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Wiegërt Božidarka, O Soldado Errante

Entre espada e magia, um homem lutava por séculos para proteger sua nação,
um elfo que convivia com o ambiente da guerra desde antes do seu berço e que teve de
crescer em meio as mortes daqueles que estimava e sem ter um lugar para chamar de
casa. Essa foi a árdua vida de Wiegërt Božidarka, um soldado que passou mais da
metade de sua vida nos campos de batalha e que quando sua nação ganhou a guerra,
foi dispensado e esquecido por todos.

Nas ruínas de uma enfermaria militar um choro podia ser escuto, um clamor
por ajuda que gastava todas as energias de um pequeno ser. No meio de tanta
destruição um recém-nascido pedia por socorro nos braços de sua mãe já morta, até
finalmente ser resgatado por soldados em ronda, que já estavam estressados tanto
barulho. Os soldados impactados com a cena triste, levaram a criança junto com eles
para poder tirá-la daquele local arruinado.

A criança então cresceu em uma base militar próxima dos campos de batalha
de que guardavam as almas de centenas de milhares de homens. Mesmo sendo ducado
desde cedo a não se apegar aos outros para não sofrer com suas perdas, o garoto seguia
uma linha diferente – ele queria viver, tentando sempre achar felicidade em um
ambiente de tanto abalo e traumas tentando tirar um sorriso daqueles tantos soldados
que a muito não sentiam uma emoção diferente de angústia.

Wiegërt foi criado na área de suprimentos da base, tendo de receber as cargas


que vinham de longe e organizá-las de acordo com as ordens superiores. Nessa parte
da base, ele era sempre acompanhado por uma mulher que acabou se tornando sua
figura materna e um garoto que tinha mais ou menos a sua idade, Svetlana e Yughe,
duas pessoas que sem perceber se tornaram a primeira família de Wiegërt, aquele
garoto que conseguia ver um raio de luz em meio a tanta escuridão.

No tempo que ficou na base, ele aprendeu como se proteger, como atacar,
quais magias usar em seus equipamentos e quais usar em momentos críticos. O garoto
então, acabou se apegando a um cajado branco com um orbe azul em sua extremidade,
já que achava que iria dar sorte no campo de batalha.
Ao alcançar a maturidade, Wiegërt e Yughe foram enviados para os campos de
batalha, para assim, pôr em jogo tudo o que tinham aprendido durante seus anos de
crescimento e aprendizado na base que viveram, podendo assim, orgulhar sua Svetlana
e sua nação, lutando para trazer paz novamente para aquele lugar que há muito não
sentia a calmaria. O garoto e seu confrade se dedicaram o máximo que podiam,
ficando como segunda linha de frente nos campos, castando magias de dano e
proteção nos armamentos de seus parceiros e de si mesmos e atacando inimigos
quando tinham oportunidade.

Durante uma madrugada pós conquista de território, o lado de Wiegërt havia


montado barracões e pontos estratégicos para manter as posições e evitar o risco de
retomada de território, eles decidiram festejar a conquista organizando uma leve
comemoração para lembrar daqueles que se foram e levantar os ânimos dos soldados,
para assim, conseguirem prosseguir caminho adentro do território inimigo no dia
seguinte. Infelizmente nem tudo foi como planejado, eles foram surpreendidos com
um ataque surpresa que felizmente conseguiram combatê-lo, porém que acabou tendo
inúmeras perdas no caminho, perdas que impactariam a vida de Wiegërt até os dias
atuais.

Durante o ataque inimigo nos barracões, Wiegërt estava dando tudo de si para
proteger ao máximo todos e levar o máximo de inimigos consigo, mas infelizmente
aquele que Wiegërt mais estimava foi morto cruelmente pelo inimigo. Aquela cena fez
com que ele perdesse o controle de si, Yughe estava com a cabeça explodida e com os
braços e pernas mutilados. Uma cena que gerou um impacto em sua mente que ele
jamais conseguiria imaginar, levando-o ao limite de qualquer guerreiro mago de
batalha. Naquele momento, Wiegërt se encaminhou para o meio de diversos inimigos
sem ninguém o notar e utilizou tudo o que tinha em mãos e em mente para aniquilar
tudo e todos que apareciam em seu caminho – com uma mão ele cortava seus
oponentes com uma espada que emanava uma energia de cor azul esverdeado e na
outra um cajado que emanava ondas de impacto que jogavam seus inimigos para longe
e os faziam surtar.

