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SEBENTA INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO POLÍTICA

Estrutura do exame:
1. Ter uma noção da definição de comunicação política
2. Pergunta teórica sobre os agentes da comunicação política e o sistema de comunicação
política (“the shape of political communication”)
3. Pergunta teórica: comentar uma citação do texto “game versus substance in political” à
luz dos valores-notícia e do agenda-setting
4. Escolha múltipla sobre eventos mediáticos
5. Pergunta opcional sobre a inovação política
6. Pergunta prática: realizar uma nota de agenda ou um save the date
COMUNIAÇÃO POLÍTICA

Um conceito ambíguo
McNair diz-nos, na sua obra “An introduction to political communication”, que qualquer
livro que aborde a comunicação política deveria começar por reconhecer que estamos
perante um conceito consideravelmente difícil de definir.

E de facto, o que torna tão evidente e, simultaneamente, difícil destrinçar uma noção
clara do que é a comunicação política é o seu nexus de significados e de enraizamentos
possíveis.

Enquanto uns se concentram na sua vertente verbal e escrita, outros consideram, na sua
compreensão, os sinais para-linguísticos a que vem associada, a intenção dos seus
emissores ou ainda as diferentes dimensões comunicativas que compreende.

Por um lado, Kate Kensi e Kathleen Jamieson dizem-nos, na obra “The Oxford
Handbook Of Political Communication”, que, se a política, por si só, se foca nas questões
“quem recebe o quê, quando e como”, a comunicação, ela, diz respeito a “quem diz o
que, quando, como (em que canal), a quem e com que efeito”. Então, juntos, estes
modelos levam-nos a definir a comunicação política como sendo o estudo de “quem
recebe o que, quando, como, de quem e com que efeito”.

Já Denton e Woodward fornecem-nos uma definição do conceito como uma pura


discussão em torno de questões como os recursos públicos, a autoridade pública e as
sanções oficiais. Embora esta definição considere a retórica verbal e escrita, notamos que
não inclui na sua compreensão os atos de comunicação simbólicos (símbolos, gestos,
imagens e outros meios não-verbais), cada vez mais importantes para a compreensão do
processo político como um todo.

Então, a escritora americana Doris Graber oferece-nos uma abordagem mais


abrangente. Sugere, grosso modo, que o conceito compreende, acima de tudo, aquilo a
que deu o nome de “linguagem política”: não só uma vertente verbal e escrita, como
também sinais para-linguísticos, como a linguagem corporal e os atos políticos
(boicotes e protestos, etc.).
McNair vem juntar-se a esta linha de pensamento, propondo agregar à noção de
comunicação política os meios visuais de significação: todos os elementos que se pode
dizer constituírem ou contribuírem para a construção de uma identidade política
(vestuário, penteado, maquilhagem, design de “marca”).

De facto, a escolha estratégica e cuidadosa dos símbolos visuais na comunicação


política parece ter uma grande importância na forma como o público perceciona e interage
(com) com os atore, organizações e fações políticos.

Isto, porque as imagens possuem uma capacidade de transmitir conceitos de maneira


rápida, clara e memorável, com um impacto que as palavras, por si só, não conseguem
alcançar.

Dan Schill, na sua obra “Stagecraft and statecraft – advance and media events in political
communication” dá nos alguns exemplos de momentos em que políticos recorreram a
símbolos visuais para moldar a perceção do público a seu respeito:
Em primeiro lugar, fala-nos de Albert Gore que, nas eleições primárias do ano de 2000,
usou roupas casuais e descontraídas, numa tentativa de suavizar a sua imagem e, muito
provavelmente, de criar uma sensação de proximidade, acessibilidade e informalidade
para com os seus eleitores.

Já Theodore Roosevelt, que se deixava acompanhar, regularmente, por jornalistas em


atividades como a caça ou a caminhada (atividades que refletem determinação, vigor
físico e liderança) recusava-se a ser fotografado a jogar tênis, atividade comumente
associada a uma ideia elitista de sofisticação, à qual não devia querer ser associado.

Por outro lado, e noutra parte da sua obra, Denton e Woodward caracterizam a
comunicação política em termos das intenções dos seus remetentes de influenciar o
ambiente político. Assim, o fator crucial subjacente à comunicação política seria o
conteúdo (o quê) e finalidade (com que efeito) de uma mensagem, e não a sua fonte (de
quem) ou forma (como).
De acordo com esta perspetiva, o conceito incluiria, então:

Todas as formas de comunicação, levadas a cabo por atores políticos, com o fim de
alcançar determinados objetivos;

Todas as formas de comunicação, direcionadas aos atores políticos e levadas a cabo por
não-políticos (votantes e ativistas);

Todas as formas de comunicação sobre os atores políticos e as suas atividades (media,


cidadãos comuns, etc.).

A isto, acrescentam Kate e Kathleen, a seguinte conclusão: a comunicação política não


só consiste na apresentação de mensagens ou sinais de sujeitos cujo objetivo é chegar ao
exercício do poder partilhado, como também reside no sentido que se dá às trocas
simbólicas sobre este mesmo exercício partilhado do poder.
Por outras palavras, quando falamos em comunicação política, referimo-nos aos atores,
que transmitem as suas mensagens com o fim de alcançar o poder compartilhado
(dimensão ativa/comunicacional do conceito), mas falamos, também, na forma como
essas mensagens políticas são recebidas, compreendidas e interpretadas pelos
destinatários (dimensão analítica/interpretativa do conceito).
Como vimos, são muitas as diferentes abordagens e perspetivas diferentes que vêm à
tona quando se trata de definir o domínio da comunicação política.
No entanto, é-nos possível identificar um conjunto de elementos essenciais presentes
em quase todas as definições: a sua dimensão analítica e ativa; um recurso à
semiologia e, por fim, um potencial impacto político, seja ele intencional ou não.
Há, ainda, que ter em conta que a comunicação política é o resultado de diferentes forças
em interação, que se formam e transformam consoante o contexto, o tempo e o espaço.
É, aliás, por isso que Blumler nos diz, na sua obra “The Shape Of Political
Communication” que devemos, no que toca à comunicação política, encarar cada questão
como um todo, não deixando, no entanto, de considerar e compreender minuciosamente
as partes que a compreende.
Isto, para um conhecimento holístico (do campo e do processo comunicativo), que
reconheça a dinâmica das influências sociais, normativas e contextuais subjacentes ao
processo comunicativo – evitando interpretações superficiais, equívocas ou mesmo falsas.
The shape of political communication
Blumler enumera cinco razoes que, segundo ele, justificam uma reflexão acrescida no que
toca à receção e interpretação de questões que nos são apresentadas pela comunicação
política.
Em primeiro lugar, diz-nos que comunicação política é um processo complexo que
funciona como um jogo contínuo e dinâmico entre os diversos níveis e planos que
compreende, que se inter-relacionam e influenciam.
Devemos, portanto, ter em conta que o processo e a natureza da comunicação política
diferem consoante os contextos e realidades políticos, económicos, sociais, culturais e
geográficos.

Além do mais, a própria diversidade de atores e mediadores políticos, em conjunto com


a diversidade de mensagens que proferem, são, naturalmente, recebidas e
interpretadas pelos recetores de acordo com as suas experiências, valores e
conhecimentos pré-estabelecidos.

Então, nenhuma fonte de influência é unicamente responsável pelo que é a


comunicação política de um determinado tempo e espaço. Esta é o resultado de diferentes
forças em interação.

