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Curso Esfera
OAB / CONCURSOS
1ª FASE DO XXXII EXAME
Rebeca Eckstein
www.cursoesfera.com.br
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Teoria da Art. 966 ao


Art. 980, CC
Empresa
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FASES DO DIREITO EMPRESARIAL

1. Corporações de
Ofício
2. Teoria dos atos de
Comércio

3. Teoria da empresa

MATERIAL EXCLUSIVO REBECA ECKSTEIN


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Fases das Corporações de Ofício
• Surgimento: Idade Média. (Poder descentralizado)
• Formada pelos comerciantes (criavam suas próprias regras),
dando origem as chamadas corporações de ofício.
• Os litígios eram resolvidos pelos tribunais consulares
(composto por juízes e árbitros, eleitos pelos comerciantes).
• As regras aplicadas eram os usos e costumes de cada
localidade, e estavam compiladas no “estatuto” das
corporações.
• Critério Subjetivo: o importante não era a atividade
desenvolvida, e sim estar filiada ao regime (corporações) se
registrando. O registro era constitutivo. O critério pessoal era
preponderante.
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Surgimento: Idade Moderna
• A jurisdição exercida pelos Estados (Poder político centralizado)
• Período Napoleônico – surgimento dos códigos Napoleônicos - Em
1804 surge o código civil Frances (regulava as matérias
pertinentes a pessoas, bens e propriedade, e posteriormente
temos o surgimento de outros códigos, dentre eles o comercial
em 1808 - autonomia do direito empresarial).
• Influência para criação do C.Comercial/1850 - E
consequentemente adoção da teoria dos atos de Comércio. Para
ser comerciante a atividade deveria estar prevista no
Regulamento 737/1850.
• Critério Objetivo: Atividade Desenvolvida.
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Regulamento 737/1850
• Art. 19. Considera-se mercancia:
• § 1º A compra e venda ou troca de efeitos moveis ou
semoventes para os vender por grosso ou a retalho, na
mesma espécie ou manufaturados, ou para alugar o seu uso.
• § 2º As operações de cambio, banco e corretagem.
• § 3° As empresas de fábricas; de com missões ; de depósitos ;
de expedição, consignação e transporte de mercadorias; de
espetáculos públicos. (Vide Decreto nº 1.102, de 1903)
• § 4.° Os seguros, fretamentos, risco, e quaisquer contratos
relativos ao comércio marítimo.
• § 5.° A armação e expedição de navios.
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Teoria da Empresa

• Influência: Código Civil Italiano de 1942.


• Unificação Parcial do direito civil com o direito empresarial -
Código Civil de 2002 ( Art. 22, I, CF).
• Critério: Art. 966, CC.
• Revogação parcial do Código comercial de 1850.
• O conceito de empresário substituindo a figura do comerciante.
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• Comerciante – Aquele que praticava atos de mercancia


(Regulamento 737/1850).
• Empresário – aquele que exerce profissionalmente atividade
econômica e organizada para a produção ou circulação de
bens ou serviços (organiza a atividade econômica) – é sujeito
de direito.
• Empresa – Atividade econômica e organizada - Reunião dos
fatores de produção.
• Estabelecimento – Complexo de bens organizado para o
exercício da empresa – é objeto de direito (pode ser
alienado – Trespasse).
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Questão da OAB
XVII EXAME DA OAB
Assinale a alternativa correta em relação aos conceitos de empresa e
empresário no Direito Empresarial.
A) Empresa é a sociedade com ou sem personalidade jurídica; empresário é o
sócio da empresa, pessoa natural ou jurídica com responsabilidade limitada ao
valor das quotas integralizadas.
B) Empresa é qualquer atividade econômica destinada à produção de bens;
empresário é a pessoa natural que exerce profissionalmente a empresa e tenha
receita bruta anual de até R$ 100.000,00 (cem mil reais).
C) Empresa é a atividade econômica organizada para a produção e/ou a
circulação de bens e de serviços; empresário é o titular da empresa, quem a
exerce em caráter profissional.
D) Empresa é a repetição profissional dos atos de comércio ou mercancia;
empresário é a pessoa natural ou jurídica que pratica de modo habitual tais atos
de comércio.
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a) Pessoa Física Empresário Individual


(explora atividade em nome próprio)

1. Sociedade Empresária –Tipos: S.A;


Soc. Comandita por ações, LTDA, Soc. Nome
b) Pessoa Jurídica: coletivo, Soc. Comandita simples.

2. EIRELI - Empresa Individual de


responsabilidade limitada - Lei
12.445/2011 – Art. 980 - A
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Sociedades EIRELI

1. Sociedades

Obrigatoriamente dois ou mais sócios se unem para constituição de uma PJ para explorar
atividade empresarial.

2. EIRELI

(Instituidor – pessoa Natural ou Jurídica)


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Requisitos do Art. 966, CC
A. PROFISSIONALISMO – Atividade exercida de forma habitual, e
não eventual.
B. ATIVIDADE ECONÔMICA – Com fins lucrativos.
(Fundação não tem fins lucrativos – não é empresária).
C. ORGANIZAÇÃO – reunião dos fatores de produção (Matéria
prima, mão de obra, tecnologia (no sentido de técnica) e
capital).
D. CIRCULAÇÃO OU PRODUÇÃO DE BENS OU SERVIÇOS - Objetivo:
explorar a atividade empresária.
• Obs.: Requisitos cumulativos. Se faltar um deles a atividade não
será considerada empresária, mas sim, atividade simples.
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1. Produção de bens 2. Produção de Serviço

3. Circulação de Bens: 4. Circulação de Serviço:

Intermediação
Intermediação
entre
entre produtor
prestador e
e consumidor
consumidor
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EXCLUÍDOS DO CONCEITO DE EMPRESÁRIO:


A) Profissional intelectual (966, único) : Está excluído do conceito de
empresário o profissional intelectual, de natureza artística, científica ou
literária, mesmo que com ajuda de colaboradores...”

