Você está na página 1de 20

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA

E TECNOLOGIA DO ESPÍRITO SANTO


Bacharelado de Administração

PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL E FAMILIAR: UM ESTUDO


CULTURAL E COMPORTAMENTAL DOS BRASILEIROS

PERSONAL AND FAMILY FINANCIAL PLANNING: A CULTURAL AND


BEHAVIORAL STUDY OF BRAZILIANS

Milene Firmino de Souza1*

Cláudia Guio Bragato2**

Resumo: Este estudo tem o objetivo de analisar o comportamento dos brasileiros em relação à
administração do seu dinheiro e à importância de ter um planejamento financeiro pessoal.
Basicamente, o papel do planejamento financeiro é possibilitar e evidenciar formas para melhorar
a administração das finanças de maneira clara, eficiente e controlada, visando atingir a
independência financeira e uma melhor qualidade de vida. Os aspectos emocionais interferem
diretamente na forma de relacionamento com o dinheiro. As mídias têm alto poder de persuasão
sobre as pessoas e as influenciam cognitivamente, logo, o papel do planejamento financeiro deve
estar atrelado a uma boa saúde psicológica e estrutura emocional. A informação financeira deve
ser inserida desde cedo na vida das pessoas, assim, serão formados cidadãos mais bem instruídos.
Palavras-chave: Planejamento financeiro pessoal. Educação financeira. Orçamento familiar.

Abstract: This study aims to analyze the behavior of Brazilians in relation to the administration
of their money and the importance of having a personal financial planning. Basically, the role of
financial planning is to enable and highlight ways to improve the administration of finance in a
clear, efficient and controlled way, aiming at achieving financial independence and a better quality
of life. Emotional aspects directly interfere in the form of relationship with money. The media has
high power of persuasion over people and influence them cognitively, so the role of financial

1
*Aluna do Curso de Bacharel em Administração do Instituto Federal do Espírito Santo.
milenefsouza11@gmail.com
2
** Orientadora do IFES – Instituto Federal do Espírito Santo. Mestre em Economia.
claudia.bragato@ifes.edu.br
planning must be tied to good psychological health and emotional structure. Financial information
must be inserted from an early age in people's lives, so will be formed better educated citizens.
Keywords: Personal financial planning. Financial education. Family budget.

1 INTRODUÇÃO

Administrar as finanças pessoais sempre foi um grande desafio para o homem. A forma que uma
pessoa administra seu dinheiro diz muito a respeito dela, como ela planeja seus gastos,
investimentos, sua reserva de emergência. Ter um planejamento financeiro pessoal é de suma
importância para que se tenha um parâmetro da situação ao qual se encontra a sua relação com o
seu dinheiro (BONA, 2020).

Dito isso, pode-se levantar os seguintes questionamentos: como é a relação das pessoas com o
dinheiro? A importância de ter planejamento financeiro pessoal é ensinada na escola ou em casa?

Para que essas indagações sejam respondidas, tem-se o problema central da pesquisa: os brasileiros
têm o hábito de planejar suas finanças?

Desta forma, esta pesquisa tem por objetivo geral analisar a importância do planejamento
financeiro pessoal. Dentre os objetivos específicos, destacam-se: analisar a relação das pessoas
com o dinheiro; analisar se os brasileiros possuem a cultura de ter um planejamento financeiro
pessoal e identificar os benefícios de ter um planejamento financeiro.

Infelizmente, a população, de forma geral, não tem o hábito de controlar suas finanças e acaba
entrando em desequilíbrio financeiro, onde ocorrem os endividamentos por gastos desnecessários,
financiamentos que poderiam ser evitados com uma organização e, com isso, acaba não sobrando
recursos para uma reserva de emergência ou até mesmo para uma simples poupança. O
planejamento financeiro tem esse papel de mudar os hábitos viciosos, organizar a vida de forma
geral e trazer uma certa tranquilidade. (CAMARGO, 2015).

A falta desta instrução financeira ocorre desde o círculo familiar, ou seja, já que os pais não
costumam ter o hábito saudável de organização e de disciplina financeira, geralmente os filhos
acabam seguindo os mesmos passos e tendem a não ter um planejamento de suas finanças
(FRANKENBERG, 1999).
O aspecto psicológico interfere diretamente nas decisões e escolhas das pessoas, ou seja, o lado
emocional dita a forma que cada um lida com o dinheiro, por isso, é necessário que este lado esteja
equilibrado e estável.

Para que o problema de pesquisa deste trabalho seja respondido, será realizada uma pesquisa
bibliográfica através de monografias, livros e sítios eletrônicos, buscando o embasamento e
informações necessárias para tal. Além de contar com dados secundários, obtidos através de uma
pesquisa publicada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em 27 de janeiro de 2014, que contou com entrevistas
feitas com consumidores em todas as capitais brasileiras.

Conforme estudo da Fundação Procon de São Paulo (2012), é importante saber administrar o seu
próprio dinheiro, saber como se portar diante das finanças, pois tendo um bom planejamento, a
destinação da renda é melhor distribuída, o controle dos gastos é maior e a qualidade de vida pode
melhorar. Este estudo se justifica porque é interessante e de extrema relevância entender a relação
dos brasileiros com suas finanças, se essa relação com o dinheiro tem impacto não somente na
renda das famílias, mas também em outros aspectos. Portanto, é necessário compreender melhor
sobre os efeitos que um planejamento financeiro tem, não somente sobre a vida financeira do
brasileiro, mas também no aspecto psicológico, comportamental e no bem-estar social.