É, pois, fundamental que sejamos capazes de compreender como estes conceitos e


contextos funcionam por si só, assim como entender o modo como se relacionam e
perceber de que forma esta relação influencia o processo da comunicação política.

No fundo, e de acordo com Blumler, McLeod e Rosengren, é fundamental que


consideremos a interação contínua entre macro e micro no domínio da comunicação
política.

Por outro lado, o autor diz-nos que as alterações sociais condicionam os processos de
comunicação política, ou seja, mudanças ambientais gerais podem afetar uma série de
fenômenos, repercutindo no sistema de comunicação política.

São exemplos de alterações contextuais, os seguintes: a estrutura social e económica


dos meios de comunicação; os desenvolvimentos tecnológicos; o declínio da
viabilidade dos telejornais e da imprensa impressa; etc.

Todos, sem exceção, têm o poder de influenciar a forma de conduzir a comunicação


política num determinado espaço e período de tempo.

Importa realçar que as alterações ambientais e funcionais da sociedade não são as únicas
que possuem um poder de influência sobre o sistema da comunicação política: as
alterações numa dimensão da própria comunicação política podem igualmente
desencadear reações nas restantes dimensões.

A terceira razão que nos refere Blumler alude ao facto de nem sempre interpretarmos as
mensagens da forma como foram, inicialmente, pensadas, pelos seus emissores.

De facto, quando tratados parcial e isoladamente, algumas das organizações e atores


envolvidos na comunicação política correm o risco de ser deficientemente
compreendidos, talvez até totalmente incompreendidos…
São raros os comunicadores que conseguem transmitir as suas mensagens exatamente
como desejariam, sem recorrer ao envolvimento de terceiros ou sem ter, previamente,
tido em conta as possíveis reações dos destinatários pretendidos.

A expectativas e dependências mútuas (entre políticos, jornalistas, comentadores e


audiência) têm, aliás, uma grande influência sobre o processo de comunicação política. Os
diferentes intervenientes agem constantemente de acordo com as expectativas uns
dos outros:

Por um lado, os políticos antecipam a forma como transmitem a sua mensagem de


acordo com o que acham que será a reação do publico ou conforme o que acham ser mais
interessante do ponto de vista mediático. Por outro, os jornalistas regem-se de acordo
com aquilo que acham servir o interesse público e o interesse do público. Já o público
reage de forma diferenciada consoante as suas expectativas.

4. O quarto, e penúltimo, aspeto referido é – similar ao anterior – o de que “o que perturba


na superfície visível de uma questão tem, muitas vezes, raízes mais profundas”.

De facto, nem todos os comunicadores são inocentes na sua forma de nos transmitir
mensagens. Estes têm, pelo contrário, uma grande capacidade de favorecer
determinadas fontes e estilos políticos em detrimento de outros, influenciando a forma
como o povo interage democraticamente com os seus líderes.

É, portanto, importante que consideremos a mensagem na sua forma aparente, sim, mas
sem nunca deixar de procurar perceber que fatores, por detrás do que nos é apresentado,
participaram na sua moldagem e produção (valores-notícia, pressões, intenções, etc.).

Por último, o autor refere que, com a crescente internacionalização dos estudos de
comunicação política, surge a necessidade de que os estudos de um único país sejam
complementados, confirmados, por vezes ampliados, por investigações comparativas
transnacionais. Só assim se evitará aquilo a que se deu o nome de “universalismo
ingénuo”: tendência para presumir que os resultados das investigações (de e) numa
determinada sociedade se aplicam a outros tipos de contextos e realidades. Há que ter em
conta que o que resulta num determinado sítio pode não resultar noutro, e vice-versa.

Elementos subjacentes à comunicação política (ou “sistema de C.P”)


O estudo da comunicação política direciona a nossa atenção para a relação entre três
elementos no processo pelo qual a ação política é concebida.
De facto, estruturalmente, o sistema da comunicação política vê-se formado por uma
relação triangular entre dois tipos de organizações (as organizações políticas e as
organizações mediáticas) e a audiência…
As organizações políticas (atores políticos, partidos e organizações públicas não-
partidárias) recorrem, por meio de uma série de estratégias, aos mass media e aos seus
métodos de comunicação como uma forma de atingir e influenciar o seu público-alvo
(eleitorado).
Percebemos, então, que o volume mais substantivo de informação disseminada é
produzido pelas organizações políticas e mediáticas, sendo que a audiência é
maioritariamente constituída por recetores, cuja interação com os elementos acima
referidos depende sobretudo das imagens por eles construídas e fornecidas.
Assim, os padrões e resultados dessas relações triangulares são moldados pelas
tecnologias de informação predominantes e incorporados dentro dos sistemas
políticos e de media circundantes – todos os quais podem alterar-se consoante o
espaço social e passagem do tempo (formam-se pelo contexto e transformam-se em
função do tempo e do espaço).
Vejamos, então, mais detalhadamente, em que consiste e como funciona cada um destes
elementos (atores políticos, audiência e media):
Agentes (ou atores) políticos:
Atores políticos:
Os principais atores políticos são os indivíduos que participam ativamente na política
(candidatos políticos, líderes, ativistas, lobistas, entre outros) e que procuram influenciar
o processo decisório, por meio de estruturas organizacionais e institucionais
(partidos políticos, grupos de interesse, ONGs, etc).
Muitas vezes, os atores políticos procuram adquirir poder político (seja concorrendo a
cargos públicos, seja participando em assembleias constituintes ou influenciando decisões
por meio do engajamento cívico), com o fim de implementar políticas que estejam
alinhadas com as suas preferências e valores pessoais.
Partidos políticos:
Outro elemento importante do sistema, subjacente à categoria dos agentes políticos,
são os partidos políticos: agregados de indivíduos com ideias mais ou menos
semelhantes, que se reúnem dentro de uma estrutura organizacional e ideológica
acordada para perseguir objetivos comuns (objetivos estes que refletem o sistema de
valores, ou ideologia, do partido).
Uma vez mandatados, os partidos concordam em cumprir as regras do sistema e
sociedade em que operam, respeitando as limitações por eles colocados ao seu poder.
Um bom funcionamento do processo acima descrito implica que os partidos se mostrem
capazes de comunicar com aqueles que irão votar e, portanto, potencialmente legitimá-los.
E isso, hoje em dia, depende grandemente dos meios de comunicação de massa e de
estratégias como o marketing político, a propaganda e as relações-públicas:
1. O marketing político assemelha-se ao comercial, visando públicos-alvo e utilizando
canais de massa para ganhar o seu apoio em contexto de competitividade.
2. A propaganda política também se baseia em princípios originalmente elaborados pelo
setor empresarial, recorrendo aos meios de comunicação social para "diferenciar" os
produtos políticos (ou seja, partidos e candidatos) e dar-lhes significado para o
"consumidor".
3. Já as Relações-públicas englobam táticas de gestão de imagem, destinadas garantir
que um partido receba o máximo de publicidade favorável e o mínimo de negativa.
Organismos públicos:
Se os partidos e sujeitos políticos estão no centro do processo político democrático,
não são, obviamente, os únicos atores políticos.
Em torno das instituições políticas estabelecidas estão uma série de organizações não-
partidárias com objetivos políticos (organizações públicas e grupos de pressão de
empresas)
1. Organizações públicas
As organizações públicas compreendem, essencialmente, os sindicatos, as ONGs,
grupos de consumidores e associações profissionais.
Estas não são, contrariamente aos partidos, unidas por uma mesma ideologia, mas sim
por uma causa que defendem em conjunto (problemas trabalhistas ou vulnerabilidade
dos cidadãos face a grandes empresas, por exemplo).
Algumas têm, aliás, ligações organizacionais claras com um ou mais dos partidos (os
sindicatos, por exemplo, deram origem ao Partido Trabalhista: expressão política
organizada dos interesses dos trabalhadores).
Neste tipo de organizações, os indivíduos reúnem-se com vista a resolver problemas,
militar pela mudança e atribuir visibilidade a determinada causa. Tudo isto,
recorrendo aos media e, quando possível, à ajuda dos decisores governamentais.