(Científica) (Literária) (Artística)

O registro é feito nos órgãos que regulamentam a profissão.


Enunciado 193 – Art. 966: O exercício das atividades de natureza
exclusivamente intelectual está excluído do conceito de empresa.
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Questão FGV
XV EXAME DA OAB
Alfredo Chaves exerce, em caráter profissional, atividade intelectual de natureza
literária, com a auxiliares. O exercício da profissão constitui elemento de empresa.
Não há registro da atividade por parte de Alfredo Chaves em nenhum órgão público.
Com base nessas informações e nas disposições do Código Civil, assinale a afirmativa
correta.
A) Alfredo Chaves não é empresário, porque exerce atividade intelectual de natureza
literária.
B) Alfredo Chaves não é empresário, porque não possui registro em nenhum órgão
público.
C) Alfredo Chaves é empresário, independentemente da falta de inscrição na Junta
Comercial.
D) Alfredo Chaves é empresário, porque exerce atividade não organizada em caráter
profissional.
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“... salvo se o exercício da profissão constituir elemento de


empresa” (Art. 966, §único, CC – parte final).
• Quando a atividade estiver absorvida pelos fatores de
produção. Enunciado 194 – Art. 966: Os profissionais liberais
não são considerados empresários, salvo se a organização dos
fatores da produção for mais importante que a atividade
pessoal desenvolvida.
• Quando a profissão torna-se componente da atividade,
deixando de ser fator principal.
• Enunciado 195 – Art. 966: A expressão “elemento de
empresa” demanda interpretação econômica, devendo ser
analisada sob a égide da absorção da atividade intelectual, de
natureza científica, literária ou artística, como um dos fatores
da organização empresarial.
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• Nos termos do art. 15 da Lei


n°8.906/94, a atividade jurídica
exercida pelos advogados será
sempre de natureza simples, nunca
será considerada empresária.
• É vedado que a advocacia seja
exercida em caráter de mercancia.
• A sociedade de advogados é
considerada como sociedade civil
(terminologia utilizada antes do
advento do CC/02, hoje tratada
como sociedade simples).
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B) Atividade Rural :
Art. 971, CC - Empresário cuja a
atividade rural seja a sua principal
profissão PODE efetuar sua inscrição no
RPEM, hipótese em que será
equiparado ao empresário.

Art. 984, CC - sociedade que tenha por


objeto atividade própria de empresário
rural PODE requerer a inscrição no
RPEM, e será equiparado a sociedade
empresária.
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Questão FGV
XX EXAME DA OAB
O engenheiro agrônomo Zacarias é proprietário de quatro fazendas onde ele realiza,
em nome próprio, a exploração de culturas de soja e milho, bem como criação
intensiva de gado. A atividade em todas as fazendas é voltada para exportação, com
emprego intenso de tecnologia e insumos de alto custo. Zacarias não está registrado na
Junta Comercial. Com base nessas informações, é correto afirmar que
A) Zacarias, por exercer empresa em caráter profissional, é considerado empresário
independentemente de ter ou não registro na Junta Comercial.
B) Zacarias, mesmo que exerça uma empresa, não será considerado empresário pelo
fato de não ter realizado seu registro na Junta Comercial
C) Zacarias não pode ser registrado como empresário, porque, sendo engenheiro
agrônomo, exerce profissão intelectual de natureza científica, com auxílio de
colaboradores.
D) Zacarias é um empresário de fato, por não ter realizado seu registro na Junta
Comercial antes do início de sua atividade, descumprindo obrigação legal.
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C) Cooperativas: Art. 982, §único, CC - Independente do seu


objeto, considera-se empresária a sociedade por ações e simples
as cooperativas.
• São sociedades de pessoas, não sujeita a falência.
• Art. 3° Celebram contrato de sociedade cooperativa as
pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com
bens ou serviços para o exercício de uma atividade
econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro. (Lei
5764)
• Art. 1.096. No que a lei for omissa, aplicam-se as disposições
referentes à sociedade simples, resguardadas as
características estabelecidas no art. 1.094.
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Art. 5° As sociedades cooperativas poderão adotar por objeto qualquer gênero de
serviço, operação ou atividade, assegurando-se lhes o direito exclusivo e exigindo-
se lhes a obrigação do uso da expressão "cooperativa" em sua denominação.
Art. 11. As sociedades cooperativas serão de responsabilidade limitada, quando a
responsabilidade do associado pelos compromissos da sociedade se limitar ao
valor do capital por ele subscrito.
Art. 12. As sociedades cooperativas serão de responsabilidade ilimitada, quando
a responsabilidade do associado pelos compromissos da sociedade for pessoal,
solidária e não tiver limite.
Art. 1.095, CC - Na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos sócios pode ser
limitada ou ilimitada.
§ 1o É limitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde
somente pelo valor de suas quotas e pelo prejuízo verificado nas operações
sociais, guardada a proporção de sua participação nas mesmas operações.
§ 2o É ilimitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde
solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais.
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Art. 1.094. São características da sociedade cooperativa:


