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INFERÊNCIA VÁLIDA
Formas de inferência válida
2
Na língua portuguesa há muitas palavras,
ou sequências de palavras, que não
constituem frases; outras, constituindo
frases, não têm necessariamente valor de
verdade.
3
• Estabeleceu-se que apenas as frases declarativas com valor de
verdade podem ser consideradas proposições e analisaram-se
algumas proposições simples (também denominadas atómicas) como:
“Todos os humanos são mortais”.
4
• Existem ainda as proposições complexas
(também denominadas compostas ou
moleculares) e que, normalmente, se
formam com o recurso a operadores de
formação de frases, tais como: uma
vez que, visto que, se…então, entre
outros.
5
“Pedro é um bom condutor e não
gosta de conduzir em Londres” é
um exemplo de uma proposição
complexa, uma vez que pode
ser decomposta em duas
proposições simples: “Pedro é
um bom condutor” e “Pedro não
gosta de conduzir em Londres”.
6
«Um operador de formação de frases é uma palavra ou sequência de
palavras que não é uma frase, mas que, apropriadamente
concatenado com uma ou mais frases indicativas, gera uma frase
indicativa portuguesa. Outros exemplos de operadores de formação de
frases são os seguintes: não é verdade que, ou, se… então…, é Concatenar
possível que […], porque. Encadear; ligar ideias
Considere-se a frase complexa “Icabod gosta de cabelos compridos e ou argumentos.
Icabod está apaixonado”. Se eu lhe dissesse o valor de verdade das
frases que foram concatenadas com “e” de maneira a dar esta frase
complexa, o leitor poderia facilmente determinar o valor de verdade da
frase complexa. Se ambas as frases forem verdadeiras, a frase
complexa será verdadeira. Se qualquer uma delas for falsa, ou ambas, a
frase complexa será falsa.»
8
• Chamam-se operadores verofuncionais às conectivas em que a
verdade ou falsidade das proposições complexas por elas formadas são
totalmente determinadas pelo valor de verdade das proposições simples.
simples.
10
«Chamaremos operador verofuncional de formação de frases a qualquer
operador de formação de frases que seja como “e” a este respeito. Isto quer dizer que,
dados os valores de verdade das frases concatenadas com “e” nós podemos determinar,
unicamente com base nessa informação, o valor de verdade da frase complexa resultante.
Um operador não verofuncional de formação de frases é um operador que pode ser usado
para construir frases cujo valor de verdade não pode ser determinado unicamente com base
na informação do valor de verdade das frases constituintes, sendo as frases constituintes as
que estão concatenadas com o operador de maneira a originar a frase complexa.»
12
Proposições simples Proposições complexas
13
• Em cada um destes casos, o valor de verdade da proposição complexa pode
ser aferido a partir do valor de verdade das proposições simples que a
constituem.
14
Neste caso, a variável proposicional P representa a proposição “Ahab apanha a baleia”
15
OPERADORES VEROFUNCIONAIS
Conjunção Ʌ PeQ PɅQ P&Q P.Q O Afonso sabe ler e o Ricardo é bombeiro.
Disjunção
V P ou Q PVQ PQ P+Q Kant é um filósofo ou Bolt é um atleta.
inclusiva
17
• As várias operações lógicas realizadas
com as conectivas do quadro anterior
podem representar-se através de
tabelas às quais se dá o nome de
tabelas de verdade.
P Q
Na tabela ao lado são esgotadas as
1) V V possibilidades no que respeita aos valores de
2) V F verdade possíveis entre duas proposições,
3) F V representadas pelas variáveis proposicionais
P e Q.
4) F F
19
• Usa-se um V para o caso de a proposição ser verdadeira e um F para o
caso da proposição ser falsa.
• As possibilidades são:
1) Ambas as proposições são verdadeiras;
2) P é verdadeira e Q é falsa;
3) P é falsa e Q é verdadeira;
4) Ambas as proposições são falsas.
• É óbvio que só pode ser verdade que “No verão chove pouco e no
inverno os rios transbordam” se no verão chover pouco e no inverno os
rios transbordarem, ou seja, para que a proposição composta seja
verdadeira, há duas condições que têm obrigatoriamente de se cumprir.
23
REGRA
24
• A expressão “não é verdade que” é um operador verofuncional de formação
de frases.
