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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL

POLO DE APOIO PRESENCIAL DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM


CURSO TÉCNICO EM AGRONEGÓCIO

FERNANDO VIEIRA RAIDER

A IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DA ANÁLISE DE SOLO


NA PRODUÇÃO DE CAFÉ

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM – ES
2023
Fernando Vieira Raider

A IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DA ANÁLISE DE SOLO


NA PRODUÇÃO DE CAFÉ

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
(SENAR) como parte dos requisitos exigidos
para a obtenção de habilitação Técnica em
Agronegócio.

Tutor orientador presencial: Thammyres de


Assis Alves

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM – ES
2023
Dedico este trabalho a minha família, a
começar pela minha esposa que durante
todo curso esteve participando direta ou
indiretamente, sempre me motivando e
contribuindo para meu desenvolvimento e
também a minha filha, muito carinhosa,
que compreendeu minha ausência nos
dias de curso.
AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus por me abençoar durante todo período de


realização do curso, principalmente me guardando nas idas e vindas na estrada.

Agradeço também meus colegas do curso que, durante estes 2 anos, me incentivaram
a concluir o curso e persistir até o final. Em especial, as colegas Maria Aparecida e
Dalvina que sempre conversavam comigo e não me deixaram desistir.

Agradeço a minha mãe, pela vida e por sempre me apoiar e incentivar a estudar.

Agradeço a Amanda Rodrigues da Silva, companheira de longa data, que sempre me


deu forças para estudar, apoiando, orientando e nunca deixou de me ajudar quando
precisei durante este curso.

Agradeço também a Agatha Rodrigues Vieira Raider, minha filha amada, por entender
que o papai precisava deixar de estar com ela durante alguns finais de semana para
poder estudar.

Por fim, agradeço ao SENAR por me conceder esta oportunidade, aos funcionários
pelo bom atendimento sempre prestado, aos professores pela parceria, especialmente
minha orientadora Thammyres Alves pela ajuda e paciência.

Por fim, agradeço aos proprietários Wildes Lipariza e Ednéa Rodrigues por me
concederem as entrevistas e autorizarem a publicação das informações ao meu
trabalho.

Muito obrigado a todos!


“O universo é uma harmonia de contrários.”

(Pitágoras)
RESUMO

O presente trabalho tem como principal objetivo demonstrar a importância da


realização da análise de solo na cafeicultura. Pois, é através da análise que se torna
possível garantir o balanceamento dos nutrientes presentes no solo, um bom
desenvolvimento da planta e, por consequência, uma excelente colheita. Para
realização deste estudo foi destacada a produção de café, tendo em vista que o Brasil
é o maior produtor mundial de café. Ao longo do trabalho, será evidenciado que
através da análise é possível a realização das correções do solo de forma adequada,
pois ela contempla as informações dos elementos presentes nele, tornando possível
identificar aqueles com carência, para indicação da adubação necessária para tal
correção. Outros pontos que afirmam a importância da análise são: baixo custo
operacional para ser realizada; economia com fertilizantes para a plantação, evitando
o desperdício e excesso no uso do adubo; economia com o gasto na adubação; o
aumento da produtividade, mediante o fato do solo oferecer a quantidade adequada
de nutrientes às plantas; e, principalmente, minimizar danos ao meio ambiente,
evitando a contaminação das águas por excesso de fertilizantes. Também será
abordado o significado da análise do solo, os elementos essenciais para o
crescimento das plantas, as recomendações comumente usadas para melhor
desempenho da planta e do solo. Este trabalho é uma revisão bibliográfica sobre a
importância da análise do solo na cultura do café, baseada em livros, dissertações,
artigos científicos, manuais e estudos dos órgãos competentes.

Palavras-chave: análise; solo; cafeicultura; macronutrientes; micronutrientes.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Elementos essenciais as plantas 14

Figura 2 – Representação esquemática da divisão em talhões 19


homogêneos

Figura 3 – Equipamentos utilizados para coleta de solo 19


LISTA DE SIGLAS

SENAR Serviço Nacional de Aprendizagem Rural

Embrapa Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Incaper Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e

Extensão Rural
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 10

2. DESENVOLVIMENTO 12

2.1. Produção de café no Brasil 12

2.2. Elementos presentes no solo essenciais as plantas 14

2.3. O que é uma Análise de Solo? 16

2.3.1. Amostragem do Solo 18

2.3.2. Análise química da amostra 21

2.3.3. Interpretação dos resultados da análise do solo 22

2.4. Importância de realizar a Análise do solo 28

2.5. Nutrientes usados para adubação 29

2.6. Importância de realizar a adubação 33

2.7. Análise da pesquisa realizada 36

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 41

4. ANEXOS 42

4.1. Anexo 1 – Questionário proprietário Wildes 42

4.2. Anexo 1 – Questionário proprietária Ednéa 44

4.3. Anexo 1 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 46

5. REFERÊNCIAS 48
1. INTRODUÇÃO

A avaliação de fertilidade do solo é uma análise química dos diferentes aspectos que
influenciam no crescimento e desenvolvimento das plantas. Devido a este fato, a
análise do solo é a ferramenta mais importante para determinação destes fatores. Os
valores obtidos com a análise são indicadores para bons resultados das futuras
plantações, tendo em vista que, é através deles que se torna possível identificar as
variáveis em déficit para realizar as devidas correções, resultando numa boa produção
das lavouras.

Para uma nutrição adequada do plantio é necessário a elaboração de um plano de


fertilidade do solo, que deve contemplar a amostragem do solo, a análise química do
solo realizada em laboratório, a interpretação dos resultados obtidos com a análise, a
recomendação dos fertilizantes e corretivos necessários e, por fim, a aplicação dos
componentes indicados para correção do solo.

O plantio de café é uma cultura extremamente importante na economia brasileira. Ele


é gerador de divisas, contribuindo fortemente no valor total das exportações, e é
responsável por mais de um terço da produção mundial. Mediante ao fato de que o
café é tão significativo para a economia brasileira, qual a importância de se realizar a
análise de solo nas plantações de café?

A realização da análise do solo possibilita ao produtor diagnosticar de forma clara, a


real necessidade dos elementos faltantes ou com baixa presença no solo, para que
possa ser complementado com a adubação.

Em suma, é através da análise de solo que o produtor terá uma orientação correta do
que utilizar de fertilizante no solo, quais nutrientes serão adequados e a sua
quantidade correta. No entanto, a resposta completa à pergunta está discorrida ao
longo desta produção.

O objetivo geral deste trabalho é de destacar a importância da realização da análise


de solo na produção de café. Enquanto, os objetivos específicos são de pontuar os
elementos necessários ao desenvolvimento das plantas; apresentar a análise de solo;
descrever os principais elementos utilizados na adubação; e explicar a importância da
análise de solo na produção de café.
10
Este trabalho traz uma revisão bibliográfica exemplo técnico para descrever a
importância da análise do solo para a cafeicultura, baseada em livros, dissertações,
artigos científicos, manuais e estudos dos órgãos competentes, como a Embrapa, e
autores de renome como Brad e Weil (2013), Resende et al., (2007), Lopes (1999)
entre outros.

11
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Produção de café no Brasil

Atualmente, como destaca a Embrapa (2023), a produção de café no Brasil ocupa 1,9
milhão de hectares das espécies Coffea arabica e Coffea canephora (robusta e
conilon). No qual o arábica ocupa o equivalente a 1,51 milhão de hectares, e o conilon
394,3 mil hectares, o que corresponde, respectivamente, a 79% e 21% da área em
produção da cafeicultura brasileira. Diante destes dados é possível constatar a
importância da produção de café e seu papel no desenvolvimento socioeconômico do
país.

De acordo com o Conselho Nacional de Café, quando o assunto é a produção de café,


o Brasil se destaca no cenário internacional figurando em primeiro lugar entre os
países produtores e exportadores dos grãos, e em segundo entre os maiores
consumidores da bebida. Mas o caminho até a consolidação do país como grande
produtor e exportador de café foi longo.

A origem da produção de café no mundo é incerta, no entanto como descrito pelo


Conselho Nacional de Café, há uma lenda que o fruto foi descoberto por um pastor de
cabras chamado Kaldi que vivia na Etiópia. Ela conta que, por volta de 850 d.C., o
pastor teria notado que seu rebanho ficava agitado após ingerir os frutos vermelhos
do café. Apesar da lenda não poder ser comprovada, há fatos históricos que
confirmam que a produção do café se iniciou no país africano.

Seguindo para a origem da produção de café no Brasil, os fatos históricos apontam


para o ano de 1727, onde as primeiras mudas do fruto chegaram vindas das Guianas
Francesa e Holandesa (atualmente Suriname).

