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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE CABINDA

DEPARTAMENTO DE GESTÃO E CONTABILIDADE

TEMA:
APLICAÇÃO DAS DERIVADAS EM MATEMÁTICA
FINANCEIRA.
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS COM RECURSOS A DERIVADA.

Trabalho elaborado e defendido para obtenção de


nota na cadeira de Matemática II.

1º Ano Académico
Período: Matinal/Regular

CABINDA, ABRIL DE 2022


INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE CABINDA
DEPARTAMENTO DE GESTÃO E CONTABILIDADE

A VIDA NO INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE CABINDA

Trabalho elaborado e defendido para obtenção de


nota na cadeira de Matemática II

Elaborado Por: Sadraque M. Sassa

Docente: Xavier Buela.

CABINDA, ABRIL DE 2022


AGRADECIMENTO

A Deus que até aqui me tem ajudado a supercar as dificuldades na trajetória árdua na
minha vida.
A minha instituição pela metodolgia de ensino que profere.
Aos meus docentes pela competência que nos tem auferido, especialmente ao Docente
Xavier Buela por uma tão grande benéfica tarefa na pesquisa deste trabalho que de uma
maneira outra tornou mais eficás e aprofundado o nosso conhecimento.
Aos meus colegas por toda ajuda nos momentos de aula na sala.
Aos meus familiares que são a minha minha maior assistência na formação
universitária, especialmente a Moisés Sassa meu irmão que sempre creu que eu seria um bom
gestor e contabilista.
Meus sinceros agradecimentos.

Á minha Instituição, administrativos e


Docentes, Colegas, e a todos que estão ligaodos á
instituição.
Aos meus familiares especialmente ao
meu filho Lírio Sassa.
Eu dedico este trabalho.

I
RESUMO.

O sucesso de uma empresa passa por um bom planejamento dos seus custos
operacionais. A derivada tem um importante papel na determinação do custo marginal dentro das
organizações empresarias. Desde o seu surgimento até os dias atuais, a derivada ou cálculo
diferencial, assume fundamental importância para o desenvolvimento de outras ciências. Na
economia, sua aplicação destaca um importante papel quando se quer dimensionar os custos de
se produzir unidades além do que planejado. É nesse contexto que surge o custo marginal,
importante ferramenta da economia que ajuda economistas e administradores a calcular o custo
de se produzir uma unidade a mais além da produção total. O cálculo diferÊncial é um
instrumento matemático que os profissionais ligados ligados á gesão empresarial utilizam para
se determinar o custo marginal de produção dando condições para que eles procedam a sua
análise de de forma eficiente e confiável.

II
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 1
1. OBJECTIVOS ......................................................................................................................... 2
2. OBJECTIVO GERAL ............................................................................................................. 2
3. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................................ 2
CAPITULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................ 3
1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS DAS DERIVADAS ..................................................................... 3
1.2 HISTÓRIA DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ................................................................. 5
CAPITULO II A TEORIA DA ANÁLISE MARGINAL ............................................................ 10
2.1 CUSTO MARGINAL ............................................................................................................. 10
2.2 RECEITA MARGINAL ......................................................................................................... 13
2.3 LUCRO MARGINAL ............................................................................................................ 14
2.4 ELASTICIDADE .................................................................................................................... 15
CAPITULO III EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO ....................................................................... 17
TEOREMA E DESTAQUE .......................................................................................................... 24
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................................ 25
RECOMENDAÇÕES FINAIS ..................................................................................................... 26
ANEXOS ...................................................................................................................................... 28
APÊNDICE ................................................................................................................................... 31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................... 32

III
INTRODUÇÃO

A Matemática é uma ferramenta extremamente útil para o desenvolvimento de várias


ciências. Entre muitos dos seus conteúdos, está a Derivada, importante ferramenta do Cálculo
utilizado em vários ramos do saber.
Descoberto por Leibniz e Newton, no século XVII, o cálculo derivado tem sido
utilizado na descoberta da taxa de variação no comportamento de grandezas variáveis, de forças
ou objetos em movimento. Na economia, éassunto fundamental na determinação da Análise
marginal de produção. De acordo com Menezes (2010, p. 2.)
Conhecimento do processo de derivação é importante em virtude das inúmeras áreas de
aplicações em diferentes ramos da ciência. Para tanto seu estudo foi desenvolvido ao longo de
2500 anos, com o auxílio de diversos matemáticos. As idéias foram se aperfeiçoando e o que era
apenas o estudo da reta tangente, se transformou em uma magnífica e poderosa ferramenta para
resolução de problemas. A definição de derivada como é conhecida hoje, deve-se a Cauchy que a
apresentou por volta de 1823, como razão de variação infinitesimal, embora Newton e Leibniz,
já no século XVII tenham utilizado os fundamentos desse conceito como método para relacionar
problemas de quadraturas e tangents
MARQUES (2006) descreve que problemas em administração e economia, na maioria
das vezes envolvem maximização de lucro e receita, e minimização de custos. Podendo então,
com o auxílio da derivada, calcular o máximo de lucro que uma indústria pode obter e o menor
custo, na confecção do produto.
Segundo MUNEM & FOULIS (1982), em economia, o termo “marginal” é
freqüentemente usado como um sinônimo virtual para “derivada de”. Por exemplo, se C é uma
função custo tal que ).(o custo da produção de x unidades de certa mercadoria, é chamado de
custo marginal da produção de ‫ ݔ‬unidades e ‫ ’ ܥ‬é chamada de função custo marginal. Desse
modo, o custo marginal é a taxa de variação do custo da produção por variação da produção por
unidade.
.

1
Em Economia, Análise Marginal se refere ao uso de derivadas de funções para
estimar a variação ocorrida no valor da variável dependente, quando há um acréscimo de 1
unidade no valor da variável independente.
Sendo assim, interessa-nos saber sobre a importância do Cálculo derivado para a
matemática financeira como ferramenta útil no planejamento da produção de um determinado
bem e quais as consequências que o aumento dessa produção pode trazer para os detentores das
tecnologias de produção.
A intenção deste trabalho de investigação é levar ao estudante uma maior compreensão
e aplicação dos cálculos a matemática financeira. Mediante o revelar da matemática que está
subsidiando os conceitos e definições financeiros-econômicas que se busca entender suas
ligações, bem como sua sedimentação atravez de exemplos e exercícios pertinentes e ilucidativos.

