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Ecologia da

Restauração

Prof. Manoela Netto

ONU Meio Ambiente e ODS, 2022


Whisenant (1999).
Relembrando: o que foi perdido?
algumas espécies devem
ser plantadas, enquanto
outras devem ser
removidas
Toxicidade

aumentar a infiltração,
reduzir a erosão, capturar
materiais orgânicos e
melhorar condições
microambientais

Valor relativo das formas do relevo, necessitam intervenções


Enriquecimento

Gimmler Netto (2020), baseado em Hobbs (2007), Chazdon (2008) e


Scotti (2016).

Estágios de reversão
da degradação
ambiental
Ecologia da Restauração
Adequação dos níveis da restauração ecológica

✓ Ecologia da Restauração é uma abordagem


multidisciplinar envolvendo geólogos,
engenheiros, biólogos, planejadores e
arquitetos urbanistas.

✓ Propõe o gerenciamento de sistemas


dinâmicos e resilientes que podem
suportar o estresse das mudanças
climáticas, fragmentação de habitats e
outros fatores antropogênicos.
Whisenant (1999).

WRI (2021).
Ecologia da Restauração
Adequação dos níveis da restauração ecológica
✓ Dependendo do estado de degradação de
um ecossistema inicialmente florestado, uma
série de abordagens podem, pelo menos
parcialmente, restaurar os níveis de
biodiversidade e de serviços
ecossistêmicos com tempo adequado (anos)
e investimento financeiro (capital,
infraestrutura e mão de obra).

✓ Focaliza a reparação de processos primários


danificados e o início de processos
autogênicos, com reparação em escala de
paisagem. Esta abordagem concentra-se em
aplicações de soluções com poucos recursos,
focalizando a função ambiental em vez de
simplesmente retornar a estrutura.
WRI (2021). Whisenant (1999).
Ecologia da Restauração
✓ Ecossistemas são sistemas biogeoquímicos que usam energia solar para
converter compostos inorgânicos de baixa energia em compostos orgânicos de
alta energia.

✓ Ecossistemas saudáveis usam esses materiais orgânicos para exercer e manter o


controle biótico sobre os fluxos de solo, água, nutrientes e materiais orgânicos.
Ecossistemas degradados, reduzem os fluxos de recursos nas paisagens.

✓ Critérios que envolvem a conservação de recursos e o funcionamento de


processos primários merecem status de prioridade.

✓ Avaliações do relevo e da condição do solo da superfície fornecem informações


sobre a estabilidade (capacidade de resistir a forças erosivas), processos
hidrológicos (escoamento, infiltração e afloramento) e ciclagem de nutrientes,
pontos focais para os esforços de reparo.

Whisenant (1999).
✓ O uso de processos
Ecologia da Restauração naturais para reparar
áreas degradadas é
útil, pois são
autossustentáveis,
operam sem custo e
são eficazes em
escalas ampliadas.

✓ A estabilidade das
paisagens depende
de solos estáveis,
processos
hidrológicos
totalmente funcionais e
integridade dos ciclos
de nutrientes e fluxos
de energia, é
importante focar na
reparação desses
TNC (2022). Whisenant (1999). processos danificados.
Ecologia da Restauração
✓ Há ampla evidência de que a substituição de espécies ou materiais esgotados, sem
reparar processos primários danificados, não leva necessariamente a
ecossistemas saudáveis e autorregulados.

✓ A ênfase na função em vez de na estrutura requer um foco nos fluxos de recursos


(solo, água, nutrientes e materiais orgânicos) e em reparar a captura de energia
danificada (ciclagem de nutrientes e processos), ao invés de devolver materiais
perdidos.

✓ A resiliência do ecossistema (capacidade de se recuperar após distúrbios) aumenta


à medida que mais energia flui através do sistema.

✓ Distinguir os processos de degradação dos processos totalmente funcionais e


em seguida, elaborar um conjunto de avaliações e atributos que são relevantes para
os problemas e objetivos únicos de cada local.
Processos primários e secundários
✓ As alterações alogênicas são causadas por uma alteração em condições ambientais
abióticas.

✓ Tratamentos de superfície do solo são necessários para alterar as condições


alogênicas o suficiente para facilitar o desenvolvimento autogênico subsequente.

