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Expansão e Diversificação Do Ensino Superior
Expansão e Diversificação Do Ensino Superior
Flavio Carvalhaes
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, flavio.carvalhaes@ifcs.ufrj.br
Marcelo Medeiros
Ipea, marcelo.medeiros@ipea.gov.br
Clarissa Tagliari
Colégio Pedro II/UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, cla.tsantos@gmail.com
Agradecimentos
Este trabalho contou com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ contratos 010.002639/2019 e 010.001264/2016 assim
como do Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico – CNPq contrato
400786/2016-8.
Agradecemos a Antonio Augusto Pereira Prates, Carlos Antônio Costa Ribeiro, Elisa
P. Reis, Felipe de Oliveira Peixoto e Maria Lígia Barbosa pelos valiosos comentários. Também
gostaríamos de agradecer ao Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre Desigualdade (NIED)
por seu apoio e assistência.
Os autores listados atendem a todas as seguintes condições: 1) contribuições
substanciais para a concepção e design, ou aquisição de dados, ou análise e interpretação dos
dados; 2) redação do artigo e revisão crítica de conteúdo intelectual importante; e 3) aprovação
final da versão a ser submetida e publicada.
Os autores não têm conflitos de interesse que possam prejudicar seu trabalho.
Resumo
Este artigo analisa a expansão do sistema de ensino superior brasileiro por meio da
concentração na distribuição das matrículas entre instituições. Usando dados do Censo do
Ensino Superior de 2002 a 2016, encontramos que a diversificação de segmentos que
compõem o sistema está associada a um aumento da concentração e da oligopolização do
mercado de ensino superior. A expansão do ensino superior no Brasil é uma história de
intenso crescimento e alta concentração em grandes instituições. As matrículas mais do que
dobraram em 14 anos, mas o crescimento do 1% de maiores instituições foi maior do que todo
o crescimento entre os 90% das instituições menores. Grande parte da concentração pode ser
explicada por uma combinação entre privatização subsidiada pelo governo e a
desregulamentação do ensino a distância. A educação privada a distância foi o principal fator
indutor da concentração de matrículas. Ao final do período analisado, o setor privado
respondeu por 77% de toda a conentração e a educação privada a distância, sozinha, por 40%.
Palavras-chave
Expansão do ensino superior; concentração de mercado; privatização do ensino; educação a distância;
diversificação; desigualdade educacional.
Introdução
Este estudo analisa o processo de expansão da educação superior no Brasil e avalia se
sua diversificação está relacionada à concentração de mercado. O estudo utiliza microdados do
Censo do Ensino Superior de 2002 a 2016, abrangendo mais de 30 mil instituições.
Ordenamos as instituições por tamanho e aplicamos técnicas frequentemente usadas nas
análises de desigualdade de renda para examinar a concentração na distribuição de matrículas
entre instituições do sistema de ensino superior brasileiro.
Tal abordagem responde à distribuição das instituições entre segmentos, mas não
fornece informação sobre a distribuição dentro dos segmentos. Por exemplo, mudanças
extremas de tamanho dentro do segmento de “grande porte” passariam desapercebidas por
. Além disso, nos estudos citados acima, a unidade de análise é a instituição de ensino,
não ponderada por tamanho. Ao não considerar o tamanho, se assume, tacitamente, que todas
as instituições contribuem para a diversidade da mesma forma. Isso faz sentido para alguns
tipos de análise mas, dependendo dos objetivos da pesquisa, coloca um problema analítico: um
sistema educacional onde 99% dos estudantes estão matriculados em uma única instituição
pode ser considerado tão diverso como um sistema de mesmo tamanho onde os estudantes
estão distribuídos igualmente entre as instituições.
Essa é uma questão importante para países em desenvolvimento que ainda estão
consolidando seus sistemas de ensino superior através do aumento das taxas de cobertura para
a população elegível. Por uma série de razões, estes países dependem da expansão de seus
sistemas. No entanto, ainda não está claro como isto pode ser feito. As políticas que buscam
diversidade institucional, mas ignoram a concentração podem, na verdade, perder objetivos
educacionais mais amplos. Por exemplo, uma desregulamentação radical pode muito bem
resultar em expansão e diversificação que irá aumentar as opções dadas aos estudantes ao
oferecer mais cursos de baixa qualidade. Além disso, pode levar também a uma intensa
concentração que dificilmente se pode dizer que aumenta a adaptabilidade do sistema às
contingências ou torna o sistema efetivamente mais diverso. De fato, ao analisar a
concentração seria possível identificar se em uma expansão a diversidade potencial (variedade
de opções disponíveis aos estudantes) aumentou em termos relativos, mas a diversidade efetiva
(variedade de escolhas feitas pelos estudantes) diminuiu.
