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CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM – ES
2023
Fernando Vieira Raider
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM – ES
2023
Dedico este trabalho a minha família, a
começar pela minha esposa que durante
todo curso esteve participando direta ou
indiretamente, sempre me motivando e
contribuindo para meu desenvolvimento e
também a minha filha, muito carinhosa,
que compreendeu minha ausência nos
dias de curso.
AGRADECIMENTOS
Agradeço também meus colegas do curso que, durante estes 2 anos, me incentivaram
a concluir o curso e persistir até o final. Em especial, as colegas Maria Aparecida e
Dalvina que sempre conversavam comigo e não me deixaram desistir.
Agradeço a minha mãe, pela vida e por sempre me apoiar e incentivar a estudar.
Agradeço também a Agatha Rodrigues Vieira Raider, minha filha amada, por entender
que o papai precisava deixar de estar com ela durante alguns finais de semana para
poder estudar.
Por fim, agradeço ao SENAR por me conceder esta oportunidade, aos funcionários
pelo bom atendimento sempre prestado, aos professores pela parceria, especialmente
minha orientadora Thammyres Alves pela ajuda e paciência.
Por fim, agradeço aos proprietários Wildes Lipariza e Ednéa Rodrigues por me
concederem as entrevistas e autorizarem a publicação das informações ao meu
trabalho.
(Pitágoras)
RESUMO
Extensão Rural
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 10
2. DESENVOLVIMENTO 12
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 41
4. ANEXOS 42
5. REFERÊNCIAS 48
1. INTRODUÇÃO
A avaliação de fertilidade do solo é uma análise química dos diferentes aspectos que
influenciam no crescimento e desenvolvimento das plantas. Devido a este fato, a
análise do solo é a ferramenta mais importante para determinação destes fatores. Os
valores obtidos com a análise são indicadores para bons resultados das futuras
plantações, tendo em vista que, é através deles que se torna possível identificar as
variáveis em déficit para realizar as devidas correções, resultando numa boa produção
das lavouras.
Em suma, é através da análise de solo que o produtor terá uma orientação correta do
que utilizar de fertilizante no solo, quais nutrientes serão adequados e a sua
quantidade correta. No entanto, a resposta completa à pergunta está discorrida ao
longo desta produção.
11
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Produção de café no Brasil
Atualmente, como destaca a Embrapa (2023), a produção de café no Brasil ocupa 1,9
milhão de hectares das espécies Coffea arabica e Coffea canephora (robusta e
conilon). No qual o arábica ocupa o equivalente a 1,51 milhão de hectares, e o conilon
394,3 mil hectares, o que corresponde, respectivamente, a 79% e 21% da área em
produção da cafeicultura brasileira. Diante destes dados é possível constatar a
importância da produção de café e seu papel no desenvolvimento socioeconômico do
país.
Foi na região Sudeste, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais que
o plantio e a produção do café alcançou grandes proporções. A partir deste momento
o café passou a ser um dos principais produtos econômicos do Brasil, no entanto, seu
cultivo era apenas para consumo interno. Somente no final do século XVIII, com o
desarranjo na produção cafeeira do Haiti, que o café brasileiro passa a ter uma
importância comercial externa. Junto com o açúcar e o algodão, o café passa a ser a
base da economia e das exportações do país. Com a expansão do Sudeste para as
12
outras regiões, a diversidade na produção de café passou a ser uma das principais
características da cafeicultura brasileira. Devido a pluralidade dos solos, clima, altitude
e outros fatores, o Brasil é responsável pela produção de diversos tipos de grãos e
variadas qualidades de bebida. A cafeicultura está presente em regiões de montanhas,
planaltos, cerados, suporta o clima seco, resiste às temperaturas frias, pode ser
irrigada ou não e é cultivada desde pequenas a grandes propriedades. Essa
diversidade e variedade é possível, principalmente, pela expansão da área brasileira.