✓ Processos hidrológicos e de ciclagem de nutrientes disfuncionais limitam o


desenvolvimento vegetativo que conduz os processos autogênicos.

✓ A longo prazo, manter o funcionamento adequado desses processos exigirá influências


autogênicas do desenvolvimento vegetal. Os processos autógenos são mudança
sucessiva devido à modificação do ambiente pela vegetação (por exemplo, produzindo
húmus ou fornecendo sombra).

✓ A modificação ambiental pelas plantas é um componente importante da reparação.


Primários
Características de
composição e
processos de
conformação das
formas do relevo.

Processos
endogenéticos
(geologia) e
exogenéticos
(intemperismo e
fluxos de matéria:)
geomorfologia.

Suporte e cobertura

Forman (2014).
Geologia
✓ Geologia fornece a base ambiental dos territórios urbanos e rurais e as
condições para a sua sustentabilidade.

✓ A infraestrutura geológica determina as condições geomorfológicas,


hidrológicas e a capacidade de resiliência ambiental.

✓ Em nosso planeta há um sistema de forças que atuam de modo contínuo,


produzindo alterações em todos os tipos de rochas (escala planetária e tempo
geológico: eras).

✓ Os movimentos e as direções dos esforços induzidos pelas placas litosféricas


modificam a estrutura das rochas provocando Falhamento ou Dobramento.
Geologia
As dobras são identificadas por suas formas
onduladas e podem ser classificadas em
anticlinal (dobra convexa para cima, com
rochas mais novas na porção superior) e
sinclinal (dobra côncava para cima, com
depósitos sedimentares e rochas mais jovens
na parte interna) (POPP, 2013). Silitos, filitos,
xistos e folhetos são rochas plásticas,
menos resistentes às pressões

Denomina-se falha uma fratura nas rochas


com deslocamento dos blocos ao longo do
plano de fratura (cisalhamento). Arenitos,
quartzitos e gnaises são rochas competentes,
mais resistentes e quando submetidas a
grandes pressões acabam por se fraturar
Popp (2013). Gimmler Netto (2014).
Relevo
Formas do relevo,
transporte e
sedimentação de
partículas.

Ação das forças


erosivas: água,
ventos,
temperaturas e ação
humana.

Whisenant (1999).
Geomorfologia
✓ Como os processos são difíceis de observar, usamos as formas do relevo para
fornecer pistas visuais para processos fluviais e eólicos. Mesmo um exame
superficial da topografia relativa de um local sugere a magnitude de processos fluviais
que operam nessa paisagem.

✓ A forma do relevo afeta a taxa de escoamento, o potencial de captação de água das


bacias e o potencial de erosão. Também sugere o potencial de captura de recursos
de outras áreas da paisagem.

✓ As formas de relevo apresentam capacidades únicas para capturar ou perder recursos:


• Sítios côncavos têm um potencial alto para captura de recursos. As zonas úmidas
são um excelente exemplo de formas côncavas que capturam uma alta porcentagem de
nutrientes e materiais orgânicos que fluem pela paisagem.
• Em contrapartida, sem forte controle biótico, locais convexos e encostas íngremes têm
pouco controle sobre movimentos de recursos.
• Onde os solos expostos são predominantes, particularmente areias, os processos
eólicos dominam para moldar o relevo e controlar os fluxos de recursos.
Geomorfologia
✓ As características geomorfológicas influem nos fluxos de recursos nas paisagens. E em
áreas degradadas há pouco ou nenhum material orgânico.

✓ Processos geomórficos e formas de relevo operam em escalas maiores para controlar os


fluxos de recursos, criando zonas de esgotamento ou deposição de matéria inorgânica e
orgânica.

✓ Fluxos de recursos (água, nutrientes minerais, elementos e compostos químicos e materiais


orgânicos) geralmente ocorrem através do transporte de solo: fluvial (água) ou eólico
(vento).

✓ Controle de erosão: técnicas que reduzem o escoamento superficial, com o


enriquecimento do solo com húmus, a manutenção da cobertura viva, o aumento da
porosidade do solo e a redução do declive (Mascaró, 2008).

✓ Os métodos de combate à erosão podem ser de natureza física, reduzindo o declive por
meio de terraços e/ou de natureza biológica, que visa a cobertura do solo por vegetação.
Terraceamento
✓ O terraceamento é uma reconformação do relevo
em sentido do maior declive do terreno, criando
terraços.