A presente pesquisa foi estruturada em três sessões, além do capítulo introdutório. Sendo a
primeira abordagem direcionada ao comportamento dos brasileiros com o dinheiro, apontando
alguns aspectos educacionais, bem como no âmbito familiar e individual, visando identificar as
características comportamentais dos brasileiros com o seu próprio dinheiro.

Na sequência, foi apresentada a metodologia de pesquisa, em que foram retratados dados


fundamentais para a última sessão, na qual foram analisados os resultados adquiridos e feitas as
considerações finais, nessa ordem.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 A RELAÇÃO DAS PESSOAS COM O DINHEIRO

De acordo com o Portal Economia (2020), desde o início da civilização já se fez necessária a
utilização de alguma unidade de valor como meio de troca na comercialização, naquela época
chamado popularmente de escambo. No início, a representação do dinheiro se dava através de
moedas feitas em metal. Com o passar dos anos, o dinheiro tomou a forma de papel e até hoje é a
principal forma de pagamento.

Com a evolução tecnológica e conforme os meios de comunicação foram avançando e se tornando


mais modernos, o dinheiro foi tomando outras formas, não ficando apenas no papel, mas também
interpretado por produtos financeiros, como cheques, cartões feitos de material plástico, ou até
mesmo no meio virtual, como uma moeda eletrônica, transações via internet, etc. (PEREIRA,
2003).

Infelizmente, a sociedade incentiva extremamente o consumo. A variedade de produtos e serviços


aumentam a cada dia, consequentemente, elevando o consumo exacerbado, motivados pela mídia,
que aliena a população com propagandas, comerciais de produtos e a convence que deveriam ter
o que está sendo catalogado para que se possa ser feliz (MACEDO JUNIOR, 2007).

Em meio à facilidade de compra e tantos canais de comunicação, o consumo é impulsionado ao


crescimento, as pessoas são cada vez mais convencidas a comprar, mesmo sem necessidade e, com
isso, o uso do dinheiro de forma compulsiva é evidenciado.

Embora o dinheiro seja uma ferramenta que faz parte do cotidiano das pessoas, de acordo com a
Fundação Procon SP (2012), poucas sabem como lidar com ele, pelo fato de acreditarem que é
preciso um conhecimento técnico elevado ou até mesmo matemático para juntar dinheiro, investir
e organizar as contas.

As pessoas obtêm o dinheiro para basicamente satisfazer suas necessidades pessoais e sociais.
Diversas pesquisas apontam que os brasileiros poupam pouco e tendem a elevar seus gastos. A
maioria age por impulso, ou por alienação dos canais e mídias sociais. Através desses veículos de
comunicação, as pessoas se tornam, inconscientemente, reféns do consumismo, mediante a
necessidade de satisfazer o desejo de comprar, afetando significativamente sua saúde financeira
(PROCON SP, 2012).

Esse consumo desenfreado, combinado a falta de administração do dinheiro causa grande impacto
nas finanças, levando as pessoas a muitas vezes recorrem ao sistema de crédito, ficando à mercê
do pagamento de juros, tudo isso pela falta de planejamento adequado e a falta de disciplina. A
organização financeira deve estar conciliada ao estado emocional, pois uma pessoa que sabe
controlar suas emoções, saberá como cuidar do dinheiro de forma mais inteligente. O planejamento
e disciplina devem ser vistos como pequenos passos até a liberdade financeira e não encarados
como uma privação ou limitação.

2.1.1 Aspectos psicológicos e emocionais

Em uma primeira instância, o estado emocional dita como o indivíduo se relaciona com o dinheiro
e como serão suas decisões de consumo. Macedo Junior (2007) relata que o desejo é um sentimento
que o homem tem que se destaca de uma forma irracional e provoca impulsos momentâneos, o que
leva à prática do consumismo. O querer, por sua vez, se dá após a racionalização do desejo, que é
transformado em razão, ou seja, o cérebro entende que a compra é uma decisão necessária.

Um dos problemas que mais afetam a população que está diretamente relacionado ao desequilíbrio
financeiro é o consumismo por impulso. Hoje, com tantos canais de transmissão e mídias, os fortes
investimentos em marketing e publicidade, as pessoas são impulsionadas a comprarem sem pensar.
A necessidade de se encaixarem no padrão imposto pela sociedade, associado ao desejo de compra,
levam o indivíduo a ter gatilhos emocionais focados no consumo.

A forma que uma pessoa lida com seu dinheiro está diretamente ligada à sua personalidade e cada
um possui um modo diferente de se relacionar com ele. Portanto, além da necessidade de ter o
conhecimento sobre suas finanças e aplicação do planejamento financeiro, é necessário entender a
relação que envolve o dinheiro e as variáveis que influenciam o comportamento das pessoas. Para
ter uma boa qualidade de vida financeira, além da organização, planejamento e controle do
dinheiro, das finanças, é necessário que a parte psicológica esteja saudável e estável.

O conhecimento e autocontrole são fatores determinantes na vida das pessoas. As influências de


consumo são baseadas em sua grande maioria por estímulos emocionais e, com o conhecimento
adequado, as decisões passam a ser mais racionais e menos emocionais.