Em 2005, a educação a distância foi autorizada (Segenreich & Araújo Castro, 2012).
Para assegurar a qualidade, o Ministério da Educação tornou mais exigente o processo de
aprovação de novos cursos EaD. Isso, combinado à economia de escala e aos altos
investimentos em publicidade criaram barreiras de entrada a competidores no mercado da EaD
(Bênia, 2016). Com isso, os conglomerados já estabelecidos ganharam uma vantagem que
favoreceu o controle do mercado educacional.
Com o apoio dos subsídios voltados para estimular a demanda no setor privado, o
sistema se tornou altamente lucrativo. Isso atraiu vultuosos investimentos feitos por fundos de
private equity e o apoio do International Finance Corporation (IFC), membro do Grupo Banco
Mundial, essenciais para a expansão dos conglomerados (Almeida, 2019; Corbucci et al., 2016;
Oliveira, 2009).
Nos anos 1990, a demanda por ensino superior por parte de estudantes com
capacidade de pagar pelo ensino privado estava quase esgotada. Como resposta, foram criados
subsídios para estudantes de baixa renda. Em 1999, o governo reformulou o antigo crédito
educativo e implementou o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa de
empréstimos voltado para estudantes matriculados em cursos presenciais. Em 2005, foi
implementado o ProUni, no qual as instituições concedem bolsas de estudos a estudantes de
baixa renda em troca de substanciais isenções fiscais (Carvalho, 2013). Em 2010, os subsídios
ao Fies aumentaram, com redução das taxas de juros e extensão do período para reembolso do
empréstimo. Em 2014, o ensino superior subsidiado respondia por cerca de um terço do
mercado privado (Corbucci et al., 2016). Tudo isso resultou em um crescimento tão mal
regulado que, em 2015, o FIES se tornou insustentável fiscalmente. Em 2015, o subsídio
integral foi extinto, as taxas de juros foram aumentadas e foram estabelecidas regras que
exigiam aproveitamento mínimo nos exames nacionais de admissão e limitavam o número de
mensalidades.
10
Metodologia
Dados
Utilizamos dados do Censo do Ensino Superior de 2002 a 2016, produzidos pelo Inep
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Anísio Teixeira).
A distribuição das matrículas pelas instituições é nosso foco neste artigo. No entanto,
para chegar a uma série que cobrisse todo o período, alguns ajustes nos dados foram
necessários. No total, padronizamos e combinamos 37 bases de dados separadas. De 2002 a
2008, em cada ano usamos três diferentes bases cuja unidade de análise eram os cursos de
graduação: uma para cursos regulares de graduação, uma para cursos de educação a distância e
uma para os cursos sequenciais de formação específica. Para os anos de 2009 a 2016,
combinamos a base de cursos de graduação e uma base de matrículas. Somamos as matrículas
dentro de cada combinação de instituição e curso para chegar à uma base de dados
intermediária que contém o número de matrículas de cada curso.
Nos manuais de uso dos microdados de 2009 em diante, o Inep recomenda que as
matrículas sejam calculadas excluindo os cursos sequenciais de formação específica. Para
padronizar as séries com os mesmos critérios, foram excluídos os cursos sequenciais deste
período e também no período anterior, de 2002 a 2008. No total, 5.787 cursos foram
removidos em função desses critérios. Também foram excluídos 15.749 cursos registrados,
mas sem matrículas.
11
Após a construção dessas base de dados, foi preciso tratar dos dados faltantes
(missings). Os cursos de graduação são classificados em três tipos de grau acadêmico:
bacharelado, licenciatura e tecnológico. De 2002 a 2008, um estudante poderia estar
matriculado simultaneamente no bacharelado e na licenciatura. Entre 2002 e 2008, alguns
cursos não tinham a informação sobre o tipo de grau. Realizamos imputação de informação
para os casos de dados faltantes no tipo de grau usando o nome dos cursos. Todos os cursos
da base tinham informação sobre sua área de conhecimento em um código de seis dígitos que
segue o “Manual para implementação do ISCED-97 nos países da OCDE” (OECD, 1999).
Nossa base analítica final são os dados da soma das matrículas de cada curso de
graduação em cada instituição para cada um dos anos. Aplicamos uma última exclusão nos
dados: retiramos 1,754 instituições com menos de 50 matrículas. Nossa amostra analítica tem,
ao final da aplicação de todos esses critérios, 31.350 observações.