Então, embora de forma periférica (talvez até marginalizada), as organizações públicas


envolvem-se na comunicação política (e no lobbying), com vista a influenciar os
políticos já estabelecidos.

2. Grupos de pressão das empresas:


Já os grupos de pressão são tipicamente menos institucionalizados e mais
abertamente «políticos» nos seus objetivos, preocupando-se com questões como a
conservação do ambiente natural e a prevenção da crueldade para com os animais, por
exemplo.
Estes tendem a fazer campanha em torno de questões únicas, procurando influenciar a
agenda política e a tomada de decisões a seu respeito e em seu favor.
Tal como os partidos e organismos públicos, os grupos de pressão dependem fortemente
da comunicação para influenciar a política, recorrendo à variedade de técnicas de
publicidade e relações-públicas que têm ao seu dispor.
No entanto, devido ao seu caráter não institucional, são frequentemente privados de
recursos financeiros, o que os obriga a recorrer a meios menos dispendiosos de
comunicar as suas mensagens políticas (tais como formas simbólicas de protesto e
"espetáculos" destinados a atrair a atenção dos jornalistas).
Organizações terrorista
O agente político que resta referir são as organizações terroristas: grupos que usam
táticas terroristas (bombardeamento urbano, sequestro, assassinato e sequestro) para
alcançar/reclamar os seus objetivos políticos.
Estas organizações cortejam ativamente a atenção dos media, esforçando-se por
sensibilizar e alertar, por meios impactantes, os seus públicos-alvo para a sua existência
e objetivos.
Então, até os atos de violência aleatórios dirigidos a civis podem ser vistos como uma
forma de comunicação política, destinada a enviar uma mensagem ao um eleitorado
e capaz de ser interpretada como tal.
É de notar que as organizações terroristas modernas utilizam cada vez mais as técnicas
de relações públicas e de gestão dos meios de comunicação social (conferências de
imprensa, comunicados de imprensa e fugas de informação).
Audiência
Passemos agora para o segundo elemento fundamental do sistema da comunicação
política, sem o qual nenhuma mensagem política poderia ter qualquer relevância: a
audiência.
Esta pode variar em amplitude e natureza: pode ser ampla, como no caso de uma
campanha eleitoral nacional – que procura atingir toda uma nação –, ou estreita,
como quando um jornal influente pede uma mudança na liderança de um partido político.
No entanto, toda a comunicação política visa causar um efeito nos recetores da
mensagem: os comunicadores esperam, sempre, influenciar positivamente o
comportamento político (neste caso) dos seus destinatários.
Ora, hoje em dia, os media constituem uma das formas mais eficazes de captar a atenção
de um público amplo.
Media
De facto, os media (sejam eles tradicionais, online ou em formato de rede social)
desempenham um papel fundamental na comunicação política, transmitindo
mensagens políticas, moldando a perceção pública e proporcionando um espaço
para o envolvimento e a participação cívica.

As mensagens e ações dos políticos não teriam qualquer existência política (e muito
menos eficácia comunicativa), se não fossem relatados pelos media e recebidos, pelo seu
público, como mensagens.

Por outro lado, estes funcionam também como transmissores de mensagens, queixas e
opiniões políticos dos próprios cidadãos para os seus líderes, favorecendo, mais uma vez, a
preservação de um ambiente político e cívico saudável e consciente.
AGENDA-SETTING E CRITÉRIOS DE NOTICIABILIDADE NA CP

Valores-notícia

O objetivo de qualquer órgão de informação é, já o sabemos, o de fornecer relatos de


acontecimentos suficientemente significativos e interessantes para o público. Isto obriga-
os, claro, a selecionar dentro da super- abundância diária de acontecimentos. Então,
para facilitar o processo, criou-se uma lista de requisitos que um acontecimento deve ter
para se tornar interessante, significativo e relevante o suficiente para ser noticiado. A
estes critérios, deu-se o nome de “valores-noticia”.

Há de notar que estes funcionam de forma complementar: são as diferentes


combinações de os valores-notícia que um assunto cumpre (ou não), que entram em conta
na averiguação da sua seleção como notícia.

Por outras palavras, quanto mais um acontecimento exibe critérios, maior será a
probabilidade de ser notícia.

Por outro lado, os valores notícia não apenas facilitam a seleção de acontecimentos, como
permitem também priorizá-los, ajudando, por exemplo, a decidir que assuntos irão
para a primeira página, ou constituirão o destaque de um noticiário.

Mauro Wolf distingue, então, cinco categorias de valores-notícia:

1. CRITÉRIOS SUBSTANTIVOS

Aos primeiros deu o nome de “critérios substantivos”, que se referem, como o nome
indica, à substância – ou conteúdo/mensagem – de um acontecimento. Esta
categoria articula-se, essencialmente, em dois fatores: a importância de um
acontecimento e sua capacidade de suscitar o interesse do público.

Os critérios substantivos relativos à importância de um acontecimento dizem, grosso


modo, respeito às características que nos levam a considerar que um acontecimento
constitui algo que o público deve saber.

Estes incluem, nomeadamente, o nível hierárquico das pessoas, organizações ou


países envolvidos no acontecimento (por exemplo, não se faz uma notícia sobre um
cidadão comum que partiu a perna, mas se for o presidente, sim); o impacto do
acontecimento sobre a nação (a sua capacidade de influir ou incidir no interesse e nos
valores de um país ou cultura – este critério tem muito a ver com a proximidade geográfica
e afinidade cultural de um determinado evento relativamente ao órgão a que se destina); a
quantidade de pessoas envolvidas no acontecimento (quanto mais pessoas, mais se
justifica relatar); e a relevância do acontecimento quanto à sua evolução futura
(acontecimentos que venham associados a outros acontecimentos ou desenvolvimentos
tendem a ser priorizados pelos media, uma vez que fornecem material diário para a
produção de conteúdo).

Os critérios relativos ao interesse, por sua vez, dizem respeito à importância de


selecionar, também, acontecimentos que possam captar a atenção do público. Isto,
porque de pouco serve realizar um jornalismo aprofundado e cuidadoso, se a audiência
manifesta o seu aborrecimento, trocando de canal ou deitando o jornal fora.

De um modo geral, são consideradas interessantes as notícias insólitas e curiosas, que


satisfaçam a vontade de se entreter do público. Os exemplos que nos são dados,
incluem, nomeadamente: histórias de gente comum em situações insólitas; histórias de
gente pública em situações comuns do dia-a-dia; histórias envolvendo algum tipo
inversão de papéis (o homem que mordeu o cão); histórias de interesse humano; e
feitos excecionais e heroicos.

2. CRITÉRIOS RELATIVOS AO PRODUTO

A segunda categoria de valores-notícia (critérios relativos ao produto), foca-se nos diversos


aspetos subjacentes ao produto informativo, assim como nas particularidades do
processo da sua produção.

Wolf diz-nos, em primeiro lugar, que é noticiável um acontecimento que não exija mais
materiais do que os que se tem disponíveis e que não exceda as capacidades humanas
e financeiras definidas pelo órgão (requisito alusivo à acessibilidade do acontecimento em
relação ao jornalista).