2.1.2 Educação financeira no Brasil

Os brasileiros, de modo geral, não têm o hábito de planejar seus gastos e tampouco pensam em
poupar ou investir. Muitas vezes, esse pensamento vem de dentro de casa, os pais não incentivam
seus filhos a terem uma preocupação com o dinheiro e, como os filhos são o espelho dos pais, por
falta de conhecimento ou por encararem o planejamento financeiro como algo difícil ou até mesmo
chato de ser executado, assim como os pais fazem, o planejamento financeiro é deixado de lado
também na vida dos filhos (STANLEY e DANKO, 1999).
Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE (2005, p. 5),
educação financeira é:
O processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua compreensão
em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação,
formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para
se tornarem mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então,
poderem fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações
que melhorem o seu bem-estar. Assim, podem contribuir de modo mais consistente para
a formação de indivíduos e sociedades responsáveis, comprometidos com o futuro.

Pessoas bem informadas financeiramente entendem que todas as suas ações financeiras podem
interferir diretamente em sua vida pessoal e afetar seu futuro. Com isso, elas passam a fazer
melhores escolhas e tendem a ter decisões mais assertivas em relação às atitudes e escolhas
(BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2013).

Segundo a educadora Cássia D’ Aquino (2010, p.1):

A Educação Financeira nos países desenvolvidos tradicionalmente cabe às famílias. Às


escolas fica reservada a função de reforçar a formação que o aluno adquire em casa. No
Brasil, infelizmente, a Educação Financeira não é parte do universo educacional familiar.
Tampouco escolar. Assim, a criança não aprende a lidar com dinheiro nem em casa, nem
na escola. As consequências deste fato são determinantes para uma vida de oscilações
econômicas, com graves repercussões tanto na vida do cidadão, quanto na do país. As
crianças devem aprender desde cedo a lidar com o dinheiro, assim os pais devem estimulá-
las a gastar apenas aquilo que ganham. Percebe-se hoje que os pais estimulam as crianças
a receberem mesadas e aprenderem a controlá-las.
No Brasil, falar sobre educação financeira e a importância de um planejamento, se deu apenas após
a estabilização econômica, depois de anos de inflação. Ao contrário de países mais avançados,
onde o assunto já é destaque e faz parte da realidade das famílias há muito tempo.

Débora Patrícia de Souza (2012, p. 11) aponta que: “muitos pais acreditam que dinheiro não é
assunto de criança e outros transformam esse assunto em um desafio”. No entanto, “educação
financeira não significa ensinar a economizar, e sim aprender a manejar o dinheiro de forma
correta, a dar importância a fatores que irão promover um futuro financeiro mais digno”.

As famílias, sem passar o devido conhecimento aos filhos, contribuem para o crescimento do
número de pessoas financeiramente ignorantes, que ficam mais empenhadas em gastar do que
poupar. Com o excesso de dívidas, não conseguem adquirir bens e estão sempre despreparados
quando enfrentam desempregos ou situações similares. Isso é causado pela desorganização de sua
educação financeira voltada para enfrentar momentos de emergência e crises.
Somente nos tempos atuais que a preocupação com o assunto vem surgindo de forma mais evidente
no Brasil, como por exemplo, ver a necessidade de inserção do assunto nas escolas. Felizmente,
esse cenário está caminhando para a mudança e a educação financeira no Brasil passará a ter mais
presença nas escolas com a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que foi promulgada
em 2017 e terá vigor a partir do ano de 2022, onde a educação financeira fará obrigatoriamente
parte da grade curricular, não como uma matéria específica, mas inserida de forma transversal,
onde será aplicada em várias áreas de conhecimento. (CASTRO, 2020)

Como as escolas são as principais fontes de conhecimento e capacitação das crianças e jovens,
tratar desse assunto contribuirá significativamente na formação de pessoas mais instruídas e com
melhor entendimento na área financeira, podendo levá-los a tomarem melhores escolhas e decisões
de consumo e isso influencia diretamente nas atitudes que formarão o futuro.

2.1.3 Orçamento Familiar

Os orçamentos dos brasileiros, tanto familiares quanto pessoais, estão cada vez mais estreitos
devido à falta de organização e controle. Boa parte desse estreitamento financeiro se dá pelo
consumo desenfreado e pela necessidade de compra, seja para satisfação de uma vontade ou para
manter um padrão social.

De acordo com o Caderno de Educação Financeira do Banco Central (2013), para elaborar um
orçamento financeiro pessoal ou um orçamento familiar, é viável que se comece por anotações das
receitas e despesas, tentar descrever um planejamento do que será gasto, de maneira que o dinheiro
possa ser bem utilizado para suprir as necessidades e ainda atingir metas e objetivos almejados.

Macedo Junior (2007, p. 26) afirma que “[...] o planejamento não visa apenas ao sucesso material,
mas também pessoal e profissional.” Para que isso se torne possível, é necessário ter o hábito de
cultivar o dinheiro, pois, com isso, poderá destiná-lo melhor, conseguir ter uma poupança, uma
reserva de emergência para cobrir gastos não previstos, por exemplo, e também conseguir investir
o dinheiro para que ele trabalhe para você.