• Ao negar uma proposição dá-se origem a uma nova proposição com um valor
de verdade diferente.
25
• Assim, a negação da proposição P “Ontem choveu em Portugal” seria “Não é
verdade que ontem choveu em Portugal” e poderia representar-se por ¬P
(que se lê não P).
P ¬P
V F
F V
26
REGRA
27
• A negação de uma negação volta a ser antecedida pelo símbolo ¬,
pelo que a negação da proposição “Não é verdade que ontem choveu
em Portugal” seria representada por ¬¬P e o seu valor de verdade
seria o mesmo de P (já que a dupla negação de P é equivalente a
afirmar P).
• Por outras palavras, dizer “Não é verdade que ontem não choveu em
Portugal” equivale a dizer “Ontem choveu em Portugal”.
28
• A disjunção é uma conectiva bastante usada quer para exprimir alternativas
quer para apontar diferentes hipóteses.
• Muitas vezes usamos “ora” num sentido exclusivo para dizer que das duas
proposições simples apenas uma se pode verificar.
30
P Q PVQ
Pela análise da tabela de verdade, pode constatar-se
V V F
que, para que uma disjunção exclusiva seja
V F V
verdadeira, as duas proposições simples que dela
F V V
fazem parte têm de ter valores de verdade diferentes.
F F F
31
REGRA
32
• Imagine um casting para um espetáculo onde procuram bailarinos.
33
• Da frase supõe-se que podem responder ao casting bailarinos de hip-hop,
bailarinos de dança contemporânea e ainda bailarinos de hip-hop e dança
contemporânea.
34
• Neste caso, por exemplo, sabemos que
um bailarino de folclore não poderia
responder ao casting.
P Q PVQ
V V V
V F V
F V V
F F F
35
REGRA
36
• Chama-se condicional a uma proposição do género Se P, então Q.
37
Considere a proposição:
38
• Esta proposição é falsa apenas na situação
em que o antecedente é verdadeiro e o
consequente falso.
39
• Outras situações possíveis são:
1) Se se verificar o antecedente e o
consequente, a proposição será verdadeira,
pois acontecerá exatamente o que é referido.
40
3) Se nem antecedente nem consequente se
verificarem, o valor de verdade da proposição
também não é afetado, já que o facto de o sujeito
da frase não ter andado à chuva e não estar
molhado não prova que este não se molhasse
caso andasse à chuva.
41
P Q P→Q
V V V
V F F
F V V
F F V
42
REGRA
43
• As proposições bicondicionais têm a forma P se e só se Q e
expressam a conjunção entre as proposições P → Q e Q → P.
45
• Nesta proposição é expressa uma
equivalência entre o valor moral da ação e P Q P↔Q
o facto de ser praticada por dever.
V V V
V F F
• De facto, a proposição poderia traduzir-se
em “Se uma ação tem valor moral, então é F V F
praticada por dever” e “Se uma ação é F F V
praticada por dever, então tem valor moral”.
46
REGRA
47
SIMBOLIZAÇÃO DE
PROPOSIÇÕES
COMPLEXAS
48
• As variáveis proposicionais e as conectivas representam proposições
que podem ser utilizadas no dia a dia.
FORMA PADRÃO
50
Por esta razão, muitas vezes os operadores verofuncionais não são
explicitados nas frases usadas pelas pessoas. Considere o exemplo
que se segue:
• Do estudo afincado do Pedro resultará uma boa nota.
51
Uma vez colocada na forma
padrão, torna-se fácil
identificar os operadores
verofuncionais presentes na
proposição, neste caso
concreto a condicional (→).
52
2. Construir um dicionário das proposições simples.
53
3. Simbolizar a proposição composta.
P→Q
Por vezes, a simbolização pode ser um pouco mais complexa. Imagine-se
que a proposição inicial era negativa.
55
• Uma vez que a proposição já se apresenta muito próxima da forma
padrão, o próximo passo é o da construção do dicionário das proposições
simples:
P: Vou à biblioteca.
Q: Vou ao cinema.
R: Vou ao café.
