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Nesse cenário, fortalece-se a ideia de que a PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NÃO
DEVE SE REDUZIR AO DOMÍNIO RESERVADO DO ESTADO, isto é, não deve se restringir
à competência nacional exclusiva ou à jurisdição doméstica exclusiva, porque revela TEMA
DE LEGÍTIMO INTERESSE INTERNACIONAL.
Por sua vez, essa concepção inovadora aponta para DUAS importantes CONSEQUÊNCIAS:
1) a REVISÃO DA NOÇÃO TRADICIONAL DE SOBERANIA absoluta do Estado, que passa
a sofrer um processo de relativização, na medida em que são admitidas intervenções no plano
nacional, em prol da proteção dos direitos humanos;
2) a cristalização da ideia de que o INDIVÍDUO DEVE TER DIREITOS PROTEGIDOS NA
ESFERA INTERNACIONAL, na condição de sujeito de Direito.
Tratados Internacionais
Prenuncia-se, deste modo, o FIM DA ERA em que a forma pela qual o Estado tratava seus
de Proteção dos
nacionais era concebida como um PROBLEMA DE JURISDIÇÃO DOMÉSTICA, decorrência
Direitos Humanos:
em sua soberania.
gênese e principiologia
Além das inovações constitucionais, como importante fator para a ratificação desses tratados
internacionais, acrescente-se a NECESSIDADE DO ESTADO BRASILEIRO REORGANIZAR
SUA AGENDA INTERNACIONAL, de modo mais condizente com as TRANSFORMAÇÕES
internas decorrentes do PROCESSO DE DEMOCRATIZAÇÃO.
A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988 CONSTITUI O MARCO JURÍDICO da transição
democrática e da institucionalização dos direitos humanos no Brasil.
Conclui-se, portanto, que o DIREITO BRASILEIRO FAZ OPÇÃO POR UM SISTEMA MISTO,
que combina regimes jurídicos diferenciados: UM REGIME APLICÁVEL AOS TRATADOS DE
DIREITOS HUMANOS e um OUTRO APLICÁVEL AOS TRATADOS TRADICIONAIS.
Sociais e Culturais)