Conforme o Caderno de Educação Financeira do Banco Central (2013), a educação financeira


auxilia as decisões de quanto poupar, de quanto gastar, de gestão de orçamento, de escolha de
investimentos e planejamentos. Quanto maior a educação financeira, maior o benefício para as
pessoas, pois amplia o leque de melhoria nas decisões financeiras e, por conseguinte, melhora o
desempenho da economia.

Bom mesmo seria se a educação financeira fizesse parte da cultura desde o início da vida, em casa,
nas escolas, ensino básico público e particular etc. Assim, formar-se-iam pessoas mais conscientes
e preparadas para lidar com o dinheiro e as situações financeiras, proporcionando assim um bem-
estar social (DE SOUZA, 2014).

O planejamento orçamentário pessoal e familiar é fundamental para a melhoria econômica e


cultural da população brasileira, pois ensina, de certa forma, a lidar com todos os tipos de cenários
econômicos, hiperinflação, taxas de juros, poupança, tudo o que faz com que o assunto “finanças”
seja um tanto quanto caótico para os brasileiros (MACEDO JUNIOR, 2007).

Ter consciência do estado atual e dos gastos, aprender a desenvolver a mentalidade de organização,
traçar metas e objetivos são passos fundamentais para a independência financeira. Esses passos
devem ser passados naturalmente pela família. Ter um bom contato com o assunto e um
conhecimento prévio é o ideal.

Infelizmente, essa não é a realidade das famílias brasileiras. O comportamento do imediatismo


atrelado ao comportamento de risco, são características da população brasileira e,
consequentemente, isso é passado adiante gradativamente.

2.2 PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Segundo Macedo Junior (2007, p. 26), “Planejamento Financeiro é o processo de gerenciar seu
dinheiro com o objetivo de atingir a satisfação pessoal. Permite que você controle a situação
financeira para atender necessidades e alcançar objetivos no decorrer da vida.”

É de suma importância que as pessoas saibam para onde está indo seu dinheiro, com o que estão
gastando seus recursos e quanto sobra para possíveis investimentos, a fim de fazê-lo multiplicar e
trabalhar para elas, não o contrário. Ou seja, é preciso ter o controle do quanto recebem e o quanto
gastam, seja por qual mecanismo se sentir mais à vontade: planilhas, aplicativos, bloco de
anotações, entre outros. Feito isso, é possível obter o controle das finanças, para não terem uma
surpresa na hora de analisarem seus gastos. É importante também na hora do planejamento contar
com gastos inesperados, para que, se acontecer, consiga contornar a situação sem serem pegas
desprevenidas (BONA, 2020).
Mas, na realidade, muitas pessoas só viabilizam esse planejamento das finanças quando a situação
já está praticamente fora de controle. Isso dificulta muito o processo de reestruturação, pois
demandará mais recursos e tomará mais tempo para que se chegue ao equilíbrio novamente. Isso,
muitas vezes, leva à frustração e as pessoas passam a acreditar que o planejamento financeiro é
mais complexo do que se mostra e difícil de ser executado (CAMARGO, 2015).

Conforme a Fundação Procon SP (2012), o equilíbrio financeiro interfere diretamente na qualidade


de vida das pessoas. Uma pessoa financeiramente estável é alguém que consegue realizar seus
sonhos e viver uma vida confortável e menos estressante.

Por meio da educação financeira é possível desenvolver habilidades e adquirir confiança, tornando
as pessoas mais conscientes das oportunidades e dos riscos financeiros. Quando a pessoa tem um
planejamento, ela passa a ficar mais atenta aos seus gastos e a direcionar melhor seus recursos para
aquilo que é realmente importante (HOFFMANN, 2014).

Nas palavras de Kiyosaki e Lechter (2000, p.60) “o dinheiro sem a inteligência financeira é
dinheiro que desaparece depressa”. E ainda nessa linha de raciocínio, Secco (2014, p. 15) afirma
que “uma boa educação financeira pode ajudar a despertar o espírito empreendedor, que envolve
saber lidar com pessoas, negociar, desenvolver uma visão abrangente dos problemas e vender
ideias”.

Prado (2013, p. 23) esclarece que:

Educar para o dinheiro não é condenar o consumo e doutrinar para a poupança. É


estimular a organização pessoal para que desejos de consumo não extrapolem limites. É
exercitar a disciplina para ter qualidade de consumo por toda a vida, não apenas como
recompensa de sacrifícios presentes. As ferramentas de controle devem ser simples, para
que possam ser usadas todos os dias, sem consumir nosso tempo. As boas práticas de
educação financeira devem induzir as escolhas equilibradas. Isso se faz combinando
referências matemáticas com práticas ambientais, sociais, filosóficas e éticas.

Na obra Pai Rico Pai Pobre, Kiyosaki e Lechter (2000) apresentam que o dinheiro vem e vai, mas
se tiver organização financeira, você adquire poder sobre ele e pode começar a construir riqueza,
ou seja, um relato de que a educação financeiramente faz toda a diferença. O planejamento
financeiro permite levar uma vida com menos preocupações ocasionadas pela falta de dinheiro,
além de estabelecer uma maior autonomia sobre ele. Em outras palavras, a gestão financeira é
necessária para se alcançar o equilíbrio e contribui para o desenvolvimento econômico do país.
O hábito de planejar as finanças contribui de forma significativa para a qualidade de vida do
dinheiro, pois quebra o ciclo vicioso de trabalhar apenas para pagar as contas. Com a organização,
a distribuição do dinheiro é feita de forma eficiente, possibilitando a liberdade financeira, o que
leva ao alcance de objetivos.