I - variabilidade, ou dispensa do capital social;
II - concurso de sócios em número mínimo necessário a compor
a administração da sociedade, sem limitação de número
máximo;
III - limitação do valor da soma de quotas do capital social que
cada sócio poderá tomar;
IV - intransferibilidade das quotas do capital a terceiros
estranhos à sociedade, ainda que por herança;
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V - quorum, para a assembleia geral funcionar e deliberar, fundado no


número de sócios presentes à reunião, e não no capital social
representado;
VI - direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não
capital a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua participação;
VII - distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das
operações efetuadas pelo sócio com a sociedade, podendo ser
atribuído juro fixo ao capital realizado;
VIII - indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em
caso de dissolução da sociedade.
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Questão FGV
XXVII EXAME DA OAB
Dirce Reis trabalha como advogada e presta apoio jurídico aos empreendedores da
cidade de São Francisco interessados na constituição de sociedades cooperativas.
Um grupo de prestadores de serviços procurou a consultora para receber
informações sobre o funcionamento de uma cooperativa. Sobre as regras básicas
de funcionamento de uma cooperativa, assinale a afirmativa correta.
A)O estatuto da cooperativa deve ser aprovado previamente pela Junta Comercial do
Estado da Federação onde estiver a sede, sendo arquivado no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas.
B)Na sociedade cooperativa, cada sócio tem direito a um só voto nas deliberações
sociais, tenha ou não capital a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua
participação.
C)A responsabilidade dos sócios de uma cooperativa é sempre limitada ao valor
do capital social, mas todos respondem solidária e ilimitadamente pela sua
integralização.
D)Sob pena de nulidade, o capital social da cooperativa deverá ser igual ou superior
a 100 salários mínimos, que também será variável durante toda sua existência.
RESPOSTA:B
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Lei 8934/94 - CAPÍTULO III


Dos Atos Pertinentes ao Registro Público de Empresas Mercantis
e Atividades Afins
Art. 32. O registro compreende:
(...)
II - O arquivamento:
a) dos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução
e extinção de firmas mercantis individuais, sociedades
mercantis e cooperativas;
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Empresário Individual
• Conceito: pessoa física que exerce profissionalmente
atividade econômica e organizada para produção ou
circulação de bens ou serviços. Tem CNPJ que viabiliza
tratamento como PJ, por equiparação, para fins de
recolhimento dos tributos.
• Patrimônio: Não há personalidade jurídica, por isso não há
separação dos bens (pessoa física e empresário individual),
por isso não aplicamos a desconsideração. REGE-SE PELO P.
UNIDADE PATRIMONIAL. Os bens pessoais do empresário
respondem pelas suas dividas.
• Responsabilidade do empresário: Ilimitada
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Inscrição do Empresário:
• Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante
requerimento que contenha:
• I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se
casado, o regime de bens;
• II - a firma, com a respectiva assinatura autografa que poderá
ser substituída pela assinatura autenticada com certificação
digital ou meio equivalente que comprove a sua
autenticidade, ressalvado o disposto no inciso I do § 1o do art.
4o da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
• III - o capital;
• IV - o objeto e a sede da empresa.
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§ 1o Com as indicações estabelecidas neste artigo, a inscrição
será tomada por termo no livro próprio do Registro Público de
Empresas Mercantis, e obedecerá a número de ordem contínuo
para todos os empresários inscritos.
§ 2o À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades,
serão averbadas quaisquer modificações nela ocorrentes.
§ 3º Caso venha a admitir sócios, o empresário individual
poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a
transformação de seu registro de empresário para registro de
sociedade empresária, observado, no que couber, o disposto
nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código. (Incluído pela Lei
Complementar nº 128, de 2008)
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Nome Empresarial e Registro
• Nome empresarial: adota como nome empresarial a firma
individual, que rege-se pelo principio da veracidade. É o nome
civil da pessoa física que deve constar na firma. Pode designar
a atividade.
• Registro: é obrigatório para que seja considerado empresário e
deve ser feito na Junta Comercial (RPEM), antes do inicio da
atividade. O registro não lhe atribui personalidade jurídica.

Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro


Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início
de sua atividade.
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Questão de prova da OAB
XXVII EXAME DA OAB
Roberto desligou-se de seu emprego e decidiu investir na construção de uma
hospedagem do tipo pousada no terreno que possuía em Matinhos. Roberto contratou
um arquiteto para mobiliar a pousada, fez cursos de hotelaria e, com os ensinamentos
recebidos, contratou empregados e os treinou. Ele também contratou um desenvolvedor de
sites de Internet e um profissional de marketing para divulgar sua pousada. Desde então,
Roberto dedica-se exclusivamente à pousada, e os resultados são promissores. A pousada
está sempre cheia de hóspedes, renovando suas estratégias de fidelização; em breve, será
ampliada em sua capacidade. Considerando a descrição da atividade econômica explorada
por Roberto, assinale a afirmativa correta.
A)A atividade não pode ser considerada empresa em razão da falta tanto de profissionalismo
de seu titular quanto de produção de bens.
B)A atividade não pode ser considerada empresa em razão de a prestação de serviços não
ser um ato de empresa.
C)A atividade pode ser considerada empresa, mas seu titular somente será empresário a partir
do registro na Junta Comercial.
D)A atividade pode ser considerada empresa e seu titular, empresário, independentemente
de registro na Junta Comercial.
RESPOSTA: D
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Requisitos - ART. 972, CC
Impedidos de serem empresários: a) os deputados federais e senadores (art.
54, II, a, da CRFB); b) funcionários públicos, sejam estaduais, municipais ou
federais (art. 117, X, Lei n°8.112/90); c) Magistrados (art. 36, I e II, da LOMAN
– Lei Orgânica da Magistratura Nacional); d) corretores de seguros (Lei
4.594/64); e) militares na ativa (Três Armas) (art.29, Lei n°6.880/1980); f)
Membros do Ministério Público (art.128, §5º, CRFB); g) Deputados estaduais
e vereadores (art. 29, IX, CRFB); h) falidos, inclusive os sócios de
responsabilidade ilimitada que ainda não estiverem reabilitados (art. 102, Lei
n°11.101/05); i) condenados por qualquer crime previsto na Lei n°11.101/05
(art. 101); j) médicos para o exercício da simultâneo da farmácia, e os
farmacêuticos, para o exercício simultâneo da medicina; l) despachantes
aduaneiros, dentre outros que podem estar previstos em lei especial (art.
735, II, e, do Decreto nº6.759/09); M) estrangeiros com visto provisório (Art.
98, Lei 6.815/80).