Foi na região Sudeste, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais que
o plantio e a produção do café alcançou grandes proporções. A partir deste momento
o café passou a ser um dos principais produtos econômicos do Brasil, no entanto, seu
cultivo era apenas para consumo interno. Somente no final do século XVIII, com o
desarranjo na produção cafeeira do Haiti, que o café brasileiro passa a ter uma
importância comercial externa. Junto com o açúcar e o algodão, o café passa a ser a
base da economia e das exportações do país. Com a expansão do Sudeste para as
12
outras regiões, a diversidade na produção de café passou a ser uma das principais
características da cafeicultura brasileira. Devido a pluralidade dos solos, clima, altitude
e outros fatores, o Brasil é responsável pela produção de diversos tipos de grãos e
variadas qualidades de bebida. A cafeicultura está presente em regiões de montanhas,
planaltos, cerados, suporta o clima seco, resiste às temperaturas frias, pode ser
irrigada ou não e é cultivada desde pequenas a grandes propriedades. Essa
diversidade e variedade é possível, principalmente, pela expansão da área brasileira.

Como citado, a produção de café está presente em todas as regiões do Brasil.


Levando em consideração a área total da produção que atualmente é de 1,9 milhão
de hectares, o maior estado brasileiro produtor de café é Minas Gerais, ocupando uma
área de 1,1 milhão de hectares da área em produção. Em segundo está o Espírito
Santo, ocupando a área de 392,8 mil hectares em produção. O terceiro colocado é
São Paulo, com 175,8 mil hectares, em quarto lugar vem a Bahia, com 98 mil hectares,
em quinto a Rondônia, com 65 mil hectares e na sexta posição o estado do Paraná,
com 27,1 mil hectares. Os demais estados juntos completam a área em produção do
país (Embrapa, 2023).

Gráfico 1 – Percentual da área ocupada pelos estados em relação a área total de


produção do café no Brasil
2,2%
3,4% 1,4%

5,2%

9,3%

57,9%
20,7%

MG ES SP BA RO PR Outros

Fonte: Embrapa, 2023

13
2.2. Elementos presentes no solo essenciais as plantas

De acordo com Brad e Weil (2013), o solo é responsável por diversas funções que
asseguram a sobrevivências das plantas. Através do processo de aeração do solo, é
possível as raízes obterem energia através da respiração, consumindo oxigênio (O2)
e liberando gás carbônico (CO2). Esses poros são importantes também para a
captação da água da chuva, que é absorvida pelas raízes, e sua capacidade de
retenção da água é essencial para a sobrevivências das plantas.

O solo também determina as variações de temperaturas, pois com sua propriedade


isolante, as camadas mais profundas não estão expostas às mudanças de
temperatura da superfície (BRADY; WEIL, 2013).

Tratando de elementos presentes no solo, as substâncias fitotóxicas são oriundas de


micro-organismos, reações químicas, atividades humanas ou então produzidas pelas
próprias raízes das plantas. No entanto, o solo apresentando boas condições, tem
capacidade de proteger as plantas dessas substâncias. De outro lado, há micro-
organismos que são responsáveis pela produção de substâncias capazes de estimular
o crescimento e desenvolvimentos das plantas (BRADY; WEIL, 2013).

Figura 1 . Elementos essenciais as plantas

Fonte: POTAFOS, 1998

14
De acordo com Batista et al. (2018) planta é composta por vários elementos. Mais de
96% em massa da composição elementar das plantas restringem-se a três elementos:
carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O), também conhecidos como elementos
essenciais não-minerais, pois os mesmos originam-se do ar atmosférico e da água
que as plantas absorvem principalmente via solo. Esses três elementos são
metabolizados pelas plantas pelo processo da fotossíntese. Os outros 4% da massa
das plantas são compostos por outros elementos conhecidos como elementos
essenciais minerais, a saber: o nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca),
magnésio (Mg), enxofre (S), boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês
(Mn), molibdênio (Mo), níquel (Ni) e zinco (Zn).

Desta forma, é fundamental para o crescimento das plantas que o solo seja fértil e
ofereça estes nutrientes em proporções adequadas à sua absorção.

Os elementos químicos que são considerados essenciais a vida das plantas estão
subdivididos na tabela a seguir.

Tabela 1 . Elementos essenciais para o crescimento das plantas


Micronutrientes: usados em
Macronutrientes: usados em quantidades quantidades relativamente
relativamente grandes (>0,1% do peso seco da planta) pequenas (<0,1% do peso
seco da planta)

Principalmente do ar e da Principalmente dos sólidos


Dos sólidos do solo
água do solo
Carbono (C) Cálcio (Ca) Cobre (Cu)
Hidrogênio (H) Magnésio (Mg) Ferro (Fe)
Oxigênio (O) Nitrogênio (N) Manganês (Mn)
Potássio (K) Níquel (Ni)
Fósforo (P) Zinco (Zn)
Enxofre (S) Boro (B)
Cloro (Cl)
Molibdênio (Mo)
Fonte: BRADY; WEIL, 2013

Conforme descrito da Tabela 1 os nutrientes são classificados em dois grupos: os


macronutrientes e os micronutrientes.

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Os macronutrientes são os elementos N, P, K, Ca, Mg e S e os micronutrientes são B,
Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni e Zn. Os macronutrientes primários (N, P e K) são assim
chamados porque as plantas tendem a usar em maior quantidade e por se tornarem
deficientes mais rapidamente nos solos. Já os macronutrientes secundários (Ca, Mg
e S) são necessários em quantidades menores do que os primários e tornam-se
deficientes no solo mais lentamente. Porém, ambos são essenciais e eventualmente
essas regras podem ser quebradas (BATISTA et al., 2018).

Quando o solo não possui esses nutrientes nas quantidades devidas, se faz
necessária a complementação através de adubos e fertilizantes. Entretanto, essa
adição de adubos deve ser realizada de forma sustentável e nas quantidades corretas,
para que ocorra melhoria na qualidade das plantas, mantendo a preservação do meio
ambiente.

2.3. O que é uma Análise de Solo?

Segundo Brasil, Cravo e Veloso (2020) a análise de solo é a técnica mais utilizada no
Brasil para o diagnóstico da fertilidade do solo, cujo objetivo principal é a quantificação
de atributos que beneficiam ou prejudicam o desenvolvimento das plantas, bem como
a possibilidade de avaliar o nível de deficiência, excesso ou suficiência de nutrientes,
servindo de base para a recomendação de corretivos e fertilizantes para as culturas.

Ela oferece diversas vantagens ao produtor, dentre elas estão:

 o baixo custo operacional para realização da análise;


 é um procedimento de rápida execução;
 permite o planejamento por parte do produtor na aplicação dos corretivos e
fertilizantes recomendados, antes do plantio e durante a condução da cultura;
 economia com fertilizantes para a plantação, evitando o desperdício e excesso
no uso do adubo;
 economia com o gasto na adubação rotineira;
 o aumento da produtividade, mediante o fato de o solo oferecer a quantidade
adequada de nutrientes às plantas;
 e, principalmente, minimizar danos ao meio ambiente, evitando a contaminação
das águas por excesso de fertilizantes.
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Para a realização do diagnóstico da fertilidade do solo é necessário realizar diversas
ações, como: a coleta do solo a ser analisado, preparo das amostras para a análise,
extração e determinação dos teores de elementos químicos (fósforo, potássio, cálcio,
magnésio, hidrogênio + alumínio, etc.) ou de frações do solo (areia, argila, etc.), de
acordo com métodos preconizados, e a interpretação dos resultados da análise
química, conforme as tabelas de recomendação geradas a partir de experimentos de
calibração, para permitir a conversão dos valores obtidos analiticamente em
informações sobre as necessidades de corretivos e de fertilizantes para maior
eficiência na produtividade das culturas. (BRASIL; CRAVO; VELOSO, 2020)

Conforme descreve Brasil, Cravo e Veloso (2020), um programa de avaliação da


fertilidade do solo, com base na análise química do solo, compreende três etapas
principais que são:

1) Amostragem do solo.

2) Análise química da amostra.

3) Interpretação dos resultados da análise.

Todas essas etapas possuem seu nível de importância e devem ser conduzidas dentro
de critérios pré-estabelecidos. Entretanto, a retirada da amostra de solo no campo é
a etapa mais crítica e determinante para uma boa avaliação da fertilidade do solo.
Pois deve-se considerar que os solos são sistemas heterogêneos e que possuem uma
grande variação nas propriedades químicas, mesmo em áreas aparentemente
uniformes. Por essa razão, a amostragem do solo é responsável pela maior parte dos
erros do processo, se não realizada de forma adequada. (BRASIL; CRAVO; VELOSO,
2020)

A análise micromorfológica dos solos corresponde a uma técnica de observação


morfológica em escala micrométrica, conforme descreve Teixeira et al. (2017). Os
materiais são preparados e observados com auxílio de lupas e microscópios ópticos
polarizadores, preferencialmente binoculares. Como dito anteriormente, a coleta de
amostras é uma das etapas mais críticas dos estudos micromorfológicos, pois erros

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na amostragem podem comprometer o que é observado na lâmina e podem levar a
conclusões errôneas sobre o material estudado.

Veremos a seguir como ocorre cada uma das etapas de uma análise de solo.

2.3.1. Amostragem do Solo

De acordo com Prezotti e Martins (2013), dentre as etapas do plano de fertilização do


solo, a amostragem é a etapa mais importante e, ao mesmo tempo, é a maior
responsável por erros da análise. Para dirimir estes erros é necessário obedecer a
certos critérios quanto a coleta do solo na área a ser analisada. Qualquer
descumprimento das orientações de coleta das amostras resulta na mudança dos
valores das variáveis a serem analisadas no laboratório, uma vez que a amostra irá
representar uma grande área do cultivo.

