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Ideia principal - mulheres que abandonaram seus filhos para lutar as injustiças da sua

sociedade
corpo de Bruna - corpo de mulher no cativeiro mesmo sendo livre ela não estava.

Achar uma relação com a história de oya

Inicia-se a cena com uma intervenção

A proposta inicial é dividir os corpos em 3 momentos da história sendo elas: Místico,


Escravidão e Contemporaneidade

Difícil criar uma cena quando não se tem um ponto de referência. Quando se existe mil
histórias da mesma pessoa. Hora essas histórias são parecidas, hora não tem nada de
comum entre si. Mais sempre é sobre a mesma pessoa.

Gosto da ideia de ter Oya sentado no meio do bambuzal com os braços cobertos de fora a fora
com argolas de ouro (referência da história do livro infantil).

OYA: Contaram várias histórias sobre mim, histórias que nem mesmo eu sabia. Tudo começa
com a minha existência e de como cheguei até aqui.

SOCIEDADE: Chegou andando

INTOLERÂNCIA: Venho de 4 patas ou melhor veio voando.

OYA : Me lembro de quando era criança, histórias que me contaram de quando nasci. Era filha
de rei e princesa me tornei.

SOCIEDADE: Filha de rei? Mais não foi abandonada?

INTOLERÂNCIA: Ouvir dizer que foi adotada.

OYA: Baba ficou tão feliz com a minha chegada ao nosso oparun (Bambuzal) que não podia se
conter, fez festa , espalhou a notícia por todos os reinos.

VOZES: Alegre-se pois minha filha chegou em nosso OPARUN, para trazer sorte e ventos novos
para nossa aldeia ( gritam IDUNUN EM GRANDE FESTA SIGNIFICA ALEGRIA)

OYA: Sua voz ecoou o mais longe e forte que era capaz de suportar. Era tamanha sua felicidade
que como forma de gratidão, todos os dias colocava em mim uma fina pulseira de ouro.

CENA RITUALÍSTICA PARA COLOCAR AS PULSEIRAS -

OYA: E assim foi durante toda minha infância. Um novo dia, um novo Egba owo (bracelete).

SOCIEDADE : Quanta ladainha , conta logo a parte que você sofreu...

INTOLERÂNCIA: Se sofreu foi porque mereceu. Depravada como era os Deuses não iriam
deixar passar. Dizem por ai que ela teve mais de 4 maridos, teve 7 filhos e abandonou 9 deles.
SOCIEDADE: Andava sozinha entre aldeias e reinos absorvia todo o conhecimento que era
possível se adquirir naquela época. Nossa pequena ONIJA (GUERREIRA) Se aventurou e
aprendeu dos povos por onde passou.

INTOLERÂNCIA: Huuuuuuuum A..PREN..DEU.. sobre os povos (caçoando) ou aprendeu em


cima de todos os povos, se é que vocês me entendem...

OYA: Sim teve uma época em minha história que sai de meu ILE (LAR) e viajei para aprender
sobre outras culturas, ter conhecimento e sabedoria sobre a vida. Eu não sei explicar o que
sentia. Mais sempre teve uma voz dentro do meu peito que suplicava por conhecer. Como
poderia eu pensar em me tornar uma rainha, liderar meu povo apenas com o conhecimento da
ignorância?

INTOLERÂNCIA: Liderar é para ọkunrin ( homem) você deveria é ter ficado em sua aldeia assim
como manda o regulamento.

SOCIEDADE: Entrar em um mundo que não é seu, se meter a fazer aquilo que não lhe pertence
não me parece uma atitude inteligente e muito menos prudente.

INTOLERÂNCIA: Aqui! Sem fazer fofoca, ouvi dizer que andava por ai fedendo, descabelada
toda suja. Parecia até bichos selvagem das matas.

OYA: Não é nada disso que está dizendo. Não gba dun (se divirta) de minha história eu fui
abençoada da mesma forma que fui amaldiçoada. Conheci vários homens em minha vida sim.
Mais só amei um. E não pense vocês que vivi para estar ao lado dele. Eu vivi junto a ele
travando batalhas lado a lado não como esposa e sim guerreira. Guerreira que sou.

VOZES: Guerreira!

OYA: Sou forte, determinada e astuta

VOZES: Guerreira!

OYA: Não tenho medo do de travar minhas batalhas, digo o que penso, faço o que faço, sou
dona de mim e da verdade que carrego. Tenho magia, força ferro, fogo água ar e ventos. Sou
guerreira sim.

VOZES: Guerreira!

OYA: Eu digo e mo tun (repito) possuo histórias fabulosas e em todas elas vocês podem ver
minha bravura e determinação em adquirir cada vez mais poder e conhecimento. Sou
atraente, carismática e forte e todos que me olharam até hoje se deslumbram. Sou guerreira
sim. Guerreira sou.

VOZES: Ah é?!

OYA: Sou!

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