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TEORIA DA

EMPRESA
CONCEITO DE EMPRESA.
CONCEITO E CARACTERIZADO DE EMPRESÁRIO.
ATIVIDADES ECONÔMICAS NÃO EMPRESÁRIAS.
REGISTRO E REGULARIDADE DO EMPRESÁRIO.
REGISTRO DE ATIVIDADES ECONÓMICAS NÃO
EMPRESÁRIAS.
TEORIA DA EMPRESA
1. EMPRESA

a) Conceito:
Podemos conceituar este termo como a realização de uma
atividade econômica explorada pelo empresário visando a
organização, produção e a circulação de bens e serviços.

O doutrinador André Luiz Santa Cruz Ramos aponta a


seguinte definição sobre o tema tratado:
“[...] empresa é uma atividade econômica organizada com a
finalidade de fazer circular ou produzir bens ou serviços.
Empresa é, portanto, atividade, algo abstrato. Empresário, por
sua vez, é quem exerce empresa. Assim, a empresa não é sujeito
de direito. Quem é sujeito de direito é o titular da empresa.
Melhor dizendo, sujeito de direito é quem exerce empresa, ou
seja, o empresário, que pode ser pessoa física (empresário
individual) ou pessoa jurídica (sociedade empresarial)."
O Código Civil de 2002 não define empresa, mas o conceito
de empresa está implícito no conceito de empresário.

Diz-se que se considera empresário quem exerce


profissionalmente atividade econômica organizada para
produção e circulação de bens e serviços. Logo, o conceito
subentendido de empresa é: atividade econômica
profissional organizada para produção e circulação de
bens e serviços.
b) Características:
Assim sendo, podemos dizer que uma das características principais
da empresa é o seu fim econômico, visando à obtenção de lucros
em sua atividade exercida, pois é uma atividade.

Conforme o jurista Fábio Ulhôa Coelho, a empresa é a atividade


econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou
serviços. Sendo uma atividade, a empresa não tem a natureza
jurídica de sujeito de direito nem de coisa.
Em outros termos, não se confunde com o empresário (sujeito)
nem com o estabelecimento empresarial (coisa).
Com base na atividade econômica:

• Empresas do setor primário: obtêm os recursos a partir da


natureza, como é o caso das pecuárias, agrícolas e pesqueiras;
• Empresas do setor secundário: dedicadas à transformação de
matérias-primas, como acontece com as indústrias e as da
construção civil;
• Empresas do setor terciário: empresas que se dedicam à
prestação de serviços ou ao comércio.
Com base na sua constituição jurídica:
• Empresas individuais – pertencem a uma única pessoa; e
• Empresas societárias – constituídas por várias pessoas (S/A,
Ltda., etc).

Com base na sua titularidade do capital:


• Empresas Privadas: capital está nas mãos de particulares;
• Empresas Públicas: controladas pelo Estado;
• Empresas Mistas: o capital é partilhado por particulares e pelo
Estado; e
• Empresas de Autogestão: o capital é propriedade dos
trabalhadores.
2. EMPRESÁRIO
Primeiramente, cabe salientar que:

Sócios ≠ Empresários

Administradores ≠ Empresários
No Código Civil, está previsto no Título I do Livro II. Segundo o
artigo 966, CC, há expressamente o conceito de empresário como:

“Art. 966. Considera-se empresário quem exerce


profissionalmente atividade econômica organizada para a
produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou
artística, ainda com o concurso de auxiliares ou
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir
elemento de empresa. ”
Podemos extrair os principais elementos deste artigo:

• Economicidade – relaciona-se ao fato do empresário desenvolver


atividades econômicas, ou seja, atividades voltadas para a
produção de riquezas;

• Organização – é essencial na vida de qualquer empresário, tendo


em vista que é necessária a organização dos fatores de produção;

• Profissionalidade – englobando os conceitos de pessoalidade,


habitualidade e monopólio das informações.
A) Atividade econômica

A atividade empresarial é uma atividade econômica, pois busca obter lucro


para quem a explora.

Ressalte-se, porém, que há atividades econômicas que não são exercidas de


forma empresarial. A atividade será econômica sempre que criar uma
utilidade para atender à necessidade de terceiros, visando dela retirar as
condições necessárias para se estabelecer ou se desenvolver. É o caso das
sociedades simples (não empresárias), a exemplo das sociedades
uniprofissionais, sem a caracterização do elemento de empresa (pequenas
sociedades de arquitetos, pequenas sociedades de médicos etc.)
B) Atividade organizada
A atividade empresarial é organizada porque o empresário faz a
junção dos quatro fatores de
produção (CMIT):
• capital;
• mão de obra;
• insumos;
• tecnologia.
Para uma parte da doutrina, como defende Fábio Ulhoa, se não
houver a exploração do trabalho alheio, a denominada “mais
valia”, não há de se falar em empresário.
Profissões Intelectuais:

• Científica: médico, contador, advogado;


• Literária: escritor, jornalista; e
• Artísticas: pintor, cantor, ator.

Não se considera empresário, por força do parágrafo único do art.


966 do CC, o exercente de profissão intelectual, de natureza
científica, literária ou artística, mesmo que contrate empregados
para auxiliá-lo em seu trabalho. Estes profissionais exploram,
portanto, atividades econômicas civis, não sujeitas ao Direito
Comercial.
REGISTRO DE EMPRESAS

O código Comercial, em 1950, criou os “Tribunais


do Comércio”, órgãos que exerciam tanto a jurisdição
em mateira comercial, julgando conflitos que
envolviam comerciantes ou a prática de atos de
comércio, como também as funções administrativas
de natureza registraria.
REGISTRO DE EMPRESA
ATIVIDADE EM DUPLAS

CAPITULO 03
PERGUNTAS:

1) QUAIS SÃO OS ORGÃOS DO REGISTRO DE EMPRESAS E


QUAIS SÃO AS SUAS ATRIBUIÇÕES?

2) O QUE SE ENTENDE POR ATOS DO REGISTRO DE


EMPRESAS?

3) QUAL A CONSEQUÊNCIA DA FALTA DO REGISTRO?


“Nossa maior fraqueza é desistir.
O caminho mais certo para o
sucesso é sempre tentar apenas
uma vez mais.”
Thomas A. Edison

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