4. OBJECTIVOS.

Neste capitulo estão descrito o objectivo geral e objectivos específicos deste trabalho

1.1 OBJECTIVO GERAL


o objectivo geral deste trabalho é estudar aplicação das derivadas em matemática
financeira.
1.2 OBJECTIVOS ESPECÍFICOS.
Objectivos específicos deste trabalho são:

 Estudar os conceitos de derivada da função;


 Abordar a teoria da análise marginal;
 Resolver problemas de matemática aplicadas em matemática financeira;

2
CAPITULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS DAS DERIVADAS


De acordo com Eves (2002), o século XVII foi extremamente produtivo para o
desenvolvimento da matemática, graças, em grande parte, às novas e vastas áreas de pesquisas
que nela se abriram. Indubitavelmente, porém, a realização matemática mais notável do período
foi à invenção do cálculo, perto do final do século, por Sir Isaac Newton (1642-1727) que
desenvolveu métodos analíticos unindo técnicas matemáticas já conhecidas, o que tornou
possível a resolução de problemas de vários tipos, como o de encontrar áreas, tangentes e
comprimentos de curvas assim como máximos e mínimos de funções, e por Gottfried Wilhelm
Von Leibniz (1646-1716) o qual o destino tinha reservado a tarefa de elaborar uma notação
apropriada assim como a de nomear o Cálculo Diferencial e Integral. O curioso é que o
desenvolvimento histórico do cálculo seguiu na ordem contrária a apresentada em textos e cursos
básicos atuais sobre o assunto, ou seja, primeiro surgiu o cálculo integral e muito depois o
cálculo diferencial. A idéia de integração teve origem em processos somatórios ligado ao cálculo
de área e de certos volumes. A diferenciação, criada bem mais tarde, resultou de problemas sobre
tangentes e de questões sobre máximos e mínimos. Sendo a diferenciação a operação inversa da
integração.
Conforme algumas informações contidas no site história das derivadas1 (apud
paranhos, 2009, p. 1), alguns matemáticos já utilizavam conceitos de cálculo para resolver
problemas, porém de forma imprecisa e não rigorosa. Cavalieri, Isaac Barrow, Pierre de Fermat e
Johann Kepler são alguns deles. Porém a sistematização, estruturação e aperfeiçoamento do
cálculo só viria mais tarde com Newton e Leibniz que deram origem aos fundamentos mais
importantes do Cálculo: o Diferencial e o Integral. A questão da derivada está intimamente
ligada às retas tangentes a curva nos pontos tomados e suas implicações com máximos e
mínimos. Os Gregos da Antiguidade já tinham o conceito de reta tangente a uma curva em um
ponto. O interesse por tangentes a curvas reapareceu no século XVII, como parte do
desenvolvimento da geometria analítica. Como equações eram então utilizadas para descrever
curvas, a quantidade e variedade de curvas estudadas aumentaram bastante em comparação
àquelas conhecidas na época clássica.

3
De acordo com Diniz (2006), no século XVII Pierre Fermat (1601 – 1665), foi o
primeiro a considerar várias curvas inteiras de uma só vez, as quais foram chamadas parábolas
superiores, denominadas curvas da forma y = kxn, onde k é constante e n = 2, 3, 4,... Dessa
forma a introdução da álgebra no estudo da geometria de curvas, teve grande contribuição para o
desenvolvimento da derivada. Fermat desenvolveu um processo algébrico que determinou os
pontos máximos e mínimos sobre uma curva, que na visão geométrica significa encontrar os
pontos onde a tangente à curva tem inclinação zero. Já René Descartes (1596-1650) estabeleceu
a relação entre a Geometria e a Álgebra, denominada de Geometria Analítica, onde criou um
processo para encontrar a tangente a uma curva partindo de dupla raiz, técnica aperfeiçoada por
Johan Hudde (1628-1704). No entanto, devido ao trabalho intimamente relacionado com as
derivadas, Joseph-Louis Lagrange (1736-1813), que publicou inúmeros trabalhos de alta
qualidade em várias áreas da ciência matemática, dentre elas Teoria dos Números, Teoria das
Funções, Cálculo das Probabilidades, Teoria dos Grupos, Equações Diferenciais, Mecânica dos
fluidos, analítica e celeste, afirmou ser Fermat o criador do cálculo.
Segundo Paranhos (2009), a questão das tangentes a curvas foi de especial importância
para Newton ao estudar os movimentos dos planetas. Em 1665 pesquisando o traçado das
tangentes e tentando determinar volumes de barris de vinho, criou o método de fluxos ou fluxões
atualmente denominado cálculo diferencial. Em 1666 ao pesquisar quadraturas, produziu um
manuscrito que chamou de método inverso das fluxões, o que mostra que Newton enxergou o
que seus precedentes Fermat, Cavalieri e Barrow não haviam visto, que o traçado das tangentes
(derivação) e a quadratura das curvas (integração), são operações inversas uma da outra. O que
gerou sua celebre frase: “Se enxerguei mais longe, foi porque me apoiei sobre ombros de
gigantes”. Todavia, Newton não se interessou em publicar seus trabalhos e manuscritos, eles
circulavam apenas entre um pequeno número de pessoas em Cambridge, onde tinha sua cátedra.
Ao esconder seus estudos do mundo, Newton corria o risco de ver suas idéias serem
redescobertas por outros, o que de fato aconteceu.

4
1.2 HISTÓRIA DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS.