Diante disto, qual a representatividade da amostra de solo em relação à área de um


hectare?

Para responder esta pergunta e se ter noção de tamanha importância do cuidado na


retirada da amostra, vejamos o exemplo a seguir.

Considerando que a maior exploração radicular ocorre a uma profundidade de 0,2 m


e sendo as dimensões de 1 ha de 100 m x 100 m, tem-se um volume total de solo de
2.000.000 de dm3/ha. De uma amostra de 300 g são utilizados 10 g (ou cm3) para a
realização das análises, o que representa 1/200.000.000 (uma parte em duzentos
milhões de partes do volume de solo de 1 ha). O denominador desta relação aumenta
proporcionalmente com aumento da área amostrada. (PREZOTTI; MARTINS, 2013)

Portanto, conforme descrito por Prezotti e Martins (2013), para que a amostra seja
representativa, é necessário seguir as seguintes etapas:

1) Dividir a área a ser amostrada em talhões homogêneos, considerando-se


topografia, cor e textura do solo, cultura, vegetação, produtividade, áreas em
que já foram aplicados calcário ou fertilizantes etc.

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Figura 2 . Representação esquemática da divisão em talhões
homogêneos

Fonte: AGRIMONTE, 2015

2) Utilizar o mesmo equipamento de coleta durante toda a amostragem (trado, sonda,


pá de corte ou enxadão), para que o volume de cada amostra simples seja sempre o
mesmo. Antes de coletar as amostras deverá ser feita uma limpeza na área retirando-
se folhas, capim, paus e pedras.

Figura 3 . Equipamentos utilizados para coleta de solo

Fonte: SANZONOWICZ, 2004

3) Coletar o maior número de amostras simples possível para a formação de uma


amostra composta para que o resultado desta última seja mais preciso. Entretanto,

19
para balancear precisão e gasto de mão de obra, geralmente recomenda-se a coleta
de aproximadamente 20 amostras simples, caso se utilize o enxadão ou trado, e 30
amostras simples, caso se utilize a sonda. O número de amostras simples coletadas
com a sonda é maior em razão do menor volume de solo obtido com essa ferramenta.

4) Não raspar o solo da superfície do local de coleta. Retirar somente o material


vegetal, evitando-se a coleta de amostras em locais próximos a cupinzeiros,
queimadas de restos culturais, formigueiros, cochos de animais etc.

5) Na área a ser amostrada, realizar a coleta das amostras simples em zig-zag, nas
profundidades de interesse: 0 a 20 cm, 20 a 40 cm; 40 a 60 cm etc. Amostras coletadas
em faixas de profundidades intermediárias, como, por exemplo, 0 a 5 cm, 5 a 10 cm,
0 a 10 cm, geram valores que não podem ser interpretados com base nas classes de
disponibilidade de nutrientes disponíveis na literatura, uma vez que a maioria das
faixas de disponibilidade de nutrientes foram determinadas para a profundidade de 0
a 20 cm. Análises em profundidades intermediárias são realizadas somente para
objetivos específicos.

Tabela 2 . Profundidade do solo para coleta de acordo com a


cultura
Cultura Profundidade

Anuais (arroz, milho, mandioca e


0 a 20 cm
feijão)
Perenes já plantadas 0 a 20 cm
Perenes antes da implantação 0 a 20 cm, 20 a 40 cm
Pastagens 0 a 20 cm
Fonte: MELÉM JÚNIOR; BATISTA, 2012

6) Em áreas cultivadas com culturas perenes, realizar a coleta das amostras simples
sob a copa das plantas, no local de aplicação dos fertilizantes. Em períodos mais
prolongados, recomenda-se também, para o caso de culturas perenes, a coleta de
amostras nas entrelinhas, para avaliação dos teores de nutrientes e de características
relacionadas à acidez. Assim, devem ser enviadas duas amostras compostas para o
laboratório: uma formada por amostras simples, coletadas sob a copa das plantas, e
outra formada por amostras simples coletadas na entrelinha.

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7) Reunir todas as amostras simples em um recipiente limpo, de preferência de
plástico. Posteriormente, em uma lona plástica, fazer boa mistura de todo o conjunto
de amostras simples, destorroando o solo. Deixar secar à sombra. Retirar
aproximadamente 300 g dessa mistura, colocar em um saco plástico limpo, fazer a
identificação e enviar para o laboratório.

2.3.2. Análise química da amostra

Segundo descreve Prezotti e Martins (2013), a análise química do solo tem por
princípio a determinação dos teores de nutrientes e de características que podem
influenciar a disponibilidade desses nutrientes para as plantas. Ela é composta por
duas etapas principais: extração e quantificação. Na etapa de extração, são utilizadas
soluções químicas, denominadas “extratores”, que tentam simular a absorção dos
nutrientes pelas plantas. Nesta etapa, um determinado volume do extrator é agitado
com um definido volume de solo, deslocando os nutrientes da fase sólida para a fase
líquida (solução de equilíbrio). Na etapa de quantificação, são determinados os teores
dos elementos na solução de equilíbrio, por meio de aparelhos, como o
espectrofotômetro de absorção atômica, que permite quantificar os elementos: K, Na,
Ca, Mg, Zn, Cu, Fe, Mn, Pb, Cd, Cr, Ni etc. A quantificação de P, B e S é realizada em
espectrofotômetro UV/Visível (colorímetro), o Al por titulometria e o pH é determinado
em potenciômetro.

De acordo com Prezotti e Martins (2013), os teores de nutrientes determinados pela


análise química do solo são comparados com valores de referência, apresentados em
tabelas de interpretação, permitindo assim a classificação do nível de fertilidade do
solo e a indicação da quantidade de corretivos e de fertilizantes a ser aplicada para a
máxima eficiência das culturas.

No Laboratório, todos os processos e métodos de análises são realizados com muita


exatidão, sendo a qualidade ratificada por meio de amostras-padrão e programas de
controle, em que são observados os possíveis desvios das determinações.

No Estado do Espírito Santo, o extrator utilizado nas análises de P, K e da maioria dos


micronutrientes é o Mehlich-1, que é uma solução diluída de ácido sulfúrico e ácido

21
clorídrico (0,0125 mol/L de H2 SO4 e 0,05 mol/L de HCl). (PREZOTTI; MARTINS,
2013)

No Estado de São Paulo, utiliza-se a resina de troca iônica, que é um material


sintético, no formato de pequenas esferas ou de tela, que possui cargas elétricas
responsáveis pela atração de íons trocáveis, semelhantemente ao que ocorre com os
coloides do solo. A resina de troca aniônica é utilizada para a extração de elementos
de carga negativa, como o P, e a de troca catiônica, para a extração de elementos de
carga positiva, como K, Ca, Mg etc. (PREZOTTI; MARTINS, 2013)

Nos laudos de resultados de análise de solo devem ser citados os extratores


utilizados, pois para cada um deles existem teores de referência distintos,
principalmente para P, sendo os teores obtidos para o Mehlich-1 diferentes dos obtidos
com a Resina. Os teores de K, Ca e Mg recuperados por esses extratores tendem a
ser semelhantes. (PREZOTTI; MARTINS, 2013)

2.3.3. Interpretação dos resultados da análise do solo

A interpretação dos resultados da análise do solo envolve uma avaliação agronômica


da relação entre o teor dos nutrientes presentes no solo, obtido por um método
analítico realizado em laboratório, e a resposta da planta a estes nutrientes.

Em vista da natureza subjetiva do processo de recomendação, atualmente diferentes


metodologias têm sido desenvolvidas e possuem uso difundido no meio técnico-
científico. As duas mais comuns para culturas agrícolas são: a) construção rápida e
manutenção da fertilidade do solo; e b) manutenção do nível de suficiência dos
nutrientes. Ambas são mais comumente usadas para nutrientes considerados pouco
móveis no solo, como fósforo (P), cálcio (Ca), magnésio (Mg), cobre (Cu), ferro (Fe),
manganês (Mn) e zinco (Zn).

O procedimento de construção rápida e manutenção da fertilidade sugere que a


fertilidade do solo seja construída até um nível ótimo, tão rápido quanto possível. Após
essa fase inicial de formação, aplicações de manutenção de nutrientes devem ser
realizadas anualmente em quantidades equivalentes às quantidades retiradas pelas
colheitas das culturas.

22
Embora essa metodologia de recomendação ainda seja bastante utilizada, questões
de ordem econômica e ambiental sobre sua viabilidade têm sido discutidas. Portanto,
a recomendação mais utilizada é a do nível de suficiência, que presume o fato da
existência de um nível que pode ser mensurado através da realização da análise de
solo, chamado de nível crítico, que está abaixo do qual respostas à adição de
fertilizantes são esperadas e acima do qual essas respostas são pouco prováveis.
Nesse procedimento, os nutrientes são recomendados quando seus valores,
encontram-se abaixo do nível crítico, definido pelo método analítico, e as aplicações
são feitas proporcionalmente para cada classe.