✓ Tem a finalidade de reter e infiltrar as águas das


chuvas, nos terraços em nível, ou escoar
lentamente para áreas adjacentes, nos terraços em
desnível ou com gradiente.

✓ A função do terraço é a de reduzir a declividade,


criando platôs que favorecem a infiltração e a
diminuição da velocidade de escoamento da água
superficial, permitindo a retenção de matéria e de
energia que favorece o desenvolvimento vegetal.

✓ Contribui para a recarga de aquíferos (ciclo


hídrico) e para controle da erosão!
EMBRAPA, 2021 ONU, 2021
✓ É um processo de
Retaludamento terraplanagem com a execução
de cortes ou aterros.

✓ O objetivo é estabilizar
encostas com processos
erosivos ativos ou
retaludamento.

✓ O retaludamento é muito usado


devido a sua simplicidade e
eficácia.

✓ Áreas retaludadas ficam frágeis


em virtude da exposição de
solo, sendo indispensável a
proteção do talude com
revestimentos naturais ou
Defesa civil ES, 2022.
artificiais associados a um
sistema de drenagem eficiente.
Terraços e taludes vegetados

Terraços paralelos às curvas de Terraços paralelos às


nível, com arborização. curvas de nível, com Forma côcava-convexa
arbustos ou gramíneas. de taludes é mais
estável para controle da
erosão.

(Mascaró, 2008).
Muros de contenção

Partes constitutivas do muro de contenção para retirar


pressão hidráulica.

Muros de contenção por gravidade são espessos e


inclinados para resistir a pressão horizontal.

Se executados com materiais permeáveis podem


dispensar a tubulação de drenagem.

Muros de contenção com até 6m, com


drenagem e formados por gabiões inclinados. (Mascaró, 2008).
Relevo
✓ Na ausência de relevo efetivo ou recurso microtopográfico de controle, os
mecanismos de controle biótico dominam.

✓ Inversamente, fluxos de recursos, de paisagens com pouca biomassa, são


controlados por relevos e feições microtopográficas.

✓ Para qualquer tipo de relevo, as estratégias de reparo mais eficazes


gerenciam recursos e fluxos, aumentando o controle biótico sobre essas
áreas.

✓ Os fluxos de recursos ocorrem em todas as paisagens, nosso desafio ao planejar


programas de restauração ecológica é entender o funcionamento, antecipar
riscos e manipular fluxos de recursos para orientar as mudanças desejadas.
Relevo e hidrologia
✓ Quando o sistema vertente-
curso d´água está em
equilíbrio, toda a bacia
hidrográfica está ajustada.

✓ Da relação entre inclinação e


drenagem, pode-se inferir que
quanto mais inclinadas as
vertentes, maior a
velocidade de escoamento
de drenagem em uma área.

✓ A declividade determina a
velocidade de vazão,
conforme Christofoletti (1980).

Fonte: Christofoletti (1980, p. 59).


Ciclo hidrológico
Santos (2015).
Dinâmica das águas
Geologia e hidrologia subterrâneas

Paisagem: evolução do relevo e gênese das águas ✓ Insurgências precisam estar


relacionadas com a
geologia, pois surgem quando
se cruza a topografia com o
aquífero.

✓ Zonas de recarga de
aquíferos (Ex: topos de morro,
serras do quadrilátero
Recarga: ferrífero).
alimentação Infiltração
de aquífero Nascentes
por infiltração
comandada ✓ As nascentes podem ocorrer
pela Geologia
em meia encosta, próximo
de vales e planícies. E em
LUIZ (2019) Magalhães (2017). áreas urbanas.
Insurgências: origem, dinâmica e
Processos hidrológicos aspectos ambientais

✓ Nascentes são elementos da rede de


drenagem natural, geradas por
processos de exfiltração de água
subterrânea, temporária ou perene,
cujos fluxos dão início aos cursos de
água.

✓ No Brasil a nascente se refere ao


nascimento do curso de água.

✓ No mundo são chamadas de


insurgências, pois não precisam estar
PALHETA (2008).
vinculadas aos cursos de água.
Hidrogeologia: águas subterrâneas, da concepção
ao nascimento (Menegasse, 2017): ✓ Questões conceituais trazem
Gestação é o processo de percolação e depende da dificuldade em mapeamento e
rocha que está em contato (elementos geoquímicos). proteção.
✓ Nascentes de cabeceira são cursos de água
de ordem 0 = Nascentes perenes.
Classificação dos cursos de água começam
no 1.