Os currículos de matemática do século XX até meados do mesmo século não so- freram
grandesalterações. Consistiam, em sua maioria, numa forma de ensino no qual os alunos apenas
reproduziam o que era passado pelos professores, em exercícios de repeti- ção, fazendo com que
muitos estudantes não aprendessem, de fato, as técnicas utilizadas nas resoluções, se apegando
na memorização dos procedimentos (SCHOENFELD,1996).
Nessas condições, houve a necessidade de se fazer uma adaptação nas tendências em
educação matemática, o que provocou por volta dos anos 1960, a criação do Movimento da
Matemática Moderna, cujo ensino era baseado na lógica, na abstração e no formalismo. Criou-se
uma grande expectativa em torno deste Movimento, por se tratar de uma revolução na forma de
ensinar matemática, mas o Movimento esbarrou no despreparo dos professores em relação a esse
tipo de ensino, o que junto com outras fatores, fez com que o Movimento não atingisse nenhum
resultado esperado, como explica Onuchic e Allevato(2011): O tratamento excessivamente
abstrato, o despreparo dos professores para este trabalho, assim como a falta de participação dos
pais de alunos, nesse movimento, fadou-o ao fracasso. (ONUCHIC; ALLEVATO,2011, p. 78).
Conforme nos diz Romanatto(2012),
Esse movimento não teve o sucesso esperado e assim continuou a busca por uma
educação matemática de modo a preparar os estudantes para um mundo que exigia cada vez mais
conhecimentos matemáticos. (ROMA- NATTO, 2012, p. 302). A partir das décadas de 1970 e
1980, muitos pesquisadores e professores, principalmente nos Estados Unidos, concentravam
seus estudos em torno de um modelo de educação matemática que fosse capaz de estimular o
aprendizado do aluno, colocando- o como centro do processo educativo. Nesse ponto, a
resolução de problemas surge como uma metodologia capaz de estimular o raciocínio, levando o
aluno a construir seu conhecimento através da aprendizagem por descoberta (ONUCHIC;
ALLEVATO,2011). O Conselho Nacional de Professores de Matemática - NCTM (sigla em
inglês de Na- tional Council of Teachers of Mathematics), lançou um documento no ano de 1980
intitulado An Agenda for Action – recommendations for School Mathematics of the 1980s
(NATIONAL COUNCIlL OF TEACHERS OF MATHEMATICS, INC.,1980), no qual foi
proposto que a Matemática a partir de então, tivesse foco na resolução de problemas, por

5
acreditar que esta metodologia seria capaz de aliar teoria e prática, resolvendo questões que
ultrapassassem as fronteiras das ciências matemáticas (ONUCHIC et al.,2014).
Com isso, muitos trabalhos vieram a divulger a resolução de problemas e suas
contribuições no processo de ensino-aprendizagem. Conforme nos diz Romanatto (2012), A
proposta sugerida aos professores de Matemática tem característica própria, pois os problemas
são tomados como desafios que possibilitam aos estudantes elaborar ou adquirir ideias e aspectos
da Matemática. Essa perspectiva metodológica da resolução de problemas permite ao estudante a
alegria de vencer obstáculos criados por sua curiosidade, vivenciando o “fazer matemática”.
(ROMANATTO,2012, p.302).
Na opinião das autorasOnuchic e Allevato(2011), muitos materiais foram produzidos
nessa fase, como lista de atividades e problemas. O foco nessa estratégia de ensino era a
aprendizagem por descoberta, sendo o aluno o principal responsável por tal.
Apesar do fato de a maioria das pesquisas acerca da resolução de problemas e seus
benefícios terem sido feitas basicamente nos anos 80, George Polya (1887 – 1985) já havia
feitos estudos e publicações a respeito do tema. Nascido na Hungria, Polya é considerado o pai
da Resolução de Problemas, e escreveu um dos principais trabalhos da área em 1944, intitulado:
A Arte de Resolver Problemas (POLYA, 2006). Nessa obra, o autor descreve quatro passos para
resolver qualquer problema. São eles:
1. Compreensão do Problema: Inicialmente, deve-se analisar todos os dados do pro-
blema a fim decompreendê-lo. Indagações e sugestões a serem feitas: Qual é a incógnita? Quais
são os dados? Qual é a condicionante? É possível satisfazer a condicionante? Trace uma figura.
Adote uma notação adequada.
2. Estabelecimento de um Plano: Alinhar todos os dados a fim de encontrar um plano de
resolução. Indagações e sugestões a serem feitas: Conhece um problema corre- lato? Considere a
incógnita! Deve-se introduzir algum elemento auxiliar para tornar possível a execução do plano?
Utilizou todos os dados? Levou em conta todas as noções essenciais implicadas no problema?
3. Execução do Plano: Colocar em prática e executar o plano estabelecido na fase
anterior. Indagações e sugestões a serem feitas: Verifique cada passo! É possível ver claramente
que o passo está correto? É possível demonstrar que ele está correto?
4. Retrospecto: Examinar a solução encontrada. Sugestões e indagações a serem feitas:
É possível verificar o resultado? É possível chegar ao resultado por um caminho diferente? É
6
possível utilizar o resultado, ou o método, em algum outro problema? Durante a resolução de um
problema,Polya(2006) descreve qual deve ser o posi- cionamento do professor diante dos seus
alunos. Sugere que atue como mediador, com- preendendo o entendimento e o raciocínio dos
estudantes, fazendo intervenções para lhes mostrar o melhor caminho para se chegar a uma
resposta correta. O autor diz que
Se o aluno não for capaz de fazer muita coisa, o mestre deverá deixar- lhe pelo menos
alguma ilusão detrabalho independente. Para isto, deve auxiliá-lo discretamente, sem dar na vista.
O melhor é, porém, ajudar o estudante com naturalidade. O professor deve colocar-se no
lugar do aluno, perceber o ponto de vista deste, procurar compreender o que se passa em sua
cabeça e fazer uma pergunta ou indicar um passo que poderia ter ocorrido ao próprio estudante.
(POLYA, 2006, p. 1).
Sobre Polya,Onuchic et al.(2014) nos diz que Sua preocupação estava voltada para a
melhoria das habilidades da re- solução de problemas pelos estudantes e, para que isso ocorresse,
era preciso que os professores se tornassem bons resolvedores de problemas e que estivessem
interessados em fazer de seus estudantes também bons resolvedores. (ONUCHIC et al.,2014, p.
23).
As quatro fases devem ser seguidas como um roteiro. Cita ainda a possibilidade de
ocorrer ao aluno uma ideia que lhe seja suficiente resolver o problema saltando as etapas, mas
que pode ser algo desastroso, se ele não compreender o problema. Ressalta a importância da
última fase: o retrospecto, pois, segundo ele, muitos detalhes podem se perder, se o aluno não
examinar toda a solução. Segundo os autores Souza, Pizzol e Gaudio(2018), os quatro passos
sugeridos por Polya servem de base para a resolução de qualquer problema matemático, seja ele
de Geometria ou Regra de Três, ao seguir o roteiro, pode-se chegar ao resultado, inclusive nos
problemas não matemáticos.
Polya diz que todas as indagações e os passos que ele sugere são simples e que ocorrem
de forma natural, e sua lista é uma ordenação desses passos e sugestões, afirmando que Elas
indicam uma certa conduta que se apresenta naturalmente a qualquer um que esteja realmente
interessado em seu problema e tenha alguma dose de bom senso. Mas aquele que procede de
maneira certa geralmente não se preocupa em exprimir o seu procedimento em termos claros, ou
possivelmente é incapaz de fazê-lo. A nossa lista procura assim expressar tal fato. (POLYA,2006,
p. 3).
7
O trabalho desenvolvido por George Polya inspirou muitos outros trabalhos na área,
principalmente nas contribuições que a Resolução de Problemas poderia ter dentro da Educação
Matemática. Com isso, durante os anos 70, surgia pesquisas acerca da utilização da Resolução de
Problemas dentro dos currículos de Matemática, visto que nesse período, se buscava uma forma
de contornar o fracassodeixado por movimentos, como o Movimento da Matemática Moderna,
que insistiam em currículos de Matemática voltados a excessivas preocupações com o rigor de
demonstrações, baseados em estruturaslógicas, que enfatiza a teoria dos conjuntos. O ensino
nessa época, era então, voltado parademonstrações com linguagens complexas, distante de
situações práticas e reais (ALLEVATO;ONUCHIC,2009).
Sobre o início das pesquisas em torno da Resolução de Problemas, Allevato e Onuchic
(2009) afirmam que A importância dada à resolução de problemas é, portanto, recente e so-
mente nessa década é que os educadores matemáticos passaram a aceitar a ideia de que o
desenvolvimento da capacidade de resolver problemas me- recia mais atenção. A caracterização
da Educação Matemática em termos de resolução de problemas reflete uma tendência de reação a
caracte- rizações passadas, que a configuravam enfatizando a memorização de um conjunto de
fatos, o domínio de procedimentos algorítmicos ou um conhecimento a ser obtido por rotina ou
por exercício mental. (ALLEVATO; ONUCHIC,2009, p. 136).
ConfrmeOnuchic et al. (2014) eventos durante a década de 1970 enfatizavam a
importância da adoção da Resolução de Problemas como estratégia de ensino nas escolas, como
o “Segundo Congresso Internacional de Educação Matemática” (II-ICME), realizado na
Inglaterra em 1972 e o primeiro “Seminário de Pesquisa sobre Resolução de Problemas em
Educação Matemática”, na Universidade da Georgia, em 1976. Com a contribuição de diversos
pesquisadores, esses eventos mostram que a Resolução de Problemas ganhava cada vez mais
força no cenário mundial. Na busca de um currículo escolar alinhado com as novas tendências
em Educação Matemática, a Resolução de Problemas como metodologia de ensino ganha o apoio
de pesquisadores que se empenhavam em uma melhor forma de se ensinar Matemática, e
principalmente, de se aprender Matemática (ALLEVATO; ONUCHIC,2009).
Apesar dos diversos trabalhos publicados,Onuchic e Allevato(2011) dizem que não
houve clareza na forma de utilizar a Resolução de Problemas em sala de aula, não havendo
concordância em como explorar esta metodologia para se atingir resultados.Onuchic(1999)
explica que essa divergência de opiniões se deu pelas diferentes ideias que se tinham na
8
abordagem da Resolução de Problemas em sala de aula e em como a usar como o foco do ensino
de Matemática, sendo essa a proposta do NCTM (1980) com o An Agenda for Action
(NATIONAL COUNCIlL OF TEACHERS OF MATHEMATICS, INC.,1980).
Segundo Schroeder e Lester (1989), há três diferentes formas de se abordar a Resolução
de Problemas em sala de aula: (1) ensinar sobre resolução de problemas; (2) ensinar matemática
para resolver problemas; e (3) ensinar matemática através da resolução de problemas. A primeira
abordagem consiste na aplicação do método de Polya, ou de suas variações, preocupando-se em
propor estratégias na Resolução de Problemas. Na segunda abordagem, prioriza-se a Matemática
e como ela pode ser útil para se resolver problemas do cotidiano. Aqui, o professor deveria
trabalhar o conteúdo com os alunos, e depois usá-lo na Resolução de Problemas. Os alunos são
avaliados de acordo com a capacidade de usar a Matemática nos problemas. No terceiro tópico,
ensinar Matemática através da Resolução de Problemas, o foco é no aluno e em como ele irá
construir conhecimento. Nessa abordagem, o professor inicia a aula com um problema, e os
alunos, usando conhecimentos já adquiridos anteriormente, discutem a resolução do mesmo, e
após, o professor faz a formalização do conteúdo.