Em termos quantitativos, a análise de solo fornece as bases para a elaboração de


programas de aplicação de calcário e adubação, buscando não somente manter os
teores dos nutrientes em níveis adequados no solo, mas, também, obter o máximo
retorno econômico possível.

Como o potencial de resposta pode variar em função de vários fatores (solo, clima,
cultura, variedades, produção esperada, nível de manejo etc.), tabelas regionais de
interpretação dos teores de nutrientes a partir da análise de solo têm sido elaboradas
para dar suporte às recomendações de adubação em diversos estados do País.

Os primeiros estados a desenvolverem tabelas de interpretação que classificam os


resultados das análises de solo em faixas de teores foram São Paulo, Minas Gerais,
Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No entanto, outros estados, como Acre, Ceará,
Bahia, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná e Rondônia, também já possuem
suas tabelas de recomendação de adubação, a partir das classes de interpretação
dos valores dos resultados da análise do solo.

Os critérios e faixas de interpretação dos resultados de análises dos principais


nutrientes presentes no solo, estão descritos a seguir.

 Acidez ativa – pH

O pH mede a acidez ativa do solo que é a atividade de H+ presente na solução do


solo. O pH varia ao longo do tempo, alterando seu valor conforme o manejo do solo,
cultivos sucessivos e adubações. As plantas, ao absorverem nutrientes de carga

23
positiva (K+, Mg++, Ca++ etc.), liberam H+ das raízes para a solução do solo, o que
reduz o pH.

Na reação dos fertilizantes nitrogenados com o solo, especificamente na nitrificação


(passagem de amônio para nitrato), também há liberação de H+. Além desses, outros
fatores contribuem para o aumento da acidez do solo como precipitação pluviométrica,
irrigações, dentre outros. Na reação dos fertilizantes nitrogenados com o solo,
especificamente na nitrificação (passagem de amônio para nitrato), também há
liberação de H+.

A acidez ativa do solo é a concentração hidrogeniônica em solução. A escala de pH


utilizada para medir a acidez ativa varia de 0 a 14.

Tabela 3 . Prováveis características do solo em função do pH em água

pH Prováveis características do solo

Elevados teores de Al3+ (tóxico)


Baixos teores de Ca2+ e Mg2+
Baixa saturação por bases (V)
Boa disponibilidade de Zn, Cu, Fe, Mn
< 5,5 Baixa disponibilidade de B, Mo e Cl
Deficiência de P (formação de precipitados P-Al, P-Fe e P-
Mn e elevada adsorção nos coloides)
Menor perda de N por volatilização de Nh3
Baixa atividade de micro-organismos

Ausência de Al3+ (tóxico)


Boa disponibilidade de B
5,5 – 6,5
Disponibilidade intermediária dos demais micronutrientes pH
ideal para a maioria das culturas

Ausência de Al3+ (tóxico)


Elevados teores de Ca e Mg
Elevada saturação por bases (V)
Baixa disponibilidade de Zn, Cu, Fe, Mn
> 6,5
Boa disponibilidade de B até pH 7,5
Alta disponibilidade de Mo e Cl
Aumento das perdas de N por volatilização de Nh3
Alta atividade de micro-organismos

Fonte: PREZOTTI; MARTINS, 2013


24
 Nitrogênio

O nitrogênio (N) é um elemento essencial para o crescimento das plantas, pois faz
parte de cada célula viva delas. Elas exigem grandes quantidades deste nutriente.

De modo geral, as plantas absorvem a maior parte de suas necessidades de


nitrogênio nas formas de amônio (NH4+) ou nitrato (NO3-). Também pode ocorrer
alguma absorção direta de ureia pelas folhas, e pequenas quantidades de nitrogênio
são obtidas de materiais como os aminoácidos solúveis em água.

O nitrogênio é, algumas vezes, considerado responsável por atraso na maturação. O


excesso de nitrogênio pode aumentar o crescimento vegetativo, reduzir a formação
dos frutos e afetar, de maneira adversa, a qualidade da produção. O atraso na
maturação, entretanto, é usualmente resultado da deficiência de outros nutrientes, não
de nitrogênio.

 Fósforo

O fósforo (P) é essencial para o crescimento das plantas e nenhum outro nutriente
pode substituí-lo. A planta precisa do fósforo para completar seu ciclo normal de
produção.

O fósforo atua na fotossíntese, na respiração, no armazenamento e na transferência


de energia, na divisão celular, no crescimento das células e em vários outros
processos da planta. Além de promover a formação e o crescimento prematuro das
raízes, o fósforo melhora a qualidade de muitas frutas, verduras e culturas graníferas,
sendo primordial para a formação das sementes.

O teor de fósforo no solo é estimado pelo extrator Mehlich-1 que é uma mistura dos
ácidos sulfúrico e clorídrico e a interpretação dos teores de fósforo no solo tem que
levar em consideração o teor de argila, pois o extrator Mehlich-1 é sensível ao teor de
argila. Isso significa que em solos arenosos o nível crítico (valor acima do qual a
probabilidade de resposta é baixa) é mais alto que em solos argilosos. Em solos
argilosos, como o poder tampão é mais alto, o extrator é consumido e a capacidade
de extrair fósforo diminui.

25
As classes de interpretação de P, para fins de recomendação de adubação fosfatada,
encontram-se na Tabela 4.

Tabela 4 . Classes de interpretação da disponibilidade de fósforo (P) no solo


definidas de acordo com a textura do solo

Disponibilidade de P (mg/dm³)(1)
Textura/Teor de
argila (%)
Baixa Média Alta Muito Alta

Argilosa (> 35) ≤5 6 – 10 11 – 15 > 15


Média (15 – 35) ≤8 9 – 15 16 – 20 > 20
Arenosa (< 15) ≤ 10 11 – 18 19 – 25 > 25
(1) Extrator Mehlich 1

 Potássio

Teores altos de potássio indicam presença de minerais primários e pouco


intemperismo, o que ocorre em solos de regiões mais secas. Já os mais baixos
indicam solos mais intemperizados.

O teor de potássio no solo pode ser elevado com a aplicação de adubos contendo o
nutriente. No Brasil, a fonte mais comum é o cloreto de potássio.

Com a intemperização dos minerais, parte do K estrutural passa para as formas


trocável e em solução. Entretanto é um processo lento e, na maioria dos casos,
insuficiente para suprir culturas comerciais de maior produtividade, principalmente as
de ciclo curto.

As classes de disponibilidade de potássio (K) foram definidas com base nos teores de
K disponíveis no solo, determinados pelo extrator Mehlich 1 e em relação às respostas
das culturas ao nutriente (Tabela 5).

Tabela 5 . Classes de interpretação da disponibilidade de potássio (K) no solo

Disponibilidade de K (mg/dm³)(1)

Baixa Média Alta Muito Alta

≤ 40 41 – 60 61 – 90 > 90
(1) Extrator Mehlich 1
26
 Cálcio, magnésio, enxofre e alumínio

As classes de teores para cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+), enxofre (S) e alumínio (Al3+)
foram estabelecidas com base nos critérios de interpretação adotados no Laboratório
de Solos da Embrapa Amazônia Oriental e em informações existentes na literatura.

O teor de alumínio na forma iônica Al3+, também denominada acidez trocável, pode
ser tóxico às plantas. Todos os solos contêm alumínio em diversas formas ou
compostos, sendo o seu teor total praticamente constante. O que varia são as formas
em que o alumínio se encontra.

Do ponto de vista nutricional, os teores de Ca2+, Mg2+ e S indicados enquadram-se


nas quantidades mínimas e suficientes, em termos de exigências, para as principais
culturas. Com relação aos teores de Al3+ trocável, embora sejam apresentadas faixas
variando de baixo a alto, a partir de 0,5 cmolc/dm3 alerta-se para a necessidade de
correção da acidez do solo, especialmente em condições de baixos teores de cálcio e
magnésio.

Tabela 6 . Classes de interpretação para cálcio, magnésio, enxofre e alumínio no


solo
Faixa de teores (cmolc/dm³)
Elementos
Baixa Média Alta
Cálcio + Magnésio (1) ≤ 2,0 2,0 – 5,0 > 5,0
Magnésio (1) ≤ 0,5 0,5 – 1,5 > 1,5
Alumínio (1) ≤ 0,3 0,3 – 1,0 > 1,0
Enxofre (2) ≤ 4,0 5,0 – 10,0 > 10,0
(1) Extrator KCI mol/L
(2) Extrator Ca (H2PO4) em ácido acético 2,0 N

 Micronutrientes

Para cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn) e zinco (Zn) disponível, as classes de
teores foram estabelecidas baseadas em informações existentes na literatura e de
acordo com os teores extraídos do solo pelo extrator Mehlich 1, enquanto para o boro
(B) disponível, foi considerado o método de extração com água quente.

