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VIGA EM DEFLEXÃO

BEAM IN DEFLECTION

Gustavo Toshiaki Kitaguchi Turma: mecnot

RESUMO

O experimento tem como objetivo obter as tensões de flexão na superfície de uma viga
de alumínio, e para isso, foram utilizados extensômetros elétricos de resistência em uma
Ponte de Wheatstone, em experimento em ponte completa, e um em meia ponte, e com
isso foram comparados os valores teóricos aos obtidos. A viga de alumínio testada estava
engastada em uma extremidade e na outra havia um suporte para poder haver o controle
dos pesos utilizados, onde serviam para mudar a carga para obter diferentes resultados.
Os extensômetros foram presos na viga e eles eram conectados a um computador que
mostrava os resultados obtidos. Os resultados obtidos foram as leituras de deformação, e
com isso foi utilizado a Lei de Hooke. Com os dados foi plotado um gráfico, onde foi
possível ver uma pequena variação utilizando cada uma das pontes. E com isso foi
possível analisar que com a utilização de extensômetros digitais os resultados obtidos
foram bem confiáveis.

PALAVRAS-CHAVE: Viga. Alumínio. Flexão. Extensômetro.

ABSTRACT

The experiment aims to obtain the bending stresses on the surface of an aluminum beam,
and for this, electrical resistance strain gauges were used in a Wheatstone Bridge, a full
bridge experiment, and a half bridge experiment, and the theoretical values were
compared to the obtained values. The aluminum beam tested was clamped at one end and
at the other end there was a support so that the weights used could be controlled, which
served to change the load to obtain different results. The strain gauges were attached to
the beam and they were connected to a computer that showed the results obtained. The
results obtained were the strain readings, and with this Hooke's Law was used. With the
data a graph was plotted, where it was possible to see a small variation using each of the
bridges. And with this it was possible to analyze that with the use of digital strain gauges
the results obtained were very reliable.

KEYWORDS: Beam. Aluminum. Bending. Gauges.

1 INTRODUÇÃO

Para o experimento proposto, foi utilizado uma viga de alumínio engastada, onde foram
colocados extensômetros em um ponto e na extremidade livre da barra foram aplicadas
cargas a partir de pequenos pesos removíveis.
Os extensômetros mandam os valores de deformação para um software, que apresenta os
dados na dimensão de [µm/m], onde esses valores foram anotados em uma tabela, depois
foram calculadas as tensões e por fim foi plotado um gráfico comparando os valores
experimentais e teóricos.

2 DESENVOLVIMENTO
2.1 METODOLOGIA

Primeiramente foram medidos os parâmetros geométricos:


b = 25,5 mm (Largura da barra);
h = 3,4 mm (Espessura da barra);
D = 230 mm (Distância do ponto da aplicação da carga até o ponto de medição das
deformações).
Foram feitos dois ensaios com a ponte de Wheatstone, um em ponte completa e um em
meia ponte. E para cada ensaio foram aplicados 4 estágios de carga.
Para determinar as tensões foram utilizadas as equações:
𝜎 = 𝑀𝑐 ⁄𝐼
𝑏ℎ 3 ℎ
𝐼= ; 𝑐 = ; 𝑀 = 𝑃𝑑
12 2

𝜎 =𝐸∗𝜀

|(𝜎𝑒𝑥𝑝 − 𝜎𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 )|
𝐸𝑟𝑟𝑜 =
𝜎𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜

Onde:
P = carga aplicada
E = módulo de elasticidade

2.2 RESULTADOS

Valores de deformação obtidos experimentalmente:


Tabela 1 Tabela 2
Leitura em ponte Leitura em meia
completa (120Ω) ponte
P[g] ԑ[µm/m] P[g] ԑ[µm/m]
230 198,0 230 197,5
440 388,2 440 387,5
670 587,6 670 585,0
900 785,5 900 782,5
Fonte: Produção do próprio autor
Figura 1 – Dados obtidos

Considerando módulo de elasticidade do alumínio:


E = 69 GPa
Tabela 3
σ(teórico) σ(1/2 Erro(1/2 σ(Pont. Compl.) Erro(Pont.
[MPa] ponte)[MPa] ponte) % [MPa] Compl.) %
10,76 13,63 26,67 13,66 26,95
20,59 26,74 29,87 26,79 30,11
32,37 40,37 24,71 40,54 25,24
42,13 54,00 28,17 54,20 28,65
Fonte: Produção do próprio autor
Figura 2 – Dados finais
Tensão x Carga
60,00

50,00
Tensão (MPa)

40,00

30,00

20,00

10,00
200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Carga (g)

1/2 ponte Ponte completa Teórico

Fonte: Produção do próprio autor


Figura 3 – Gráfico Tensão x Carga

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No experimento os resultados foram medidos separadamente para meia ponte e ponte


completa pois, se fossem acoplados os dois conectores ao mesmo tempo, haveria um
conflito interno, impedindo a medição. E caso os resultados obtidos fossem valores
negativos, o motivo seria pelo jeito que os cabos foram conectados.
Ao comparar os resultados obtidos pelo método experimental com os resultados teóricos,
foi possível analisar uma variação percentual muito grande, com mais de 20% em todas
as medidas. Onde as medições com ponte completa apresentaram uma variação maior do
que com a meia ponte. E estas variações podem ser decorridas de vários fatores, como a
desconsideração das massas do suporte dos pesos, ou, como o sensor é muito sensível,
podem ter ocorrido interferências no software, além de sofrerem influência das
resistências dos fios condutores, a umidade do ar e a temperatura também podem afetar
os resultados.
Já as diferenças entre os valores de meia ponte e ponte completa, podem ser porque a
meia ponte apresenta um valor menos preciso nas medições.
Apesar de se desconsiderar os fatores do ambiente na obtenção dos resultados, o uso desse
método é bem viável. Para obter resultados mais precisos poderiam ser considerados as
massas dos suportes dos pesos, e outros fatores externos.
Além disso, o uso desse equipamento pode ser bem útil quando o material a ser medido
tem uma geometria muito complexa, onde o cálculo teórico é inviável.

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