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Adrie Galanodel,

420 anos, filha do feiticeiro Othorion, e sua esposa Ameria. Seus pais eram alto-elfos e viviam no reino de
Ianmaer, península ao extremo sul. A região vivia em “eterna primavera”, com clima ameno e povo muito próspero. Com
canais percorrendo todo o reino, o comércio da região com outros reinos era massivo.

Othorion era conhecido por ser conselheiro e feiticeiro do rei, transformando todos os desejos sombrios do
monarca em realidade. Cansado de tal condição, cometendo atrocidades em nome de seu soberano, em uma noite de
inverno intenso, reuniu Adrie e Ameria, planejando fugir do reino. Eventualmente, o Rei descobriu seu plano, aprisonando
Othorion e Ameria, a medo de seus segredos serem vendidos para outros reinos era maior que a amizade com o
feiticeiro.

Adrie assistiu seus pais serem mortos em meio ao interrogatório, o Monarca acreditava que o povo vizinho
havia pagado um bom preço para Othorion, o que era uma invenção. O corpo sem vida dos elfos foi deixado para congelar
em uma floresta aos arredores. A próxima morte seria a da jovem elfa, mesmo criança, o Rei não a poupou. Após dias de
torturas comandadas pelo sádico monarca, foi abandonada para morrer na prisão do reino, porém, por misericórdia de
um guarda, após ela recuperar um pouco de força, foi abandonada na divisa de Ianmaer, junto de um cavalo e comida.
Mesmo sendo expulsa de sua própria casa, as marcas em seu corpo não a deixariam esquecer daquelas noites,
principalmente seus olhos, que perderam o brilho e a cor, sendo completamente cinzentos.

Pela manhã, seguiu rumo ao Oeste, e eventualmente passou pela fronteira de Khatar, lar secreto dos
altos-elfos.
Foi encontrada pelo Lord Ninthalor, conhecedor de sua família e que lamentava a morte de seu pai.
Posteriormente, viria a adotá-la. Portanto, com a extensa biblioteca do reino e campo de treinamento, se tornou também
o mentor de Adrie, a treinando em combate com objetivo de torná-la uma combatente incontível. Ao longo de sua
juventude, por volta de seus cento e noventa anos, partiu da floresta enviada a outros reinos para aprender diferentes
formas de combate, variando entre o aprendizado da diplomacia e da força, trabalhando o equilíbrio de ambos.
Em meio a um de seus intercâmbios, chegará no reino Principal(off note: onde a campanha se passa sob o tal
antigo reinado) e lá após muito esforço adentrou o Exército Real. Aos poucos, esforçava-se para conquistar seu espaço e
subir sua patente. Em meio a guerras de conquista territorial, conheceu Hycis, uma recém recrutada. A alta-elfa ocupava
seu tempo treinando-a, temendo que a humana não fosse forte o suficiente para os horrores vistos em batalha, e em
meio a longos meses de esforço, surgiu um sentimento belo em meio a tantas dores.

“Companheiras inseparáveis”, combatentes imparáveis. Juntas, podiam ser o terror em meio a guerra.
Entretanto, havia algo que não era esperado por ambas, a fragilidade da alma humana diante do destino e benção de sua
raça: a mortalidade.

Em meio ao campo, ambos exércitos disputavam novas terras sob o comando de monarcas que sequer viriam
um dia. A ambição que percorria o sangue da alta-elfa era mais forte que o temor da perda, pelo menos, naquele
momento. A primeira etapa havia sido concluída, pareciam ter ganhado, e perante isso, um mensageiro chamava os mais
fortes do exército à volta para o reino a fim de partir para o próximo posto. Assim, com pesar, Adrie deixará Hycis no
acampamento.

O trabalho da alta-elfa mal avançará, seu coração se ansiava, além de seu amor pela bela humana, outros
companheiros estariam no acampamento. Não pôde mais se conter e junto de seu cavalo, retornou ao acampamento. O
que lhe pareceram dias, com o nascimento do astro rei no horizonte, viu-se no campo de batalha, mais sangrento do que
quando partiu, estavam perdendo.

Assumiu sua postura assassina. Atirava ferozmente com auxílio de seu arco, uma posição privilegiada, gritava
ordens para os mais jovens que restaram, quem teve a estúpida ideia de deixar um exército fraco para trás? Não havia
tempo para conspirar, precisava agir. Secretamente em desespero pelas vidas que assistia serem ceifadas pelas lâminas
afiadas, não só por isso, mas justamente pela vida que mais lhe preocupava não estar a alcance de sua vigia.
Seu coração ansiava procurá-la, não era seu hábito abandonar seu posto, nunca seria, mas naquele dia, ela
precisou seguir seu instinto. Sob gritos de ordem, retirou sua espada da bainha e partiu em meio ao campo em busca de
sua amada. Os inimigos à sua frente foram escorraçados por sua admirável destreza em combate, se tivesse que acabar
com toda guerra o mais rápido apenas para achar Hycis, que assim fosse. Era insana, sua mente focava-se em sua
missão enquanto o resto de seu corpo trabalhava sozinho, reagindo a cada ataque, não permitindo que o cansaço ou dor a
parassem.