27
Tabela 7 . Classes de interpretação da disponibilidade para boro, cobre, ferro,
manganês e zinco
Disponibilidade de micronutrientes (mg/dm³)
Nutrientes
Baixa Média Alta
Boro < 0,35 0,35 – 0,90 > 0,90
Cobre < 0,70 0,70 – 1,80 > 1,8
Ferro < 18 18 – 45 > 45
Manganês <5 5 – 12 > 12
Zinco < 0,9 0,9 – 2,2 > 2,2
Fonte: Adaptado de Lopes (1999) e Ribeiro et al. (1999)

2.4. Importância de realizar a Análise do solo

Segundo Resende et al., (2007), a análise do solo é fundamental para o produtor pelo
fato de identificar como se encontra as condições do solo, mensurando a quantidade
dos nutrientes, água, entre outras. Avaliando também a necessidade de gesso e
calcário, além de identificar quais são os teores de nutrientes do solo para que seja
aplicado a quantidade necessária para a planta se desenvolver. Portanto, a análise de
solo visa garantir a qualidade do desenvolvimento da planta de uma forma que
apresente a necessidade de adubação adequada para isso.

Essas análises podem ser realizadas anualmente ou até mesmo a cada cinco anos,
dependendo do tipo de cultivo e do andamento de produtividade do solo, as amostras
devem ser coletas antes do plantio e até mesmo antes de revolver o solo, para que
seja analisado uma amostragem adequada.

Com a análise é possível identificar os fatores nutricionais limitantes para o


desenvolvimento e rendimento da plantação, 16 capacidade necessária de
fornecimento de adubo, compreender a variabilidade dos solos da fazenda, monitorar
a tendência de desempenho do solo a curto, médio e longo prazo (RESENDE et al.,
2007).

Resende et al., (2007), retrata que os principais benefícios da análise de solo são
elevar a produtividade, elevar a eficiência do solo e da planta com as recomendações
adequadas de adubação após a análise de solo, manejar a adubação de forma correta
realizando com isso uma agricultura de precisão baseando-se nos talhões que as
28
amostras foram coletadas e com isso otimizando mais o tempo e redução dos custos
e desperdícios de adubação.

As plantas extraem do solo nutrientes essenciais para suprir suas necessidades


nutricionais e, quando essa necessidade for atendida, a cultivar utilizada poderá atingir
todo o seu potencial genético de produtividade. A capacidade dos solos de fornecer
nutrientes às plantas varia muito. Indiscutivelmente, essa capacidade determina se
uma planta é capaz de atender adequadamente suas necessidades nutricionais para
que os processos metabólicos possam prosseguir em níveis ótimos, permitindo que
as cultivares atinjam seu potencial máximo de produtividade (GALRÃO, 2004).

A análise do solo é um conjunto de procedimentos físicos e químicos destinados a


avaliar as propriedades e propriedades do solo por meio da análise de amostras
representativas do solo e é uma ferramenta essencial para transmitir informações
sobre calagem e adubação. Portanto, concluiu-se que a análise química deve ser
utilizada para: entender os níveis de fertilidade do solo e recomendar corretores e
fertilizantes (GALRÃO, 2004).

Um dos maiores desafios da agricultura moderna é aumentar a produtividade sem


aumentar a área de terra cultivável, e uma das alternativas que se descobriu é um
estudo aprofundado das necessidades nutricionais das culturas (CARDOSO;
FERNANDES; FERNANDES, 2009).

Hoje, já sabemos o quanto culturas como soja, milho e algodão exportam nutrientes
do solo e, com esse conhecimento prévio, é possível desenvolver recomendações de
fertilizantes adaptadas às necessidades específicas das culturas. Com isso,
elaboramos este artigo para auxiliar os agricultores a implementarem as 31
recomendações de adubação, pois esta é essencial no processo de cultivo de suas
lavouras (BUCK, 2015).

2.5. Nutrientes usados para adubação

Os nutrientes mais importantes para o desenvolvimento das plantas são nitrogênio,


potássio e fósforo. Mas nutrientes como cálcio, magnésio e enxofre também são
essenciais. É importante lembrar que tanto os macronutrientes quanto os

29
micronutrientes são necessários para o desenvolvimento normal das plantas e a
formação de flores e frutos saudáveis (BRADY; WEIL, 2013).

O Nitrogênio é um nutriente requerido pela maioria das plantas e está envolvido na


estrutura de metabólitos essenciais para o desenvolvimento vegetal, como
aminoácidos, proteínas, enzimas, coenzimas, ácidos nucléicos (DNA e RNA),
pigmentos, lipoproteínas e vitaminas. As formas preferencialmente absorvidas pelas
plantas são nitrato (NO3-) e amônio (NH4+) nessa ordem (PAULETTI; MOTTA, 2017).

O contato entre esses íons e as raízes das plantas ocorre através do fluxo de massa
junto com a água que flui do solo para as raízes. Certas formas de aminoácidos
também podem ser absorvidas, mas são raras porque raramente existem na forma
livre no solo. Após entrar no citosol, a forma N é reduzida a nitrito (NO2 - ), que é então
convertido em NH4 + no plastídio, que é então incorporado em estruturas de
aminoácidos e metabólitos (VAN LIER, 2010).

Enquanto isso, em alguns casos, NO3- e NH4+ podem ser transportados para o
vacúolo para reduzir ou redistribuir para as partes aéreas das plantas. A quantidade
de N requerida por uma planta não é estática durante seu ciclo. Em geral, durante a
fase vegetativa, as exigências aumentam gradativamente até o pico da floração e
diminuem durante as fases de desenvolvimento mais avançadas (PAULETTI; MOTTA,
2017).

Em casos graves de deficiência de nitrogênio, os sintomas são clorose geral das


folhas mais velhas (devido à redução da clorofila e alta mobilidade dos elementos na
planta, redistribuição para áreas mais jovens onde os elementos são necessários),
diminuição do crescimento e da produtividade. Ao contrário de outros elementos de
rochas e minerais, a principal fonte de N é a atmosfera (gás - N2). Mecanismos são
necessários para transferir o N atmosférico para o solo, como fixar a atmosfera por
meio de raios (VIERO, 2012).

Outra forma de o nitrogênio atmosférico atingir o solo é através da fixação biológica


(fixação simbiótica e não simbiótica). O N2 é convertido em NH3 por organismos
fixadores e fixado em cadeias de compostos orgânicos, mecanismo responsável por
92% de todo N adicionado aos solos da atmosfera (VAN LIER, 2010).
30
3.2 FÓSFORO (P)

Em geral, o P é um macronutriente menos acumulado, semelhante ao S, após o N, K,


Ca e Mg, embora em termos de adubação, as quantidades recomendadas sejam
semelhantes ou até superiores ao N e K devido à sua particularidade cinética,
especialmente em solos tropicais. Nas plantas, esse elemento é um componente de
vários compostos importantes, como intermediários de açúcares, fosfolipídios e
fosfoproteínas, que são responsáveis pela integridade das membranas celulares e
ácidos nucleicos, além de desempenhar um papel importante na transferência de
energia na respiração e na fotossíntese. As plantas absorvem P na forma de H2PO4-
e HPO42- e, após a absorção do elemento, é rapidamente incorporado aos compostos
orgânicos.

O fósforo atinge as raízes das plantas principalmente por difusão, por isso é
importante aplicar fertilizantes fosfatados próximos às raízes. Alguns autores relatam
que a movimentação do fósforo no solo é de apenas 1 mm a 2 mm, o que limita/impede
a aplicação superficial (VAN LIER, 2010).

Sob alta disponibilidade de fósforo, as plantas o armazenam em vacúolos como


ortofosfato (Pi), a maioria dos quais é inativa, perfazendo mais de 90% do fósforo total
da planta. Por outro lado, com deficiência moderada de fósforo, as plantas são
assintomáticas, mas quando a disponibilidade no solo é muito baixa, as folhas mais
velhas podem apresentar sintomas que variam do verde escuro ao roxo, proteínas e
lipídios, além de reduzido teor de qualidade das taxas fotossintéticas, resultando em
má adubação e maturação tardia dos frutos (PAULETTI; MOTTA, 2017).

26 Os solos das regiões tropicais naturalmente apresentam baixos níveis de fósforo


devido ao alto intemperismo que sofreram ao longo dos anos. No solo, uma das
principais fontes do elemento é a matéria orgânica, que compõe de 20% a 80% do
fósforo total no solo. Semelhante ao nitrogênio, a disponibilidade de P nesta fração
está relacionada à atividade biológica e mineralização da matéria orgânica
(PAULETTI; MOTTA, 2017).

A maior eficiência no uso do fósforo está associada às transformações biológicas e


químicas que ocorrem no solo, o que pode aumentar a disponibilidade do elemento
31
no solo. A fração facilmente decomponível ou solúvel do fósforo orgânico do solo é
frequentemente o fator mais importante no fornecimento de fósforo às plantas em
solos altamente intemperizados. Três grupos de organofosforados são conhecidos no
solo: a) Fosfatos de inositol, b) Ácidos nucleicos, c) Fosfolipídeos. No entanto, a fonte
da grande maioria do fósforo orgânico nos solos é desconhecida e é igualmente
importante (REMYA et al., 2021).