12
poderia ser contada como duas instituições separadas. A partir de 2009, este problema deixou
de existir, pois é possível identificar se os cursos presenciais e a distância são oferecidos na
mesma instituição devido à disponibilidade de identificadores únicos para as instituições. Antes
de 2006, o problema não era grande o suficiente para afetar os resultados agregados.
Procedimentos
Analisamos a distribuição das matrículas entre as instituições de ensino superior. Uma
instituição é uma universidade ou unidade equivalente, qualquer tipo de instituição de oferta de
educação superior credenciada junto ao Ministério da Educação e contabilizada no Censo do
Ensino Superior. No entanto, diferentes instituições podem pertencer a um único
conglomerado. Nossos dados não nos permitem identificar conglomerados ao longo das séries
temporais, o que significa que muito provavelmente estamos subestimando os níveis reais de
concentração das matrículas em nosso estudo, uma vez que várias instituições de ensino
superior (nossa unidade de análise) podem ser controladas pelo mesmo conglomerado.
13
Tabela 1
Distribuição das instituições por categoria administrativa no ensino superior brasileiro,
2002-2016.
14
Tabela 2
Resultados
15
Gráfico 1
Incidência do crescimento das matrículas, por classes de tamanho das instituições,
Brasil, 2002-2016
16
250%
Crescimento 2002 - 2016
200%
150%
100%
50%
0%
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Tamanho da insitituição (0-100%)
O crescimento ocorreu ao longo de toda a distribuição, mas foi muito mais intenso nas
instituições maiores. A forma da curva de incidência mostra taxas positivas de crescimento
desde as instituições menores até cerca de 75%. A partir desse ponto as taxas diminuem
substancialmente, até cerca de 90% (10% do topo) e mudam completamente para taxas muito
altas além desse ponto. Os 5% das maiores instituições crescem mais rápido do que qualquer
outra parte da distribuição; o 1% do topo (acima do quantil 99%) cresceu 276%, que é mais de
quatro vezes a taxa de crescimento observada para o grupo de 85-90%.
17
Tabela 3
Concentração do crescimento, por tamanho das instituições e ano, Brasil, 2002-2016
Tamanho
Ano 0%- 80%- 90%- 95%- 99%- Total Total
80% 90% 95% 99% 100% % matrículas
2002 0% 0% 0% 0% 0% 0% 3.441.802
2003 2% 0% 1% 3% 3% 9% 3.841.137
2004 4% 1% 2% 5% 4% 15% 4.115.712
2005 6% 2% 3% 6% 7% 23% 4.447.556
2006 7% 2% 3% 8% 9% 30% 4.751.720
2007 9% 4% 4% 8% 13% 38% 5.106.395
2008 10% 4% 5% 12% 19% 51% 5.674.486
2009 10% 4% 5% 15% 19% 53% 5.762.292
2010 13% 6% 6% 18% 20% 62% 6.179.802
2011 15% 8% 7% 20% 21% 71% 6.544.832
2012 16% 9% 7% 20% 25% 77% 6.836.394
2013 18% 9% 8% 21% 28% 84% 7.115.020
2014 19% 12% 9% 23% 32% 95% 7.632.045
2015 20% 13% 10% 24% 33% 100% 7.821.048
2016 19% 12% 10% 24% 35% 100% 7.840.404
Fonte: Censo da Educação Superior, 2002-2016, INEP, microdados
18
É importante observar que a educação a distância é um problema para a série nos anos
de 2007 e 2008. Até 2008, uma instituição que oferecia cursos presenciais e a distância era
contabilizada como duas instituições (ver a seção Dados para detalhes). Portanto, parte da
mudança no crescimento concentrado das partes inferiores da distribuição para o topo que
observamos em 2008-2009, particularmente na área em torno de 90%-99%, pode ser um
artefato resultante da consolidação nos dados das instituições em 2009.