5,2%
9,3%
57,9%
20,7%
MG ES SP BA RO PR Outros
13
2.2. Elementos presentes no solo essenciais as plantas
De acordo com Brad e Weil (2013), o solo é responsável por diversas funções que
asseguram a sobrevivências das plantas. Através do processo de aeração do solo, é
possível as raízes obterem energia através da respiração, consumindo oxigênio (O2)
e liberando gás carbônico (CO2). Esses poros são importantes também para a
captação da água da chuva, que é absorvida pelas raízes, e sua capacidade de
retenção da água é essencial para a sobrevivências das plantas.
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De acordo com Batista et al. (2018) planta é composta por vários elementos. Mais de
96% em massa da composição elementar das plantas restringem-se a três elementos:
carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O), também conhecidos como elementos
essenciais não-minerais, pois os mesmos originam-se do ar atmosférico e da água
que as plantas absorvem principalmente via solo. Esses três elementos são
metabolizados pelas plantas pelo processo da fotossíntese. Os outros 4% da massa
das plantas são compostos por outros elementos conhecidos como elementos
essenciais minerais, a saber: o nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca),
magnésio (Mg), enxofre (S), boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês
(Mn), molibdênio (Mo), níquel (Ni) e zinco (Zn).
Desta forma, é fundamental para o crescimento das plantas que o solo seja fértil e
ofereça estes nutrientes em proporções adequadas à sua absorção.
Os elementos químicos que são considerados essenciais a vida das plantas estão
subdivididos na tabela a seguir.
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Os macronutrientes são os elementos N, P, K, Ca, Mg e S e os micronutrientes são B,
Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni e Zn. Os macronutrientes primários (N, P e K) são assim
chamados porque as plantas tendem a usar em maior quantidade e por se tornarem
deficientes mais rapidamente nos solos. Já os macronutrientes secundários (Ca, Mg
e S) são necessários em quantidades menores do que os primários e tornam-se
deficientes no solo mais lentamente. Porém, ambos são essenciais e eventualmente
essas regras podem ser quebradas (BATISTA et al., 2018).
Quando o solo não possui esses nutrientes nas quantidades devidas, se faz
necessária a complementação através de adubos e fertilizantes. Entretanto, essa
adição de adubos deve ser realizada de forma sustentável e nas quantidades corretas,
para que ocorra melhoria na qualidade das plantas, mantendo a preservação do meio
ambiente.
Segundo Brasil, Cravo e Veloso (2020) a análise de solo é a técnica mais utilizada no
Brasil para o diagnóstico da fertilidade do solo, cujo objetivo principal é a quantificação
de atributos que beneficiam ou prejudicam o desenvolvimento das plantas, bem como
a possibilidade de avaliar o nível de deficiência, excesso ou suficiência de nutrientes,
servindo de base para a recomendação de corretivos e fertilizantes para as culturas.
1) Amostragem do solo.
Todas essas etapas possuem seu nível de importância e devem ser conduzidas dentro
de critérios pré-estabelecidos. Entretanto, a retirada da amostra de solo no campo é
a etapa mais crítica e determinante para uma boa avaliação da fertilidade do solo.
Pois deve-se considerar que os solos são sistemas heterogêneos e que possuem uma
grande variação nas propriedades químicas, mesmo em áreas aparentemente
uniformes. Por essa razão, a amostragem do solo é responsável pela maior parte dos
erros do processo, se não realizada de forma adequada. (BRASIL; CRAVO; VELOSO,
2020)
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na amostragem podem comprometer o que é observado na lâmina e podem levar a
conclusões errôneas sobre o material estudado.
Veremos a seguir como ocorre cada uma das etapas de uma análise de solo.
Portanto, conforme descrito por Prezotti e Martins (2013), para que a amostra seja
representativa, é necessário seguir as seguintes etapas:
18
Figura 2 . Representação esquemática da divisão em talhões
homogêneos
19
para balancear precisão e gasto de mão de obra, geralmente recomenda-se a coleta
de aproximadamente 20 amostras simples, caso se utilize o enxadão ou trado, e 30
amostras simples, caso se utilize a sonda. O número de amostras simples coletadas
com a sonda é maior em razão do menor volume de solo obtido com essa ferramenta.