Por outro lado, é estipulado que um acontecimento deve poder ser explicado e coberto
na sua totalidade, mas de forma breve. Isto deve-se à necessidade de se respeitar os
limites de espaço (imprensa) e de tempo (rádio e televisão) que cada tipo de comunicação
se vê obrigado a respeitar.

Um acontecimento tem, também, mais probabilidades de ser noticiado se constituir uma


infração ou uma alteração da rotina. Galtung e Ruge acrescentam a isto que quanto
mais negativo, nas suas consequências, for um acontecimento, mais probabilidades
terá de se ver transformado em notícia (“bad news are good news”).

Já o quarto aspeto com respeitante ao produto refere-se à atualidade do


acontecimento (as notícias devem referir-se a acontecimentos o mais em cima do
momento da sua transmissão possível).

Por outro lado, é reforçada a importância de se noticiar acontecimentos que permitam


uma composição equilibrada do noticiário (ou jornal). O equilíbrio (ou “balance”) tem
em conta questões como a cobertura geográfica (procura-se ter notícias que cubram,
dentro do possível, todo o território nacional), as classes etárias (notícias que possam
interessar, tendencialmente, todas as camadas da população), ou até mesmo categorias
específicas de assuntos (economia, política, educação, entretenimento, etc).

Por fim, Wolf fala-nos na importância de se cobrir apenas acontecimentos que possuam
ou permitam determinados requisitos de qualidade. De um modo geral, diz-se que a
notícia é tanto melhor quanto mais ilustra, visualmente, uma ação (um momento de
realce de um facto). Nos casos em que a notícia é intrinsecamente desprovida de ação,
procura-se torná-la menos aborrecida, recorrendo a vários processos de exposição ou
apresentação (ritmo). Deve-se também, quando possível fornecer todos os pontos de
vista sobre o assunto ou o mais possível de dados cognoscitivos acerca de um
determinado acontecimento (caráter exaustivo); e recorrer a uma linguagem clara (o
ouvinte não quer voltar atrás para ouvir de novo e perceber melhor).

3. CRITÉRIOS RELATIVOS AO MEIO

A terceira categoria de valores-notícia enumera alguns critérios relativos ao meio,


que têm em conta, na averiguação da noticiabilidade, a adequação dos acontecimentos
ao meio de comunicação a que se destinam, isto é, a possibilidade que tem de
fornecer o material de que um media informativo precisa (material áudio para a rádio,
visual para a televisão e textual para a imprensa).

Este critério preocupa-se com a adequação do acontecimento ao meio, em termos da


sua frequência e do seu formato.

Por um lado, diz-se que quanto mais a frequência de um acontecimento se assemelhar


à frequência do meio de informação, mais provável será a sua seleção como notícia
por esse meio de informação. Na informação radio-televisiva, este critério privilegia os
acontecimentos pontuais, únicos, concluídos num breve lapso de tempo, uma vez que
são mais adequados aos ritmos produtivos da organização do trabalho.

Por outro lado, o formato diz respeito aos limites espácio-temporais que caracterizam
o produto informativo (número de serviços filmados que podem ser apresentados numa
edição do noticiário; a sua duração; o comprimento das peças; etc.).

4. CRITÉRIOS RELATIVOS AO PÚBLICO

A quarta categoria de valores-notícia, que compreende os critérios relativos ao


público, procura orientar a seleção de acontecimentos tendo em conta as necessidades e
exigências dos destinatários pretendidos.

Golding e Elliott inscrevem nela os critérios da «estrutura narrativa», da capacidade


de atração do material filmado que acompanha a notícia, do entretenimento e da
importância da notícia.

Por sua vez, Gans distingue 3 tipos de notícias em que o público é fundamental na
escolha de um acontecimento: notícias que permitem uma identificação por parte do
espetador; notícias de serviço (exemplo: meteorologia) e, por fim notícias ligeiras, que não
macem o espetador com demasiados pormenores (“non burdering stories”).

Outro aspeto fundamental incluído nesta categoria é o de proteção do público, isto é, a


não noticiabilidade de factos ou pormenores de acontecimentos cuja cobertura
informativa possa provocar traumas e ansiedade no público ou ferir a sua
sensibilidade e gostos.

5. CRITÉRIOS RELATIVOS À CONCORRÊNCIA

Já última categoria de valores-notícia enumera alguns critérios relativos à


concorrência.

Os mass media competem na obtenção de exclusivos, na invenção de novas rubricas


e na feitura de pequenas "caixas" sobre os pormenores. Em consequência, acentuam-
se os impulsos para três tendências, que se refletem em alguns valores-notícia,
reforçando-os.

A centralização da cobertura informativa em personagens de elite;

A cobertura de assuntos motivada pelas expectativas recíprocas e, portanto, pelo que


se espera que os outros cubram (esta tendência contribui para a semelhança das
coberturas informativas entre noticiários ou jornais concorrentes);

Consequência das duas primeiras: O estabelecimento de parâmetros profissionais e


modelos de referência no interior da profissão (faz-se da forma que todos fazem).
Valores-notícia e comunicação política

De um modo geral, a política e o seu modo de funcionamento alinham-se com uma


série de normas e necessidades do jornalismo, sendo por isso altamente
mediatizados e, muitas vezes até, priorizados face a outros tipos de assuntos.

A propósito, Paul Weaver propõe, na sua obra “Game versus substance in political
news”, que os jornalistas encaram as notícias políticas como um jogo competitivo
entre líderes movidos pelo poder.

A política seria, então, um jogo levado a cabo por políticos individuais ( jogadores), que
calculam e perseguem estratégias destinadas alcançar os seus objetivos (derrota dos
concorrentes, vitória e poder).

Já o jogo, no geral, ocorre perante o público – o eleitorado –, que controla a maioria


dos “prémios”, votando para os legitimar ou, pelo contrário, afastar do poder. Isto obriga
os jogadores a jogar com vista a causar uma boa impressão no público, exagerando as
suas boas qualidades, minimizando as más e, portanto, envolvendo-se em hipocrisias
e em manipulações de aparências.

Partindo desta analogia, Thomas Patterson defende que os jornalistas encaram este
esquema de jogo (isto é, a natureza competitiva e movimentada da política) como
uma oportunidade para adquirir, constantemente, material novo – principal
necessidade subjacente à sua atividade profissional (valor-notícia da atualidade e da
relevância quanto à evolução futura de um acontecimento).

O autor distingue então o valor noticioso que adquirem os desenvolvimentos


constantes do jogo político competitivo do de problemas e condições crónicos da
política – que tendem a ser deixados de parte, por carecerem de novidade (e por não
cumprirem o valor notícia, relativo ao público, de “non-burdering story” e o critério,
relativo ao produto, da brevidade).

A exigência de atrair e manter uma audiência leva, também, já os sabemos, os


jornalistas a preferirem histórias dramáticas (valor notícia “bad news are good news”).

Ora, o jogo político é precisamente descrito como sendo um "drama em curso", com
ação ascendente, ação em queda, vencedores e vencidos.

É de notar que questões políticas mais profundas também podem ser fonte de
drama. No entanto, a sua complexidade desafia a fácil caracterização e, portanto, a
satisfação do caráter atraente, breve e “non burdering” para o público que se deve de
ter uma notícia.

