia argilosa (cimentação)

Ábacos normalizados de Robertson (1990)

20
13/11/2013

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

CPTU - CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS

Ensaio de piezocone + Ábacos de Robertson (1990)

21

Você também pode gostar