5) Na área a ser amostrada, realizar a coleta das amostras simples em zig-zag, nas
profundidades de interesse: 0 a 20 cm, 20 a 40 cm; 40 a 60 cm etc. Amostras coletadas
em faixas de profundidades intermediárias, como, por exemplo, 0 a 5 cm, 5 a 10 cm,
0 a 10 cm, geram valores que não podem ser interpretados com base nas classes de
disponibilidade de nutrientes disponíveis na literatura, uma vez que a maioria das
faixas de disponibilidade de nutrientes foram determinadas para a profundidade de 0
a 20 cm. Análises em profundidades intermediárias são realizadas somente para
objetivos específicos.
6) Em áreas cultivadas com culturas perenes, realizar a coleta das amostras simples
sob a copa das plantas, no local de aplicação dos fertilizantes. Em períodos mais
prolongados, recomenda-se também, para o caso de culturas perenes, a coleta de
amostras nas entrelinhas, para avaliação dos teores de nutrientes e de características
relacionadas à acidez. Assim, devem ser enviadas duas amostras compostas para o
laboratório: uma formada por amostras simples, coletadas sob a copa das plantas, e
outra formada por amostras simples coletadas na entrelinha.
20
7) Reunir todas as amostras simples em um recipiente limpo, de preferência de
plástico. Posteriormente, em uma lona plástica, fazer boa mistura de todo o conjunto
de amostras simples, destorroando o solo. Deixar secar à sombra. Retirar
aproximadamente 300 g dessa mistura, colocar em um saco plástico limpo, fazer a
identificação e enviar para o laboratório.
Segundo descreve Prezotti e Martins (2013), a análise química do solo tem por
princípio a determinação dos teores de nutrientes e de características que podem
influenciar a disponibilidade desses nutrientes para as plantas. Ela é composta por
duas etapas principais: extração e quantificação. Na etapa de extração, são utilizadas
soluções químicas, denominadas “extratores”, que tentam simular a absorção dos
nutrientes pelas plantas. Nesta etapa, um determinado volume do extrator é agitado
com um definido volume de solo, deslocando os nutrientes da fase sólida para a fase
líquida (solução de equilíbrio). Na etapa de quantificação, são determinados os teores
dos elementos na solução de equilíbrio, por meio de aparelhos, como o
espectrofotômetro de absorção atômica, que permite quantificar os elementos: K, Na,
Ca, Mg, Zn, Cu, Fe, Mn, Pb, Cd, Cr, Ni etc. A quantificação de P, B e S é realizada em
espectrofotômetro UV/Visível (colorímetro), o Al por titulometria e o pH é determinado
em potenciômetro.
21
clorídrico (0,0125 mol/L de H2 SO4 e 0,05 mol/L de HCl). (PREZOTTI; MARTINS,
2013)
22
Embora essa metodologia de recomendação ainda seja bastante utilizada, questões
de ordem econômica e ambiental sobre sua viabilidade têm sido discutidas. Portanto,
a recomendação mais utilizada é a do nível de suficiência, que presume o fato da
existência de um nível que pode ser mensurado através da realização da análise de
solo, chamado de nível crítico, que está abaixo do qual respostas à adição de
fertilizantes são esperadas e acima do qual essas respostas são pouco prováveis.
Nesse procedimento, os nutrientes são recomendados quando seus valores,
encontram-se abaixo do nível crítico, definido pelo método analítico, e as aplicações
são feitas proporcionalmente para cada classe.
Como o potencial de resposta pode variar em função de vários fatores (solo, clima,
cultura, variedades, produção esperada, nível de manejo etc.), tabelas regionais de
interpretação dos teores de nutrientes a partir da análise de solo têm sido elaboradas
para dar suporte às recomendações de adubação em diversos estados do País.
Acidez ativa – pH
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positiva (K+, Mg++, Ca++ etc.), liberam H+ das raízes para a solução do solo, o que
reduz o pH.
O nitrogênio (N) é um elemento essencial para o crescimento das plantas, pois faz
parte de cada célula viva delas. Elas exigem grandes quantidades deste nutriente.
Fósforo
O fósforo (P) é essencial para o crescimento das plantas e nenhum outro nutriente
pode substituí-lo. A planta precisa do fósforo para completar seu ciclo normal de
produção.