Por outro lado, os jornalistas tendem a dar prioridade à cobertura de histórias


envolvendo líderes proeminentes, em detrimento de outros (funcionários inferiores do
governo, grupos de oposição ou cidadãos não organizados). Estes são, de facto, vistos
pelos media como sendo os principais jogadores estratégicos – um papel
consideravelmente mais propicio à captação do interesse do público (critério
substantivo do “nível hierárquico das pessoas envolvidas”). Nesta lógica enquadra-se
também o valor-notícia de impacto sobre a nação, visto que questões políticas incidem,
naturalmente, no interesse do país e no contexto cultural do público.
O jogo encaixa ainda noutro imperativo subjacente à atividade profissional dos
jornalistas: a necessidade de se regerem por valores como a objetividade, a facticidade
e neutralidade.

De facto, não há partidarismo explícito em notícias factuais sobre as tentativas dos


políticos de alcançar e exercer o poder. Se, pelo contrário, os jornalistas se
envolvessem plenamente com questões partidárias, arriscar-se-iam a promover um
lado, em detrimento de outro.

Além do mais, se respeitarem o valor-notícia, relativo ao produto, do balance da


cobertura informativa: a visibilidade dada a determinada força partidária deverá
corresponder à visibilidade das restantes, o que lhes permite cobrir política sem ter de
se questionar constantemente se estão a operar, com segurança, dentro dos limites da
sua profissão.

Com isto, e partindo do exemplo das eleições dos EUA em 1972, o autor conclui que,
de um modo geral, a cobertura do jogo (competição, debates e estratégias) tende a
superar a substância (questões políticas e qualificações dos candidatos) nas eleições
presidenciais. Por outras palavras, os valores-notícia relativos ao interesse de um
acontecimento parecem, no que toca à política, superar os que se referem à importância
de um tema ou evento.

Estudos, como o de Robinson e Sheehan em 1980, indicam que muitas histórias


eleitorais não contêm, aliás, uma única referência a questões políticas.

De facto, ao cobrir uma campanha presidencial, os meios de comunicação tendem a


informar mais sobre quem está a ganhar e a perder do que sobre a aptidão real dos
candidatos para a presidência.

Até os debates presidenciais se veem envolvidos numa narrativa sobre o jogo


estratégico, com especulações pré-debate e avaliações pós-debate a dominar a cobertura.

Parece que os meios de comunicação social carecem de incentivos para apresentar um


retrato instrutivo da política numa base contínua. E de facto, se o seu imperativo é
atrair e prender a atenção do público, o que impulsiona a produção notícias são,
naturalmente, as suas próprias necessidades, antes das dos cidadãos.

No entanto, é importante ter em conta que esta forma de cobrir eventos políticos acaba
por privar o público de informações realmente necessárias para um voto
responsável e consciente.

Agenda-setting e comunicação política

Apesar das críticas, alguns jornalistas defendem e preconizam a cobertura centrada no


jogo, alegando que é necessária para expor manipulações políticas. E esta vigilância
do contexto social é, efetivamente, uma das suas funções principais: os media devem-se
de investigar e averiguar o contexto social, exercendo a sua função de “sentinelas”,
advertindo o seu público para perigos eminentes e, portanto, mantendo-o informado
acerca de assuntos de interesse público.

Ora, uma vez que a compreensão que as pessoas têm de grande parte da realidade
social é aquela que lhes fornecem os mass media, é fundamental que estes exerçam as
suas funções de forma responsável.
De facto, a lista de assuntos a que os media optam por dar visibilidade é, também,
naturalmente, a lista de assuntos acerca dos quais o público pensa, discute, debate e
opina no dia-a-dia. Por outras palavras, é, em grande parte, a agenda dos media (lista de
assuntos que estão na sua frente durante determinado período de tempo) que determina
a agenda do público (lista de assuntos a que dão importância durante esse mesmo
período de tempo).

Além de conseguirem determinar em que assuntos o público pensa, os media têm,


também, a possibilidade, por meio da maior ou menor visibilidade que lhe dão, de
indicar a importância que o público atribui a cada um deles.

É, no entanto, de salientar que, regra geral, estes não dizem ao público como pensar,
mas sim em que pensar.

Então, e recapitulando: em consequência da ação dos jornais, da televisão e dos outros


meios de informação, sabemos ou ignoramos, prestamos atenção ou descuramos,
realçamos ou negligenciamos elementos específicos dos cenários públicos.

Isto, porque tendemos a incluir e excluir dos nossos próprios conhecimentos aquilo que
os mass media incluem e excluem do seu conteúdo. A esta abordagem deu-se o nome de
“hipótese do agenda-setting”.

No caso da política (mas não só), não é raro que os atores e organizações criem eventos
destinados, precisamente, a atrair a atenção mediática e, portanto, a integrar a sua
agenda (“eventos mediáticos”). Isto, com o fim de alcançar mais visibilidade e de
transmitir ao seu público-alvo mensagens que se lhe sejam favoráveis. É, em grande
parte, graças aos eventos mediáticos que os políticos conseguem garantir a atenção da
esfera pública.

McClure e Patterson, no seu estudo realizado em 1972, acrescentam algumas


conclusões à teoria do agenda-setting.

Em primeiro lugar, dizem-nos que, embora todos os meios de comunicação possuam


alguma capacidade de provocar um efeito de agenda-setting, existe uma discrepância
na capacidade que cada um deles tem de o fazer. E, no que toca a esta questão, a
televisão mostrou-se bem menos influente do que a imprensa escrita.

Isto, porque a informação escrita permite realçar de uma forma mais explícita a
importância de um tema.

Por outro lado, a cobertura mediática na televisão é muitas vezes breve,


descontextualizada, heterogénea, fragmentada e acumulada num curto espaço de
tempo, o que dificulta a aprendizagem e compreensão efetivas de um tema.

Esta tem, também, tendência a dar mais importância ao conflito e à dramatização


(“folclore político” de que falámos acima), assim como a assuntos mais visuais do que
propriamente significativos e importantes.

Então, concluímos que as características produtivas dos noticiários televisivos não


permitem uma eficácia cognitiva duradoura.

A investigação de McClure e Patterson procurou, também, perceber se a audiência


funciona como uma tela em branco (que recebe, de forma passiva o conteúdo que lhe
fornecem os media), ou se, pelo contrário, interpreta o conteúdo informativo consoante
as suas predisposições e preferências pessoais.

Veio-se a concluir que é a segunda opção que se aplica: são as crenças, expectativas,
referencias e necessidades de cada um de nós que determinam aquilo a que damos
atenção.

No entanto, quanto menor for a nossa experiência direta relativamente a um tema, mais
dependeremos dos media para possuir os quadros interpretativos mínimos acerca dessa
realidade.
EVENTOS MEDIÁTICOS

Bibliogria de referência: Stagecraft and statecraft – Dan Schill

O autor foca, exclusivamente, a sua obra nos eventos planeados, assim como em
candidatos políticos e detentores de altos cargos públicos

A tipologia apresentada não pretende ser uma teoria geral que englobe todo o tipo de
eventos possíveis, antes elenca um conjunto frequente de eventos possíveis.

Deve se ter em conta a data de publicação do livro e o contexto do autor

Integram a categoria de “evento mediático” todos os tipos de acontecimentos suscetíveis


de captar a atenção dos órgãos de comunicação social, seja de forma espontânea (como é
o caso de um grande acidente, por exemplo) ou, pelo contrário, já planeada.

Neste caso, focar-nos-emos apenas nos segundos, isto é, nos acontecimentos que os
órgãos de comunicação social têm já previstos. Geralmente, estes são organizados
precisamente com o fim de atrair a cobertura mediática e de comunicar ao público
pretendido uma mensagem ou imagem que se lhe seja favorável (ao emissor),
influenciando-o (o público).

