Jus Postulandi na Justiça do Trabalho x a indispensabilidade do
Advogado, conforme a Constituição Federal
Esse é um tema bastante discutido e relevante no contexto jurídico
brasileiro. O "Jus Postulandi" refere-se ao direito de uma parte apresentar uma reclamação em tribunal sem representação legal. Esse direito é reconhecido pela Justiça do Trabalho de acordo com o artigo 791 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que dispõe: “Art 791. Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.”, ou seja, salvo nos casos expressamente previstos em lei, uma parte poderá recorrer à Justiça sem advogado. Por outro lado, o artigo 133 da Constituição Federal de 1988 estipula que os advogados são indispensáveis à administração da justiça. Isto significa que em muitos casos e instâncias judiciais, deve estar presente um advogado para representar o cliente. Essa contradição tem sido objeto de debate jurídico, e sua principal explicação é que a abordagem “jus postulandi” dos tribunais do trabalho constitui uma exceção à regra geral de que os advogados são indispensáveis e é uma forma de garantir um maior acesso à justiça aos trabalhadores que muitas vezes não dispõem de meios financeiros para suportar os custos. Assim, enquanto nos tribunais do trabalho as partes têm, em muitos casos, o direito de iniciar o processo sem advogado, noutras áreas da justiça a presença de um advogado é obrigatória para garantir uma representação adequada e salvaguarda dos interesses das partes.
Artigos (Por Rodrigo Gonçalves Alves – OAB/RJ 132.866) e A Falácia do Jus Postulandi e os Honorários de Advogado na Justiça do Trabalho sobretudo em tempos de Processo Judicial eletrônico (Não sei a autoria).