• A primeira proposição traduz a ideia “Ou vou à biblioteca ou ao cinema e ao café”. Neste
caso, exprime-se uma alternativa entre duas opções: ir à biblioteca ou ir ao cinema e ao
café, o que não traduz a ideia da proposição original (em que a ida ao café é
independente da escolha de uma das alternativas anteriores.
• Na segunda proposição está patente a mesma ideia, sendo esta alternativa reforçada
pelo uso de parêntesis que associam a ida ao cinema e a ida ao café.
57
• Em qualquer um destes casos, não é transmitida a mensagem da proposição inicial, pois
a disjunção exclusiva é apenas entre P e Q, sendo depois acrescentado R, ou seja, a
alternativa é ir à biblioteca ou ao cinema, pois qualquer que seja a escolha, o sujeito da
frase irá ao café.
(P V Q) Ʌ R
58
CONSTRUÇÃO DE
TABELAS DEVERDADE
59
• Por representarem todas as condições de verdade, as tabelas
de verdade permitem ver o valor de verdade de cada
proposição nos vários casos possíveis.
60
• Para construir uma tabela de verdade de forma
segura, sugere-se a obediência a alguns passos
que facilitam o seu preenchimento e contribuem
para que nenhum aspeto seja esquecido.
61
1. Dispor, no cabeçalho da tabela, os vários elementos (as
variáveis proposicionais que representam cada uma das
proposições simples e a proposição composta simbolizada de
acordo com a forma padrão).
P Q (P V Q)
62
2. Inserir todas as combinações de valores de verdade possíveis
entre P e Q.
P Q (P V Q)
V V
V F
F V
F F
63
3. Calcular os valores de verdade possíveis para a proposição
complexa P V Q.
P Q (P V Q)
V V V
V F V
F V V
F F F
64
4. Calcular os valores de verdade possíveis para a negação () da
proposição P V Q.
P Q (P V Q)
V V F V
V F F V
F V F V
F F V F
65
• Constata-se, assim, que a proposição composta (P V Q) só é
verdadeira na situação em que P e Q são ambas falsas.
66
• Independentemente da complexidade das proposições, é
recomendável que se sigam os passos atrás sugeridos, pelo que
deve começar pela colocação dos vários elementos no cabeçalho
da tabela.
P Q R [(P V Q)]→ [P Ʌ(R → Q)]
67
• Esta proposição traz uma novidade relativamente às analisadas
68
• Este cálculo pode fazer-se de duas formas:
23 = 8
2x2x2=8
69
2) Adicionando todas as situações possíveis à tabela. Neste caso,
se anteriormente a tabela tinha quatro linhas, colocamos o valor
de verdade V em R para cada uma das quatro linhas e
adicionamos outras quatro onde R terá o valor de verdade F. Se
a proposição tivesse mais uma variável proposicional S,
colocar-se-ia o valor de verdade V nas oito linhas e
acrescentar-se-iam outras 8 onde se colocaria o valor de
verdade F.
70
P Q R [(P V Q)] → [P Ʌ ( R → Q)]
V V V
V F V
F V V
F F V
V V F
V F F
F V F
F F F
1 3 2 8 7 6 4 5
71
Em seguida, devem fazer-se os cálculos para as várias partes da
proposição complexa, do mais simples para o mais complexo,
respeitando os parêntesis. Inicia-se por P V Q e, em seguida,
calcula-se a negação () para esta parte da proposição.
72
P Q R [(P V Q)] → [P Ʌ ( R → Q)]
V V V F V
V F V F V
F V V F V
F F V V F
V V F F V
V F F F V
F V F F V
F F F V F
1 3 2 8 7 6 4 5
73
O passo seguinte deverá consistir em inserir os
valores de verdade de R para, em seguida, se
calcularem os valores de verdade para R → Q.
74
P Q R [(P V Q)] → [P Ʌ ( R → Q)]
V V V F V F V
V F V F V F V
F V V F V F V
F F V V F F V
V V F F V V V
V F F F V V F
F V F F V V V
F F F V F V F
1 3 2 8 7 6 4 5
75
Segue-se a negação de R → Q, ou seja, (R → Q),
e depois o cálculo P Ʌ (R → Q)
76
P Q R [(P V Q)] → [P Ʌ ( R → Q)]
V V V F V F F F V
V F V F V F F F V
F V V F V F F F V
F F V V F F F F V
V V F F V F F V V
V F F F V V V V F
F V F F V F F V V
F F F V F F V V F
1 3 2 8 7 6 4 5
77
Por último, realiza-se o cálculo que dá o valor de verdade
da proposição condicional [(P V Q)]→ [P Ʌ(R → Q)], a
partir do valor de verdade da negação da disjunção que
representa o antecedente, (P V Q), e do valor de verdade
do consequente, a conjunção P Ʌ(R → Q).