São exemplos de acontecimentos mediáticos planeados: as conferências de imprensa de


antevisão de jogos de futebol; a apresentação de uma marca ou produto por parte de uma
empresa; o lançamento de um livro ou de outro tipo de produto, entre outros. No que toca
à política em particular, quando falamos em eventos mediáticos, falamos, por exemplo, em
debates presidenciais; eventos de campanhas eleitorais; anúncios de candidatura;
conferências dadas por órgãos de soberania do Estado sobre um determinado assunto;
anúncios de lançamento de políticas ou de programas; etc.

É de notar que o evento não tem necessariamente de ser criado, como referido
anteriormente, apenas com o intuito de obter visibilidade por meio dos media. É, no
entanto, comum que seja produzido e adaptado às necessidades e procuras do sistema
produtivo jornalístico, alinhando-se com os critérios de noticiabilidade e, portanto,
maximizando as suas chances de captar a atenção mediática e de integrar a sua agenda.

De facto, nenhum evento se realiza sem que tenha sido previamente considerado de que
forma pode ser encenado, de modo a facilitar a cobertura jornalística e a compreensão do
público. Isto exige dos atores políticos (neste caso) que organizem a sua linguagem
(conteúdo) e cenário (forma), com vista a uma transmissão da forma mais atraente e clara
possível, tanto aos media como ao eleitorado (público-alvo).

Geralmente, o público a que se destinam os eventos planeados é aquele que assiste, por
meio dos media, o evento mediático (e não tanto o que comparece, presencialmente, no
evento – este último é mais visto com um adereço do que propriamente como um grupo
de eleitores a influenciar). No entanto, não é, de todo, raro que um evento se destine a
ambos, claro. É de notar que o impacto dos eventos mediáticos nos eleitores não é direto,
mas sim indireto e cumulativo ao longo do tempo.

Além de acrescentarem assuntos à agenda mediática, os eventos também moldam e


constroem as perceções que o público tem dos candidatos e líderes políticos. As imagens
criadas nos eventos mediáticos têm a capacidade de fornecer pistas sobre o histórico,
personalidade e comportamento dos candidatos, moldando diretamente a sua imagem
pública.

Embora a criação de imagens e necessidade de visibilidade façam já parte do processo


político há uma série de anos, são várias as mudanças estruturais (tanto na sociedade,
como na comunicação e na política), que vieram enfatizar a importância e a presença dos
eventos mediáticos “encenados”.

A primeira de todas é, sem dúvida, a introdução da televisão na esfera política. A presença


das camaras televisivas passou a ser o fator mais crucial na condução das campanhas
políticas modernas.

Por outro lado, a transformação do processo produtivo jornalístico num sistema que se
baseia na disponibilidade e demanda constante de (e por) informação é vista, pela
comunicação política, como uma oportunidade para preencher essa constante procura
com eventos cuidadosamente planeados, destinados a serem transformados em histórias
facilmente produzíveis (pelos media) e consumíveis (pela sua audiência).

Os “guardiões dos novos media” procuram, também, já o sabemos, cobrir histórias que
sejam simples, dramáticas, pessoais, previsíveis e fáceis de cobrir sob restrições de prazos.
Portanto, as organizações políticas mostram-se preocupadas e interessadas em capitalizar
essa necessidade com a planificação de eventos mediáticos.

É de notar, também, que, devido à sua natureza multicanal, os eventos mediáticos


permitem que os comunicadores políticos impregnem as suas mensagens de nuances e
significados de formas que as palavras e as imagens por si só não conseguem. Isto fornece
aos jornalistas múltiplos canais e níveis de significado, que podem ser entendidos
individualmente ou em uníssono, de forma a atrair públicos diversos.

De um modo geral, tanto as campanhas como os meios de comunicação social querem


histórias interessantes, imagens atraentes e um grande número de espectadores. Então, o
planeamento de eventos mediáticos é uma tendência que satisfaz ambas as áreas.

Tipologias de eventos mediáticos na esfera política

Existem diferentes tipos de eventos mediáticos no que toca à esfera política. Cada um
deles atende a objetivos específicos, desde a comunicação direta de mensagens até à
promoção de causas específicas, acontecimentos internacionais e celebrações especiais. O
que, no entanto, não difere, é o facto de todos, sem exceção, constituírem estratégias
destinadas a construir e gerir uma imagem política e institucional favoráveis. Vejamos…

1. Discurso:

Intervenção unidirecional com controlo sobre os elementos do texto.

Planeado para permitir uma comunicação direta e controlada de mensagens.

Exemplo: discurso do presidente, numa sessão conjunta do congresso, destinado a


apresentar uma nova proposta de lei

2. Conferência de imprensa:

Discurso que envolve repórteres e jornalistas e que constitui uma conversa seguida de
perguntas e respostas entre eles.
Focado num assunto específico

Permitindo contacto com um grande número de jornalistas simultaneamente.

Usualmente, começa com uma intervenção inicial de um político (neste caso), que sintetiza
a mensagem sobre o assunto em apreço e antecipa as questões dos jornalistas. Só depois
segue o período de perguntas.

Exemplo: conferencia de imprensa de um porta-voz do governo para discutir recentes


desenvolvimentos em questões de política externa

3. Town hall:

Variação da entrevista (ou da conferencia de imprensa), em que o político é questionado,


diretamente, pela audiência, com respeitante a assuntos de impacto direto na vida
concreta dos cidadãos.

Exemplo: um prefeito que realiza uma sessão onde os cidadãos podem fazer perguntas
diretamente sobre questões e necessidades locais.

4. Evento temático:

Evento planeado com o fim de chamar a atenção para um tema ou causa específicos.

Pode tomar na própria designação do evento a menção ao tema em destaque

Exemplo: Um evento temático sobre mudanças climáticas, onde políticos e especialistas


discutem estratégias para enfrentar o problema.

5. Evento de nicho (ou demográfico):

Eventos direcionados para audiências e grupos demográficos específicos.

Geralmente, foca-se mais no perfil da audiência do que num tema específico.

Exemplo: um candidato político que realiza um evento de nicho direcionado


especificamente para jovens eleitores, abordando questões relevantes para essa faixa
etária.

6. Evento espontâneo:

Menos estruturado e geralmente fora de contextos formais.

Pode ser intencionalmente desenhado para parecer não planeado, visando uma cobertura
mediática dinâmica e com movimento.

Exemplo: um político que visita uma área afetada por desastres natural de forma
inesperada para se encontrar com os afetados, gerando cobertura mediática dinâmica.

7. Evento de contacto operacional e institucional:

Podem ser internos (reuniões de um ministro, presidente ou wtv com a sua equipa) ou
externos (reuniões institucionais com outros intervenientes – exemplo: PM recebe partidos
para negociação).

Podem ser planeados com objetivos concretos de trabalho e não necessariamente com um
fim de serem noticiados. São, no entanto, muitas vezes adaptados de modo a
possibilitarem a recolha de imagens e informações por parte dos profissionais do
jornalismo.

8. Evento cultural ou social:

Criado para promover causas artísticas, desportivas ou sociais.

Exemplo: participação de um político num evento cultural, como um festival de cinema ou


uma exposição de arte.

9. A visita de Estado:

Evento formal onde o chefe de estado do país anfitrião recebe o chefe de estado do país
convidado.

Obedece a um protocolo rigoroso e detalhado, podendo incluir várias atividades


cerimoniais (reuniões, conferencias de imprensa conjunta, visitas, etc.)