• Aqueles que são impedidos e exercem atividade de empresário individual


ou de administrador como sócio respondem pelas obrigações contraídas
(art. 973, CC)
• Podem integrar a sociedade empresária na condição de sócio ou ser um
instituidor da EIRELI - não pode ser administrador e tenha
responsabilidade Limitada.
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Estar em pleno gozo da capacidade civil:

Obs. Hipótese em que o proibido poderá continuar com o


exercício da atividade >> Assistido ou representado (AIR): (Art.
974, CC)
i. Incapacidade superveniente:
ii. Herança (por seus pais ou autor da herança):
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Art. 975. Se o representante ou assistente do incapaz for


pessoa que, por disposição de lei, não puder exercer atividade
de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais
gerentes.

§ 1º - Do mesmo modo será nomeado gerente em todos os


casos em que o juiz entender ser conveniente.

§ 2° - A aprovação do juiz não exime o representante ou


assistente do menor ou do interdito da responsabilidade pelos
atos dos gerentes nomeados.
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Art. 976. A prova da emancipação e da autorização do incapaz,


nos casos do art. 974, e a de eventual revogação desta, serão
inscritas ou averbadas no Registro Público de Empresas
Mercantis.

Parágrafo único. O uso da nova firma caberá, conforme o caso,


ao gerente; ou ao representante do incapaz; ou a este, quando
puder ser autorizado.
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Questão FGV
XX EXAME DA OAB
Maria, empresária individual, teve sua interdição decretada pelo juiz a pedido de seu
pai, José, em razão de causa permanente que a impede de exprimir sua vontade para
os atos da vida civil. Sabendo-se que José, servidor público federal na ativa, foi
nomeado curador de Maria, assinale a afirmativa correta.
A) É possível a concessão de autorização judicial para o prosseguimento da empresa de
Maria; porém, diante do impedimento de José para exercer atividade de empresário,
este nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes.
B) A interdição de Maria por incapacidade traz como efeito imediato a extinção da
empresa, cabendo a José, na condição de pai e curador, promover a liquidação do
estabelecimento.
C) É possível a concessão de autorização judicial para o prosseguimento da empresa de
Maria antes exercida por ela enquanto capaz, devendo seu pai, José, como curador e
representante, assumir o exercício da empresa.
D) Poderá ser concedida autorização judicial para o prosseguimento da empresa de
Maria, porém ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que Maria já possuía ao
tempo da interdição, tanto os afetados quanto os estranhos ao acervo daquela.
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Incapaz pode ser sócio?
• Consolidou entendimento que já vinha sendo adotado pelo STF,
possibilitando o incapaz de ser sócio.

Art. 974 § 3º, CC:


I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade
(POIS EM CASO DE ABUSO RESPONDE COM SEU PATRIMÔNIO);
II – o capital social deve ser totalmente integralizado;
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o
absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes
legais;
Enunciado 467) Art. 974, § 3º. A exigência de integralização do capital
social prevista no art.974, § 3º, não se aplica à participação de
incapazes em sociedades anônimas e em sociedades com sócios de
responsabilidade ilimitada nas quais a integralização do capital social
não influa na proteção do incapaz.
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Empresário Casado
Art. 977, CC >> Podem participar de sociedade empresária,
exclusivamente formada por eles ou com integração de terceiros,
aqueles casados em regime de comunhão parcial, participação
final dos aquestos, e separação convencional de bens.
Art. 978, CC >> O empresário casado, qualquer que seja o regime
de bens do casamento poderá alienar, gravar em ônus real os
bens imóveis que integrem o patrimônio da empresa. Art. 978,
CC >> Atenção: não confundir com o artigo 1647, I, CC. Imóvel
deve ser residencial e estar em nome da pessoa física para ser
impenhorável.
Art. 980, CC >> A sentença que decreta ou homologa a separação
do empresário, ou ato de reconciliação não pode ser oposta a
terceiros antes de averbada na junta comercial.
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MEI - Microempreendedor Individual
Art. 18-A. O Microempreendedor Individual - MEI poderá optar pelo
recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples
Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta
por ele auferida no mês, na forma prevista neste artigo.
§ 1o Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI o
empresário individual que se enquadre na definição do art. 966 da Lei nº
10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, ou o empreendedor que
exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de
serviços no âmbito rural, que tenha auferido receita bruta, no ano-
calendário anterior, de até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais), que seja
optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela
sistemática prevista neste artigo
§ 2o No caso de início de atividades, o limite de que trata o § 1o será de R$
6.750,00 (seis mil, setecentos e cinquenta reais) multiplicados pelo número
de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo
ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.
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O MEI, com receita bruta anual igual ou inferior a R$ 81.000,00


(oitenta e um mil reais), recolherá, na forma regulamentada pelo
Comitê Gestor, valor fixo mensal correspondente à soma das
seguintes parcelas:

a) R$ 45,65 (quarenta e cinco reais e sessenta e cinco centavos), a


título da contribuição prevista no inciso IV deste parágrafo;
b) R$ 1,00 (um real), a título do imposto referido no inciso VII do
caput do art. 13 desta Lei Complementar, caso seja contribuinte do
ICMS; e
c) R$ 5,00 (cinco reais), a título do imposto referido no inciso VIII
do caput do art. 13 desta Lei Complementar, caso seja contribuinte
do ISS;
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Não poderá optar pela sistemática de
recolhimento o MEI:
I - cuja atividade seja tributada na forma dos Anexos V ou
VI desta Lei Complementar, salvo autorização relativa a
exercício de atividade isolada na forma regulamentada pelo
CGSN;(Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de
2014) (Produção de efeito)
II - que possua mais de um estabelecimento;
III - que participe de outra empresa como titular, sócio ou
administrador; ou
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Porque Formalizar?
CNPJ: facilita a abertura de contas empresariais, empréstimos,
emissão de nota fiscal e até a compra de material no atacado. É a
profissionalização do seu negócio.
• Contratação de funcionário: se o negócio começar a crescer, o MEI
poderá contratar legalmente um funcionário. Mas atenção: o valor
recebido pelo empregado deve ser, exclusivamente, de um salário
mínimo ou sobre o piso salarial da categoria profissional.
• Cobertura previdenciária: o MEI tem benefícios para si e para sua
família como aposentadoria por idade, aposentadoria por invalidez,
auxílio doença, salário maternidade, pensão por morte e auxílio
reclusão.
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Art. 968, § 4o O processo de abertura, registro, alteração e baixa
do microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, bem como
qualquer exigência para o início de seu funcionamento deverão ter
trâmite especial e simplificado, preferentemente eletrônico,
opcional para o empreendedor, na forma a ser disciplinada pelo
Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do
Registro e da Legalização de Empresas e Negócios - CGSIM, de que
trata o inciso III do art. 2o da mesma Lei. (Incluído pela Lei nº
12.470, de 2011)
§ 5o Para fins do disposto no § 4o, poderão ser dispensados o uso
da firma, com a respectiva assinatura autografa, o capital,
requerimentos, demais assinaturas, informações relativas à
nacionalidade, estado civil e regime de bens, bem como remessa
de documentos, na forma estabelecida pelo CGSIM.
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MICROEMPRESA E EMPRESA DE
PEQUENO PORTE
LEI COMPLEMENTAR 123
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Art. 3 º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se


microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade
empresária, a sociedade simples, a empresa individual de
responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art.
966 da Lei n º 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil),
devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou
no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde
que: (Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de
novembro de 2011). (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei
Complementar nº 139, de 2011).
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I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário,


receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e
sessenta mil reais); e Redação dada pela Lei Complementar nº
139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção de efeitos – vide
art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011).
II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-
calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e
sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro
milhões e oitocentos mil reais).
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Quais as vantagens de enquadramento como ME ou
EPP?
• Acesso ao crédito;
• Demandar em juizado especial;
• Benefícios na fiscalização - função de orientação/ e
posteriormente multa se persistir;
• Benefícios em licitação;
• Benefícios na legislação trabalhista;
• Benefícios na legislação quanto a escrituração;
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EIRELI – EMPRESA
INDIVIDUAL DE
RESPONSABILIDA Arts. 980-A, CC

DE LIMITADA
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Lei 12.441/2011.

• Alteração: Art. 44, VI, CC

• Alteração - Art. 1033, p.ú

• Inclusão: Art. 980-A, CC (Lei 12.441/2011).


#SouMaisEsfera

O nome EIRELI foi empregado de forma incorreta.

Empresa - é a atividade economicamente organizada.

Limitação da responsabilidade - não é da PJ, mas sim do


instituidor.

• A EIRELI é uma criação do legislador brasileiro.


• Direito Comparado: Espanha, França e Portugal – existe a
figura da Sociedade Unipessoal e Empresário Individual
com Responsabilidade Limitada.
#SouMaisEsfera

Atenção:

• EIRELI – Pessoa Jurídica. Responsabilidade do instituidor é


limitada. Apenas um participante chamado de instituidor.

• EMPRESÁRIO INDIVIDUAL – Pessoa física. Que exerce


empresa em nome próprio. Responsabilidade do
empresário é ilimitada.

• SOCIEDADES EMPRESÁRIAS – Pessoa Jurídica. Pluralidade


de sócios.
#SouMaisEsfera
Instituidor da EIRELI
• O legislador na redação do caput do art. 980-A, CC
afirma que a EIRELI poderá ser instituída por uma
única pessoa titular da totalidade do capital social.
#SouMaisEsfera
Questão FGV
XXI EXAME DA OAB
Rosana e Carolina pretendem reunir esforços para empreender uma atividade
econômica, constituindo uma Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI).
Essa iniciativa será possível se observada a seguinte condição:
A) Rosana poderá indicar Carolina como administradora, mas somente poderá figurar em
uma única empresa dessa modalidade.
B) Rosana e Carolina poderão ser coproprietárias de todas as quotas, mas estas serão
indivisíveis em relação a EIRELI, salvo para efeito de transferência.
C) não será cabível a desconsideração da personalidade jurídica da EIRELI, diante da
limitação de responsabilidade de Carolina ao valor do capital social.
D) a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor, de que sejam
detentoras tanto Rosana quanto Carolina, vinculados à atividade profissional de ambas,
poderá ser atribuída à EIRELI constituída para a prestação de serviços.
#SouMaisEsfera
Capital Social:
O capital poderá ser representado em uma só cota, ou
fracionado desde que seja uma única pessoa, titular da
totalidade do capital.
i. Integralizado à vista;
ii. Não pode ser inferior a 100 x o salário mínimo vigente;

ENUNCIADO 4, I JD COMERCIAL CJF - Uma vez subscrito e


efetivamente integralizado, o capital da EIRELI não sofrerá
nenhuma influência decorrente de ulteriores alterações ao
salario mínimo.
ENUNCIADO 473, V JDV DO CJF - Art. 980-A, § 5º. A imagem, o
nome ou a voz não podem ser utilizados para a integralização do
capital da EIRELI.
#SouMaisEsfera
iii. Forma de integralização: com bens, cessão ou dinheiro.
Art. 1055 §1º,CC - Pela exata estimação de bens conferidos ao capital
social respondem solidariamente todos os sócios, até o prazo de
cinco anos da data do registro da sociedade. (Só não haverá
solidariedade).

Art. 1055,§2º, CC § 2o É vedada contribuição que consista em


prestação de serviços.
Se a integralização do capital social ocorrer com cessão de crédito,
não aplicamos o disposto no art. 296, CC, respondendo pela
solvência aquele que transfere o crédito. Art. 1.005, CC.