✓ Olhos d´água não são conectados à


cursos de água.

✓ Nascentes podem ser temporárias.

ORDENS DE CURSOS DE ÁGUA, 2022. ✓ Feição de cabeceira: nascentes podem


migrar de lugar em épocas de seca ou
chuva, dependendo do rebaixamento do
lençol freático por ação natural ou
antrópica.

✓ Áreas úmidas extensas são sistemas


hidrogeomorfológicos de insurgência:
wetlands, brejos, veredas, pântanos.

CONEGUNDES, 2018. ✓ Existem diversos tipos de nascentes!


Classificação de nascentes:

• Perene, intermitente, efêmera

• Pontuais, difusas, múltiplas

• Móveis ou fixas

• Morfologia: em concavidade, afloramento


rochoso, talvegue, duto ou olho d´água. QUEIROZ, 2015

• Natural, antropogênica

• Vazão (litros por segundo)

• Profundidade do manto de intemperismo.

Toda água coletada têm história, tempo, origem


e identidade geológica! (Menegasse, 2017).
QUEIROZ, 2015
Proteção de Nascentes

CONAMA 303/2002
estabelece APPs.

CÓDIGO FLORESTAL
Raio de 50m.
Desconsidera os
diferentes tipos de
nascentes.

Como proteger
nascentes que migram,
temporárias ou
difusas?
Entendendo os contextos
geomorfológicos e de
compartimento do relevo.
PÉ VERMELHO (2022).
PROTEÇÃO DE Proteção de nascentes e gestão do
NASCENTES (2022) território

O código florestal não funciona para a


maioria das nascentes, mesmo em
ambiente rural, onde os conflitos também são
intensos.

Relativização no meio urbano, agua não é


produzida nas cidades por conta das
impermeabilizações e canalizações.

Áreas de proteção Especiais (APEs):


proteção de mananciais com nascentes.

Somente em conjunto as insurgências


contribuem para os mananciais!

Gestão de bacias hidrográficas:


processos primários e uso e ocupação do
solo.
Visão sistêmica é
necessária

Bacia hidrográfica
como unidade
territorial.
Àgua + sedimentos
= Mata ciliar

A mata ciliar
equilibra as forças
anti-gravidade de
interação entre a
água e a terra,
entre o sistema
superficial e o
subterrâneo.

Mata ciliar conecta


sistemas aquáticos
DELIMITAÇÃO DE APP (2022) e terrestres.
Processos secundários
Função Biótica

Mata ciliar

1) Zona de produção: nascentes e canais de água,


processos erosivos.
2) Zona de transferência: área de inundação,
erosão e deposição.
3) Zona de descarga e armazenamento (água e
sedimentos): aumenta a área de inundação e de
mata ciliar, deposição.

Trocas hidrológicas: águas subterrâneas e de


superfície.
HAYCOCK at al (1996).
Processos secundários Função tampão da Mata ciliar:
floresta ripária

• Barreira física

• Infiltração: raízes e porosidade do


solo

• Condutor hidráulico (elevador


hídrico)

• Evapotranspiração

• Produção de matéria orgânica


humificada (proteção de
contaminantes, contém
sedimentos, protege de fogo e da
erosão do solo).

Thevathasan et al, 2014, adaptado de Welsch, 1991. Scotti Muzzi, 2017.


Processos secundários

HAYCOCK at al (1996). Shultz et al (2004).

O produto da decomposição da madeira e Florestas em zonas: a zona 2 deve


de folhas é o único capaz de conter barrar tudo antes da zona 1.
contaminantes e criar poros, em contato
com a água. Contato entre arbóreas e gramíneas é
Terra preta de índio importante.
Espécies arbóreas: condutores hidráulicos

Quanto maior a árvore, maior a pressão que


exerce para elevar a água do lençol freático.

Quanto mais lento o crescimento da árvore,


mais forte é o potencial do condutor
hidráulico (elevador).

Árvores mantém o nível de lençol freático


próximo da superfície, promovendo a
manutenção da vida.