10. Eventos internacionais:

Envolvem eventos diplomáticos, cimeiras, reuniões e conferências internacionais que


podem estar relacionados com cimeiras, ou mesmo visitas a cenários de guerra, por
exemplo.

Podem obedecer a protocolos rigorosos e incluir diversas atividades cerimoniais.

11. Evento especial:

Categoria referente a grandes eventos, referentes a efemérides (cinquentenários ou


centenários, por exemplo), eventos alargados (presidências abertas de Mário Soares) ou de
importância acrescida (Congressos dos Partidos).

A designação reflete uma avaliação positiva da dimensão e importância do evento.

Outros eventos não-presentes no livro (foco em eventos tipicamente organizados


em Portugal):

1. Comício:

Reunião pública em que se tecem críticas ou louvores de cariz social e político ou na qual
um candidato a cargo político se apresenta aos seus apoiantes e procura conquistar votos.

Usualmente utlizado em contexto partidário ou eleitoral;

Tradicionalmente associado a esforço de mobilização dos organizadores

Integra geralmente vários discursos de abertura e um discurso principal, levado a cabo


pelo candidato ou figura mais relevante do partido

2. Manifestação:

Evento associado a esforços de mobilização em torno de uma causa, reivindicação ou


efeméride evocativa

3. Arruada:
Evento associado a esforço de mobilização, tradicionalmente usado em contexto eleitoral
ou de celebração;
Quando usada em contexto eleitoral, procura, geralmente, demonstrar a adesão popular ao
candidato

Exemplo: Durante uma campanha eleitoral, um candidato realiza uma arruada,


caminhando pelas ruas do bairro acompanhado por apoiantes.

4. Evento disruptivo:

Utilização de estratégias de Marketing de Guerrilha;

Usualmente utilizado por estruturas com menor capacidade de implantação no espaço


mediático

Exemplo: grupo de ativistas que realiza uma intervenção artística não convencional, num
locam movimentado da cidade para gerar discussões e conscientização sobre a questão.
INOVAÇÃO NA COMUNICAÇÃO POLÍTICA

Bem Epstein discute, na sua obra “The only constant is change”, a questão da inovação na
comunicação política, concentrando-se, principalmente, nas tecnologias de informação e
comunicação (TIC) e explorando de que forma os fatores associados a essas tecnologias
podem influenciar a sua incorporação no processo da comunicação política.

Em primeiro lugar, é fundamental que percebamos como funciona o processo evolutivo na


comunicação política: este segue um padrão regular e repetitivo (ou cíclico), a que se deu
o nome de “ciclo da comunicação política” (PCC). De facto, a evolução na atividade
profissional dos políticos não ocorre do dia para a noite: deve-se, antes, de passar por uma
série fases que, apenas quando concluídas com sucesso, é que dão início a uma nova
ordem e forma de conduzir a comunicação política.

Vejamos: o PCC é essencialmente composto por duas fases: a fase inicial, em que as
práticas e tecnologias de comunicação estão já estabelecidas, amplamente generalizadas e
integradas no processo produtivo (fase da ordem na comunicação política – PCO); e a fase
seguinte, de revolução na comunicação política (PCR), marcada pelos avanços
tecnológicos que, em conjunto com uma série de fatores que abordaremos mais tarde, dão
início a uma nova ordem de estabilidade.

Então, recapitulando: todo o ciclo da comunicação política começa com a fase inicial, de
estabilização. Esta vem, de tempo em tempo, a ser abalada pelo desenvolvimento e
surgimento de novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC). O passo
seguinte, é a sua aceitação e adoção por parte do quadro profissional. Este é um passo
fundamental do PCC, uma vez que o surgimento de uma nova TIC, por si só, não é
suficiente para criar uma revolução.

Já para ser aceite, e, portanto, para ser considerada politicamente viável, a tecnologia em
causa deve passar por alguns testes. Só depois é que entramos na fase de “rutura” com a
ordem estabelecida e de estabelecimento de uma nova ordem estável (revolução da
comunicação política).

Vejamos então quais os fatores que determinam a viabilidade política de uma nova
tecnologia e, portanto, a sua adoção e difusão no quadro e processo produtivo políticos.

O primeiro (e dos mais importantes) aspeto que entra em conta é a questão dos custos a
que vem associada a implementação de novas tecnologias. De facto, a adoção de novas
TICS é dispendiosa. Isto pode, claro, influenciar as decisões que tomam os atores políticos
quanto à sua adoção ou rejeição. Portanto, a disponibilidade de recursos financeiros e
tecnológicos substanciais desempenha um papel crucial na capacidade dos atores políticos
de adotarem tecnologias inovadoras nas suas estratégias comunicativas: organizações que
possuam recursos limitados não se podem dar ao luxo de inovar nas suas formas de
comunicação.

No entanto, parece que quando mais o ciclo de comunicação progride e as novas TIC se
difundem pela sociedade, mais os custos que lhe são associados tendem a diminuir,
tornando-se mais acessíveis a todos. A taxa de diminuição dos custos desempenha,
portanto, um papel crucial na perceção de acessibilidade das TIC e, portanto, na sua
potencial adoção.
Por outro lado, é fundamental que um impulso incentive os atores políticos a deixar a sua
zona de conforto e, portanto, a inovar nas suas abordagens.

De facto, a difusão generalizada de uma TIC não ocorre automaticamente, e muito menos
depende apenas da sua acessibilidade a nível financeiro. Para que os atores políticos
procurem adotar novas formas de comunicar, estas devem ser apresentadas como eficazes
por um pioneiro ou inovador inicial. Se os primeiros inovadores obtiverem sucesso, é
provável que, por mimetismo, os restantes procurem, também, modernizar as suas
estratégias, tomando os primeiros como exemplo e adaptando-se, não só às mudanças
tecnológicas, como às próprias demandas da sociedade. Então, para que uma tecnologia
seja adotada no processo de comunicação política, esta não só se deve de ser acessível,
como também de ser comprovadamente eficaz para o fim a que se propõe.

Epstein parece acreditar que os desafiantes políticos (isto é, os que estão fora do poder),
têm mais propensão para inovar (mais cedo) do que os incumbentes (que já estão no
poder). Isto, porque a inovação traz consigo uma série de riscos políticos para os
incumbentes, de entre os quais o principal é o de redução da audiência ou influência que
já tinham estabelecidas. Já os desafiantes têm menos a perder e, portanto, mais incentivos
para experimentar novas abordagens. De facto, na posição em que estão – de maior
flexibilidade e instabilidade –, a inovação pode até ser vista como uma estratégia eficaz
para a superação de desafios e a captação de apoio. Então, geralmente, os desafiantes
tenderão a testar, primeiro as novas tecnologias que se lhes são apresentadas. Só depois de
se perceber se estas se revelaram eficazes na sua atividade é que os restantes, os
incumbentes, se virão tentados a seguir os passos dos primeiros.

O autor diz-nos também que a velocidade de difusão é outro fator crucial na averiguação
da viabilidade política de uma TIC e da sua capacidade de conduzir a uma PCR. Consta
que uma rápida disseminação, combinada com o acesso conveniente do público às TIC, é
mais propícia para incentivar os atores políticos a inovarem nas suas estratégias de
comunicação. Por outras palavras, é mais provável que os intervenientes políticos inovem
as suas estratégias de comunicação política quando as rápidas taxas de difusão são
combinadas com a capacidade de o público aceder convenientemente às TIC.

Um exemplo ilustrativo é a diferença entre o telefone e o rádio: o rádio teve uma adoção
muito mais rápida do que o telefone, tornando-se mais propenso a criar uma mudança
disruptiva na comunicação política.