ENUNCIADO 473, V JDV DO CJF - Art. 980-A, § 5º. A imagem, o nome


ou a voz não podem ser utilizados para a integralização do capital da
EIRELI.
#SouMaisEsfera
Registro da EIRELI
• Depende do Objeto.
I) EMPRESÁRIA – RPEM – quando o objeto da atividade for
empresário
II) SIMPLES – RCPJ – Se a atividade não for empresária
(profissional intelectual – não constitui elemento de
empresa)

ENUNCIADO 471, V, JDC DO CJF - Os atos constitutivos da


EIRELI devem ser arquivados no registro competente, para fins
de aquisição de personalidade jurídica. A falta de
arquivamento ou de registro de alteração dos atos
constitutivos configura irregularidade superveniente.
#SouMaisEsfera
Questão FGV
XIX EXAME DA OAB
Xerxes constituiu uma Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) com
sede na zona rural do município de Vale Real para fabricação de laticínios, cuja matéria
prima será adquirida de produtores rurais da região ou de cooperativas de produtores
rurais. A pessoa jurídica será administrada por sua cunhada Ceres e seu instituidor
pretende adotar como nome empresarial a espécie denominação. Com base nessas
informações e na disciplina legal da EIRELI, assinale a afirmativa correta.
A) A administração da EIRELI deverá ser exercida em caráter privativo por Xerxes, que
poderá designar mandatário em ato separado.
B) Para a constituição da EIRELI não há capital mínimo, no entanto esse deve estar
previamente integralizado.
C) A EIRELI em questão adquire personalidade jurídica com a inscrição do ato de
constituição no Registro Público de Empresas Mercantis, a cargo das Juntas Comerciais.
D) A EIRELI deverá adotar firma como espécie de nome empresarial, formada pelo
patronímico do titular, acrescido do objeto da empresa e da expressão “EIRELI”.
#SouMaisEsfera

• Nome Empresarial: Firma ou denominação (+ expressão


“EIRELI”).
• Art. 980-A, CC § 1º O nome empresarial deverá ser formado
pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a
denominação social da empresa individual de
responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de
2011) (Vigência)
• A omissão do vocábulo “EIRELI”, acarretará a responsabilidade
ilimitada administrador que a empregou (art. 1.158, §3º, CC).
Exemplos de nome empresarial: a) Denominação -
Gastronomia sofisticada EIRELI; e b) Firma - R. Eckstein EIRELI.
#SouMaisEsfera

Enquadramento como ME OU EPP


• A EIRELI poderá ser enquadrada com ME (se o faturamento
bruto anual não for superior a R$360.000,00 (trezentos e
sessenta mil) ou EPP (se o faturamento bruto anual for
superior a R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil) mas
inferior a R$4.800.000,00 (quatro e seiscentos), devendo
essas expressões serem acrescidas ao final do nome
empresarial. Exemplos: a) Denominação - Gastronomia
sofisticada EIRELI EPP; e b) Firma - R. Eckstein EIRELI ME.
#SouMaisEsfera

As quotas poderão ser cedidas a uma única pessoa física.


• Art. 980-A, CC § 3º A empresa individual de responsabilidade
limitada também poderá resultar da concentração das quotas de
outra modalidade societária num único sócio,
independentemente das razões que motivaram tal
concentração. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
A cota poderá ser cedida ou penhorada em razão de dívidas do
instituidor. Na hipótese da cessão de cotas somente poderá ocorrer
se for realizada de forma integral (o valor de todo o capital social).
#SouMaisEsfera
Enunciado 470) - Art. 980-A. O patrimônio da empresa individual de
responsabilidade limitada responderá pelas dívidas da pessoa jurídica, não se
confundindo com o patrimônio da pessoa natural que a constitui, sem
prejuízo da aplicação do instituto da desconsideração da personalidade
jurídica.
O 980-A,§4º >> "§ 4º Somente o patrimônio social da empresa responderá
pelas dívidas da empresa individual de responsabilidade limitada, não se
confundindo em qualquer situação com o patrimônio da pessoa natural que a
constitui, conforme descrito em sua declaração anual de bens entregue ao
órgão competente."
• Razões de veto: "Não obstante o mérito da proposta, o dispositivo traz a
expressão 'em qualquer situação', que pode gerar divergências quanto à
aplicação das hipóteses gerais de desconsideração da personalidade
jurídica, previstas no art. 50 do Código Civil. Assim, e por força do § 6º do
projeto de lei, aplicar-se-á à EIRELI as regras da sociedade limitada, inclusive
quanto à separação do patrimônio."
• Responsabilidade da EIRELI ilimitada, já do Instituidor limitada.
#SouMaisEsfera
Responsabilidade
• A limitação da responsabilidade do instituidor irá ceder na
pratica de atos irregulares, caracterizada por violação da lei
(art. 1.080, CC) ou por abuso da personalidade jurídica (art.
50, CC), neste caso respondendo o instituidor pessoal e
ilimitadamente pela irregularidade que praticar através do
instituto da desconsideração da personalidade jurídica.
#SouMaisEsfera

§ 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de


responsabilidade limitada constituída para a prestação de
serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da
cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome,
marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica,
vinculados à atividade profissional. (Incluído pela Lei nº 12.441,
de 2011) (Vigência)
#SouMaisEsfera
Administrador da EIRELI
Posição majoritária: como a LTDA não pode ser administrada por PJ
(Art. 997, VI, CC), e a EIRELI rege-se pelas disposições relativas a LTDA
no que for omisso, não poderia uma PJ administrar EIRELI.