No documento A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NO ENSINO DE ÁREAS DE


FIGURAS PLANAS E TEOREMA DE PICK (páginas 50-54)

9
CAPITULO II A TEORIA DA ANÁLISE MARGINAL

“Se eu vi mais (do que você e descartes) é porque me coloquei sobre os ombros de
gigantes”.
Sir Isaac Newton para Robert Hooke.

Para diversos Campos das ciências a utilização das derivadas se faz presente. Mas essa
aplicabilidade das derivadas terá uma interpretação específica no estudo financeiro. Neste, a
derivada de uma função é a taxa de variação, que para a economia e Administração, tem
significado identificado como marginalidade. Segundo Murolo (vide [15] p. 258), em todas as
Análises, será necessário ter clareza do significado econômico da palavra marginal.
O uso da táxa de variação pode ser descrita pelos conceitos de média ou marginal ( de
margem ). Conforme Leithold (vide [12] p. 169), o conceito de medida expressa á variação de
uma quantidade, enquanto que o conceito de marginal refere-se á variação instantânea na
primeira quantidade que resulta de uma pequena variação instantânea na segunda quantidade.
A análise marginal proporciona o aporte necessário ao estudo de certas funções que
trataremos neste capítulo, tais como: custo, receita e lucro; também ao conceito de elasticidade
associada ao preço e á demanda de um produto em relação a sua receita ou despesa.

2.1 CUSTO MARGINAL


Definição 2.1 (de Custo Marginal) o custo marginal de certo produto é
aproximadamente a variação ( acréscimo ou redução ) do custo total ao se produzir uma unidade
adicional deste produto.
Assim como o custo marginal é uma derivada, ou seja, a função custo marginal é
definida como a derivada da função custo seu valor fornece a taxa de variação instantânea do
custo em relação ao nível de produção, o nível de produção variar em uma unidade. Sendo C =
C(x) a função custo total de produção para certo produto e, admita C(x) diferenciável, então o
custo marginal é definido e representado por C'(x).

10
Para u.a produção de q unidades de um produto, o custo marginal C'(q) representa
aproximadamente a quantidade C(q+ 1 ) – C (q) que irá corresponder ao aumento do custo
quando o nível de produção variar em uma unidade.
Vamos determinar o chamado custo médio da produção de cada unidade q de um
produto, bastando para isso dividir o custo total pelo número de unidades produzidas, ou seja:

onde CM é denotada por função custo médio.