78
P Q R [(P V Q)] → [P Ʌ ( R → Q)]
V V V F V V F F F V
V F V F V V F F F V
F V V F V V F F F V
F F V V F F F F F V
V V F F V V F F V V
V F F F V V V V V F
F V F F V V F F V V
F F F V F F F V V F
1 3 2 8 7 6 4 5
79
Uma vez preenchida a tabela de
verdade, temos acesso a todos os
valores de verdade possíveis para a
proposição condicional analisada.
80
TAUTOLOGIAS,
EQUIVALÊNCIAS,
CONTRADIÇÕES E
CONTINGÊNCIAS
81
• As tautologias são proposições verdadeiras em todos os casos possíveis e
em todos os mundos possíveis, ou seja, o seu valor de verdade em nada
depende deste mundo ou da experiência que dele temos.
82
TAUTOLOGIA
83
• Na lógica tradicional dava-se às tautologias o nome de “primeiros
princípios”.
84
P Q [(P → Q) V P] →Q
V V F V V V
V F F F V V
F V F V V V
F F F V V V
1 4 2 3 5
85
• Duas proposições são logicamente equivalentes quando
se implicam mutuamente, ou seja, quando, aplicado o
operador lógico bicondicional, se obtém o mesmo valor
de verdade em todos os casos possíveis, por outras
palavras, se obtém uma tautologia.
86
EQUIVALÊNCIA
87
P Q (P Ʌ Q) ↔ (P V Q)
V V F V V F F F
V F V F V F V V
F V V F V V V F
F F V F V V V V
1 3 2 7 4 6 5
88
• Chama-se contradições às proposições complexas que são sempre falsas,
independentemente do valor de verdade das proposições simples que as
compõem.
89
CONTRADIÇÃO
90
P Q [(P → Q) V P]
V V F V V
V F F F V
F V F V V
F F F V V
1 4 2 3
91
• As contingências são proposições que podem ser verdadeiras ou falsas
dependendo das circunstâncias, ou seja, são proposições cujo valor de
verdade é V em pelo menos uma das circunstâncias possíveis e F em pelo
menos uma das circunstâncias possíveis.
93
P Q [(P → Q) Ʌ Q] →P
V V V F F V
V F F F V V
F V V F F V
F F V V V F
1 2 4 3 5
94
INSPETORES DE
CIRCUNSTÂNCIAS
95
• Os inspetores de circunstâncias são uma forma de avaliar os argumentos
proposicionais que se encontram previamente formalizados e cuja validade
depende inteiramente dos operadores verofuncionais.
96
INSPETOR DE CIRCUNSTÂNCIAS
97
• Um inspetor de circunstâncias é como uma sequência encadeada de
tabelas de verdade, onde se procura aferir até que ponto as
premissas sustentam a conclusão, ou seja, até que ponto, sendo as
premissas verdadeiras, a conclusão também é necessariamente
verdadeira.
98
• De acordo com o inspetor de circunstâncias:
99
PREMISSA 1 O clube A venceu ou o clube B venceu.
PREMISSA 1 PVQ
PREMISSA 2 P
CONCLUSÃO Q
100
• Uma vez que o objetivo é colocar o argumento num inspetor de
circunstâncias, proceder-se-á à forma de simbolização que se segue:
P V Q, P ∴Q P V Q, ~P ⊨Q P V Q, P ⊢Q
P1 P2 CONCLUSÃO
P Q PVQ P ∴Q
V V V F V
V F V F F
F V V V V
F F F V F
102
• Como pode verificar, neste argumento não existe qualquer situação
em que todas as premissas sejam verdadeiras e a conclusão seja
falsa, pois na única situação em que a premissas são ambas
verdadeiras a conclusão também o é.
103
• Analise agora outro argumento:
Se ando à chuva, então fico molhado.
Fico molhado.