• Ainda reforçando esse entendimento o Art. 1062,§2, CC, que


menciona que o administrador deverá indicar o seu estado civil.
• IN 98/03DNRC – LTDA só pode ser administrada por pessoas
natural.
• Enunciado 66, 66 – Art. 1.062: a teor do § 2º do art. 1.062 do
Código Civil, o administrador só pode ser pessoa natural.
#SouMaisEsfera
Responsabilidade Pessoal do
Administrador

• O administrador que agir com dolo ou culpa no


desempenho de suas atribuições, com excesso de
poderes; em desacordo com o contrato social ou com a
lei responderá pessoalmente e de forma ilimitada pela
pratica de seus atos, por força do disposto nos arts. 1015,
III, CC e 1.016, CC.
#SouMaisEsfera
Questão FGV
XV EXAME DA OAB
Almino José consultou seu advogado com o intuito de constituir uma Empresa Individual
de Responsabilidade Limitada – EIRELI. Com base na legislação aplicável à EIRELI, assinale
a opção que apresenta a resposta correta dada pelo advogado.
A) O administrador da EIRELI deverá ser nomeado no ato constitutivo e será apenas o sócio,
seu cônjuge ou parente até o 3º grau dessas pessoas.
B) O ato constitutivo da EIRELI deverá ser arquivado no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,
independentemente do objeto.
C) As deliberações infringentes da lei que Almino José vier a tomar acarretarão sua
responsabilidade ilimitada pelas obrigações da pessoa jurídica.
D) Caso a receita bruta anual da EIRELI seja inferior a R$ 100.000,00 (cem mil reais), será
possível enquadrá-la como microempreendedor individual (MEI).
#SouMaisEsfera
Transformação da Sociedade em EIRELI ou
Empresário Individual
Art. 1033, CC - Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:
V - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento
e oitenta dias;
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV caso o sócio
remanescente, inclusive na hipótese de concentração de todas as cotas
da sociedade sob sua titularidade, requeira, no Registro Público de
Empresas Mercantis, a transformação do registro da sociedade para
empresário individual ou para empresa individual de responsabilidade
limitada, observado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115
deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência).
• Art, 980-A, §3º, CC
• ENUNCIADO 483, VJDC DO CJF -
• Cuidado: Observar o patrimônio mínimo.
#SouMaisEsfera
Registro
Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se
ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas
Comerciais e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas
Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele
registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de
sociedade empresária.
#SouMaisEsfera
Obrigatoriedade do Registro

Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro


Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do
início de sua atividade.
#SouMaisEsfera
Atividade Rural
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal
profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art.
968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de
Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de
inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário
sujeito a registro.

Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de


atividade própria de empresário rural e seja constituída, ou
transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade
empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer
inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede,
caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os
efeitos, à sociedade empresária.
#SouMaisEsfera
Natureza Jurídica do Registro
• Registro não é constitutivo para fins da caracterização como
empresário:
Enunciado 199, III, JDC
• A inscrição do empresário ou sociedade empresária é requisito
delineador de sua regularidade, e não de sua caracterização.
• Enunciado: 198, II, JDC
• A inscrição do empresário na Junta Comercial não é requisito
para a sua caracterização, admitindo-se o exercício da empresa
sem tal providência. O empresário irregular reúne os requisitos
do art. 966, sujeitando-se às normas do Código Civil e da
legislação comercial, salvo naquilo em que forem incompatíveis
com a sua condição ou diante de expressa disposição em
contrário.
#SouMaisEsfera

• O registro do empresário está condicionado as


formalidades do art. 968, CC

§ 1o Com as indicações estabelecidas neste artigo, a


inscrição será tomada por termo no livro próprio do Registro
Público de Empresas Mercantis, e obedecerá a número de
ordem contínuo para todos os empresários inscritos.
§ 2o À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades,
serão averbadas quaisquer modificações nela ocorrentes.
#SouMaisEsfera
Filial, sucursal ou agência
Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em
lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas
Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da
inscrição originária.

Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do


estabelecimento secundário deverá ser averbada no Registro
Público de Empresas Mercantis da respectiva sede.
#SouMaisEsfera
Lei 8.934/94
Lei de Registro Público de Empresa Mercantil

Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins,


subordinado às normas gerais prescritas nesta lei, será
exercido em todo o território nacional, de forma sistêmica,
por órgãos federais e estaduais, com as seguintes finalidades:
#SouMaisEsfera
Finalidades
I - dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia
aos atos jurídicos das empresas mercantis, submetidos a registro
na forma desta lei;
II - cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em
funcionamento no País e manter atualizadas as informações
pertinentes;
III - proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio,
bem como ao seu cancelamento.
#SouMaisEsfera
SIREM - Sistema de Registro de Empresa
Mercantil
• Os serviços do Registro Público de Empresas Mercantis e
Atividades Afins serão exercidos, em todo o território nacional,
de maneira uniforme, harmônica e interdependente pelo SIREM,
composto pelos seguintes órgãos:
#SouMaisEsfera

SIREM

JUNTAS
DNRC - DREI COMERCIAIS

FUNÇÕES:
ÓRGÃOS LOCAIS
supervisora, orientadora,
FUNÇÕES:
coordenadora e normativa, no
Executora e Administradora dos
plano técnico; e supletiva, no plano
serviços de registro
administrativo;
#SouMaisEsfera

Atenção:

O DNRC foi substituído pelo DREI – Departamento de Registro


Empresarial e Integração – Disciplinado pelo Decreto 8.001/13
(integra a estrutura da secretaria da Micro e Pequena Empresa).
#SouMaisEsfera

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

Subordinação -
Administrativamente ao

SIREM governo da unidade


federativa de sua
jurisdição

JUNTAS
DNRC - DREI Subordinação tecnicamente
COMERCIAIS –
Art. 4, LR Art. 9, LR

OBS: A Junta Comercial do Distrito Federal é subordinada administrativa e tecnicamente ao DNRC.


#SouMaisEsfera
Atos Praticados pela Junta

Matricula:
I - a matrícula e seu cancelamento: dos leiloeiros, tradutores
públicos e intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores
de armazéns-gerais;
(profissionais específicos – auxiliares do comércio).
#SouMaisEsfera

II - O arquivamento:
a) dos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e
extinção de firmas mercantis individuais, sociedades mercantis e
cooperativas;
b) dos atos relativos a consórcio e grupo de sociedade de que trata
a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976;
c) dos atos concernentes a empresas mercantis estrangeiras
autorizadas a funcionar no Brasil;
d) das declarações de microempresa;
e) de atos ou documentos que, por determinação legal, sejam
atribuídos ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades
Afins ou daqueles que possam interessar ao empresário e às
empresas mercantis;
#SouMaisEsfera

Registro das Cooperativas:

Enunciado 69, I, JDC - As sociedades cooperativas são


sociedades simples sujeitas à inscrição nas juntas comerciais.