Dias depois, Wiegërt acorda em uma enfermaria improvisada no campo de


batalha. Em meio a todo o caos que havia acontecido, ele só pergunta uma coisa: O
que houve com Yughe? Eu estava lutando junto a ele nesse mesmo instante. Onde ele
está? Ao saber do que havia acontecido, o jovem elfo sentiu aquela perda como todo o
seu ser, mas antes de tudo ele sabia, Yughe morreu lutando como o um guerreiro, e que
naquele momento ele estava sendo recebido nos campos de fartura dos céus. Depois
do acontecido, Wiegërt continuou sua vida militar sempre dedicando todos os seus
atos a seu falecido irmão.

300 anos se passam. Wiegërt se tornou um dos comandantes da linha de frente


da guerra que estava próxima de acabar, tudo o que faltava era reconquistar a região
Norte do continente e estabelecer um novo reinado em sua nação. Antes de começar a
última expedição em busca da reconquista, o agora Comandante-Sênior Wiegërt
Božidarka recebeu a notícia do falecimento de sua mãe Svetlana, que havia perecido
por conta da idade e que antes de morrer ela havia deixado um presente para ele.
Infelizmente, Wiegërt não conseguiu sequer sentir a morte de sua mãe, tendo de
continuar a expedição.

Com a última região do continente reconquistada, os povos de Altos Elfos


finalmente puderam descansar em paz, depois de mais de 580 anos de uma guerra
interminável, onde milhões de elfos morreram. Com o fim da guerra, Wiegërt retornou
a base onde sua mãe esteve comandando nos últimos anos de vida que teve. Lá, ele foi
aplaudido por todos que encontrava, mas ele só tinha um único objetivo, receber a
última coisa que sua mãe havia deixado para ele.

Uma espada, com a lâmina reluzente e com o apoio com um orbe azul e uma
carta com as seguintes palavras:
“Filho, não nos vemos a séculos, mas saiba que meu amor por você e por
seu irmão queimam como fogo de uma chama eterna. Estou chegando nos
meus momentos finais, então decidi te entregar isso logo. Não sei quando a
guerra irá acabar, mas sei que nos sairemos vitoriosos e você deve sair
vivo. Deixo contigo um último presente, para combinar com seu cajado.
Que ele te dê sorte assim como o cajado lhe deu. Com carinho e amor,
Svetlana Božidarka.”

Com lágrimas caindo de seus olhos, Wiegërt retirou todos os títulos que havia
recebido e os colocou em um baú que ficava em frente a cama de sua falecida mãe.
Antes de sair, ele tira de seu bolso uma adaga, com as inserções Y.B. na lâmina e a
coloca dentro do baú, fechando-o então.
Desde aquele dia, o Comandante-Sênior Wiegërt Božidarka se despediu de
seus títulos e méritos, e começou a vagar pelas terras de Faêrun em busca de paz e
algo que o afastasse de guerras e conflitos contra nações e estados.

Durante mais de 100 anos, Božidarka caminhou por quase toda Faêrun
procurando por algo ou alguém que o levasse a se interessar novamente por aventuras
e batalhas isoladas. Wiegërt esteve durante esse longo período se infiltrando em
governos de cidades para poder se manter vivo e ter o que se alimentar, fugindo assim
que se cansasse daquilo, trocando facilmente para a vida de caçador e aventureiro
assim que podia.

No período em que esteve vagando por terras e se infiltrando em cidades


isoladas, Wiegërt começou a se interessar na existência de um ser que já havia diversas
vezes nos últimos meses. Um homem maltrapilho que utilizava magias e feitiços
interessantes para se aventurar e ter o que comer. Até um momento em que Wiegërt foi
falar diretamente com este homem em uma masmorra, o que quase resultou em sua
morte. Entretando os dois começaram a combinar em certos fatores da vida e
acabaram se tornando parceiros de bebedeira e por acaso do destino, aventureiros.

Com o passar do tempo, Wiegërt e Cassius cruzaram o caminho de outros


aventureiros que compartilhavam de ideais e objetivos em comum, montando assim,
um grupo de aventureiros. Ele então havia finalmente achado algo novo para se
dedicar, algo que o fizera acalmar a mente depois de tantos séculos de lutas
ininterruptas.

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