19
Tabela 4
Distribuição das matrículas por tamanho da instituição, como percentual das
matrículas totais, Brasil, 2002-2016
Tamanho
Ano 0%- 80%- 90%- 95%- 99%- Total Total
80% 90% 95% 99% 100% % matrículas
2002 20% 16% 20% 28% 16% 100% 3.441.802
2003 20% 15% 19% 29% 17% 100% 3.841.137
2004 21% 15% 18% 29% 18% 100% 4.115.712
2005 21% 14% 18% 28% 19% 100% 4.447.556
2006 21% 14% 17% 28% 20% 100% 4.751.720
2007 21% 14% 17% 26% 22% 100% 5.106.395
2008 20% 13% 16% 26% 24% 100% 5.674.486
2009 19% 13% 15% 28% 24% 100% 5.762.292
2010 20% 14% 15% 28% 23% 100% 6.179.802
2011 20% 14% 15% 28% 22% 100% 6.544.832
2012 21% 14% 15% 27% 24% 100% 6.836.394
2013 21% 14% 14% 26% 25% 100% 7.115.020
2014 20% 14% 14% 26% 26% 100% 7.632.045
2015 20% 14% 14% 26% 26% 100% 7.821.048
2016 19% 14% 14% 26% 27% 100% 7.840.404
Fonte: Censo da Educação Superior, 2002-2016, INEP, microdados
20
das matrículas privadas presenciais e das matrículas privadas a distância, e assim por diante. Na
Tabela 5, a educação presencial e a distância estão aninhadas nas categorias Pública e Privada,
mas, alternativamente, a contribuição total, por exemplo, da educação a distância, poderia ser
obtida somando as colunas EaD Pública e EaD Privada.
Table 5
Componentes da Desigualdade na distribuição das matrículas, por tamanho das
instituições, como um percentual do total. Brasil, 2002-2016, Theil- T
21
O mesmo pode ser dito sobre o aumento da privatização: ela teve seu papel, mas foi a
maior concentração dentro do setor privado associada à EaD que aumentou a concentração
das matrículas. O aumento da participação do setor privado não foi tão substancial. Em 2002,
o setor privado respondia por 70% de todas as matrículas; em 2016, essa participação era de
76%. No entanto, a mudança foi na modalidade de ensino: em 2002, a educação privada a
distância era próxima de zero; em 2016, da participação de 76% do setor privado, 59% foram
matrículas em cursos presenciais e 17% na educação a distância (não constam nas tabelas).
A partir de 1999, o sistema privado passou a ser altamente subsidiado pelo FIES e, em
2005, foi criado um programa de subsídio adicional, o PROUNI. Em 2006, 31% de todo o
crescimento de matrículas no período 2002-2016 já havia ocorrido, 17% dos quais nas 5%
maiores instituições (Tabela 3). Neste ano, quase metade de todas as matrículas estavam nas
5% maiores instituições. Para as instituições com fins lucrativos, a expansão e as fusões
tornaram-se uma forma de absorver uma parcela maior dos subsídios e, ao mesmo tempo,
controlar o mercado.
22
Em 2007, o Brasil começa a expandir sua rede pública de ensino superior, primeiro
com o REUNI - voltado para a ampliação da infraestrutura e aproveitamento de sua
capacidade, inclusive noturna, e com a ampliação do ensino profissionalizante na Rede
Tecnológica Federal. Como mesmo as maiores universidades públicas tendem a ser menores
do que as mega universidades privadas, o REUNI e a expansão da Rede Tecnológica Federal
potencialmente poderiam reduzir a concentração no sistema. No entanto, não há indícios de
que esses programas tenham tido grande impacto na concentração da distribuição das
matrículas por tamanho da instituição, pelo menos em termos relativos, como mostra a Tabela
5.
23
foi uma estratégia na rede pública. As matrículas na educação pública à distância passaram de
1,0% do total em 2002 para 1,5% em 2016.
Conclusão
Neste estudo, mostramos que a diversificação de segmentos que compõem o sistema
de ensino superior brasileiro está associada ao aumento da concentração e à oligopolização do
mercado. Em termos de heterogeneidade, tanto a diversidade quanto a concentração
aumentaram. Ao menos potencialmente, isso pode ter reduzido as opções dadas aos
estudantes, mas nossos resultados não permitem quaisquer conclusões fortes neste sentido.
Entre 2002 e 2016, a história de expansão do ensino superior no Brasil é uma história
de alto crescimento e alta concentração em grandes instituições. Os dados dos Censos do
Ensino Superior mostram que as matrículas cresceram consideravelmente, mais do que
dobrando de tamanho em 14 anos. As instituições de todos os tamanhos cresceram, mas a
expansão foi mais intensa nas maiores. O crescimento no 1% de maiores instituições foi maior
do que todo o crescimento entre os 90% de instituições menores. Do total de expansão das
matrículas, 60% ocorreram nos 5% de instituições de maior tamanho.
24
das matrículas em poucas instituições. Ao final do período, o setor privado contribuiu com
77% de toda a desigualdade e a educação privada a distância, sozinha, com 40% dela.
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