A educação financeira é muito mais do que apenas planejar. É preciso ter constância e disciplina
para conseguir alcançar a proposta de planejamento sistemático. Viver alguns degraus abaixo do
padrão de vida, aprender a enxergar as oportunidades. Com essa junção, é possível alcançar a
independência financeira.

2.3 CARACTERÍSTICAS FINANCEIRAS DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

De acordo com Bresser-Pereira (2006, p.1):

O desenvolvimento econômico é um fenômeno histórico que passa a ocorrer nos países


ou estados-nação que realizam sua revolução capitalista, e se caracteriza pelo aumento
sustentado da produtividade ou da renda por habitante, acompanhado por sistemático
processo de acumulação de capital e incorporação de progresso técnico.

Dados retirados da PEIC – Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor,


divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (2021) mostram
que o percentual de famílias brasileiras endividadas, inadimplentes ou não, chegou a 66,5% em
janeiro de 2021, um pouco acima das taxas de dezembro de 2020 (66,3%) e de janeiro do ano
passado (65,3%).

Ainda de acordo com a pesquisa, apenas 10% dos brasileiros possuem poupança. A ausência de
um planejamento financeiro carrega consigo alguns problemas notáveis, como: contas a pagar,
dívidas em cartão de crédito, cheque especial, nome no SPC, além dos juros abusivos praticados
pelo mercado, o que contribui copiosamente para o empobrecimento da população brasileira, pois
impactam em suas rendas, podendo até ocasionar diversas crises no ambiente familiar e social.

Conforme Macedo Junior (2007), excluindo o financiamento da casa própria, apenas um a cada
três brasileiros não possui dívidas e a cada seis brasileiros, apenas um possui poupança. Visto isso,
é notório que a maioria dos brasileiros não dá atenção devida às suas finanças.

Segundo Pereira (2005), oito em cada dez brasileiros não simpatizam com contas e números e
menos de 30% dos brasileiros possuem o hábito de elaborar um orçamento pessoal. São problemas
que surgem na infância e perduram ao longo da vida, contribuindo para que a maioria dos
brasileiros não possua um planejamento financeiro pessoal ou sequer tenha interesse no assunto.

Existem muitas alternativas de crédito, bem como algumas armadilhas, deve-se observar com
atenção a opção mais adequada a cada situação. Quando se precisa fazer a compra de um carro não
se deve utilizar crédito pessoal, mas um financiamento específico: o Financiamento Auto. Evitar
empresas denominadas financeiras e o crédito especial são atitudes importantes que demonstram
conduta de crédito consciente.

Através dos dados macroeconômicos que dizem respeito ao comportamento dos brasileiros, pode-
se então afirmar que a maioria dos brasileiros não têm o hábito de se planejar financeiramente.
Isso ocorre desde a escassez de ensinamentos em casa e perdura na vida adulta. Os brasileiros, em
suma, são movidos pelo sentimento momentâneo, deixando que a vida financeira seja levada pelo
dia a dia, conforme forem aparecendo as necessidades e oportunidades, sem muitos parâmetros.

3 METODOLOGIA

Esta pesquisa se classifica, quanto à abordagem, como uma pesquisa quantitativa, pois os
resultados verificados e analisados são quantificáveis, baseando-se na análise de determinada
população ou fenômeno, ou então, demonstrar qual a relação entre as suas variáveis, utilizando
técnicas padronizadas de coleta de dados. (GIL, 2002)

O instrumento de coleta de dados escolhido foi a pesquisa bibliográfica, que para Gil (2002), as
informações para esse tipo de pesquisa são obtidas através de livros e artigos científicos
previamente publicados. O levantamento das informações a serem analisadas foi extraído de uma
base de dados documental secundária, através de dados publicados pelo Serviço de Proteção ao
Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em 27 de
janeiro de 2014, que contou com entrevistas feitas com consumidores. Ao todo foram entrevistados
656 consumidores acima de 18 anos, de todos os gêneros e classes sociais de todas as capitais dos
estados brasileiros. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para um intervalo de confiança
a 95%, segundo o órgão.

De acordo com a pesquisa, o estudo buscou identificar como o consumidor brasileiro se relaciona
com o dinheiro e suas finanças, levando em consideração suas práticas adotadas para controle do
orçamento e as dificuldades enfrentadas no dia a dia. A pesquisa conta com dados estatísticos
coletados numericamente, obtendo-se assim uma relação com a parte teórica.

Foi utilizado como forma de apresentação da pesquisa e sua análise de resultados a representação
por meio de texto e gráficos para enfatizar visualmente os dados adquiridos. Dessa maneira, foi
possível demonstrar eficientemente com dados e números todos os resultados obtidos na
investigação e coleta de dados, sendo possível realizar deliberadamente análises e discussões
decorrentes da pesquisa.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Neste capítulo são apresentados e discutidos os achados desta pesquisa, com base nas informações
coletadas por meio das entrevistas feitas pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), bem como a partir do levantamento
bibliográfico. Os fatores e problemas são discutidos com relação aos objetivos específicos da
pesquisa: analisar a relação das pessoas com o dinheiro; analisar se os brasileiros possuem a cultura
de ter um planejamento financeiro pessoal e identificar os benefícios de ter um planejamento
financeiro.