Lembremos que se uma função y = f (x), definida num intervalo [x1, x2], então a sua

derivada pode ser interpretada como a taxa de variação de y com relação à x.

Ao variar x, de x1 a x2, temos que a variação em x será:


∆x =x2- x1.
E ao variar a correspondente y, temos:
∆y = f(x2 ) – f(x1 ).
O quociente destas variações será:

Esta é a taxa média de variação de f (x) em relação à x, no intervalo [x2 , x1].


Para o caso em que x2 = x1+ h, onde h é a variação sofrida de de x1 a x2, então o valor
de x2 – x1, é ( x1 + h ) – f ( x1) ou h, sendo a taxa de varição media da função f (x) no intervalo
[x2 , x1] igual aː

Geometricamente, este aouciente pode ser interpretado como a inclinação de recta


secante PQ no ponto Q, conforme a figura 2.1 a seguir

11
b

f՚(x1) . h
( x 1,
f(x1) ))))

0 x

O limite quando a é a derivada de f em x1. A mesma pode ser entendida como a


taxa de variação instatânea de y em relação a x ou a inclinação da reta tangente no ponto P (x 1,
f(x1). Desta forma temos:

A derivada f՚(x1) mede a taxa de variação f(x) em x = x1.


Consideremos agora a aproximaçãoː

Multiplicamos ambos os membros por h, encontrando assim:

Se x varia de x1 a x1 + h, então a variação no valor da função f(x) é aproximadamente


f՚ (x1) vezes a variação h no valor de x.
A utilização principal desta ideia é obter o lado esquerdo da expressão para assim
estimar o valor do lado direito.
Observe que ao se dar uma pequena variação, chamada de h, em x, a quantidade
f՚(x1) . h fornece a variação correspondente em y ao longo da reta tangent em ( x1 , f(x1) ). Já a
quantidade fornece a variação em y ao longo da curva y = f(x). Quando o
valor de h é muito pequeno, f՚(x) . h é uma boa aproximação para a variação em f(x).
Proposição 1: seja C função custo total e CM a função custo médio, da classe C1, então:
1 seja C՚(q) > CM (q), então CM é crescente.
2 seja C՚(q) < CM (q), então CM é decrescenet.
3 q0 é um ponto critico de CM= CM(q), se e só se CM(q0) = C՚= (q0).

12
2.2 RECEITA MARGINAL
Definição 2.2 (de receita marginal) a receita marginal de certo produto é
aproximadamente a variação (acrescimo ou redução) da receita ao se vender uma unidade
adicional deste produto.
No universo financeiro a preocuoação não se aplica apenas nos custos envolvidos na
produção de um bem, mas tambem no faturamento que esta produção deva gerar. A receita
Marginal é determianda pela derivada da função receita, e a receita pode ser assim representadaː
R(q) = q.p, onde q representada a quantidade de um produto vendido e p representa o
preço atribuido a este produto.
Assim, podemos entender que a receita marginal nos forneça a variação do faturamento
correspondente á variação de uma unidade na venda de um produto. Então a receita marginal
será expressa por Rˊ(q).
Uma situaçrão interessante se dá quando associamos a perspectiva da teoria da demanda
de preço para determinar a função receita, e apartir dessa, fazer uma analise sobre que intervalo
de preço pode-se obter uma receita maxima.
Pela teoria economica, consumidores irão mais de um produto se o preço unitário deste
for menor, para cada quantidade q de um produto, tomemo f (q) á função demanda que
representa o maior preço unitário que se deseja adquirir. Então a função f(q) é decrescente, já que
para grandes quantidades devemos pela teoria economica ter preços menores.
q1< q2 ↔p2 = f (q2) < f(q1) = p1
Caso a função seja diferenciavel, não constante obtemos:

Assim a função receita pode ser rescrita


R(q)= q . p = q. f(q)

13
2.3 LUCRO MARGINAL
Outro conceito importante é o da função lucro marginal. Denotemos aqui por L(q) a
função lucro total e, a partir do conhecimento da função custo total Cˊ(q) e da função receita total
R(q), podemos definir o lucro total como a difernça entre as receitas total e custo total. Assim:
L(q) = R(q) – C(q)
Definição 2.3 ( de lucro marginal ): o lucro marginal de certo produto é
aproximadamente a variação ( acréscimo ou redução ) do lucro total ao se vender uma unidade
adicional deste produto.
Sendo L=L(q) a função lucro total da venda para certo produto e admita L(q)
diferenciável, então o lucro marginal é definida e representada por:
Lˊ(q)= R´(q) – C´(q)
Conforme Murolo ( vide [15] p. 266 ), na análise do lucro da comercialização de um
produto, é interessante avaliar a quantidade a ser comercializada para obter o lucro máximo.
Observe que como em circunstancias normais, os valores de L(q) e q são negativos e apresentam
a propriedade:
q1<q2 → L(q) < L(q2)
Então podemos verificar que o lucro cresce mediante o crescimento do consume.
Se L(q) for derivável, teremos:
L´(q) > 0, para todo q.

Proposição 2: Seja L a função lucro de classe C1.


1. Se R´(q) > C´(q), então L é crescente.
2. Se R´(q) < C´(q), então L é decrescente.
3. q0 é o ponto critico de L´(q) se, e somente se R´(q0) = C´(q0).
4. Se C uma função de classe C2, então é máximo em q0, CM= C´(q0).

Demonstração: O item 1 da proposição 2 nos permite observer que R´(q) > C´(q)
ocasionando um lucro crescente, então a proxima unidade do produto pode ser produzida. Já o
item da mesma proposição, no caso R´(q) < C´(q) nos assegura que a próxima unidade do
produto não deva ser produzida, já que o lucro sera decrescente.
Ao derivar a função lucro total, teremos:
14
L´(q) = R´(q) – C´(q) → L(q0) = 0 ↔ R´(q0) = C´(q0).
Como a máximização do lucro total depende de duas outras otimizações, a máximização
da receita total e a minimização do custo total. Podemos assim descrever:
R՚՚(q0) < 0 e C՚՚(q0) > 0 , logo L՚՚(q0) < 0
No entanto o lucro será máximizado em q0 se:
R՚՚(x0) < C՚՚(x0)
Em níveis de produção no qual o lucro total é máximo, implica que a receita marginal é
igual ao custo marginal.