Algumas estratégias vegetais permitem maior aproveitamento do fósforo no solo,


como a ligação às micorrizas arbusculares, em alguns casos até 5 vezes o aumento
da absorção devido ao aumento da área superficial específica da raiz.
Desenvolvimento radicular, aumentando assim a absorção de fósforo. Exemplos
dessas estratégias incluem a adoção de práticas que melhoram profundamente o
ambiente químico, como o uso de gesso agrícola e a eliminação do ambiente físico.
Barreiras ao crescimento radicular profundo (PAULETTI; MOTTA, 2017).

Nesse caso, a adubação fosfatada é essencial para manter os elementos no solo e


sua absorção pelas plantas. Os fertilizantes fosfatados provêm da apatita
(Ca10(PO4)6 X, X é 2F-, 2OH- ou CO3 2-) e apatita, a primeira tem origem em rocha
ígnea, a segunda tem metamorfismo ou deposição. No Brasil, a fluoroapatita domina.
Essas rochas são insolúveis e podem ser moídas e concentradas para uso, sendo
conhecidas como fosfatos naturais de baixa reatividade (VAN LIER, 2010).

Os resultados alcançados por diferentes culturas após a aplicação de fósforo no solo


dependem de uma série de condições relacionadas à própria cultura, como
características das raízes, espaçamento, cinética de absorção, hábito de crescimento,
etc.; relacionadas aos fertilizantes, como o tipo e dosagem utilizados; relacionados às
propriedades do solo, como textura, mineralogia, manejo e fertilidade. Altos níveis de
fósforo são frequentemente observados em campos de hortaliças como resultado de
um manejo caracterizado por altas doses de fertilizantes orgânicos e inorgânicos (VAN
LIER, 2010).

Os principais problemas com o manejo do fósforo em solos tropicais são os baixos


níveis de fósforo natural no solo, a formação de compostos altamente insolúveis e a
adição de fontes altamente solúveis, que levam à rápida fixação do fósforo. O P não
é perdido por volatilização como o N, e há pouca ou nenhuma perda por lixiviação,
32
exceto em solos com altas doses de fertilizantes orgânicos. Portanto, para culturas de
ciclo curto e nutricionalmente exigentes, é necessário manter o pH do solo entre 6,0 e
7,0, colocar o fertilizante fosfatado próximo às raízes das plantas cultivadas, distribuir
o fertilizante fosfatado profundamente e utilizar fontes solúveis. Dada a baixíssima
mobilidade dos elementos, a fertilização na superfície sem incorporação é ineficiente,
além de representar maior risco ambiental devido a possíveis perdas por escoamento
superficial ou erosão (REMYA et al., 2021).

3.3 POTÁSSIO (K)

O cloreto de potássio (KCl) é a principal fonte de K utilizada na adubação. Mais de


90% do potássio vendido no Brasil está na forma de cloreto de potássio. Este
fertilizante é solúvel em água e contém em média 58% de K2O. Ele também contém
45% a 48% Cl.

O sulfato de potássio (K2SO4) também é uma fonte comum, com 48% de K2O e 15%
de S. Devido ao seu teor de cloro inferior a 2,5%, este fertilizante é utilizado em
culturas sensíveis ao Cl, como tabaco e batata, além de fornecer S, um
macronutriente. O sulfato de potássio e magnésio (K2SO4.2MgSO4) é uma ótima
fonte de alguns nutrientes e contém 18% de K2O, 4,5% de Mg e 22% a 24% de S. É
uma fonte de potássio e magnésio solúvel em água, para deficiência de magnésio
e/ou enxofre.

O nitrato de potássio (KNO3) também é uma fonte de potássio. Este fertilizante


fornece nitrogênio e potássio para culturas sensíveis ao cloro. Contém cerca de 44%
de K2O e 13% de N. O nitrato de potássio é amplamente utilizado para pulverização
foliar de árvores frutíferas, hortaliças e algodão (BRADY; WEIL, 2013).

2.6. Importância de realizar a adubação

A adubação é um processo de extrema importância em uma plantação, pois é


responsável pela qualidade do produto plantado. Essa prática nutre as plantas com
substâncias necessárias ao seu crescimento saudável, o que se reflete na
produtividade e lucratividade dos produtores. Para que uma planta cresça de forma

33
saudável, ela precisa de elementos básicos (CARDOSO; FERNANDES;
FERNANDES, 2009).

A análise do solo é uma das ferramentas mais importantes na agricultura atualmente


devido à sua capacidade de fornecer dados sobre a disponibilidade de nutrientes e a
fertilidade de um determinado campo ou cultura em bases técnicas e científicas. Para
obter uma análise confiável e de alta qualidade, a área precisa ser amostrada
adequadamente primeiro, coletando-se as subamostras (amostras únicas) que
compõem a amostra composta. O objetivo de uma amostra composta é representar
uniformemente toda a área amostrada (BUCK, 2015).

Segundo descreve Cardoso, Fernandes, Fernandes (2009), a partir dos relatórios


dessas análises laboratoriais, as necessidades de fertilização de cada nutriente
podem ser interpretadas e assim determinadas para o manejo adequado da fertilidade
do solo. Além disso, também podemos destacar aspectos que favorecem seu uso:

 Melhorar a produtividade identificando nutrientes ou fatores químicos no solo


que limitam o crescimento das plantas, como pH e CTC;
 Baixo custo e rapidez na obtenção de resultados;
 Permitir um planejamento adequado na compra de corretivos e fertilizantes;
 Evite investimentos desnecessários e custos trabalhistas;
 Proporcionar aos produtores decisões para evitar desequilíbrios nutricionais;
 Minimize os danos ao meio ambiente, especialmente a poluição da água pelo
excesso de fertilizantes.

Vários autores nacionais e internacionais têm estudado extensiva e completamente a


fertilidade do solo, fertilizantes, adubação e nutrição mineral de plantas. Portanto, o
objetivo deste capítulo é apresentar brevemente os principais aspectos envolvidos no
conhecimento do solo, fertilizantes e nutrição mineral para o bom desenvolvimento
geral de frutas e hortaliças (HAVLIN et al., 2005).

Os nutrientes do solo apresentam diferentes comportamentos, e conhecer as


especificidades de cada nutriente pode prever esses comportamentos em cada
cenário de manejo. Os nutrientes no solo podem ser perdidos por várias vias, tais
como: por erosão, lixiviação, volatilização, fixação na argila do solo, imobilização e
34
absorção pelas plantas, onde desempenham um papel importante. Relacionado a
isso, os nutrientes absorvidos pelas lavouras são exportados juntamente com os
produtos fora da área de cultivo, aumentando a complexidade de sua dinâmica
(BRADY; WEIL, 2013).

Os solos do cerrado apresentam as características químicas consideradas bastante


ácidos, podendo o pH variar entre 4 ou 5, está acidez ocorre por ser um solo que
obtém elevado teor de alumínio que são tóxicos para a maioria das plantas, vale
ressaltar que os níveis altos de íons Fe e Mn também podem contribuir para a
toxidade, por isso é um solo que requer calagem, gessagem e adubação antes,
durante e após o plantio para garantir uma boa safra (RESENDE et. al., 2007).

Segundo Malavolta (2006), a análise de solo mais comum de ser realizada pelos
produtores são: análise química básica que é a consiste em saber sobre a integridade
em relação ao manejo do solo, apresentando somente dados de macronutrientes. A
análise química completa que apresenta os dados químico e físico do solo expondo
os macronutrientes e micronutrientes presentes no solo. E por fim a análise
granulométrica que determina os teores de silte, areia e argila que estão presentes no
solo.

As correções do solo visam estabelecer um equilíbrio entre cátions e ânions,


permitindo que as plantas cresçam de forma saudável. Geralmente, os solos
brasileiros são mais ácidos por motivos geológicos, ou seja, contêm mais íons,
principalmente hidrogênio (H), que nem sempre são ideais para o desenvolvimento de
plantas específicas (VAN LIER, 2010).

A quantidade de corretivo e fertilizante aplicada deve ser suficiente para um bom


crescimento e desenvolvimento de uma determinada cultura. Dessa forma, eles serão
responsáveis por promover uma boa fertilização do solo. Os resultados da
interpretação da análise do solo indicarão que tipo de correção deve ser feita. Estes
incluem adubação, cal e reboco (BUCK, 2015).

Adubação: inclui a prática agrícola de fornecer fertilizante ao solo para restaurar ou


preservar sua fertilidade e atender às necessidades de nutrientes.

35
Calagem: Inclui a adição de calcário ou cal virgem ao solo para elevar o pH, reduzir
os níveis de AL³ trocável e fornecer macronutrientes como cálcio e magnésio para o
desenvolvimento das plantas.

Gesso: Aplicação de gesso agrícola (CaSO4) para potencializar o efeito da cal.

Dessa forma, pode atingir profundidades maiores do que alguns nutrientes fornecidos
pela cal e atuar como um condicionador que beneficia as propriedades físicas, físico-
químicas ou a atividade biológica do solo (BUCK, 2015).

