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Tradução de proteínas

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Importante saber
• Código genético (estrutura do códon e anticódon)
• Estrutura dos ribossomos e tRNA
• Diferenças entre Tradução de procarioto e eucarioto
• Início
• Alongamento
• Terminação
• Onde ocorre

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Código Genético

• 1960 – Pelo menos 3 resíduos de nucleotídeos de DNA era necessário


para codificar cada aminoácidos.

• A, T, C e G Se agrupassem de 2 em 2 = 42 = 16 aminoácidos (n° insuficiente)

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Código Genético
• 1960 – Pelo menos 3 resíduos de nucleotídeos de DNA era necessário
para codificar cada aminoácidos.

• A, T, C e G Se agrupassem de 2 em 2 = 42 = 16 aminoácidos (n° insuficiente)

Se agrupassem de 3 em 3 = 43 = 64 aminoácidos (n° suficiente)

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Código Genético
• Códon = É uma trinca de nucleotídeos que codifica um
aminoácido específico.

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Código Genético
• Códon = É uma trinca de nucleotídeos que codifica um
aminoácido específico.

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Código Genético
• Um primeiro códon específico na sequência estabelece a fase de
leitura

Cada Fase de leitura apresenta uma sequência diferente de códons, mas provavelmente apenas uma vai
codificar para uma proteína

Quais seriam os códigos de três letras que codificam cada aminoácido?

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Código Genético
• 1961: A primeira descoberta para elucidação

Marshall Nirenberg (1927 – Johannes Heinrich Matthaei


2010): bioquímico estadunidense (1929 – ): bioquímico alemão

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Código Genético
• Poli U (poliuridato sintético) = mRNA sintético

• Extrato de E.Coli (enzima necessárias para


tradução = tRNA e ribossomo)

• GTP e ATP (Fonte de energia)

• Mistura de 20 aminoácidos em 20 tubos diferentes

• Cada tudo tinha um aminoácido radiomarcado.

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Código Genético
• Poli U (poliuridato sintético) = mRNA sintético UUU = Fenilalanina
• Extrato de E.Coli (enzima necessárias para
tradução = tRNA e ribossomo) CCC = Prolina
• GTP e ATP (Fonte de energia)
AAA = Lisina
• Mistura de 20 aminoácidos em 20 tubos diferentes

• Cada tudo tinha um aminoácido radiomarcado. GGG = Não obteve resultado

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Código Genético
• 1964: Nirenberg e Philip Leder

• Ribossomos isolados de E.Coli se ligam a aminoacil-tRNA especifico

Poli U Fenilalanil-tRNAPhe
Ribossomos Phe-tRNAPhe
sintético

Aminoacil-tRNA se ligam a 54 dos


64 códons possíveis

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• UGA: Selenocisteína

• mRNA e tRNA específico

• São raros

• 25 genes (humano)

• Não está presentes em plantas


superiores, leveduras, e na maioria
das bactérias

• Knockout do gene do tRNA é letal

• Papel antioxidante
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Código Genético
• Um aminoácido pode ser codificado por mais de um códon (Degenerado)

• Código genético é quase universal

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Código Genético
• Um aminoácido pode ser codificado por mais de um códon (Degenerado)

• Código genético é quase universal.

• Mitocôndrias, algumas bactérias e eucariotos


unicelulares.

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Código Genético
• Anticódon: uma sequência de três bases do tRNA, que irá parear com
os códons do mRNA.
• A primeira base do códon do mRNA (5’ para 3’) pareia com a terceira base do
anticódon.

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Código Genético
• A, U, C e G

Se agrupassem de 3 em 3 = 43 = 64 combinações = 64 tRNA

• Alguns anticódons de tRNA, incluem o nucleotídeo inosinato


(hipoxantina) = Ligação de hidrogênio com A, U e C

Arginina 16
Código Genético
• Interação códon-anticódon, Crick postulou que a terceira base da
maioria dos códons pareia de maneira mais frouxa com a base
correspondente do anticódon.