2.4 ELASTICIDADE.
A elasticidade pode ser definida como a reação que as mudanças de uma variável
provocam a outra variável. Sendo assim, afirmar o oposto, que uma variável é inelástica significa
que a mesma não reage (ou reage insignicativamente) ás alterações sofridas por outras variáveis.

2.4.1 Elasticidade – preço da demanda.


Definição 2.4.1 ( Elasticidade – preço da demanda) Elasticidade – preço da demanda
denotada por E(p), para a função de demanda a um preço p, denotado por q= f(p), mede o
quanto esta demanda responde a variação de preço e, é expressa por:
՚
.

O conceito de elásticidade – preço, em demanda por exemplo é utlizada para verificaras


alterações da demanda de um produto mediante as mudanças dos preços.
Considerando a função de demanda q = f(p) que relaciona a quantidade em demanda
com o preço e, partindo do pressupostode que ocorreu uma variação nesta demanda, onde pode
ser expressa como variação percentual da forma:

15
Como (p), temos:

Pode-se afirmar, por aproximação que a derivada é dada por:

՚ ՚

Aplicando na variação percentual, teremos:


՚

Segundo Murolo (vide [15] p. 274), esta expressão pode usada para avaliar a
elásticidade da demanda em relação ao preço. E os economistas costumam avaliar a variação da
demanda em relação ao aumento de 1% do preço, o que dá uma variação do preço ∆p = 0,01p.
Assim:

՚ ՚

E denotando por Ep a elásticidade da demanda

՚
E(p)

A equação acima nos fornece, aproximadamente, o quanto a variação percentual


demandada responde ás variações de 1% no preço.

16
De acordo com Goldstein (vide [10] p. 226), f՚ (p) é semore negative para uma função
՚
de demanda típica, a quantidade também será negativa para todos valores de p. por

uma questão de conveniência dos economistas em trabalhar com números positivos, a


elásticidade de demanda fica definida como sendo essa quantidade multiplicada por – 1. A
equação poderia assim ser reescrita.
՚

Ainda pode se utilizar a notação de Leibniz para reescrever a equação

Como ՚ , a equação passaria a ser escrita:

CAPITULO III EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

3.1 Em uma indústria são produzidos q unidades de certo produto, no qual o custo total
desta produção é expresso por C(q) = 3q2 + 120q + 300. Em que nível de produção o custo
médio é mínimo?
Solução: O custo marginal sera determinado derivando a função custo total:
C՚(q) = 6q + 120
Agora calculemos o custo medio, bastando dividir a função custo médio por q:

CM

Assim:
C՚(q0) = CM = (q0)
Ou seja:

Então:
q0 = 10
E, como C՚՚(q) > 0, o custo médio é minimo em q = 10 e os C(10) = 1800

17
400
350
300
250
200
150
100
50

0 5 10 15 20

3.2 Uma empresa de turismo oferece diversos pacotes turísticos para a praia de porto
de Galinhas e região circunvizinha.
No sector financeiro da empresa foi verificado que um desses pacotes tem um preço
calculado pela função.
q2 - 10q + 300

Para uma quantidade q demanda estimada no intervalo de [0, 60] pessoas.


Determinar a quantidade q maxima que resulta na receita maxima deste pacote assim
como, o preço máximo que deve ser oferecido a este pacote turístico.
Solução : para esta situação, a função receita R(q) é dada por:
R(q) = q . p = q .( q2 - 10q + 300) = q3 - 10q2 + 300q

A receita marginal sera dada por:


՚ q2 - 20q + 300

18
O gráfico da R(q) é dada na figura asseguir, nele existm duas retas tangents horizontais
no valor de q o qual R՚(q) = 0.
՚ q2 - 20q + 300 = 0 → q՚ = 20 e q՚՚ = 60.

E, como é uma parabola com concavidade voltada para cima cujas raízes são q՚ = 20 e
q՚՚ = 60, valores que estão contidos no intervalo considerado [0, 60] e observando o gráfico
podemos perceber que para o valor de q = 60 a função não assume o valor máximo, temos então
que:
R (20)= (20)3 - 10.(20)2 + 300.(20) 2.666,67 é o valor máximo de R.

Logo a quantidade q máxima é 20.


Consequentemente o preço máximo para o pacote turístico sera:
2
- 10(20) + 300 133,33.

3000 (20;2666,67)

2500
2000
1500
1000
500

10 20 30 40 50 60

19
3.3 Uma campanhia de software planeja lançar no Mercado um novo produto para
atender a empresa de calçados. O sector financeiro estimou dois factores para este produto:
1. Sua demanda: p = - 0,04q + 600 q [ 0, 3000]
2. O custo total envolvido na fabricação do produto: C(q) = 0,06q2 + 200q + 60000.
Onde p representa o preço unitário do produto e q a quantidade demandada. Pede-se,
maximize o lucro.
Solução: neste caso a receita sera:
R(q) = 0,04q2 + 600q.
A receita marginal:
R՚(q) = 0,08q + 600.
Custo marginal:
C՚(q) = 0,12q + 200.
Logo:
R՚(q) = C՚(q) → - 0,08q + 600 = 0,12q + 200 → q = 2000.
Contudo, como:
R՚՚(q) = - 0,08 < C՚՚(q) = - 0,12
Concluímos então que a função lucro sera máxima quando q = 2000 ( já que este é um
ponto de máximo ). E como a função lucro é dada por:
L(q) = - 0,10q2 + 400q – 60000.
Onde no valor de q = 2000, teremos um lucro de:
L(2000) = - 0,10(2000)2 + 400(2000) – 60000 = 340000

20
400000

300000

200000

100000

500 1000 1500 2000 2500 3000

3.4 determinado produto apresenta uma demanada expressa pela função q = 40 – 4p ,


em que p é o preço do produto, para o intervalo de [0, 10] e, q a quantidade demandada.
Encontre e forneça uma interpretação da elásticidade – preço da demanda para os casos em que
(i) p = 3, (ii) p = 5, (iii) p = 9.

Solução: inicialmente determinemos a função elásticidade – preço da demanda


utilizando a equação (2.5).

21
Agora determinemos o resultado da elásticidade – preço da demanda para os dados
valores de p.
(i) Para p = 3
E (3) .

(ii) Para p = 5

E (5) .

(iii) Para p = 9
E (9) .

Quando E (3) indica que se houver um aumento percentual de 1% no


p = 3 do produto, a demanda sofrerá uma queda de 0.43 % ( aproximadamente ). Para E (5) =
ao subir em 1% o preço p = 5 a demanda reduzirá em 1%. Já para E (9) = indica que o
aumento em 1% do preço p = 9 implica uma redução na demanda de cerca de 9%.