O teor de fósforo no solo é estimado pelo extrator Mehlich-1 que é uma mistura dos
ácidos sulfúrico e clorídrico e a interpretação dos teores de fósforo no solo tem que
levar em consideração o teor de argila, pois o extrator Mehlich-1 é sensível ao teor de
argila. Isso significa que em solos arenosos o nível crítico (valor acima do qual a
probabilidade de resposta é baixa) é mais alto que em solos argilosos. Em solos
argilosos, como o poder tampão é mais alto, o extrator é consumido e a capacidade
de extrair fósforo diminui.
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As classes de interpretação de P, para fins de recomendação de adubação fosfatada,
encontram-se na Tabela 4.
Disponibilidade de P (mg/dm³)(1)
Textura/Teor de
argila (%)
Baixa Média Alta Muito Alta
Potássio
O teor de potássio no solo pode ser elevado com a aplicação de adubos contendo o
nutriente. No Brasil, a fonte mais comum é o cloreto de potássio.
As classes de disponibilidade de potássio (K) foram definidas com base nos teores de
K disponíveis no solo, determinados pelo extrator Mehlich 1 e em relação às respostas
das culturas ao nutriente (Tabela 5).
Disponibilidade de K (mg/dm³)(1)
≤ 40 41 – 60 61 – 90 > 90
(1) Extrator Mehlich 1
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Cálcio, magnésio, enxofre e alumínio
As classes de teores para cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+), enxofre (S) e alumínio (Al3+)
foram estabelecidas com base nos critérios de interpretação adotados no Laboratório
de Solos da Embrapa Amazônia Oriental e em informações existentes na literatura.
O teor de alumínio na forma iônica Al3+, também denominada acidez trocável, pode
ser tóxico às plantas. Todos os solos contêm alumínio em diversas formas ou
compostos, sendo o seu teor total praticamente constante. O que varia são as formas
em que o alumínio se encontra.
Micronutrientes
Para cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn) e zinco (Zn) disponível, as classes de
teores foram estabelecidas baseadas em informações existentes na literatura e de
acordo com os teores extraídos do solo pelo extrator Mehlich 1, enquanto para o boro
(B) disponível, foi considerado o método de extração com água quente.
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Tabela 7 . Classes de interpretação da disponibilidade para boro, cobre, ferro,
manganês e zinco
Disponibilidade de micronutrientes (mg/dm³)
Nutrientes
Baixa Média Alta
Boro < 0,35 0,35 – 0,90 > 0,90
Cobre < 0,70 0,70 – 1,80 > 1,8
Ferro < 18 18 – 45 > 45
Manganês <5 5 – 12 > 12
Zinco < 0,9 0,9 – 2,2 > 2,2
Fonte: Adaptado de Lopes (1999) e Ribeiro et al. (1999)
Segundo Resende et al., (2007), a análise do solo é fundamental para o produtor pelo
fato de identificar como se encontra as condições do solo, mensurando a quantidade
dos nutrientes, água, entre outras. Avaliando também a necessidade de gesso e
calcário, além de identificar quais são os teores de nutrientes do solo para que seja
aplicado a quantidade necessária para a planta se desenvolver. Portanto, a análise de
solo visa garantir a qualidade do desenvolvimento da planta de uma forma que
apresente a necessidade de adubação adequada para isso.
Essas análises podem ser realizadas anualmente ou até mesmo a cada cinco anos,
dependendo do tipo de cultivo e do andamento de produtividade do solo, as amostras
devem ser coletas antes do plantio e até mesmo antes de revolver o solo, para que
seja analisado uma amostragem adequada.
Resende et al., (2007), retrata que os principais benefícios da análise de solo são
elevar a produtividade, elevar a eficiência do solo e da planta com as recomendações
adequadas de adubação após a análise de solo, manejar a adubação de forma correta
realizando com isso uma agricultura de precisão baseando-se nos talhões que as
28
amostras foram coletadas e com isso otimizando mais o tempo e redução dos custos
e desperdícios de adubação.