A pesquisa mostra que oito em cada dez brasileiros não sabem controlar as próprias despesas e seu
próprio dinheiro, visto que 81% alegou ter pouco ou nenhum conhecimento sobre como controlar
suas finanças pessoais.

Quanto aos dados sobre conhecimento de suas próprias finanças e de saber o que é o planejamento
financeiro, 45,8% dos entrevistados não realizam sequer um controle sistemático do seu
orçamento, sendo que 29,3% afirmaram que fazem controle apenas de cabeça.

Apenas 18% dos entrevistados têm total conhecimento sobre seu fluxo de receitas e despesas e a
maioria (71%) tem apenas conhecimento parcial e outros 10% têm baixo ou nenhum conhecimento
sobre suas finanças, conforme verifica-se no Gráfico 1.
GRÁFICO 1 – NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE AS PRÓPRIAS FINANÇAS

Fonte: Elaboração própria a partir de dados retirados da pesquisa do SPC Brasil.

Muitas desculpas e limitações são apontadas para justificar a falta do planejamento sistemático,
dentre elas: a falta de tempo (8,2%), falta de disciplina (26,3%) e esquecimento (19,4%) são as
principais justificativas quando perguntados sobre as dificuldades. Apenas 8,9% dos entrevistados
alegaram não saber por onde começar e como fazer, conforme é representado no Gráfico 2.

GRÁFICO 2 – JUSTIFICATIVAS APRESENTADAS PELOS ENTREVISTADOS

Fonte: Elaboração própria a partir de dados retirados da pesquisa do SPC Brasil.

Entre os entrevistados que utilizam algum método organizado para gerenciamento de suas
finanças, (53,9%), o mais comum é o famoso caderno de anotações, mencionado por 29,8% da
amostra, seguido por planilha (21,0%) e aplicativos digitais (3,1%), de acordo com o Gráfico 3.
GRÁFICO 3 – MÉTODOS UTILIZADOS PARA O GERENCIAMENTO DAS FINANÇAS

Fonte: Elaboração própria a partir de dados retirados da pesquisa do SPC Brasil.

Menos da metade dos ouvidos (48,1%) consideram-se pessoas organizadas financeiramente.


Quando perguntados sobre seu nível de educação financeira em uma escala de zero a dez foi de
apenas 6,3. Esse dado é um tanto quanto assustador e preocupante para a qualidade de vida
financeira dos brasileiros.

Muitos pensam que esse dado tem como relevância a classe social ou poder aquisitivo das pessoas,
porém, em relação aos dados sociais e perfil socioeconômico, não há uma diferença significativa
entre os estratos.

Entre os entrevistados que possuem renda de até R$ 1.330,00, o conhecimento pleno é de 16%,
somente 15% dos que têm renda entre R$ 1.331,00 e R$ 3.140,00 apresentam total conhecimento
sobre as próprias despesas e dentre os que têm renda acima de R$ 3.141,00, o percentual sobe
apenas um pouco mais, indo para 23%, conforme pode-se observar no Gráfico 4.

Isso reforça a informação de que o planejamento financeiro é uma questão de cultura, é mais sobre
um aspecto comportamental do que do quanto dinheiro possui ou do quanto recebe mensalmente.
Planejamento financeiro tem mais a ver com organização do que quanto se ganha, pois
independente disso, não saber administrar, ou seja, não saber organizar e distribuir a renda de
forma correta, não importará se a pessoa ganha muito ou pouco.
GRÁFICO 4 – PERCENTUAL DE CONHECIMENTO X PODER AQUISITIVO DOS ENTREVISTADOS

Fonte: Elaboração própria a partir de dados retirados da pesquisa do SPC Brasil.

Partindo para a relação do comportamento com o dinheiro, os dados mostram que os brasileiros
assumem ser desorganizados financeiramente e assumem ainda não ter disciplina (39%) para
controlar finanças pessoais e organizar os gastos do próximo mês. Muitos não controlam o quanto
gastam (17,4%) e não se planejam para imprevistos e três em cada dez (29,1%) não sabem os
valores de seus rendimentos para o próximo mês e mais de um terço não sabe o quanto gastarão
com as contas que vencerão futuramente.

Os dados mostram ainda que os brasileiros fazem anotações de suas despesas básicas, mas falham
com os gastos extras de itens que não são considerados essenciais. As principais anotações pela
maioria são as receitas (90,1%), e despesas com supermercado e contas de água e luz (93,5%), que
dizem fazer os lançamentos pelo menos uma vez por mês. Contudo, somente 39,5% dos
consumidores anotam semanalmente os gastos não encarados como básicos, como: alimentação
fora de casa, serviços de beleza e estética, vestuário, sapatos e acessórios e até mesmo lazer. E
39% passaram a controlar mais as finanças somente após ter o nome negativado.

Da amostra, 60,0% afirma nem sempre saber os valores gastos anualmente com essas despesas e
quase a metade (47,2%) garante não calcular com frequência o quanto estão pagando de juros
quando fazem uma compra a prazo, o que reforça o quão vago e insuficiente é o conhecimento
sobre tal.
41% dos consumidores conseguem fechar o mês com dinheiro sobrando. Apenas dois em cada dez
brasileiros (20,4%) possuem o costume de poupar dinheiro para fazer compras à vista. 47,2% não
sabem o quanto pagam de juros ao parcelar uma compra. O percentual de brasileiros que efetuam
compras parceladas é considerável: 26,4% dos entrevistados disseram que nem sempre se atentam
ao número de prestações quando parcelam uma nova compra.