Também podemos destacar a seguintes vantagens no uso dos fertilizantes:

 Os fertilizantes ajudam as raízes a se aprofundarem para encontrar água no


subsolo;
 Os sistemas radiculares mais profundos absorvem mais nutrientes e umidade;
 O fertilizante cria, mais rapidamente, uma cobertura vegetal mais espessa para
evitar a evaporação da água;
 A boa cobertura vegetal diminui o escoamento superficial e faz com que o solo
fique mais úmido;
 O fertilizante ajuda as culturas a terem um crescimento inicial mais rápido,
sombreando as ervas daninhas que roubam a umidade

2.7. Análise da pesquisa realizada

Foi realizada a aplicação de questionário em duas propriedades que tem o café como
principal atividade de produção e estão localizadas na cidade de Guaçuí/ES. As
respostas podem ser verificadas na sua totalidade consultando os Anexos 4.1 e 4.2.

De acordo com o Sr. Wildes na propriedade a área destinada ao plantio de café é de


12 hectares, também há áreas destinadas a pasto e plantio de milho.

Segundo relato do proprietário, atualmente o sítio possui 47 mil mudas de café


plantadas que estão sendo renovadas. Nas áreas mais antigas o espaçamento
utilizado foi de 3 metros de corredor por 1,5 metro de pé a pé. As novas lavouras estão
sendo plantadas de acordo com relevo da propriedade, mantendo a distância de 2,5x1
metros e 3x1 metros.
36
Há lavouras de diversas idades, tem lavoura com 1 ano, com 20 anos, que já foi
realizada a poda e está indo para 3ª colheita após a poda, produzindo em média 110
sacas de café por ano. A produção total das lavouras do sítio é em média de 450 sacas
por ano.

O produtor relatou que recebe assistência e venda dos produtos necessários para
produção do café, principalmente, da cooperativa Coocafé, pelo fato de ser cooperado
da mesma.

Ele relatou que realiza a análise de solo uma vez ao ano. Entretanto, em algumas
lavouras não realiza a análise periodicamente. Disse que, sempre segue o que foi
indicado pela análise e que é perceptível a economia com o gasto de fertilizantes no
momento da adubação.

O produtor disse que além de produzir em grande quantidade e com os grãos de café
graúdos, as lavouras ficam visualmente mais bonitas, com tons escuros nas folhas,
conforme pode ser visto nas fotos a seguir.

Por fim, relatou não ter dificuldade na realização da análise de solo e que acredita
muito no resultado obtido com o acompanhamento da nutrição do solo.

37
38
Partindo para as respostas obtidas no questionário realizado à produtora Sra. Ednéa,
foi possível identificar que ela não realiza o mesmo acompanhamento que o Sr.
Wildes.

Em sua propriedade são destinados ao plantio de café 4 hectares. Onde há 10 mil


mudas de café plantadas, sendo que 70% delas estão produzindo. Ela relatou que as
7000 mil mudas de café que estão produzindo foram plantadas pelo pai, seguindo um
espaçamento de 2,5 metros de beco por 1,20 metro de pé a pé. E há 2 anos foi feito
o plantio de 3000 mil mudas com espaçamento de 3x0,8 metros.

As lavouras recém-plantadas têm idades de 1 e 2 anos e as que estão em produção


possui 8 e 9 anos. A lavoura que possui 9 anos recentemente foi realizada a poda e
que a produção média é de 55 sacas por ano.

Ela relatou que não foi realizada análise para o plantio do café, e que apenas comprou
o adubo de plantio e calcário para serem misturados a terra das covas no momento
do plantio.

Disse também que o acompanhamento técnico ocorre esporadicamente, através da


cooperativa Coocafé, mas que na maioria das vezes segue as orientações dadas pelo
pai que tem grande experiencia na produção de café.

A produtora afirmou não realizar análise no solo, mas que tem intenção de realizar.
Disse acreditar na real importância da realização da análise, pois é nota o resultado
do acompanhamento nas lavouras do sítio vizinho.

39
40
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se perceber que tanto os macronutrientes quanto os micronutrientes são


indispensáveis ao desenvolvimento das plantas e que os macronutrientes mais
importantes para esse desenvolvimento são o nitrogênio, o potássio e o fósforo.
Contudo, elementos como o cálcio, o magnésio e o enxofre, também são
fundamentais para amadurecimento das plantas e, assim como o NPK, são
necessários em maiores quantidades.

Partindo do pressuposto que a agricultura é a atividade mais importante, pois garante


a produção mundial de alimentos que estão presentes na mesa de toda população, e
que para atender a alta demanda é preciso alcançar bons níveis de produtividade, o
uso de fertilizantes e corretivos são essenciais para que os produtores garantam uma
boa produção capaz de atender a demanda do mercado mundial.

É preciso destacar também que o solo sofre um esgotamento natural dos elementos
químicos necessários ao bom desenvolvimento das plantas. Pois a capacidade do
solo de fornecer esses nutrientes às plantas é variável, o que afeta diretamente na
produção das plantas. Diante disto, é indiscutível que a análise seja realizada a fim de
manter equilibrado estes nutrientes. Por consequência, as plantas podem atingir seu
potencial máximo de produtividade, o que reafirma a importância da complementação
desses nutrientes através da adubação.

Levando em consideração todo conteúdo aqui descrito, conclui-se que a análise do


solo é um recurso fundamental para os produtores de café, pois ela identifica as
condições do solo e indica os elementos presentes nele. De posse desses dados é
possível analisar os elementos com baixa presença, para que seja realizado o
complemento/correção da área. Desta forma, após identificada a quantidade
necessária para o desenvolvimento da planta, é possível realizar a adubação do café
de forma adequada, evitando perca do adubo. O resultado dessa prática é a economia
no gasto com os fertilizantes e o efeito mais valoroso é o aumento na produção da
lavoura.

41
4. ANEXOS
4.1. Anexo 1 – Questionário proprietário Wildes

Nome do proprietário: Wildes Lipiraze Amorim

Município da propriedade: Guaçuí/ES

1 – Qual o tamanho da área destinada ao plantio de café? A área é de 12 hectares


destinados ao plantio de café. A propriedade também possui áreas destinadas a pasto
e plantio de milho.

2 – Qual a quantidade de mudas de café plantadas nesta área? Atualmente o sítio


possui 47 mil mudas de café plantadas e elas estão sendo renovadas.

3 – Qual espaçamento utilizado para o plantio do café? Nas áreas mais antigas o
espaçamento utilizado foi de 3 metros de corredor por 1,5 metro de pé a pé. As novas
lavouras estão sendo plantadas de acordo com relevo da propriedade, mantendo a
distância de 2,5x1 metro e 3x1 metro.

4 – Qual a idade e média de produção da lavoura? Há lavouras de diversas idades,


tem lavoura com 1 ano, com 20 anos, que já foi realizada a poda e está indo para 3ª
colheita após a poda, produzindo em média 110 sacas de café. A produção total das
lavouras do sítio é em média de 450 sacas por ano.

5 – Para realizar o plantio da lavoura de café foi realizada análise do solo? Não
foi realizada.

6 – Você possui algum acompanhamento técnico da produção da lavoura? Se


sim, qual? Sim, sempre há empresas que oferecem assistência e venda dos produtos
para produção do café. A cooperativa Coocafé é a que se tem mais contato pelo fato
de ser cooperado da mesma.

7 – Você realiza a análise do solo periodicamente? Se sim, de quanto em quanto


tempo? Sim, faço análise de solo uma vez por ano. Mas existem lavouras que
realizado ano sim e ano não, devido ao fato de as lavouras estarem em recuperação
por conta da alta carga de café.

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8 – Você cumpre e oferece à lavoura os nutrientes identificados com valores
baixos na análise? Sim, sigo o que foi pedido pela análise de solo e é perceptível a
economia quando é seguindo as indicações da análise.

9 – Você observa diferença na produção quando seguidas as indicações da


análise de solo? Se sim, quais? Sim, visualmente as lavouras ficam mais bonitas,
com tom verde escuro das folhas, além de produzir em grande quantidade e os grãos
de café graúdos.

10 – Para você, existe alguma dificuldade na realização da análise de solo? Não


há dificuldade, porém, há anos que não consigo realizar a análise de todos os talhos,
pelo fato de somente eu ser responsável pelas lavouras.

11 – Você acredita na real importância de se realizar periodicamente a análise


do solo? Sim, acredito muito no resultado. Pois, como falado anteriormente, é notável
a economia com adubação, além do fato do resultado ser perceptível quando
realizada a análise e adubação indicada por ela.

Observações:
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4.2. Anexo 1 – Questionário proprietária Ednéa

Nome do proprietário: Ednéa Rodrigues da Silva

Município da propriedade: Guaçuí/ES

1 – Qual o tamanho da área destinada ao plantio de café? Possui 4 hectares


destinados ao plantio de café.

2 – Qual a quantidade de mudas de café plantadas nesta área? Possui 10 mil


mudas de café, onde 70% delas está em produção.

3 – Qual espaçamento utilizado para o plantio do café? O café foi plantado pelo
meu pai, seguindo um espaçamento de 2,5 metros de beco por 1,20 metro de pé a
pé. E há 2 anos foi feito o plantio de 3000 mil mudas com espaçamento de 3x0,8
metros.