3.5 considere a função q = 300 – 3q que representa a demanda q estimada para certo
produto, onde p é o preço compreendido do intervalo [0, 100]. Analisar os intervalos nos quais
a demanda é elastic, unitária e inelástica descrevendo o comportamento da receita e inclusive
graficamente.
Solução: valendo-se da equação a seguir e calculando o valor de E (3), temos:

Ou seja:
՚
onde ( p 100)

Vamos agora determinar os intervalos onde a demanda é unitária, elastic e inelástica.


Para uma demanda com elásticidade unitária, temos | | ( proposição )

22
| | | |

Como p [0. 100] e p 100 temos que 300 – 3p >0, implicando em que

| |

Assim:

| | ( )

Então

| |

A demanda será inelástica quando


| |

| |

Logo a demanda será inelástica para já que [ ]


A demanda sera elastic quando | |

| |

Logo a demanda será inelástica para , já que [ ]e


Para os intervalos obtidos temos: e | | , então a receita aumenta
neste intervalo. 50 < p <100 e | | então a receita diminui neste intervalo. 50 = p =100
e | | então a receita permanence constanet neste interval. E por base nas indicações
anteriores conclui-se que p = 50, a receita é maxima.
Sabemos que areceita em função do preço é dada por R(q) = q . p. como do problema
conhecemos a demanda, q = 300 – 3q, temos:
R(p) = p . (300 – 3p) = 300p – 3p2
Onde para R(p) = 0, tem-se:
300p – 3p2 = 0, p = 0 ou p = 100
E como a receita é maxima em p =50 onde R(50) = 300 . (50) – 3(50)2 = 7500.

23
Segue os gráficos (a seguir) da demanda com os respectivos intervalos para a
elásticidade e, da receita com os intervalos de crescimento e ponto de máximo:
3.6 O preço da produção de X unidades de carpetes para sala de estar é dado
pela função f(X) = 30+20 ∙X. Se o preço de venda de cada bateria é 60 − , para

X < 50.000, determine o número de baterias que devem ser fabricadas e vendidas para
que o lucro seja máximo.
SOLUÇÃO:
A função lucro será denotada por:
L(x) = x . (60 − ) – f (x)

L(x) = x . (60 − ) – [ 30 + 20 . x ]

L(x) = x . (60 − ) – 30 - 20 . x

L(x) = (40000. X + X2 – 30000)


Derivando a função Lucro e igualando a zero para determinar o ponto crítico:
L՚(X) = 40.000 – 2 . X
L՚(X) = 0
40.000 – 2 . X =X = 20000
-

TEORMA E DESTAQUE.

1. Seja C uma função da classe C2 se, CM = (q0) = C՚ = (q0) e C՚՚ = (q0) >0 , então
custo médio é mínimo em q0
Demontraçã: sendo CM = (q0) = C՚ = (q0), pelo item 3 da 1a proposição q0 é um ponto
critic em CM , a partir da segunda derivada da equação temos:
[ ՚՚ ՚ ] [ ՚ ]

Avaliando em q0 obtemos:
՚՚
՚՚

24
Logo q0 é o ponto mínimo de CM.
DERIVADA DE FUNÇÕES BÁSICAS
A derivada de uma função f constante é zero, isto é,
onde
De fato,

Teorema 1 (Derivada da função Potência)

Demonstração: por definição

[( ) ( ) ( ) ( ) ]

*( ) ( ) ( ) ( ) +

( )

25
CONSIDERAÇÕES FINAIS.

A história da matemática é um recurso didático no processo de atribuição de


significados aos conceitos matemáticos. Visto que a recuperação do processo historico de
construção de conhecimrntos matemáticos facilita o ensino aprendizagem do aluno. E a história
de criação de da derivada mostra as dificuldades que os matemáticos daquela época passaram ao
tentar resolver problemas de tangência e quadratica do circulo. Não obstante o seu estudo foi
realizado ao longo de 2500 com o auxílio de diversos matemáticos onde dois matemáticos foram
os maiores influenciadores na criação de derivadas Newton e Leibniz.
As derivadas não presente apenas no da matemática, mas também em muitas outras
ciências como a Física na determinação da velocidade e aceleração de um objecto.
Na economia empresarial, em actividades como a maximização da capacidade de
embalagens e minimização de custos, e como a taxa de variação ela ramos das ciências tais como
Física, Biologia entre outras.
A finalidade deste trabalho foi de mostrar as derivadas desde os aspectos históricos e a
sua aplicação em Matemática financeira.
Entretanto tenho a realçar que as aplicações das derivadas não se delimitam ao que foi
apresentado aqui. Na verdade a derivada constitui uma ferramenta ponderosa para o estudo e
análise de funções.

26
RECOMENDAÇÕES FINAIS

grande diferêncial da Matemática é a sua aplicação em situações reias, no intuito de facilitar a


vida em sociedade. O cálculo desde o seu surgimento, continua a ser aplicada em vários ramos
do conhecimento. Sendo ele é uma importante ferramenta utilizada pelos administradores e
economistas para se determinar o custo marginal de um produto, sabendo qual é a sua função de
produção. Essa ferramenta utilizada no plano empresarial pode ajudar as empresas a descobrir
qual o custo de se produzir uma unidade adicional de um determinado produto, facilitando dessa
forma no controle dos custos de produção e no aumento da eficiência sobre os mesmos.

 Nesta conformidade é recomendável aos estudantes, empresários e contabilistas:


 Que se familiarizassem com o estudo das derivadas no âmbito de facilitar a gestâo de
custos e entre outras.
 Estudar e dominar os seus teoramas
 Ter a minima noção de seus conceitos e sua aplicabilidade.

