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Proposições condicionais e
bicondicionais
Proposições condicionais
As proposições condicionais são proposições compostas ou complexas,
visto que se dividem em duas partes, correspondentes a duas outras
proposições: o antecedente e o consequente.
ANTECEDENTE CONSEQUENTE
equivale a
Exemplo
Negação
És empresário, mas não és rico.
Sendo a condição suficiente indicada por “se” e a condição necessária por “só
se”, usa-se a expressão “se, e só se” (ou “se, e apenas se”, “se, e somente se”)
para indicar condições que sejam, em simultâneo, suficientes e necessárias.
Isto significa que “Se sou poeta, então escrevo poemas” e “Se escrevo
poemas, então sou poeta”, ou seja, ser poeta é uma condição necessária e
suficiente para escrever poemas, e vice-versa.
Negação de proposições bicondicionais
Exemplo
Negação
Sou saudável, mas não faço exercício físico.
Ou
Faço exercício físico, mas não sou saudável.
3.4. Formas de inferência válida – lógica
proposicional
PROPOSIÇÃO
Simples Complexas
Exemplos Exemplos
As casas são brancas. As casas são belas. As casas são brancas ou as casas são belas.
Gertrudes é arquiteta. Paulo é engenheiro. Gertrudes é arquiteta e Paulo é engenheiro.
Deus existe. O mundo foi criado por Deus. Se Deus existe, então o mundo foi criado por Deus.
Eu sou jogador de futebol. Eu não sou jogador de futebol.
Proposições
Simples Complexas
verdadeira
Operadores proposicionais
“Penso que”,
“E”, “ou”, “se…,
“acredito que”, “é
então”, etc.
possível que”, etc.
Operadores
verofuncionais
(operadores lógicos
ou conetivas
Proposição complexa função de verdade proposicionais).
Operadores que nos permitem, uma vez conhecidos os valores de verdade das
proposições simples, determinar, apenas com base nessa informação, o valor de
verdade da proposição resultante.
Variáveis Letras P: Deus existe.
proposicionais proposicionais Q: A vida tem sentido.
Operador singular,
Aplica-se apenas a uma proposição. “não”
unário ou monádico
“e”, “ou”, “ou… ou”,
Operador binário ou
Aplica-se a duas proposições. “se..., então”, “se, e só
diádico
se”
Negação Tabela de verdade ou matriz lógica
Tabela de verdade da
Disjunção P: Vou ao cinema. disjunção exclusiva
exclusiva Q: Fico em casa. P Q PQ
V V F
P Q (Ou P ou Q)
V F V
Ou vou ao cinema ou fico em F V V
casa. F F F
A disjunção exclusiva é uma proposição com a forma “Ou P ou Q”, simbolizando-se por “P Q”, a qual é
verdadeira se P e Q possuem valores lógicos distintos e falsa se P e Q possuem o mesmo valor lógico.
Observação sobre
a disjunção
exclusiva
Pode suceder que o próprio contexto nos permita saber qual a disjunção que
está a ser usada. Por exemplo, a seguinte disjunção, aparentemente inclusiva,
na realidade é exclusiva:
António tem cinco anos ou António tem sete anos.
A impossibilidade de as duas proposições serem verdadeiras em simultâneo
justifica que estejamos perante um caso de disjunção exclusiva.
Tabela de verdade da
Condicional P: A alma é imortal. condicional
(implicação Q: Deus existe.
P Q P→Q
material)
P → Q (Se P, então Q) V V V
Se a alma é imortal, então Deus V F F
existe. F V V
F F V
Expressões
Antecedente É uma condição suficiente
alternativas
(P) para o consequente.
Deus existe, se a alma é imortal.
Deus existe, caso a alma seja imortal. Consequente É uma condição necessária
Existir Deus é condição necessária para a alma ser (Q) para o antecedente.
imortal.
A condicional é uma proposição com
A alma ser imortal é condição suficiente para
a forma “Se P, então Q”,
Deus existir.
simbolizando-se por “P → Q”, a qual
Se a alma é imortal, Deus existe.
só é falsa se P – o antecedente – é
A alma não é imortal se Deus não existir.
verdadeira e Q – o consequente – é
A alma é imortal somente se Deus existir.
falsa. Em todas as restantes
situações, a nova proposição é
verdadeira.
Tabela de verdade da
Bicondicional P: Sou escritor. bicondicional
(equivalência Q: Publico livros.
material) P Q P↔Q
P ↔ Q (Se, e só se) V V V
Sou escritor se, e só se, publico V F F
livros. F V F
F F V
Expressões
alternativas
Sou escritor se, e somente se, publico livros. A bicondicional é uma proposição
Sou escritor se, e apenas se, publico livros. com a forma “P se, e só se, Q”,
Publicar livros é condição necessária e suficiente simbolizando-se por “P ↔ Q” a qual
para eu ser escritor. é verdadeira se ambas as proposições
Se sou escritor, publico livros e vice-versa. tiverem o mesmo valor lógico e falsa
se as proposições tiverem valores
lógicos distintos.
Formas proposicionais e operadores verofuncionais
Proposições
Disjunção
simples
Negação Conjunção Condicional Bicondicional
inclusiva exclusiva
Operador principal
(operador de maior âmbito): É falso afirmar que eu sonho e não estudo. (P Q)
Exemplo: Estudar lógica é condição suficiente para eu ser bom aluno a Filosofia.
Exemplo: As normas morais têm sentido, caso o dizer-se que o mal não existe e o
bem é ilusório constitua uma falsidade.
1. P Q (P → Q) 2. P Q (P → Q)
Colocar na tabela
Desenhar a tabela, os valores de V V
colocando aí as verdade das
letras proposições
V F
proposicionais e a
proposição
simples, esgotando F V
as possibilidades.
complexa. F F
3. P Q (P → Q) 4. P Q (P → Q)
Calcular os valores
de verdade das
V V V Calcular os valores
V V F V
proposições, V F F de verdade V F V F
excetuando os que relativos ao
são relativos ao F V V operador principal. F V F V
operador principal. F F V F F F V
P Q (P Q) → ( P Q) Determinamos primeiro os
valores de verdade de “ P”
V V V V F V V (copiamos também, para
V F F V F F F facilitar, os valores de verdade
F V F V V VV de Q). De seguida,
F F F V V V F determinamos os valores da
disjunção “ P Q” e da
conjunção “P Q”. Por fim,
determinamos os valores da
condicional (operador de maior
âmbito) a partir dos valores
obtidos para a conjunção e para
Devemos começar pelos operadores a disjunção.
de menor âmbito e ir avançando para
os de âmbito maior.
Para duas variáveis, são necessárias quatro filas; para
três, oito; para quatro, dezasseis, etc.
P Q R [R (P Q)] ↔ (R Q)
Exemplo Formalização
Eu penso. P
Logo, não é verdade que eu não penso. P
3.5. Principais falácias formais (formas
de inferência inválida)
PRINCIPAIS FALÁCIAS FORMAIS (FORMAS DE INFERÊNCIA INVÁLIDA)
Exemplo Formalização
Falácia da
afirmação do Se és meu amigo, então dizes-me sempre a verdade. P→Q A→B
consequente Dizes-me sempre a verdade. Q B
Logo, és meu amigo. P A
Exemplo Formalização
Falácia da
negação do Se és meu amigo, então dizes-me sempre a verdade. P→Q A→B
antecedente Não és meu amigo. P A
Logo, não me dizes sempre a verdade. Q B