Pode-se concluir pela análise dos dados apresentados que não é a total falta de conhecimento que
impede os brasileiros de organizarem a vida financeira. A maioria demonstra ter conhecimentos
mínimos sobre quais atitudes tomar a fim de controlar suas finanças, mas acabam falhando na hora
de colocar em prática. A maioria usa caderno de anotações na hora de planejar as finanças, os
gastos não essenciais são os mais deixados de lado na hora do planejamento, fazendo com que o
controle das finanças não seja eficiente.

Pode-se também identificar os benefícios de ter um planejamento financeiro, pois através dele tem-
se uma melhor organização, distribuição da renda e ele proporciona uma disponibilização dos
dados e informações precisas que facilitam nas tomadas de decisões, para o sucesso da
continuidade da vida saudável do seu próprio dinheiro e da sua vida abundante.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nas informações coletadas a partir do levantamento da literatura e com o objetivo de
analisar a importância do planejamento financeiro pessoal, a presente pesquisa, através de dados
secundários retirados de uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e
pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) buscou analisar a relação das pessoas
com o dinheiro, se os brasileiros possuem a cultura de ter um planejamento financeiro e identificar
os benefícios de ter um planejamento financeiro.

De maneira geral, a maioria dos brasileiros, segundo apontam evidentemente os dados, não sabem
controlar as próprias despesas nem têm total conhecimento sobre seu próprio dinheiro. Ao
contrário do que a maioria pensa, a diferença de poder aquisitivo, grau de instrução ou classe social
não impactam definitivamente nessa afirmativa, deixando a concluir que o planejamento
financeiro é uma questão de cultura, comportamento e disciplina, não apenas ditado por poderes
aquisitivos ou qualquer outro aspecto relevante.
Dentre os métodos de planejamento das finanças, o mais citado por aqueles que têm o hábito de
registrar seus lançamentos é o popular “caderninho de anotações”. Fica evidente que os brasileiros
apresentam muitas desculpas na hora de justificar a falta de um planejamento sistemático, como
falta de conhecimento, seja em relação aos métodos ou ferramentas para a realização do controle,
falta de tempo disponível para elaboração de um plano e muitos têm até mesmo a falta de interesse.

A inexistência desse planejamento financeiro ou a utilização de forma ineficiente, acarreta muitos


danos à distribuição da renda dos brasileiros, pois o dinheiro é usado de forma errada e aplicado
muitas vezes de forma irregular entre as obrigações mensais do orçamento, ou seja, as despesas.
Isso, consequentemente, leva ao endividamento e muitos têm seus nomes negativados. Outro ponto
que fica prejudicado em detrimento da falta de planejamento financeiro é a ausência de recursos
para uma reserva de emergência ou até mesmo uma poupança simples.

Através da demonstração dos dados é notório que a educação financeira no Brasil é praticamente
inexistente e deixada de lado. As escolas não visam ensinar educação financeira propriamente dita
e essa falta de conhecimento é passada de geração em geração. Socialmente, as pessoas estão
sujeitas a seguirem o padrão de vida financeiro dentro da realidade onde os pais vivem, fazendo
com que a criança desenvolva a programação financeira baseada no que presenciou ao longo da
vida, tomando isso como verdade absoluta e, com isso, na fase adulta ela se encontra presa a esse
padrão.

É possível que com a implementação da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
promulgada em 2017 e que terá vigor a partir de 2022, a formação de jovens mais bem informados
financeiramente e com melhores instruções de como lidar com o dinheiro, as decisões de consumo
e distribuição da renda sejam tratadas com mais propriedade e que o cenário financeiro brasileiro
tenha uma tendência de melhora, o que justificará a tamanha importância do assunto no dia a dia
dos brasileiros.

Diante desses resultados, é interessante que este estudo seja continuado, no intuito de abranger
informações complementares e mais atuais, visando salientar a necessidade do planejamento
financeiro e enfatizar a importância da introdução da educação financeira nas escolas e no meio
cultural das famílias e assim, o planejamento financeiro fazer parte transversalmente da vida dos
brasileiros, afinal, é através da organização e das decisões tomadas perante a distribuição da renda
que ditarão as condições do futuro e da qualidade de vida do dinheiro.
Assim, com os resultados obtidos na pesquisa, observou-se o alcance do objetivo geral de analisar
a importância do planejamento financeiro pessoal, além dos objetivos específicos de analisar a
relação das pessoas com o dinheiro, analisar se os brasileiros possuem a cultura de ter um
planejamento financeiro pessoal e identificar os benefícios de se ter um planejamento financeiro.

REFERÊNCIAS

BANCO CENTRAL DO BRASIL - Caderno de Educação Financeira – Gestão de Finanças


Pessoais. Brasília: BCB, 2013.

BONA, Andre. O que é planejamento financeiro e porque você deve considerá-lo. São Paulo,
1 dez. 2020. Disponível em:https://andrebona.com.br/o-que-e-planejamento-financeiroe-por-que-
voce-deve-considera-lo/. Acesso em: 22 maio 2021.