Hipótese da Oscilação

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Código Genético
• Hipótese da Oscilação
• 4 Relações
1. As duas primeiras bases de um códon no mRNA sempre estabelecem fortes
pareamentos de bases Watson-Crick correspondentes no anticódon do tRNA e
conferem a maior parte da especificidade do código.

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Código Genético
• Hipótese da Oscilação
• 4 Relações
2. A primeira base do anticódon (5’ para 3’) determina o número de códons
reconhecido pelo tRNA.

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Código Genético
• Hipótese da Oscilação
• 4 Relações
3. Quando um aminoácido é especificado por diversos códons diferentes, os
códons que diferem em uma das duas primeiras bases necessitam de tRNA
diferentes.

4. Um mínimo de 32 tRNA são necessários para traduzir todos os 61 códons (31


para codificar os aminoácidos e um para o início da tradução).

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Síntese Proteica

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Síntese Proteica em Procariotos
• Ribossomos
• 15 mil ribossomos em E.coli
• 65% rRNA e 35% de proteínas
• Duas subunidades: 30S e 50S = 70S

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Síntese Proteica em Procariotos

Conservação na
estrutura secundárias
dos rRNA

Verde=regiões conservadas

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Ribossomos

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RNA
transportador
• Adaptadores na tradução (Ácidos
nucleicos para proteínas).
• Um fita simples de RNA (73 – 93
resíduos de nucleotídeos).
• As células tem pelo menos um
tipo de tRNA para cada
aminoácido (32 tRNA para todos
os códons).

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RNA
transportador
• Adaptadores na tradução (Ácidos
nucleicos para proteínas).
• Um fita simples de RNA (73 – 93
resíduos de nucleotídeos).
• As células tem pelo menos um
tipo de tRNA para cada
aminoácido (32 tRNA para todos
os códons).

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Síntese Proteica

• Iniciação
• Alongamento
• Terminação

• Ativação de precursores antes da síntese


• Processamento depois da síntese

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Síntese Proteica em Procariotos
• E.Coli
• 5 Estágios

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Síntese proteica: Ativação dos aminoácidos
• Exigências:
• (1) O grupamento carboxila de cada aminoácido deve ser ativado: facilitar a
ligação peptídica;
• (2) Elo entre um aminoácido e a informação no mRNA.
• Citosol
• Aminoácidos ao tRNA = aminoacil-tRNA-sintetase

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Síntese proteica: Ativação dos aminoácidos

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Síntese proteica: Ativação dos aminoácidos

31
Síntese proteica:
Ativação dos
aminoácidos

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Síntese proteica: Iniciação
• Um aminoácido específico inicia a síntese proteica
• AUG (Metionina)

• Met início ≠ Met interno

• Em bactérias, dois tipos diferentes tRNA


• tRNAfMet e tRNAMet
• No Códon de iniciação é adicionado a N-formilmetionina (fMet)
• Com a adição da N-formil no
grupo amino, fMet não entra
em posições internas.

• Permite fMet-tRNAfMet se
ligue no sítio de iniciação do
ribossomo.
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Síntese proteica: Iniciação
• Um aminoácido específico inicia a síntese proteica.
• AUG (Metionina)

• Em eucariotos, todos os peptídeos sintetizados no ribossomos citosólicos iniciam


com um resíduos de Met, os tRNA são diferentes do início e da posição interna.

• Mitocôndrias e cloroplasto usam N-formilmetionina (fMet).

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Síntese proteica: Iniciação
• Três etapas na iniciação de procariotos
• A subunidade 30S do ribossomo
• mRNA que codifica o polipeptídio a ser produzido
• fMet-tRNAfMet
• Um conjunto de três proteínas, fatores de iniciação (IF1, IF2 e IF3)
• GTP
• A subunidade 50S do ribossomo
• Mg2+

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Síntese proteica: Iniciação
• Três etapas na iniciação de procariotos

• Sítio E, P e A
• A: Sítio Aminioacil
• P: Sítio Peptidil
• E: Sítio de Saída

• Sítio A e P se ligam a aminoacil-tRNA


• Sítio E se liga ao tRNA descarregado

• IF1: impede se liga ao sítio A e impede a ligação do tRNA


durante a iniciação.
• IF3: impede que as subunidade 30S e 50S sem combine antes
da hora.