27
ANEXOS.

O cálculo diferencial, ou simplesmente derivad, tem seu surgimento no final do século


XVII, atribuído aos estudos de Isaac Newton e Gottfried Wilhelm Leibniz. A derivada surge
então como uma importante ferramenta da matemática para o desenvolvimento de várias
ciências.Esses estudos possibilitarama descoberta de um método que permitiu o cálculo de
problemas relacionados com a construção de retas tangentes, determinação de áreas e volumes
(Dalla’nesse, 2000). Segundo Boyer,
A primeira exposição do cálculo diferencial foi publicada por Leibniz em 1684 sob o
longo mas significativo título de Nova methodus maximis et minimis itenque tangentibus, qua
nec irrationales quantitates moratus ( Um novo método para máximos e mínimos, e também para
tangentes, que não é obstruído por quantidades irracionais).

ele deu um nome tanto quanto confuso para


as suas ideias: “fluentes” e “fluxões”.
Newton também descrevia “relatia quantias”,
como a variável dependente e a “genita”,
como a quantidade obtida a partir de outras,
utilizando as quatro operações fundamentais.
De fato, o conceito apresentado por Newton
era bem similar com o que usamos
Isaac Newton (1642-1727). atualmente.
O primeiro a citar o conceito foi o
inglês Isaac Newton (1642-1727). Todavia,

28
francesa era impossível viver em Paris.
Como as escolas estavam fechadas na época
da revolução, foi o seu pai que lhe ensinou
as primeiras letras.
Após a Revolução Francesa, a
família Cauchy passou por dificuldades e
enquanto criança, Cauchy foi mal
Augustin-Louis Cauchy (21 de alimentado. Laplace e Lagrange, amigos do
Agosto de 1789) pai, repararam no talento matemático do
Cauchy nasceu em Paris a 21 de pequeno Cauchy e ajudaram-no no ensino da
Agosto de 1789, no ano em que teve início a matemática. Recomendaram também à
Revolução Francesa. família que, inicialmente, lhe dessem uma
Era o mais velho entre dois irmãos boa preparação em línguas. Até completar
e quatro irmãs, filho de Louis-François 13 anos, Cauchy recebeu do pai uma extensa
Cauchy e Marie-Madeleine Desestre. O pai educação, adquirindo também os seus
era um homem gentil e de grande cultura, preconceitos religiosos.
advogado de profissão. A mãe era uma Entre 1802 e 1804, Cauchy estudou
pessoa afável, sendo ambos católicos línguas clássicas na École Centrale du
intolerantes. Com quatro anos mudou-se Panthéon e de seguida
para Arcueil, pois devido à revolução

29
Leibniz (1646 – 1716), demonstrou
pela primeira fez a aplicação do conceito de
função, em 1673, no manuscrito, em latim,
“Methodus tangentium inversa, seu de
fuctionibus”. Leibniz usou o termo apenas
para designar, em termos gerais, a
dependência de uma curva de quantidades
geométricas, como as subtangentes e
subnormais. Introduziu também a
terminologia de constante, variável e
Gottfried Wilhelm Leibniz. parâmetro.

Embora Leibniz tenha apresentado ao mundo essa nova ferramenta, coube ao


matemático francês Augustin-Louis Cauchy defini-la tal qual a conhecemos hoje. No cálculo de
Cauchy (Boyer, 1996, p. 55) os conceitos de função e de limite de função eram fundamentais. Ao
definir a derivada de y=f(x) com relação a x, ele deu à variável x um incremento x= e formou a
razão

A relação de Cauchy para a definição de derivadas é a que basicamente é utilizada


atualmente, de acordo com Iezzi (2009, p. 135) dada afunção f , definida em um intervalo real ,
chamamos derivada de f à função f ’(x) = , se existir e for finito este
limite.

30
APÊNDICES
Problema do lucro
PROBLEMA 1. Sabendo-se que o custo total de produção de x microondas por dia é de
$ + 70 ∙ X + 50 )e o preço unitário é de R$ (100 −X). Qual deve ser a produção diária

para que o lucro seja máximo?


SOLUÇÃO:
O Lucro Total é dado por L = Receita (R) – Custo (C), onde a Receita = P(x).x.
C(x) = $ + 70 ∙ X + 50 ), P(x) = (100 −X) e R(x) = 100∙X−X2
1 2
L(x) = R(x) – C(x) = [100 ∙X−X2] – [ 2 + 70 ∙ X + 50]
1 2
L(x) = 100 ∙X−X2 - - 70 ∙ X - 50
2
3 2
L(x) = − 2 + 30 ∙ X −50

Calculando a derivada primeira da função lucro, em relação à x ,


3 + ‫ ∙ݔ‬30( 31) Para calcular os pontos críticos de L é só igualar L'(x) a zero, ou seja,
L’(x) = 0, e vêm −3. X + 30 = 0, que resultará em = 10, ponto critico da função. Portanto, é
preciso fabricar 10 microondas por dia.
Problema de venda
PROBLEMA 2. No cinema, o preço de um pacote de pipoca é de R$ 4,50. O pipoqueiro
pode vender 500 pacotes de pipocas com o custo de R$1,40 por pacote. Para cada centavo que
o pipoqueiro baixar no preço do pacote, a quantidade vendida pode aumentar de 50
unidades (pacotes). Que preço de venda maximizará o lucro? SOLUÇÃO:
Inicialmente, observe que o lucro é de R$ 3,10 por pacote. Se x denotar o número de
centavos que o pipoqueiro baixa no preço de cada pacote; o lucro na venda de cada pacote de
pipoca será então de 310 – X centavos, e a quantidade vendida será 500 + 50‫ݔ‬. O lucro total é,
portanto, o lucro por unidade (pacote) vezes a quantidade vendida, ou seja,
L = L(X)= (310 – X) . (500 + 50X) = 155000 + 15500X – 500X – 50X2
L(X) = 155000 + 15000X + 50X2

31
Agora, deve-se maximizar a função L(x) . Como L é uma função polinomial, acontece
quando iguala sua derivada à zero (uma vez que a derivada sempre existe) e resolvendo a
equação resultante. Sendo:
L (X) = 15000 – 100X
15000 – 100X = 0 ↔ X = 150
Como a derivada segunda de L é igual a L՚՚(X) = - 100 , portanto negativa para
qualquer valor de X , segue que X = 150 é um ponto de máximo. Assim, o preço de venda que
dará o maior lucro é de R$ 3,00. Problema de produção

em uma fábrica de móveis o custo para produzir q unidades de uma cadeira é dada pela
função c(q) = 2000 + 5q2 verificar a elásticidade – custo quando os níveis de produção para q
forem de (i)10 unidades (ii)20 unidades (iii)40 unidades.

32
Referências bibliográficas

DE BARROS, Luíz Eduardo Wanderley Buarque. Cálculo: Um estudo de suas


aplicações ás areas financeiras e econmicas. Paraíba. 2013
DE SANTANA, Anderson Marcolino. Aplicação das derivadas. Paraná. 2010
TAN, S. T. Matemática Aplicada á Administração e Economia. 2a edição. 2010
MARTINS, Maicon MESQUITA. Cálculo e suas aplicações na teória da análise
marginal. Rio Grande do Sul. 2021.

33

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