Hoje, já sabemos o quanto culturas como soja, milho e algodão exportam nutrientes
do solo e, com esse conhecimento prévio, é possível desenvolver recomendações de
fertilizantes adaptadas às necessidades específicas das culturas. Com isso,
elaboramos este artigo para auxiliar os agricultores a implementarem as 31
recomendações de adubação, pois esta é essencial no processo de cultivo de suas
lavouras (BUCK, 2015).
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micronutrientes são necessários para o desenvolvimento normal das plantas e a
formação de flores e frutos saudáveis (BRADY; WEIL, 2013).
O contato entre esses íons e as raízes das plantas ocorre através do fluxo de massa
junto com a água que flui do solo para as raízes. Certas formas de aminoácidos
também podem ser absorvidas, mas são raras porque raramente existem na forma
livre no solo. Após entrar no citosol, a forma N é reduzida a nitrito (NO2 - ), que é então
convertido em NH4 + no plastídio, que é então incorporado em estruturas de
aminoácidos e metabólitos (VAN LIER, 2010).
Enquanto isso, em alguns casos, NO3- e NH4+ podem ser transportados para o
vacúolo para reduzir ou redistribuir para as partes aéreas das plantas. A quantidade
de N requerida por uma planta não é estática durante seu ciclo. Em geral, durante a
fase vegetativa, as exigências aumentam gradativamente até o pico da floração e
diminuem durante as fases de desenvolvimento mais avançadas (PAULETTI; MOTTA,
2017).
O fósforo atinge as raízes das plantas principalmente por difusão, por isso é
importante aplicar fertilizantes fosfatados próximos às raízes. Alguns autores relatam
que a movimentação do fósforo no solo é de apenas 1 mm a 2 mm, o que limita/impede
a aplicação superficial (VAN LIER, 2010).
O sulfato de potássio (K2SO4) também é uma fonte comum, com 48% de K2O e 15%
de S. Devido ao seu teor de cloro inferior a 2,5%, este fertilizante é utilizado em
culturas sensíveis ao Cl, como tabaco e batata, além de fornecer S, um
macronutriente. O sulfato de potássio e magnésio (K2SO4.2MgSO4) é uma ótima
fonte de alguns nutrientes e contém 18% de K2O, 4,5% de Mg e 22% a 24% de S. É
uma fonte de potássio e magnésio solúvel em água, para deficiência de magnésio
e/ou enxofre.
33
saudável, ela precisa de elementos básicos (CARDOSO; FERNANDES;
FERNANDES, 2009).
Segundo Malavolta (2006), a análise de solo mais comum de ser realizada pelos
produtores são: análise química básica que é a consiste em saber sobre a integridade
em relação ao manejo do solo, apresentando somente dados de macronutrientes. A
análise química completa que apresenta os dados químico e físico do solo expondo
os macronutrientes e micronutrientes presentes no solo. E por fim a análise
granulométrica que determina os teores de silte, areia e argila que estão presentes no
solo.
35
Calagem: Inclui a adição de calcário ou cal virgem ao solo para elevar o pH, reduzir
os níveis de AL³ trocável e fornecer macronutrientes como cálcio e magnésio para o
desenvolvimento das plantas.
Dessa forma, pode atingir profundidades maiores do que alguns nutrientes fornecidos
pela cal e atuar como um condicionador que beneficia as propriedades físicas, físico-
químicas ou a atividade biológica do solo (BUCK, 2015).
Foi realizada a aplicação de questionário em duas propriedades que tem o café como
principal atividade de produção e estão localizadas na cidade de Guaçuí/ES. As
respostas podem ser verificadas na sua totalidade consultando os Anexos 4.1 e 4.2.
O produtor relatou que recebe assistência e venda dos produtos necessários para
produção do café, principalmente, da cooperativa Coocafé, pelo fato de ser cooperado
da mesma.
Ele relatou que realiza a análise de solo uma vez ao ano. Entretanto, em algumas
lavouras não realiza a análise periodicamente. Disse que, sempre segue o que foi
indicado pela análise e que é perceptível a economia com o gasto de fertilizantes no
momento da adubação.