Art. 982, § único, CC - Independentemente de seu objeto,


considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a
cooperativa.
#SouMaisEsfera

Autenticação:
III - a autenticação dos instrumentos de escrituração das
empresas mercantis registradas e dos agentes auxiliares do
comércio, na forma de lei própria.

Exemplos: livros e fichas escriturais


#SouMaisEsfera
Escrituração do Empresário

Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a


seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base
na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a
documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço
patrimonial e o de resultado econômico.

• Escrituração contábil: periódico


• Balanços financeiros: patrimonial e de resultado
#SouMaisEsfera
Escrituração Irregular - Crime
Art. 178. Deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois
da sentença que decretar a falência, conceder a recuperação judicial
ou homologar o plano de recuperação extrajudicial, os documentos
de escrituração contábil obrigatórios:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa, se o fato não
constitui crime mais grave.

Art. 180. A sentença que decreta a falência, concede a recuperação


judicial ou concede a recuperação extrajudicial de que trata o art.
163 desta Lei é condição objetiva de punibilidade das infrações
penais descritas nesta Lei.
#SouMaisEsfera
Contabilista habilitado:
Art. 1.182. Sem prejuízo do disposto no art. 1.174, a escrituração
ficará sob a responsabilidade de contabilista legalmente
habilitado, salvo se nenhum houver na localidade.
#SouMaisEsfera

LIVROS

OBRIGATÓRIOS ESPECIAIS

Art. 19. A adoção do regime de vendas de que trata o art.


2º desta Lei obriga o vendedor a ter e a escriturar o Livro
Art. 1.180. Além dos demais livros de Registro de Duplicatas.
exigidos por lei, é indispensável o
Diário, que pode ser substituído Art. 100. I – o livro de Registro de Ações Nominativas,
por fichas no caso de escrituração para inscrição, anotação ou averbação; IV - o livro de Atas
mecanizada ou eletrônica. das Assembleias Gerais; V - o livro de Presença dos
Atenção: Art. 1.180, §único e Art. Acionistas;
1185, CC Art. 7 - as empresas de armazéns gerais são obrigadas a
ter, revestidos das formalidades do art. 13 do mesmo
Código, e escriturado rigorosamente dia a dia, um livro de
entrada e saída de mercadorias - Dec. Lei 1.102/1903
#SouMaisEsfera

LIVROS

Facultativos:

• Borrador – rascunho do diário


• Caixa – entrada e saída (R$)
• Conta corrente – contas individualizadas de clientes ou
fornecedores.
• Estoque e Razão – movimento das mercadorias
#SouMaisEsfera
Microempresários e
Empresários de Pequeno Porte
Art. 1170 § 2o É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a
que se refere o art. 970.
Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao
empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí
decorrentes.
Art. 68. Considera-se pequeno empresário, para efeito de aplicação do disposto
nos arts. 970 e 1.179 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), o
empresário individual caracterizado como microempresa na forma desta Lei
Complementar que aufira receita bruta anual até o limite previsto no § 1o do art.
18-A (R$81.000,00).

#SouMaisEsfera
Sigilo
Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma
autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou
ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade
empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as
formalidades prescritas em lei.
Art. 1193. não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício
da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das
respectivas leis especiais.
Súmula 493, STF - Estão sujeitos à fiscalização tributária ou
previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos
pontos objeto da investigação.
Súmula 390, STF: A exibição judicial de livros comerciais pode ser
requerida como medida preventiva.
#SouMaisEsfera
EXIBIÇÃO POR DETERMINAÇÃO JUDICIAL
TOTAL - pelo juiz ou a requerimento da parte: PARCIAL - ofício ou a requerimento da parte

Art. 420, CPC - o Juiz poderá ordenar a exibição dos Art. 421. O juiz pode, de ofício, ordenar à parte a
livros I - na liquidação de sociedade; II - na sucessão exibição parcial dos livros e dos documentos,
por morte de sócio; III - quando e como determinar extraindo-se deles a suma que interessar ao litígio,
a lei bem como reproduções autenticadas.

Art. 105, LSA - a exibição total dos livros pode ser


determinada pelo juiz quando houver requerimento
do acionista.

Art. 1.191, CC - O juiz só poderá autorizar a exibição Art. 1.191, §1o O juiz ou tribunal que conhecer de
integral dos livros e papéis de escrituração quando medida cautelar ou de ação pode, a requerimento
necessária para resolver questões relativas a ou de ofício, ordenar que os livros de qualquer das
sucessão, comunhão ou sociedade, administração partes, ou de ambas, sejam examinados na
ou gestão à conta de outrem, ou em caso de presença do empresário ou da sociedade
falência. empresária a que pertencerem, ou de pessoas por
estes nomeadas, para deles se extrair o que
interessar à questão.
#SouMaisEsfera
Prepostos
Tem poderes de representação – PODERES PESSOAIS E
INTRENSFERÍVEIS - não podendo substituir o desempenho de sua
preposição sem a autorização, sob pena de responder pessoalmente
pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas.

Proibição de fazer concorrência, ainda que indireta, salvo se houver


autorização expressa, sob pena de responderem por perdas e dano
(art. 1170, CC).

Os preponentes são responsáveis perante terceiros pelos atos


praticados por seus prepostos.

Os prepostos são pessoalmente responsáveis perante os


proponentes pelos ato praticados culposamente e solidariamente
perante terceiros pelos atos praticados dolosamente.

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