Então, o período entre a utilização inicial de uma tecnologia e a sua difusão generalizada é
crucial para avaliar o seu impacto na comunicação política. Tecnologias com períodos
mais curtos entre a introdução inicial e a difusão generalizada tenderão, portanto, a ter
impactos mais significativos na comunicação política.

O último aspeto a considerar são os elementos técnicos de uma nova tecnologia da


comunicação e a forma como estes são percebidos pelos atores políticos. Vejamos…

Toda tecnologia é composta por dois elementos, o hardware e o software, que


desempenham papeis diferentes na determinação da utilidade política e difusão de
tecnologias. O hardware é a parte física, a ferramenta tangível, enquanto o software são os
dados ou informações operacionais que guiam o funcionamento do hardware.

Nalguns casos, a distinção entre hardware e software pode ser complexa, e a perceção da
complexidade pode ser uma barreira à adoção de novas TICs. Os usuários podem ser
intimidados pela ideia de lidar com tecnologias que parecem complicadas, ou questionar
se os benefícios justificam o tempo e o desconforto de aprender a usar a nova tecnologia.

Recapitulando, os fatores que aumentam a viabilidade política de uma TIC são os


seguintes: uma difusão rápida na sociedade, um custo acessível, um fácil acesso, e uma
utilização fácil para alcançar públicos amplos, em comparação com outras TIC já
existentes

Em circunstâncias favoráveis, e em consequência do sucesso de todos estes aspetos, a


difusão de práticas inovadoras virá a espalhar-se, e novas normas na comunicação política
começarão a ser estabelecidas, constituindo uma nova ordem estável e consistente. Assim,
as práticas que antes eram consideradas inovadoras e excecionais, tornam-se parte
integrante e aceite do processo de comunicação política (retorno à estaca inicial).
COMPONENTES PRÁTICAS:

Nota de agenda

Uma "nota de agenda" constitui um documento ou mensagem que é distribuída aos


participantes antes do evento e que contém informações sobre os tópicos a serem
discutidos numa reunião, conferência, evento ou encontro. Geralmente, contém também a
organização, ou ordem, dos acontecimentos previstos e, claro, a data e o local em que
ocorrerá o evento.

A nota de agenda é, geralmente, enviada, em anexo, por mail aos participantes e


convidados.

O QUE DEVE CONTER O E-MAIL PELO QUAL É ENVIADA A NOTA:

Título (ou assunto) do mail: “nota de agenda + data do evento”

Boa tarde, segue-se, em anexo, a nota de agenda do *emissor* para *data*

Anexo: em pdf

Melhores cumprimentos,

*Assinatura* (emissor) + logo da instituição

O QUE DEVE CONTER A NOTA DE AGENDA

Logo da instituição em cima à esquerda

Título: “agenda”

Subtítulo: “dia da semana, dia do mês, ano” (exemplo: segunda, 20 de outubro, 2023)

Corpo de texto:

Primeiro parágrafo: hora do encontro + quem faz o quê em quê + descrição do encontro

Segundo parágrafo: local do encontro


Nota: a ordem hierárquica pode por vezes ser invertida em razão de quem emite a nota +
o mesmo evento pode ter diferentes notas de agenda emitidas dentro de um mesmo
governo

No caso de nos pedirem para realizar uma nota de agenda, no próprio corpo do
mail, sem anexos:

Título (ou assunto) do mail: “nota de agenda + data do evento”

Boa tarde,

No dia x, decorrerá o evento x, à hora x e no local x.

Descrição do encontro: para que ser ve, quem participa, em quê e quando

Melhores cumprimentos,

*Assinatura* (emissor)
Save the date

Um save the date é um documento cujo objetivo é alertar, com antecedência, os


convidados ou potenciais interessados quanto à data e local de um evento, permitindo que
se organizem para comparecer antes mesmo que os convites oficiais (nota de agenda, por
exemplo) sejam enviados, ou que se tenha mais informações a dar.

SAVE THE DATE EM FORMATO CARTAZ ou POST PARA REDES SOCIAIS:

Possui:

1. Formato comunicacional: “save the date” em baixo

2. Designação do evento: “30 anos pes women: conquistas e desafios”

3. Data e local: 9 de junho, às 15h na sede nacional do PS

4. Organização: PES, em baixo à direita


5. Informação futura: programa disponível brevemente
SAVE THE DATE EM FORMATO POST PARA O SITE INSTITUCIONAL (Título +
infografia + notícia breve)

Título: nome do evento

Imagem: do evento ou do logo ou wtv

Informações (infografia): quando (dia, mês, ano, hora) e contactos (mail do evento ou da
organização)

Primeiro parágrafo: o mais importante: o evento x terá lugar no dia x e sítio y


Segundo parágrafo: sobre o evento: motivos da sua organização, quem estará presente e falará,
porquê, etc.

Terceiro parágrafo: quem pode participar e porquê (se houver)

Quarto parágrafo: informação futura (quando estarão disponíveis mais informações acerca do
evento)

SAVE THE DATE EM FORMATO NOTÍCIA

Deve responder às questões:

Título: “evento x, organizado por instituição x, decorrerá no dia x “

O quê? Evento x

Quem? Participantes e convidados

Quando? Hora, dia, mês, ano

Porquê? Motivos/ objetivos do encontro

Como? Descrição do que está previsto

SAVE THE DATE EM FORMATO E-MAIL:

Título (ou assunto) do mail: “save the date + nome do evento”

Boa tarde x,

Não queira perder o evento x, que decorrerá no dia x à hora x e no local x.

Descrição do encontro: para que ser ve, quem participa e no quê

Esperamos que a antecedência com que informamos lhe permita arranjar disponibilidade para
comparecer. Contamos consigo.

Mais informações no dia x

Melhores cumprimentos,

*Assinatura* (emissor)

ADIAMENTO DE DATA (mail):

Título: evento x adiado para dia x

É com um grande desgosto que nos vimos forçados a adiar o evento x, então marcado para o dia
x.

Devido a x, e uma vez que o provimento de um encontro seguro é o nosso primeiro objetivo, o
adiamento do evento pareceu-nos ser a melhor opção.

Pedimos que reser ve a data para o evento, agora marcado para o dia x. Contamos com a sua
presença e disponibilidade!

Melhores cumprimentos,

Assinatura

ADIAMENTO DE DATA (notícia ou post ou wtv):


Título: evento x adiado para dia x

A instituição x viu-se forçada a adiar o evento x, até então marcado para o dia x.

Devido a x, o evento foi adiado de x tempo. A nova data é x. O evento decorrerá no local x
Convite

POR E-MAIL:

Assunto: “CONVITE + nome do evento + local + data + hora”

Exmo *nome do convidado*

A pessoa/ instituição x tem a honra de convidar V. EXª para o evento x, que terá lugar no dia x,
no local x
Solicitamos a sua confirmação de participação, através do endereço x, até ao dia x.

EM ANEXO: mail

Exmo *nome do convidado,

Muito se agradece a melhor atenção de V. Exa para o convite e o programa em anexo, relativo ao
evento x, que se realiza no dia x, às x horas, no local x.

O ANEXO (ou post)

A pessoa/ instituição x tem a honra de convidar V. EXª para o evento x

Dia, hora

Local

Descrição do evento (se houver)


OU:

A pessoa/ instituição x tem a honra de convidar V. EXª para o evento x

A sessão contará com a presença de x e terá lugar no dia x, pelas x horas, no local x

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