4 – Qual a idade e média de produção da lavoura? Há lavoura com 1 ano, outra


com 2 anos e as lavouras que estão em produção possui 8 e 9 anos. A lavoura que
possui 9 anos recentemente foi podada. A produção média é de 75 sacas por ano.

5 – Para realizar o plantio da lavoura de café foi realizada análise do solo? Não
foi realizada análise para o plantio do café, apenas compra do adubo de plantio e
calcário para serem misturados a terra das covas no momento do plantio.

6 – Você possui algum acompanhamento técnico da produção da lavoura? Se


sim, qual? Em partes, o acompanhamento ocorre esporadicamente através da
cooperativa Coocafé, mas na maioria das vezes sigo a experiência do meu pai que há
mais de 50 anos produz café.

7 – Você realiza a análise do solo periodicamente? Se sim, de quanto em quanto


tempo? Não realizo, nesse período todo que estou à frente da lavoura não realizei
análise de solo, mas pretendo futuramente fazer para correção do solo.

8 – Você cumpre e oferece à lavoura os nutrientes identificados com valores


baixos na análise? Não, pois ainda não fizemos a análise na área do plantio de café.

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9 – Você observa diferença na produção quando seguidas as indicações da
análise de solo? Se sim, quais? Não observo diferença, pois ainda não realizo a
análise nas minhas lavouras.

10 – Para você, existe alguma dificuldade na realização da análise de solo?


Acredito que não tenha, pretendo no próximo ano realizar análise nas lavouras.

11 – Você acredita na real importância de se realizar periodicamente a análise


do solo? Acredito que sim, pois é notável o resultado nas lavouras do sítio vizinho
estão sempre viçosas e folhadas. Acredito que seja por conta da proximidade que o
técnico mantém no acompanhamento mensal das lavouras.

Observações:
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4.3. Anexo 1 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário(a), em uma pesquisa cientifica.
Caso você não queira participar, não há problema algum. Você não precisa me explicar por que, e não
haverá nenhum tipo de punição por isso. Você tem todo o direito de não querer participar do estudo,
basta selecionar a opção correspondente mencionada na página inicial.

Para confirmar sua participação você precisará ler todo este documento e depois, na página inicial
selecionar a opção correspondente.

Este documento se chama TCLE (Termo de Consentimento livre e esclarecido). Nele estão contidas as
principais informações sobre o estudo, objetivos, metodologias, riscos e benefícios, dentre outras
informações.

Este TCLE se refere ao projeto de pesquisa “A IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DA ANÁLISE DE


SOLO NA PRODUÇÃO DE CAFÉ”, cujo objetivo é “trabalho de conclusão de curso”.

Para ter uma cópia deste TCLE você deverá imprimi-lo, ou deverá gerar uma cópia em PDF para
guardá-lo em seu computador. Você também poderá solicitar aos pesquisadores do estudo uma versão
deste documento a qualquer momento por um dos e-mails registrados no final deste termo.

A pesquisa será realizada por meio de um questionário fisico, constituído por “11” perguntas. Estima-
se que você precisará de aproximadamente “30 a 60 minutos”. A precisão de suas respostas é
determinante para a qualidade da pesquisa.

O pesquisador poderá coletar dados diversos para subsidiar sua pesquisa, como fotos, vídeos,
gravação de áudio, inclusive de áudio ambiente, dados da propriedade, como procedimentos internos
de cultivo e produção, Wildes Lipariz Amorim CPF: 102.733.687-61 RG: 1924427 SSP ES TEL: 28-
999856649, END: Prox. Cachoeira tremedeira SN, zona rural, Guaçuí/ES.

O questionário estará disponível para ser respondido entre os dias 01/09 e 3110 de 2023.

Você não será remunerado, visto que sua participação nesta pesquisa é de caráter voluntária. Caso
decida desistir da pesquisa você poderá interromper o questionário e sair do estudo a qualquer
momento, sem nenhuma restrição ou punição.

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DA PROTEÇÃO DE DADOS E ANONIMIZAÇÃO

Os pesquisadores garantem e se comprometem com o sigilo e a confidencialidade de todas as


informações fornecidas por você para este estudo. Da mesma forma, o tratamento dos dados coletados
seguirá as determinações da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD – Lei 13.709/18).

É garantido a você o direito de retificação e exclusão dos dados pessoais fornecidos, mediante sua
participação no estudo, que deve ser efetuado mediante envio de e-mail pelo canal:
privacidade@senar-es.org.br.

Esta pesquisa foi aprovada pelo SENAR AR/-ES. Caso persistam dúvidas sobre o estudo, ou em caso
de denúncias e/ou sugestões, estaremos disponíveis para atender você no endereço constante no
rodapé do presente termo, no horário das 08h às 17h00, de segunda a sexta.

Você poderá também ligar para o telefone: (27) 3185-9202.

Para contatar um dos pesquisadores da pesquisa, você poderá encaminhar um e-mail, ligar ou mandar
mensagem pelo WhatsApp para eles a qualquer momento:

Fernando Vieira Raider tel: 27-999387202 e-mail: fernando_vieiraraider@hotmail.com

CONSENTIMENTO DE PARTICIPAÇÃO

Eu, concordo em participar voluntariamente do presente estudo como participante. O pesquisador me


informou sobre tudo o que vai acontecer na pesquisa, o que terei que fazer, inclusive sobre os possíveis
riscos e benefícios envolvidos na minha participação. O pesquisador me garantiu que eu poderei sair
da pesquisa a qualquer momento, sem dar nenhuma explicação, e que esta decisão não me trará
nenhum tipo de penalidade ou interrupção da minha participação em qualquer programa e/ou atividade
do SENAR-ES.

Fui informado também que devo imprimir ou gerar um PDF do TCLE para ter a minha cópia do TCLE e
que posso solicitar uma versão dele via e-mail para os pesquisadores.

Guaçui-ES 31/10/2023.

Assinatura:
CPF: 102.733.687-61

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5. REFERÊNCIAS

BATISTA, M. A.; INOUE, T. T.; ESPER NETO, M.; MUNIZ, A. S. Princípios de fertilidade
do solo, adubação e nutrição mineral. In: BRANDÃO FILHO, J. U. T.; FREITAS, P. S.
L.; BERIAN, L. O. S.; GOTO, R. Hortaliças-fruto [online]. Maringá, PR: EDUEM Editora
da Universidade Estadual de Maringá, 2018.

BRADY, N. C.; WEIL, R. R. Elementos da natureza e propriedades dos solos. 3.ed.


Porto Alegre, RS: Bookman, 2013.

BRASIL, E.C.; CRAVO, M.S.; VELOSO, C.A.A. Amostragem de solo. In: BRASIL, E.C.;
CRAVO, M. da S.; VIEGAS, I, de I. (Ed). Recomendações de calagem e adubação
para o estado do Pará. 2. ed. rev. e atual. Brasília, DF: Embrapa, 2020.

BUCK, G. A importância da amostragem e análise do solo. Informativo de


desenvolvimento tecnológico. Ano 4. Número 11. Dez. de 2015. Disponível em:
http://www.roundupreadyplus.com.br/2018/wp-
content/themes/rrplus/assets/boletins/boas_praticas_01.pdf Acesso em: 11 de nov. de
2023.

Café do Brasil Confira a história. Conselho Nacional do Café, Brasília, c2021.


Disponível em: https://cncafe.com.br/cafe-do-brasil-historia/ Acesso em: 20 de set. de
2023

CARDOSO, E. L., FERNANDES, A. H. B. M.; FERNANDES, F. A. Comunicado


Técnico 79, Análise de solos: finalidade e procedimentos de amostragem. Corumbá,
MS: Embrapa, 2009.

CAVATON, T.; DINIZ, A. J. Produção dos Cafés do Brasil ocupa 1,9 milhão de hectares
em 2023. Embrapa, 29 de jun. de 2023. Sumário Executivo Café Embrapa, 2023.
Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-
/noticia/81515963/producao-dos-cafes-do-brasil-ocupa-19-milhao-de-hectares-em-
2023#:~:text=produ%C3%A7%C3%A3o%20no%20Pa%C3%ADs-
,A%20produ%C3%A7%C3%A3o%20dos%20Caf%C3%A9s%20do%20Brasil%2C%
20inicialmente%20estimada%20para%20a,canephora%20(robusta%20e%20conilon)
. Acesso em: 18 de set. de 2023.
48
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(Especialização em Solos e Meio Ambiente) – Fundação de Apoio ao Ensino,
Pesquisa e Extensão, Universidade Federal de Lavras, Lavras.

GALRÃO, E. Z. Micronutrientes. In: SOUSA, D. M. G. de; LOBATO, E. Cerrado:


correção do solo e adubação. 2 ed. Brasília, DF: EMBRAPA Informação Tecnológica,
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solo/Tradução e adaptação de Alfredo Scheid Lopes. 2. ed. rev. e ampl. Piracicaba,
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LOPES, A. S. Boletim técnico 8 - Micronutrientes filosofias de aplicação e eficiência


agronômica. São Paulo: ANDA Associação Nacional para Difusão de Adubos, 1999.

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orientações. Macapá, AP: Embrapa, 2012.

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aproximação. Vitória, ES: SEEA; Incaper; CEDAGRO, 2007.

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