Evapotranspiração: perda de água para a


atmosfera, forma nuvem, chuva e recomeça
todo o ciclo da água. Rios voadores da
Floresta Amazônia.

Contínuo SOLO, PLANTA, ATMOSFERA.


Scotti Muzzi, 2017.
Sem florestas não há disponibilidade
de água na superfície! As nascentes Florestas
secam.

Durante o dia: evapotranspiração.


Durante a noite: água umedecendo o
solo.

Árvore armazena água em toda sua


estrutura.

Reflorestamento de monoculturas de
crescimento rápido (ex: eucalipto e
pinos) desempenham menos funções.

Quanto maior a biodiversidade, mais


funções ambientais!
Amazônia: maior floresta tropical
Para recuperar, tudo depende da
do mundo. Ecodebate, 2022.
função!
Scotti Muzzi, 2017.
Propostas do grupo GERA: Revegetação
Mata ciliar

Zona 1: condutor hidráulico e controle de


erosão
Grupo funcional, plantas resistentes à
inundações, de 8 a 15m.

Zona 2: indicador de qualidade ambiental,


drenagem e contenção da erosão e de
poluentes (tampona lixiviação e erosão)
Matéria orgânica humificada, com
A escolha das espécies depende da decomposição da madeira e folhas.
função das zonas e dos biomas! Serrapilheira: biomassa vegetal (folhas, raízes
e caules), com altos níveis de sequestro de
O critério de escolha não deriva da sucessão carbono, maiores que do reflorestamento.
ecológica e sim da função que o vegetal vai Lignina é capaz de agregar e formar o solo
exercer. (gruda), permitindo drenagem sem erosão.
Scotti Muzzi, 2017.
Propostas do grupo GERA: Revegetação
Ciclagem de nutrientes: transferência contínua de Mata ciliar
substâncias entre o solo e a vegetação, como o nitrogênio (N),
fósforo (P), enxofre (S) e outros. Zona 3: barreiras de transição
É possível integrar sistemas
agroflorestais em consórcio com
espécies nativas ou promover
espaços de transição com uso
social, ou ainda, estabelecer
barreiras anti-antrópicas, em
certos casos.

Função de tamponamento do
fluxo de sedimentos, erosão e
poluentes não podem chegar à
zona 2.

Scotti Muzzi, 2017.


Propostas do grupo GERA:
Revegetação
Zoneamento de Nascentes

Recuperação
1) Cercamento para conter erosão: exemplo,
pisoteamento de gado em ambiente rural
2) Coroamento em zonas
3) Revegetação
Após 3 anos surge a água novamente!

Área de proteção de nascentes não costuma ser


circular, podem ser difusas, em elipse, em linha.

No Brasil, em geral as nascentes têm reduzidas


vazões, mas em conjunto são representativas!
Scotti Muzzi, 2017.
Propostas do grupo GERA: Revegetação
Função: fertilidade e biodiversidade

Após 10 anos de revegetação inicia a sucessão biológica.


Em matas alagadiças podem levar mais tempo.

Após 7 anos há um enriquecimento, somente após essa fase


pode-se dizer que o ambiente está recuperado.

Destrói-se em minutos o que o ambiente levou anos para


formar. De 10 a 20 anos é o horizonte da revegetação.

Todo o processo natural é evolutivo. Primeiro recupera-se


a estrutura, depois a vegetação e por fim a biodiversidade
Nascentes urbanas: prioridade
vegetal e animal. Ênfase nas funções ambientais!
para o uso humano, definidos em
coletividade.
A recuperação ambiental deve mimetizar a lógica natural!
Áreas urbanas não produzem
água. Scotti Muzzi, 2017.
Referências
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CHRISTOFOLETTI, Antônio. Geomorfologia. São Paulo: Blucher, 1980.
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CONEGUNDES, Priscilla Santana. Caracterização de Técnicas para Conservação e Recuperação de Nascentes - Estudo de Caso: Nascente Parque Ecológico
Planalto Projeto Valoração das Nascentes Urbanas Subcomitês das Bacias Hidrográficas dos Ribeirões Arrudas e Onça. Especialização em Gerenciamento de
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DEFESA CIVIL ES, 2022. Disponível em: defesacivil.es.gov.br. Acesso em: 16 mar 2022.
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FORMAN, Richard. Urban Ecology: science of cities. Cambridge, Cambridge University Press, 2014.
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