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Síntese proteica: Iniciação
• Três etapas na iniciação de procariotos

• Sequência de Shine-Dalgano
• 4 a 9 resíduos de purinas
• 8 a 13 nucleotídeos

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Síntese proteica: Iniciação
• Três etapas na iniciação de procariotos

• IF2 ligado ao GTP liga-se ao ribossomo 30S e


recruta fMet-tRNAfMet

• Pareamento do anticódon com o Códon AUG

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Síntese proteica: Iniciação
• Três etapas na iniciação de procariotos

39
Síntese proteica: Iniciação
• Eucariotos

• São 12 fatores de iniciação


• elF1A e elF3 (ligação do tRNA
iniciador e impede a combinação das
subunidades)
• elF1 liga ao sítio E
• elF2 ligado ao GTP se liga ao tRNA
carregado.
• elF4F se liga ao mRNA
• elF4E, elF4A (atpásica e
helicase e elF4G (proteína
ligadora)
• elF4G se liga a elF3 e elF4E
(liga ao cap 5’).

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41
Síntese proteica: Alongamento= Formação
da ligação Peptídica
• Procariotos
• Complexo de iniciação
• Aminoacil-tRNA
• Fatores de alongamento (EF-Tu, EF-Ts e EF-G)
• GTP
• 3 etapas

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Síntese proteica: Alongamento= Formação
da ligação Peptídica
• Procariotos

• Primeira etapa
• Complexo aminoacil-tRNA/EF-Tu/GTP se liga
no sítio A
• GTP é hidrolisado, EF-Tu/GDP é liberado
• GDP e ligado ao EF-Ts
• GDP é fosforilado se libera a Ts e o EF-Tu/GTP

43
Síntese proteica: Alongamento= Formação
da ligação Peptídica
• Procariotos

• Segunda Etapa

• Formação da ligação peptídica


entre os sítio A e P

• AA1 transferido do aa do sítio


P para o aa no sítio A

• Peptidil-transferase (rRNA
23S)

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Síntese proteica: Alongamento= Formação
da ligação Peptídica
• Procariotos

• Terceira Etapa

• O ribossomo move o anticódon em direção à extremidade 3’


do mRNA.

• Sítio A para P

• tRNA descarregado para sítio E

• EF-G (translocase) – se liga no sítio A e desloca peptdil-tRNA.

• Eucariotos semelhantes: eEF1α, eEF1βγ e eEF2

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Síntese proteica: Terminação
• Três códons de terminação: UAA, UAG e UGA.

• Em bactérias: Sítio A ocupado


• Três fatores de terminação: RF1, RF2 e RF3

• Hidrólise da ligação peptidil-tRNA terminal


• Liberação do polipeptídio e do último tRNA
(não-carregado), do sítio P
• Dissociação do ribossomo 70S

RF1: reconhece os códons UAG ou UAA


RF2: reconhece os códons UGA ou UAA

• Em Eucariotos: único fator de terminação: eRF

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Síntese proteica: Terminação

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Síntese de proteínas em procariotos
• Transcrição e tradução acontece simultaneamente

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Inibição da síntese de proteína
• Antibióticos e toxinas naturais
• Puromicina (fungo, Streptomyces alboniger)

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Inibição da síntese de proteína
Inibem a síntese proteica em bactérias por meio do bloqueio do sítio A do
ribossomo, impedido a ligação do aminoacil-tRNA.

Inibem a síntese proteica em bactérias, bem como nas mitocôndrias e


cloroplasto, bloqueando atividade da peptil-transferase, ele não afeta a síntese
de proteínas no citosol de eucariotos.

Bloquear atividade da peptil-transferase do ribossomo 80S, mas não de 70S


de bactérias (nem das mitocôndrias e cloroplastos).

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Inibição da síntese de proteína

Causa uma leitura errada do código genético (em


bactérias) em concentrações baixas e inibe a iniciação em
concentrações altas.

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Próxima aula
• Processamento
• Endereçamento
• Regulação da expressão gênica

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Bom almoço e bom fim de semana!

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