BRESSER-PEREIRA, L. C. O conceito de histórico de desenvolvimento econômico. São


Paulo, 2006.

CAMARGO, Leticia. Planejamento Financeiro. Planejamento Financeiro, [s. l.], 12 nov. 2015.
Disponível em: https://www.leticiacamargo.com.br/planejamento-financeiro/. Acesso em: 20
maio 2021.

CASTRO, Tamara. Educação financeira na BNCC. 2020. Disponível em:


https://www.cenpec.org.br/tematicas/educacao-financeira-na-bncc. Acesso em: 09 dez. 2021.

CNN – Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor. Disponível em: divida-


janeiro-2021-CNC-divulgado-18fev2021.pdf (poder360.com.br). Acesso em: 29 maio 2021.

D’AQUINO CASSIA. E o que é educação financeira? Disponível em:


http://educacaofinanceira.com.br/index.php/escolas/conteudo/513. Acesso em: 03 junho 2021.

DE SOUZA, Débora Patrícia. A importância da educação financeira infantil. 2012.


FRANKENBERG, Louis. Seu Futuro Financeiro. Rio de Janeiro: Ed. Campus. 1999.

GAZETA DO POVO. Kramer Vandré. Por que o investimento produtivo é baixo no país, e
como isso limita o crescimento. 2021. Disponível em:
https://www.gazetadopovo.com.br/economia/investimento-brasil-pequeno-limitecrescimento/.
Acesso em 29 maio 2021.

GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas S.a, 2002.
175 p.

HOFFMANN, Alvir Alberto. Educação Financeira. Banco Central do Brasil. 2014.


ITAU Unibanco. Pesquisa Dinheiro Tabu. Disponível em:
https://www.itau.com.br/educacaofinanceira/. Acesso em: 29 maio 2021.
KIYOSAKI, Robert T; LECHTER, Sharon L. Pai Rico, Pai Pobre. O que os ricos ensinam a
seus filhos sobre dinheiro. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000. 186 p.

MACEDO JUNIOR, Jurandir Sell. A árvore do dinheiro: guia para cultivar sua
independência financeira. 3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

MARTINS, José Pio. Educação Financeira ao Alcance de Todos. 1ª ed. São Paulo:
Fundamentos, 2004.

OCDE/CVM Centro de Alfabetização Financeira para América Latina e Caribe.


Recomendação sobre os Princípios e as Boas Práticas de Educação e Conscientização
Financeira. Julho 2005, p5. Disponível
em:https://www.oecd.org/daf/fin/financialeducation/[PT]%20Recomenda%C3%A7%C3%A3o%
20Princ%C3%ADpios%20de%20Educ a%C3%A7%C3%A3o%20Financeira%202005%20.pdf.
Acesso em 20 junho 2021.

PEREIRA, Glória Maria Garcia. A energia do dinheiro: estratégias para reestruturar sua
vida financeira. 5. ed.São Paulo: Gente, 2001.

PEREIRA, Glória Maria Garcia. A energia do dinheiro: como fazer dinheiro e desfrutar dele.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

PEREIRA, Glória Maria Garcia. As personalidades do dinheiro: como lidar com o dinheiro
de acordo com seu estilo pessoal. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

PALMEIRA, Eduardo Mauch. Estudo sobre a inclusão da educação financeira como


disciplina escolar a partir das séries iniciais. Disponívem em: <
https://atlante.eumed.net/wpcontent/uploads/disciplina-escolar.pdf

PIRES, Valdemir. Finanças pessoais: fundamentos e dicas. São Paulo: Editora Equilíbrio,
2007.

PRADO, Rosane de Souza. Educação Financeira no Ensino Fundamental I. Monografia


(Licenciatura em Pedagogia)-Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <
http://www.ffp.uerj.br/arquivos/dedu/monografias/rsp.pdf>. Acesso em: 23 mai. 2021.

PREVE, Marco Aurélio Silva; FLOR, Wander Luiz da Rocha. Organização financeira
familiar: a importância da educação financeira precoce na formação do cidadão e as
possibilidades de se desenvolver ações de reeducação financeira. Anais do III Simpósio sobre
Formação de Professores–SIMFOP, 2011.

PROCON - ÓRGÃO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR. Educação


Financeira: um guia para ajudar a administrar sua vida financeira. São Paulo. 2012.
Disponível em: <
http://www.procon.sp.gov.br/pdf/acs_cartilha_educacao_financeira_2012_site.pdf >. Acesso em
23 mai. 2021.

SECCO, Renata Lima et al. Importância da educação financeira na infância: uma revisão de
literatura. Observatório de la Economía Latinoamericana, n. 203, 2014.
SPC BRASIL. Oito em cada dez brasileiros não sabem como controlar as próprias despesas,
mostra estudo do SPC Brasil. 2014. Disponível em:
https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas/pesquisa/874. Acesso em: 01 out. 2021.

SPC BRASIL. 46% dos brasileiros não controlam seu orçamento, revela pesquisa do SPC
Brasil. 2021. Disponível em:
https://www.spcbrasil.org.br/uploads/st_imprensa/release_educacao_financeira_v7.pdf. Acesso
em: 01 out. 2021.

STANLEY, Thomas J.; DANKO, William D. O milionário mora ao lado. 1.ed. São Paulo:
Manole, 1999.

Você também pode gostar