E então, junto de todo o tempo que o amor fora construído, ele partiu tão rapidamente com o toque da lâmina
inimiga sobre o coração da humana, metros à frente de sua possível salvação. Ao longo dos campos, pode-se ouvir um
grito desesperado e furioso, carregado de ódio e principalmente, tristeza. Adrie avançou em disparada do inimigo,
cortando-lhe a cabeça com um único golpe de sua espada, jogando o objeto no chão no instante em que ambos os corpos
caíram, do adversário e de sua amada. Estava sem vida, abandonada por seu brilho característico. Nenhuma palavra
final foi trocada, nem um um último selar, naquele fim de tarde, Hycis estava morta, e com isso, o coração de Adrie
partirá junto.

Entre cinquenta anos, sofreu a baixa de sua psique, decidida a afastar-se do reino e viver a fundo seu luto,
permitindo que a dor tomasse a maior parte de sua consciência, junto do álcool e qualquer companhia barata que
pudesse obter. Entre suas andanças, manteve-se exilada do mundo exterior nas terras ao Oeste, e lá ,após muito
esforço, pode ser curada parcialmente de suas dores, em troca, em seu processo de loucura, seus fios ruivos
esbranquiçaram-se, um aviso do destino de que não seria mais a mesma, porém, suas mechas sobre seu rosto marcavam
como um aviso de que fragmentos de que aquela alma ainda restava em si. Com duzentos e cinquenta anos, retornou ao
reino , sabendo as mudanças que lá ocorreram após sua saída, tudo havia mudado, assim como ela mesma. Estava mais
madura, mais forte e em sua crença, nada poderia pará-la novamente. Não demorou muito para ingressar novamente no
exército, refazer seu nome e alcançar aquilo que foi afastado de si por sua própria escolha, tudo era novo, porque ela
também não poderia ser?.
Finalmente pode conquistar o que queria, a confiança de seus companheiros combatentes, jovens demais para
saber de sua história, melhor assim. Auxiliou as conquistas de mais terras, embora tivesse um desdém pela imparável
expansão, temia por cada alma aliada, sentia a dor de cada perda, fazia questão de lembrar todos os nomes e
homenagear as famílias. A diplomacia finalmente estava à frente de sua mente, pondo-se à risca de realizar trabalhos
administrativos e estratégicos, levando a cada vez mais vitórias, suas habilidades refinavam-se com o tempo e
experiência, uma nova líder, entretanto, sobre as tabernas da cidade, deixava liberar parcialmente suas dores sobre seu
maior companheiro, boas doses de vinho anão.

Em meio à essa expansão, um grupo sorrateiro havia passado pelo reino enquanto acontecimentos diferentes
aconteciam por lá. Acompanhada de sua extrema curiosidade, descobriu parcialmente o destino do grupo formado por
sujeitos esquisitos e motivações convergentes. Sentia que poderia ajudá-los. Assim, após uma curta e perigosa aventura,
cercada de traições e descobertas, decidiu retornar a seu reino, ignorando tudo que pudesse seguir, pelo menos por ora,
havia missões a realizar dentro do exército, e não abandonaria seus aliados tão facilmente com tantos riscos a cobrindo.

Por volta de seus quatrocentos e vinte anos, um século depois desses acontecimentos, manteve-se a postos de
uma boa capitã da infantaria real, pronta para seguir as ordens que receber e utilizar seu conhecimento a seu favor. O
que a motivaria a deixar esse caminho e acompanhar um novo grupo?

Veremos na próxima sessão.

Notinhas: eu imaginei Khatar tipo uma subespécie de Rivendell, “secreto” porque não tem
comércio com outros reinos.

Assim como Ianmaer, coloquei ambas localizações distantes para não atrapalhar o que for
desenvolvido pelos mapas normais e você não precisa incluir essa galera toda.

As motivações pra seguir na nova campanha ficaram em aberto principalmente porque você vai desenvolver algumas
partes, então deixei bem livre pra depois ver o porquê ela vai seguir junto com o novo grupo. (por isso agora como não
sei como o rei é, não coloquei que ela odeia ele, ou que sofreu alguns procedimentos para ficar mais forte e afins, só é
ainda conselheira de guerra la e afins).

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