O produtor disse que além de produzir em grande quantidade e com os grãos de café
graúdos, as lavouras ficam visualmente mais bonitas, com tons escuros nas folhas,
conforme pode ser visto nas fotos a seguir.
Por fim, relatou não ter dificuldade na realização da análise de solo e que acredita
muito no resultado obtido com o acompanhamento da nutrição do solo.
37
38
Partindo para as respostas obtidas no questionário realizado à produtora Sra. Ednéa,
foi possível identificar que ela não realiza o mesmo acompanhamento que o Sr.
Wildes.
Ela relatou que não foi realizada análise para o plantio do café, e que apenas comprou
o adubo de plantio e calcário para serem misturados a terra das covas no momento
do plantio.
A produtora afirmou não realizar análise no solo, mas que tem intenção de realizar.
Disse acreditar na real importância da realização da análise, pois é nota o resultado
do acompanhamento nas lavouras do sítio vizinho.
39
40
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
É preciso destacar também que o solo sofre um esgotamento natural dos elementos
químicos necessários ao bom desenvolvimento das plantas. Pois a capacidade do
solo de fornecer esses nutrientes às plantas é variável, o que afeta diretamente na
produção das plantas. Diante disto, é indiscutível que a análise seja realizada a fim de
manter equilibrado estes nutrientes. Por consequência, as plantas podem atingir seu
potencial máximo de produtividade, o que reafirma a importância da complementação
desses nutrientes através da adubação.
41
4. ANEXOS
4.1. Anexo 1 – Questionário proprietário Wildes
3 – Qual espaçamento utilizado para o plantio do café? Nas áreas mais antigas o
espaçamento utilizado foi de 3 metros de corredor por 1,5 metro de pé a pé. As novas
lavouras estão sendo plantadas de acordo com relevo da propriedade, mantendo a
distância de 2,5x1 metro e 3x1 metro.
5 – Para realizar o plantio da lavoura de café foi realizada análise do solo? Não
foi realizada.
42
8 – Você cumpre e oferece à lavoura os nutrientes identificados com valores
baixos na análise? Sim, sigo o que foi pedido pela análise de solo e é perceptível a
economia quando é seguindo as indicações da análise.
Observações:
__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
43
4.2. Anexo 1 – Questionário proprietária Ednéa
3 – Qual espaçamento utilizado para o plantio do café? O café foi plantado pelo
meu pai, seguindo um espaçamento de 2,5 metros de beco por 1,20 metro de pé a
pé. E há 2 anos foi feito o plantio de 3000 mil mudas com espaçamento de 3x0,8
metros.
5 – Para realizar o plantio da lavoura de café foi realizada análise do solo? Não
foi realizada análise para o plantio do café, apenas compra do adubo de plantio e
calcário para serem misturados a terra das covas no momento do plantio.
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9 – Você observa diferença na produção quando seguidas as indicações da
análise de solo? Se sim, quais? Não observo diferença, pois ainda não realizo a
análise nas minhas lavouras.
Observações:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
45
4.3. Anexo 1 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário(a), em uma pesquisa cientifica.
Caso você não queira participar, não há problema algum. Você não precisa me explicar por que, e não
haverá nenhum tipo de punição por isso. Você tem todo o direito de não querer participar do estudo,
basta selecionar a opção correspondente mencionada na página inicial.
Para confirmar sua participação você precisará ler todo este documento e depois, na página inicial
selecionar a opção correspondente.
Este documento se chama TCLE (Termo de Consentimento livre e esclarecido). Nele estão contidas as
principais informações sobre o estudo, objetivos, metodologias, riscos e benefícios, dentre outras
informações.
Para ter uma cópia deste TCLE você deverá imprimi-lo, ou deverá gerar uma cópia em PDF para
guardá-lo em seu computador. Você também poderá solicitar aos pesquisadores do estudo uma versão
deste documento a qualquer momento por um dos e-mails registrados no final deste termo.
A pesquisa será realizada por meio de um questionário fisico, constituído por “11” perguntas. Estima-
se que você precisará de aproximadamente “30 a 60 minutos”. A precisão de suas respostas é
determinante para a qualidade da pesquisa.
