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Aqui se inicia a historia de Thrakrion Kladan, claramente seu segundo nome vindo do clã

em que esta inserido, Kladan era um clã de guerreiros digamos assim, estavam
geralmente inseridos em alguma guerra, batalha ou brigas, acostumado com esse clima
de caos constante foi isso que moldou sua percepção de mundo, sendo treinado
algumas vezes durante a infância mas nada tão intenso quanto foi na sua idade adulta
mas isso será falado mais tarde.
Thrakrion era totalmente okay com tudo que ocorria durante os anos de sua juventude,
seu pai era um soldado e sua mãe apesar de não ser exatamente a mesma coisa, ainda
assim participava de algumas coisas nesse meio, por isso em alguns momentos
participava de treinamentos leves com sua mãe, um ensinamento que lhe foi ensinado
desde muito jovem foi uma frase de seu pai, “Se você se compromete a fazer algo na sua
vida, independente dos malefícios necessários que trarão, continue o seu caminho”. Isso
foi algo de grande influencia na mentalidade de Thrakrion, seguir a sua própria lei era o
que ele havia entendido disso, e dentro desta lei eu serei o melhor de todos, acreditava
que seus pais também estariam dentro desta melhora pessoal e isso o dava mais
motivação, até que em um dia recebeu a noticia de que seu progenitor havia morrido em
batalha, faltava apenas alguns meses para que Thrakrion atingisse sua maior idade
quando a noticia veio, ele não chorou e não implorou pela volta de seu pai, ele sabia
muito bem que a morte de seu pai não era motivo para choro e sim orgulho, orgulho por
ter morrido pelo seu clã, orgulho por ter sido um soldado até o fim de sua vida, mas ainda
assim um pequeno desejo de vingança crescia dentro de si.
Ao completar sua maior idade logo foi inserido para começar a ser um soldado servindo
o seu clã, o começo dos treinamentos eram totalmente diferentes do que fazia com seus
pais, eram mais pesados, mais exigentes, ultrapassava os limites de cada um ali que
participava daquilo, era bruto mas isso não era o suficiente para fazer ele desistir de ser
aquilo que um dia o seu pai foi, mesmo vendo que ele provavelmente havia pegado bem
leve com ele, ainda sabia de algumas coisas que ajudariam na evolução do treinamento.
Com o passar do tempo e anos, ele foi se mostrando ser um soldado excelente junto de
seus companheiros, alguns amigos aqui e ali foram formados, mas de certa forma ainda
não havia participado de tantas batalhas quanto desejava, sempre eram algumas coisas
leves, batalhas fáceis de ganhar e com isso seu grupo geralmente propunham algumas
brigas amistosas, era um modo de ver quem estava mais apto mas também servia para
ver onde podiam melhorar, Thrakrion se esforçava para ser um dos melhores. Mas como
nem tudo é tão bom assim, a historia segue para um dos episódios mais importantes da
vida deste Draconato.
Finalmente uma guerra decente, aparentemente era clã contra clã e isso de certa forma
animava o jovem, que agora já tinha por volta de seus 19 anos, 4 anos se passaram
desde então e ele estava pronto para isso ou ao menos era o que ele achava. O grande
dia chegou, ele lutaria ao lado de alguns amigos e aparentemente também ao lado de
sua mãe, ela havia se preparado e quis participar disso, mesmo com a idade um pouco
avançada ainda se saia muito bem como soldado e ela tinha suas habilidades com
medicina que seriam essenciais para tudo isso, o estopim de tudo foi iniciado, sangue,
caos, partes decepadas eram possíveis se ver por todo o lugar, ainda assim o clã Kladan
parecia ter uma boa vantagem e mesmo perdendo alguns de seus soldados, foram em
frente dando tudo de si mesmos totalmente tomados pela adrenalina da batalha,
Thrakrion nunca se sentiu tão vivo quanto naquele momento, um pouco ferido mas ainda
assim ver que estavam conseguindo tudo isso foi um esplendor magnifico, estava quase
que cego pela vontade de aniquilar seus inimigos. E assim a guerra acabou com os
Kladan saindo vitoriosos, Thrakrion se sentia levemente abalado por ter perdido alguns
companheiros mas tirando isso poder comemorar mais uma conquista havia com toda
certeza sido um dos melhores sentimentos que teve, após tudo isso claramente teve
uma marcha de volta ao belo lar e estaria bem se não fosse pela repentina caída de sua
mãe, ela estava andando lado a lado de seu querido filho até que sentiu como se algo
dentro dela estivesse errado, caiu ao chão sem forças, a dor era quase que insuportável
mas ainda assim ela havia caminhado boa parte do trajeto sem demonstrar um pingo de
reação, segurando a própria mãe em seus braços pela primeira vez sentiu algo morrendo
dentro de si mesmo, já estava chamando ela e vendo que seus olhos já não seguiam a
direção da voz, sabia do que aquilo era consequência mas ainda assim não podia
acreditar nisso, ver a vida do alguém que ele mais amou se esvair entre suas mãos havia
acabado com ele de uma forma que nem sequer achou que era possível, ele sabia que
isso podia acontecer e estava totalmente preparado para o acontecimento então qual era
o motivo de ainda doer tanto? Não pode conter as lagrimas que saiam enquanto um
tumulto se formava atrás dele, alguns dos médicos chegando desesperadamente para
algo que já era tarde demais. Mais tarde quando já estava tudo calmo, foi concluído que
ela havia sofrido uma hemorragia interna que por algum motivo não tratou, conhecendo
sua mãe sabia muito bem que ela havia preferido não gastar recursos nela mesma para
que os outros não ficassem sem, era um ato nobre mas Thrakrion preferia que sua mãe
estivesse ali com ele, que comemorassem aquela vitória juntos mas agora isso não era
mais possível.
Um tempo se passou, inerte nos pensamentos ele havia se entregado um pouco ao ódio
que nutria dentro de si, não havia nem do que se vingar já que haviam vencido, um vazio
interno cresceu e se ele já era bruto anteriormente, agora ele havia aumentado esse nível.
Os anos se passaram e ele se tornou um soldado sádico, havia prazer em esmagar todos
que se opunham contra ele, isso lhe trouxe um certo prestigio no contexto em que estava
inserido, sempre sério, sempre bem disciplinado, ele realmente chegou a ser o melhor
mas não era o suficiente, ele queria mais, as guerras haviam diminuído, suas feridas já
tinham se tornado cicatrizes, era hora de sair para explorar mais sobre o mundo, com a
permissão do líder do clã, levando consigo algo concedido pelos seus companheiros e
pelo seu capitão, sendo eles sua insígnia de patente, uma adaga bem afiada, um baralho
pois tinha que ter algo para se distrair, foi também lhe dado um conjunto de roupas
comuns e com isso em sua posse, seguiu indo para uma nova aventura esperando por
mais brigas.

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