Logo, ando à chuva.
P → Q, Q ∴P
104
• No inspetor de circunstâncias verificar-se-á:
P Q P→Q Q ∴P
V V V V V
V F F F V
F V V V F
F F V F F
105
• Existem duas situações em que ambas as premissas são verdadeiras
(a primeira e a terceira linhas).
106
FORMAS DE
INFERÊNCIA VÁLIDA
107
• As formas de inferência válida são estruturas
formais válidas independentemente do
conteúdo, pelo que qualquer argumento que
obedeça a qualquer estrutura formal será
válido.
108
• O silogismo condicional é uma forma de argumento dedutivo onde a
primeira premissa é apresentada sob a forma de uma condição:
109
• Apresentado sob a forma Se… então…, a primeira premissa do
silogismo condicional é composta por duas partes: o antecedente
(condição) e o consequente (condicionado).
110
• Assim, ao referir a proposição “Se andar à chuva, então vou ficar molhado”,
a mensagem que se transmite é que, a menos que a proposição seja falsa,
não há hipótese de andar à chuva e não ficar molhado, ou seja, de se
verificar o antecedente sem que se verifique o consequente.
111
• A segunda premissa de um silogismo
condicional válido afirma o antecedente ou
nega o consequente, dando origem às duas
formas válidas possíveis para este silogismo.
112
• O modus ponens (cujo nome vem do latim e significa modo que afirma) é
uma forma de inferência válida em que na segunda premissa se afirma o
antecedente e na conclusão se afirma o consequente.
113
• Qualquer silogismo condicional
que obedeça a esta estrutura
lógica é sempre válido.
P → Q, P ∴ Q
115
• No inspetor de circunstâncias verificar-se-á:
P Q P→Q P ∴Q
V V V V V
V F F V F
F V V F V
F F V F F
116
• Pela análise do inspetor de circunstâncias constatamos que na única
situação em que todas as premissas são verdadeiras a conclusão também
o é, pelo que o argumento é válido.
118
• Qualquer silogismo condicional
que obedeça a esta estrutura
lógica é sempre válido.
119
• Considerando que P é “Sou feliz” e
Q é “Canto”, o argumento pode
simbolizar-se da seguinte forma:
P → Q, Q ∴ P
120
• No inspetor de circunstâncias verificar-se-á:
P Q P→Q Q ∴P
V V V F F
V F F V F
F V V F V
F F V V V
121
• Pela análise do inspetor de circunstâncias constatamos que na única
situação em que todas as premissas são verdadeiras (última linha) a
conclusão também o é, pelo que o argumento é válido.
122
• A contraposição é uma forma de inferência válida que, neste momento,
podia ser testada intuitivamente, uma vez que segue uma lógica
semelhante a do modus tollens.
123
• Qualquer silogismo condicional que obedeça a esta estrutura
lógica é sempre válido.
124
• Considerando que P é “Sou feliz” e
Q é “Canto”, o argumento pode
simbolizar-se da seguinte forma:
P → Q ∴ Q → P
125
• No inspetor de circunstâncias verificar-se-á:
P Q P→Q ∴Q → P
V V V F V F
V F F V F F
F V V F V V
F F V V V V
126
• Como pode verificar-se no inspetor de circunstâncias, em todas as
situações em que a premissa é verdadeira a conclusão também o é, pelo
que o argumento é válido.
127
• O silogismo disjuntivo também é uma forma válida de silogismo dedutivo.
128
• Para que o silogismo seja válido, se na segunda premissa
se afirmar uma das partes da alternativa, na conclusão
negar-se-á a outra parte; caso na segunda premissa se
negue uma das partes da alternativa, na conclusão
afirmar-se-á a outra parte.
129
As formas válidas do silogismo disjuntivo obedecem à estrutura formal que
se segue:
ARGUMENTO 1 ARGUMENTO 2
130
Considerando que P é “Sou feliz” e Q é “Canto”, os argumentos podem
simbolizar-se das seguintes formas:
ARGUMENTO 1 ARGUMENTO 2
P V Q, P ∴ Q P V Q, Q ∴ P
131
• Nos inspetores de circunstâncias verificar-se-á:
ARGUMENTO 1
P Q PVQ P ∴Q
V V V F V
V F V F F
F V V V V
F F F V F
132
ARGUMENTO 2
P Q PVQ Q ∴P
V V V F V
V F V V V
F V V F F
F F F V F
133
• Pela análise do inspetor de circunstâncias constatamos que nas únicas
situações em que todas as premissas são verdadeiras (terceira linha no
primeiro argumento e segunda linha no segundo argumento) a conclusão
também o é, pelo que os argumentos são válidos.