O pesquisador poderá coletar dados diversos para subsidiar sua pesquisa, como fotos, vídeos,
gravação de áudio, inclusive de áudio ambiente, dados da propriedade, como procedimentos internos
de cultivo e produção, Wildes Lipariz Amorim CPF: 102.733.687-61 RG: 1924427 SSP ES TEL: 28-
999856649, END: Prox. Cachoeira tremedeira SN, zona rural, Guaçuí/ES.
O questionário estará disponível para ser respondido entre os dias 01/09 e 3110 de 2023.
Você não será remunerado, visto que sua participação nesta pesquisa é de caráter voluntária. Caso
decida desistir da pesquisa você poderá interromper o questionário e sair do estudo a qualquer
momento, sem nenhuma restrição ou punição.
46
DA PROTEÇÃO DE DADOS E ANONIMIZAÇÃO
É garantido a você o direito de retificação e exclusão dos dados pessoais fornecidos, mediante sua
participação no estudo, que deve ser efetuado mediante envio de e-mail pelo canal:
privacidade@senar-es.org.br.
Esta pesquisa foi aprovada pelo SENAR AR/-ES. Caso persistam dúvidas sobre o estudo, ou em caso
de denúncias e/ou sugestões, estaremos disponíveis para atender você no endereço constante no
rodapé do presente termo, no horário das 08h às 17h00, de segunda a sexta.
Para contatar um dos pesquisadores da pesquisa, você poderá encaminhar um e-mail, ligar ou mandar
mensagem pelo WhatsApp para eles a qualquer momento:
CONSENTIMENTO DE PARTICIPAÇÃO
Fui informado também que devo imprimir ou gerar um PDF do TCLE para ter a minha cópia do TCLE e
que posso solicitar uma versão dele via e-mail para os pesquisadores.
Guaçui-ES 31/10/2023.
Assinatura:
CPF: 102.733.687-61
47
5. REFERÊNCIAS
BATISTA, M. A.; INOUE, T. T.; ESPER NETO, M.; MUNIZ, A. S. Princípios de fertilidade
do solo, adubação e nutrição mineral. In: BRANDÃO FILHO, J. U. T.; FREITAS, P. S.
L.; BERIAN, L. O. S.; GOTO, R. Hortaliças-fruto [online]. Maringá, PR: EDUEM Editora
da Universidade Estadual de Maringá, 2018.
BRASIL, E.C.; CRAVO, M.S.; VELOSO, C.A.A. Amostragem de solo. In: BRASIL, E.C.;
CRAVO, M. da S.; VIEGAS, I, de I. (Ed). Recomendações de calagem e adubação
para o estado do Pará. 2. ed. rev. e atual. Brasília, DF: Embrapa, 2020.
CAVATON, T.; DINIZ, A. J. Produção dos Cafés do Brasil ocupa 1,9 milhão de hectares
em 2023. Embrapa, 29 de jun. de 2023. Sumário Executivo Café Embrapa, 2023.
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2023#:~:text=produ%C3%A7%C3%A3o%20no%20Pa%C3%ADs-
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. Acesso em: 18 de set. de 2023.
48
FURTINI NETO, A. E.; VALE, F. R.; RESENDE, A. V.; GUILHERME, L. R. G.;
GUEDES, G. A. A. Fertilidade do solo. 2001. Trabalho de conclusão de curso
(Especialização em Solos e Meio Ambiente) – Fundação de Apoio ao Ensino,
Pesquisa e Extensão, Universidade Federal de Lavras, Lavras.
SOBRAL, L. F.; BARRETTO, M. C. de V.; SILVA, A. J.; ANJOS, J. L. Guia prático para
interpretação de resultados de análises de solos. Aracaju, SE: Embrapa Tabuleiros
Costeiros, 2015.
VAN LIER, Q. J. et al. Física do solo. Viçosa, MG: SBCS Sociedade Brasileira de
Ciência do Solo, 2010.
VIERO, F. et al. Redução de perdas de nitrogênio por volatilização pelo uso de inibidor
de urease e manejo da irrigação em milho. Informações Agronômicas n. 139.
Piracicaba, SP: IPNI International Plant Nutrition Institute, 2012.
50