134
Qualquer argumento que obedeça às estruturas formais válidas para
o silogismo disjuntivo é sempre válido.
P V Q, P ∴ Q
P V Q, Q ∴ P
135
• O silogismo hipotético pode ser representado da seguinte forma:
136
• Considerando que P é “Estudo”, Q é
“Aprendo mais” e R é “Torno-me
melhor aluno”, o argumento pode
simbolizar-se da seguinte forma:
P → Q, Q → R ∴ P → R
137
• No inspetor de circunstâncias verificar-se-á:
139
Qualquer argumento que obedeça à estrutura formal válida do
silogismo hipotético é sempre válido.
P → Q, Q → R ∴ P → R
140
• As leis de De Morgan estipulam duas
equivalências:
141
• Esta lei é normalmente denominada negação da conjunção e
estipula que a negação de uma conjunção é equivalente à negação de
cada uma das partes da disjunção.
• Suponha-se que:
P: Canto.
Q: Sou feliz.
Não canto ou não sou feliz. Não é verdade que canto e sou feliz.
142
Negar a conjunção equivale a negar cada uma das partes da
disjunção.
143
ESQUEMAS 2ª LEI DE DE MORGAN
(PVQ) ∴ (PɅQ)
(PVQ) ↔ (PɅQ)
(PɅQ) ∴ (PVQ)
Não canto e não sou feliz. Não é verdade que canto ou sou feliz.
144
Negar a disjunção equivale a negar cada uma das partes da
conjunção.
145
PRINCIPAIS FALÁCIAS
146
• Uma falácia é um argumento inválido mas que pode parecer válido.
147
• A falácia da afirmação do consequente é
um erro de raciocínio comum.
149
• Intuitivamente, pode extrair-se esta
conclusão através de uma simples análise
do argumento.
151
• Pode ainda fazer-se uma análise formal do argumento
através do inspetor de circunstâncias.
• Considerando que:
P: Sou feliz.
Q: Canto.
152
• No inspetor de circunstâncias verificar-se-á:
P Q P→Q Q ∴P
V V V V V
V F F F V
F V V V F
F F V F F
153
Uma vez que existe uma situação em que todas as premissas são
verdadeiras e a conclusão é falsa, o argumento é inválido.
154
• A falácia da negação do antecedente é um
raciocínio formalmente inválido em que na
segunda premissa de um argumento
condicional se nega o antecedente de uma
proposição condicional e na conclusão é
negado o consequente.
155
• Considere o exemplo:
156
• De facto, a proposição composta “Se
sou feliz, canto” não diz que o sujeito
da frase apenas pode cantar se for
feliz, diz antes que, se for feliz, com
certeza cantará.
157
• Fazendo uma análise formal do argumento, considere-se
que:
P: Sou feliz.
Q: Canto.
158
• No inspetor de circunstâncias verificar-se-á:
P Q P→Q P ∴ Q
V V V F F
V F F F V
F V V V F
F F V V V
159
Uma vez que existe uma situação em que todas as premissas são
verdadeiras e a conclusão é falsa, o argumento é inválido.
160
DESIGNAÇÃO SÍMBOLO LEITURA USO
Negação Não P P
Bicondicional ↔ P se e só se Q P↔Q
161
CONECTIVAS
NEGAÇÃO CONJUNÇÃO DISJUNÇÃO DISJUNÇÃO CONDICIONAL BICONDICIONAL
162
FORMAS DE INFERÊNCIA VÁLIDA PRINCIPAIS FALÁCIAS
MODUS PONENS Afirmação do consequente
SILOGISMO
CONDICIONAL Modus Tollens Negação do antecedente
CONTRAPOSIÇÃO
SILOGISMO
DISJUNTIVO
SILOGISMO
HIPOTÉTICO
Negação da conjunção
LEIS DE DE MORGAN
Negação da disjunção 163